CURSO PRF 2017 DIREITO PENAL PARTE ESPECIAL. diferencialensino.com.br AULA 001 DIREITO PENAL PARTE ESPECIAL

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1 AULA 001 DIREITO PENAL PARTE ESPECIAL 1

2 PROFESSOR MÁRCIO TADEU 2

3 AULA 01 DOS CRIMES CONTA A PESSOA CRIMES CONTRA A VIDA Apostila desenvolvida em parceria com o Professor Ms. Anderson Brasil. Façamos uma leitora detalhada do artigo 121 do Código Penal: Homicídio simples Art Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. Caso de diminuição de pena 1 - HOMICÍDIO 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. Homicídio qualificado 2 Se o homicídio é cometido: I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; II - por motivo fútil; III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: Pena - reclusão, de doze a trinta anos. Feminicídio VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela Lei nº , de 2015) VII contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº , de 2015) Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 3

4 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº , de 2015) I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº , de 2015) II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº , de 2015) Homicídio culposo 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) Pena - detenção, de um a três anos. Aumento de pena 4 o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº , de 2003) 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de ) 6 o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. (Incluído pela Lei nº , de 2012) 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:(incluído pela Lei nº , de 2015) I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; (Incluído pela Lei nº , de 2015) II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº , de 2015) III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima. (Incluído pela Lei nº , de 2015) Conceito: É a eliminação da vida humana extrauterina praticada por outra pessoa. Objeto Jurídico: Vida humana extrauterina, que começa com o início do parto (completo desprendimento das entranhas, dores do parto, dilatação do colo do útero). Sujeito Ativo: Qualquer pessoa (crime comum). Sujeito Passivo: Qualquer pessoa com vida. Consumação: Ocorre com a morte do ser humano, em outras palavras, conforme posição tradicional, com a paralisação circulatória, cerebral e respiratória. É classificado como crime instantâneo de efeitos permanentes. Entretanto, nos termos da Lei nº /1997 (Lei dos Transplantes), e do art. 16, 1º, do Decreto nº /1997, haverá morte quando não houver atividade cerebral (morte cerebral). Lei 9.434/97, Art. 3º A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina. Decreto 2.268/97, Art. 16. A retirada de tecidos, órgãos e partes poderá ser efetuada no corpo de pessoas com morte encefálica. 1º O diagnóstico de morte encefálica será confirmado, segundo os critérios clínicos e tecnológicos definidos em resolução do Conselho Federal de Medicina, por dois médicos, no mínimo, um dos quais com título de especialista em neurologia reconhecido no País. Elementos do tipo: O tipo homicídio não exige dolo específico Meios de execução: O homicídio é classificado como crime de ação livre. Os meios de se praticar um homicídio podem ser físicos (mecânicos, químicos ou patogênico); morais ou psíquicos; com palavras (dizer para um cego avançar em direção ao abismo; por meio direto (contra o corpo da vítima); indireto (atrair a vítima para perto do leão); por ação ou omissão. Concurso de pessoas: O homicídio é um crime de concurso eventual (unissubjetivo), entretanto, pode ser praticado por mais de uma pessoa, em coautoria ou participação. Classificação doutrinária do crime de homicídio: Trata-se de crime comum; material; de forma livre; instantâneo; de dano; unissubjetivo; plurissubsistente; admite tentativa. 4

5 1.1 - Homicídio Simples Homicídio simples Art Matar alguém: Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos. Homicídio simples (art. 121, caput, CP) é aquele que contém somente os elementos essenciais do tipo básico fundamental. Entende-se também que a identificação da modalidade simples do homicídio de faz por exclusão, isto é, quando não apresenta elementos qualificadores Homicídio Privilegiado Caso de diminuição de pena 1º - Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. Homicídio privilegiado (art. 121, 1º, CP): é causa de diminuição de pena (1/6 a 1/3), quando o agente pratica o fato: a) impelido por motivo de relevante valor social: refere-se a causa que tem por fundamento interesse coletivo, como por exemplo, conforme autores tradicionais, a morte do traidor da pátria. b) impelido por motivo de relevante valor moral: refere-se a interesse particular, como por exemplo a eutanásia. Segundo Evaldo A. D Assumpção, Ex-Presidente da Academia Mineira de Medicina, eutanásia (homicídio piedoso) pode ser conceituada como o ato deliberado para retirar a vida de uma pessoa que está em grave possibilidade de um sofrimento intenso, ou já se encontra nele, em razão de alguma doença incurável. Eutanásia, hodiernamente é entendida como morte provocada por sentimento de piedade à pessoa que sofre. Ao invés de deixar a morte acontecer a eutanásia age sobre a morte, antecipando-a. Assim, a eutanásia só ocorrerá quando a morte for provocada em pessoa com forte sofrimento, doença incurável ou em estado terminal e movida pela compaixão ou piedade. Portanto, se a doença for curável não será eutanásia, mas sim o homicídio tipificado no art. 121 do Código Penal, pois a busca pela morte sem a motivação humanística não pode ser considerada eutanásia. c) sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima: Existência de uma injusta provocação (não é injusta agressão, senão seria legítima defesa). Ex.: xingamento, traição; Que, em razão da provocação, o agente fique tomado por uma emoção extremamente forte. Reação imediata (logo em seguida...). Não pode ficar evidenciada uma patente interrupção entre a provocação e a morte. Leva-se em conta o momento em que o sujeito ficou sabendo da provocação. O Privilégio é sempre circunstância do crimes. Sendo circunstâncias subjetivas (ligadas ao motivo ou estado anímico do agente) são incomunicáveis. Se objetivas (ligadas ao modo de execução) passam a ser comunicáveis. TJ-AP - APELACAO CRIMINAL ACR AP (TJ-AP) Data de publicação: 18/09/2007 Ementa: PENAL - PROCESSO PENAL - HOMICÍDIO - PRIVILÉGIO E QUALIFICADORA DE NATUREZA SUBJETIVA - NULIDADE. 1) Em se tratando de homicídio privilegiado, referente a circunstância subjetiva, predomina na doutrina e na jurisprudência o entendimento de que pode ela coexistir com circunstâncias qualificadoras, mas desde que sejam de caráter objetivo, nunca subjetivo, contanto que compatíveis com o privilégio. Assim, padece de nulidade a decisão do Conselho de Sentença que reconhece o homicídio privilegiado pela violenta emoção, após injusta provocação da vítima, e também a qualificadora do uso de recurso que impossibilitou a defesa do ofendido. 2) Apelação provida Homicídio Privilegiado-Qualificado A corrente majoritária entende que a pena a ser aplicada é a do homicídio qualificado com a redução do privilégio. O Homicídio privilegiado-qualificado não é crime hediondo. 5

6 Fernando Capez compartilha da mesma opinião supramencionada, apontando que "no concurso entre as circunstâncias objetivas (qualificadoras que convivem com o privilégio) e as subjetivas (privilegiadoras), estas últimas serão preponderantes, pois dizem respeito aos motivos determinantes do crime. Assim, o reconhecimento do privilégio afasta a hediondez do homicídio qualificado. TJ-AP - APELACAO CRIMINAL ACR AP (TJ-AP) Data de publicação: 06/04/2006 Ementa: PENAL E PROCESSO PENAL - JÚRI - CONTRADIÇÃO NAS RESPOSTAS DOS QUESITOS - HOMICÍDIO PRIVILEGIADO E QUALIFICADORA DO MOTIVO FÚTIL - CIRCUNSTÂNCIAS DE NATUREZA SUBJETIVA - NULIDADE DO JULGAMENTO. 1) Respostas afirmativas do Corpo de Jurados, reconhecendo ao mesmo tempo o homicídio privilegiado e a qualificadora do motivo fútil, circunstâncias de natureza subjetiva, e inconciliáveis no mesmo fato-homicídio, por restarem contraditórias, impõem a declaração de nulidade do julgamento, para que outro seja proferido. 2) Apelo provido. Código Penal Art Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime Homicídio Qualificado Homicídio qualificado I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; II - por motivo fútil; III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime; Feminicídio (Incluído pela Lei nº , de 2015) VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela Lei nº , de 2015) VII contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº , de 2015) Pena - reclusão, de doze a trinta anos. I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe (qualificadora subjetiva); (grifo nosso) Na paga ou promessa de recompensa, há a figura do mandante e do executor. Ambos respondem pela forma qualificada. Também é chamado de homicídio mercenário. A paga é prévia em relação à execução. Na promessa de recompensa, o pagamento é posterior à execução. Mesmo se o mandante não a cumprir, existirá a qualificadora para os dois. Motivo torpe: demonstra a maldade do sujeito em relação ao motivo do delito. É o motivo vil, repugnante. Ex.: matar o pai para ficar com herança; matar a esposa porque ela não quer manter relação sexual, por preconceito de sexo, cor, religião, etnia e raça. O ciúme não é considerado motivo torpe. A vingança será considerada, ou não, motivo torpe ou fútil dependendo do que a tenha originado. Ciúme não é motivo torpe Ausência de motivo não é considerado fútil Um motivo não pode ser fútil e torpe ao mesmo tempo, pois um exclui o outro [...] II - por motivo fútil (qualificadora subjetiva); (grifo nosso) 6

7 Matar por motivo de pequena importância, insignificante. Exemplo: matar por causa de uma fechada no trânsito, discussões banais entre marido e mulher, sobre futebol, política, religião etc.). Quanto ao ciúme, prevalece o entendimento de que não constitui motivo fútil ou torpe, se não há outras circunstâncias a ele acrescentadas. [...] III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum (qualificadoras objetivas); (grifo nosso) Emprego de veneno: É necessário que seja inoculado de forma que a vítima não perceba. Se o veneno for introduzido com violência ou grave ameaça, será aplicada a qualificadora do meio cruel. Emprego de fogo: neste caso temos como exemplo o caso do índio pataxó. Emprego de explosivo: já nesse caso temos como exemplo as bombas caseiras em torcidas de futebol. Eventual dano ao patrimônio alheio ficará absorvido pelo homicídio qualificado pelo fogo ou explosivo. Emprego de asfixia: é o impedimento da função respiratória por esganadura, estrangulamento, enforcamento, sufocação, afogamento e soterramento etc. Emprego de tortura: é o suplício ou tormento que obriga a vítima sofrer inutilmente antes da morte. OBS.: A Lei de Tortura (Lei nº /1997) materializou o conceito legal de tortura. O seu art. 1º, 3º, prevê a tortura qualificada pela morte (pena de 8 a 16 anos). O resultado morte previsto na lei é culposo. Se houver dolo em relação ao evento morte, o agente responderá pelo crime de homicídio qualificado pela tortura. Se, durante a tortura, desejar a morte da vítima para assegurar a impunidade do crime, haverá concurso material de crimes entre homicídio e tortura. [...] III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum (qualificadoras objetivas); (grifo nosso) Emprego de meio insidioso: uso de fraude, armadilha, parecendo não ter havido infração penal, e sim um acidente, como no caso de sabotagem nos freios, direção ou motor do automóvel. Emprego de meio cruel: é o que causa sofrimento desnecessário à vítima ou revela brutalidade incomum do agente. Ex.: apedrejamento, pisoteamento e espancamento. Emprego de meio que possa resultar perigo comum: Gera perigo a um número indeterminado de pessoas. Não é necessário que o caso concreto demonstre o perigo comum, basta que se comprove que o meio usado poderia causar dano a várias pessoas. Ainda que não haja uma situação de risco específico. Ex.: desabamento, inundação, disparos em meio a multidão independente do resultado. [...] IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido (qualificadoras objetivas); (grifo nosso) Traição: Aproveitar-se da prévia confiança que a vítima deposita no agente para alvejá-la (ex.: amizade, relação amorosa etc). Ex.: Matar amigo dormindo; pelas costas; Emboscada: Também conhecido como tocaia. Ocorre quando o agente aguardar escondido a passagem da vítima por um determinado local para matá-la. Dissimulação: Uso de artifício para se aproximar da vítima, em outras palavras, é o disfarce que esconde o propósito criminoso, a intenção hostil do agente é ocultada. Ex. dá-se com o uso de disfarce, fantasia ou métodos análogos (material) para se aproximar ou dá falsas provas de amizade ou de apreço (moral). Recurso que dificulta ou torna impossível a defesa do ofendido: por exemplo, embriagar a vítima com o objetivo de praticar afogamento; a surpresa está implicitamente inserida na cláusula genérica e qualifica o crime quando tenha, efetivamente, dificultado ou impossibilitado a defesa do agente. [...] V - para assegurar a execução (conexão teleológica), a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime (conexão consequencial): (grifos nosso) 7

8 Teleológica: quando a morte visa assegurar a execução de outro crime (ex.: mata marido para estupra a esposa; matar o segurança para sequestrar o empresário). Obs.: Responde pelo homicídio qualificado e pelo outro crime subsequente em concurso material. Consequencial: ocorre quando a morte visa garantir: ocultação (queima de arquivo) de outro crime, a impunidade - evitar que alguém seja penalizado (ex. matar testemunha - (estuprar e depois matar a mulher) ou vantagem de outro crime (ex.: ladrões de banco um mata o outro). Matar para assegurar uma contravenção penal não qualifica o crime nesta modalidade, mas pode qualificá-la por motivo fútil. OBS.: Na conexão teleológica, primeiro o agente mata e depois comete o outro crime. Na consequencial, primeiro comete o outro crime, depois mata. Se o agente visa a garantia da execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de uma contravenção, será aplicada a qualificadora do motivo torpe ou fútil, conforme o caso. Não incide o inciso V, pois, esse se refere expressamente a outro crime Feminicídio VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino FEMINICÍDIO: conduta de se ceifar a vida de uma mulher, em razão do gênero (ou seja, em razão do fato de ser mulher), tendo como vítimas, em uma larga proporção, pessoas inseridas em relacionamentos violentos, sendo normalmente ilícitos perpetrados por seus parceiros (ou ex-parceiros) Homicídio contra Agentes de Segurança Pública VII contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº , de 2015) A Lei /15 alterou o art. 121, 2 o., do CP, nele acrescentando mais uma circunstância qualificadora (VII) A Lei alterou, ainda, o art. 129, acrescentando ao tipo um novo parágrafo ( 12), majorando a pena da lesão corporal (dolosa, leve, grave, gravíssima ou seguida de morte) de um a dois terços quando praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até 3 o. grau, em razão dessa condição. Por fim, foi alterada a Lei 8.072/90. O homicídio e a lesão corporal gravíssima ou seguida de morte, quando praticados contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até 3 o. grau, em razão dessa condição passam a ser etiquetados como hediondos. Feminicídio 2 o -A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº , de 2015) I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº , de 2015) II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº , de 2015) Feminicídio: Em outras palavras. considera-se agora feminicídio o assassinato de mulher (condição especial da vítima), quando o crime envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher Homicídio Duplamente ou Triplamente Qualificado É impróprio falar em crime duplamente ou triplamente qualificado. Ou seja, não é possível a pluralidade de circunstâncias qualificadoras. Basta uma única circunstância qualificadora para se deslocar a conduta do caput para o 2º do artigo

9 As demais qualificadoras serão consideradas como circunstâncias judiciais do artigo 59, pois o artigo 61 é expresso ao afirmar que as circunstâncias não podem funcionar como agravantes quando forem, ao mesmo tempo, qualificadoras Homicídio Culposo Homicídio culposo 3º - Se o homicídio é culposo: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos. A morte decorre de imprudência, negligência ou imperícia. Imprudência: consiste numa ação, conduta perigosa. Negligência: é uma omissão quando se deveria ter tomado um certo cuidado. Imperícia: ocorre quando uma pessoa não possui aptidão técnica para a realização de uma certa conduta e mesmo assim a realiza, dando causa a morte. Aumento de pena 4º - No homicídio culposo, a pena é aumentada de um terço, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (catorze) anos ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº , de ) Causa de aumento de pena (art. 121, 4, CP). A pena é aumentada no homicídio culposo de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Quando o homicídio doloso for cometido contra vítima menor de 14 anos de idade ou maior de 60 anos, a pena é aumentada de 1/3, podendo incidir sobre as formas simples, privilegiada ou qualificada Perdão Judicial 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 6.416, de ) Extingue-se a punibilidade, no homicídio culposo, quando as consequências da infração venham atingir o sujeito de forma tão grave, de sorte que seja desnecessária a aplicação da pena. Súmula 18 do STJ: A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória de extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório Homicídio praticado por Milícia Privada 6 o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. (Incluído pela Lei nº , de 2012) Antes da Lei /12, o fato de o homicídio ser praticado em atividade típica de grupo de extermínio (não falava em milícias) servia somente para agravar a pena-base e para etiquetá-lo, quando simples, como hediondo, sofrendo os consectários da Lei nº 8.072/90. Tal circunstância, portanto, escapava da apreciação dos jurados. Agora, a circunstância de o crime ter sido (ou não) praticado em atividade típica de grupo de extermínio (ou milícia privada) passou a ser causa de aumento e, como tal, dependerá de reconhecimento por parte dos juízes leigos (jurados). Deve ser observado, porém, que a Lei 8.072/90 não foi alterada, não abrangendo no rol dos crimes hediondos o homicídio (simples) praticado por milícia privada, em que pese, nesses casos, não se imaginar um homicídio, com esses predicados, ser julgado como simples, apresentando-se, na esmagadora maioria das vezes, impregnado de circunstâncias qualificadoras (motivo torpe, motivo fútil, meio cruel etc) Aumento de Pena no Feminicídio 9

10 7 o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: (Incluído pela Lei nº , de 2015) I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; (Incluído pela Lei nº , de 2015) II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº , de 2015) III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima. (Incluído pela Lei nº , de 2015) Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) No caso da transmissão intencional da AIDS com a intenção letal, caso ocorra a morte da vítima, haverá o crime de homicídio. Entretanto, caso a vítima não morra, há entendimento que haverá o crime de lesão corporal de natureza gravíssima (art. 129, 2º, II, CP), como regra, diante da dificuldade prática de configuração da tentativa de homicídio nesse caso. Outra corrente defende que o caso se enquadra em tentativa de homicídio Em havendo dolo de matar, a relação sexual forçada e dirigida à transmissão do vírus da AIDS é idônea para a caracterização da tentativa de homicídio - STJ, HC 9.378/RS, rel. Min. Hamilton Carvalhido, ). Embora portador do vírus e conhecedor do fato, mas não havendo contaminação pela prática das relações sexuais, poderá caracterizar o crime previsto no art. 131, CP, perigo de contágio de moléstia grave. Art Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio. Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 01 (PMMG/2017/SOLDADO/ADAPTADA) - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. 02 (PMMG/2017/SOLDADO/ADAPTADA) - No crime de feminicídio, se o crime for praticado durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto ou ainda contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência, o criminoso responderá em concurso material com o crime de infanticídio. 03 (DELEGADO/PCGO/2017) - Álvaro e Samuel assaltaram um banco utilizando arma de fogo. Sem ter ferido ninguém, Álvaro conseguiu fugir. Samuel, nervoso por ter ficado para trás, atirou para cima e acabou atingindo uma cliente, que faleceu. Dias depois, enquanto caminhava sozinho pela rua, Álvaro encontrou um dos funcionários do banco e, tendo sido por ele reconhecido como um dos assaltantes, matou-o e escondeu seu corpo. Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção correta. A) Álvaro cometeu os crimes de roubo qualificado e homicídio simples. B) Samuel cometeu os crimes de roubo simples e homicídio culposo. C) Álvaro cometeu os crimes de roubo e homicídio qualificados. D) Álvaro cometeu o crime de homicídio qualificado e será responsabilizado pelo resultado morte ocorrido durante o roubo. E) Álvaro e Samuel cometeram o crime de roubo qualificado pelo resultado morte. 10

11 04 (DELEGADO/PCGO/2017) - A respeito de crimes hediondos, assinale a opção correta. A) Embora tortura, tráfico de drogas e terrorismo não sejam crimes hediondos, também são insuscetíveis de fiança, anistia, graça e indulto. B) Para que se considere o crime de homicídio hediondo, ele deve ser qualificado. C) Considera-se hediondo o homicídio praticado em ação típica de grupo de extermínio ou em ação de milícia privada. D) O crime de roubo qualificado é tratado pela lei como hediondo. E) Aquele que tiver cometido o crime de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual no período entre 2011 e 2015 não responderá pela prática de crime hediondo. 05 (FGV/OAB/2013) - José e Maria estavam enamorados, mas posteriormente vieram a descobrir que eram irmãos consanguíneos, separados na maternidade. Extremamente infelizes com a notícia recebida, que impedia por completo qualquer possibilidade de relacionamento, resolveram dar cabo à própria vida. Para tanto, combinaram e executaram o seguinte: no apartamento de Maria, com todas as portas e janelas trancadas, José abriu o registro do gás de cozinha. Ambos inspiraram o ar envenenado e desmaiaram, sendo certo que somente não vieram a falecer porque os vizinhos, assustados com o cheiro forte que vinha do apartamento de Maria, decidiram arrombar a porta e resgatá-los. Ocorre que, não obstante o socorro ter chegado a tempo, José e Maria sofreram lesões corporais de natureza grave. Com base na situação descrita, assinale a afirmativa correta. A) José responde por tentativa de homicídio e Maria por instigação ou auxílio ao suicídio. B) José responde por lesão corporal grave e Maria não responde por nada, pois sua conduta é atípica. C) José e Maria respondem por instigação ou auxílio ao suicídio, em concurso de agentes. D) José e Maria respondem por tentativa de homicídio (VUNESP/PCSP/2013) - A hipótese do art. 121, 5.º do CP, doutrinariamente denominada de perdão judicial, aplicase ao homicídio A) cometido por relevante valor moral. B) culposo. C) privilegiado (caso de diminuição de pena). D) cometido sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima. E) cometido por relevante valor social. 07- [ ] - (CESPE/2013) - Considerando o entendimento dos tribunais superiores a respeito dos crimes contra a pessoa, havendo o dolo de matar, considera-se a relação sexual forçada e dirigida à transmissão do vírus da AIDS idônea para a caracterização do crime de periclitação contra a vida. 08- [ ] - (CESPE/2013) - Considerando o entendimento dos tribunais superiores a respeito dos crimes contra a pessoa Comprovado o animus laedendi (propósito de ferir) na conduta do réu e a sua culpa no resultado mais grave, qual seja, a morte da vítima, ainda que esse resultado seja previsível, restará configurado o delito preterdoloso de lesão corporal seguida de morte. 10 [ ] - (CESPE/PC-BA/2013) - Suponha que em naufrágio de embarcação de grande porte, tenha havido tombamento das cabines e demais dependências, antes da evacuação da embarcação e resgate dos passageiros e, em razão desse fato, os sobreviventes tenham sofrido diversos tipos de lesões corporais e centenas tenham morrido por politraumatismo e afogamento. Com base nessa situação hipotética, julgue os itens seguintes, de acordo com a legislação brasileira. Caso seja comprovada imperícia, negligência ou imprudência da tripulação, esta poderá responder judicialmente pelo crime de homicídio em relação às mortes ocorridas no naufrágio [ ] - (CESPE/PC-BA/2013) - Considere que Joana, penalmente imputável, tenha determinado a Francisco, também imputável, que desse uma surra em Maria e que Francisco, por questões pessoais, tenha matado Maria. Nessa situação, Francisco e Joana deverão responder pela prática do delito de homicídio, podendo Joana beneficiar-se de causa de diminuição de pena [ ] - (CESPE/PC-BA/2013) - Considerando que, em determinada casa noturna, tenha ocorrido, durante a apresentação de espetáculo musical, incêndio acidental em decorrência do qual morreram centenas de pessoas e que a superlotação do local e a falta de saídas de emergência, entre outras irregularidades, tenham contribuído para esse resultado. A causa jurídica das mortes, nesse caso, pode ser atribuída a acidente ou a suicídio, descartando-se a possibilidade de homicídio, visto que não se pode supor que promotores, realizadores e apresentadores de shows em casas noturnas tenham, deliberadamente, intenção de matar o público presente. 13 [ ] - (CESPE/2009/DPE-AL/DEFENSOR PÚBLICO) - Considere a seguinte situação hipotética. Antônio, com intenção homicida, envenenou Bruno, seu desafeto. Minutos após o envenenamento, Antônio jogou o que supunha ser o cadáver de Bruno em um lago. No entanto, a vítima ainda se encontrava viva, ao contrário do que imaginava Antônio, e veio a falecer por 11

12 afogamento. Nessa situação, Antônio agiu com dolo de segundo grau, devendo responder por homicídio doloso qualificado pelo emprego de veneno. 14 [ ] - (CESPE/2009/DPE-PI/DEFENSOR PÚBLICO) - São compatíveis, em princípio, o dolo eventual e as qualificadoras do homicídio. É penalmente aceitável que, por motivo torpe, fútil etc., assuma-se o risco de produzir o resultado. 15 [ ] - (CESPE/2009/DPE-AL/DEFENSOR PÚBLICO) A premeditação, apesar de não ser considerada qualificadora do delito de homicídio, pode ser levada em consideração para agravar a pena, funcionando como circunstância judicial (CESPE/2012/TJ-PI/JUIZ) - Assinale a opção correta acerca do homicídio. A) É pacífico, na jurisprudência do STJ, o entendimento acerca da possibilidade de homicídio privilegiado por violenta emoção ser qualificado pelo emprego de recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido. B) Na hipótese de homicídio qualificado por duas causas, uma pode ser utilizada para caracterizar a qualificadora e a outra, considerada circunstância judicial desfavorável, vedado que a segunda seja considerada circunstância agravante. C) No homicídio mercenário, a qualificadora da paga ou promessa de recompensa é elementar do tipo qualificado, aplicando-se apenas ao executor da ação, não ao mandante, segundo a jurisprudência do STJ. D) A qualificadora relativa à ação do agente mediante traição, emboscada, dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido, como modo de execução do delito, ocorrerá independentemente de o agente ter agido de forma preordenada. E) De acordo com a jurisprudência do STJ, não é possível a coexistência, no delito de homicídio, da qualificadora do motivo torpe com a atenuante genérica do cometimento do crime por motivo de relevante valor moral [ ] - (CESPE/2011/DPE/MA/DEFENSOR PÚBLICO DO ESTADO) - Segundo a jurisprudência do STJ, são absolutamente incompatíveis o dolo eventual e as qualificadoras do homicídio, não sendo, portanto, penalmente admissível que, por motivo torpe ou fútil, se assuma o risco de produzir o resultado [ ] - (CESPE/2011/TRE/ES/ANALISTA JUDICIÁRIO) - No próximo item, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada no que se refere aos institutos de direito penal. Tendo a casa invadida, Braz e toda a sua família ficaram reféns de um assaltante, que se rendeu, após dois dias, aos policiais que participaram das negociações para a sua rendição. Quando estava sendo algemado, o assaltante sorriu ironicamente para Braz, que, sob o domínio de violenta emoção, sacou repentinamente a pistola do coldre de um dos policiais e matou o assaltante. Nessa situação, a circunstância em que Braz cometeu o delito de homicídio constitui causa de redução de pena [ ] - (CESPE/PF/PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA FEDERAL) - Jarbas entrega sua arma a Josias, afirmando que a mesma está descarregada e incita-o a disparar a arma na direção de Mévio, alegando que se tratava de uma brincadeira. No entanto, a arma estava carregada e Mévio vem a falecer, o que leva ao resultado pretendido ocultamente por Jarbas. Nessa hipótese, o crime praticado por Josias e por Jarbas, em concurso de pessoas, foi o homicídio doloso [ ] - (CESPE/PF/ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL) - A respeito do direito administrativo e do direito penal, julgue o item abaixo. Considere a seguinte situação hipotética. Márcia resolveu disputar corrida de automóveis no centro de uma cidade, em ruas com grande fluxo de veículos e pedestres. Ela anteviu que a corrida poderia causar acidente com consequências graves, mas, mesmo assim, assumiu o risco. De fato, Márcia, ao perder o controle do automóvel, acabou matando uma pessoa, em decorrência de atropelamento. Nessa situação, houve o elemento subjetivo que se conhece como dolo eventual, de modo que, se esses fatos fossem provados, Márcia deveria ser julgada pelo tribunal do júri (FGV/OAB/2013) - João, com intenção de matar, efetua vários disparos de arma de fogo contra Antônio, seu desafeto. Ferido, Antônio é internado em um hospital, no qual vem a falecer, não em razão dos ferimentos, mas queimado em um incêndio que destrói a enfermaria em que se encontrava. Assinale a alternativa que indica o crime pelo qual João será responsabilizado. A) Homicídio consumado. B) Homicídio tentado. C) Lesão corporal. D) Lesão corporal seguida de morte. 22 (FGV/OAB/2016) - Carlos presta serviço informal como salva-vidas de um clube, não sendo regularmente contratado, apesar de receber uma gorjeta para observar os sócios do clube na piscina, durante toda a semana. Em seu horário de serviço, com várias crianças brincando na piscina, fica observando a beleza física da mãe de uma das crianças e, ao mesmo tempo, falando no celular com um amigo, acabando por ficar de costas para a piscina. Nesse momento, uma criança vem a falecer por afogamento, fato que não foi notado por Carlos. Sobre a conduta de Carlos, diante da situação narrada, assinale a afirmativa correta. 12

13 a) Não praticou crime, tendo em vista que, apesar de garantidor, não podia agir, já que concretamente não viu a criança se afogando. b) Deve responder pelo crime de homicídio culposo, diante de sua omissão culposa, violando o dever de garantidor. c) Deve responder pelo crime de homicídio doloso, em razão de sua omissão dolosa, violando o dever de garantidor. d) Responde apenas pela omissão de socorro, mas não pelo resultado morte, já que não havia contrato regular que o obrigasse a agir como garantidor. 23 (FGV/OAB/2014) -Paulo tinha inveja da prosperidade de Gustavo e, certo dia, resolveu quebrar o carro que este último havia acabado de comprar. Para tanto, assim que Gustavo estacionou o veículo e dele saiu, Paulo, munido de uma barra de ferro, foi correndo em direção ao bem para danificá-lo. Ao ver a cena, Gustavo colocou-se à frente do carro e acabou sendo atingido por um golpe da barra de ferro, vindo a falecer em decorrência de traumatismo craniano derivado da pancada. Sabe-se que Paulo não tinha a intenção de matar Gustavo e que este somente recebeu o golpe porque se colocou à frente do carro quando Paulo já estava com a barra de ferro no ar, em rápido movimento para atingir o veículo, que ficou intacto. Com base no caso relatado, assinale a afirmativa correta. A) Paulo responderá por tentativa de dano em concurso formal com homicídio culposo. B) Paulo responderá por homicídio doloso, tendo agido com dolo eventual. C) Paulo responderá por homicídio culposo. D) Paulo responderá por tentativa de dano em concurso material com homicídio culposo. 24 (FGV/OAB/2014) - Jaime, objetivando proteger sua residência, instala uma cerca elétrica no muro. Certo dia, Cláudio, com o intuito de furtar a casa de Jaime, resolve pular o referido muro, acreditando que conseguiria escapar da cerca elétrica ali instalada e bem visível para qualquer pessoa. Cláudio, entretanto, não obtém sucesso e acaba levando um choque, inerente à atuação do mecanismo de proteção. Ocorre que, por sofrer de doença cardiovascular, o referido ladrão falece quase instantaneamente. Após a análise pericial, ficou constatado que a descarga elétrica não era suficiente para matar uma pessoa em condições normais de saúde, mas suficiente para provocar o óbito de Cláudio, em virtude de sua cardiopatia. Nessa hipótese é correto afirmar que A) Jaime deve responder por homicídio culposo, na modalidade culpa consciente. B) Jaime deve responder por homicídio doloso, na modalidade dolo eventual. C) Pode ser aplicado à hipótese o instituto do resultado diverso do pretendido. D) Pode ser aplicado à hipótese o instituto da legítima defesa preordenada [ ] - (UEG/PC-GO/AGENTE/2008) - Sobre o crime de homicídio, não é obrigatória a redução da pena pelo juiz quando do reconhecimento pelo conselho de sentença da prática de um homicídio privilegiado, tendo em vista tratar-se de uma causa especial de redução de pena, portanto, facultativa sua aplicação [ ] - (UEG/PC-GO/AGENTE/2008) - Sobre o crime de homicídio, a premeditação é expressamente considerada como qualificadora do crime de homicídio, elevando, portanto, os marcos sancionatórios [ ] - (UEG/PC-GO/AGENTE/2008) - Sobre o crime de homicídio, embora haja a possibilidade de coexistência entre um homicídio qualificado-privilegiado, ele não poderá ser considerado hediondo [ ] - (UEG/PC-GO/AGENTE/2008) - Sobre o crime de homicídio, o motivo fútil, que qualifica o homicídio, é aquele motivo abjeto, indigno, desprezível, que provoca acentuada repulsa [ ] - (CESPE/DPF/2014) No crime de homicídio, admite-se a incidência concomitante de circunstância qualificadora de caráter objetivo referente aos meios e modos de execução com o reconhecimento do privilégio, desde que este seja de natureza subjetiva (CESPE/DPRF/2009) -João e Maria são casados e residem em uma fazenda. Maria está no final de sua gestação e terá seu filho na maternidade de um município próximo. Quando Maria entra em trabalho de parto, João a leva de carro para a maternidade. Contudo, como Maria sente muita dor, e João está nervoso, ele dirige seu veículo na rodovia imprimindo velocidade superior à permitida. Ao fazer uma ultrapassagem perigosa, João provoca um acidente e mata o motorista do outro veículo. Analise a situação penal de João. A) João cometeu o crime de homicídio culposo. B) João cometeu o crime de lesão corporal seguida de morte. C) João não cometeu nenhum crime, pois agiu em estado de necessidade. D) João cometeu o crime de direção perigosa. E) João cometeu o crime de homicídio privilegiado. 13

14 V/02F/03D/04A/05A/06B/07F/08V/09F/10V 11F/12F/13F/14V/15V/16A /17F/18V/19F/20V 21B/22B/23C/24D/25F/26F/27V/28F/29V/30A 14

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