ERA VARGAS ( ) Aulas 21, 22 e 23

Transcrição

1 ERA VARGAS ( ) Aulas 21, 22 e 23

2 GOVERNO PROVISÓRIO GOVERNO CONSTITUCIONAL ERA VARGAS ( ) Aula 21

3 GOVERNO PROVISÓRIO Lei Orgânica: A Constituição de 1891 seria mantida até uma nova ser promulgada Alterações nos dispositivos constitucionais Dissolução do Legislativo (Congresso Nacional) e do Executivo (cargos estaduais) Nomeação de Interventores Estaduais (entraria no lugar do Governador Estadual e seria nomeado pelo presidente ) Criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e do Ministério da Educação e Saúde

4 GOVERNO PROVISÓRIO Legislação trabalhista e o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio Com a crise econômica houve uma onde de demissões e substituições por trabalhadores menores de idade Os salários diminuíam e as horas de trabalho aumentavam Com a pressão sindical, criou-se o Ministério e as regulamentações para assegurar os direitos dos trabalhadores

5 GOVERNO PROVISÓRIO Período de corte de gastos e aumento nos impostos Motivos dos cortes: Washington Luís havia deixado uma enorme dívida Queda no preço do café, valor das importações e valor das exportações Governo Federal continuava comprando o café que sobrava (com a crise, o número de café excedente era cada vez mais alto, o que gerava prejuízo ao governo) Tempos depois, o Governo passou a destruir essa grande quantidade de café armazenada

6 GOVERNO PROVISÓRIO São Paulo, 1932: REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA Iniciada em 9 de Julho Possíveis motivos: o Revanchismo da oposição que desejava o poder o Revolução para que existisse uma nova Constituição o Tentativa de separar São Paulo do resto do Brasil (caráter separatista) o Tentativa de tirar Getúlio do poder o Desejavam o fim da intervenção federal nos Estados

7 GOVERNO PROVISÓRIO São Paulo, 1932: REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA Com a morte de 4 estudantes durante uma manifestação, o movimento passou a se chamar M.M.D.C (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) Possuía grande apoio da classe média e sentimento nacionalista Foi marcado pelo enorme número de civis que se alistaram. Foram registradas mais de 1200 baixas Houve, também, um grande número de civis e indústrias que fizeram doações para financiar a revolução

8 GOVERNO PROVISÓRIO São Paulo, 1932: REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA Porém, o a força federal era maior e os revoltosos perderam Foi importante pois, mesmo com a derrota militar, promulgouse uma nova constituição após a eleição dos deputados para a Assembleia Constituinte

9 GOVERNO PROVISÓRIO 1934: Nova Constituição Base: econômica, social; família, educação, cultura e segurança nacional Economia nacionalista: nacionalização das jazidas minerais, minas e quedas-d água Social: Pluralidade e autonomia dos sindicatos Família, educação, cultura: ensino primário gratuito e frequência obrigatória Segurança nacional: tudo seria examinado pelo Conselho de Segurança Nacional e seu presidente (Getúlio)

10 GOVERNO PROVISÓRIO 1934: Nova Constituição Legislativo seria representado pela Câmara dos Deputados e por uma Seção Permanente do Senado Federal (ela deveria fazer valer a Constituição e a coordenação dos poderes) Câmara dos Deputados: dois Senadores de cada estado com eleições de oito em oito anos Representação popular no Legislativo (classes sindicais) Voto feminino Voto secreto

11 GOVERNO PROVISÓRIO 1934: Nova Constituição Justiça do Trabalho o Salário mínimo o Máximo de oito horas de trabalho o Férias anuais remuneradas o Indenização por dispensa sem justa causa o Assistência médica, etc.

12 GOVERNO PROVISÓRIO O primeiro presidente seria eleito pelo Legislativo Dentre vários candidatos, Getúlio é eleito e assume a Presidência da República Início do GOVERNO CONSTITUCIONAL

13 GOVERNO CONSTITUCIONAL Tenentismo foi perdendo o poder e se dividindo No mundo: totalitarismo (sem participação popular e autoridade sem limites para o governante), Mussolini (Itália), Stálin (União Soviética), Nazismo (Alemanha) Democracia liberal e capitalismo perdem apoio com a crise econômica (desigualdade e pobreza) Criação da Hora do Brasil! Grande divergência entre dois partidos: AIB x ANL

14 GOVERNO CONSTITUCIONAL A Hora do Brasil Programa de rádio com transmissão diária obrigatória por todas as emissoras do país entre 19h e 20h Nesse programa, o presidente discursava ao povo e falava sobre os feitos e acontecimentos de seu governo Além das informações cívicas, promovia a cultura com transmissão de músicas de grandes músicos da época, informações sobre arte brasileira, turismo e trabalho

15 GOVERNO CONSTITUCIONAL Ação Integralista Brasileira AIB Direita Líder: Plínio Salgado Lema: Deus, Pátria e Família Fundação: 7 de outubro de 1932 Estado > indivíduo Fascismo Contra o capitalismo financeiro Aliança Nacional Libertadora ANL Esquerda Líder: Luís Carlos Prestes (escolhido por Carlos Lacerda) Fundação: 30 de março de 1935 Suspensão do pagamento das dívidas externas Nacionalização das empresas estrangeiras

16 GOVERNO CONSTITUCIONAL Ação Integralista Brasileira A favor da intervenção do Estado na economia Negava a pluralidade dos partidos e a representação individual Inimigos: liberalismo, socialismo, capitalismo financeiro Só um Estado Forte salvaria o mundo da crise Aliança Nacional Libertadora Nacionalização das empresas estrangeiras Reforma agrária Governo popular Proteção aos pequenos e médios empresários 1934: Prestes entra para o PCB (Partido Comunista Brasileiro)

17 GOVERNO CONSTITUCIONAL Ação Integralista Brasileira Símbolos: Σ (sigma / somatória), braçadeiras, saudação com o braço direito levantado e mão espalmada, Anauê! ( Salve! ) Aliança Nacional Libertadora O PCB fazia parte da ANL 5 de julho de 1935: Lacerda lê um manifesto escrito por Prestes que instigava a derrubada de Vargas

18 GOVERNO CONSTITUCIONAL 1935: INTENTONA COMUNISTA O PCB preparava um golpe militar que derrubaria o governo Cidades: Natal, Recife e Rio de Janeiro Intentona : plano insensato, falho (não surtiu resultado algum) Consequência: aumento da repressão com o pretexto de ameaça comunista

19 GOVERNO CONSTITUCIONAL Após a Intentona, o governo faz um perdido para decretar estado de sítio e de guerra O número de prisões de pessoas aparentemente ligadas ao PCB e à ANL aumenta Intelectuais de esquerda são perseguidos (Ex.: Graciliano Ramos e Jorge Amado Luís Carlos Prestes é condenado e sua esposa, Olga, não consegue o habeas corpus e é deportada e morta na Alemanha A Intentona é vista como o PRIMEIRO pretexto para o futuro Golpe de Estado

20 GOVERNO CONSTITUCIONAL Chega o momento de sucessão presidencial e os candidatos se apresentam, um deles é Plínio Salgado (AIB) Getúlio não estava disposto a abandonar o poder Segundo pretexto para o golpe: o Plano Cohen Suposto golpe comunista, arquitetado por Cohen, que provocaria um massacre O plano não era verídico e era apenas algo que seria publicado em um boletim da AIB Porém, ele se tornou real e foi levado ao Exército Chegou a ser publicado em jornais

21 GOVERNO CONSTITUCIONAL Segundo pretexto para o golpe: o Plano Cohen Chegou a ser publicado em jornais e reproduzido na Hora do Brasil Criou um intenso clima de pânico, fazendo com que o decreto de estado de sítio e guerra fosse aprovado Uma proposta de dissolução da Câmara e do Senado foi levada aos governadores, que aprovaram e assumiram que não era possível realizar eleições naquela situação Os estados que eram contra a dissolução e o Golpe sofreram intervenção militar (SP e RGS), fazendo com que o Golpe fosse antecipado

22 GOVERNO CONSTITUCIONAL Em 10 de novembro de 1937, aconteceu o Golpe e iniciou-se o Estado Novo Líder: Getúlio Vargas

23 SOBRE A MATÉRIA Professora e Coordenadora Natalia Maróstica hbepufabc@hotmail.com Blog:

24 ESTADO NOVO ERA VARGAS ( ) Aulas 22 e 23

25 ESTADO NOVO Período de centralização político-administrativa 10 de novembro de 1937: dissolução do Legislativo e nova Constituição (conhecida como A Polaca por lembrar a ditadura na Polônia) Sem autonomia estadual e partidos Retorno dos Interventores Presidente teria plenos poderes Mandato presidencial: 6 anos Pena de morte (antes, existia apenas em caso de guerra com outros países)

26 ESTADO NOVO Deveria ser feito um plebiscito para aprovar a Constituição e eleições para o Parlamento (não foram realizados)

27 ESTADO NOVO 19 de novembro de 1937: queima de bandeiras estaduais no dia da bandeira 1938: tentativa de golpe pelos Integralistas com o ataque ao Palácio Guanabara ( INTENTONA INTEGRALISTA ) 1939: censura nos meios de comunicação pelo DIP (Departamento de Imprensa) No mundo: Segunda Guerra Mundial ( )

28 PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL Participação junto aos Países Aliados (Principais: União Soviética, Estados Unidos e Reino Unido) Inicialmente o governo brasileiro avaliou quem ofereceria mais ganhos ao país 1935: assinou um acordo comercial com os EUA 1936: assinou um acordo com a Alemanha (visava exportação), que veio a se tornar a principal compradora de algodão brasileiro anos depois Porém, a Alemanha tentava dominar e mandar em todo o comércio

29 PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL Os militares pendiam para o lado alemão, mas Vargas não mostrava posicionamento 1938: as relações entre Alemanha e Brasil se abalam, pois o Brasil vai contra o Integralismo e prende nazistas brasileiros O Brasil começou a se aproximar dos EUA pois viu que poderia extrair vantagens 1941: tropas americanas entram no Brasil, mas ainda não se sentem seguras pois pensam que uma boa parte militar do país estava do lado do Eixo 1942: 5 navios são afundados por submarinos alemães

30 PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL Mais de 20 mil homens lutaram na Itália FEB (Força Expedicionária Brasileira) : força militar brasileira participante da Segunda Guerra Mundial Com os acordos feitos com os EUA, o Brasil conseguiu um impulso para sua desejada modernização

31 ESTADO NOVO Alianças foram feitas para promover a industrialização do país Burocracia civil: buscava industrialização pois acreditava que seria o único meio de atingir a independência econômica do país Militares: buscavam a industrialização pois achavam que a indústria fortaleceria a economia Burguesia industrial junta-se ao governo Getúlio e os Militares: concordavam com a modernização do país pelas via autoritária

32 ESTADO NOVO Na INDÚSTRIA e na ECONOMIA Instalação de uma indústria estatal do aço (pelas Forças Armadas) 1937: política de substituição das importações pela produção interna (indústrias de base, siderúrgica, metalúrgica, petroquímica e de cimento) 1938: criação do Conselho Nacional de Petróleo e nacionalização da produção do mesmo Bancos e companhias de seguros só poderiam funcionar no país se seus acionistas fossem brasileiros

33 ESTADO NOVO Na INDÚSTRIA e na ECONOMIA Empresas estrangeiras deveriam se tornar nacionais 1942: mudança na moeda de mil-réis para cruzeiro 1942: Início da Construção da Companhia Siderúrgica Nacional: Usina de Volta Redonda (financiada por créditos americanos para que se pudesse produzir aço para a Guerra) 1943: promulgação da CLT (Consolidação das Leis de Trabalho)

34 ESTADO NOVO Dia do Trabalho A proximidade de Getúlio e os trabalhadores era vista e mantida pelos eventos realizados e pelos meios de comunicação A partir de 1939, grandes encontros de trabalhadores começaram a ser realizados em estádios Esses encontros contavam com o tradicional discurso de Getúlio, que sempre começava com a frase: Trabalhadores do Brasil

35 ESTADO NOVO 1942: reformas na EDUCAÇÃO Criação do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) Reforma Capanema: reformas na educação promovidas pelo Ministro Gustavo Capanema o A educação deveria servir ao desenvolvimento de habilidades e mentalidades de acordo com os diversos papéis atribuídos às diversas classes ou categorias sociais o Ensino Médio o Ensino de línguas

36 ESTADO NOVO Fim do Estado Novo Surgimento de fortes divergências no interior do governo o Após a entrada do Brasil na Segunda Guerra ao lado dos Aliados (contra o totalitarismo, fascismo, etc), começou-se a explorar as divergências existentes entre a inclinação do Brasil para o lado democrático e a Ditadura Vargas 1943: Manifesto dos Mineiros: com 92 signatários, desejavam o regime democrático capaz de dar segurança e bem-estar ao povo brasileiro Início das mobilizações contra a ditadura o UNE: União Nacional dos Estudantes

37 ESTADO NOVO Fim do Estado Novo (cont.) A oposição apresenta um candidato (Eduardo Gomes) e um ex-ministro de Getúlio critica o Estado Novo Com todas as dificuldades, Getúlio fixa um prazo de 90 dias para que fossem efetuadas eleições Getúlio não iria se candidatar O nome de Eurico Gaspar Dutra é apresentado e ganha força no governo 1945: surgimento dos partidos UDN (União Democrática Nacional), Partido Social Democrático (PSD) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB)

38 ESTADO NOVO Fim do Estado Novo (cont.) 1945: Queremismo o Local inicial: São Paulo (depois se espalhou pelas regiões) o Slogan: Queremos Getúlio o Defesa da permanência de Getúlio na presidência o Se houvesse eleições, desejavam que Vargas se candidatasse o Aparentemente, Vargas tentaria continuar no poder (rumores surgiram com o discurso de Vargas durante o comício dos queremistas em frente ao Palácio Guanabara

39 ESTADO NOVO Fim do Estado Novo (cont.) Outubro de 1945: Vargas tenta colocar seu irmão como chefe de polícia o A atitude foi vista como inicio de uma tentativa de fazer com que Vargas continuasse no poder o Consequência: Vargas é deposto pelo alto comando do Exército e pelo ministro da Guerra, Góes Monteiro

40 ESTADO NOVO Como não havia vice, o presidente do Supremo Tribunal Federal, José Linhares, assume a presidência

41 O LADO ESCURO DE GETÚLIO VARGAS FOLHA:

42 SOBRE A MATÉRIA Professora e Coordenadora Natalia Maróstica hbepufabc@hotmail.com Blog: