Unidade IV CONTABILIDADE INTERNACIONAL. Profª Divane Silva
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- Gabriela Fraga Jardim
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1 Unidade IV CONTABILIDADE INTERNACIONAL Profª Divane Silva
2 Contabilidade Internacional A disciplina está dividida em quatro Unidades: Unidade I 1. História do Pensamento Contábil 2. Princípios Fundamentais da Contabilidade 3. Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) Unidade II 4. Normas Internacionais de Contabilidade (NIC)
3 Contabilidade Internacional A disciplina está dividida em quatro Unidades: Unidade III 5. O Ativo, o Passivo e a Mensuração 6. Receitas e Despesas, Perdas e Ganhos 7. Patrimônio Líquido Unidade IV 8. Imobilizado Tangível e Depreciável 9. Estoques
4 8.Imobilizado tangível e depreciável Por que escolhemos o imobilizado tangível? Devido à sua importância fundamental dentro da expressão da capacidade da empresa de produzir rendimentos e fluxos futuros, talvez mais do que outro grupo qualquer. Importante: o fenômeno da depreciação, em seus aspectos econômicos, financeiros e contábeis, talvez seja um dos assuntos mais desafiantes da teoria contábil.
5 8.Imobilizado tangível e depreciável 8.1 Conceituação de imobilizado tangível O imobilizado tangível inclui : terrenos, edifícios, equipamentos, instrumentos e ferramentas, móveis e utensílios, moldes, veículos etc. Sua característica principal é a de ser utilizado nas operações normais da empresa e sua vida estender-se, usualmente, além de qualquer período menor que o do ciclo de capacidade.
6 8.Imobilizado tangível e depreciável 8.1 Conceituação de imobilizado tangível Assim, duas condições são necessárias para caracterizar um imobilizado tangível: 1ª) Possibilidade de ser utilizado nas operações normais da empresa (tem utilidade para a entidade) 2ª) Possuir um ciclo de capacidade normalmente superior a um ciclo operacional ou, mais especificamente, de longa duração
7 8.Imobilizado tangível e depreciável Hendriksen, além das citadas, apresenta 05 características fundamentais para delinear um imobilizado tangível sujeito à depreciação: 1ª) Os ativos representam bens tangíveis mantidos para facilitar a produção de outros bens ou para prover serviços para a empresa ou para seus clientes no curso normal das operações.
8 8.Imobilizado tangível e depreciável Hendriksen... 2ª) Todos têm vida limitada, no final da qual precisam ser abandonados ou substituídos. Esta vida pode consistir em um número previsto de anos, determinado pelo desgaste causado pelos elementos, ou pode ser variável, dependendo da utilização e da manutenção. 3ª) O valor dos ativos considerados deriva da habilidade de obrigar a exclusão de outras entidades ou pessoas para a obtenção dos direitos legais de propriedade a seu uso, mais do que da força ou disposição de contratos.
9 8.Imobilizado tangível e depreciável Hendriksen,...imobilizado tangível sujeito à depreciação: 4ª) São não monetários por natureza, os benefícios são recebidos por meio do uso ou venda de seus serviços e não da sua conversão em quantidades conhecidas de dinheiro. 5ª) Em geral, os serviços devem ser recebidos durante um período mais longo do que um ano, embora possa haver algumas exceções.
10 8.Imobilizado tangível e depreciável Os problemas principais ligados ao imobilizado tangível sujeito à depreciação podem ser resumidos: ao problema da vida útil; ao problema da avaliação (do ativo e da depreciação); ao problema do método de depreciação. Leitura dos seguintes Pronunciamentos CPC Básico, 01, 06 e 27
11 8.Imobilizado tangível e depreciável 8.2 O que incluir no custo de incorporação inicial, para ativos adquiridos: fretes taxas alfandegárias outras taxas e impostos custos de manuseio e estocagem, prévios à incorporação custos de instalação na base física de operação; todos os demais gastos necessários para colocar o ativo em condições de utilização.
12 8.Imobilizado tangível e depreciável 8.3 Imobilizados construídos pela entidade Uma vez construídos na empresa, seu custo será composto por custos diretos e indiretos alocar custos diretos (mão de obra e material) não é problema! O grande desafio está na alocação dos custos indiretos de fabricação devido ao rateio necessário para tal situação!
13 8.Imobilizado tangível e depreciável Algumas formas de tratar os CIF.s : 1. alguns contadores não alocam custos indiretos; 2. outros alocam apenas os variáveis 3. atribuímos uma parcela dos custos indiretos equivalente ao valor que teria sido alocado à produção que foi cortada por causa da construção; 4. alocamos uma parcela proporcional dos custos indiretos, utilizando o mesmo procedimento da produção normal.
14 Interatividade Dentre as condições para considerar um imobilizado tangível, destaca-se: a) Ser adquirido sempre de forma financiada. b) Ser útil para empresa num período mínimo de seis meses. c) Ter uma vida útil ilimitada. d) Ser utilizado para formação de outros bens. e) Possuir garantia do fabricante.
15 8.Imobilizado tangível e depreciável 8.4 Considerações sobre a depreciação Definição da American Accounting Association, em 1957: Qualquer declínio no potencial de serviços e outros ativos não correntes deveria ser reconhecido nas contas no período em que tal declínio ocorre. O potencial de serviços dos ativos pode declinar por causa de deterioração física gradual ou abrupta, consumo dos potenciais de serviços através do uso, mesmo que nenhuma mudança física seja aparente, ou deterioração econômica por causa da obsolescência ou de mudança na demanda dos consumidores.
16 8.Imobilizado tangível e depreciável 8.4 Considerações sobre a depreciação Na verdade, poderíamos expressar a depreciação simplesmente como a diferença entre o valor de mercado do equipamento no fim e no início do período. Entretanto, neste caso, estaríamos consagrando a avaliação a valores de mercado para a contabilidade, o que não seria fora de propósito. Restaria verificar se utilizaríamos um valor de entrada ou de realização
17 8.Imobilizado tangível e depreciável Alguns dos métodos para apurar a depreciação: 1º) Método de quotas constantes; 2º) Método de quotas variáveis; 3º) 3) Método de quotas crescentes; 4º) Método de quotas decrescentes.
18 8.Imobilizado tangível e depreciável 1º) Método de quotas constantes mais conhecido como alocação em linha reta, repousa nas seguintes premissas principais: depreciação é função do tempo e não do uso; não se leva em conta o fator custo de capital; a eficiência do equipamento é constante durante os anos.
19 8.Imobilizado tangível e depreciável 1º) Método de quotas constantes: Ex: ativo de $ ,00 depreciável em cinco anos, ou seja. 20% a.a. Receitas (-) desps., antes depreciação = $50.000,00 Ano Vlr.Contábil Custo de Receita Depreciação Lucro Custo de capital é de 30% a.a. início período Oportunidade líquida linha reta 1 $ ,00 $ ,00 $ ,00 $ ,00 $ , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,00
20 8.Imobilizado tangível e depreciável 1º) Método de quotas constantes: Se a Receita decresce na mesma proporção que o Custo de Oportunidade, teríamos: Ano Vlr.Contábil Custo de Receita Depreciação Lucro início período Oportunidade líquida linha reta 1 $ ,00 $ ,00 $ ,00 $ ,00 $ , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,00 Receita no 2º ano = x 0,30 = = ,00
21 8.Imobilizado tangível e depreciável 2º) Método de quotas variáveis; Os métodos de quotas variáveis são baseados na premissa de que a depreciação é um custo variável e não fixo. Isto significa que ocorre a diminuição do valor do ativo como consequência de sua utilização e não do decurso do tempo
22 8.Imobilizado tangível e depreciável 2º) Método de quotas variáveis; Um dos principais problemas (em todas as suas variantes, uma é atribuir a depreciação proporcionalmente à receita) é a desconsideração pela manutenção, sendo muito difícil incorporar a obsolescência se for verificada nos primeiros períodos de utilização. O método é baseado em produção, se adquiríssemos um equipamento e não o utilizássemos durante o primeiro período, não seria depreciado nesse período
23 8.Imobilizado tangível e depreciável 3º) Método de quotas crescentes; Ex: ativo de $ ,00 depreciável em cinco anos Custo de capital = 30% a.a. D = $ ,00 x 0,30 (1,30)5 1 D = $ ,00 x 0,30 2,71293 D = $ ,00 x 0, = $16.587,225 Os $16.587,225 seriam o valor a ser depositado anualmente no fundo, que, rendendo juros compostos de 30%a.a., = $ ,00 no final de cinco anos, suficiente para substituir o equipamento se os preços permanecerem constantes.
24 8.Imobilizado tangível e depreciável 3º) Método de quotas crescentes; O valor a ser lançado como depreciação seria crescente: Ano Vlr.Contábil Cota Depósito Juros Depreciação início período no fundo 1 $ ,00 $ ,22. $ , , , , , , , , , , , , , , , , ,84 Total.... o ,00 Última coluna representa a depreciação O juro é calculado de forma composta. Ex. final do 2º ano: (1,30)2 = 1,69. 0,69 x ,225 = $11.445,185 Este valor é maior que o dobro de $ 4.976,17.
25 8.Imobilizado tangível e depreciável 4º) Método de quotas decrescentes. Desses métodos, os mais utilizados são: Os da soma dos dígitos dos algarismos dos anos e o; Percentagem constante sobre o valor contábil.
26 8.Imobilizado tangível e depreciável 4º) Método de quotas decrescentes. Hendriksen aponta alguns motivos para preferência desse método: Contribuições anuais de serviços declinantes, sem consideração pelo juro ou custo de capital; Desempenho operacional declinante, resultando em acréscimos em outros custos operacionais; Valor do ativo (representado pelo valor descontado dos valores de serviço remanescentes), declinando mais nos primeiros anos e menos nos últimos anos de vida do ativo;
27 8.Imobilizado tangível e depreciável 4º) Método de quotas decrescentes. Hendriksen aponta os seguintes motivos para escolha desse método: custos crescentes de reparos e manutenção; receitas ou entradas de caixa declinantes; incerteza das receitas dos últimos anos em virtude da possível obsolescência.
28 Interatividade Sobre a depreciação, podemos entender que: a) Trata-se de mais uma despesa para empresa. b) É opcional para a empresa apurar o valor da depreciação. c) Somente as atividades industriais devem apurar a depreciação. d) É permitido a depreciação, desde que seja anual. e) Mostra de alguma maneira, uma possível redução na receita, em determinado período.
29 9. Estoques 9.1 O que são estoques? Segundo Iudícibus, o termo estoque é utilizado para designar o agregado de itens de propriedade tangível que: 1) São estocados para venda no curso dos negócios; 2) Estão em processo de produção para tal venda; ou 3) Estão para ser corretamente consumidos na produção dos bens ou serviços que se tornarão disponíveis para venda.
30 9. Estoques 9.1 O que são estoques? É importante ressaltar a diferença entre: Estoques Ativos monetários e Despesas pagas antecipadamente. Obs: normalmente, os três têm grande participação no ativo circulante, embora parcelas possam ser não circulantes
31 9. Estoques 9.1 O que são estoques? Hendriksen esclarece que: Ativos monetários representam montantes de poder aquisitivo que se tornarão disponíveis agora ou no futuro. Despesas antecipadas por outro lado, representam serviços a serem recebidos pela empresa no processo de obtenção de sua receita. Estoques estão entre os dois extremos!
32 9. Estoques 9.1 O que são estoques? Estoques estão entre os dois extremos! Explicação: Não se trata de itens monetários pois os recursos de caixa a serem recebidos por sua venda ainda dependem de eventos futuros, e o momento em que os receberemos também é incerto. Entretanto, o valor atual dos fluxos futuros a serem gerados pela venda dos estoques pode ser estimado mais rapidamente do que no caso das despesas pagas antecipadamente.
33 9. Estoques Objetivos da mensuração e avaliação dos estoques indicação do total de recursos que esperamos receber pela venda dos produtos. Objetivo principal esforço de correlacionar a receita com as despesas respectivas no processo de mensuração do lucro preço de venda.
34 9. Estoques Deteminação quantitativa dos estoques: 1) contagem do inventário final periódico 2) inventário perpétuo permanente 3) combinação de 1 e 2; e 4) determinação de valores totais por meio de métodos agregativos (método do lucro bruto e método varejista).
35 9. Estoques 9.2 Bases e métodos de avaliação de estoque Avaliação a valores de saída Avaliação a valores de entrada Custos históricos Custos correntes de reposição Custo ou mercado, o que for menor Custo padrão
36 9. Estoques 9.2 Bases e métodos de avaliação de estoque Avaliação a valores de saída Existem três tipos principais de avaliação a valores de saída para os estoques: 1) Recebimentos descontados de caixa; 2) Preços correntes de venda; e 3) Valores realizáveis líquidos.
37 9. Estoques Avaliação a valores de saída 1) Recebimentos descontados de caixa: Deveríamos conhecer os reais a serem recebidos no futuro por meio da venda. Além disso, os prazos de recebimento deveriam ser conhecidos ou determináveis. Como essas duas condições são raramente satisfeitas, essa forma de valor de saída não apresenta grande aplicabilidade. d
38 9. Estoques Avaliação a valores de saída 2) Preços correntes de venda: È aplicável quando existir certa invariabilidade dos preços de venda dos estoques e se não existirem despesas de venda relevantes para vender o produto. Essas condições também são satisfeitas apenas em poucos casos.
39 9. Estoques Avaliação a valores de saída 3) Valores realizáveis líquidos: È a entrada esperada pela venda menos todos os gastos incrementais previstos e despesas relativas ao acabamento, venda, entrega e cobrança do produto em questão. Embora, seja forma mais utilizada, o problema principal está na dificuldade em estimar os gastos adicionais necessários para completar (o produto deveria estar praticamente completo), vender e entregar o produto.
40 Interatividade De acordo com a definição de Iudícibus sobre os estoques, podemos afirmar que: a) A compra de materiais para consumo não deve ser registrada como estoques. b) Os estoques devem ser adquiridos somente à vista. c) As peças para reparos das máquinas podem ser registradas como estoques. d) Mesmo tendo somente a posse dos materiais devo registrá-los como estoques. e) Os itens que direta ou indiretamente estiverem ligados à venda, poderão ser estocado.
41 9. Estoques Avaliação a valores de entrada Custos históricos PEPS e Média Ponderada e UEPS Custos correntes de reposição Custo ou mercado, o que for menor Custo padrão expresso em metas Obs: trataremos de dois itens custos correntes de reposição e do custo ou mercado, o que for menor.
42 9. Estoques Avaliação a valores de entrada Custos correntes de reposição: Algumas das vantagens: Permitem o confronto de receitas correntes com despesas correntes; É possível identificar as perdas ou ganhos pela manutenção de estoques; Estimam os valores correntes dos inventários no final do período se a firma estiver ainda adquirindo i d normalmente tais insumos e se não pudermos aplicar ou não forem aplicáveis os valores realizáveis líquidos;
43 9. Estoques Avaliação a valores de entrada Custos correntes de reposição: Algumas das vantagens: Superam as falhas dos custos históricos, que se tornam defasados com o decorrer do tempo; Permitem aplicar a propriedade aditiva aos inventários; Se os preços correntes tiverem sido obtidos de cotações correntes de compra, os valores são verificáveis e relativamente objetivos;
44 9. Estoques Avaliação a valores de entrada Custos correntes de reposição: Algumas das vantagens: conclusão Dispensam recorrer a alguma base presumida de fluxo físico dos bens, necessária nos métodos mais tradicionais, como PEPS, UEPS e média ponderada. O aspecto que nos parece fundamental reside no confronto entre receitas correntes e despesas correntes no memo tempo e na apuração das economias realizadas pela venda
45 9. Estoques Avaliação a valores de entrada Custos correntes de reposição: Algumas das desvantagens: Inúteis nos casos em que a empresa deixasse de adquirir um item se tivesse de pagar seu custo corrente. Também ativos que não serão substituídos, em virtude da mudança de processo tecnológico ou de produção, não são passíveis, a rigor, de avaliação a custos de reposição.
46 9. Estoques Avaliação a valores de entrada Custo ou mercado, o que for menor Esta forma de avaliação, a rigor mista, foi considerada entre os valores de entrada, pois prevalecerá somente o de saída quando o mercado for inferior ao custo. É preciso entender bem a origem desta regra. Advém de tempos antigos, em que, devido às consequências da grande recessão de 1929, houve um despertar geral de superconservadorismo.
47 9. Estoques Avaliação a valores de entrada Custo ou mercado, o que for menor É preciso lembrar que em contabilidade, mercado tem dois sentidos: 1) custo de reposição; e, na ausência deste, 2) valor de realização.
48 9. Estoques Pronunciamento Contábil: CPC 16 Estoques O Pronunciamento exige que os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. Neles se incluem todos os custos de aquisição, de transformação e outros incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.
49 9. Estoques Pronunciamento Contábil: CPC 16 Estoques Por isso, devem compreender o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos (que não sejam aqueles posteriormente recuperáveis pela empresa), custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos do preço na determinação do custo de aquisição.
50 Interatividade Os estoques, podem ser considerados um dos ativos mais complexos em relação à formação do fluxo de caixa, devido a: a) Ser quase impossível a sua mensuração. b) Tornar-se obsoleto rapidamente. c) Incerteza de sua realização. d) Dificuldade de estocagem. e) Aquisição em grande volume.
51 ATÉ A PRÓXIMA!
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