UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE SISTEMÁTICA E ECOLOGIA CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE SISTEMÁTICA E ECOLOGIA CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ANA ELIZABETH DIAS DA SILVA PERCEPÇÃO AMBIENTAL E OTIMIZAÇÃO DO USO DOS RECURSOS PESQUEIROS POR PESCADORES ARTESANAIS NO MUNICÍPIO DE LUCENA, PB João Pessoa

2 ANA ELIZABETH DIAS DA SILVA PERCEPÇÃO AMBIENTAL E OTIMIZAÇÃO DO USO DOS RECURSOS PESQUEIROS POR PESCADORES ARTESANAIS NO MUNICÍPIO DE LUCENA, PB Monografia apresentada ao Curso de Ciências Biológicas do Centro de Ciências Exatas e da Natureza da Universidade Federal da Paraíba, para obtenção do Grau de Bacharel em Ciências Biológicas Orientadora: Profª. Dra. Mª Cristina B. Crispim João Pessoa

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4 ANA ELIZABETH DIAS DA SILVA PERCEPÇÃO AMBIENTAL E OTIMIZAÇÃO DO USO DOS RECURSOS PESQUEIROS POR PESCADORES ARTESANAIS NO MUNICÍPIO DE LUCENA, PB Aprovada em: / / Monografia apresentada ao Curso de Ciências Biológicas do Centro de Ciências Exatas e da Natureza da Universidade Federal da Paraíba, para obtenção do Grau de Bacharel em Ciências Biológicas BANCA EXAMINADORA Profª. Dra. Mª Cristina B. Crispim Orientadora DSE/UFPB Ms. Jane E. R. Torelli de Souza Co-orientadora DSE/UFPB Profª. Dra. Maristela Oliveira de Andrade Membro DCS/UFPB Ms. Flávia Martins F. de Oliveira Membro DSE/UFPB Ms. Ana Maria A. de Medeiros Membro DSE/UFPB 4

5 Dedico, A Deus, Aos meus pais e irmãos, Ao meu esposo, Eduardo 5

6 AGRADECIMENTOS A Deus, por me manter forte mesmo nos momentos mais difíceis; À minha mãe Bernadete, exemplo de vida, que embora não esteja mais entre nós, sempre esteve viva em meus pensamentos e meu coração; Ao meu pai Valdo, homem forte e generoso, que sempre me incentivou a seguir em frente; Às minhas irmãs Isabelle e Martha, e ao meu irmão Paulo, a quem amo muito e com quem dividi os melhores momentos da minha vida; Ao meu esposo Eduardo, com quem estou construindo uma nova vida, pela compreensão nos momentos difíceis durante a caminhada; Às minhas amigas Géssica, Rebecca e Layanna, pelos almoços, trabalhos, horas de estudo e descontração compartilhados; Às minhas Orientadoras Profª Dra. Maria Cristina Crispim e Ms. Jane Torelli, pelos valiosos conhecimentos compartilhados durante este estudo e por acreditarem no meu potencial; Aos colegas do Laboratório de Ecologia Aquática/ Laboratório de Peixes Biodiversidade e Cultivo, Aline, Gabriela, Rafael e Fabiana, pela colaboração durante a realização deste estudo; Aos pescadores artesanais envolvidos no trabalho, pela atenção e interesse demonstrados; À PRAC/UFPB e ao CCEN e o Departamento de Sistemática e Ecologia pelo apoio logístico; À Prefeitura Municipal de Lucena, pela concessão do espaço físico, material de consumo e equipamentos; Ao SEBRAE, pela aquisição dos insumos utilizados no processamento e beneficiamento do pescado. E a todos que, mesmo indiretamente, contribuíram para a concretização deste momento. 6

7 A terra pode oferecer o suficiente para satisfazer as necessidades de todos os homens, mas não a ganância de todos os homens. Mahatma Gandhi 7

8 RESUMO A degradação do meio ambiente pela ação do homem traz modificações rápidas e de grande impacto para a natureza. Tais mudanças, decorrentes das necessidades humanas, especialmente alimentares, estão afetando profundamente a qualidade de vida. O modo como o homem percebe o ambiente do qual faz parte é o ponto principal para a adoção de medidas que proporcionem o uso racional dos recursos naturais. Objetivou-se com este trabalho analisar a percepção ambiental dos pescadores artesanais e seus familiares, estimulando a otimização do uso do recurso pesqueiro, no município de Lucena, PB, para o desenvolvimento da sustentabilidade na região. O estudo foi realizado em duas comunidades distintas, no período de agosto a dezembro de 2008 com 20 pescadores artesanais e familiares da praia de Lucena, PB, e no período de março a dezembro de 2009 com 17 pescadores e /ou agricultores residentes nos assentamentos Estiva de Geraldo e Oiteiro e das praias de Fagundes e Lucena, PB. Os atores das duas comunidades foram mobilizados para o conhecimento das atividades propostas e posteriormente foram entrevistados a partir de questionários pré-formulados, onde foram registrados os aspectos sócio-econômicos, assim como o conhecimento pré-existente sobre o meio ambiente. O aprimoramento da percepção ambiental para os atores envolvidos foi realizado através de uma apresentação de filmes temáticos seguido por debates e discussões, bem como através de aulas expositivas com temas relacionados aos órgãos dos sentidos, período de defeso e espécies em extinção. Para a orientação dos pescadores acerca da melhor utilização do pescado, foi apresentado aos participantes um fluxograma adaptado que continha as etapas do processamento e beneficiamento do pescado, seguida da aplicação das técnicas anteriormente descritas, fazendo uso de diversos materiais para a formulação dos filés e outros subprodutos, com o acompanhamento através de apostilas editadas pela equipe do projeto. Os resultados obtidos mostraram que as comunidades analisadas apresentaram perfil socioeconômico e cultural diferenciado, os pescadores artesanais e familiares da comunidade da praia de Lucena foram representados por indivíduos na sua maioria do sexo masculino, com idades entre 18 e 25 anos, e com grau de escolaridade do Ensino Médio completo, enquanto que os das comunidades dos assentamentos de Estiva de Geraldo e Oiteiro, bem como das praias de Lucena e Fagundes, município de Lucena, PB, foram representados em sua maioria por homens, com idades entre 30 e 55 anos, com grau de escolaridade do Ensino Fundamental completo. Apesar das comunidades envolvidas apresentarem graus de escolaridade diferentes, registrou-se que os atores possuem um conhecimento prévio sobre a sua inserção no meio ambiente, e após as atividades realizadas melhoraram a percepção ambiental, apresentando ações no seu cotidiano como forma de ampliar a sua consciência ecológica, minimizando a degradação da natureza e se tornaram habilitados para o melhoramento do uso do pescado na região. Palavras-chave: Percepção ambiental, Pescadores artesanais, Processamento e beneficiamento do pescado. 8

9 ABSTRACT The environmental degradation, by man action brings fast and deep changes in the ecosystems. Those changes, due human needs, specially feeding ones, are affecting deeply the life quality. The way the man feels the environment, from which he belongs, is the main point for the adoption of methodologies for the use of natural resources in a rational way. The aim of this work was to analyze the environmental perception of fishermen and their families, stimulating the optimization of fish resources use, in Lucena municipality, Paraíba, aiming the sustainable development of the region. The study was developed in two different communities from august to December of 2008 to 20 fishermen in Lucena beach and from march to December 2009 to other 17 fishermen and/or farmers, living in Estiva do Geraldo and Oiteiro Settlements and Lucena and Fagundes beaches. The people evolved in the project were mobilized to the knowledge of the proposed activities and later were interviewed through preformulated questionnaires, where socioeconomic aspects, as well the previous environmental knowledge were registered. The improvement of environmental perception to the people evolved was realized through a thematic movie presentation followed by debates discussion, as well expositive lectures related to the human feeling organs, closed season and biodiversity extinction subjects. For the guidance of the fishermen about the best use of the fish, were presented to the participants a flowchart that contained suitable processing and benefit steps of fish, followed by the application of techniques formerly described, using the material for the formulation of fillets and other products with accompanying booklets edited by the project team. The obtained results showed that the analyzed communities presented a different socioeconomic profile, the fishermen community of Lucena were represented specially by males, between 18 and 25 years old and with a complete high school education, while the communities of the settlements of Estiva do Geraldo e Oiteiro, Lucena and Fagundes beaches, were represented as well especially by males but older, from 30 to 55 years old with complete basic education. Nevertheless the two communities show a different education degree, it was observed that both have a previous knowledge about their insertion in the environment, and after the activities carried out, have improved the environmental perception with better action in their daily life as a way to expand their environmental awareness, minimizing the degradation of nature and became empowered to improve the use of the fish in the region. Key-words: Environmental perception, artisanal fishermen, fish processing and beneficiation. 9

10 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Fluxograma utilizado como referência para a execução do processamento e beneficiamento do pescado...21 Figura 2 - (A) Proporção entre os gêneros dos participantes residentes na praia de Lucena. (B) Faixa etária. (C) Tempo de ocupação dos participantes com a pesca...22 Figura 3 - (A) Proporção entre os gêneros dos participantes residentes no assentamento Estiva de Geraldo. (B) Faixa etária. (C) Tempo de ocupação dos participantes com a pesca...23 Figura 4 - Conhecimento prévio da percepção ambiental dos pescadores residentes na praia de Lucena. (A) Interesse por assuntos relacionados com o meio ambiente. (B e C) Responsabilidade individual e da sociedade por danos causados ao meio ambiente, segundo os participantes...24 Figura 5 - Respostas dos participantes residentes no assentamento Estiva de Geraldo, às perguntas feitas por meio de questionário (A, B e quem causa os danos ao ambiente C)...25 Figura 6 - (A) Participantes da Praia de Lucena e (B) do assentamento Estiva de Geraldo afirmam que a poluição ambiental tem afetado a saúde da população local...25 Figura 7 - (A) Relação entre crescimento socioeconômico e prejuízo ambiental para participantes da Praia de Lucena e (B) do assentamento Estiva de Geraldo, município de Lucena, PB...26 Figura 8 - (A) Relação entre as comunidades referentes à influência dos problemas ambientais na produção do pescado participantes da Praia de Lucena e (B) do assentamento Estiva de Geraldo, município de Lucena, PB...26 Figura 9 - (A e B) Debate e discussão sobre percepção ambiental com pescadores artesanais. (C) Aula de campo na praia de Lucena, PB Figura 10 - (A) Momento da confecção dos desenhos pelos participantes. (B) Desenho inicial e (C) desenho final de um dos atores, mostrando o melhoramento da percepção ambiental dos pescadores artesanais da praia de Lucena, PB...27 Figura 11 - (A) Discussão sobre temas ambientais com participantes do assentamento Estiva de Geraldo, município de Lucena, PB. (B) Desenho representando a visão ambiental de um dos participantes

11 Figura 12- (A e B). Apresentação dos pescadores na peça sobre percepção ambiental na praia de Lucena, PB...28 Figura 13 - Espécies de peixes utilizadas para o processamento e beneficiamento pelos pescadores artesanais da praia de Lucena, PB. (A) Opisthonema oglinum Lesieur, 1818 (sardinha); (B) Mugil incilis (tainha); (C) Isopisthus parvipinnis (pescadinha)...29 Figura 14 - Espécies selecionadas pelos atores para a piscicultura. (A) Tilápia nilótica (O. niloticus). (B) Carpa comum (C. carpio), cultivadas em sistema de policultivo nos viveiros do assentamento de Estiva de Geraldo, município de Lucena, PB...29 Figura 15 - Etapas do processamento do pescado realizado pelos pescadores artesanais da praia de Lucena. (A) Evisceração. (B) Retirada da pele. (C e D) Obtenção dos filés de peixe...30 Figura 16 - (A) Separação dos ingredientes a serem utilizados na formulação dos produtos beneficiados. (B) Fishburguer. (C) Almôndegas de peixe. (D) Linguiças de peixe...31 Figura 17 - Produtos do processamento e beneficiamento do pescado cultivado no assentamento Estiva de Geraldo, município de Lucena, PB. (A) Filés. (B) Fishburguer. (C) Lingüiça de peixe...31 Figura 18 -(A e B) Avaliação da equipe, segundo os participantes do estudo...32 Figura 19 - (A e B). Cuidados e dificuldades encontrados durante a execução do processamento e beneficiamento do pescado, segundo os participantes

12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Percepção ambiental Otimização do uso dos recursos pesqueiros OBJETIVOS Objetivo Geral Objetivos Específicos DESCRIÇÃO METODOLÓGICA Local e período de realização do estudo Perfil socioeconômico dos pescadores artesanais Melhoramento da percepção ambiental dos pescadores artesanais Otimização do uso dos recursos pesqueiros Processamento e beneficiamento do pescado RESULTADOS E DISCUSSÕES Perfil socioeconômico dos pescadores artesanais Melhoramento da percepção ambiental dos pescadores artesanais Otimização do uso dos recursos pesqueiros CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXOS

13 1 INTRODUÇÃO Devido à constante ação do homem sobre o meio ambiente a fim de saciar as suas necessidades, principalmente alimentares, os ecossistemas vêm sendo amplamente modificados. Essa modificação rápida e abrangente traz transtornos à natureza, como por exemplo, a poluição ambiental, e, por conseqüência, afetam fortemente a qualidade de vida humana. A compreensão do ambiente por parte de cada indivíduo faz parte da consciência buscada nos dias atuais e nos leva a refletir sobre as atitudes e dificuldades em enxergar a natureza como algo imprescindível para a sobrevivência humana. Nas últimas décadas, a preocupação com o meio natural tem sido observada, quando os estudos e as novas tecnologias começaram a associar doenças e desequilíbrios ecológicos como fatos resultantes da ação do homem. Segundo o Programa REVIZEE 1 de 1995 a 2005 (SEAP, 2009), o Brasil apresenta um histórico de sobrepesca em relação aos recursos pesqueiros marinhos, resultante da crença da inesgotabilidade dos recursos naturais, desenvolvimento acelerado da zona costeira, atividades predatórias e insuficiência de fiscalização, trazendo assim implicações de ordem econômica, social e ambiental. Para Diegues (1992), os ecossistemas naturais vêm sendo conservados em grande parte graças às populações tradicionais, que possuem fortes vínculos culturais com estes ambientes, dependendo dele para sobreviverem, e por isso, conseguiram desenvolver seus próprios sistemas de manejo dos recursos naturais. Ainda segundo Diegues op. cit, o incentivo ao uso moderado desses recursos e o apoio na busca da melhoria da qualidade de vida, tem sido muito importante para a manutenção da diversidade biológica em diversos países em desenvolvimento. Portanto, aliar o conhecimento à preocupação com as relações do homem com a natureza e com ele próprio, é de grande valia para a construção de uma sociedade ecologicamente e socialmente mais justa. 1 Programa coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, com o objetivo de avaliar as biomassas e os potenciais de captura sustentáveis dos recursos vivos dentro da Zona Econômica Exclusiva brasileira, atuando na identificação e conhecimento dos recursos potencialmente exploráveis pela pesca artesanal e industrial. 13

14 1.1 Percepção Ambiental A maneira como cada um percebe o ambiente onde está inserido pode ser entendida como percepção ambiental, e é um fenômeno decorrente da tomada de consciência e da preocupação com a proteção da natureza. A percepção ambiental está intimamente ligada com os sentidos, assim como ao ambiente onde o indivíduo habita e trabalha, ocasionando-lhe uma identidade com o espaço. Sendo assim, a primeira apreensão que se tem do lugar de morada e trabalho é a paisagem. Segundo Santos (1996) apud Silva (2007), a paisagem é tudo aquilo que nós vemos, o que nossa visão alcança. Esta pode ser definida como o domínio do visível, aquilo que a vista abarca. Sendo que, a dimensão da paisagem é a dimensão da percepção. Cada indivíduo percebe, reage e responde diferentemente às ações sobre o ambiente em que vive. As respostas ou manifestações daí decorrentes são resultado das percepções individuais e coletivas, dos processos cognitivos, dos julgamentos e das expectativas de cada pessoa (GOLDSCHMIDT et al. 2008). Reforçando sobre as definições da percepção ambiental, Okamoto (1996) relata que os estímulos do meio ambiente são selecionados para que ocorra a percepção (imagem, cheiro, som, gosto) e a consciência (pensamento, sentimento), resultando em uma resposta que conduz a um tipo de comportamento. É através da percepção que as pessoas percebem e interagem com seu meio ambiente, direcionando o seu comportamento, seja no sentido da degradação ou da conservação, preservação e sustentabilidade. De acordo com Fernandes et al. (2003), uma das dificuldades para a proteção dos ambientes naturais reside nas diferentes percepções a respeito dos valores e da importância dos mesmos entre os indivíduos de culturas diferentes ou de grupos sócio-econômicos que desempenham funções distintas no plano social. Segundo Palma (2005), a percepção ambiental, sendo usada como um instrumento da educação ambiental poderá ajudar na defesa do meio natural, pois ela aproxima o homem da sua verdadeira casa, a natureza, despertando-o para o cuidado e o respeito para com a Terra. Com isso, podemos ter qualidade de vida para todos e para as novas gerações. Sendo assim, a educação cumpre o papel de informar e formar cidadãos através de um trabalho para a conscientização e sensibilização sobre os problemas de caráter socioambientais, com o intuito de estabelecer a lógica de uma sociedade sustentável, que busca o equilíbrio do homem com a natureza (SATO, 1997). De acordo com Cordani (1995), a sociedade sustentável baseia-se no conceito de desenvolvimento sustentável, e que, segundo o Relatório Brundtland, elaborado pela 14

15 Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1987, é definido como sendo o processo que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades. Desse modo, o conhecimento sobre a percepção ambiental torna-se essencial para compreender as intrínsecas relações entre o homem e o meio ambiente, proporcionando a reflexão e ampliação da visão de responsabilidade na manutenção dos recursos naturais como um todo, especialmente os recursos pesqueiros. Conhecendo as percepções ambientais dos indivíduos numa comunidade, é possível posteriormente propor um programa de Educação Ambiental que melhore a percepção, ou mostre de forma conservacionista, alguns aspectos ambientais, que nessas pessoas revelem falta de compromisso com o ambiente. 1.2 Otimização do uso dos recursos pesqueiros Pesca artesanal Desde os tempos remotos, o homem utiliza a pesca como forma de sobrevivência, e com o desenvolvimento das populações, esta atividade evoluiu, a partir do surgimento de novas técnicas para um melhor aproveitamento do pescado, tendo papel fundamental na economia e subsistência da população humana. A pesca é a extração de organismos aquáticos do meio onde se desenvolvem para diversos fins, tais como a alimentação, a recreação, a ornamentação, ou para fins industriais, incluindo a fabricação de rações para o alimento de animais em criação e a produção de substâncias de interesse para a saúde. Dependendo da maneira como é realizada, a pesca pode se tornar um meio de degradação da natureza, ou funcionar como uma atividade de desenvolvimento sustentável. De acordo com Dias et al., (2007), as ações de intervenção do homem sobre o meio ambiente podem ser prcebidas na redução dos recursos pesqueiros marinhos e estuarinos, destruição gradativa pela poluição, sobre-exploração e aterro de manguezais, dentre outros impactos. Segundo o mesmo autor, estes processos destrutivos têm-se concentrado principalmente nas áreas mais utilizadas pela pesca artesanal, como na plataforma continental e águas costeiras rasas de manguezais e estuários, incidindo no atendimento às necessidades protéicas alimentares e econômicas dos pescadores artesanais, que retiram desses ecossistemas parte de sua subsistência. 15

16 A demanda por pescado cresce no mundo inteiro, visto seu alto valor nutricional, ao mesmo tempo em que aumenta a pressão por uma produção sustentável, ajustada a uma redução do impacto ambiental, garantindo deste modo, a permanência e a viabilidade da atividade da pesca (SILVA et al. 2007). Segundo Serafim & Chaves (2005), a pesca artesanal é uma atividade que vem apresentando problemas, em conseqüência da diminuição dos estoques pesqueiros, devido ao uso desordenado e ao mau planejamento dessa atividade no Brasil ao longo de sua história, os estoques pesqueiros encontram-se atualmente em uma situação de evidente sobrepesca. Atualmente, os pescadores artesanais são responsáveis por cerca de 65% da pesca extrativa no Brasil, gerando aproximadamente 550 mil toneladas de pescado por ano. A pesca artesanal representa em torno de 50% do total de pescado produzido no país, resultado da atividade de mais de 700 mil pescadores (SEAP, 2009). A demanda por pescado vem aumentando nos últimos anos, impulsionada principalmente pelo crescimento da população e pela tendência mundial em busca de alimentos saudáveis indicados para a saúde humana (ANDRADE & YASUI, 2003). A pesca e aqüicultura nas bacias hidrográficas brasileiras têm sido consideradas atividades de grande relevância na produção de proteína para a população, bem como de estratégias da sustentabilidade dos recursos pesqueiros e de geração de tecnologias para a produção e incremento da aqüicultura de organismos aquáticos (CARNEIRO, 2000). O Brasil possui um imenso potencial para o desenvolvimento da aquicultura por meio dos 8,4 mil km de litoral e 5,5 milhões de hectares de reservatórios de águas doces, representando aproximadamente 12% da água doce disponível no planeta (DIEGUES, 2006). Entre as atividades da aqüicultura, a piscicultura teve um grande avanço, acompanhada da sustentabilidade tanto econômica quanto ambiental, utilizando-se de diversas técnicas e formas de manejo, tornando possível o desenvolvimento do pescado em menor tempo de criação, de forma a atingir o tamanho e peso ideal para o consumo humano, promovendo uma melhor fonte de renda para a população. A atividade da piscicultura, caracterizada pela criação de peixes, seja em açudes, em viveiros escavados e/ou em tanques-rede, pode ser uma alavanca de desenvolvimento social e econômico para pescadores artesanais, promovendo a criação de cooperativas e/ou postos de trabalho assalariados, gerando empregos diretos e indiretos e pela relação harmônica com outras atividades. Pode também, aumentar a produção de alimentos à base de pescado com alto valor nutritivo a partir da agregação de diferentes ingredientes, além da possibilidade de 16

17 utilizar resíduos agropecuários excedentes para o enriquecimento da alimentação fornecida aos peixes durante o cultivo, proporcionando ao piscicultor rentabilidade, com ganhos para a economia regional e uma melhor qualidade de vida para a sociedade brasileira. Outra forma de promover uma produção pesqueira sustentável, segundo Oetterer (2006), é otimizar a utilização da fauna acompanhante da pesca artesanal através da sua industrialização, tornando-se assim, uma ligação direta entre a produção primária e o mercado consumidor, promovendo uma garantia da segurança alimentar da sociedade. A otimização do uso do pescado é conseguida por meio de técnicas de processamento e beneficiamento, utilizando-se desde os processos mais simples, como a salga do pescado, até tecnologias mais avançadas, dependendo da disponibilidade econômica dos envolvidos. O resultado são produtos finais diversos, de qualidade e com maior valor econômico e nutricional agregados. Diante desses fatos, torna-se necessária a troca de informações e conhecimentos entre todos os segmentos, para que os recursos naturais possam ser utilizados de forma consciente e inteligente, sem que haja prejuízo para as próximas gerações que irão habitar o planeta e para a própria natureza. O presente trabalho fez parte de um projeto do Programa de Extensão da Universidade Federal da Paraíba PROBEX, nos anos de 2008 e 2009, desenvolvidos em duas comunidades no município de Lucena, PB, nos quais o conhecimento acadêmico e popular se integraram, satisfazendo os três pilares ensino-pesquisa-extensão. 17

18 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Analisar a percepção ambiental dos pescadores artesanais e seus familiares, estimulando a otimização do uso do recurso pesqueiro, no município de Lucena, PB, para o desenvolvimento da sustentabilidade na região. 2.2 Objetivos Específicos Examinar a percepção ambiental dos pescadores artesanais e agricultores do município de Lucena, levando em conta seus costumes e conhecimentos prévios sobre a natureza; Avaliar a melhoria na percepção desses pescadores, após a implantação do projeto; Orientar os atores para um melhor aproveitamento do pescado através de técnicas de processamento e beneficiamento, como forma de agregação de valor aos produtos beneficiados, resultando numa melhoria da economia local. 18

19 3 DESCRIÇÃO METODOLÓGICA 3.1 Local e período de realização do estudo O presente trabalho foi realizado no município de Lucena, PB, que está situado a ,8 e 6º S e ,8 e 34º W, e possui uma área de 92,4 km², está distante 48 km de João Pessoa, com quem mantém intenso relacionamento econômico e social, e limita-se ao Norte com o município de Rio Tinto, a Leste com o Oceano Atlântico, ao Sudoeste com o município de Santa Rita e ao Sudeste com o município de Cabedelo. O estudo ocorreu em duas fases nos anos de 2008 e 2009 em duas comunidades distintas: a primeira etapa (Avaliação e melhoramento da percepção ambiental dos atores envolvidos) ocorreu nas dependências da Secretaria de Agricultura e Pesca da Prefeitura Municipal de Lucena, entre os meses de agosto e dezembro de 2008, com os pescadores locais e seus familiares. Já a segunda etapa foi realizada com pescadores e agricultores do assentamento de Estiva de Geraldo, situado entre as coordenadas 06º54 20,5 S e 034º57 35,6 W, que dista 7 km do município de Lucena e 34 km de João Pessoa, PB, no período de março a dezembro de 2009 ocorrendo desde a fase de implantação da piscicultura (que será abordada em outro momento) até o beneficiamento do pescado. 3.2 Perfil socioeconômico dos pescadores artesanais Mobilização dos atores Primeiramente houve uma mobilização dos atores com a finalidade de informar sobre os objetivos e as atividades a serem desenvolvidas durante a execução do estudo, nas referidas comunidades. Em seguida, aplicou-se em cada comunidade uma dinâmica de interação entre a equipe e os participantes (Anexo A), com o objetivo de uma maior familiarização entre as partes. Posteriormente, para a obtenção do conhecimento prévio sobre o perfil socioeconômico dos pescadores, foram aplicados questionários pré-formulados segundo FERNANDES et al. (2003) contendo perguntas simples e de fácil acesso sobre as atividades realizadas no seu dia-a-dia, como também sobre a pesca artesanal e sua inserção na natureza. 19

20 Ao final do trabalho, foi aplicado outro questionário, com a finalidade de avaliação dos efeitos das informações repassadas às comunidades. Os dados levantados com a aplicação dos questionários foram transformados em valores percentuais e colocados em gráficos, para uma melhor visualização. 3.3 Melhoramento da percepção ambiental dos pescadores artesanais O melhoramento da percepção ambiental para os pescadores artesanais da praia de Lucena, no ano de 2008, teve início com a exibição do filme: Território selvagem dos tubarões que retratava a dinâmica do ambiente marinho, servindo como ponto de partida para uma discussão sobre a importância da relação entre o homem e a natureza. Posteriormente, foram apresentados e debatidos temas ambientais variados (poluição ambiental, preservação da natureza, processo de extinção das espécies, período de defeso, higiene pessoal e sanitização do ambiente e do pescado, entre outros), como também foi realizada uma aula de campo na praia de Lucena para os participantes daquela comunidade, a fim de se obter uma visão ampla da percepção ambiental, a qual foi expressa sob a forma de desenhos, demonstrando sua relação pessoal com o meio ambiente. Com os pescadores do assentamento Estiva de Geraldo, em 2009, foram promovidos debates e discussões acerca de como estes observavam o ambiente em seu torno, sendo posteriormente demonstrada através de desenhos a sua afinidade com a natureza. O melhoramento da percepção ambiental nas duas comunidades foi avaliado através dos questionários aplicados (Anexo B), e das observações das ações dos atores durante a execução dos trabalhos Uma das formas de aumentar o aproveitamento dos recursos naturais, sem que haja sobrepesca, é através do melhor aproveitamento e formulação de subprodutos de alto valor nutricional do pescado disponível na comunidade. Sendo assim, um curso para orientação acerca das técnicas de beneficiamento e processamento do pescado foi realizado para as comunidades. 3.4 Otimização do uso dos recursos pesqueiros A otimização do uso do pescado pode ser conseguida pelo aproveitamento de grande parte dos resíduos de pesca, com a utilização do pescado de baixo valor comercial para a elaboração de diferentes produtos, aumentando a oferta de subprodutos com alto valor nutricional, além de melhorar a economia local. 20

21 A etapa de otimização do uso dos recursos pesqueiros foi semelhante nas duas comunidades, sendo iniciada com a parte teórica do processamento e beneficiamento do pescado. Esta fase teve início com a apresentação do vídeo Processamento Artesanal de Pescado 2, mostrando as técnicas de processamento e beneficiamento, e foi seguida de exposição do fluxograma constando as etapas a serem seguidas para o processamento do pescado, segundo Oetterer (2006) Processamento e beneficiamento do pescado O processamento e beneficiamento do pescado foram feitos para as duas comunidades de pescadores a partir de explanações teóricas, trabalhadas de forma presencial, utilizando uma linguagem simples e de fácil compreensão, seguindo um manual onde constavam as diferentes fases que compõem o processo (lavagem, evisceração, filetagem, extração dos resíduos da carne do peixe), baseando-se em Aurélio, (2005); Aversari & Torelli (2006); Silva et al. (2007), e ainda fazendo uso de materiais de apoio (tábua de carne, faca, bacia plástica, entre outros) e ingredientes, seguindo a orientação do fluxograma adaptado proposto por Oetterer (2006) (Figura 1). Os pescadores foram orientados sobre a importância da higiene pessoal e sanitização ambiental e do pescado, como forma de garantir um produto final de boa qualidade (LIMA et al. 2000). Captura Abate Lavagem Evisceração Filetagem Resíduos de carne Resíduo final Filés Produtos beneficiados Drenagem Embalagem Farinha de peixe Armazenamento em freezer 2 DVD Processamento Artesanal de Pescado: Centro de Produções Técnicas. Roteiro e Direção: Maria Aparecida Schettini, 56 minutos. Figura 1. Fluxograma utilizado como referência para a execução do processamento e beneficiamento do pescado (Oetterer, 2006). 21

22 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1 Perfil socioeconômico dos pescadores artesanais Foram mobilizados para esta fase do estudo, 20 pescadores artesanais totalizando 100% do universo amostral no local, residentes na praia de Lucena no ano de 2008, sendo a maioria representada por jovens do sexo masculino entre 18 e 25 anos (Figura 2 A e B), solteiros, apresentando como grau de escolaridade o Ensino Médio completo. Metade do total dos participantes declarou ter a pesca como principal ocupação profissional, e que a praticam há menos de 10 anos. Sendo assim, verificou-se que os jovens vêm contribuindo com a renovação da atividade pesqueira na região, provavelmente pela tradição familiar ou mesmo pela falta de oportunidade profissional, como constatado por Oliveira et al. (2009), para estudos com pescadores de lagosta das praias do Seixas e da Penha, PB. Figura 2. (A) Proporção entre os gêneros dos participantes residentes na praia de Lucena. (B) Faixa etária. (C) Tempo de ocupação dos participantes com a pesca. No assentamento Estiva de Geraldo, no ano de 2009, participaram 17 pescadores e/ou agricultores totalizando 100% do universo amostral no local, representados em sua maioria por homens, com idades entre 30 e 55 anos (Figura 3 A e B), casados, com grau de escolaridade do Ensino Fundamental completo. Diferentemente da comunidade anterior, por se tratar de uma amostra formada em sua maioria por agricultores que exercem a atividade da pesca esporadicamente, apenas dois participantes relataram praticá-la há mais de 20 anos (Figura 3 C). 22

23 A B C Figura 3. (A) Proporção entre os gêneros dos participantes residentes no assentamento Estiva de Geraldo. (B) Faixa etária. (C) Tempo de ocupação dos participantes com a pesca. Os pescadores e/ou agricultores das duas comunidades destacaram algumas vantagens e desvantagens em relação à pesca artesanal na região. Como vantagens, os participantes da praia de Lucena enfatizaram que a pesca oferece alimentos e melhoria na sua fonte de renda (29%), bem como o constante contato com a natureza (9%). E como desvantagens, apontaram a desvalorização do pescado no mercado consumidor (8%), baixa freqüência de captura dos peixes em determinadas épocas do ano (9%), a falta de material de trabalho, a ausência de benefício cedido pelo governo no período de defeso, participação de atravessadores, além dos riscos que o mar oferece e a degradação do meio ambiente (4%). No entanto, a maioria deles (40%) não demonstrou desestímulo com a atividade da pesca, considerando que ela ainda é um dos principais meios de subsistência daquela comunidade, semelhante aos estudos de Oliveira et al. (2009), com pescadores de lagosta das praias do Seixas e Penha, PB. Os processos de intermediação do pescado a ser comercializado são um dos pontos mais críticos para o desenvolvimento da pesca artesanal e do aumento de renda dos pescadores, concordando com dados de Costa (2006), quando afirma que o sistema de comercialização está vinculado a uma forte cadeia de intermediação onde o pescador geralmente entrega o seu pescado a um preço bem abaixo do que será praticado no mercado. A maioria dos participantes residentes no assentamento não respondeu a estas perguntas (79%), mas alguns exemplificaram alguns benefícios da atividade, como a autonomia e o acesso direto ao produto. Como desvantagens, apontaram a falta de um salário fixo e a dificuldade em conseguir o pescado em algumas épocas, corroborando os relatos dos participantes da praia de Lucena. Os resultados obtidos nas duas comunidades estudadas assemelham-se aos de Pessano et al. (2008), quando analisaram a atividade pesqueira no rio Uruguai Médio. 23

24 Conhecimento prévio da percepção ambiental dos pescadores artesanais Na praia de Lucena, a maioria dos pescadores (95%) afirmou ter interesse por assuntos relacionados com o meio ambiente, que também se sentem responsáveis por alguns danos causados na natureza no seu dia-a-dia (45%), assim como a sociedade em geral (65%), revelando assim, como parte integrante do meio ambiente (Figura 4 A, B e C). A B C Figura 4. Conhecimento prévio da percepção ambiental dos pescadores residentes na praia de Lucena. (A) Interesse por assuntos relacionados com o meio ambiente. (B e C) Responsabilidade individual e da sociedade por danos causados ao meio ambiente, segundo os participantes. Os dados obtidos pelo questionário aplicado aos participantes residentes no assentamento foram semelhantes aos da primeira comunidade, e mostraram que a maioria deles apresenta conhecimento prévio sobre as questões ambientais, formado por meio de conversas com outras pessoas, elementos e informações passadas de geração em geração pela oralidade, muito comum nas comunidades tradicionais. Segundo Paiola & Tomanik (2002), os conhecimentos construídos por essas populações são compartilhados cotidianamente e fornecem a base da convivência daqueles indivíduos entre si e com seu ambiente, ou seja, esses conhecimentos não estão presentes apenas nos discursos, mas também nas práticas diárias dos participantes de tais comunidades. Quanto ao interesse por temas relacionados ao meio ambiente, 94% dos participantes do assentamento afirmaram ter esse interesse, e, do mesmo modo, 94% se consideram causadores de danos a ele (Figura 5 A e B), revelando que se percebem como parte integrante da natureza e também sentem-se responsáveis por atitudes que possam causar prejuízos ao meio ambiente (65%) (Figura 5 C), como pode ser visto na frase no futuro o homem terá destruído o ecossistema, citada por um dos entrevistados. 24

25 A B B C Figura 5. Respostas dos participantes residentes no assentamento Estiva de Geraldo, às perguntas feitas por meio de questionário (A, B e quem causa os danos ao ambiente C). Com relação aos níveis de poluição na região, 60% dos pescadores da praia de Lucena responderam que a saúde da população local está sendo afetada de alguma forma, assim como 88% dos participantes do assentamento, conforme a Figura 6, A e B. Isto mostra que os mesmos estão constantemente atentos às mudanças que provocam na natureza e aos resultados que essas ações podem provocar. A B Figura 6. (A) Participantes da Praia de Lucena e (B) do assentamento Estiva de Geraldo afirmam que a poluição ambiental tem afetado a saúde da população local. Os pescadores das duas comunidades acreditam que pode haver crescimento econômico e social sem que sejam causados grandes prejuízos ao meio ambiente (69% e 65%, respectivamente) (Figura 7 A e B). 25

26 A B Figura 7. (A) Relação entre crescimento socioeconômico e prejuízo ambiental para participantes da Praia de Lucena e (B) do assentamento Estiva de Geraldo, município de Lucena, PB. Os participantes da praia de Lucena (85%) e do assentamento (82%) também afirmam que a produção do pescado pode e/ou está sendo influenciada por problemas de ordem ambiental, tais como a poluição e a sobrepesca. (Figura 8 A e B). A B Figura 8. (A) Relação entre as comunidades referentes à influência dos problemas ambientais na produção do pescado participantes da Praia de Lucena e (B) do assentamento Estiva de Geraldo, município de Lucena, PB. 4.2 Melhoramento da percepção ambiental dos pescadores artesanais Inicialmente, na comunidade da praia de Lucena, uma das atividades propostas aos pescadores para esta etapa foi a concepção de um desenho que demonstrasse a visão de cada um acerca do ambiente natural. Logo após, foram abordados os temas sobre a preservação do meio ambiente através de um pequeno debate, finalizando com uma aula de campo na praia. (Figura 9 A, B e C). 26

27 A B C Figura 9. (A e B) Debate e discussão sobre percepção ambiental com pescadores artesanais. (C) Aula de campo na praia de Lucena, PB. Foto: Aline Sousa Silva. Após a discussão, os pescadores registraram uma paisagem que reflete sua consciência ecológica, onde os mesmos se percebem como parte integrante do meio ambiente. Este desenho serviu como parte da avaliação da melhoria da percepção dos atores, e mostrou uma maior conscientização e sensibilização dos mesmos sobre a importância da conservação dos recursos naturais (Figura 10). A B C Figura 10 (A) Momento da confecção dos desenhos pelos participantes. (B) Desenho inicial e (C) desenho final de um dos atores, mostrando o melhoramento da percepção ambiental dos pescadores artesanais da praia de Lucena, PB. Foto: Aline Sousa Silva. 27

28 No assentamento Estiva de Geraldo, o melhoramento da percepção ambiental dos participantes foi realizado de forma semelhante à comunidade da praia de Lucena. Inicialmente, os pescadores foram informados sobre as atividades a serem desempenhadas, e um questionário foi aplicado. Os dados obtidos com as respostas dos participantes foram muito semelhantes aos dados da comunidade anterior, e durante as discussões também demonstraram possuir uma boa percepção do ambiente em que vivem, sob a forma de desenhos como mostrado na Figura 11. Em ambas as comunidades, a pesca, atividade desenvolvida por eles, ou os peixes, estiveram representados, o que mostra que reconhecem a natureza da sua atividade, mas por exemplo, no desenho representado na Figura 11 B, o seu autor não se representou, o que pode significar que se considere para além da natureza. A B Figura 11. (A) Discussão sobre temas ambientais com participantes do assentamento Estiva de Geraldo, município de Lucena, PB. (B) Desenho representando a visão ambiental de um dos participantes. Foto: Gabriela Marques. Após a etapa de melhoramento da percepção ambiental, os pescadores da praia de Lucena criaram e apresentaram uma pequena peça teatral, encenada em frente ao mar, reforçando a importância dos recursos pesqueiros como meio de subsistência dos pescadores artesanais e as relações existentes entre o homem e a natureza (Figura 12 A e B). A B Figura 12 (A e B). Apresentação dos pescadores na peça sobre percepção ambiental na praia de Lucena, PB. Foto: Aline Sousa Silva. 28

29 Desse modo, o trabalho realizado nas comunidades contribuiu de maneira significativa para a melhoria do conhecimento dos pescadores artesanais acerca da importância das relações humanas com a natureza. 4.3 Otimização do uso dos recursos pesqueiros A otimização do uso dos recursos pesqueiros deu-se de forma semelhante para as duas comunidades, sendo que as fases de processamento e beneficiamento do pescado para o assentamento Estiva de Geraldo foram precedidas pela implantação da piscicultura familiar, que faz parte de um projeto maior e que será abordada em outro momento. As espécies escolhidas pelos pescadores da praia de Lucena para o processamento e beneficiamento, capturadas na localidade, foram a sardinha (Opisthonema oglinum), tainha (Mugil incilis) e pescadinha (Isopisthus parvipinnis) (Figura 13 A, B e C), sendo a sardinha a espécie em maior quantidade, o que resultou em uma maior diversidade de produtos formulados com a mesma. A B C Figura 13. Espécies de peixes utilizadas para o processamento e beneficiamento pelos pescadores artesanais da praia de Lucena, PB. (A) Opisthonema oglinum Lesieur, 1818 (sardinha); (B) Mugil incilis (tainha); (C) Isopisthus parvipinnis (pescadinha). Fotos: Aline Sousa Silva; Fishbase. Já para os participantes do assentamento Estiva de Geraldo, esta fase deu-se com o processamento das espécies cultivadas, como parte de outro projeto implantado na comunidade, Oreochromis niloticus (tilápia nilótica) e Cyprinus carpio (carpa comum) (Figura 14 A e B). A B Figura 14. Espécies selecionadas pelos atores para a piscicultura. (A) Tilápia nilótica (O. niloticus). (B) Carpa comum (C. carpio), cultivadas em sistema de policultivo nos viveiros do assentamento de Estiva de Geraldo, município de Lucena, PB. Fotos: Ana Elizabeth Dias e Fabiana Bezerra Marinho. 29

30 A otimização do uso do pescado realizada pelos pescadores constou inicialmente da orientação teórica das fases do processamento (Figura 15 A, B, C e D), das quais fazem parte a evisceração, retirada da pele conseguida com cortes longitudinais e transversais ao longo do corpo do peixe e extração dos filés do pescado, para posterior formulação dos produtos beneficiados (SILVA & TORELLI, 2007; OETTERER 2006). A B C D Figura 15. Etapas do processamento do pescado realizado pelos pescadores artesanais da praia de Lucena. (A) Evisceração. (B) Retirada da pele. (C e D) Obtenção dos filés de peixe. Fotos: Ana Elizabeth Dias. Logo após a fase de processamento, os pescadores deram início ao beneficiamento, formulando os produtos a partir da matéria-prima obtida (filés e/ou resíduos de carne dos peixes). Foram utilizados para esta etapa, ingredientes diversos de acordo com os produtos a serem criados, a exemplo de hambúrguer de peixe (fishburguer), almôndegas de peixe e lingüiça de peixe, como mostrado na Figura 16 A, B, C e D. Depois da formulação, os produtos beneficiados foram embalados adequadamente e acondicionados em freezer. Os ingredientes utilizados na formulação dos produtos citados acima estão listados no Anexo C. 30

31 A B C D Figura 16. (A) Separação dos ingredientes a serem utilizados na formulação dos produtos beneficiados. (B) Fishburguer. (C) Almôndegas de peixe. (D) Linguiças de peixe. Fotos: Aline Sousa Silva. Processamento e beneficiamento do pescado cultivado A otimização dos recursos pesqueiros para os participantes do assentamento Estiva de Geraldo deu-se com o processamento do pescado resultante do cultivo em tanques escavados nesta comunidade no ano de 2009, semelhante ao que ocorreu para os pescadores da praia de Lucena, seguido do beneficiamento, com a formulação de produtos como os filés, fishburguer e linguiças de peixe (Figura 17 A, B e C). Outras receitas para produtos beneficiados de pescado foram apresentadas aos participantes, por meio de uma apostila especialmente elaborada para esta atividade (Anexo D). A B C Figura 17. Produtos do processamento e beneficiamento do pescado cultivado no assentamento Estiva de Geraldo, município de Lucena, PB. (A) Filés. (B) Fishburguer. (C) Lingüiça de peixe. Fotos: Fabiana Bezerra Marinho. 31

32 Após a capacitação para o processamento e beneficiamento do pescado, os participantes avaliaram as atividades e todo o processo desenvolvido, incluindo a avaliação da equipe que ministrou o curso, sendo descritos abaixo alguns comentários que constaram nos questionários e a tabulação em gráfico das respostas (Figuras 18 e 19). A B Figura 18. (A e B) Avaliação da equipe, segundo os participantes do estudo. Comentários - Participante 1: "agora sei que devemos preservar os rios, mares e plantações da poluição". Participante 2: "uma equipe dinâmica, simpática, atenciosa; pessoas que além de profissionais são amigos que se interessam por nós". Participante 3: "eu gostei muito de toda a equipe de professores, inclusive aprendi bastante com cada um deles pois me deram bastante atenção e compreensão". Participante 4: "os professores são nota 10 bastante atenciosos e dedicados com os alunos. E os aprendizes com muita união e vontade de aprender". Quando questionados se sabiam os cuidados de higiene a ter durante o processo de produção e as dificuldades encontradas, deram as respostas apresentadas na Figura 19 (A e B). A B Figura 19 (A e B). Cuidados e dificuldades encontrados durante a execução do processamento e beneficiamento do pescado, segundo os participantes. 32

33 5 CONCLUSÃO Com o presente estudo conclui-se que, os pescadores artesanais e familiares das duas comunidades envolvidas melhoraram a sua percepção ambiental, pelo fato de apresentarem ações no seu cotidiano que minimizam a degradação da natureza, levando-os a uma ampliação constante da sua consciência ecológica. Relatos pessoais demonstraram que os mesmos passaram a ver o ambiente de outra forma, valorizando mais o rio, o mar e os peixes. As representações gráficas através de desenhos feitos pelos participantes revelaram que os mesmos sentem-se inseridos e responsáveis por ações que influenciam o meio ambiente como um todo, especialmente a localidade aonde vivem e de onde dependem para conseguir o seu sustento A otimização dos recursos pesqueiros desenvolvida no presente trabalho, melhorou as habilidades dos pescadores artesanais e familiares para o uso do pescado de forma sustentável, proporcionando a ampliação do conhecimento acerca das técnicas de processamento e beneficiamento, o que os tornou capacitados para planejar, executar e aumentar suas opções de produção, com perspectivas de geração de renda, contribuindo assim com a redução do impacto ambiental na comunidade local. Pela reação dos envolvidos e avaliação feita do projeto pela comunidade, vemos que ações como estas, de extensão, são extremamente importantes, por levar-lhes mais oportunidades e conhecimento, para facilitar a sua vivência e possibilitar a oferta de maiores opções de fonte de renda. 33

34 REFERÊNCIAS ANDRADE, D. R. & YASUI, G. S. O manejo da reprodução natural e artificial e sua importância na produção de peixes no Brasil. Rev. Bras. Reprod. Animal. v. 27, n.2 p AURELIO, J. S. Curso de Segurança alimentar e gastronomia. Secretaria de Meio Ambiente. Prefeitura Municipal de Bayeux/PB AVERSARI, M. & TORELLI, J. Capacitação de pescadores do Município de Bayeux/PB, para a sustentabilidade da atividade pesqueira da região. 2º Encontro Regional do Ensino de Biologia e o 5º Encontro Paraibano do Ensino de Ciências (resumo expandido) CARNEIRO, M. H. A sustentabilidade das atividades de Aqüicultura e Pesca. (Conferências selecionadas da VI Reunião Anual do Instituto de Pesca). São Paulo, Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios. Série Relatório Técnico CORDANI, U. G. As Ciências da Terra e a mundialização das sociedades. Estudos avançados [online]. 1995, vol.9, n.25, p COSTA, A. L. Alguns aspectos sobre a pesca artesanal no Brasil Disponível em: < Acesso em: 17 maio DIAS, T. L.; ROSA, R. S. & DAMASCENO, L. C. P. Aspectos socioeconômicos, percepção ambiental e perspectivas das mulheres marisqueiras da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Ponta do Tubarão (Rio Grande do Norte, Brasil). Rev. Gaia Scientia, v. 1, n. 1, p Disponível em: < php/gaia.> Acesso em 18 jun DIEGUES, A. C. S. Para uma aquicultura sustentável do Brasil. NUPAUB-USP. Banco Mundial/FAO. Artigos Nº 3. São Paulo, DIEGUES, A. C. S. Desenvolvimento Sustentável ou Sociedades Sustentáveis: da crítica dos modelos aos novos paradigmas. São Paulo em Perspectiva, 6 (1-2), p , janeiro/junho Disponível em: < Acesso em 28 abr

35 FERNANDES, R. S. et al. Uso da percepção ambiental como instrumento de gestão em aplicações ligadas às áreas educacional, social e ambiental. Vitória, Disponível em: <http// / Percepção_Ambiental.pdf>. Acesso em 18 jun GOLDSCHMIDT, A. I. et al.. A importância do lúdico e dos sentidos sensoriais humanos na aprendizagem do meio ambiente Disponível em: <http// Acesso em 04 nov LIMA, L. C.; DELL ISOLLA, A.T. P.; SCHETTINI, M. A. Processamento artesanal do pescado. Viçosa, CPT, p. OETTERER, M. Tecnologias emergentes para o processamento do pescado. Universidade Federal de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz. Piracicaba SP Disponível em: <http// Acesso em 12 set OKAMOTO, J. Percepção Ambiental e Comportamento. São Paulo. Editora Plêiade. 200p OLIVEIRA, P. A.; VENDEL, A. L.; CRISPIM, M. C. B. Caracterização socioeconômica e registro da percepção dos pescadores de lagosta das praias do Seixas e Penha, João Pessoa, PB. Boletim do Instituto de Pesca. São Paulo, v. 35, n. 4, p , PAIOLA, L. M.; TOMANIK, E. A. Populações tradicionais, representações sociais e preservação ambiental: um estudo sobre as perspectivas de continuidade da pesca artesanal em uma região ribeirinha do rio Paraná. Acta Scientiarum. Maringá - PR, v. 24, n. 1, p , Disponível em: < Acesso em: 16 mar PALMA, I. R. Análise da Percepção Ambiental como instrumento ao planejamento da Educação Ambiental. Dissertação de Mestrado em Engenharia/PPGEM/UFRGS Disponível em:< Acesso em 16 mar PESSANO, E. F. C. et al. Análise da atividade pesqueira no rio Uruguai Médio, diante do panorama da Associação de Pescadores de Uruguaiana, RS Brasil. Biodiversidade Pampeana, v. 6, n. 2, p , Disponível em: < Acesso em 28 abr SANTOS, M. Metamorfose do espaço habitado. 4. ed. São Paulo: Hucitec,

36 SATO, M. Educação para o ambiente amazônico. Tese de Doutorado. UFSCar, São Paulo, Disponível em: <http// Acesso em 12 set SERAFIM, C. F. S & CHAVES, P. T. O mar no espaço geográfico brasileiro. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, v. 8, 304 p SILVA, A. S. & TORELLI, J. Camuriando em Jaraguá: Capacitação de piscicultores da aldeia Potiguara de Jaraguá, Rio Tinto, Paraíba. Anais. Encontro de Extensão Universitária/PRAC/UFPB SILVA, C. N. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi - MPEG. A percepção territorialambiental em zonas de pesca, MPEG / Belém - Pará, p , 01 set.- dez Disponível em: <http//lattes.cnpq.br>. Acesso em 12 set ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE AQUICULTURA E PESCA, 2009, Brasília-DF. Consolidação de uma política de estado para o desenvolvimento sustentável da aqüicultura e pesca. Texto-base/convocação/regimento. Brasília-DF: Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca, p. <http//ftp://ftp.sp.gov.br/ftppesca/iisimcope/oficina_juliana_galvao.pdf> <http// <http// <http// <http// <http// <http//www. presidencia.gov.br/seap> 36

37 ANEXOS A - Dinâmica: Marcas do que eu sou B - Questionário para obtenção do perfil socioeconômico C - Insumos utilizados no processamento e beneficiamento do pescado D - Apostila para processamento e beneficiamento 37

38 A - Dinâmica: Marcas do que eu sou a) Pedir para o grupo fazer uma caminhada pela sala e ir imaginando como é a vida em uma floresta. Como funciona a floresta. Que tipos de vida identificamos na floresta. b) Pedir para cada um imaginar como são os animais que vivem na floresta. c) Motivar para que cada um(a) vá se concentrando em apenas um animal. Imaginando suas características, a forma como ele vive na floresta, como reage ao ataque do predador,etc. d) Pedir para que cada um pare por um instante vá incorporando o jeito do animal que escolheu, procurando ser fiel na sua forma de caracterizá-lo. e) O(a) assessor(a) deixou os participantes vivenciarem por um instante os animais escolhidos. Em seguida diz que em toda floresta tem um predador, um caçador que ataca ou persegue um determinado animal. Dizer para cada um assumir seu papel. f) O(a) assessor(a) motiva para a simulação ainda de outras situações que acontecem na floresta, como por exemplo: uma forte tempestade, uma grande seca, uma longa noite, estimulando aos participantes para vivenciarem estas realidades. g) Feito isso o assessor pede a cada participante para escreverem em seu caderno os seguintes passos: Descrever qual é a personalidade do animal escolhido que ele pessoalmente escolheu e encarnou; destacando as reações, comportamento (o que é bom e o que não é tão bom); Pedir para fazerem uma comparação, tentando perceber as semelhanças da personalidade do animal e com a sua personalidade. Encontra-se por grupos para partilharem as descobertas feitas. h) No plenário final o(a) assessor(a) amplia a reflexão sobre a personalidade humana pontuando as diferenças, a interação nas relações e outros aspectos. 38

39 QUESTIONÁRIO DE SONDAGEM SOBRE PERCEPÇÃO AMBIENTAL E OTIMIZAÇÃO DO USO DOS RECURSOS PESQUEIROS (PROCESSAMENTO E BENEFICIAMENTO DO PESCADO) PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO DOS ATORES 1. Nome: 2. Idade: ( )18 a 25 anos ( )26 a 33 anos ( )34 a 41 anos ( )42 a 49 anos ( )acima de 50 anos 3. Naturalidade: 4. Escolaridade: ( ) 1ª a 5ª série ( ) 5ª a 8ª série ( )Ensino Médio incompleto ( )Ensino Médio completo ( )Escreve apenas o nome ( ) Não freqüentou a escola 5. Estado civil: ( )Solteiro ( )Casado ( )Divorciado ( )Viúvo ( )Outros 6. Número de filhos: ( )1-2 filhos ( )2-4 filhos ( )Mais de 4 filhos ( )Não possui filhos 7. Possui habitação própria? ( )Sim ( )Não 8. Qual tipo de habitação? ( )Casa de alvenaria ( )Casa de taipa ( )Casa de madeira 9. Existe água encanada/saneamento/energia elétrica? ( )Sim, apenas energia elétrica ( )Sim, água encanada e energia ( )Sim para todos ( )Não 10. Tem acesso a médico/dentista? ( )Sim ( )Não 11. Qual a freqüência com que visita esses profissionais? ( )Regularmente ( )Às vezes ( )Quase nunca 39

40 12. Tipo de ocupação : ( )Agricultura ( )Agricultura e pesca ( )Pesca ( )Outro 13. Tempo com a ocupação: ( )1-10 anos ( )11-20 anos ( )21-30 anos ( )Mais de 30 anos 14. Freqüência da ocupação: ( )1-2 dias ( )3-4 dias ( )5-6 dias ( )Todos os dias 15. Sempre exerceu este tipo de atividade? ( )Sim ( )Não 16. Quais as vantagens e desvantagens da atividade que exerce? 17. Já pensou em desistir desta atividade? Por quê? 18. O que faz nas horas em que não está em sua atividade? ( )Faz bicos ( )Cuida dos filhos ( )Trabalha em casa ( )Outro 19. Faz parte de alguma cooperativa existente em sua comunidade? ( )Sim ( )Não 20. Para você, qual a importância de uma associação ou colônia de pescadores em sua comunidade? 21. Em que período do dia costuma pescar? ( )Manhã ( )Tarde ( )Noite 22. Costuma pescar sozinho? ( )Sim ( )Não Se sim, com quantas pessoas? 40

41 23. Quais apetrechos de pesca você utiliza? 24. Deixa de pescar em algum período do ano? Por quê? 25. Qual o peso médio do pescado obtido em cada vez que sai para a pesca? 26. Que tipo de pescado é mais freqüente quando pesca? 27. A quantidade de pescado nos últimos anos: ( )Diminuiu ( )Aumentou ( )Não sofreu alteração ( )Não sabe informar PERFIL RELACIONADO À PERCEPÇÃO AMBIENTAL 28. Você tem interesse por assuntos relacionados ao meio ambiente? ( )Sim ( )Não ( )Não respondeu 29. No dia-a-dia, você considera que causa algum dano ao meio ambiente? ( )Sim ( )Não ( )Não respondeu 30. Você acha que pode haver crescimento econômico e social sem que haja problemas ambientais? ( )Sim ( )Não ( )Não respondeu 31. Você acha que os níveis de poluição observados nesta região estão afetando a saúde da população? ( )Sim ( )Não ( )Não respondeu 32. Quem você acha que é responsável por provocar danos ao meio ambiente? ( )O governo ( )A sociedade em geral ( )As indústrias ( )O setor comercial ( )A agricultura ( )Não respondeu 33. Você se sente bem onde mora? ( )Sim ( )Não ( )Porquê? 41

42 34. Você se sente incomodado com algum aspecto relacionado ao meio ambiente (ruído, desmatamento, poluição, etc.)? ( )Sim ( )Não ( )Porquê? 35. Você acha que a poluição ambiental pode influenciar a produção do pescado? ( )Sim ( )Não ( )Porquê? 36. Você acha que faz parte do meio ambiente? ( )Sim ( )Não ( )Porquê? CAPTURA, PROCESSAMENTO E BENEFICIAMENTO DO PESCADO 37. Após a captura do pescado, como é feito o armazenamento? ( )Direto no barco ( )No gelo ( )Outros Quais? 38. Qual o tempo utilizado da pesca até a chegada em terra? 39. Após a chegada, qual o tratamento dado ao pescado e qual o seu destino? 40. Além da venda do peixe fresco, qual seria outra forma de comercialização do pescado? 41. O que você entende por beneficiamento do pescado e quais produtos beneficiados você conhece? 42

43 No espaço abaixo, faça um desenho representando a maneira como você vê o meio ambiente. 43

44 Insumos Descriminação Quantidade Vinagre - 3 unid. Limão - 30 unid. Pimentão - 10 unid. Cebola Branca 2 Kg Coentro Molho 5 unid. Batata inglesa Kg 5 unid. Orégano Pacote 2 unid. Ovos Galinha 30 unid. Azeite de oliva Lata 1/500ml Farinha de trigo Pacote 4 kg Farinha de rosca Pacote 5 kg Sal fino Pacote 2 kg Queijo parmesão Ralado 3 unid. Toucinho defumado Bacon 500g Azeitonas Lata 2 unid. Alho Cabeça 10 unid. Tempero seco Pacote 3 unid. Maionese Vidro 3 unid. Catchup Tubo 3 unid. Molho Shoyu Vidro 2 unid. Bolachas creamcraker Pacote 4 unid. Tripas para embutido Boi 3 kg Filmes de PVC 50 m 2 unid. Linha de algodão cor clara 1 tubo Bandejas de isopor Tipo B2 50 unid. Avental Napa branca 30 unid. Touca descartável Caixa 01 Saco de lixo 30L Plástico 30 unid. Detergente Neutro 2 unid. Água sanitária Frasco plástico 3 unid. Papel toalha Branco 3 unid. Luvas cirúrgicas Caixa 2 44

45 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA PRÓ-REITORIA DE AÇÃO COMUNITÁRIA PROGRAMA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE SISTEMÁTICA E ECOLOGIA MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA O PROCESSAMENTO E BENEFICIAMENTO DO PESCADO NO MUNICÍPIO DE LUCENA, PB EQUIPE: Coordenador: Jane Enisa R. Torelli de Souza Professor colaborador extensionista: Dra. Mª Cristina B. Crispim Alunos bolsistas: Ana Elizabeth Dias da Silva Gabriela Marques Peixoto Alunos colaboradores extensionistas: Aline de Sousa Silva Fabiana Bezerra Marinho 2008/

46 OTIMIZAÇÃO DO USO DOS RECURSOS PESQUEIROS A otimização se dá a partir do processamento, está-se agregando valor ao pescado, que de matéria prima perecível, passa a ser um produto com maior vida útil e com novas opções de consumo (OTTERER, 2006). CLASSIFICAÇÃO DO PESCADO O pescado se classifica de acordo com o tipo de conservação que o mesmo esteja submetido: fresco, congelado, salgado, seco, em pasta, cortado, picado e em pedaços. Estruturas internas e externas dos peixes que poderão ser utilizadas no processamento e beneficiamento (Quadro 4). Quadro 4. Estruturas dos peixes que poderão ser processados e beneficiados ESTRUTURAS DEFINIÇÃO PRODUTOS BENEFICIADOS Carnes São massas musculares presentes no corpo dos peixes. Filés, hambúrgueres, lingüiças, croquetes, almôndegas, petiscos e patês. Cabeça Parte anterior do corpo do pescado Farinha de peixes Nadadeiras barbatanas ou São partes carnosas situadas na linha média ou nas margens laterais do corpo dos peixes, camarões e siris. Farinha de peixes Cauda Parte posterior do pescado Farinha de peixes PROCESSAMENTO DO PESCADO Antes de iniciar o processamento do pescado deve-se passar pelas etapas de higiene pessoal e sanitização do ambiente e do pescado. Higiene pessoal, sanidade de produtos pesqueiros e instalações A higiene é um fator imprescindível para qualquer atividade alimentícia, especialmente a pesqueira, pelo alto grau de perecibilidade que tais produtos apresentam, sendo que um dos principais motivos que comprometem o consumo de pescado no Brasil está ligado à qualidade com que esse produto chega aos pontos de comercialização e à mesa dos consumidores. Higiene X sanidade pessoal e ambiental Desde tempos remotos, a sanidade dos produtos pesqueiros e alimentícios de um modo geral preocupa o homem, que já nos primórdios de sua existência procurava conservá-los utilizando o frio 46

47 natural ou secando-os ao ar livre, entretanto, a preocupação com a higiene é muito recente, datando do século XIX, com os trabalhos pioneiros de Pasteur e Lister (MACHADO, 1984). Basicamente, a higiene e sanidade do pescado se alicerçam nas técnicas e processos de conservação de produtos de origem animal, desde os mais simples aos mais complexos e sofisticados. Ainda segundo o autor, à primeira vista, os termos higiene e sanidade se confundem bastante. No entanto, higiene significa asseio, limpeza, enquanto sanidade é a qualidade ou estado de são, de saúde. Desse modo, higiene na produção pesqueira é evitar que o produto se contamine, enquanto sanidade se refere à manutenção do produto pesqueiro acabado em bom estado de conservação, com suas qualidades nutritivas inalteradas, o que se consegue através de processos químicos ou físicos. Sanidade do pescado fresco, refrigerado e congelado Sabe-se que a musculatura do peixe enquanto está vivo, é protegida da ação danosa dos microorganismos por suas defesas naturais, mesmo que estes estejam presentes em sua própria flora (sobre a pele, no trato gastrintestinal e nas brânquias). Com a morte do peixe, os complexos sistemas que controlam a digestão e outros processos vitais param de funcionar, porém as enzimas existentes no trato digestório continuam seu papel de incidir sobre o bolo alimentar, e como não há mais defesas orgânicas, atacam também os próprios tecidos do animal, que terminam no rompimento da pele e membrana que envolve a cavidade abdominal, criando vias de acesso aos músculos do peixe. Ao atingirem os músculos, as enzimas encontram um farto material nutritivo que facilita o rápido desenvolvimento da flora natural, resultando numa maior ação enzimática e conseqüente aceleração da decomposição. Este processo pode ser agravado se ao ser capturado, o peixe estiver em um estado de repleção estomacal, e a temperatura ambiente for alta. Sendo assim, se tornam necessárias então, a evisceração e lavagem do pescado, com o posterior acondicionamento do pescado em baixa temperatura. A vida útil do pescado é determinada, então, pela intensidade da ação enzimática e pela quantidade de microrganismos presente na carne, organismos esses que são tanto naturais do pescado quanto introduzidos pelo manuseio, desde a captura até o processamento. Portanto, é fundamental que, a partir da captura, adotem-se medidas eficazes para reduzir ao mínimo a ação das enzimas, dos microrganismos e do calor sobre o pescado, visando à garantia de um produto final de primeira qualidade para o consumo humano. Para evitar variações de temperatura, o pescado deve ser acondicionado em recipientes apropriados, impermeáveis, de preferência sob o gelo. Por se tratar de um produto altamente perecível, a higiene é um fator que deve ser rigorosamente observado tanto em ambientes que lidam com produtos pesqueiros quanto pelas pessoas que estejam ligadas à produção. Sendo assim, alguns itens devem ser seguidos: Todos os que manipulam produtos pesqueiros deverão manter suas mãos e unhas limpas, lavando-as todas as vezes que tiverem acesso ao local de manipulação; É proibida a utilização dos instrumentos de trabalho (baldes, facas, bandejas, balanças, etc.) para outras atividades, a fim de evitar a contaminação dos produtos finais por outros materiais; Evitar que os produtos tenham contato com medicamentos, cosméticos, suor, cabelos e outros corpos estranhos, devendo as pessoas envolvidas na produção estarem utilizando equipamentos de proteção individual (avental, gorro, luvas, etc.); Deve ser proibido o uso de cigarro nas instalações de produção. 47

48 A higiene do local de processamento do pescado envolve aspectos relacionados à localização, abastecimento de água, racionalização do fluxograma de processamento, entre outros, que influi diretamente na maior ou menor facilidade de manutenção. Localização: a localização da área de processamento deve ser a mais próxima possível do local de desembarque/captura. Abastecimento de água: a água é um elemento imprescindível O quadro abaixo mostra os principais cuidados a serem tomados quanto à higiene pessoal e limpeza do ambiente. Limpeza física e assepsia do ambiente Higiene pessoal Devem ser feitas para o controle de microorganismos patogênicos que alteram o pescado 1. Deve ser realizada antes e após da manipulação do pescado, utilizando os vestuários limpos, luvas, touca, bem como, o uso do sabão germicida para manter as instalações sanitárias limpas; 2. Não tossir, espirrar ou assuar o nariz próximo ao processamento do pescado. 3. Prender o cabelo para evitar a queda de fios; 4. Não fumar, como também, não alimentar-se durante o preparo do pescado; 5. Nunca experimentar e nem utilizar à mesma colher (ou outro utensílio) que esteja sendo usada no preparo do pescado; 6. Após usar o banheiro, lave as mãos antes de retornar a cozinha; 7. Após manusear o lixo, lave as mãos; 8. No caso de ferimentos nas mãos (como corte), estes devem ser cobertos e protegidos antes da manipulação do pescado; 9. Mantenha as unhas curtas e sempre limpas; 10. Evite a presença de animais na cozinha, como gatos e cachorros, por exemplo, por soltarem pelos que podem chegar aos alimentos. As etapas para o processamento do pescado serão seguidas a partir do fluxograma (modificado) proposto por Oetterer (2006)(Figura 4). Figura 4. FLUXOGRAMA DO PROCESSAMENTO E BENEFICIAMENTO DO PESCADO (OTTERER, 2006) (modificado) Captura Abate Lavagem Evisceração Filetagem Resíduos de carne Resíduo final Filés Produtos beneficiados Drenagem Embalagem Farinha de peixe Armazenamento em freezer 48

49 Etapas do processamento Inicialmente, para o processamento, após a despesca o pescado é lavado, eviscerado e são realizados cortes transversais e longitudinais ao longo do corpo do peixe; a pele é então retirada e os files podem ser obtidos (Figura 5). A B C D Figura 5. (A, B e C) Evisceração e cortes longitudinais e transversais, retirada da pele do corpo do peixe e extração do filé. (D) Produção dos filés. BENEFICIAMENTO DO PESCADO O beneficiamento do pescado se dá através da formulação de produtos utilizando os filés e resíduos das carnes dos peixes obtidos do processamento, constando de várias etapas. 1ª Etapa: Seleção e preparação de ingredientes: os ingredientes (verduras, farinha de rosca, margarina, temperos, etc.) são separados e posteriormente utilizados na formulação de cada produto (hambúrguer, almôndegas, lingüiça, entre outros). 2ª Etapa: Trituração dos filés: os filés são triturados manualmente até a obtenção de uma massa homogênea, sem indícios de escamas ou espinhas. Esta massa obtida é a matéria-prima para a formulação dos produtos beneficiados. 3ª Etapa: Formulação dos produtos: os produtos são formulados a partir de resíduos oriundos do processamento, juntamente com o acréscimo dos outros ingredientes. Formulação dos produtos Fishburguer Para a formulação do fishburguer, utiliza-se a massa do processado do peixe (matéria-prima) e os seguintes ingredientes: 1kg de filé ou sobras de carne de peixes sem pele, moída ou picada; 1 colher de sopa de margarina; 2 cebolas bem picadas; 2 colheres (sopa) de salsinha picada; 2 dentes de alho amassado; 49

50 sal e pimenta 3 colheres (sopa) de farinha de trigo ou rosca ½ xícara de chá de farinha de rosca (para amassar no hambúrguer depois de pronto). Modo de preparo: Lave o pescado, se o peixe, tire a pele e a espinha central. Junte todos os ingredientes e misture até formar uma massa homogênea. Forme bolas médias e coloque nas formas para hambúrgueres, ou ainda achate na palma das mãos, formando os hambúrgueres. Lingüiça de peixe Igualmente aos hambúrgueres, as lingüiças são feitas com resíduos ou mesmo filés de peixes. Ingredientes 10 kg de resíduos ou filés de peixes 500g de toucinho defumado 400g de sal 200g de colorau 20g de pimenta-do-reino 40g de goma 20g de cominho em pó 1 cabeça de alho amassado. Modo de preparo Retire o excesso de água dos pedaços de peixe, misture os ingredientes até virar uma massa. Para o enchimento da lingüiça pode ser usado a tripa de boi, porco ou carneiro, que também deve ser lavada com água, limão e vinagre. A massa preparada vai rechear a tripa. As amarras são feitas a cada 15 centímetros com barbante ou linha comum. Depois, ferva por 15 minutos. Retire da água quente e coloque por mais 15 minutos na água gelada, o que dá mais consistência á lingüiça. Tomadas todas as precauções de higiene, a pessoa tem a mesa uma lingüiça saborosa e de qualidade. Almôndegas de peixe Ingredientes 1kg peixe 1kg batata(s) cozida(s) 5 ovos 5 colheres (sopa) manteiga 200g farinha trigo 5 colheres (sopa) de leite sal Pimenta Modo de Preparo Retire as peles e as espinhas ao peixe e pique-o. Coza as batatas e reduza-as a purê. Junte os ovos inteiros, a manteiga derretida e 1 colher de sopa de farinha. Adicione o leite e tempere com sal, 50

51 pimenta e noz-moscada. Com a massa obtida forme bolas do tamanho de uma noz. O restante passe pela farinha. Patê de peixe Ingredientes 1 xic/chá de carne de peixes refogada à gosto Meia xícara de chá de azeitonas verdes 1 colher de sopa de azeite 3 colheres de sopa de manteiga 2 colheres de sopa de suco de limão 3 colheres de sopa de maionese Molho inglês (algumas gotas) Sal Cebola Tempero seco e pimenta-do-reino à gosto Modo de preparo Pique bem as azeitonas, a cebola, a salsa bem, junte os demais ingredientes e misture bem até obter uma pasta. Coloque todos os ingredientes no processador e bata-os alguns minutos até transformá-los numa pasta uniforme. Sirva com torradinhas ou pão francês em rodelas. Iscas de peixe Ingredientes 1kg de filé de peixe suco de 4 limões 4 dentes de alho picado 4 colheres (sopa) de cebola picada 2 colheres (sopa) de salsa picada 3 colheres de cebolinha picada ½ xícara de vinho branco seco. Modo de preparo Corte os filés em pequenas tiras. Tempere com sal, limão, cebola, alho, salsa, cebolinha e 3 cálices de vinho branco seco, tudo batido no liquidificador. Descanse o peixe temperado na geladeira por duas horas. Depois empane as tiras de peixes em farinha de trigo. Croquetes de peixe Ingredientes Pacote de biscoito de água e sal Margarina Filé de peixes Cheiro verde picadinho, à gosto. 51

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