Importância do ambiente térmico em produção de suínos na fase de creche (Importance of the thermal environment in pig production in the nursery phase)
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- Maria das Neves Bardini Antunes
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1 REDVET - Revista electrónica de Veterinaria - ISSN Importância do ambiente térmico em produção de suínos na fase de creche (Importance of the thermal environment in pig production in the nursery phase) Padilha, Joselaine Bortolanza*¹ Groff, Priscila Michelin 1 Takahashi, Sabrina Endo 2 Einsfeld, Suelen¹ Rosa, Ezequiel Ortiz³ Andrade, Mariana de³ Bagatini, Alexandra³ Gerhards, Sebastião Júnior³ 1 Mestranda, Programa de Pós Graduação em Zootecnia. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Dois Vizinhos, PR, Brasil. 2 Professor, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Dois Vizinhos, PR, Brasil. 3 Graduando, Graduação em Zootecnia. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Dois Vizinhos, PR, Brasil. Contato: jo.vete12@gmail.com RESUMO O Brasil é um país que apresenta uma diversidade de climas entre as regiões e nas diferentes épocas do ano, fato que pode causar prejuízos à suinocultura, pois o ambiente térmico tem grande importância no sistema produtivo. Na fase de creche, os leitões exigem ambiente aquecido, com temperatura próxima àquela da maternidade, impedindo que sejam submetidos a estresse por frio. Desta forma, o objetivo desta revisão é expor os principais fatores de importância com relação ao ambiente térmico em produção de suínos, com ênfase na fase de creche. Os suínos são considerados animais homeotérmicos, não necessitando de produção, nem de perda de calor, quando alojados dentro da faixa de termoneutralidade. Os animais mais jovens exigem temperaturas mais altas e toleram menos mudanças na temperatura ambiente. Para a fase de creche a temperatura ideal nas duas primeiras semanas de alojamento é de 24 C e da terceira semana até o final dessa fase em torno de 20 C. Quando se submete os animais a temperaturas fora dessa faixa, pode ocorrer redução na produtividade com consequentes prejuízos econômicos. Os leitões consomem mais ração quando são submetidos a temperaturas menores ao seu limite crítico inferior, revertendo os nutrientes para manutenção, reduzindo o crescimento. Desta forma, é necessário intervir no ambiente em que o animal está alojado, desenvolvendo táticas que impeçam o estresse por frio. Palavras-chave: aquecimento conforto térmico desempenho suinocultura temperatura. 1
2 ABSTRACT Brazil is a country that presents a diversity of climates between regions and at different times of the year, a fact that can cause losses to pig farming, because the thermal environment has great importance in the productive system. At the nursery phase, piglets require a warm environment, with temperature close to that of the maternity, preventing them from being subjected to cold stress. In this way, the objective of this review is to expose the main factors of importance with respect to the thermal environment in pig production, with emphasis on the nursery phase. The pigs are considered homeothermic animals, not requiring production or heat loss, when housed within the thermoneutral range. Younger animals require higher temperatures and tolerate fewer changes in room temperature. For the nursery phase the ideal temperature in the first two weeks of accommodation is 24 C and the third week until the end of this phase at around 20 C. When animals are subjected to temperatures outside this range, reduction in productivity with economic losses. The piglets consume more feed when they are submitted to temperatures below their lower critical limit, reversing nutrients for maintenance, reducing growth. In this way, it is necessary to intervene in the environment in which the animal is housed, developing tactics that prevent cold stress. Keywords: heating thermal comfort performance pig farming temperature. Introdução A suinocultura vem se intensificando, com o objetivo de atender aos consumidores, que estão se tornando cada vez mais exigentes com relação aos produtos de carne suína. Para isso, novas tecnologias estão sendo aderidas para obter maior produção com qualidade garantida (Berton et al., 2015). O Brasil está posicionado em quarto lugar como produtor e exportador de carne suína, ficando atrás da China, União Europeia e Estados Unidos. Em 2015, a produção brasileira foi de 3,643 milhões de toneladas de carne suína (Abpa, 2016). Apresenta um crescimento de 4% ao ano na produção e vem exportando um volume que representa 10% do total de exportações de carne suína no mundo. Projeta-se que no período entre 2014/2015 a 2024/2025 a produção de carne suína apresente um crescimento de 2,9% ano, atendendo desta forma os consumidores internos e também as exportações (Mapa, 2015). No entanto, o Brasil é um país de clima tropical, apresenta altas temperaturas em algumas regiões, mas em contrapartida outras regiões possuem temperaturas mais baixas em determinadas épocas do ano. Essa 2
3 variedade de climas pode ser prejudicial à suinocultura, considerando que o ambiente térmico é de fundamental importância na produção animal e pode ser considerado responsável caso ocorra um baixo desenvolvimento dos animais (Mostaço et al., 2015). Os suínos são animais homeotérmicos e, portanto dentro de um intervalo de temperatura ambiente, mantém a temperatura corpórea interna constante (Hannas et al., 1999). Esse intervalo é denominado zona de conforto térmico ou de termoneutralidade, em que não há sensação de frio ou de calor e o desempenho em qualquer atividade é otimizado (Abreu e Abreu, 2004). Quando os animais são submetidos a temperaturas fora da zona de conforto térmico, há uma demanda maior de energia para manutenção da temperatura corporal, o que pode afetar o desempenho e em casos mais graves, pode causar a morte do animal (Dias et al., 2016). O tamanho e idade diferentes exigem diferentes zonas de termoneutralidade, considerando que os mais jovens, exigem temperaturas mais altas e toleram menos mudanças na temperatura ambiente. Em casos em que a temperatura fica abaixo do limite crítico inferior, o suíno precisa aumentar a produção de calor, que pode ser realizada aumentando o consumo de energia ou transferindo para manutenção a energia que seria usada para crescimento (Miller, 2012). Na fase de creche, os leitões ainda exigem ambiente aquecido, sendo necessários sistemas de aquecimento, a fim de manter o conforto térmico, garantindo que os animais responderão com todo potencial produtivo (Barros, 2014). Neste contexto, objetivou-se expor os principais fatores de importância com relação ao ambiente térmico em produção de suínos, com ênfase na fase de creche. Conforto térmico dos leitões na fase de creche O desmame é uma etapa crítica do manejo em suínos, pois o leitão é separado da mãe, é alojado com outros leitões que não são da mesma leitegada, o que acarreta em brigas para estabelecer a nova hierarquia, mudança na dieta, além de adaptação ao novo ambiente e ao manejo diferente nesta fase. Estes fatores são estressantes e podem levar a uma queda no desempenho destes animais (Sobenstianski e Barcellos, 2012). Com os recentes avanços no sistema produtivo, nesta fase, é indispensável que os animais sejam alojados em ambientes adequados, garantindo a máxima expressão produtiva, associada ao bem-estar animal. Desta forma, o manejo, as instalações e o ambiente devem estar adequados, sendo que na fase de creche, os animais ainda necessitam de ambiente aquecido (Nääs et al., 2014). 3
4 De acordo com Kummer et al. (2009), a temperatura do ar ideal nas duas primeiras semanas de alojamento na creche é de 24 C. Da terceira semana até o final dessa fase, a temperatura deve ficar em torno de 20 C. Esses valores corroboram com os citados por Nääs et al. (2014), que também recomendam uma faixa próxima dos 24 C e 20 C. Mantendo a temperatura dentro destes valores, evita-se que os nutrientes absorvidos sejam gastos para manter a temperatura, visto que todos os nutrientes devem ser revertidos para um adequado crescimento dos animais. Segundo Nääs et al. (2014), na fase de creche, de maneira alguma a temperatura do ar pode estar acima de 31 C ou abaixo de 8 C. A mensuração da temperatura ambiente não deve ser realizada com uma única medida no dia, mas sim a partir do controle realizado com um termômetro de máxima e mínima dentro de um período de 24 horas (Kummer et al., 2009). Essa mensuração será confiável quando os termômetros estiverem instalados numa posição correspondente à altura da cabeça dos animais (Dias et al., 2016). Também é de extrema importância avaliar o comportamento dos animais, para que independente da sensação térmica e temperatura do ar, o conforto real possa ser percebido (Kummer et al., 2009). Como parâmetro de avaliação da sensação térmica, o comportamento dos animais deve ser observado. Quando sentem frio, os suínos tendem a se amontoar próximo aos demais companheiros, em contrapartida, no calor, ficam minimamente distantes entre si e podem chafurdam aonde tem umidade (Scientific Veterinary Committee, 1997). Em trabalho realizado por Temple et al. (2011), foram avaliados a presença de tremor, ofegação e amontoamento de suínos em crescimento em 30 granjas na Espanha. Os animais foram submetidos a temperaturas entre 16 e 28 C. Os parâmetros avaliados foram ausentes ou mostraram prevalência menor que 1%. Este resultado indica que as temperaturas não foram suficientes para provocar tremores, ofegação ou amontoamento em resposta ao ambiente térmico. Com relação às instalações, no interior destas, a temperatura efetiva, parâmetro que mede a sensação térmica dos animais, é o resultado da interação entre a temperatura, a umidade relativa e a movimentação do ar, que são regulados através da ventilação e também pelo tipo de solo, que permite as trocas de calor (Dias et al., 2015). Na fase de creche, a instalação mais adequada é aquela na qual os leitões não fiquem em contato com os dejetos, sendo que o piso deve permitir um adequado escoamento dos mesmos (Campos et al., 2008). A umidade deve se manter em no máximo 70%, pois umidade excessiva prejudica o desempenho dos animais. Esse parâmetro representa grande importância, pois 4
5 atua como facilitador ou como complicador dos mecanismos de dissipação do calor por via evaporativa (Sampaio et al., 2004). Outro elemento fundamental nas instalações é a ventilação sanitária, pois auxilia a proporcionar conforto térmico aos leitões, mantendo a dissipação do calor. Além disso, permite que ocorram movimentação e eliminação de partículas de aerossóis poluentes que ficam suspensos no ar. Deve ser realizada uma manutenção da ventilação, não podendo estar em excesso, pois gera correntes de ar e deixa o ambiente muito frio para os leitões. Em contrapartida, ventilação reduzida pode causar acúmulo de pó, gases e bactérias em suspensão no interior dos galpões (Barcellos et al., 2008). Relação entre ambiência e desempenho dos leitões A relação entre o desempenho do animal e o ambiente térmico era visto como um problema secundário, mas nos últimos anos vêm se dando maior importância a este aspecto, pois já se sabe que este tem grande impacto sobre os índices produtivos (Manno et al., 2005). Fatores que podem influenciar o ambiente térmico são a dimensão da instalação e o tamanho do lote de leitões, causando interferência no comportamento dos animais e também na qualidade do ar dentro das instalações (Campos et al., 2009). O microclima das instalações exerce efeito sobre os leitões e podem causar redução na produtividade com consequentes prejuízos econômicos. O estresse térmico é um dos maiores causadores de perdas no sistema produtivo (Nääs et al., 2014). As variáveis comumente utilizadas para avaliação do desempenho produtivo em suínos são consumo de ração, ganho de peso diário, conversão alimentar e taxa de mortalidade (Barros, 2014). De acordo com Amaral (2011), o ideal seria atingir valores de 0,38 Kg de ganho de peso diário na fase de creche. Com relação à conversão alimentar, esta representa a relação entre consumo de ração em um determinado período de tempo e ganho de peso neste mesmo período. Este parâmetro estima a quantidade de ração consumida que foi convertida em peso, por tanto quanto menor o valor, melhor a conversão alimentar. O ideal é que este valor seja inferior a 2,0 na fase em questão. Com relação à taxa de mortalidade, é considerada crítica quando apresentar valores acima de 2,5%. O valor recomendado é até 1,5% na fase de creche. O desempenho dos suínos, bem como a eficiência alimentar, apresentam melhores resultados quando os mesmos são mantidos dentro da zona de conforto térmico. Os suínos são menos eficientes e consomem mais ração quando são submetidos à temperatura inferior ao seu limite crítico inferior. Desta forma, os nutrientes consumidos são revertidos para manutenção, diminuindo a disponibilidade para o crescimento. Já em temperaturas acima do 5
6 limite crítico superior, os leitões consomem menores quantidades de ração, resultando em menor ganho de peso (Miller, 2012). Campos et al. (2008), avaliando dois modelos de creche, com maior e menor dimensão, observaram que a temperatura do ar foi menor na creche de maior dimensão, mostrando que o ambiente menor foi mais eficiente em conservar energia em comparação com o modelo de maior dimensão. Ocorreu uma menor oscilação de temperatura dentro da instalação da creche menor. Com relação à umidade relativa do ar, os valores encontrados foram inferiores na creche menor. Esse fato confirma que o modelo de menor dimensão amenizou a amplitude térmica, possibilitando que o calor dos próprios animais fosse mantido dentro da instalação. Com relação ao desempenho, os leitões confinados na creche 2, apresentaram um maior ganho de peso diário e um menor consumo de ração e consequentemente uma melhor conversão alimentar. Os animais da creche 1 gastaram mais energia para manter a homeotermia em relação aos animais da creche menor. Dessa forma, tiveram o desempenho afetado pela maior amplitude dos índices térmicos. De forma geral, o desempenho produtivo dos leitões na fase de creche é comprometido quando o ambiente térmico está inadequado, causando redução de ganho de peso, conversão alimentar ruim e também pode elevar as taxas de mortalidade (Barros, 2014). Relação entre bem-estar animal e conforto térmico Cada vez mais tem se dado atenção as questões de bem-estar animal, levando a aprimoramentos neste quesito na produção de suínos, que tem como foco principal atingir índices produtivos que mostrem eficiência no sistema de produção. Desta forma, é necessário que a avaliação do desempenho destes animais seja feita levando em consideração as condições ambientais adequadas (Luz et al., 2015). De acordo com Broom (1991), bem-estar é uma qualidade inerente aos animais e não uma condição dada a eles pelo homem. Refere-se ao estado de um indivíduo do ponto de vista de suas tentativas de adaptação ao ambiente, ou seja, o quanto deve ser feito pelo animal para conseguir se adaptar ao ambiente e ao grau de sucesso com que isto acontece. O bem-estar está relacionado com a interação entre o animal e o ambiente, com o funcionamento do organismo e também com o que os animais sentem. Dessa maneira, para que o bem-estar seja avaliado, muitos aspectos que têm ação na vida do animal devem ser considerados (FOPPA et al., 2014). Para que os animais obtenham bem-estar animal positivo é necessário que estejam alojados em ambiente produtivo adequado, no qual seja possível a expressão de comportamentos naturais da espécie, além de terem saúde e 6
7 longevidade. Desta forma, conseguirão expressar o máximo do potencial produtivo (Maia et al., 2013). A variabilidade climática influencia diretamente o bem-estar dos suínos, sendo que a amplitude térmica pode ultrapassar os limites de condições de conforto animal (Sarubbi et al., 2012). É sugerido pelas regulamentações de bem-estar que o ambiente na fase de creche seja controlado, porém este controle ainda é muito omitido na prática, sendo que a própria literatura fornece valores de termoneutralidade diferentes (Sarubbi, 2014). As principais variáveis que causam desconforto nos animais, fazendo com que eles apresentem mudanças no comportamento são temperatura, umidade relativa do ar, ventilação e radiação solar. Desta forma, a fim de garantir bem-estar, deve-se assegurar que estas variáveis estejam controladas, dentro dos valores ideais para os suínos, em cada fase do sistema produtivo (Souza et al., 2010). Para realizar avaliação do bem-estar animal, o comportamento que os animais apresentam é muito determinante, pois quando estão em estresse térmico, manifestam reações diferentes àquelas normais (Nääs et al., 2014). A soma dos eventos estressantes propiciam o desenvolvimento de comportamentos estereotipados e vícios que vão contra a manutenção do bem-estar animal. Maior incidência de doenças, aumento da mortalidade e piora do desempenho são outras consequências de um bem-estar comprometido nessa fase (Scientific Veterinary Committee, 1997). Sistemas de aquecimento para leitões na fase de creche Mesmo a temperatura tendo grande influência na produção de leitões na fase de creche, não existem muitos trabalhos relacionados com sistemas de aquecimento nesta categoria. É de grande importância que seja realizado aquecimento nesta fase principalmente nas duas primeiras semanas, pois é o período de maior dificuldade para os leitões manterem a temperatura ideal. A faixa de temperatura utilizada nestas duas primeiras semanas não deve ser muito inferior àquela que os leitões eram mantidos na maternidade, tendo por objetivo impedir que os animais sejam submetidos a estresse por frio (Barros, 2014). Pelo Brasil ser um país de clima tropical, em algumas regiões e determinados períodos do ano, muitas vezes apenas o manejo das cortinas, que devem permanecer fechadas o maior período de tempo, garantem que a temperatura ideal seja mantida dentro das instalações, evitando que seja preciso utilizar aquecedores artificiais (Campos et al., 2009). Porém, muitas vezes o manejo das cortinas é mal realizado, considerando as grandes flutuações térmicas diárias (Barcellos et al., 2008). 7
8 A utilização de sistemas de climatização auxilia no ajuste das condições térmicas exigidas pelos animais, sendo uma alternativa para reduzir as perdas relacionadas a variações de temperatura (Sarubbi et al., 2010). Porém, os investimentos com climatização das granjas são baixos no Brasil, sendo comuns a utilização de recursos nas construções e instalações e equipamentos básicos, que apresentam baixa eficiência no controle da temperatura (Dias et al., 2016). Caso o ambiente seja controlado por um sistema automático os custos podem aumentar, elevando também o preço do produto final, porém, os benefícios são obtidos em todo sistema produtivo. Os leitões devem ser submetidos a aquecimento para que consigam expressar o máximo do potencial produtivo. Lâmpadas infravermelhas, resistência elétrica suspensa e piso aquecido com resistência são algumas formas de aquecimento utilizadas na produção de suínos (Sarubbi et al., 2010). Johnston et al. (2014), avaliaram o consumo de eletricidade durante a fase de creche com temperatura noturna reduzida. Na sala controle, a temperatura utilizada foi de 30 C, diminuindo 2 C por semana, sendo que este ajuste foi mantido durante o dia e a noite. No outro tratamento a temperatura inicial foi de 30 C, havendo redução de 6 C durante a noite, com retorno a temperatura inicial durante o dia. Esta estratégia de controle de temperatura causou uma redução de 20% na utilização de eletricidade, sem comprometer o desempenho dos animais. Estes resultados implicaram em menores custos dentro do sistema produtivo. A fim de comparar tipos diferentes de aquecimento para leitões desmamados, com relação ao uso de energia elétrica e conforto térmico dos animais, Sarubbi et al. (2010), utilizaram três tratamentos, sendo um com resistência elétrica suspensa, outro com piso aquecido e o último com sistema de aquecimento por convecção. O melhor tratamento em relação à utilização de energia elétrica foi o de piso aquecido, pois este consumiu menos energia. Por outro lado, considerando o conforto térmico dos animais, o melhor tratamento foi o que utilizou resistências elétricas suspensas. Considerações finais O ajuste da temperatura na fase de creche é de extrema importância para que os leitões expressem o máximo potencial produtivo, impedindo que a energia consumida seja revertida para manutenção da temperatura corporal, mas sim para crescimento e ganho de peso. Além da avaliação diária dos valores de temperatura é essencial observar o comportamento dos animais, pois este indica o real conforto térmico, visto que em situações confortáveis também há a manutenção do bem-estar animal. É necessário que sejam utilizados sistemas de aquecimento na fase de creche, que irão variar conforme a localização da granja, a dimensão da instalação e tamanho do lote. 8
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