ALGUNS ASPECTOS DA APLICAÇÃO DO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL - II

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ALGUNS ASPECTOS DA APLICAÇÃO DO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL - II"

Transcrição

1 36 ALGUNS ASPECTOS DA APLICAÇÃO DO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL - II

2 José Rodrigues de Jesus Susana Rodrigues de Jesus REVISORES OFICIAIS DE CONTAS 1. Na sequência do trabalho publicado, com análogo título, no recente número 54, Julho-Setembro, da Revista Revisores _ Auditores, o presente artigo tem por objecto o tratamento contabilístico das designadas transacções ascendentes e transacções descendentes em relação com a aplicação do método da equivalência patrimonial e no que se refere a empresas participantes e suas subsidiárias e associadas. 2. No anterior artigo observa-se, de passagem e sem significado para a substancial proximidade entre a consolidação e o MEP nas Normas de Contabilidade e Relato Financeiro (NCRF), uma diferença no tratamento dos resultados de transacções que ficam incluídos nos stocks : enquanto no parágrafo 15 da NCRF 15 são totalmente excluídos (como na consolidação), no parágrafo 46 da NCRF 13, não se opta pela exclusão total daqueles resultados. O presente trabalho é dedicado a esta questão: a mensuração dos resultados dos exercícios abrangidos pelas operações, por efeito da periodização. Aproveita-se a oportunidade para estudar o modo de registo daqueles resultados. A exposição será apoiada por exemplos e servida pela apresentação de alguns quadros. 3. Nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIRF) o método da equivalência patrimonial (MEP) não é apresentado a propósito da contabilização das subsidiárias. De facto, da NIC 27 Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas apenas constam os procedimentos da consolidação (junção da empresa-mãe e das subsidiárias) e do modo de apresentação nas contas separadas dos investimentos em subsidiárias, entidades conjuntamente controladas e associadas (cf. números 1 e 3). Em conformidade com aquela NIC, na preparação das demonstrações financeiras separadas os investimentos em subsidiárias e em associadas são registados pelo custo ou de acordo com a NIC 39 Instrumentos Financeiros Reconhecimento e Mensuração (cf. número 38), não se aplicando, pois, em qualquer caso, o MEP. Ainda em conformidade com a NIC 27, o tratamento nas demonstrações financeiras consolidadas das participações em associadas é efectuado de acordo com a NIC 28 Investimentos em Associadas (cf. número 5 da NIC 27, sendo aplicado, relativamente às associadas, o MEP). Nos casos em que uma empresa detém apenas participações em associadas, é aplicável a NIC 28, excepto em algumas circunstâncias (cf. números 1 e 5). Parece, deste modo, poder concluir-se que, no âmbito das NIRF, se uma empresa tiver a característica de empresa-mãe tem 37

3 CONTABILIDADE demonstrações financeiras consolidadas, nas quais as associadas são tratadas pelo MEP, e se uma empresa não for uma empresamãe e tiver participações em associadas aplica o MEP relativamente a estas. Tanto num caso como no outro pode haver demonstrações financeiras separadas, onde não é aplicado o MEP a característica destas demonstrações é, exactamente, a de não conterem a aplicação do MEP. No domínio das NCRF, o processo é análogo no que respeita às contas consolidadas (cf. NCRF 15 Investimentos em Subsidiárias e Consolidação ), mas acresce o facto de o próprio MEP ser usado nas demonstrações financeiras chamadas individuais (também designadas, por vezes, estatutárias) - inclusivamente no que respeita ao registo contabilístico das subsidiárias, neste caso complementado nos termos que vão ser explanados (cf. números 8 e, por remissão deste, 14 e 15). No caso do Quadro I, a empresa A é titular da totalidade das acções representativas do capital social da empresa B (não havendo, pois, interesses que não controlam). No ano X, A debita juros a B no montante de u.m., não sendo estes juros capitalizados em B (não são, por exemplo, incluídos nos custos dos inventários ou dos activos fixos tangíveis). O resultado consolidado é nulo (o rendimento compensa-se integralmente com o gasto) e é também nulo o resultado com a aplicação do MEP, já que ao rendimento de u.m. das contas de A se contrapõe, nas mesmas contas, o resultado negativo do mesmo montante do MEP, correspondente ao prejuízo da subsidiária. 4. Nos termos da NIC 27 e da NCRF 15, os procedimentos de consolidação determinam que nas transacções intragrupo os rendimentos e gastos devem ser eliminados por inteiro, incluindo os lucros e prejuízos que sejam reconhecidos nos activos (cf. números 20 e 21 da NIC 27 e 14 e 15 da NCRF 15). Os rendimentos e gastos que tenham sido reconhecidos nos activos e que tenham sido inicialmente eliminados são, naturalmente, reconhecidos como resultados aquando da saída daqueles activos (por exemplo, por venda ou depreciação). Para simplificar a leitura, usar-se-á no texto a expressão operações com stocks ou idêntica para significar as operações em que os lucros ou prejuízos sejam reconhecidos nos activos mencionados nas NIC 27 e NCRF 15. Sem entrar em pormenores, deve anotar-se que a hipótese de perdas nas vendas da participante à participada de bens que ficam em stock terá ou poderá ter tratamento diferente do que é dado no caso de ganhos (em termos simples: se a vendedora-participante aliena com prejuízo, este deve ser imediatamente assumido). Neste trabalho, por comodidade, apenas de estuda a questão na vertente de ganhos nas transacções que determinam stocks. Ver-se-á que, no âmbito das NCRF, os procedimentos adoptados na elaboração das demonstrações financeiras individuais conduzem a um resultado que é idêntico ao resultado apropriado pelos sócios da empresa-mãe nas contas consolidadas. 5. Da eliminação por inteiro dos rendimentos e gastos que não implicam stocks com reconhecimento de lucros ou prejuízos, decorre que nos interesses que não controlam (designação que, nas NIRF, substituiu a de interesses minoritários ) é imediatamente reconhecida a parcela dos resultados correspondente àqueles rendimentos e gastos, naturalmente na proporção da participação, o mesmo acontecendo no resultado reconhecido para os efeitos dos titulares do capital da empresa-mãe. Vejam-se os exemplos dos Quadro I e II, apresentados ao diante, sendo o primeiro apresentado por mera ordem metodológica. O exemplo do Quadro II é em tudo análogo ao anterior, excepto quanto ao facto de, agora, A participar no capital social de B em apenas 70%. Nas contas consolidadas compensam-se os rendimentos e os gastos, mas, no seio do resultado agregado nulo, emerge um resultado negativo atribuído aos interesses que não controlam interesses minoritários (IQNC-IM) de 300 u.m. e um resultado positivo do mesmo montante de que são titulares os sócios de A (na prática, os sócios de A emprestaram 30% do montante total a B e recebem dos IQNC-IM de B 30% dos juros). Nas contas individuais, segundo o MEP, a situação é análoga há um resultado de 300 u.m. em A, determinado pela diferença entre o rendimento de u.m. e o resultado negativo de 700 u.m. advindo pelo MEP (70% do resultado negativo, de u.m., nas contas de B). 38

4 José Rodrigues de Jesus / Susana Rodrigues de Jesus / REVISORES OFICIAIS DE CONTAS CONTABILIDADE A expressão de acordo com o MEP é idêntica ainda neste caso de operações sem stocks - nas contas consolidadas no que respeita às participações em associadas e nas contas individuais, quer quanto a subsidiárias como a associadas. 6. Passemos, agora, às situações em que há stocks, que podem ser formados na participada, em consequência de transacções descendentes, ou na participante, por efeito de transacções ascendentes. Anote-se, antes de mais, um pormenor terminológico. Quando as NIRF e as NCRF definem o MEP, referem-se aos resultados da participada que são incorporados pela participante (cf., por exemplo, a definição inserida no número 2 da NIC 28). Ora, nas transacções descendentes que determinam a formação de stocks na participada não há, aquando do reconhecimento do stock, a formação de resultados nesta (não podendo, assim, haver qualquer resultado da participada que a participante possa colher), pelo que não parece integralmente correcto referir, a este propósito, a aplicação do MEP. Pelo menos por mera comodidade de apresentação, usar-se-á a expressão MEP para abranger também os casos das transacções descendentes. Há duas questões centrais no uso do MEP na hipótese de existência de stocks a quantificação e a expressão dos resultados e das participações financeiras. É importante referir a diferença de tratamento quando a relação é com uma subsidiária (eliminação por inteiro do resultado, tanto nas 39

5 CONTABILIDADE contas consolidadas como nas contas individuais segundo o MEP) ou com uma associada (eliminação na proporção da participação). Na circunstância da relação de grupo, a NCRF 15 determina que, nas contas individuais, se aplique o MEP e, além disso, se proceda à cativação dos resultados não realizados no grupo e que permanecem em stock : 8. Nas demonstrações financeiras individuais de uma empresa-mãe, a valorização dos investimentos em subsidiárias deve ser efectuada de acordo com o método de equivalência patrimonial, aplicando-se, ainda, o disposto nos parágrafos 14 e 15. O segundo período do número 15 daquela NCRF Os resultados provenientes de transacções intragrupo que sejam reconhecidos nos activos, tais como inventários e activos fixos, são eliminados por inteiro quer exactamente significar que os resultados da participante apenas são nesta realizados após a venda pela participada. A expressão, no número 8 da norma, aplicando-se, ainda implica que não se usa apenas o MEP, mas este e o complemento do número 15. Pretendeu-se, afinal, com esta disposição que, na participante, os resultados nas contas individuais fossem os mesmos que figuram nas contas consolidadas. De mencionar, também, que, nos citados números 14 e 15, quando referidos às contas individuais, a referência à eliminação, de saldos, transacções, rendimentos e ganhos e gastos e perdas intragrupo só pode ser entendida, rigorosamente, quando se tenha querido, na base, adoptar a mesma metodologia da consolidação de contas não pretende significar que, nas contas individuais, se façam aquelas eliminações (o que não tem sentido), mas fica claro que se pretende, no fim, ter o resultado das contas individuais idêntico ao das contas consolidadas. A NIC 28 especifica, naturalmente, no seu número 20, que muitos dos procedimentos apropriados para a aplicação do método da equivalência patrimonial são semelhantes aos procedimentos de consolidação, o que é repetido no número 57 da NCRF 13. Os resultados provenientes das transacções ascendentes e descendentes são, porém, agora, tratados de modo diferente do que consta relativamente à consolidação. Na verdade, é estabelecido no número 22 da NIC 28 e no número 46 da NCRF 13 que, na relação com as associadas, os resultados provenientes daquelas transacções são reconhecidos nas contas da participante somente na medida em que correspondam aos interesses de outros investidores na associada, não relacionados com o investidor (redacção da NIC 28) ou, apenas até ao ponto dos interesses não relacionados da investidora na associada (texto da NCRF 13). Em ambas aquelas normas se completa afirmando que a parte da participada nos resultados da associada resultante daquelas transacções é eliminada. Não existe, assim, qualquer diferença no tratamento das associadas nas contas consolidadas e nas contas individuais sempre se aplica o MEP e não há diferenças na sua aplicação. Como se afirmou, no caso das transacções sem stocks o resultado, pelo simples jogo das contas, é o correspondente à participação de terceiros na participada isso mesmo foi evidenciado logo nos exemplos iniciais: por exemplo, a conjugação dos juros debitados por uma empresa à outra (e registados como rendimentos e gastos de juros nas respectivas contas) com o resultado segundo o MEP (e contabilizado como tal na participante) implica que, finalmente, o resultado da participada seja o montante dos resultados (positivos ou negativos) inerentes à transacção com os terceiros. Nos casos das vendas com Stock também acontece isso mesmo, mas de modo diferido o resultado na participante apenas é reconhecido aquando da venda dos inventários, ou, no caso de outros activos, pela venda ou amortização. De sublinhar ainda uma gradação das dificuldades na aplicação do MEP quando se trata de uma subsidiária ou de uma associada. No caso da subsidiária, há o domínio da participada e, consequentemente, o pressuposto da minuciosa informação requerida (para a consolidação e para o MEP). Na hipótese da associada o conhecimento não é, eventualmente, tão fluído, havendo, pois, limitações apreciáveis no acesso à informação que, certamente, careceria de indiscutível fiabilidade (por exemplo, conhecimento da existência de stocks na participada, nas transacções descendentes, e das margens de lucro na participada, nas transacções ascendentes). Nos números seguintes procurar-se-á estudar, com quatro exemplos, este tema. 7. Comecemos por referir o tratamento das associadas, relativamente às quais podemos encontrar, com actualidade prática, informações, sugestões ou recomendações nos livros da Ernst & Young, KPMG e Deloitte de que nos socorremos: Ernst & Young, International GAAP 2011, General Accepted Accounting Practice under International Financial Reporting Standards, Willey, 2011, páginas 685 e seguintes, KPMG, Insights into IFRS, KPMG s practical guide to International Financial Reporting Standards, 8th edition, 2011/2012, Sweet & Maxwell, 2011, páginas 391 e seguintes, e Deloitte, igap 2011, A guide to IFRS reporting, Lexis Nexis, 2010, páginas 2602 e seguintes. Em todos estes textos é assinalado que a norma internacional não fornece uma regra ou a indicação de modo de registo das operações, no quadro do MEP. 8. No que refere às transacções descendentes aqueles textos fazem reflectir a cativação (ou suspensão, ou adiamento, ou diferimento) dos resultados (na parte proporcional) nas contas de vendas e de custo das vendas (Ernst & Young e KPMG), apenas na conta de custo das vendas (Ernst & Young), ou na conta de vendas (KPMG), sendo sempre aqueles resultados registados, em contrapartida, na conta do activo da participação financeira. Será esta a melhor solução, designadamente no nosso contexto? Será útil, especialmente, alterar os valores das contas de vendas e custo das vendas? Ter-se-á reduzido o valor da participação pela venda de bens que ficaram em stock na participada? 40

6 José Rodrigues de Jesus / Susana Rodrigues de Jesus / REVISORES OFICIAIS DE CONTAS CONTABILIDADE Ou será preferível deixar que os registos nas contas de vendas e de custos das vendas sigam o seu curso normal e que, à parte, se cative o resultado não realizado das vendas como um proveito diferido (ou suspenso ou cativo), debitando conta autónoma apropriada de resultados? Propendemos a crer que este último procedimento será o mais apropriado. Desta forma, não se perturbariam os valores das contas de vendas e de custos das vendas, com as inerentes vantagens de controlo corrente e de compatibilidade com os montantes fiscalmente relevantes. O que dizer do uso da conta das participações financeiras como contrapartida do débito da conta autónoma de resultados? Esta questão envolve a concepção do rendimento ou ganho diferido na estrutura do balanço. É certo que no SNC existem as contas 28 Diferimentos, com as subcontas 281 Gastos a reconhecer e 282 Rendimentos a reconhecer, que conduzem às contas de Diferimentos que se encontram no balanço, tendo aquela conta geral a anotação de que compreende os gastos e os rendimentos que devam ser reconhecidos nos períodos seguintes. Constituirá, porém, o rendimento diferido por efeito da venda descendente descrita um passivo (cuja característica essencial é a de que a empresa tenha uma obrigação presente (cf. Estrutura Conceptual, número 59, do SNC)? De notar que, tanto nas NIRF como nas NCRF podemos encontrar no passivo elementos que, se bem se pensa, não constituem obrigações presentes. Por exemplo, os ganhos diferidos que ficam no passivo nas transacções de venda seguida de locação, são diferidos e amortizados durante o prazo da locação (número 59 da NIC 17 e número 52 da NCRF 9). Outro exemplo é o da consideração como passivo dos subsídios recebidos relacionados com activos, que nas NIRF devem ser apresentados na demonstração da posição financeira quer tomando o subsídio como rendimento diferido, (cf. número 24 da NIC 20). Se for entendido que não pode ser um passivo o ganho diferido das vendas descendentes, parece que a solução deva ser a de subtrair tal ganho na conta do activo da participação financeira salientando, todavia, que existe alguma incongruência, uma vez que a participação não sofreu qualquer perda. Deve assinalar-se que nesta solução pode acontecer que a quantia do resultado positivo suspenso seja superior ao valor contabilístico da participação, o que determina considerações adicionais, como é descrito nas citadas publicações e que aqui nos dispensamos de transcrever. Refira-se, ainda, que a utilização de uma conta do passivo para o ganho diferido pode, em alguns casos, influenciar de forma material os rácios da situação financeira. Em qualquer caso, terá de ser efectuada a necessária divulgação, que deverá mencionar todas as quantias relevantes (vendas, custo das vendas, inventários, resultados). 9. Quanto às transacções ascendentes, nas citadas publicações recomenda-se que seja deduzido ao valor dos inventários (Ernst & Young e Deloitte) ou ao valor dos inventários ou ao da participação financeira (KPMG) a parte proporcional (à participação) do lucro registado na participada, por contrapartida de igual redução do lucro obtido directamente segundo o MEP, na prática neutralizando esse mesmo lucro. Pode haver, pelo menos, três soluções: - aumentar o valor da participação financeira por contrapartida de rendimentos de MEP e, simultaneamente, reduzir os inventários por débito desta mesma conta ou de uma conta específica de gastos que neutralize o rendimento de MEP (a primeira hipótese seria idêntica a simplesmente aumentar a participação financeira e reduzir os inventários); - aumentar o valor da participação financeira por contrapartida de rendimentos diferidos; - não efectuar qualquer registo. 41

7 CONTABILIDADE Pensamos que será preferível nada registar na conta de inventários (e na conta de custo das vendas que é subsequentemente movimentada aquando das posteriores vendas), deixando que aquela, pelas razões de controlo e fiscais já invocadas, mantenha o trato corrente. Não afectar, também, a conta da participação financeira parece natural: se, em conformidade com o MEP, a participante não reconhece o lucro da venda que a participada lhe fez, também o valor da participação financeira não deve ser aumentado por tal montante. É certo que, deste modo, o valor da participação financeira não fica em consonância com a parcela do capital próprio da participada registada após a aquisição da participação mas, julgamos, a necessária divulgação, que, em qualquer caso terá de haver, completará um melhor entendimento das contas na hipótese preferida. Deve, igualmente, referir-se que, no contexto do MEP, se a participada distribuir à participante o lucro que esta ainda não considerou reconhecido, o que estará a acontecer, na prática, é, do ponto de vista da participante, uma distribuição de resultados da participada préexistentes e, no limite, do capital da participada pré-existente à própria aquisição. com o CMV de 1600 u.m., tendo B conservado no termo daquele ano a totalidade das mercadorias adquiridas a A e vendido integralmente as mesmas em X2. O resultado consolidado no ano X1 é nulo, mesmo sendo a participação apenas de 70%, pois as mercadorias não chegaram, nem parcialmente, a sair do grupo e, assim, não é possível reconhecer qualquer resultado agregado. Também nas contas individuais de A do ano X1 o resultado é nulo, podendo acrescentar-se que é também nulo o resultado em B, que limitou a adquirir as mercadorias. O resultado suspenso, de 400 u.m., fica registado a débito na conta de resultados Gastos e perdas por diferimento de ganhos com subsidiárias diferidos (que compensa os valores das contas de vendas e de custo das vendas) por contrapartida do registo a crédito na conta de rendimentos diferidos Diferimentos-ganhos e perdas em operações com subsidiárias diferidos. O registo numa conta de rendimentos diferidos tem os inconvenientes conceptuais e práticos já analisados. 10. Exposta, assim, a questão relativamente às associadas, passemos ao caso das subsidiárias. Como este tema não é tratado nas NIRF, apenas podemos admitir que seria esperado dos autores citados tratamento idêntico ao mencionado quanto às associadas sendo, também, igual o modo de expressão para que nos inclinamos a propósito das mesmas associadas. Há, porém, na relação com as subsidiárias uma questão nova nas NCRF os resultados são eliminados por inteiro na aplicação do MEP, tal como nas contas consolidadas. Assim, nas transacções descendentes é cativado o inteiro resultado da venda, ainda que a participante não seja titular da totalidade do capital da participada e nas transacções ascendentes a participante não reconhece qualquer parcela do resultado da venda da participante. Em suma, o resultado nas contas individuais da participante é igual ao resultado apurado na consolidação foi isto mesmo que se quis na NCRF 15, mediante os seus números 8, 14 e Os exemplos dos quadros seguintes procuram ilustrar as soluções que sugerimos, usando-se, para as contas não convencionais, designações cuja letra esteja próxima do objecto a retratar (e que, obviamente, teriam de ser simplificadas, no caso de adopção destas sugestões de registo). Independentemente do acerto da solução, usa-se, nestes exemplos, uma conta do passivo para albergar os rendimentos ou ganhos diferidos. Comecemos pelo exemplo do Quadro III, em que A detém 70% do capital de B e no ano X1 vende mercadorias a B, por u.m. e 42

8 José Rodrigues de Jesus / Susana Rodrigues de Jesus / REVISORES OFICIAIS DE CONTAS CONTABILIDADE Em X2, o resultado é reconhecido nas contas de A, tanto consolidadas como individuais nestas por reversão, digamos assim, dos registos da suspensão do ano anterior: daí um registo de 400 u.m. a crédito da conta Diferimentos - ganhos e perdas em operações com subsidiárias diferidos e outro a crédito, do mesmo valor, numa conta de rendimentos com a designação, por exemplo, de Reversão de gastos e perdas por diferimento de ganhos em operações com subsidiárias. 12. Admitindo, agora, o mesmo exemplo do número anterior, mas usando uma participação de A em B de 20%, a expressão é em tudo idêntica, sendo o valor da suspensão apenas de 20% do resultado, como se expõe no quadro IV, seguinte. A reversão do diferimento ou reconhecimento final do resultado em X2 expressa-se de forma análoga à indicada no número anterior. 13. Este número e o seguinte têm por objecto transacções ascendentes para não alongar o texto, supõe-se, no primeiro exemplo a mesma relação societária enunciada no número 11, mas em que a venda se realiza de B para A. O quadro V, seguinte, ilustra a expressão contabilística. 43

9 CONTABILIDADE 14. Sendo, agora, a relação com uma associada e usando os dados do número 12, com a venda, porém, formulada de B para A, apresentase a solução no quadro VI seguinte. Em X2, quando as mercadorias são vendidas em A, na contabilidade desta é realizado o lucro suspenso de 80, debitando a conta do passivo Diferimentos - ganhos e perdas em operações com associadas diferidos por contrapartida de um crédito em Ganhos do MEP. 15. É tempo de terminar, sublinhando, a título de conclusão, a diversidade de situações nas relações entre participantes e participadas e o respectivo cruzamento com os métodos utilizados na elaboração das contas, tanto consolidadas como individuais. A alternativa, como de indicou, seria não registar o valor de 280 u.m. nem no activo, nem no passivo. No ano X2, com a realização das vendas por A, o resultado de 280 torna-se reconhecido nas contas de A consolidadas e de A individuais segundo o MEP, por reversão ou realização do diferimento de 280 u.m. do ano anterior; nas contas consolidadas emerge, também, o valor de IM de 120 u.m. que não podia ser expresso no ano X1, dado que a transacção tinha sido completamente eliminada, tanto para os interesses de A como para os IQNC-IM, em B. Há uma observação evidente: o ganho total na venda em B (que está nos resultados de B) está no valor dos inventários em A - na prática ter-se-á efectuado uma reavaliação das mercadorias no interior do grupo. O modo como está resolvida a questão no Quadro V corresponde a assumir essa reavaliação na conta da Participação Financeira (debitando-a pelo ganho) e a creditar, pelo mesmo valor, uma conta do passivo de diferimentos Diferimentos - ganhos e perdas em operações com subsidiárias diferidos. Como ficou assinalado, há outras soluções e não se pretende afirmar que esta seja preferível. Aquela diversidade é, de resto, compatível com diferentes apresentações ou modos de expressar os resultados, merecendo particular estudo os casos em que, com ou sem IQNC-IM, existem ganhos incluídos nos activos fixos tangíveis e nos inventários. O Sistema de Normalização Contabilística não mostra as soluções práticas, designadamente com a atribuição de contas específicas para albergar as soluções dos diferentes problemas. Julga-se, aliás, conveniente que a CNC nem sequer venha a esmiuçar quaisquer soluções a estes propósitos. De facto, sendo muito diversas as situações e com diferentes graus de materialidade, é desejável que se deixe aos preparadores e auditores das contas a escolha do modo que de forma mais transparente e eficiente mostre a realidade. Em muitos casos o efectivo tratamento fino destes temas, sobretudo na relação com as associadas e em que não haja materialidade, apenas servirá para reduzir a compreensão das contas. O presente estudo não pretende, obviamente, ser mais do que um contributo para o estudo destas questões. São temas miúdos, com a particularidade de versarem, muitas vezes, quantias imateriais - isto não impede que os devamos ter presentes. 44

NORMA CONTABILÍSTICA E DE RELATO FINANCEIRO 15 INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS E CONSOLIDAÇÃO

NORMA CONTABILÍSTICA E DE RELATO FINANCEIRO 15 INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS E CONSOLIDAÇÃO NORMA CONTABILÍSTICA E DE RELATO FINANCEIRO 15 INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS E CONSOLIDAÇÃO Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Contabilidade IAS 27 Demonstrações

Leia mais

Impostos Diferidos e o SNC

Impostos Diferidos e o SNC Impostos Diferidos e o SNC Na vigência do anterior Plano Oficial de Contabilidade (POC) a Directriz Contabilistica (DC) nº 28, da Comissão de Normalização Contabilística (CNC) veio, em tempo, estabelecer

Leia mais

O MEP nos Investimentos em Associadas e Subsidiárias

O MEP nos Investimentos em Associadas e Subsidiárias O MEP nos Investimentos em Associadas e Subsidiárias Enquadramento em SNC Influência e Controlo Controlo exclusivo a sociedade dominante tem mais de 50% dos direitos de voto da filial; Controlo conjunto

Leia mais

C N INTERPRETAÇÃO TÉCNICA Nº 2. Assunto: RESERVA FISCAL PARA INVESTIMENTO Cumprimento das obrigações contabilísticas I. QUESTÃO

C N INTERPRETAÇÃO TÉCNICA Nº 2. Assunto: RESERVA FISCAL PARA INVESTIMENTO Cumprimento das obrigações contabilísticas I. QUESTÃO C N C C o m i s s ã o d e N o r m a l i z a ç ã o C o n t a b i l í s t i c a INTERPRETAÇÃO TÉCNICA Nº 2 Assunto: RESERVA FISCAL PARA INVESTIMENTO Cumprimento das obrigações contabilísticas I. QUESTÃO

Leia mais

OS PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS GERALMENTE ACEITES (POC vs. SNC) ALGUMAS DIVERGÊNCIAS DE OPINIÃO

OS PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS GERALMENTE ACEITES (POC vs. SNC) ALGUMAS DIVERGÊNCIAS DE OPINIÃO OS PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS GERALMENTE ACEITES (POC vs. SNC) ALGUMAS DIVERGÊNCIAS DE OPINIÃO 28 Joaquim Fernando da Cunha Guimarães REVISOR OFICIAL DE CONTAS Introdução Os Princípios Contabilísticos

Leia mais

POC 13 - NORMAS DE CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

POC 13 - NORMAS DE CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS POC 13 - NORMAS DE CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS 13.1 - Aspectos preliminares As demonstrações financeiras consolidadas constituem um complemento e não um substituto das demonstrações financeiras individuais

Leia mais

NCRF 2 Demonstração de fluxos de caixa

NCRF 2 Demonstração de fluxos de caixa NCRF 2 Demonstração de fluxos de caixa Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Contabilidade IAS 7 - Demonstrações de Fluxos de Caixa, adoptada pelo texto

Leia mais

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 2 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA. Objectivo ( 1) 2 Âmbito ( 2) 2 Definições ( 3 a 6) 2

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 2 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA. Objectivo ( 1) 2 Âmbito ( 2) 2 Definições ( 3 a 6) 2 NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 2 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Contabilidade IAS 7 Demonstrações de

Leia mais

José Rodrigues de Jesus REVISOR OFICIAL DE CONTAS. Maria Luísa Anacoreta Correia. Susana Rodrigues de Jesus

José Rodrigues de Jesus REVISOR OFICIAL DE CONTAS. Maria Luísa Anacoreta Correia. Susana Rodrigues de Jesus 38 José Rodrigues de Jesus REVISOR OFICIAL DE CONTAS Maria Luísa Anacoreta Correia REVISORA OFICIAL DE CONTAS Susana Rodrigues de Jesus REVISORA OFICIAL DE CONTAS 1. O goodwill ( por comodidade de expressão,

Leia mais

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS 24 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS Os mercados de capitais na Europa e no mundo exigem informações financeiras significativas, confiáveis, relevantes e comparáveis sobre os emitentes de valores mobiliários.

Leia mais

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 701

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 701 Directriz de Revisão/Auditoria 701 RELATÓRIO DE AUDITORIA ELABORADO POR AUDITOR REGISTADO NA CMVM SOBRE INFORMAÇÃO ANUAL Fevereiro de 2001 ÍNDICE Parágrafos INTRODUÇÃO 1-4 OBJECTIVO 5-6 RELATÓRIO DE AUDITORIA

Leia mais

newsletter Nº 82 NOVEMBRO / 2013

newsletter Nº 82 NOVEMBRO / 2013 newsletter Nº 82 NOVEMBRO / 2013 Assuntos em Destaque Resumo Fiscal/Legal Outubro de 2013 2 Contabilização dos Subsídios do Governo e Divulgação de Apoios do Governo 3 Revisores e Auditores 7 LEGISLAÇÃO

Leia mais

1. Os AFT devem ser contabilisticamente mensurados no reconhecimento inicial pelo seu custo.

1. Os AFT devem ser contabilisticamente mensurados no reconhecimento inicial pelo seu custo. Classificação: 00 0. 0 1. 0 9 GABINETE DO DIRECTOR GERAL Direcção de Serviços do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas Activos Fixos Tangíveis Código do IRC Decreto Regulamentar n.º 25/2009,

Leia mais

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 14 CONCENTRAÇÕES DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS. Objectivo ( 1) 1 Âmbito ( 2 a 8) 2

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 14 CONCENTRAÇÕES DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS. Objectivo ( 1) 1 Âmbito ( 2 a 8) 2 NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 14 CONCENTRAÇÕES DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Contabilidade IFRS 3 Concentrações

Leia mais

Definições (parágrafo 9) 9 Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados

Definições (parágrafo 9) 9 Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados Norma contabilística e de relato financeiro 14 Concentrações de actividades empresariais Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Relato Financeiro IFRS 3

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

NCRF 25 Impostos sobre o rendimento

NCRF 25 Impostos sobre o rendimento NCRF 25 Impostos sobre o rendimento Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Contabilidade IAS 12 - Impostos sobre o Rendimento, adoptada pelo texto original

Leia mais

NCRF 3 Adopção pela primeira vez das normas contabilísticas e de relato financeiro (NCRF)

NCRF 3 Adopção pela primeira vez das normas contabilísticas e de relato financeiro (NCRF) NCRF 3 Adopção pela primeira vez das normas contabilísticas e de relato financeiro (NCRF) Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Relato Financeiro IFRS 1

Leia mais

CNC CNC COMISSÃO DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA CONTABILIZAÇÃO DOS EFEITOS DA INTRODUÇÃO DO EURO DIRECTRIZ CONTABILÍSTICA Nº21 1. INTRODUÇÃO DO EURO

CNC CNC COMISSÃO DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA CONTABILIZAÇÃO DOS EFEITOS DA INTRODUÇÃO DO EURO DIRECTRIZ CONTABILÍSTICA Nº21 1. INTRODUÇÃO DO EURO DIRECTRIZ CONTABILÍSTICA Nº21 CONTABILIZAÇÃO DOS EFEITOS DA INTRODUÇÃO DO EURO INDICE 1. INTRODUÇÃO DO EURO 1 2. PREPARAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 3 3. DEFINIÇÕES 3 4. EFEITOS DA

Leia mais

NCRF 8 Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas

NCRF 8 Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas NCRF 8 Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Relato Financeiro IFRS 5 -

Leia mais

MESTRADO EM GESTÃO (MBA) (2005/2006)

MESTRADO EM GESTÃO (MBA) (2005/2006) MESTRADO EM GESTÃO (MBA) (2005/2006) DISCIPLINA: CONTABILIDADE Docente: Professor Auxiliar Convidado do ISEG/UTL jlacunha@iseg.utl.pt CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS (continuação) Síntese: 1. Concentração de empresas

Leia mais

LAKE FUND SGPS, SA. Demonstrações Financeiras Individuais. Exercício 2014

LAKE FUND SGPS, SA. Demonstrações Financeiras Individuais. Exercício 2014 Exercício 2014 Índice Demonstrações financeiras individuais para o exercício findo em Balanço Individual em 5 Demonstração dos Resultados Individuais em 6 Demonstração dos Fluxos de Caixa Individuais em...7

Leia mais

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 1 ESTRUTURA E CONTEÚDO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 1 ESTRUTURA E CONTEÚDO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 1 ESTRUTURA E CONTEÚDO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Contabilidade IAS

Leia mais

NCRF 1 Estrutura e conteúdo das demonstrações financeiras

NCRF 1 Estrutura e conteúdo das demonstrações financeiras NCRF 1 Estrutura e conteúdo das demonstrações financeiras Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Contabilidade IAS 1 - Apresentação de Demonstrações Financeiras,

Leia mais

Portaria n.º 92-A/2011, de 28 de Fevereiro - 41 SÉRIE I, 1º SUPLEMENTO

Portaria n.º 92-A/2011, de 28 de Fevereiro - 41 SÉRIE I, 1º SUPLEMENTO Define os elementos que integram o dossier fiscal, aprova novos mapas de modelo oficial e revoga a Portaria n.º 359/2000, de 20 de Junho A Nos termos do artigo 129.º do Código do Imposto sobre o Rendimento

Leia mais

Objectivo 1 e 2. Âmbito 3. Considerações Gerais 4 e 5. Identificação das Demonstrações financeiras 6 a 8. Período de Relato 9.

Objectivo 1 e 2. Âmbito 3. Considerações Gerais 4 e 5. Identificação das Demonstrações financeiras 6 a 8. Período de Relato 9. ÍNDICE (parágrafos) Objectivo 1 e 2 Âmbito 3 Considerações Gerais 4 e 5 Identificação das Demonstrações financeiras 6 a 8 Período de Relato 9 Balanço 10 a 31 Demonstração dos Resultados 32 a 38 Demonstração

Leia mais

Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro NCRF

Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro NCRF Sistema de Normalização Contabilística Após leitura e análise das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF), a entrarem em vigor já em Janeiro próximo, senti me na obrigação de escrever este

Leia mais

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 13 INTERESSES EM EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS E INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 13 INTERESSES EM EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS E INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 13 INTERESSES EM EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS E INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base as Normas Internacionais

Leia mais

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 10 CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 10 CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 10 CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Contabilidade IAS 23 Custos de Empréstimos

Leia mais

2.28. Benefícios dos Empregados

2.28. Benefícios dos Empregados . Modelo Geral do Sistema de Normalização Contabilística 179.8. Benefícios dos Empregados.8.1. Introdução O presente ponto é fundamentado na Norma Contabilística e de Relato Financeiro (NCRF) 8, e visa

Leia mais

Fundação Denise Lester

Fundação Denise Lester Relatório e Contas 2010 Fundação Denise Lester Fundação Denise Lester 1/14 Balanço ACTIVO Notas Exercício findo a 31/12/2010 Exercício findo a 31/12/2009 Activo não corrente Activos fixos tangíveis 2.291.289,31

Leia mais

Introdução à Contabilidade 2014/2015. Financeira

Introdução à Contabilidade 2014/2015. Financeira Introdução à Contabilidade 2014/2015 Financeira 2 Sumário 1. O papel da contabilidade nas organizações. 2. A contabilidade externa vs a contabilidade interna. 3. Os diversos utilizadores da contabilidade.

Leia mais

Manual do Revisor Oficial de Contas IAS 7 (1) NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE IAS 7 (REVISTA EM 1992) Demonstrações de Fluxos de Caixa

Manual do Revisor Oficial de Contas IAS 7 (1) NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE IAS 7 (REVISTA EM 1992) Demonstrações de Fluxos de Caixa IAS 7 (1) NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE IAS 7 (REVISTA EM 1992) Demonstrações de Fluxos de Caixa Esta Norma Internacional de Contabilidade revista substitui a NIC 7, Demonstração de Alterações na

Leia mais

CONTABILIDADE. Docente: José Eduardo Gonçalves. Elementos Patrimoniais

CONTABILIDADE. Docente: José Eduardo Gonçalves. Elementos Patrimoniais CONTABILIDADE Docente: José Eduardo Gonçalves Ano: 2008/2009 Universidade da Madeira Elementos Patrimoniais Activo Recurso controlado pela entidade como resultado de acontecimentos passados e do qual se

Leia mais

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DEFIR ANGOLA

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DEFIR ANGOLA ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANO : 2012 1 - Actividade 1.1 Breve descrição das actividades da empresa ÍNDICE 2 - Bases de preparação das demonstrações financeiras e derrogações 2.1 Bases de apresentação

Leia mais

Trabalho de Grupo. Contabilidade Geral 1. Ano lectivo 2007/2008 1º Semestre

Trabalho de Grupo. Contabilidade Geral 1. Ano lectivo 2007/2008 1º Semestre Trabalho de Grupo Contabilidade Geral 1 Ano lectivo 2007/2008 1º Semestre 1 1 Objectivo Pretende-se com o presente trabalho que os alunos procedam a uma análise sintética do Novo Sistema de Normalização

Leia mais

1. O Fluxo de Caixa para á Análise Financeira

1. O Fluxo de Caixa para á Análise Financeira ANÁLISE DE FLUXOS A DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA ESTGV-IPV Mestrado em Finanças Empresariais 1. O Fluxo de Caixa para á Análise Financeira A análise baseada nos fluxos visa ultrapassar algumas das limitações

Leia mais

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, NOTA - A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração desta Interpretação de IT 12 para ITG 12 e de outras normas citadas: de NBC T 19.1 para NBC TG 27; de NBC T 19.7 para NBC TG 25; de NBC

Leia mais

Regulamento da CMVM 12/2005, de 9 de Dezembro - II Série nº 235

Regulamento da CMVM 12/2005, de 9 de Dezembro - II Série nº 235 Regulamento da CMVM 12/2005, de 9 de Dezembro - II Série nº 235 Contabilidade das sociedades e fundos de capital de risco A alteração do Decreto-Lei n.º 319/2002, de 28 de Dezembro, pelo Decreto-Lei n.º

Leia mais

Manual do Revisor Oficial de Contas IAS 23 (1) NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE IAS 23 (REVISTA EM 1993) Custos de Empréstimos Obtidos

Manual do Revisor Oficial de Contas IAS 23 (1) NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE IAS 23 (REVISTA EM 1993) Custos de Empréstimos Obtidos IAS 23 (1) NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE IAS 23 (REVISTA EM 1993) Custos de Empréstimos Obtidos Esta Norma Internacional de Contabilidade revista substitui a IAS 23, Capitalização de Custos de Empréstimos

Leia mais

DC24 - Empreendimentos Conjuntos (1) Directriz Contabilística nº 24

DC24 - Empreendimentos Conjuntos (1) Directriz Contabilística nº 24 DC24 - Empreendimentos Conjuntos (1) Directriz Contabilística nº 24 Índice 1. Objectivo 2. Definições 3. Tipos de empreendimentos conjuntos 3.1. Operações conjuntamente controladas 3.2. Activos conjuntamente

Leia mais

MODELOS DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS OBSERVAÇÕES E LIGAÇÃO ÀS NCRF. 1. Conjunto completo de demonstrações financeiras

MODELOS DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS OBSERVAÇÕES E LIGAÇÃO ÀS NCRF. 1. Conjunto completo de demonstrações financeiras MODELOS DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS OBSERVAÇÕES E LIGAÇÃO ÀS NCRF 1. Conjunto completo de demonstrações financeiras Nos termos do previsto no ponto 2.1.4. das Bases para a Apresentação das Demonstrações

Leia mais

ASSUNTO : Plano de Contas para o Sistema Bancário Adaptado (Fundos de Investimento Imobiliário)

ASSUNTO : Plano de Contas para o Sistema Bancário Adaptado (Fundos de Investimento Imobiliário) Anexo à Instrução nº 24/96 ASSUNTO : Plano de Contas para o Sistema Bancário Adaptado (Fundos de Investimento Imobiliário) 1. São efectuados no PCSB os seguintes ajustamentos: 1.1. São adoptadas, em substituição

Leia mais

(c) Activos biológicos relacionados com a actividade agrícola e produto agrícola na altura da colheita (ver a NCRF 17 - Agricultura).

(c) Activos biológicos relacionados com a actividade agrícola e produto agrícola na altura da colheita (ver a NCRF 17 - Agricultura). NCRF 18 Inventários Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Contabilidade IAS 2 - Inventários, adoptada pelo texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008

Leia mais

O RELATÓRIO DE GESTÃO E OS REQUISITOS DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS

O RELATÓRIO DE GESTÃO E OS REQUISITOS DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS O RELATÓRIO DE GESTÃO E OS REQUISITOS DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS (Esta informação contém apenas informação geral, não se destina a prestar qualquer serviço de auditoria, consultadoria de gestão,

Leia mais

Contabilidade Financeira I

Contabilidade Financeira I Contabilidade Financeira I O sistema de informação contabilística Ponto da situação Visão global dos principais produtos ( outputs ) da contabilidade como sistema de informação: Balanço, Demonstração de

Leia mais

31. A DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

31. A DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA 31. A DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA A demonstração de fluxos de caixa é um mapa de fluxos que releva a entradas e as saídas de caixa, durante um exercício. A Demonstração de fluxos de caixa é estruturada

Leia mais

Diário da República, 1.ª série N.º 51 14 de Março de 2011 1425. c) Quantia de qualquer reembolso de subsídio que tenha sido reconhecido como um gasto.

Diário da República, 1.ª série N.º 51 14 de Março de 2011 1425. c) Quantia de qualquer reembolso de subsídio que tenha sido reconhecido como um gasto. Diário da República, 1.ª série N.º 51 14 de Março de 2011 1425 c) Quantia de qualquer reembolso de subsídio que tenha sido reconhecido como um gasto. 12 Impostos sobre o rendimento: 12.1 Devem ser divulgados

Leia mais

NCRF 19 Contratos de construção

NCRF 19 Contratos de construção NCRF 19 Contratos de construção Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Contabilidade IAS 11 - Contratos de Construção, adoptada pelo texto original do Regulamento

Leia mais

As recentes alterações das normas contabilísticas no âmbito da concentração de actividades empresariais (SNC e IFRS)

As recentes alterações das normas contabilísticas no âmbito da concentração de actividades empresariais (SNC e IFRS) As recentes alterações das normas contabilísticas no âmbito da concentração de actividades empresariais (SNC e IFRS) Por Carlos António Rosa Lopes O IASB aprovou em 2008 alterações à IFRS 3 sobre concentração

Leia mais

ANEXO. Prestação de Contas 2011

ANEXO. Prestação de Contas 2011 1. IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE 1.1. Designação da entidade Fluviário de Mora, E.E.M. NIPC: 507 756 754 1.2. Sede Parque Ecológico do Gameiro - Cabeção 1.3. Natureza da Actividade O Fluviário de Mora, é uma

Leia mais

ASSUNTO: Plano de Contas (Caixa Central e Caixas de Crédito Agrícola Mútuo)

ASSUNTO: Plano de Contas (Caixa Central e Caixas de Crédito Agrícola Mútuo) Instruções do Banco de Portugal Instrução nº 118/96 ASSUNTO: Plano de Contas (Caixa Central e Caixas de Crédito Agrícola Mútuo) Tendo presente as alterações introduzidas no Código do Mercado de Valores

Leia mais

EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL A equivalência patrimonial é o método que consiste em atualizar o valor contábil do investimento ao valor equivalente à participação societária da sociedade investidora no patrimônio

Leia mais

INSTRUTIVO N.º xx/20xx de xx de xxxx

INSTRUTIVO N.º xx/20xx de xx de xxxx INSTRUTIVO N.º xx/20xx de xx de xxxx ASSUNTO: DIVULGAÇÕES DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS Havendo a necessidade de estabelecer um conjunto de procedimentos na elaboração das divulgações sobre instrumentos

Leia mais

CAPÍTULO II - A CONTABILIZAÇÃO DO IMPOSTO SOBRE OS LUCROS SITUAÇÃO INTERNACIONAL

CAPÍTULO II - A CONTABILIZAÇÃO DO IMPOSTO SOBRE OS LUCROS SITUAÇÃO INTERNACIONAL AGRADECIMENTOS... NOTA PRÉVIA... ABREVIATURAS... RESUMO... PREFÁCIO... INTRODUÇÃO... BREVE ABORDAGEM DA PROBLEMÁTICA E OBJECTIVOS DO ESTUDO... METODOLOGIA... PLANO DA INVESTIGAÇÃO... PARTE I - AS RELAÇÕES

Leia mais

José Eduardo Mendonça S. Gonçalves

José Eduardo Mendonça S. Gonçalves José Eduardo Mendonça S. Gonçalves Estrutura Conceptual 49 Posição Financeira (Balanço) Activo, Passivo e Capital Próprio 64 Subclassificação no Balanço Fundos contribuídos pelos accionistas. Resultados

Leia mais

Aequivalência patrimonial é um método

Aequivalência patrimonial é um método 32 Fiscalidade A equivalência patrimonial eosimpostos diferidos A equivalência patrimonial e o método do custo têm particularidades que é conveniente ter em conta. Na aplicação dos métodos de contabilização

Leia mais

DIRECTRIZ CONTABILÍSTICA N. o 1/91 TRATAMENTO CONTABILÍSTICO DE CONCENTRAÇÃO DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS

DIRECTRIZ CONTABILÍSTICA N. o 1/91 TRATAMENTO CONTABILÍSTICO DE CONCENTRAÇÃO DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS DIRECTRIZ CONTABILÍSTICA N. o 1/91 TRATAMENTO CONTABILÍSTICO DE CONCENTRAÇÃO DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS 1 Objectivo A presente directriz visa normalizar os procedimentos contabilísticos necessários para

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Normas Contábeis ICPC 10 - Interpretação Sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Normas Contábeis ICPC 10 - Interpretação Sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado Normas Contábeis ICPC 10 - Interpretação Sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado 13/11/2014 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas Apresentadas pelo Cliente... 3 3. Análise da Consultoria...

Leia mais

DC20 - Demonstração dos Resultados por Funções (1) Directriz Contabilística nº 20

DC20 - Demonstração dos Resultados por Funções (1) Directriz Contabilística nº 20 DC20 - Demonstração dos Resultados por Funções (1) Directriz Contabilística nº 20 Agosto de 1997 Índice 1. Objectivo 2. Estrutura da Demonstração 3. Conceitos Subjacentes 3.1. Vendas e prestações de serviços

Leia mais

NOVA CONTABILIDADE DAS AUTARQUIAS LOCAIS

NOVA CONTABILIDADE DAS AUTARQUIAS LOCAIS CONTACTOS DAS ENTIDADES QUE INTEGRAM O Direcção-Geral das Autarquias Locais Morada: Rua José Estêvão,137, 4.º a 7.º 1169-058 LISBOA Fax: 213 528 177; Telefone: 213 133 000 E-mail: helenacurto@dgaa.pt Centro

Leia mais

27.1.2006 PT Jornal Oficial da União Europeia L 24/5 NORMA INTERNACIONAL DE RELATO FINANCEIRO 7. Instrumentos Financeiros: Divulgação de Informações

27.1.2006 PT Jornal Oficial da União Europeia L 24/5 NORMA INTERNACIONAL DE RELATO FINANCEIRO 7. Instrumentos Financeiros: Divulgação de Informações 27.1.2006 PT Jornal Oficial da União Europeia L 24/5 OBJECTIVO NORMA INTERNACIONAL DE RELATO FINANCEIRO 7 Instrumentos Financeiros: Divulgação de Informações 1 O objectivo desta IFRS é exigir às entidades

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

CÓDIGOS TRIBUTÁRIOS EDIÇÃO DE BOLSO

CÓDIGOS TRIBUTÁRIOS EDIÇÃO DE BOLSO CÓDIGOS TRIBUTÁRIOS EDIÇÃO DE BOLSO (5.ª Edição) Actualização N.º 5 Códigos Tributários Edição de Bolso 2 TÍTULO: AUTORES: CÓDIGOS TRIBUTÁRIOS EDIÇÃO DE BOLSO Actualização N.º 5 BDJUR EDITOR: EDIÇÕES ALMEDINA,

Leia mais

Enquadramento Página 1

Enquadramento Página 1 No âmbito do processo de adopção plena das Normas Internacionais de Contabilidade e de Relato Financeiro ("IAS/IFRS") e de modo a apoiar as instituições financeiras bancárias ("instituições") neste processo

Leia mais

INSTRUÇÃO CVM Nº 469, DE 2 DE MAIO DE 2008

INSTRUÇÃO CVM Nº 469, DE 2 DE MAIO DE 2008 Dispõe sobre a aplicação da Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera as Instruções CVM n 247, de 27 de março de 1996 e 331, de 4 de abril de 2000. A PRESIDENTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS

Leia mais

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 20 (R1) Custos de Empréstimos

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 20 (R1) Custos de Empréstimos COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 20 (R1) Custos de Empréstimos Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade IAS 23 (IASB BV 2011) Índice OBJETIVO 1 Item ALCANCE 2

Leia mais

LIVRO SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA: SUA APLICAÇÃO

LIVRO SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA: SUA APLICAÇÃO LIVRO SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA: SUA APLICAÇÃO P. 2 Sistema de Normalização Contabilística Prático SNC Contabilidade Financeira: sua aplicação CAPÍTULO 1 CONTABILIDADE E O SEU PAPEL PARTE I P. 28 (QUESTÃO

Leia mais

As novas regras de concentração de actividades empresariais

As novas regras de concentração de actividades empresariais Índice ABREVIATURAS 11 Parte 1 Conceitos gerais Capítulo 1 As novas regras de concentração de actividades empresariais 1. Introdução 15 2. Regulamentação das concentrações de actividades empresariais 18

Leia mais

Contabilidade Financeira II 2008/2009

Contabilidade Financeira II 2008/2009 Contabilidade Financeira II 2008/2009 Demonstração de Fluxos de Caixa Demonstração de Fluxos de Caixa Conceitos gerais Métodos directo e indirecto Análise de uma DFC - Contabilidade Financeira II 2008/

Leia mais

TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE: IR DIFERIDO

TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE: IR DIFERIDO TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE: IR DIFERIDO! O que é diferimento?! Casos que permitem a postergação do imposto.! Diferimento da despesa do I.R.! Mudança da Alíquota ou da Legislação. Autores: Francisco

Leia mais

Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa Ano Lectivo 2013/2014 1º Semestre. 28 de NOVEMBRO de 2013 Duração da prova: 60 minutos

Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa Ano Lectivo 2013/2014 1º Semestre. 28 de NOVEMBRO de 2013 Duração da prova: 60 minutos Contabilidade Financeira Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa Ano Lectivo 2013/2014 1º Semestre 28 de NOVEMBRO de 2013 Duração da prova: 60 minutos 3º TESTE INTERMÉDIO NOME: NÚMERO: Atenção

Leia mais

INTERPRETAÇÃO TÉCNICA Nº 4. DIREITOS DE EMISSÃO DE GASES COM EFEITO DE ESTUFA - Contabilização das licenças de emissão

INTERPRETAÇÃO TÉCNICA Nº 4. DIREITOS DE EMISSÃO DE GASES COM EFEITO DE ESTUFA - Contabilização das licenças de emissão ASSUNTO: INTERPRETAÇÃO TÉNIA Nº 4 DIREITOS DE EMISSÃO DE GASES OM EFEITO DE ESTUFA - ontabilização das I QUESTÃO Face à legislação publicada sobre o assunto em epígrafe e às dúvidas suscitadas acerca da

Leia mais

GRUPO I (10 valores) Assinale a resposta mais correcta; cada resposta vale 1 valor; uma resposta errada dá lugar à dedução de 0,25 pontos.

GRUPO I (10 valores) Assinale a resposta mais correcta; cada resposta vale 1 valor; uma resposta errada dá lugar à dedução de 0,25 pontos. NOTA: ------------ -- Docente atribuído: Docente que frequentou e que corrigirá a prova: Aluno Nº: Turma: Nome: Assinatura: GRUPO I (10 valores) Assinale a resposta mais correcta; cada resposta vale 1

Leia mais

ADAPTAÇÃO DAS REGRAS DO IRC ÀS NIC

ADAPTAÇÃO DAS REGRAS DO IRC ÀS NIC ADAPTAÇÃO DAS REGRAS DO IRC ÀS NIC V Conferência Internacional OTOC/IDEFF/Direcção - Geral dos Impostos 8 e 9 de Outubro de 2010 Apresentado por: José Vieira dos Reis 1 1. Normalização Contabilística 2.

Leia mais

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 20 RÉDITO

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 20 RÉDITO NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 20 RÉDITO Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Contabilidade IAS 18 Rédito, adoptada pelo Regulamento (CE)

Leia mais

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 700 ÍNDICE

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 700 ÍNDICE Directriz de Revisão/Auditoria 700 RELATÓRIO DE REVISÃO/AUDITORIA Fevereiro de 2001 ÍNDICE Parágrafos INTRODUÇÃO 1-3 OBJECTIVO 4-5 RELATÓRIO DE REVISÃO/AUDITORIA 6-21 Considerações gerais 6-10 Elementos

Leia mais

ORA newsletter. Resumo Fiscal/Legal Março de 2012 1 Custo Amortizado Enquadramento e Determinação 2 Revisores e Auditores 6

ORA newsletter. Resumo Fiscal/Legal Março de 2012 1 Custo Amortizado Enquadramento e Determinação 2 Revisores e Auditores 6 Assuntos Resumo Fiscal/Legal Março de 2012 1 Custo Amortizado Enquadramento e Determinação 2 Revisores e Auditores 6 LEGISLAÇÃO FISCAL/LEGAL MARÇO DE 2012 Ministério da Solidariedade e da Segurança Social

Leia mais

PASSAPORTE PARA ANGOLA

PASSAPORTE PARA ANGOLA PASSAPORTE PARA ANGOLA Samuel Fernandes de Almeida 17 e 18 de Fevereiro CONTABILIDADE E OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS Enquadramento Legal Decreto n.º 82/01, de 16 de Novembro Aprova o Plano Geral de Contabilidade

Leia mais

Contabilidade Financeira I

Contabilidade Financeira I Contabilidade Financeira I INVESTIMENTOS É constituído pelos recursos que a empresa detém com carácter de continuidade, não se destinando a ser vendidos ou transformados no decorrer das suas actividades

Leia mais

Microentidades passam a integrar o Sistema de Normalização Contabilística (SNC) a partir de 2016

Microentidades passam a integrar o Sistema de Normalização Contabilística (SNC) a partir de 2016 Microentidades passam a integrar o Sistema de Normalização Contabilística (SNC) a partir de 2016 Foi publicado no dia 2 de junho, o Decreto-lei n.º 98/2015, que procedeu à transposição da Diretiva n.º

Leia mais

Contabilidade Básica

Contabilidade Básica Contabilidade Básica 2. Por Humberto Lucena 2.1 Conceito O Patrimônio, sendo o objeto da Contabilidade, define-se como o conjunto formado pelos bens, pelos direitos e pelas obrigações pertencentes a uma

Leia mais

Diário da República, 1.ª série N.º 178 11 de setembro de 2015 7741

Diário da República, 1.ª série N.º 178 11 de setembro de 2015 7741 Diário da República, 1.ª série N.º 178 11 de setembro de 2015 7741 6.3 Contabilização de uma alteração no estatuto de uma entidade de investimento 46 Quanto uma entidade deixar de ser uma entidade de investimento,

Leia mais

Agenda Evolução de mapas legais Obrigado AGENDA Evolução do Normativo Contabilístico Nacional SNC Demonstrações Financeiras A nova terminologia Dificuldades de transição Siglas SNC: Sistema de Normalização

Leia mais

Anexo ao balanço e à Demonstração de Resultados

Anexo ao balanço e à Demonstração de Resultados Anexo ao balanço e à Demonstração de Resultados 8.2 Notas ao balanço e à demonstração de Resultados 8.2.1 Indicação e justificação das disposições do POCAL que, em casos excepcionais devidamente fundamentados

Leia mais

Fundação Casa Museu Mario Botas

Fundação Casa Museu Mario Botas DEMOSNTRAÇAO DE RESULTADOS 2012 Fundação Casa Museu Mario Botas RENDIMENTOS E GASTOS 31-Dez-2012 31-Dez-2011 Vendas 551,62 Prestação de serviços Subsídios à exploração Ganhos/perdas imputados a subsidiárias

Leia mais

CIRCULAR Nº 2824. Documento normativo revogado pela Circular 3386, de 16/11/2008.

CIRCULAR Nº 2824. Documento normativo revogado pela Circular 3386, de 16/11/2008. CIRCULAR Nº 2824 Documento normativo revogado pela Circular 3386, de 16/11/2008. Altera procedimentos para reavaliação de imóveis de uso próprio por parte de instituições financeiras, demais instituições

Leia mais

6. Pronunciamento Técnico CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro

6. Pronunciamento Técnico CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro TÍTULO : PLANO CONTÁBIL DAS INSTITUIÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - COSIF 1 6. Pronunciamento Técnico CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro 1. Aplicação 1- As instituições

Leia mais

Decreto-Lei n.º 36/1992 de 28/03 - Série I-A nº74

Decreto-Lei n.º 36/1992 de 28/03 - Série I-A nº74 Alterado pelo DL 36/92 28/03 Estabelece o regime da consolidação de contas de algumas instituições financeiras A Directiva do Conselho n.º 86/635/CEE, de 8 de Dezembro de 1986, procedeu à harmonização

Leia mais

3 NOTAS DE ENQUADRAMENTO. Na preparação do presente código de contas teve-se em atenção o seguinte:

3 NOTAS DE ENQUADRAMENTO. Na preparação do presente código de contas teve-se em atenção o seguinte: 3 NOTAS DE ENQUADRAMENTO CONSIDERAÇÕES GERAIS Na preparação do presente código de contas teve-se em atenção o seguinte: Tomar como referência o código de contas constante do POC e proceder apenas às alterações

Leia mais

ALVES RIBEIRO - INVESTIMENTOS FINANCEIROS, SGPS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 (Montantes em Euros, excepto quando expressamente indicado) 1. NOTA INTRODUTÓRIA

Leia mais

Dividendos a Receber A Ações de Controladas Cia B 100.000,00

Dividendos a Receber A Ações de Controladas Cia B 100.000,00 Bom dia, caros colegas! Mais uma vez é um enorme prazer conversar com vocês sobre contabilidade avançada. Desta vez trago as questões de contabilidade avançada do concurso de Auditor Fiscal de Tributos

Leia mais

Adoção Inicial dos arts. 1º a 70 da Lei 12.973/2014. Lei 12.973/14 e IN RFB 1.515/14

Adoção Inicial dos arts. 1º a 70 da Lei 12.973/2014. Lei 12.973/14 e IN RFB 1.515/14 Adoção Inicial dos arts. 1º a 70 da Lei 12.973/2014 Adoção Inicial dos arts. 1º a 70 da Lei 12.973/2014 Lei 12.973/14 e IN RFB 1.515/14 Lei nº 12.973/2014 arts. 64 a 70 Adoção Inicial => procedimentos

Leia mais

1 Questão 213 Participações societárias obrigatoriedade de elaboração de demonstrações contábeis consolidadas

1 Questão 213 Participações societárias obrigatoriedade de elaboração de demonstrações contábeis consolidadas 1 QUESTÃO 213 PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS OBRIGATORIEDADE DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS... 1 2 QUESTÃO 218 ANÁLISE DE BALANÇOS ALAVANCAGEM FINANCEIRA ÍNDICE DE COBERTURA DAS DESPESAS

Leia mais

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO: SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA (SNC) 5ª Edição

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO: SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA (SNC) 5ª Edição CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO: SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA (SNC) 5ª Edição Instituto Politécnico do Cávado e do Ave Escola Superior de Gestão Março de 2009 JUSTIFICAÇÃO DO CURSO No âmbito do processo

Leia mais

SEMINÁRIO ABRASCA A NOVA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (LEI 12.973/14) AJUSTE A VALOR JUSTO E AJUSTE A VALOR PRESENTE

SEMINÁRIO ABRASCA A NOVA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (LEI 12.973/14) AJUSTE A VALOR JUSTO E AJUSTE A VALOR PRESENTE SEMINÁRIO ABRASCA A NOVA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (LEI 12.973/14) AJUSTE A VALOR JUSTO E AJUSTE A VALOR PRESENTE Considerações gerais Tratamento tributário e suas restrições Ajuste a Valor Presente AVP Ajuste

Leia mais

CADERNO DE EXERCÍCIOS

CADERNO DE EXERCÍCIOS CONTABILIDADE II CADERNO DE EXERCÍCIOS CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS Ano Lectivo 2009/2010 Maio de 2010 EXERCÍCIO N º 1C A sociedade M possui 60% de voto da sociedade A, a qual possui, por sua vez, 40% de direitos

Leia mais

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 841

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 841 Directriz de Revisão/Auditoria 841 1 Dezembro de 2001 Verificação das Entradas em Espécie para Realização de Capital das Sociedades ÍNDICE Parágrafos INTRODUÇÃO 1-6 OBJECTIVO 7-8 PROCEDIMENTOS DE VERIFICAÇÃO

Leia mais

- Contabilidade Financeira II 2007/ 2008 2º Semestre 1 AUMENTOS DE CAPITAL. Por incorporação de Reservas. Por entrada de Dinheiro

- Contabilidade Financeira II 2007/ 2008 2º Semestre 1 AUMENTOS DE CAPITAL. Por incorporação de Reservas. Por entrada de Dinheiro AULA 10 Capital Próprio Aumentos de capital Demonstração de fluxos de caixa Construção da DFC - Contabilidade Financeira II 2007/ 2008 2º Semestre 1 AUMENTOS DE CAPITAL Por incorporação de Reservas Por

Leia mais

MODELOS DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS OBSERVAÇÕES E LIGAÇÃO ÀS NCRF. 1. Conjunto completo de demonstrações financeiras. 2.2. Activo. 2.

MODELOS DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS OBSERVAÇÕES E LIGAÇÃO ÀS NCRF. 1. Conjunto completo de demonstrações financeiras. 2.2. Activo. 2. MODELOS DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS OBSERVAÇÕES E LIGAÇÃO ÀS NCRF 1. Conjunto completo de demonstrações financeiras Nos termos do previsto no ponto 2.1.4. das Bases para a Apresentação das Demonstrações

Leia mais