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1 Newsletter N.º 1 Dezembro de NEWS LETTER Observatório Constitucional A News Letter é um dos instrumentos de comunicação do Observatório Constitucional. A sua forma é a de uma crónica, isto é, de uma narração de factos e eventos directa ou indirectamente relacionados com o Direito Constitucional durante um espaço de tempo determinado. O seu conteúdo, além de uma apresentação objectiva dos factos e eventos, será crítico no sentido científico da palavra. Assim sendo, fica por determinar o espaço de tempo objecto desta crónica. A norma adoptada é de que a crónica incidirá sobre os factos e eventos pertinentes, ocorridos desde a publicação da última News Letter. Contudo, para a primeira News Letter que ainda não tem nenhum ponto de ancoragem, a escolha será bastante subjectiva e integrará os dez primeiros meses do ano A questão é, pois, o que ocorreu de relevante, durante este período de tempo, no âmbito do Direito Constitucional? Pode-se distinguir dois tipos de eventos que marcaram a actualidade constitucional neste período. Em primeiro lugar, trata-se da continuidade do processo de revisão constitucional (I) e, em segundo lugar, da actividade do Conselho Constitucional que durante, este período, proferiu seis decisões (II). I O processo de revisão constitucional. O processo de revisão constitucional iniciou pouco depois das últimas eleições gerais. A razão principal e objectiva que transpareceu era a consagração de um terceiro mandato para o Presidente da República hoje limitado a dois pela Constituição vigente, sob reserva de que ele se pode candidatar a eleições presidenciais cinco anos após o seu último mandato (n. s 4 e 5 do Artigo 147 da Constituição). Contudo, este projecto, promovido por uma corrente do partido no poder, através das organizações de massa, não foi recebido com muita satisfação na opinião pública. Por um lado, a maioria dos cidadãos não estava favorável a esta reforma e, por outro lado, no seio do próprio partido no poder, esta proposta não fazia, também, a unanimidade. Pois, depois do abandono declarado pelo próprio Presidente da República e louvado pela Chefe da Bancada Parlamentar da Frelimo em Outubro de , a questão tornou-se: como preencher o vazio deixado pelo abandono do projecto inicial? A construção de um novo fundamento à revisão constitucional, que não é uma tarefa fácil nessas circunstâncias, foi bastante dificultado pelo papel emergente e crescente da sociedade civil. Com efeito, o proponente devia não só procurar um novo senso para a sua proposta de revisão constitucional, mas, ao mesmo tempo, tomar em conta, no processo de reconstrução desta, de uma corrente coerente e criativa que difundiu, na opinião pública, ideias novas e realistas, dando, assim, uma amplitude inesperada ao processo de revisão constitucional. Em particular, o Governance and Development Institute (GDI) elaborou uma proposta coerente e abrangente de revisão constitucional que foi promovida em vários debates no território nacional, com a finalidade de despertar o interesse da opinião pública para a revisão constitucional (o Parlamento Juvenil, a Ordem dos Advogados de Moçambique e o CEMO, promoveram, também, debates de interesse sobre esta temática). Contudo, a opção do proponente foi a defensiva e não a busca de oportunidades para construir a sua nova visão (construtiva). Antes mesmo da criação da Comissão Ad Hoc para a revisão da Constituição da República, parece que o 1

2 Projecto de revisão será, segundo a terminologia consagrada pelo partido no poder desde Novembro de 2010, uma revisão não profunda. É bastante estranho conhecer o conteúdo de uma proposta antes da criação do órgão que a deve, formalmente, formular, mas como este processo nasceu na estranheza, nada deve-nos estanhar. O passo seguinte foi a criação da Comissão Ad Hoc para a revisão da Constituição pela Resolução n. 45/2010, de 28 de Dezembro. Desde logo a composição desta levanta muitas inquietações; não em termos de legalidade, mas em termos de legitimidade. Uma Comissão cujos dezasseis membros sobre dezassete pertencem ao partido no poder (o partido Renamo recusou participar neste processo, pois o único deputado da oposição representado na Comissão é um deputado do partido MDM), pode deixar instalar-se questões sobre a sua própria imparcialidade e capacidade a congregar, num processo inclusivo, ideias não partilhadas pelo partido no poder. Pois, desde logo a Comissão Ad Hoc deverá buscar uma legitimidade perdida, através dum diálogo construtivo com a sociedade civil, se não quer partir com a rótula Comissão da Frelimo o que não fica bem num processo de revisão constitucional em que é o consenso mais largo que deve ser atingido, pelo menos, no que concerne às temáticas chaves deste. No presente momento, o aspecto importante que deve ser realçado é o relacionado com o Cronograma da Comissão Ad Hoc. Pode-se ler na Proposta de Relatório de actividades à IV Sessão Ordinária da Assembleia da República que o depósito do Projecto de Lei de Revisão Constituição está previsto para Maio de Quais são as fases anteriores e o que foi realmente realizado até Outubro de 2012? Para uma melhor participação da sociedade civil moçambicana no processo de Revisão Constitucional, a Comissão Ad Hoc definiu o prazo de 12 de Outubro a 12 de Dezembro de 2011 para o depósito das propostas de Revisão da Constituição. Durante o período estabelecido, a Comissão Ad Hoc recebeu, para além da Proposta da Bancada Parlamentar da Frelimo, um total de 7 propostas (Coligação G 12; Partido União dos Democratas de Moçambique; dr. Sérgio Vieira; GDI; dr. Simeão Constantino Cuamba; Grupo de 7 organizações da Sociedade Civil que trabalham na área de terras e recursos naturais; sr. Idalêncio Sitoe). Este procedimento levanta várias questões no que concerne à iniciativa da proposta de alteração da Constituição. De acordo com o n. 1 do Artigo 291 da Constituição: As propostas de alteração da Constituição são da iniciativa do Presidente da República ou de um terço, pelo menos, dos deputados da Assembleia da República. Desde logo, pode-se questionar a natureza do procedimento seguido. Em todo caso, as propostas oriundas da sociedade civil não podem ser qualificadas, nos termos da Constituição, de propostas de alteração, apenas podem ser consideradas como opiniões particulares de pessoas singulares ou colectivas. É por isso que a única proposta que terá um tratamento constitucional será a depositada pelo Partido Frelimo. Assim, quando a primeira acção que consta da Proposta de Programa de Actividades para 2012 consiste em apreciação do conjunto das propostas recebidas (Janeiro a Março de 2012), dúvidas surgem sobre o conteúdo do trabalho da Comissão Ad Hoc durante este período porque a única apreciação será a proposta de alteração do Partido Frelimo como verdadeira proposta no sentido constitucional da palavra e não as outras que são meras opiniões da Sociedade Civil (a Sociedade Civil não tem iniciativa de revisão constitucional). Assim, como vai se conjugar a apreciação de uma proposta verdadeira e opiniões que, logicamente, não podem ser apreciadas nesta fase do processo de revisão constitucional? Para não ferir o processo de revisão constitucional ab initio, a Comissão Ad Hoc deverá ser muito cautelosa com a tentativa de combinar proposta de alteração (Partido Frelimo) e meras opiniões (Sociedade Civil). A segunda fase do Cronograma prevê visitas de estudo na República de África do Sul e a Tanzânia. Em relação à escolha feita, pode-se questionar a sua pertinência. Com efeito, a África do Sul é classificada como regime parlamentar, enquanto a Tanzânia como regime presidencial. Neste contexto, qual foi o interesse da Comissão Ad Hoc para promover visitas nesses dois Estados vizinhos? Será que o Ante-projecto de Lei de Revisão constitucional vai transformar nosso regime presidencialista em regime parlamentar? Não é a opção da proposta de alteração apresentada pelo partido no poder ou será que não terá nenhuma alteração do regime presidencialista actual - revisão não profunda nesta perspectiva, porque visitar um Estado que tem as mesmas características? Turismo constitucional? Em todo caso, a Comissão Ad Hoc apenas foi para a África do Sul e deixou para outra oportunidade a visita para a Tanzânia, o que monstra que essas visitas não eram de uma importância prioritária para o processo de revisão. É a partir da terceira fase do cronograma que os mais graves incumprimentos aparecem. Do mês de Maio a Julho de 2012, o Cronograma prevê a elaboração do Ante-projecto para iniciar o debate público através de seminários, palestras, mesas redondas, programas radiofónicos, etc. em Agosto de Como se pode verificar, pelo menos, em Outubro de 2012, ainda nenhum Ante-projecto foi divulgado e nem se sabe quando o será. Assim, o processo de revisão constitucional tem, pelo menos, 3 meses de atraso e nem se conhece os passos 2 Observatório Constitucional Newsletter Dezembro 2012

3 futuros, depois deste atraso, visto que em Setembro e Outubro de 2012 devia ser feito o tratamento e a sistematização das contribuições dadas a nível nacional, o que levanta a questão central da oportunidade da revisão constitucional. Com efeito, se É oportuno rever a Constituição da República (Edson Macuácua, domingo, 5 de Setembro de 2010) porque já este processo tem, pelo menos, 3 meses de atraso? Será que este processo ainda tem um interesse para o proponente? Em todo caso, outras agendas entraram em linha de conta (Congresso do Partido Frelimo 23 a 28 de Setembro de 2012). O Cronograma não será cumprido tal como foi proposto ( início de elaboração do Projecto de Lei de Revisão da Constituição Novembro e Dezembro de 2012 ; depósito do Projecto de Lei de Revisão Constituição para Maio de 2013 ). Face a esta situação, o Presidente da Comissão Ad Hoc (Eduardo Joaquim Mulémbwè) que fez uma intervenção remarcada por ocasião do acto de lançamento do Processo de Revisão da constituição no dia 12 de Outubro de 2011, poderia, pelo menos, dar à opinião pública algumas informações sobre as causas do atraso e os passos subsequentes do processo de revisão. Resumindo, esta deficiência congénita, isto é, a procura de uma justificação sem ligação com a fundamentação do projecto inicial faz se sentir até hoje pela demora em construir um projecto de revisão coerente e substancial. As suas consequências são expostas claramente à Sociedade Civil: atrasos sem nenhuma justificação, não cumprimento das fases previstas no Cronograma, ausência de visão sobre o conteúdo real do Projecto de Lei de Revisão da Constituição, razões mais do que suficiente para que a Sociedade Civil seja mais atenta às próximas fases do processo de revisão. Para mais informações, consultar: AA. VV., Proposta de Revisão Constitucional para Boa Governação, Benjamin Pequenino, org., Maputo, GDI/Instituto de Apoio à Governação e Desenvolvimento, 2011, 406 p. Gilles Cistac - Editor-Chefe do Newsletter 3

4 II A actividade do Conselho Constitucional. De Janeiro a Outubro de 2012, o Conselho Constitucional proferiu 6 decisões (4 acórdãos e 2 deliberações). Essas serão apresentadas numa ordem cronológica. 1. O Conselho Constitucional iniciou a sua actividade de 2012 com uma Deliberação n. 1/CC/2012, de 6 de Janeiro (B.R., 1 de Fevereiro de 2012, I Série N. 5) relativa à restituição na íntegra, aos cidadãos candidatos às eleições presidenciais de 28 de Outubro de 2009, da caução prestada. Nos termos da alínea f) do n. 2 do Artigo 134 da Lei n. 7/2007, de 26 de Fevereiro: Da declaração de apresentação de candidaturas deve constar o seguinte: caução de cem mil meticais da nova família. A referida caução constitui um dos requisitos formais da apresentação de candidatura e, de acordo com a alínea a) do n. 2 do Artigo 6 da n. 6/2006, de 2 de Agosto, compete ao Conselho Constitucional verificar os requisitos legais exigidos para as candidaturas a Presidente da República. Assim, na referida deliberação o Conselho Constitucional decidiu Restituir na íntegra aos cidadãos mencionados a caução prestada. Uma vez realizados os fins da referida caução, ela deve ser restituída, contudo não se percebe muito bem porque a caução foi restituída 3 anos depois aos candidatos às eleições presidenciais (28 de Outubro de 2009). É certo que a legislação pertinente não impõe ao Conselho Constitucional um determinado prazo para restituir a caução, mas, pode-se legitimamente pensar que uma vez cumprida a sua função (garantia da seriedade da candidatura), ela deve ser restituída, logicamente, depois das eleições presidenciais; pois, 3 anos, não é um prazo razoável para decidir da restituição da caução. 2. O Acórdão n. 01/CC/2012, de 10 de Abril (B.R., 10 de Abril de 2012, 2. Suplemento, I Série N. 14) é o primeiro acórdão do Conselho Constitucional para o ano A questão colocada ao Conselho Constitucional, através do processo de fiscalização concreta da constitucionalidade e da legalidade das normas (alínea a) do n. 1 do Artigo 247 da Constituição), era de saber se a legislação que prevê a participação dos vogais na decisão da matéria de facto, à deliberação por maioria de votos e à proveniência dos vogais que integram os tribunais aduaneiros era constitucional ou não. Antes de se pronunciar sobre esta questão, o Conselho Constitucional averiguou uma questão prévia que se colocou neste processo, a de saber se a inconstitucionalidade das normas levantada pela Juíza remetente a propósito da composição e do funcionamento dos tribunais aduaneiros, nos termos preconizados na lei tinha relevância para o julgamento e decisão do objecto do processo judicial onde foi suscitada. O Conselho Constitucional dando continuidade a uma jurisprudência já bem estabelecida (vide, acórdãos n. 6/ CC/2008, de 7 de Agosto; n. 4/CC/2010, de 7 de Maio; n. 5/CC/2010, de 22 de Julho; n. 7/CC/2009, de 24 de Junho e n. 3/CC/2011, de 7 de Outubro) decidiu a favor da sindicabilidade, em fiscalização jurisdicional concreta, de normas processuais que incidam sobre o tribunal, enquanto pressuposto processual subjectivo. No que concerne ao mérito da questão de inconstitucionalidade suscitada, isto é, a de saber se a integração de vogais na composição do tribunal aduaneiro, seleccionados de entre funcionários da administração aduaneira, assim como a participação dos mesmos vogais nos julgamentos e na decisão da matéria de facto em processos do contencioso aduaneiro, contrariam o princípio constitucional da independência dos vários órgãos de soberania do Estado, plasmado nos artigos 133 e 134 da Constituição, o Conselho Constitucional não declarou a inconstitucionalidade das normas questionadas. A referida jurisdição construiu a sua fundamentação sobre, entre outras, a existência de uma competência partilhada no processo de selecção e nomeação dos vogais (selecção pelo Director-Geral das Alfândegas, opinião do Ministro das Finanças e nomeação pelo Presidente do Tribunal Administrativo) e fez prevalecer o último acto do processo, o da nomeação pelo Presidente do Tribunal Administrativo como um dos seus fundamentos da sua decisão. Mas será que esta nomeação é suficiente para garantir a imparcialidade ( não serem parte ) do vogal visto o seu perfil profissional de origem. Não é fácil apagar um perfil de vários anos de obediência a uma máquina administrativa bastante hierarquizada onde o funcionário/vogal integrou reflexos condicionados em matéria de defesa dos interesses da administração aduaneira mesmo se não é mais elemento da Administração activa. O Juiz Constitucional apenas olhou para a vertente formal, negligenciando a vertente material da questão. Por outras palavras, será que não pode surgir uma dúvida razoável sobre a imparcialidade do vogal quando estão em causa, no processo que este deve julgar, os interesses da administração aduaneira? Será que a fase preparatória da nomeação, exclusivamente sob o controlo do Ministério das Finanças, não condicionada a fase da nomeação efectiva do vogal? Será que a nomeação legalmente prevista (nomeação pelo Presidente do Tribunal Administrativo) garante suficientemente a imparcialidade do vogal? A aparência de independência é, também, importante para assegurar a confiança do público na jurisdição aduaneira. Um estudo sobre como julgaram os vogais, através da análise dos processos aduaneiros, poderia 4 Observatório Constitucional Newsletter Dezembro 2012

5 dissipar legitimas dúvidas. Em todo caso, o procedimento de nomeação vigente deve ser revisto para oferecer melhores garantias. Finalmente, no acórdão in fine, o Conselho Constitucional esclareceu um aspecto importante do âmbito da fiscalização concreta, é que esta forma de controlo é exclusivamente reservada aos acórdãos e outras decisões com fundamento na inconstitucionalidade e não na ilegalidade (interpretação estrita da alínea a) do n. 1 do Artigo 247 da Constituição). Assim, pertence ao Procurador- Geral ou ao Ministério Público solicitar a apreciação abstracta da ilegalidade das normas cujo Juiz Constitucional decidiu não tomar conhecimento (Artigo 74 da Lei n. 6/2006, de 2 de Agosto). 3. No Acórdão n. 02/CC/2012, de 10 de Abril (B.R., 10 de Abril de 2012, 2. Suplemento, I Série N. 14), num processo de fiscalização concreta da constitucionalidade e da legalidade das normas (alínea a) do n. 1 do Artigo 247 da Constituição), promovido pela 2ª Secção do Tribunal Aduaneiro da Cidade de Maputo, o interesse da decisão do Conselho Constitucional reside no facto de ter contribuído, através da análise de uma questão prévia, em precisar o âmbito da formulação recusa de aplicação de qualquer uma norma que consta da alínea a) do n. 1 do Artigo 247 da Constituição. Será que houve desaplicação, por parte do tribunal remetente, de uma norma com base na sua inconstitucionalidade? O Conselho Constitucional conclui pela negativa e decidiu não conhecer do pedido de fiscalização concreta da constitucionalidade. Como o juiz Constitucional chegou a esta conclusão? Para o Conselho Constitucional um despacho pelo qual um tribunal recusa a aplicação de uma norma não tem a virtualidade de surtir o efeito de recusa em aplicar a Lei, ou seja, não pode ter a natureza de decisão judicial pela qual se tenha recusado a aplicação de uma norma. É da existência de dois actos o despacho de recusa de aplicação de norma e os acórdãos de duas jurisdições (tribunal a quo e tribunal a quem) que não se pronunciaram, formalmente, sobre a inconstitucionalidade de normas que nasceu a questão prévia da competência do Juiz Constitucional. Resulta claro que a natureza do objecto da remessa ao Conselho Constitucional é, exclusivamente, uma decisão judicial com fundamento na inconstitucionalidade, o que não era o caso no referido processo (despacho de recusa de aplicação de uma norma). Contudo, restará ao Conselho Constitucional esclarecer melhor, numa jurisprudência posterior, o que são as outras decisões que não são acórdãos que constam do n. 1 do Artigo 247 da Constituição e que são sujeitas a remessa, nos termos da referida disposição constitucional. 4. A Deliberação n. 01/CC/2012, de 3 de Maio (B.R., 3 de Maio de 2012, Suplemento, I Série N. 18) é de um grande interesse doutrinal para os administrativistas, no que concerne à noção de Poder disciplinar. Os factos eram os seguintes: uma funcionária do Conselho Constitucional pediu a autorização, ao Presidente da referida jurisdição, de frequência do curso de formação de magistrados judiciais; o Presidente do Conselho Constitucional indeferiu o pedido e a Recorrente recorreu para o Plenário do Conselho Constitucional, nos termos da alínea j) do n. 1 do Artigo 29 da Lei n. 6/2006, de 2 de Agosto. O referido processo levantou, liminarmente, um problema agudo de competência do Plenário do Conselho Constitucional. Com efeito, de acordo com alínea j) do n. 1 do Artigo 29 da Lei n. 6/2006, de 2 de Agosto compete ao Presidente do Conselho Constitucional dar posse ao pessoal do Conselho Constitucional e exercer sobre ele o poder disciplinar, com recurso para o Plenário do Conselho Constitucional. Nesta perspectiva, a questão a solucionar era de saber se o acto administrativo recorrido (indeferimento do pedido de autorização de frequência do curso) subsumia-se no âmbito do poder disciplinar do Presidente do Conselho Constitucional. Se partilha-se a distinção feita pelo Conselho Constitucional entre o poder disciplinar no sentido lato (o poder de disciplina na instituição no seu todo ou gestão administrativa do Conselho Constitucional - alínea g) do n. 1 do Artigo 29 da Lei n. 6/2006, de 2 de Agosto) e o poder disciplinar no sentido estrito (efectivação da responsabilidade disciplinar nos casos de violação dos respectivos deveres profissionais); não se pode partilhar as mesmas conclusões a que nobre jurisdição chegou. O poder disciplinar que consta da alínea j) do n. 1 do Artigo 29 da Lei n. 6/2006, de 2 de Agosto não é o poder disciplinar no sentido lato, mas, sim, o poder disciplinar no sentido restrito. O Conselho Constitucional fez uma interpretação bastante extensiva das palavras poder disciplinar que constam da alínea j) do n. 1 do Artigo 29 da Lei n. 6/2006, de 2 de Agosto, incluindo o sentido lato enquanto a referida alínea apenas contempla o sentido estrito ( exercer sobre ele (o pessoal) o poder disciplinar ). Contrariamente, à alínea j) do n. 1 do Artigo 29 da Lei n. 6/2006, de 2 de Agosto, conjugado com a com alínea g) do n. 1 do Artigo 29 da Lei n. 6/2006, de 2 de Agosto, não consta nenhum recurso para o Plenário do Conselho Constitucional. Nesta perspectiva, a formação de um funcionário subsume-se na gestão administrativa da instituição (poder disciplinar lato sensu) e, consequentemente, não manifesta nenhuma efectivação da responsabilidade do referido funcionário (poder disciplinar estrito sensu); desejar formar-se não é uma violação de deveres profissionais. De jure, a recorrente cometeu um erro recorrendo para o Plenário do Conselho Constitucional. O acto administrativo 5

6 praticado pelo Presidente do Conselho é um acto definitivo e executório e como tal recorrível para o Plenário do Tribunal Administrativo, nos ternos da alínea a) do n. 1 do Artigo 27 da Lei n. 25/2009, de 28 de Setembro sob reserva da reclamação à autoridade que praticou o acto sempre possível. No âmbito da alínea j) do n. 1 do Artigo 29 da Lei n. 6/2006, de 2 de Agosto são apenas os actos praticados pelo Presidente do Conselho Constitucional no exercício do seu poder disciplinar estrito sensu, isto é, os que sancionam a violação de um dever profissional dum funcionário que beneficiam desta garantia graciosa i.e., do recurso para o Plenário do Conselho Constitucional. Em conclusão, não competia ao Conselho Constitucional conhecer deste recurso por incompetência em razão da matéria. Em todo caso, visto a natureza da decisão do Plenário do Conselho Constitucional que não é jurisdicional (é um acto meramente administrativo), no âmbito da alínea j) do n. 1 do Artigo 29 da Lei n. 6/2006, de 2 de Agosto, o recurso para o Plenário do Tribunal Administrativo é sempre possível. 5. O Acórdão n. 3/CC/2012, de 9 de Maio (B.R., 10 de Maio de 2012, 5. Suplemento, I Série N. 19) valida os resultados da eleição intercalar do Presidente do Conselho Municipal de Inhambane, realizada no dia 18 de Abril de 2012 e proclama eleito Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Inhambane, o cidadão Benedito Eduardo Guimino. O plano do acórdão do Conselho Constitucional obedece a uma sequência já bem estabelecida que corresponde grosso modo à cronologia de uma eleição (enquadramento jurídicoconstitucional e legal, marcação da eleição, actualização do recenseamento eleitoral, apresentação e admissão de candidaturas, campanha e propaganda eleitoral, votação e apuramento, contencioso e ilícitos eleitorais, comunicação social e observação eleitoral, resultados do apuramento geral da eleição e decisão). Contudo, são apenas algumas dessas fases que, do ponto de vista jurídico, têm um interesse porque o Conselho Constitucional decidiu afirmar uma posição de relevo e destacar aspectos que considerou como importantes. Na fase da marcação da eleição, dois aspectos devem ser realçados. O primeiro é relativo a uma interpretação contra legem ( por equívoco do legislador ) do n. 3 do Artigo 60 da Lei n. 2/97, de 18 de Fevereiro. O referido artigo foi objecto de uma alteração devido a aprovação da Lei n. 15/2007, de 27 de Junho que modifica, entre outros, os prazos estabelecidos no que concerne ao prazo da marcação da eleição intercalar e a da realização da eleição só que na última situação o legislador reformulou completamente o enunciado no que concerne o início da contagem da data da realização da eleição; na formulação antiga era a partir da data da marcação e na nova versão o prazo conta a partir da data da dissolução dos órgãos deliberativos das autarquias locais; como referiu com justa razão o Conselho Constitucional, o legislador esqueceu que tinha revogado o n. 2 do Artigo 30 da Lei n. 2/97 de 18 de Fevereiro que relacionava a dissolução da Assembleia autárquica e termo do mandato do Presidente do Conselho Municipal ou da Povoação. A dissolução da Assembleia Municipal não põe em causa a continuidade do mandato do Presidente do Conselho Municipal, não havendo, deste modo, eleição intercalar para este cargo imposta por aquela dissolução. A linguagem do legislador perfeita na aparência, revelou-se inexacta e o Conselho Constitucional corrigiu o engano do legislador. Não é apenas o legislador que estava distraído, o Conselho Constitucional demonstrou que, o Conselho de Ministros também o estava, pelo facto de ter usado o instrumento da resolução enquanto o acto jurídico mais apropriado era o decreto; é o segundo aspecto relevante que surge da parte do acórdão relacionada à marcação da eleição. A demonstração do Conselho Constitucional é de extremo interesse porque esclarece a natureza jurídica dos dois instrumentos. Porque o acto de marcação de eleições reveste uma natureza normativa, na medida em que exprime um comando geral e abstracto que regulamenta a execução da Lei Eleitoral que a sua forma é a do decreto e, consequentemente, o Conselho Constitucional recomendar que no futuro se observe com rigor a forma legal de exteriorização dos actos jurídicos atinentes ao processo eleitoral. Na parte do acórdão consagrada à actualização do recenseamento, o Conselho Constitucional focou um aspecto que já tinha tido a ocasião de desenvolver no Acórdão n. 4/CC/2011, de 22 de Dezembro sobre a Validação e Proclamação dos Resultados das Eleições Autárquicas Intercalares de 7 de Dezembro de 2011, o da actualização do recenseamento eleitoral. Com efeito, os resultados da actualização do recenseamento eleitoral não reflectem as eliminações de eleitores transferidos do Município, abrangidos pelas incapacidades eleitorais e falecidos. Uma vez mais, o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral não procedeu, por razões desconhecidas, à eliminação de inscrições nos cadernos de recenseamento eleitoral, contrariamente ao previsto nos n. s 1 e 2 do Artigo 32 da Lei n. 9/2007, de 26 de Fevereiro. 6. O Acórdão n. 4/CC/2012, de 5 de Setembro, é a culminação de uma série de eventos que foram bastante reportados na imprensa nacional e local em relação a determinadas declarações do Comandante Geral da Polícia (vide, em particular, os comentários do Bastonário da Ordem dos Advogados no Savana ). O objecto do pedido consistia na questão da inconstitucionalidade das alíneas e) 6 Observatório Constitucional Newsletter Dezembro 2012

7 e f) do Artigo 9 do Regulamento da Polícia Popular de Moçambique, que previam, respectivamente, as penas de prisão disciplinar simples e de prisão disciplinar agravada, como sanções aplicáveis aos membros da polícia. O impulso ao processo foi da autoria do Procurador-Geral da República. Apesar dos erros cometidos pelo Procurador-Geral da República (erro quanto à espécie de processo de fiscalização e erro quanto ao objecto da fiscalização) o que questiona o seu grau de conhecimento em Direito Constitucional (bastante preocupante), o Conselho Constitucional declarouse competente e decidiu não conhecer do mérito do pedido. Como o Conselho Constitucional chegou a esta conclusão? É a análise da questão prévia relacionada com a situação da vigência das normas impugnadas que dá a solução. Nos termos do disposto da parte final do n. 1 do Artigo 245 da Constituição, a fiscalização sucessiva abstracta da constitucionalidade e da legalidade sobre normas que estejam em vigor. Por isso, o Conselho Constitucional, logicamente, verificou se ainda estavam em vigor as normas das alíneas e) e f) do Artigo 9 do Regulamento Disciplinar da Policia Popular de Moçambique. Partindo do disposto no Artigo 80 do Decreto n. 28/99, de 24 de Maio que aprova o Estatuto do Polícia e dispõe: o membro da PRM goza de todos os direitos, liberdades e garantias reconhecidos aos demais cidadãos, sem prejuízo das restrições previstas por lei, o Conselho Constitucional conclui, com justa razão, que as medidas privativas da liberdade aplicáveis aos membros da PRM eram manifestamente contrárias ao conteúdo normativo do referido artigo, pelo que, não se lhe devem ser cominadas sanções disciplinares que impliquem privação da sua liberdade, sanções estranhas ao regime disciplinar da função pública, aplicáveis, nos termos da lei, aos cidadãos que sejam funcionários e agentes do Estado. Restava a analisar a última parte do Artigo 80, isto é, se as normas disciplinares subsumiam-se no conceito de restrições previstas pela lei. Contudo, a dúvida permanecia de saber se, como defendia a PRM a aplicação das medidas de prisão ou detenção disciplinar nas Forças de Defesa e Segurança constitui(a) um indispensável instrumento de operacionalização da coesão, disciplina, obediência hierárquica e devoção ( ) contribuindo de uma forma sublime para a garantia da disciplina e ordem no seu seio. Partindo deste pressuposto podia se defender que as medidas disciplinares contestadas constituíam restrições previstas na lei. O Conselho Constitucional afastou esta argumentação, conjugando o disposto no n. 3 do Artigo 56 da Constituição que dispõe: a lei só pode limitar os direitos, liberdades e garantias, nos casos previstos na Constituição e a própria natureza da norma contestada que era um diploma ministerial e não uma lei no sentido formal. Assim, as normas regulamentares contestadas não podiam subsumir-se no Artigo 80, in fine do Decreto n. 28/99, de 24 de Maio. Consequentemente, as medidas privativas da liberdade estatariam revogadas na data de entrada em vigor daquele Estatuto, por contrariarem o regime do gozo dos direitos, liberdades e garantias aos membros da PRM. Isto levanta, desde logo, uma questão de responsabilidade civil do Estado pela violação por aplicação das alíneas e) e f) do Artigo 9 do Regulamento Disciplinar da Policia Popular de Moçambique desde dos direitos, liberdades e garantias dos membros da PRM que sofreram este prejuízo. Sem dúvida os que sofreram prejuízos pela privação da sua liberdade, entre outros, podem processar o Estado e responsabilizá-lo por isso. Um aspecto importante dos efeitos colaterais da revogação, sublinhado pelo Conselho Constitucional, é de que não se restringe apenas as referidas alíneas do Artigo 9 mas estendem-se às disposições normativas do Regulamento tendo uma conexão material imediata com as disposições das alíneas e) e f) do Artigo 9 o que implica, também, a revogação dos artigos 13, 14, 23 e 24 do Regulamento Disciplinar da Policia Popular de Moçambique. Assim sendo, o Conselho Constitucional não podia conhecer da constitucionalidade ou não de normas jurídicas não vigente daí a inutilidade duma decisão de mérito sobre a sua eventual inconstitucionalidade. A nota final do Acórdão do Conselho Constitucional é dirigida a Administração Pública em geral bem como ao Ministério Público como controlador da legalidade (Artigo 236 da Constituição), no sentido de fazer perceber a essas instituições o esforço de actualização permanente dos actos normativos infra-constitucionais, por forma a compatibilizá-los com os valores e princípios da ordem constitucional vigente em cada momento. Para ter acesso às decisões do Conselho Constitucional, consultar: Sobre a jurisprudência eleitoral do Conselho Constitucional, consultar: CISTAC, Gilles, Manual Prático de Jurisprudência Eleitoral, Maputo, Escolar Editora, 2011, 90 p. Bibliografia recente a consultar: AA. VV., Estudos de Direito Constitucional Moçambicano Contribuições para Reflexão, Maputo, Centro de Formação Jurídica e Judiciária, Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique e Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane, 2012, 511 p. 7

8 FICHA TÉCNICA Propriedade e edição: GDI - Governance and Development Institute Av. 24 de Julho, nº 3737, 1º Andar, Flat 5 P.O. Box. 889 Maputo Moçambique Tel: Telefax: geral@gdi.org.mz Coordenador: Benjamim Pequenino Editor-Chefe: Gilles Cistac Periodicidade: Trimestral Layout e maquetização: Zowona Comunicação e Eventos Financiamento: 8 Observatório Constitucional Newsletter Dezembro 2012

CONSTITUIÇÂO DA REPÚBLICA PORTUGUESA. (texto integral) Tribunais SECÇÃO V CAPÍTULO I. Princípios gerais. Artigo 202. (Função jurisdicional)

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