Módulo Básico. Infração de Patentes. Equipe de Patentes

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Raphaella Tuschinski Andrade
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1 Módulo Básico Infração de Patentes Equipe de Patentes Maio de 2014

2 Capítulos Introdução Quando ocorre uma infração de patente? pág.4 Qual a diferença entre infração de patente e pág.6 infração de pedido de patente? O que fazer se meu pedido de patente for infringido por terceiros? pág.8 O que fazer para evitar a infração de patentes? pág.11 E se houver interesse em comercializar uma tecnologia patenteada? pág.13

Introdução As Apostilas de Patentes foram desenvolvidas pela equipe de Patentes do i9 Núcleo Estudantil de Inovação Tecnológica com o intuito de disseminar o assunto na comunidade acadêmica da

3 Introdução As Apostilas de Patentes foram desenvolvidas pela equipe de Patentes do i9 Núcleo Estudantil de Inovação Tecnológica com o intuito de disseminar o assunto na comunidade acadêmica da UDESC-CCT. O Módulo Básico é composto por cinco apostilas, Patentes, Busca de Patentes, Relatório de Patente, Infração de Patente, Requisitos de Patenteabilidade, que tratam dos aspectos mais relevantes do tema. f t i9

4 Capítulo 1 Quando ocorre uma infração de patente?

5 Quando ocorre uma infração de patente? Um terceiro pode obter lucro em cima da minha tecnologia patenteada sem o meu consentimento? A infração de uma patente ocorre quando uma tecnologia é patenteada e, mesmo assim, é comercializada por um terceiro sem autorização prévia do detentor da patente. Não é considerada infração de patente a reprodução de uma tecnologia patenteada, se tal reprodução não tiver fins lucrativos (basicamente, se não for comercializada de qualquer maneira). Ou seja, qualquer tecnologia patenteada pode ser reproduzida, se a finalidade for puramente para pesquisa, estudo, lazer, etc. 5

6 Capítulo 2 Qual a diferença entre infração de patente e infração de pedido de patente?

7 Qual a diferença entre infração de patente e infração de pedido de patente? Quando uma patente não é concedida, ou seja, somente há um pedido de patente (expectativa de direito), não há necessariamente uma infração de patente, mesmo que a tecnologia reivindicada pelo relatório do pedido de patente seja comercializada sem autorização de seu detentor (ou titular). Dessa forma, diferentemente de uma patente concedida, o pedido de patente não pode ser utilizado judicialmente para impedir que terceiros comercializem o conteúdo reivindicado pelo relatório de patente, ou para penalizar esses terceiros por meio de pagamento de multas. Assim, tecnicamente, não existe infração de um pedido de patente. 7

8 Capítulo 3 O que fazer se meu pedido de patente for infringido por terceiros?

9 O que fazer se meu pedido de patente for infringido por terceiros? Sempre é melhor buscar um acordo extrajudicial, mas se não for aceito pelas partes envolvidas, deve se buscar auxílio judicialmente. Nesse caso, a melhor solução é notificar esses terceiros extrajudicialmente, para tentar acordos viáveis, sem envolver forças judiciais. Essa recomendação se deve apenas pela morosidade das batalhas judiciais no Brasil, mas essa decisão dependerá sempre da postura estratégica do detentor do pedido de patente. Além disso, esse tipo de decisão pode variar de acordo com o país em que o pedido de patente for depositado. De qualquer forma, caso não haja acordo, o exame técnico do pedido de patente, que determinará se o mesmo será ou não concedido, poderá ser acelerado. Isso ocorrerá nos casos em que uma batalha judicial for iniciada, envolvendo um pedido de patente que ainda não passou pela fase de exame técnico. 9

10 Ainda, caso a decisão do exame seja favorável pela concessão da patente e constate-se judicialmente que houve infração dessa patente, os valores a serem pagos pelos terceiros que cometeram tal infração serão calculados, considerando as perdas do titular da patente mesmo antes da data de concessão da patente. Ou seja, os valores de multas serão retroativos. 10

11 Capítulo 4 O que fazer para evitar a infração de patentes?

12 O que fazer para evitar a infração de patentes? Efetuar uma busca de patentes ou procurar o auxílio de um profissional, pode evitar problemas no futuro. Quando um interessado desejar comercializar alguma tecnologia, é essencial que esse interessado tenha amplos conhecimentos do mercado em que irá atuar. Tratando-se de patentes, essas informações também são úteis para optar ou não por uma análise de riscos de infração de patentes. Por exemplo, se o interessado souber que a tecnologia em questão já é conhecida a mais de 20 anos, as chances de haver algum incômodo relacionado à patentes é bastante pequena, pois é bem provável que essa tecnologia seja de domínio público. Havendo dúvidas quanto à possibilidade da tecnologia ser patenteada, deve-se sempre realizar uma busca de patente, para ter maior garantia de que não haverá infração de patentes. Recomenda-se que, nesses casos, por haver riscos judiciais, tanto a busca quanto a análise das patentes encontradas, sejam realizadas por um profissional capacitado na área de patentes. 12

13 Capítulo 5 E se houver interesse em comercializar uma tecnologia patenteada?

14 E se houver interesse em comercializar uma tecnologia patenteada? Com um contrato pode-se efetuar parcerias mais seguras. Havendo certeza de que uma tecnologia de interesse comercial possui patente concedida e vigente, no país em que o interessado pretende comercializar tal tecnologia, deve-se entrar em contato com o titular dessa patente para firmar algum acordo. Esse acordo deve possuir força legal, ou seja, todos os aspectos desse acordo devem constar em um contrato assinado entre as partes interessadas. Os aspectos desse acordo podem ser dos mais diversos tipos, podendo prever a venda da patente, o licenciamento total ou parcial dos direitos garantidos pela patente, valores referentes à royalties, etc. Em outras palavras, contanto que ambas as partes concordem, qualquer tipo de acordo pode ser firmado. 14

15 Informações Criação Rodrigo Augusto Janing Formatação Gabriele Scharmach Colaboração João Henrique Ghion Silveira Gabriele Scharmach Gabriel Orso Joinville,SC

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