FASES (RESUMINDA) DA HISTÓRIA DO CONSTITUCIONALISMO NO BRASIL APÓS 1831.

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1 FASES (RESUMINDA) DA HISTÓRIA DO CONSTITUCIONALISMO NO BRASIL APÓS REGÊNCIA (1831) 2. SEGUNDA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL (1891) 3. COLUNA PRESTES (1925) 4. REVOLUÇÃO DE REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE INTEGRALISMO (1932) 7. INSTALAÇÃO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE PARA A 3º CONSTITUIÇÃO (1933) 8. TERCEIRA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL (1934) 9. INTENTONA COMUNISTA 10. QUARTA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL (1937) 11. ESTADO NOVO (1937) 12. DISSOLUÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL 13. REVOLUÇÃO DE REDEMOCRATIZAÇÃO DE QUINTA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL (1946) 16. EMENDA 4 DE REVOLUÇÃO DE 1964

2 18. REGIME MILITAR DE PERÍODOS MILITARES (DE 1964 A 1985) QUE ANTECIPARAM A CONSTITUIÇÃO DE ATO INSTITUCIONAL 3 DE ATO INSTITUCIONAL 4 DE SEXTA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL (1967) 23. ATO INSTITUCIONAL 5 DE ATO INSTITUCIONAL 12 DE ATO INSTITUCIONAL 16 DE SÉTIMA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL ou EMENDA 1/69 (1969) 27. EMENDA CONSTITUCIONAL 11 DE 1978 (VER AI 5) 28. DIRETAS JÁ (1984) 29. EMENDA DANTE DE OLIVEIRA (1984) 30. ELEIÇÕES DE TANCREDO NEVES (1985) 31. OITAVA CONSTITUIÇÃO (1988) 32. PEDIDO DE IMPEACHMENT, SUA TRAJETORIA E QUEDA DE FERNANDO COLLOR (1992). 33. PLEBISCITO = PRESIDENCIALISMO OU PARLAMENTARISMO E REPÚBLICA OU MONARQUIA. (1993)

3 REGÊNCIA (1831) Período imediatamente posterior à abdicação de Dom Pedro I, durante o qual, em função da menoridade de Dom Pedro II (então com cinco anos), políticos governam o Brasil em nome do Imperador. Essa fase vai de abril de 1831 a julho de Acontecem quatro Regências consecutivas: a Regência Trina Provisória (1831), a Regência Trina Permanente ( ), a 1ª Regência Una ( ) e a 2ª Regência Una ( ). Nesse período, o país passa por uma grande agitação social e política, mas consolida as bases do império. Entre as principais questões discutidas estão a unidade territorial do Brasil, a centralização ou não do poder e o grau de autonomia das províncias. As duas primeiras regências são marcadas pelas divergências entre os liberais moderados (chimangos), os liberais exaltados (farroupilhas) e os restauradores (caramurus), que querem o retorno de Dom Pedro I ao poder. A Regência Trina Provisória é composta por um Senador restaurador, um Moderado e um Membro da Oficialidade conservadora. Ela sobrevive pouco mais de dois meses. 2ª CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA Inspirada na Constituição norte-americana é promulgada a primeira Constituição Republicana e a segunda Constituição do Brasil. Revoga as principais disposições da Constituição de Estabelece a República Federativa, sob regime presidencialista. Estabelece a votação direta para a escolha dos integrantes da Câmara Federal, do Senado Federal e o Presidente da República, exceto o primeiro a ser eleito pela Constituinte. Foram asseguradas as garantias da

4 vitaliciedade e irredutibilidade dos vencimentos, nos termos do artigo 57 1º. Não se cogitou do princípio da inamovibilidade dos Juízes, que somente viria a ser instituído em 1934, por obra da Constituinte. A Assembléia Constituinte elaborou o estatuto fundamental da República. Rui Barbosa, o grande artífice, estruturou segundo o modelo Norte Americano, com as idéias diretoras do presidencialismo, do federalismo, do liberalismo político e da democracia. A Soberania Nacional estava presente através dos seus clássicos poderes: o Poder Legislativo (Câmara dos Deputados e Senado Federal); o Poder Executivo (Presidente da República eleito diretamente e auxiliado por Ministros de Estado); e o Poder Judiciário (apreciando a constitucionalidade das leis pelo Supremo Tribunal Federal). COLUNA PRESTES (1925) Movimento político-militar de origem tenentista, que entre 1925 e 1927, se deslocou pelo Brasil pregando reformas políticas e sociais e combatendo o governo do Presidente Artur Bernardes. Após a derrota do movimento paulista, em 1924, um grupo de combatentes recua para o interior sob o comando de Miguel Costa. No início de 1925, reúne-se no oeste do Paraná com a coluna do capitão Luís Carlos Prestes, que havia partido do Rio Grande do Sul. Sempre com as forças federais no seu encalço, a Coluna de homens entra pelo atual Mato Grosso do Sul, atravessa o país até o Maranhão, percorre parte do Nordeste, em seguida retorna a partir de Minas Gerais. Refaz parte do trajeto da ida e cruza a fronteira com a Bolívia, em fevereiro de Sem jamais ser vencida, a Coluna enfrenta as tropas regulares do Exército ao lado de forças policiais dos estados e tropas de jagunços, estimulados por promessas oficiais de anistia. A Coluna poucas vezes enfrentou grande efetivo do governo. Em geral, eram utilizadas táticas de despistamento para confundir as tropas legalistas.

5 Nas cidades e nos vilarejos do sertão, os rebeldes promovem comícios e divulgam manifestos contra o regime oligárquico da República Velha e contra o autoritarismo do Governo de Washington Luís, que mantém o país sob estado de sítio desde sua posse, em novembro de REVOLUÇÃO DE 1930 Em nome dos direitos das classes obreiras surgiu a revolução que veio suspender o ritmo da vida constitucional do País. Movimento político militar que derruba o Presidente Washington Luís em outubro de 1930 acaba com a República Velha no Brasil, levando Getúlio Dornelles Vargas ao poder (ver Presidentes do Brasil). A crise da República velha havia-se agravado na década de 20. Ganham visibilidade com a mobilização do operariado, as revoltas tenentistas e as dissidências políticas que enfraqueceram as oligarquias, ameaçando a estabilidade da aliança entre São Paulo e Minas Gerais. Em 1926, setores descontentes do Partido Republicano Paulista (PRP) fundam o Partido Democrático (PD), que defendia um programa reformista de oposição. Mas o maior sinal do desgaste republicano é a superprodução cafeeira, alimentada pelo governo com valorizações cambiais e subsídios públicos. 1. Crise de 1929 O ano é um marco para o fim da República Velha. O Brasil é atingido pela crise da quebra da bolsa de Nova York, que compromete o comércio mundial. Alegando defender os interesses da cafeicultura, o Presidente Washington Luís, paulista, lança candidato à sucessão o governador de São Paulo, Júlio Prestes, do PRP. Ao indicar outro paulista, rompe com a política do café com leite, pela qual mineiro e paulista alternam-se no poder. Em represália, o Partido Republicano Mineiro (PRM) passa para a oposição, forma a Aliança Liberal com oligarquias de outros Estados e lança o

6 gaúcho Getúlio Dornelles Vargas para a presidência da República, com o paraibano João Pessoa como Vice-Presidente. O programa da Aliança Liberal contém reivindicações de forças democráticas de todo o país, como a defesa do voto secreto e da Justiça Eleitoral. Mas, em março de 1930, seus candidatos perdem a eleição para a chapa oficial, formada por Júlio Prestes e pelo baiano Vital Soares. A oposição começa a se desmobilizar quando João Pessoa é assassinado, em um crime passional. Os aliancistas atribuem motivos políticos ao crime e deflagram uma rebelião político militar. 2. Primeiros levantes Chefiada por líderes aliancistas e tenentistas, a revolta é articulada entre o Sul e o Nordeste e tem o apoio de diversos Estados. Começa no Rio Grande do Sul em 3 de outubro, sob o comando de Getúlio Dornelles Vargas, Osvaldo Aranha e Góes Monteiro. Em seguida irrompe no Norte e no Nordeste, sob o comando do tenentista Juarez Távora. Sem encontrar resistências, os revoltosos avançam sobre o Rio de Janeiro. Os Ministros Militares antecipam-se ao movimento e depõem Washington Luís em 24 de outubro. No dia três de novembro, Getúlio Dornelles Vargas chega ao Rio de Janeiro e assume o Governo Provisório. Nomeia interventores nos Estados, mas tem problemas para acomodar os interesses das forças que o apoiam, compostas por grupos oligárquicos, setores do empresariado industrial e do tenentismo. Isso retarda medidas político institucionais, como a prometida convocação da Assembléia Constituinte, gerando denúncias e manifestações públicas, algumas das quais tornam-se revoltas, como a Revolução Constitucionalista de Conseqüências A nova Constituição só é aprovada em 1934, depois de forte pressão social (ver Constituições brasileiras). Mas a estrutura do Estado brasileiro modifica-se profundamente depois de 1930, tornando-se mais ajustada às necessidades econômicas e sociais do país. O regime centralizador, por vezes autoritário, da era Getúlio Dornelles Vargas estimula a expansão das atividades urbanas e desloca o eixo

7 produtivo da agricultura para a indústria, estabelecendo as bases da moderna economia brasileira. REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932 Surge a Revolução Constitucionalista de São Paulo. O País foi surpreendido com o gesto heróico de São Paulo exigindo, de armas em punho, o retorno do Brasil à Ordem Constitucional. Movimento de insurreição contra o governo provisório de Getúlio Dornelles Vargas, ocorrido de julho a outubro de 1932, em São Paulo. Os insurgentes exigem a convocação da Assembléia Constituinte prometida por Getúlio Dornelles Vargas em sua campanha pela Aliança Liberal e na Revolução de Além dos interesses das oligarquias paulistas, a Revolução constitucionalista tem suas raízes na tradição liberal democrática de amplas alas da sociedade urbana estadual. Derrotados pela Revolução de 1930, setores da elite oligárquica de São Paulo defendem a instalação de uma Constituinte com o objetivo de fazer oposição ao governo provisório. O Presidente Getúlio Dornelles Vargas é acusado de retardar a elaboração de uma nova Constituição (ver Constituições brasileiras). No início de 1932, o Partido Republicano Paulista (PRP) e o Partido Democrático aliam-se na Frente Única Paulista e lançam uma campanha pela constitucionalização do país e o fim da intervenção federal nos Estados. A repercussão popular é grande. Os atos públicos multiplicam-se e as manifestações tornam-se mais fortes. No dia 23 de maio de 1932, durante um comício no centro da capital, a polícia reprime violentamente os manifestantes. Quatro estudantes são assassinados.

8 Em sua homenagem, o movimento passa a se chamar MMDC iniciais de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, os mortos e amplia sua base de apoio entre a classe média. Batalhões de voluntários Em 9 de julho começa a rebelião armada, proclamada pelo ex-governador paulista Júlio Prestes e pelo próprio interventor federal Pedro de Toledo, que aderira à campanha constitucionalista. Milhares de voluntários civis são incorporados aos batalhões das forças estaduais. Seu efetivo chega a 40 mil homens, deslocados para as três grandes frentes de combate, nas divisas com o sul de Minas Gerais, o norte do Paraná e no Vale do Paraíba. Os comandantes militares Isidoro Dias Lopes, Bertoldo Klinger e Euclydes Figueiredo, contudo, sabem que as forças federais são muito superiores. Eles contam com a adesão e o apoio prometidos por outros Estados, como Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Mas o reforço esperado não chega e São Paulo é cercado pelas tropas legalistas. Depois de negociações, envolvendo anistia aos soldados rebeldes e facilidades para o exílio dos líderes civis e chefes militares do movimento, os paulistas anunciam oficialmente sua rendição em 3 de outubro de INTEGRALISMO EM 1932 Movimento político e ideológico de inspiração fascista ocorrido no Brasil na década de trinta. Defende um Estado autoritário e nacionalista; uma sociedade baseada na hierarquia, ordem e disciplina social; e o reconhecimento da suprema autoridade política e jurídica do chefe da nação sobre indivíduos, classes e instituições. Alguns de seus ideólogos, como Gustavo Barroso, dão ao integralismo um fundo racista, defendendo a superioridade da população branca brasileira sobre negros, mestiços e, sobretudo, judeus. Já nos anos vinte o pensamento nacionalista brasileiro desenvolvia uma vertente conservadora. Entre seus entusiastas estão

9 intelectuais de variadas formações e tendências, como o sociólogo Oliveira Viana, o jornalista, professor e político Plínio Salgado e o pensador católico Jackson de Figueiredo. Mesmo sem atuar como grupo, eles têm em comuns posições políticas nacionalistas, antiimperialistas e anticomunistas, criticam a democracia liberal e defendem os regimes fascistas que começam a despontar na Europa. Ação Integralista Brasileira (AIB) Em 1932, Plínio Salgado e Gustavo Barroso fundam em São Paulo a AIB, de inspiração nazi-facista. Seu programa mistura idéias nacionalistas e a defesa da autoridade do Estado frente à anarquia liberal, com o lema Deus, Pátria e Família. Os militantes vestem camisas verdes e saúda-se com gritos de Anauê! (interjeição que em tupi quer dizer ave ou salve ). A Ação Integralista Brasileira (AIB) recebe apoio imediato de importantes setores conservadores empresariais, militares, religiosos e até sindicais, e logo se transforma em partido político. Em menos de quatro anos a organização reúne mais de trezentos mil adeptos, expande sua militância por todo o país e entra em choques freqüentes com grupos democráticos. Em 1935, apoia a repressão à Intentona Comunista. Plínio Salgado lança-se candidato à Presidência da República nas eleições previstas para As eleições não se realizam. Com o golpe que instalou o Estado Novo, os partidos são extintos e o espaço político do integralismo é reduzido. Desiludidos com Getúlio Dornelles Vargas, no final de 1938, os integralistas promovem o assalto ao palácio presidencial no Rio de Janeiro e pensam contar com o apoio do Exército para tomar o poder. Mas o Presidente obtém o apoio da cúpula militar e o golpe fracassa. Os integralistas são perseguidos, seu líder preso, Plínio Salgado é exilado em Portugal e o movimento desarticula-se. INSTALAÇÃO DA ASSEMBLÉIA CONSTITUCIONAL (1933)

10 Instalada a Assembléia Constitucional (Governo Federal fixou data para eleições e convocou Assembléia Constituinte). Início da nova vida constitucional republicana (segunda fase). Reuniram-se duzentos e cinqüenta deputados eleitos pelo povo e cinqüenta eleitos pelas representações de classe e iniciaram a elaboração de uma nova Constituição. A TERCEIRA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL (1934) Baseada na Constituição Alemã de Weimar de 1919 e na espanhola de 1931, é promulgada a terceira Constituição do Brasil e a segunda da República. Também realizada por Assembléia Nacional Constituinte. Uma das influências da Constituição Alemã foi à democracia social e não mais a democracia liberal, ampliando fortemente a atividade econômica no País. Essa democracia social era símbolo de compromisso do constitucionalismo com as novas tendências proletárias. No texto, limita poderes do Senado e amplia os da União. Dá direito de voto às mulheres, prevê a criação da Justiça do Trabalho, da Justiça Eleitoral e cria o Conselho de Segurança Nacional. INTENTONA COMUNISTA (1935) Insurreição político-militar promovida pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), em novembro de 1935, com o objetivo de derrubar o Presidente Getúlio Dornelles Vargas e instalar um governo socialista no Brasil. Fundado em 1922, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) fortalece-se apenas no final da década, ao intensificar sua participação nas

11 campanhas eleitorais e penetrar no meio dos proletariados urbanos e trabalhadores rurais. Após a Revolução de 1930, recebe a adesão de militantes e líderes tenentistas, entre eles o ex-capitão Luís Carlos Prestes. Depois de uma estada na União Soviética, Prestes retorna ao Brasil e, em 1934, passa a participar da direção do partido. Aliança Nacional Libertadora (ANL) Com o crescimento do fascismo na Europa e do integralismo no Brasil, as lideranças políticas democráticas e de esquerda decidem reproduzir no país o modelo das frentes populares européias. Com esse objetivo, em março de 1935 é criada no Rio de Janeiro a Aliança Nacional Libertadora (ANL), reunindo ex-tenentes, comunistas, socialistas, líderes sindicais e liberais excluídos do poder. A Aliança aprova um programa de reformas sociais, econômicas e políticas que inclui aumento dos salários, nacionalização de empresas estrangeiras, proteção aos pequenos e médios proprietários e defesa das liberdades públicas. Luís Carlos Prestes é convidado para a presidência de honra da organização. A Aliança Nacional Libertadora (ANL) cresce tão rapidamente quanto a sua adversária, a Ação Integralista Brasileira (AIB). Os confrontos entre militantes comunistas e integralistas tornam-se cada vez mais freqüentes. Aproveitando o apoio da sociedade à causa antifascista, Luiz Carlos Preste lança em julho de 1935, em nome da Aliança Nacional Libertadora (ANL), um manifesto pedindo a renúncia do Presidente Getúlio Dornelles Vargas. Em represália, o governo decreta a ilegalidade da Aliança Nacional Libertadora (ANL). Impedida de atuar publicamente, a organização perde força. Levante nos quartéis Com o apoio de Prestes e contando com a adesão de simpatizantes aliancistas em importantes unidades do Exército, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) prepara uma rebelião militar. O levante dos quartéis seria o sinal para uma greve geral e o início da revolução popular. A revolta começa precipitadamente nas cidades de Natal e do Recife, nos dias 23 e 24 de novembro. Em função dessa antecipação

12 inesperada, os chefes do movimento apressam a mobilização no Rio de Janeiro para a madrugada do dia 27. O 3º Regimento de Infantaria, na Praia Vermelha, e a Escola de Aviação, no Campo dos Afonsos, são palco das revoltas. Mas o governo está preparado e conta com a lealdade das Forças Armadas. Os rebeldes são encurralados e rapidamente dominados pelas artilharias do Exército e da Marinha. A rebelião é derrotada no mesmo dia em que começa. Em todo o país, revoltoso e simpatizante são perseguidos, seus chefes são presos, alguns torturados e mortos. Luiz Carlos Prestes fica na prisão até Sua mulher, Olga Benário, comunistas e judia, é entregue pela polícia do Estado Novo à Gestapo, polícia política nazista, e morre em 1942 num campo de concentração da Alemanha nazista. Após a Intentona, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) é condenado à clandestinidade. QUARTA CONSTITUIÇÃO (1937) Inspirada nos regimes fascitas europeus, é outorgada a quarta Constituição do Brasil e a terceira da República. Getúlio Dornelles Vargas (presidente da república) revoga a Constituição de 1934, dissolve o Congresso Nacional e outorga ao país a Carta Constitucional do Estado Novo (sem qualquer consulta prévia). Estabelecia a preeminência do Poder Executivo em face aos Poderes Legislativo e Judiciário, criando, assim uma ditadura sui generis que se propunha a conciliar os interesses do trabalhismo incipiente com as tendências conservadoras do capitalismo. Prevê a centralização do poder político, extinção dos partidos políticos e instituição do regime corporativo sob a autoridade do presidente. ESTADO NOVO (1937)

13 É o nome que se dá ao regime ditatorial implantado pelo Presidente Getúlio Dornelles Vargas, a partir do golpe de Estado de A ditadura varguista prolonga-se até 1945, quando é derrubada por outro golpe de Estado. Desde a Intentona Comunista de 1935, Getúlio Dornelles Vargas mantém o país sob estado de guerra, com a suspensão dos direitos constitucionais e fortes repressão policial. Com essa atitude, justificada como defesa do país diante do perigo vermelho (comunista), Getúlio Vargas dificulta a campanha eleitoral para sua sucessão e ganha tempo para avaliar as chances de um autogolpe para manter-se na presidência. Aproveita-se do crescimento das tensões político-ideológicas e militares na Europa, decorrentes do confronto entre liberalismo, fascismo e comunismo, no período imediatamente anterior à 2º Guerra Mundial ( ). O Golpe Em 30 de setembro de 1937 é divulgado pelo general Góis Monteiro um suposto plano comunista (Plano Cohen) para tomar o poder por meio de luta armada. Apoiado nesse fato, mais tarde evidenciado como uma fraude montada por partidários do governo, Getúlio Dornelles Vargas, reúne as condições para o golpe de Estado. Em 10 de novembro do mesmo ano, apoiado pelos setores sociais mais conservadores, o presidente da república anuncia pelo rádio a nova ordem do país. Autoritarismo, centralismo e corporativismo são as características do novo regime. Em nome da segurança nacional são abolidos os partidos políticos, suspensas as eleições livres, os tribunais e os juízes independentes. O Poder Legislativo e o Poder Judiciário perdem o poder, que fica concentrado no presidente da república, com mandato ampliado para seis anos. A estrutura federativa é esvaziada e são nomeados interventores para os estados. A Constituição de 1937 logo é apelidada de polaca, por sua clara inspiração nas constituições de regimes fascistas europeus, como os da Polônia, Portugal, Espanha e Itália.

14 Economia e sociedade Por outro lado, o período do Estado Novo é de grande avanço nas políticas sociais e econômicas, sobretudo pela implantação de uma ampla legislação trabalhista para os trabalhadores urbanos e pelo apoio à industrialização, mediante projetos oficiais na área siderúrgica e petrolífera. Para centralizar o controle da burocracia oficial, Getúlio Dornelles Vargas cria, em 1938, o Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP). Em 1939, cria o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), com a tarefa de divulgar as ações do governo e controlar ideologicamente os meios de comunicação. Para estimular e controlar o sindicalismo operário são ampliados os serviços estatais de aposentadoria. O imposto sindical e o salário mínimo são instituídos em 1940, e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) entra em vigor em No campo econômico, Getúlio Dornelles Vargas avança no controle estatal das atividades ligadas ao petróleo e combustíveis, gerando o Conselho Nacional do Petróleo, em Estimula a indústria de base com a fundação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, em 1941, e obtém financiamento norte-americano para a instalação da Fábrica Nacional de Motores, no Rio de Janeiro, em A fim de contribuir com a formação de mão-de-obra especializada para o setor industrial, funda o Serviço Nacional da Indústria (SENAI), em 1942, e o Serviço Social da Indústria (SESI), em No campo da política externa, sob pressão dos Estados Unidos, Getúlio Dornelles Vargas rompe relações com os países do Eixo Alemanha, Itália e Japão, em 1942, e institui a Força Expedicionária Brasileira (FEB), em 1943, enviada para a Itália em Fim do Estado Novo A participação do Brasil no esforço de guerra dos Aliados, em defesa da democracia e contra o totalitarismo nazista e fascista, afeta a estabilidade interna do regime ditatorial. Cresce a oposição ao Estado Novo entre intelectuais, estudante, religioso e empresário.

15 Vargas, apesar do aparato de repressão, não mantém mais o controle da situação. Passa, então, à ofensiva e, no início de 1945, anuncia eleições gerais para o final do mesmo ano, tendo o marechal Eurico Dutra, Ministro da Guerra, como seu candidato. As pressões de setores da burocracia e do trabalhismo para que o próprio Getúlio Dornelles Vargas dispute as eleições suscitam a desconfiança das oposições, que se movimenta com a cúpula militar e articula o golpe de 29 de outubro de Os ministros militares destituem Getúlio Dornelles Vargas e passam o governo ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), José Linhares, até a eleição e posse do novo presidente da república, o general Eurico Gaspar Dutra, em janeiro de EM Com a revogação da Constituição de 1934, é dissolvido não só o Congresso Nacional como todos os órgãos legislativos do Brasil. A REVOLUÇÃO DE 45 (1945/1946). Deposição do Chefe do Governo pelas Forças Armadas. A direção do Estado foi entregue ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro José Linhares, natural do Ceará (cearense), de profissão advogado. Observam-se as eleições gerais, pelo próprio governo ditador, já estavam convocadas para 2 de Dezembro. REDEMOCRATIZAÇÃO DE 1945 Processo de restabelecimento do sistema democrático no Brasil, iniciado no final do Estado Novo ( ) e consolidado no governo Eurico Gaspar Dutra ( ). A partir de 1943, a pressão interna contra a ditadura de Getúlio Dornelles Vargas cresce progressivamente.

16 No final do ano, um grupo de intelectuais lança o Manifesto dos Mineiros (MM), exigindo liberdade de pensamento, sobretudo político. O documento tem forte repercussão. Nos dois anos seguintes, a luta pela redemocratização intensificase, apesar da repressão policial. Diante das pressões internas e da perspectiva de vitória dos aliados na 2ª Guerra Mundial ( ), no início de 1945, Getúlio Dornelles Vargas, começa a abrir o regime: concede anistia aos presos políticos, reforma a legislação partidária e eleitoral, anuncia eleições gerais e convoca uma Assembléia Constituinte. Também patrocina a criação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e do Partido Social Democrata (PSD), por meio dos quais pretende entrar na campanha eleitoral. O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) ensaia lançar o ditador como candidato à sua própria sucessão, manobra que provoca imediata reação entre os adversários do governo. Setores civis e militares articulam um golpe e, em 29 de outubro de 1945, Getúlio Vargas é deposto. Democracia limitada Ministro da Guerra no Estado Novo, o general Eurico Gaspar Dutra elege-se presidente da república pela conservadora União Democrática Nacional (UDN). Toma posse em janeiro de 1946 e em setembro promulga a nova Constituição. De inspiração democrática e liberal, a Constituição (Carta) de 1946 restabelece o Estado de Direito e a autonomia federativa no país (ver Constituições brasileiras). Eurico Gaspar Dutra, no entanto, logo revela os limites políticos e ideológicos da redemocratização. Em 1947, fecha a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT) e intervém em mais de cem sindicatos, acusando-os de focos de agitação operária. Atendendo às reivindicações conservadoras, proíbe os jogos de azar e fecha os cassinos. No mesmo ano, rende-se às pressões norte-americanas, decreta a ilegalidade do Partido Comunista do Brasil (PCB) e cassa os mandatos de seus parlamentares.

17 QUINTA CONSTITUIÇÃO (1946) Promulgada a nova Constituição. A quinta do Brasil e a quarta da República. Constituição baseada (com influência) nas Constituições: norte-americana de 1787, na francesa de 1848 e na alemã, de Weimar, de Manteve o regime representativo, a federação e a república. A melhor Constituição do Brasil. Sofreu a nova lei constitucional, conforme já mencionado, a influência da Constituição (Yanque) de 1787 no princípio da descentralização (federalismo e municipalismo); da Constituição Francesa de 1848, no referente ao corte nas funções (tradição brasileira) do presidencialismo e na transformação dos Ministros de Estado como pessoas politicamente responsáveis e não mais como mero assistente do Presidente. Por último, a Constituição Alemã de Weimar, no tocante a democracia social, por meio das novas medidas do intervencionismo, do planejamento, do sindicalismo, da greve, e outros direitos. Restabelece direito individual e dá direito de voto aos maiores de dezoito anos. Devolve autonomia aos Estados e Municípios e restabelece a interdependência dos Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário). Mantém, porém, a estrutura sindical ligada ao Estado e a possibilidade legal de proibição de greve. EM Emenda nº 4 (Reforma Parlamentarista): Promulgou o Congresso Nacional (por imperativo de urgência) o Ato Adicional, instituindo uma Ordem Semi- Parlamentarista (forma experimental), tendo em vista a renúncia do Presidente da República, Jânio da Silva Quadros, e a oposição feita à posse do Vice- Presidente da República, João Goulart. REVOLUÇÃO DE 31 DE MARÇO DE 64.

18 O Movimento Revolucionário veio recolocar o País no caminho das suas tradições cristãs e democráticas. Foi eleito presidente da república, o marechal Humberto de Alencar Castello Branco. O Movimento Revolucionário foi deflagrado para reorganizar a vida política e administrativa do País. Pretendiam os militares realizar um rápido período de saneamento, ao fim do qual, com certeza, retornaria o País ao seu estado de normalidade constitucional. No início do mês de abril, os Chefes Militares, das três armas, através de Ato Institucional (AI), determinaram regime de emergência, possibilitando as Reformas Constitucionais. REGIME MILITAR DE Regime Militar instaurado pelo golpe de Estado de 1º de abril de 1964 e que se estende até a abertura política, em O plano político é marcado por autoritarismo, supressão dos direitos constitucionais, perseguição policial e militar, prisão e tortura dos opositores, e pela imposição de censura prévia aos meios de comunicação. A crise político institucional, que começa com a renúncia do presidente Jânio da Silva Quadros, em 1961, agrava se durante o governo Goulart, com a radicalização do populismo político de partidos e grupos de esquerda e a dura reação da direita conservadora. Com o apoio dos sindicatos operários, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e do Partido Comunista Brasileiro (PCB), o governo João Belchior Marques Goulart havia mobilizado as massas trabalhadoras em torno das chamadas reformas de base um conjunto de medidas e mudanças que alterariam profundamente as relações econômicas e sociais no país. A perspectiva de concretização dessas reformas leva o empresariado, parte da Igreja Católica, a oficialidade militar e os partidos de oposição, liderados pela União Democrática Nacional (UDN) e pelo Partido

19 Social Democráta (PSD), a acusarem o presidente da república de preparar um golpe comunista. Além disso, responsabilizam-no pelos problemas econômicos, como alta dos preços e desabastecimento. No dia 13 de março de 1964, o governo promove um grande comício em frente à estação ferroviária Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em favor das reformas de base. Os conservadores reagem com uma extensa manifestação em São Paulo, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em 19 de março. A tensão no país cresce, com ataques e acusações de ambos os lados. No dia 31 de março, unidades militares rebelam-se, dando início ao golpe de Estado. Tropas saídas de Minas Gerais e São Paulo avançam sobre o Rio de Janeiro, onde o governo dispõe de apoio nas Forças Armadas. João Goulart recusa-se a jogar o país numa guerra civil e refugiase no Uruguai. No dia 1º de abril, o Congresso Nacional declara a vacância da presidência da república. As autoridades militares assumem o poder. Em 9 de abril é decretado o Ato Institucional nº 1 (AI 1), que suspende as imunidades parlamentares e os direitos políticos, acaba com as garantias de vitaliciedade dos magistrados, com a estabilidade dos funcionários públicos e cassa mandatos (ver períodos que antecederam a Constituição de 1988). EM É baixado o Ato Institucional nº 3 de 1966, que estabelecia eleições indiretas para Governadores, que passaram a ser (indicados) escolhidos pelas Assembléias Legislativas de cada Estado. EM É baixado o Ato Institucional nº 4 de 1966, estabelecendo que o Congresso Nacional é convocado para votar uma nova Constituição para substituir a Constituição de 1946, ou seja, aquela que estava em vigor.

20 PERÍODOS QUE ANTECEDERAM A CONSTITUIÇÃO DE 1988 (POR VONTADE POPULAR LIVRE E SOBERANA) 1º PERÍODO = PRESIDENTE CASTELLO BRANCO ( ) = O general Humberto de Alencar Castello Branco ( ) é eleito pelo Congresso Nacional, Presidente da República, em 15 de abril de Ao assumir o cargo, declara-se comprometido com a defesa da democracia, mas adota logo uma posição autoritária. Decreta três Atos Institucionais, dissolve os partidos políticos e estabelece eleições indiretas para Presidente da República e Governadores de Estado. Cassa mandatos de parlamentares federais e estaduais, suspende os direitos políticos de centenas de cidadãos, intervém em quase 70% dos sindicatos e federações de trabalhadores, demite funcionários. Institui o bipartidarismo com a Aliança Renovadora Nacional (Arena), de situação, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), de oposição. Cria o Serviço Nacional de Informações (SNI), que funciona como polícia política. A contestação ao regime é combatida por um forte esquema de repressão policial e pela censura à imprensa. Em janeiro de 1967, o governo pressiona o Congresso Nacional e aprova uma Constituição que incorpora a legislação excepcional e institucionaliza a ditadura. 2º PERÍODO = PRESIDENTE COSTA E SILVA ( ) = Ministro do Exército de Castello Branco, o general Arthur da Costa e Silva assume a Presidência da República em Em seu governo, cresce a oposição à ditadura. Em meados de 1968, a União Nacional dos Estudantes (UNE) promove no Rio de Janeiro a passeata dos Cem Mil, em protesto contra o regime militar. Ao mesmo tempo, ocorrem greves operárias em Contagem, Minas Gerais, e Osasco, São Paulo. Grupos esquerdistas de luta armada começam a atuar, realizando assaltos para reunir fundos para a guerrilha urbana. O governo é pressionado pelos militares da linha-dura, que defendem o recrudescimento das ações repressivas. Sessenta e oito Municípios (incluindo todas as capitais) são transformados em zonas de Segurança Nacional, em 17 de abril de 1968, e seus Prefeitos passam a ser nomeados pelo Presidente da República. O deputado Márcio Moreira Alves (MDB

21 Guanabara), num discurso na Câmara dos Deputados, convoca a população a boicotar a parada militar de sete de Setembro e o governo pede licença ao Congresso Nacional para processá-lo. O Parlamento nega licença em 12 de dezembro. Na noite de 13 de dezembro, Costa e Silva fecha o Congresso Nacional e decretam o Ato Institucional nº 5 (AI 5). Ao contrário dos Atos Institucionais anteriores, este não tem prazo de vigência e dura até O Ato Institucional nº 5 (AI 5) restabelece o poder presidencial de cassar mandatos, suspender direitos políticos, demitir e aposentar funcionários termina com a garantia do hábeas corpus e reforça a repressão. Outros 12 Atos Institucionais complementares são decretados e passam a constituir o núcleo da legislação do regime. Vítima de um derrame cerebral em agosto de 1969, Costa e Silva morre pouco depois. 3º PERÍODO = GOVERNO DA JUNTA MILITAR ( A ) = O Presidente é substituído temporariamente por uma Junta Militar, formada pelos Ministros Aurélio Lira Tavares (Exército), Augusto Rademarker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica), que impedem a posse do Vice- Presidente, o civil Pedro Aleixo. Quatro dias após a instalação da Junta no poder, os grupos de luta armada Aliança de Libertação Nacional (ALN) e Movimento Revolucionário oito de Outubro (MR-8) seqüestram no Rio de Janeiro o embaixador norte-americano Charles Elbrick. Ele é trocado por 15 presos políticos, mandados para o México. Os militares criam a figura do banimento do território nacional e a pena de morte nos casos de guerra psicológica adversa, ou revolucionária, ou subversiva. 4º PERÍODO = PRESIDENTE MÉDICE (1969 A 1974) = O general Emílio Garrastazu Médice, anunciava a restauração ou a disposição de restaurar a democracia no país. Este anúncio ou intenção, todavia, não foi correspondido por atos efetivos, apesar de ter havido a abertura das Assembléias Legislativas que estavam em recesso. Duas Emendas Constitucionais foram promulgadas: a primeira delas, dispunha sobre as eleições de governadores e Vice- Governadores do Estado no sentido de deixar certo que a escolha seria direta, o que não passou simplesmente de retórica.

22 5º PERÍODO = PRESIDENTE GEISEL (1974 a 1979) = O general Ernesto Geisel enfrenta dificuldades. Desde o seu início foi dificultado, tendo em vista o choque causado pela elevação do preço do petróleo, ocorrido em 1973, o que significou para o país que dependia por completo das importações desse produto e seus derivados, o fim do milagre econômico. A derrota do partido do governo nas eleições de 1974 repercutiu profundamente. Tudo fazia crer que, a perdurar aquele ritmo, o governo perderia o poder em benefício da oposição, contudo, com o intuito de fraudar esse intento, no mês de junho de 1976, foi editada a Lei Falcão que trazia no seu texto uma série de medidas tendentes a manipular o resultado do próximo pleito eleitoral, chagando ao absurdo de limitar o uso da televisão pelos candidatos, tão-somente com a fotografia e um curto curriculum. No auge da situação ocorre a dissolução do Congresso Nacional, abril de 1977, e o Presidente da República editam: 14 Emendas e 6 Decretos, ficando conhecidas essas medidas como o pacote de abril. Novas medidas são baixadas e estas ganham o nome de pacote de junho, as quais compreendiam entre outras a revogação do Ato Institucional nº 5. 6º PERÍODO = PRESIDENTE FIGUEIREDO (1979 a 1985) = O general João Baptista Figueiredo, tomou posse em março de Tal pleito mostrou claramente o evidente crescimento eleitoral da oposição ao regime político militar. Como primeira medida, assina a anistia aos condenados por crimes políticos, porém esta anistia não foi ampla e irrestrita, como se reclamava na época. Em outubro de 1979, dissolvem-se os dois partidos até então existentes: Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Novas regras passam a vigorar, dentre elas, que os partidos deveriam apresentar candidatos a todos os cargos postos em disputa. Proibida as coligações. Estabelecia os votos vinculados, continuava a Lei Falcão. Surgem cinco partidos: Partido Democrático Social (PDS), Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Partido Democrático Trabalhista (PDT) e Partido dos Trabalhadores (PT). Posteriormente em 1982, houve uma modificação eleitoral que, dentre outras medidas, eliminava a Lei Falcão. O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) ainda o principal partido de oposição, ganha de maneira

23 expressiva, fazendo governadores nos Estados mais desenvolvidos. Dai a campanha pelas diretas já. Emenda Dante de Oliveira, não logrou êxito. Eleição para Presidente da República pelo Colégio Eleitoral e em 15 de janeiro de Eleito Tancredo Neves (Presidente da República civil, depois de muito tempo) que por má sorte veio a falecer em 21 de abril de 1985, não tendo sequer tomado posse. 7º PERÍODO = PRESIDENTE JOSÉ SARNEY (José Ribamar Ferreira de Araújo Costa) = Vice-Presidente de Tancredo Neves. Assumiu por sucessão (embora muito discutida). Convoca uma Assembléia Nacional Constituinte, com a Emenda Constitucional nº 26. Instalada em 1º de fevereiro de 1987 (eleições para constituintes ocorreu em 15 de novembro de 1986), eleito para seu presidente o deputado federal Ulisses Guimarães. Dessa data em diante a Assembléia Nacional Constituinte não parou, desenvolveu todo o seu trabalho que culminou com o texto aprovado em 05 de outubro de SEXTA CONSTITUIÇÃO (OU CARTA) DO BRASIL (1967) Nasce a sexta Constituição (ou Carta Constitucional) do Brasil, quinta da República, que passou a vigorar somente a partir de quinze de março do mesmo ano. Outorgada ou Promulgada (uma incógnita). Elaborada (feita) pelo então Ministro da Justiça, Carlos Medeiros Silva (executivo revolucionário através do congresso). Estabelecem no seu texto, eleições indiretas para presidente da república e dá a ele o direito de fazer Emendas Constitucionais. Foi a primeira Constituição brasileira, que não entrou em vigor na data de sua promulgação. Presidente da República (eleição congressual indireta) marechal Artur da Costa e Silva. Emenda nº 1 de 1969 outorgada pelos ministros Militares no exercício da presidência da república, fundamentados nos poderes outorgados pelo AI 5 e pelo AI 16 que declarou a vacância dos cargos de

24 presidente e vice-presidente da república, entrando em vigor a partir de 30 de Outubro de Algumas das alterações: período presidencial de cinco anos; o presidente da república tinha competência para cessar a vigência, por decretos, dos dispositivos constitucionais; eleições indiretas para 1970; a pena de morte, prisão perpétua, banimento ou confisco para os casos de guerra revolucionária ou subversiva; o vice-presidente da república não presidia mais o Congresso Nacional; reestruturado o poder legislativo, na composição e funcionamento; e uma série de outras modificações (aproximadamente cem (100) modificações). EM É baixado o AI nº 5 que modifica a Constituição Federal. Restringiu as prerrogativas do Poder Legislativo e instituiu medidas rigorosas em defesas da ordem constitucional. Determinou o recesso do Congresso Nacional (com base no art. 2º expediu o Ato Complementar nº 38) e posteriormente as Assembléias Legislativas do: Rio de Janeiro, Guanabara, Pernambuco, São Paulo e Sergipe. Foi o mais abrangente e autoritário de todos os Atos Institucionais. DE A É baixado o Ato Institucional nº 12. Junta Ministerial formada pelos Ministros Militares da Marinha (Augusto Hamann Rademaker, natural do Rio de Janeiro carioca ), do Exército (Aurélio Lira Tavares, natural da Paraíba paraibano ) e da Aeronáutica (Márcio de Sousa Melo, natural de Santa Catarina catarinense ), assumindo a Presidência da República por impedimento do então Presidente da República (também militar) Arthur da Costa e Silva. EM É baixado o Ato Institucional nº 16. Declaratória da vacância do cargo presidencial. SÉTIMA CONSTITUIÇÃO (EC Nº 1 DE 1969) DO BRASIL Surge a Emenda Constitucional nº 1 de 1969).

25 Outorgada pela Junta Militar (ministros Militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, que assumiram o poder) no exercício da presidência da república. É denominada de EC nº 1 de Mantém os Atos Institucionais baixados e a partir do AI nº 5 (chamado simplesmente de AI 5). Dá nova redação à Constituição de 24 de Janeiro de Recebeu 27 Emendas. EM EC nº 11. Altera dispositivos da Constituição Federal. Revogou o AI nº 5, criando novas medidas constitucionais, chamadas de salvaguarda constitucional. As medidas de urgência: Estado de sitio e estado de emergência. DIRETAS JÁ - EM Um grande comício (pró-constituinte de 87 por uma Constituinte livre e soberana) pelas diretas-já, em São Paulo, na Praça da Sé. No palanque: Tancredo Neves, Franco Montoro, Ulisses Guimarães, Leonel Brisola, Lula (Luiz Ignácio Silva), Aureliano Chaves, José Sarney e outros. Milhares de pessoas compareceram no evento. EM Na cidade de Ouro Preto, ao pé da estátua de Tiradentes, Tancredo Neves repetiu a frase do alferes se todos quisermos, haveremos de fazer deste país uma grande nação. EM ABRIL DE 1984

26 O Congresso Nacional coloca em votação a Emenda Dante de Oliveira, um dos grandes momentos da maior campanha popular já vista na história do País. Tal Emenda Constitucional tinha como texto principal o imediato reestabelecimento das eleições diretas para a escolha do presidente e do vice presidente da república. Essa Emenda Constitucional também foi assinada por Tancredo Neves. O Governo reagiu rigorosamente. A proposta foi, por mínima diferença de votos, rejeitada, mas, como conseqüência, estilhaçou o esquema partidário sustentador do regime de ELEIÇÃO DE TANCREDO NEVES ( ) Eleito Tancredo Neves e José Sarney (José Ribamar Ferreira de Araújo Costa), respectivamente presidente e vice-presidente da república. Derrotado o candidato oficial do partido que dava sustentação política ao regime (início da Nova República). Em , morre na véspera da posse, o presidente da república eleito pelo Colégio Eleitoral (governador de Minas Gerais) Tancredo Neves. EM Membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, reuniram-se em Assembléia Nacional Constituinte, livre e soberana para realizar uma nova Constituição da República Federativa do Brasil. EM Instalada a Assembléia Nacional Constituinte. O Presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro José Carlos Moreira Alves, anuncia oficialmente a instalação do Congresso (Nacional) Constituinte, composto por 559

27 parlamentares, sendo 487 deputados federais e 72 senadores (3 membros x 24 Estados) EM O deputado federal Ulisses Guimarães é eleito Presidente do Congresso Constituinte (Assembléia Nacional Constituinte) por 425 votos a favor, tendo como contra somente 69 votos. EM O regimento do Congresso Constituinte é aprovado mediante um acordo entre o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), o Partido da Frente Liberal (PFL) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Os trabalhos constitucionais são divididos entre oito comissões temáticas, encarregadas de estudar e apresentar propostas para a nova Constituição, e uma comissão de sistematização, encarregada de redigir o projeto preparado pelas comissões. DE A As oito comissões temáticas: ordem econômica, ordem social, sistema tributário, soberania, organização do Estado, sistema de governo, organização eleitoral, família (mais uma etapa do Congresso Constituinte), são divididas em 24 subcomissões, que ouvem entidades da sociedade civil e discutem um projeto para cada tema. Os cargos nas subcomissões são divididos proporcionalmente entre os partidos. DE A As oito comissões temáticas (em mais uma etapa do Congresso Constituinte) discutem as propostas votadas pelas subcomissões. A duração do mandato presidencial, os direitos trabalhistas, a definição de empresa nacional e a reforma agrária são os temas que provocam maior polêmica no interior das comissões. DE A A comissão de sistematização discute as propostas encaminhadas pelas comissões temáticas e redige um projeto constitucional, que será votado em

28 plenário. A comissão aprova o mandato de quatro anos para o Presidente José Sarney e a reforma agrária em propriedades produtivas que não cumpram sua função social. EM O bloco suprapartidário Centrão (grupo pluripartidário conservador que foi maioria no Congresso Constituinte) consegue aprovar no plenário um projeto que altera o Regimento Interno (RI) do Congresso Constituinte. A proposta permite aos parlamentares a apresentação de novas Emendas ao projeto constitucional elaborado pela comissão de sistematização. DE A É votado (mais uma etapa do Congresso Constituinte) em primeiro turno o projeto da Constituição. O centrão consegue aprovar o mandato de cinco anos para o Presidente José Sarney e impede a reforma agrária em terras produtivas. A esquerda consegue avançar na área de direitos trabalhistas e de nacionalização dos recursos minerais. DE A O projeto constitucional é votado em segundo turno, que se encerra na madrugada do dia dois de setembro. O texto é mantido praticamente sem alterações. Começa o trabalho da comissão de redação, que corrige os erros de linguagem. O texto final é aprovado com: 474 votos a favor, 15 votos contra, 6 abstenções. Não estavam presentes à votação 64 deputados federais. OITAVA CONSTITUIÇÃO = É promulgada a nova Constituição da República Federativa do Brasil, contendo no seu texto: 315 artigos, 596 parágrafos, 946 incisos, 203 alíneas (ou letras), entre disposições permanentes e transitórias.

29 É a oitava Constituição brasileira, sendo a quarta Constituição feita a partir de uma Assembléia Nacional Constituinte (chamada de Constituição popular). PEDIDO DE IMPEACHIMENT AGOSTO 1992 Passeatas em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, e em muitos outros Estados, realizadas por estudantes e outros segmentos da sociedade, pedindo o impeachment do presidente da república. Ainda no mesmo mês, o presidente Fernando Collor de Melo, exaltado, conclama o país a se manifestar, vestindo as cores verdes e amarelas. A resposta veio em seguida. No domingo, todos saíram às ruas vestindo a cor preta. Início do fim do governo Fernando Afonso Collor de Melo. Dias após ( ) os advogados Marcelo Lavenere e Barbosa Lima Sobrinho, respectivamente: presidentes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), acompanhados por milhares de pessoas de todos os tipos e classes, entregam à Câmara dos Deputados o pedido de impeachment do presidente Fernando Afonso Collor de Melo. No mesmo dia, em pronunciamento em rede nacional, o presidente da república fala à nação e afirma que não renunciará ao cargo. Alguns dias após ( ) o pedido do impeachment recebe a aprovação da Câmara dos Deputados, com a seguinte votação: 441 votos a favor do impeachment ; 38 votos contra: 23 ausências e 1 abstenção. Foi uma festa nacional. O povo definitivamente queria (e impunham) o impeachment, ou seja, o afastamento do presidente da república, Fernando Afonso Collor de Melo. Após todas as tentativas, em 28 e 29 de dezembro de 1992 (chamados os dias D ) sem lograr nenhum êxito para o adiamento da sessão do julgamento pelo Senado Federal, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Sydney Sanches, por volta das 09:20 horas, abre a sessão do

30 julgamento. Ato contínuo o advogado de defesa José Moura Rocha, requer o adiamento da sessão. O advogado de acusação Evandro Lins e Silva contradita. O Presidente da sessão nega o requerimento. Aproximadamente 09:30 horas, o advogado de defesa procede à leitura da carta de renúncia assinada pelo seu cliente Fernando Afonso Collor de Melo. A sessão é suspensa. Ato contínuo (imediatamente) o presidente do Senado Federal, senador Mauro Benevides, convoca sessão do Senado Federal para decidir o pedido de renúncia. Após alguns momentos, no plenário, tem início a sessão do Congresso Nacional, onde é declarado vago, pelo presidente do Senado Federal, o cargo de presidente da república. Imediatamente informado, o presidente da república, em exercício, Itamar Augusto Cantieiro Franco é convocado para tomar posse. Terminada a sessão de posse do novo presidente da república, foi reaberta a sessão presidida por Sydney Sanches, verifica a vontade dos senadores quanto ao encerramento ou à continuidade do processo de impeachment, tendo em vista a renúncia de Fernando Afonso Collor de Melo. A defesa defendeu o encerramento do processo. A acusação, a continuidade do processo. Abertos os debates entre os senadores. Votação: 73 votos dos 81 (casa completa) pelo prosseguimento do feito e final do julgamento. Após o trabalho (todas as fases do processo foram realizadas), o resultado: Fernando Afonso Collor de Melo, fica proscrito da vida pública do país, pelo prazo de oito anos. Fim do Governo Fernando Collor. EM Em sessão extraordinária do Congresso Nacional, por volta das 13:00 horas, assume a Presidência da República, por sucessão, Itamar Augusto Cantieiro Franco, que prestou o compromisso (juramento) e assinou o termo de posse, após ter presidido o país, interinamente, por sessenta dias. TRAJETÓRIA DO IMPEACHMENT - EM DEZEMBRO DE 1992

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