A ESCOLA EM UMA PERPECTIVA DE LUTA: OCUPAÇÃO E GREVE CONTEXTOS SOCIAIS, UM RELATO DE EXPERIENCIA DURANTE O ESTAGIO SUPERVISIONADO ll

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1 CONEXÃO FAMETRO: ÉTICA, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE XII SEMANA ACADÊMICA ISSN: A ESCOLA EM UMA PERPECTIVA DE LUTA: OCUPAÇÃO E GREVE CONTEXTOS SOCIAIS, UM RELATO DE EXPERIENCIA DURANTE O ESTAGIO SUPERVISIONADO ll Leandro Nascimento Borges Luiz Torres Rapouso Neto Luana Emanuelle de Freitas Dias Renata Carmo de Assis (FAMETRO Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza). leandronborges@gmail.com luiztorres@fametro.com.br luaemanuelle@hotmail.com renata_carmo_assis@hotmail.com APRESENTAÇÃO O presente estudo caracteriza-se como um relato de experiência vivenciado em uma escola publica do município de Fortaleza, onde pode ser exercida a disciplina de estágio supervisionado II voltado ao ensino Fundamental, tendo como objetivo vivenciar na pratica todo o conteúdo visto na academia, a fim de compartilhar com a comunidade cientifica tal vivencia, tem como metodologia um estudo de campo de cunho qualitativo observacional, utilizando o arco de Maguerez,no qual no decorrer do estágio pode-se presenciar os impactos que a greve dos professores do estado reivindicou e impactou durante o ano letivo. Os resultados adquiridos durante a vivencia foram as demandas dos professores e alunos durante a ocupação das escolas, tais como : Reforma da estrutura física das escolas investimento de 32 R$ milhões, Investimento maior para alimentação escolar. PERCURSO METODOLÓGICO Com a diversidade de metodologias aplicada em nível superior, a disciplina de estágio no ensino fundamental, existente na matriz curricular do curso de Licenciatura em Educação Física, aproxima-se o discente o mais próximo do seu possível ambiente de trabalho, a escola. Levando em consideração a vivência escolar e o debate em relação a problemas evidenciados nela, no primeiro momento do estágio supervisionado, tivemos a experiencia de aplicar dentro do ambiente escolar a metodologia da problematização ou Arco de Maguerez, sendo esta metodologia possível de selecionar por etapas as demandas que a entidade possui, prosseguindo este método em fundamentado em Paulo Freire, um dos autores que tivera forte influência podendo assim conhecer minuciosamente a escola e identificar possíveis problemas e assim sugerir uma solução como retribuição do estudo.. Este estagio proposto teve como objetivo, interagir o discente entre a teoria e

2 pratica, aproximando o mesmo do seu possível ambiente de trabalho. Pode vivenciar o estagio supervisionado ll em uma escola do Governo do Estado do Ceará, Escola de ensino Fundamental e Médio Claudio Martins, localizada na periferia de Fortaleza, bairro há 2 quilômetros do Centro da cidade, sitiada no Bairro Monte Castelo, onde prevalece o comercio como fonte de renda a escola torna-se um ponto de referência para os bairros adjacentes, pois é localizada em um ponto estratégico onde pode-se abranger diversos bairros. Sua estrutura possui espaço reduzido, comportando uma quantidade de aproximadamente 500 alunos. Salientamos a estrutura física juntamente com a desvalorização da classe de professores, intervendo em nosso estágio por virtude de uma paralisação de greve. Este estudo justifica-se pela relevância da vivencia que o discente irá possuir, junto as situações apresentadas por diversos alunos e professores. Durante o estagio proposto pode-se desenvolver estratégias sugestivas para a resolução de problemas identificados na escola, contribuindo para a comunidade escolar de forma a rever conceitos e postura antes não percebida. Por meio de diálogos com professores e coordenadores, discutimos possíveis resoluções para os problemas identificados que por meio de observação consideramos preocupantes. Alguns deles, sendo de cunho estrutural(escola), ausência de material esportivo, quadro incompatível para o quadro dos alunos, dificultando assim as aulas em outras salas, visto a quadra na mesma localidade das salas de aula. Compreendemos que sua resolução seja apenas financeira contemplando um maior investimento da Secretaria de Educação e seu entendimento por parte da direção como ponto importante a ser melhorado APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS De inicio nossa observação foram identificados alguns problemas divergentes nas aulas de educação física. Além do esperado problema na educação básica, como a falta de material, identificamos os alunos fora da faixa etária adequada para as seguites series, 8º e 9 ano, anos do ensino fundamental, a dificuldade de atenção dos mesmos, a pouca estrutura da quadra esportiva, a realização das aulas práticas com pouca participação por serem realizadas no contra turno, a metodologia, escolha e relevância das atividades por parte do professor nas aulas práticas e a dificuldade de relacionar o que é ensinado na faculdade com o seu dia-a-dia. Em conversas com o professor responsável, compreendemos como um dos problemas mais urgente de resolução, por englobar de alguma forma as outras demandas, as aulas de Educação Fisica ocorrerem no contra turno, possibilitando assim um grande numero de evasão dos alunos. Esse sistema que fica a cargo da Secretaria da Educação ou da própria escola, faz

3 com que o professor tenha que integrar as atividades teóricas ensinadas no turno normal das demais áreas com as atividades práticas igualmente importantes para a disciplina. Alguns problemas que consideramos ter relacionamento com essa prática são: A evasão dos alunos que deveriam estar presentes nas aulas, que por terem que pagar uma segunda passagem no transporte público e já estarem presente em uma situação de dificuldade financeira, evitam ir para a escola. A escolha e relevância das atividades por parte do professor que muitas vezes não tem nenhuma integração com as aulas teóricas realizadas na mesma semana. As aulas acabam por serem voltadas apenas para as mesmas atividades recreativas que são o carimba para as meninas e futebol para os meninos. Lembrando que as aulas são dividas entre meninas e meninos uma turma em cada dia. A dificuldade que o professor encontra em colocar em prática o que é ensinado na faculdade. Ao mesmo tempo em que em nossa visão ainda empírica percebemos certa acomodação por parte do professor com as condições proporcionadas. As aulas no contra turno são importantes, mas faz-se necessária uma melhor elaboração das atividades a serem elaboradas pela escola em um contexto sociocultural da comunidade. A prática de várias organizações sociais mostra que é possível associar educação e proteção. Os dados colhidos pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), em 2006,1 a respeito das associações candidatas ao Prêmio Itaú-Unicef, demonstram que, entre as atividades desenvolvidas pelas organizações não-governamentais que atendem crianças no contraturno escolar, encontram-se predominantemente aquelas de caráter educativo, como o apoio à escolarização e as de artes, esporte e lazer. Um olhar sobre o contexto social em que surgem essas iniciativas mostrará bairros que são, em sua maioria, pouco providos de serviços e oportunidades destinados à proteção, educação e lazer de crianças, adolescentes e jovens. (Em Aberto, Brasília, v. 22, n. 80, p.67, abr. 2009) É necessária uma relação de troca entre escola e comunidade não a restringindo somente a prática da aula da Educação Física. O desejado avanço no desempenho escolar dos alunos depende, portanto, de ações educativas que se completam numa perspectiva mais ampla, que não apenas focaliza as possibilidades e condições escolares, mas também se articula a diferentes agências de educação. (Em Aberto, Brasília, v. 22, n. 80, p.69, É preciso um esforço conjunto entre Secretária, direção, coordenação e professor para que aconteçam mudanças na formação e no aproveitamento escolar. Sabemos das dificuldades que as escolas públicas nos oferecem hoje, mas cabe ao profissional buscar formas de fazer com que seu aluno vivencia o máximo de experiências corporais possíveis, colaborando integralmente para o seu desenvolvimento físico e sociocultural. Pode-se perceber que praticas e abordagens de décadas atrás continuavam a ser

4 ministradas pelo professor da disciplina, indagado sem poderia ter outra possibilidade de metodologia, e não continuar como a velha máxima do Futsal e Carimba o mesmo justificou-se como metodologia atrativa para os alunos, pois uma vez que sua aula seja no contra turno o aluno não se contenta em apenas frequentar a escola e não jogar bola. Portanto o Coletivo de Autores (2009) sugere que a pratica do futebol dentro da escola vai muito além das técnicas e jogadas praticadas, refletir sobre a pratica e todo o contexto sócio-politico é essencial para o desenvolver do aluno, suprindo uma construção crítica do mesmo. Tivemos a oportunidade de fazer uma intervenção em sala de aula, ministrando o conteúdo atletismo de acordo com o planejamento do professor, tivemos uma experiência interessante, pois acostumado com o ambiente acadêmico que temos livre demanda para sairmos e entrarmos em sala presenciou-se o total controle enquanto direção, professor e aluno. Tratando do nosso Estado Ceará, os alunos aderiram o movimento e passaram a ocupar a escolas, com ajuda da comunidade e corpo docente para que continuasse a luta, a atual greve iniciou no dia 25 de Abril presente em todas as regiões do estado, e as negociações com o governo do Estado cada vez mais precária, por parte do governo uma proposta de 2 % para os servidores, tendo em vista que a reinvindicação seja para a atualização do piso nacional. Listamos aqui a pauta e alguns itens que a SEDUC mostrou aberta para negociação. Reforma da estrutura física das escolas investimento de 32 R$ milhões. Mais Recursos para alimentação escolar. Revisão da portaria de afastamento para estudos, com a extinção do artigo 70, que limita o numero de professores para poder se afastar para o estudo de mestrado ou doutorado. Garantia do Piso do magistério CONSIDERAÇÕES FINAIS. Através deste relato de experiência registramos aqui nossa passagem pela escola e nossa visão de futuro para quando tivermos a oportunidade de exercer a docência no ensino básico e por em pratica conteúdos e experiência visto na universidade, Podemos concluir que nesta analise inicial a forma de como é reconhecida a educação básica perante o estado, com amplo descaso, identificando assim o problemas que a escola possui, as dificuldades dos professores e a comunidade. Por fim entendemos que o objetivo deste estudo foi atingido, pois de forma inicial

5 pode-se aplicar a metodologia do arco de Maguerez e sugerir soluções para os dirigentes da escola, contribuindo assim de forma primária e posteriormente prosseguindo com este estudo de uma forma mais ampla. REFERÊNCIAS Brasilia 2009; vol. 22; GUARÁ, Isa Maria F. R.; Educação e desenvolvimento integral: articulando saberes na escola e além da escola p COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física.2 ed. SãoPaulo: Cortez, SINDICATO APEOC. acesso em 01 de junho de 2016.