Superior Tribunal de Justiça

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1 HABEAS CORPUS Nº RJ (2013/ ) RELATOR IMPETRANTE ADVOGADOS IMPETRADO PACIENTE : MINISTRO JORGE MUSSI : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO THAIS DOS SANTOS LIMA - DEFENSORA PÚBLICA : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO : C V DE O J (INTERNADO) EMENTA HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO EM SUBSTITUIÇÃO AO RECURSO CABÍVEL. UTILIZAÇÃO INDEVIDA DO REMÉDIO CONSTITUCIONAL. NÃO CONHECIMENTO. 1. A via eleita se revela inadequada para a insurgência do impetrante contra o ato apontado como coator, pois o ordenamento jurídico prevê recurso específico para tal fim, circunstância que impede o seu formal conhecimento. Precedentes. 2. O alegado constrangimento ilegal será analisado para a verificação da eventual possibilidade de atuação ex officio, nos termos do artigo 654, 2.º, do Código de Processo Penal. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. UNIFICAÇÃO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS. ART. 45, 2.º, DA LEI N.º /2012 (LEI DO SINASE). ATO INFRACIONAL PRATICADO ANTES DO INÍCIO DE EXECUÇÃO DE MEDIDA ANTERIORMENTE IMPOSTA. ABSORÇÃO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. HABEAS CORPUS CONCEDIDO DE OFÍCIO. 1. O termo anteriormente contido no 2.º do art. 45 da Lei n.º /2012 refere-se ao início da execução, não à data da prática do ato infracional que originou a medida extrema primeiramente imposta. 2. O retorno do adolescente à internação após demonstrar que está em recuperação apresentou méritos para progredir para medida em meio aberto significaria um retrocesso em seu processo de ressocialização. 3. Deve-se ter em mente que, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente, em relação ao menor em conflito com a lei não existe pretensão punitiva, mas educativa, considerando-se a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento (art. 6.º da Lei n.º 8.069/90), sujeitos à proteção integral (art. 1.º do ECA). 4. Writ não conhecido. Habeas corpus concedido de ofício para determinar que a unificação das medidas aplicadas nos Procedimentos n.º e n.º , seja realizada nos termos do art. 45, 2.º, da Lei n.º /2012. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/05/2015 Página 1 de 10

2 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, não conhecer do pedido e conceder "Habeas Corpus" de ofício, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Gurgel de Faria, Newton Trisotto (Desembargador Convocado do TJ/SC), Leopoldo de Arruda Raposo (Desembargador convocado do TJ/PE) e Felix Fischer votaram com o Sr. Ministro Relator. Brasília (DF), 12 de maio de 2015(Data do Julgamento) MINISTRO JORGE MUSSI Relator Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/05/2015 Página 2 de 10

3 HABEAS CORPUS Nº RJ (2013/ ) IMPETRANTE : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ADVOGADOS : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO THAIS DOS SANTOS LIMA - DEFENSORA PÚBLICA IMPETRADO : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PACIENTE : C V DE O J (INTERNADO) RELATÓRIO MINISTRO JORGE MUSSI (Relator): Trata-se de habeas corpus com pedido liminar impetrado em favor de C V de O J apontando como autoridade coatora a 1.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que denegou a ordem pleiteada no HC n.º Noticiam os autos que o Juízo da Vara da Infância e da Juventude da comarca da Capital/RJ julgou procedente representação formulada em desfavor do paciente pela prática de atos infracionais equiparados aos delitos tipificados nos artigos 157, 2.º, V, e 213, combinados com o artigo 69, todos do Código Penal, aplicado-lhe medida socioeducativa de internação. Ao argumento de que o paciente já estava no cumprimento de medida anteriormente imposta, a defesa impetrou prévio writ pleiteando a aplicação da regra contida no 2.º do artigo 45 da Lei n.º /12, pretensão esta não acolhida pelo Tribunal estadual. No presente mandamus, sustenta a impetrante que o adolescente vinha cumprindo medida socioeducativa de internação Execução n.º , em trâmite no Juízo da Vara da Infância e da Juventude da comarca de Petrópolis/RJ, quando sobreveio a nova sentença. Consigna que o menor, em razão de seu bom comportamento e cumprimento das finalidades da medida anterior, já havia progredido da internação para a semiliberdade e, posteriormente, para a liberdade assistida. Afirma que o paciente estaria sofrendo constrangimento ilegal, pois a negativa ao direito de unificação das medidas socioeducativas, desconsiderando todo o histórico favorável de cumprimento da medida anteriormente aplicada, transformou em penal/retributiva a natureza pedagógica desta. Assevera que com o advento da Lei n.º /2012 (Nova Lei do Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/05/2015 Página 3 de 10

4 SINASE), em vigor desde , a execução das medidas socioeducativas, antes sujeita ao critério do Juiz, foi regulamentada, como forma de garantir a efetividade da integração social do menor e atender aos princípios da excepcionalidade, brevidade, individualização e mínima intervenção, previstos no art. 35 do mesmo diploma legal. Evidencia que o art. 45, 2.º, da Lei n.º /2012 veda expressamente a imposição de nova medida de internação em hipóteses como a dos presentes autos, em que ao adolescente, cumprindo satisfatoriamente medida outrora fixada, é imposta uma nova, mais gravosa, em outro processo, por fato ocorrido anteriormente ao início de sua recuperação. Defende que a aplicação de nova medida extrema não surtiria efeito, já que o menor não necessitaria mais de proteção, bem como poderia trazer sérios riscos para seu desenvolvimento psicossocial em razão de possível retrocesso em sua recuperação já alcançada. Requer a concessão da ordem, in limine, a fim de que sejam cassadas as decisões de primeiro de segundo graus, determinando-se a extinção do Processo n.º , em razão da absorção do ato infracional neste apurado pelo contido no Procedimento n.º , com o prosseguimento da execução deste. Subsidiariamente, pretende a unificação das medidas socioeducativas referentes aos processos acima indicados. A liminar foi indeferida às fls. 63/67. 78/79. A autoridade apontada como coatora prestou informações às fls. denegação da ordem. O Ministério Público Federal, em parecer de fls. 102/104, opinou pela É o relatório. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/05/2015 Página 4 de 10

5 HABEAS CORPUS Nº RJ (2013/ ) VOTO MINISTRO JORGE MUSSI (Relator): Inicialmente, cumpre atestar a inadequação de via eleita para a insurgência da impetrante contra o ato apontado como coator, pois o ordenamento jurídico prevê recurso específico para tal fim, nos termos do artigo 105, inciso II, alínea "a", da Constituição Federal, circunstância que impede o seu formal conhecimento, conforme entendimento pacífico no âmbito desta Corte Superior de Justiça. A propósito: PENAL E PROCESSUAL. HABEAS CORPUS. SUBSTITUTIVO DE RECURSO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. PRISÃO PREVENTIVA. NECESSIDADE DA CUSTÓDIA DEMONSTRADA. ACUSADO FORAGIDO. GARANTIA DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL. 1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, acompanhando a orientação da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, firmou-se no sentido de que o habeas corpus não pode ser utilizado como substituto de recurso próprio, exceto quando a ilegalidade apontada for flagrante, hipótese em se concede a ordem de ofício. (...) 5. Habeas corpus não conhecido. (HC /PI, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, QUINTA TURMA, julgado em 11/11/2014, DJe 19/11/2014.) Contudo, compulsando-se os autos, verifica-se a plausibilidade jurídica do direito invocado, suficiente a justificar a atuação de ofício deste Superior Tribunal. Dos documentos que instruem o presente writ, infere-se que ao paciente foi aplicada a medida socioeducativa de internação, nos autos do Processo n.º , no qual foi representado pela prática de atos infracionais análogos aos delitos tipificados nos artigos 157, caput, e 213, ambos do Código Penal, ocorridos em (Execução n.º ). A execução de tal medida se iniciou em , tendo o paciente progredido à semiliberdade, e, em seguida, à liberdade assistida em Em , sobreveio em desfavor do adolescente a imposição de Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/05/2015 Página 5 de 10

6 nova medida socioeducativa de internação, cumulada com tratamento psiquiátrico e psicológico, nos autos do Procedimento n.º , pela prática, em , de atos infracionais equiparados aos delitos tipificados nos artigos 157, 2.º, V, e 213, ambos na forma do artigo 69, todos do Código Penal. Buscando a extinção dessa nova medida imposta, a defesa impetrou prévio writ, cuja ordem restou denegada. Para tanto, a Corte estadual fixou o entendimento de que, in casu, não incidiria a norma prevista no 2.º do artigo 45 da Lei do SINASE, tendo em vista que a medida de internação superveniente foi decorrente da prática de ato infracional cometido em , em momento posterior ao cometimento daquele em razão do qual o paciente estava em liberdade assistida No entanto, a premissa na qual se baseou o aresto objurgado encontra-se equivocada, senão vejamos. No ano de 2012 foi promulgada a Lei n.º , que instituiu o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) e regulamentou a execução das medidas destinadas a adolescente que pratique ato infracional (art. 1.º). Diz o art. 45 da mencionada lei: Art. 45. Se, no transcurso da execução, sobrevier sentença de aplicação de nova medida, a autoridade judiciária procederá à unificação, ouvidos, previamente, o Ministério Público e o defensor, no prazo de 3 (três) dias sucessivos, decidindo-se em igual prazo. 1.º É vedado à autoridade judiciária determinar reinício de cumprimento de medida socioeducativa, ou deixar de considerar os prazos máximos, e de liberação compulsória previstos na Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), excetuada a hipótese de medida aplicada por ato infracional praticado durante a execução. 2.º É vedado à autoridade judiciária aplicar nova medida de internação, por atos infracionais praticados anteriormente, a adolescente que já tenha concluído cumprimento de medida socioeducativa dessa natureza, ou que tenha sido transferido para cumprimento de medida menos rigorosa, sendo tais atos absorvidos por Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/05/2015 Página 6 de 10

7 aqueles aos quais se impôs a medida socioeducativa extrema. Tal dispositivo legal trata da denominada unificação de medidas socioeducativas, norma similar à unificação das penas previstas na execução penal, que tem por escopo garantir equilíbrio e bom senso para o cumprimento das medidas, sem excesso ou desvio de execução (NUCCI, Guilherme de Souza. Estatuto da Criança e do Adolescente Comentado: em busca da Constituição Federal das Crianças e dos Adolescentes. Rio de Janeiro: Forense, p ). Neste preceito normativo foram traçadas as regras a serem seguidas no caso de superveniência de nova medida socioeducativa em duas situações distintas, quais sejam, por ato infracional praticado durante a execução da medida e por fato cometido antes do início do cumprimento desta. É incontroverso que o paciente praticou o ato infracional que originou a segunda internação em data posterior ao cometimento daquele que gerou a primeira, em relação a qual já havia progredido em duas oportunidades para a semiliberdade, seguida de liberdade assistida. Também não restam dúvidas de que o citado ato foi cometido em data anterior ao início da execução. A questão a ser dirimida, pois, é se o termo anteriormente, contido no 2.º do art. 45 da Lei n.º /2012, refere-se ao início da execução da medida previamente aplicada ou à prática do ato infracional que a originou. Veja-se que o 1.º do preceito aludido expressamente excepciona a aplicação de seu regramento nas hipóteses de superveniência de medida em razão de ato infracional que tenha sido praticado durante a execução. Em seguida, em seu 2.º, o legislador fixa uma limitação à aplicação de nova medida extrema, sendo esta vedada em razão de atos infracionais praticados anteriormente. Em uma interpretação sistemática deste dispositivo, deve-se entender que tal vedação se refere à prática de ato infracional cometido antes do início da execução a que se encontra submetido o menor. Com efeito, o retorno do adolescente à internação após demonstrar que está em recuperação que apresentou méritos para progredir para medida em Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/05/2015 Página 7 de 10

8 meio aberto significaria um retrocesso em seu processo de ressocialização. Deve-se ter em mente que, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente, em relação ao menor em conflito com a lei não existe pretensão punitiva, mas educativa, considerando-se a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento (art. 6.º da Lei n.º 8.069/90), sujeitos à proteção integral (art. 1.º do ECA). Mister considerar, ainda, os princípios que regem a aplicação da medida socioeducativa extrema, quais sejam, da excepcionalidade e do respeito à condição peculiar do jovem em desenvolvimento (art. 121 do Estatuto da Criança e do Adolescente), segundo os quais aquela somente deverá ser aplicada como ultima ratio, ou seja, quando outras não forem suficientes à sua recuperação. Conclui-se, pois, que o termo anteriormente contido no 2.º do art. 45 da Lei n.º /2012 refere-se ao início da execução, não à data da prática do ato infracional que originou a primeira medida extrema imposta. Sobre o tema, leciona Guilherme de Souza Nucci: Absorção: significa que um ato (criminoso ou infracional) é consumido por outro, de maior amplitude ou abrangência, por imposição legal ou em função de política criminal. No campo penal, o critério da absorção é utilizado no conflito aparente de normas, para evitar punição exagerada diante de fatos que coexistem no mesmo cenário, havendo um mais grave e outro mais leve. Entende-se suficiente punir o agente pelo mais grave. Exemplo: Fulano mata Beltrano com uma arma de uso restrito. Responde somente pelo homicídio; o porte ilegal de arma resta absorvido pelo delito mais grave. No caso da execução de medidas socioeducativas, por razões de política estatal, estabelece-se, em lei (o que não ocorre em Direito Penal), o critério da absorção. Assim sendo, todos os atos infracionais cometidos pelo menor, antes do início do cumprimento de medida socioeducativa, precisam ser visualizados como um conjunto único e não como fatos isolados, gerando punições igualmente isoladas. Por isso, quando o adolescente se encontra em cumprimento de medida socioeducativa em razão de ato infracional, já tendo obtido progressão, em virtude de seu mérito, impõe a lei seja qualquer outro ato infracional absorvido pelo Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/05/2015 Página 8 de 10

9 primeiro, que deu origem à execução. O objetivo é não prejudicar o bom andamento da execução, tratando-se de fruto de política estatal no campo infantojuvenil. Na prática, o juiz deve extinguir o feito, em que se apura o ato infracional, declarando ter sido ele absorvido, nos termos deste artigo. Por derradeiro, é preciso lembrar que o cometimento de ato infracional após o início do cumprimento da execução de medida socioeducativa, mesmo tendo havido progressão, não autoriza a absorção. Deve haver a apuração e imposição de outra medida, seguindo para o juízo de execução a fim de se operar a unificação. (op. cit. p ) Assim, conforme salientado, tendo a nova internação sido imposta em razão de ato infracional praticado em data anterior ao início da execução da medida que o paciente se encontra atualmente em cumprimento, incide a regra prevista no 2.º do dispositivo aludido. Ante o exposto, por se afigurar manifestamente incabível, não se conhece o writ, concedendo-se, entretanto, habeas corpus de ofício, nos termos do art. 654, 2.º, do Código de Processo Penal, para determinar que a unificação das medidas aplicadas nos Procedimentos n.º e n.º , seja realizada nos termos do art. 45, 2.º, da Lei n.º /2012. É o voto. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/05/2015 Página 9 de 10

10 CERTIDÃO DE JULGAMENTO QUINTA TURMA Número Registro: 2013/ PROCESSO ELETRÔNICO HC / RJ MATÉRIA CRIMINAL Números Origem: EM MESA JULGADO: 12/05/2015 SEGREDO DE JUSTIÇA Relator Exmo. Sr. Ministro JORGE MUSSI Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro JORGE MUSSI Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. ALCIDES MARTINS Secretário Bel. MARCELO PEREIRA CRUVINEL IMPETRANTE ADVOGADOS IMPETRADO PACIENTE AUTUAÇÃO : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO THAIS DOS SANTOS LIMA - DEFENSORA PÚBLICA : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO : C V DE O J (INTERNADO) ASSUNTO: DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - Medidas Sócio-educativas CERTIDÃO Certifico que a egrégia QUINTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: "A Turma, por unanimidade, não conheceu do pedido e concedeu "Habeas Corpus" de ofício, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator." Os Srs. Ministros Gurgel de Faria, Newton Trisotto (Desembargador Convocado do TJ/SC), Leopoldo de Arruda Raposo (Desembargador convocado do TJ/PE) e Felix Fischer votaram com o Sr. Ministro Relator. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/05/2015 Página 10 de 10