Universidade Estadual de Goiás Centro Regional de Referência
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- Zaira Van Der Vinne Alcântara
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1 Universidade Estadual de Goiás Centro Regional de Referência CURSO DE ATUALIZAÇÃO SOBRE INTERVENÇÃO BREVE E ACONSELHAMENTO MOTIVACIONAL PARA USUÁRIOS DE ÁLCOOL, CRACK E OUTRAS DROGAS
2 Rede de Atenção e Reinserção social do usuário de drogas: SUS SUAS e suas inter relações. Sheila Alves da Cunha Musicoterapeuta SMS Goiânia Tereza de Souza Araújo Assistente Social SMS Goiânia
3 O Sistema Único de Saúde O Sistema Único de Saúde, regulamentado pelas leis 8080 e 8142 promulgadas em 1990, é orientado por princípios e diretrizes que orientam e organizam toda a lógica de funcionamento dos serviços prestados em saúde pública no Brasil. Nessa lógica, podemos citar aqui alguns destes princípios mais relevantes ao nosso assunto.
4 Princípios e diretrizes do SUS Universalidade de acesso; Integralidade de assistência (linha que articula todos os níveis de cuidado e complexidade dentro do sistema); Preservação da autonomia das pessoas; Igualdade da assistência; Equidade; Direito à informação; Participação da comunidade Controle Social; Descentralização político-administrativa;
5 Situando nosso tema nesses princípios... Todos estes princípios dizem respeito ao direito à saúde, garantido por lei, a qualquer cidadão brasileiro, usuário de drogas ou não.
6 Então quais equipamentos de saúde podem ser utilizados para este trabalho? Equipamentos da Atenção Básica em Saúde: ESF, NASF, PSE, CR; Equipamentos da Atenção Especializada em Saúde: CR, CAPS I, II ou III, CAPS AD, UA; Equipamentos da Urgência e Emergência em Saúde: HG, PS;
7 Atenção Básica em Saúde: As principais características da ATENÇÃO BÁSICA são: Constituir a porta de entrada do serviço espera-se da APS que seja mais acessível à população, em todos os sentidos, e que com isso seja o primeiro recurso a ser buscado.. Continuidade do cuidado a pessoa atendida mantém seu vínculo com o serviço ao longo do tempo, de forma que quando uma nova demanda surge esta seja atendida de forma mais eficiente; essa característica também é chamada de longitudinalidade. Integralidade o nível primário é responsável por todos os problemas de saúde; ainda que parte deles seja encaminhado a equipes de nível secundário ou terciário, o serviço de Atenção Primária continua co-responsável. Além do vínculo com outros serviços de saúde, os serviços do nível primário podem lançar mão de visitas domiciliares, reuniões com a comunidade e ações intersetoriais. Nessa característica, a Integralidade também significa a abrangência ou ampliação do conceito de saúde, não se limitando ao corpo puramente biológico. Coordenação do cuidado mesmo quando parte substancial do cuidado à saúde de uma pessoa for realizado em outros níveis de atendimento, o nível primário tem a incumbência de organizar, coordenar e/ou integrar esses cuidados
8 ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes, e na manutenção da saúde desta comunidade. Sugestão: assistir aos vídeos institucionais do M.S. sobre a ESF e NASF
9 NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA: O NASF deve ser constituído por equipe multiprofissional atuando em conjunto com as equipes de Saúde da Família, compartilhando e apoiando as práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade das ESF; Ele não se constitui porta de entrada do sistema para os usuários; O objetivo do NASF é ampliar a abrangência e o escopo das ações da AB, bem como sua resolutividade, apoiando a ESF na rede de serviços e no processo de territorialização e regionalização; Seu processo de trabalho compreende ações de Apoio Matricial, que apresenta dimensões de suporte assistencial (diretamente com os usuários) e técnicopedagógica (com as equipes)
10 PROGRAMA DE SAÚDE NA ESCOLA: O Programa Saúde na Escola (PSE), lançado em setembro de 2008, é resultado de uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação que tem o objetivo de reforçar a prevenção à saúde dos alunos brasileiros e construir uma cultura de paz nas escolas. O programa está estruturado em quatro blocos: 1) avaliação das condições de saúde; 2) promoção da saúde e da prevenção, que trabalhará as dimensões da construção de uma cultura de paz e combate às diferentes expressões de violência, consumo de álcool, tabaco e outras drogas. Também neste bloco há uma abordagem à educação sexual e reprodutiva, além de estímulo à atividade física e práticas corporais; 3)educação permanente e capacitação de profissionais e de jovens; 4) monitoramento e a avaliação da saúde dos estudantes.
11 Atenção Especializada em Saúde Compreende a rede de serviços responsáveis por problemas de saúde em nível de média e alta complexidade; Dentre estes serviços encontramos as Unidades de Saúde responsáveis por atendimentos em Saúde Mental: transtornos psiquiátricos e problemas decorrentes do uso abusivo e dependência de álcool e outras drogas;
12 CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: Seu objetivo é oferecer atendimento à população, realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), entre todos os dispositivos de atenção à saúde mental, têm valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. Com a criação desses centros, possibilita-se a organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país. Os CAPS são serviços de saúde municipais, abertos, comunitários que oferecem atendimento diário.
13 É função dos CAPS: - prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando as internações em hospitais psiquiátricos; - acolher e atender as pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em seu território; - promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais por meio de ações intersetoriais; - regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de atuação; - dar suporte a atenção à saúde mental na rede básica; - organizar a rede de atenção às pessoas com transtornos mentais nos municípios; - articular estrategicamente a rede e a política de saúde mental num determinado território - promover a reinserção social do indivíduo através do acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.
14 TIPOS DE CAPS PREVISTOS PELA PORTARIA GM n.º336/2002 CAPS I: serviço generalista, que atende demandas de transtornos mentais e transtornos decorrentes do uso de álcool e outras drogas em todas as faixas etárias. Para municípios com e habitantes. Funcionamento diurno durante a semana; CAPS II: serviço especializado, para áreas com população adscrita entre e habitantes. Podem ser específicos para transtornos mentais na clientela adulta, transtornos mentais infanto-juvenis e para problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas (AD); funcionamento diurno durante a semana; CAPS III: semelhante ao CAPS II, porém com funcionamento 24hs. População acima de habitantes;
15 O perfil populacional dos municípios é sem dúvida um dos principais critérios para o planejamento da rede de atenção à saúde mental nas cidades, e para a implantação de centros de Atenção Psicossocial. O critério populacional, no entanto, deve ser compreendido apenas como um orientador para o planejamento das ações de saúde. De fato, é o gestor local, articulado com as outras instâncias de gestão do SUS, que terá as condições mais adequadas para definir os equipamentos que melhor respondem às demandas de saúde mental de seu município.
16 CONSULTÓRIOS DE RUA: Os Consultórios de Rua constituem uma modalidade de atendimento extramuros dirigida aos usuários de drogas que vivem em condições de maior vulnerabilidade social e distanciados da rede de serviços de saúde e intersetorial. São dispositivos clínico-comunitários que ofertam cuidados em saúde aos usuários em seus próprios contextos de vida, adaptados para as especificidades de uma população complexa. Promovem a acessibilidade a serviços da rede institucionalizada, a assistência integral e a promoção de laços sociais para os usuários em situação de exclusão social, possibilitando um espaço concreto do exercício de direitos e cidadania.
17 UNIDADES DE ACOLHIMENTO TRANSITÓRIO Dispositivos incentivados pelo Ministério da Saúde por meio de edital lançado em 2010, inspirados pela experiência das Casas do Meio do Caminho implantadas pela SMS da cidade de Recife; Constituem-se em serviços de caráter residencial e transitório para atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade e risco em decorrência do uso de álcool e outras drogas; Podem ser de dois tipos: Adulto até 15 vagas e Infanto-Juvenil (de 10 a 18 anos) até 10 vagas Regulamentados pela Portaria 121 de janeiro de 2012.
18 LEITOS DE ATENÇÃO INTEGRAL: São todos os recursos de hospitalidade e de acolhimento noturno articulados à rede de atenção à saúde mental: leitos de Hospitais Gerais, de CAPS III, das emergências gerais, dos Serviços Hospitalares de Referência para Álcool e Drogas; Esses leitos devem ofertar o acolhimento integral ao paciente em crise e devem estar articulados com outros dispositivos de referência para o paciente. A tendência é que essa rede de leitos de atenção integral se expanda e substitua a internação em hospitais psiquiátricos convencionais. Para tanto, é preciso investimento dos gestores. Os leitos de atenção integral em saúde mental são um componente essencial da porta de entrada da rede assistencial e um mecanismo efetivo de garantia de acessibilidade.
19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coordenação Nacional de Saúde Mental. Consultórios de Rua do SUS. Material de trabalho para a II Oficina Nacional de Consultórios de Rua do SUS. Ministério da Saúde/EPJN-FIOCRUZ : Brasília, setembro 2010, 48 p. pt.wikipedia.org/wiki/atencao_primaria_a_saude dab.saude.gov.br/atencaobasica.php Lei 8080/90 Lei 8142/90 portal.saude.gov.br
20 ASSISTÊNCIA SOCIAL- MARCO LEGAL Conforme disposto no art.194 da Constituição Federal, a Assistência Social é uma das políticas que compõem a seguridade social, estando disciplinada nos arts. 203 e 204 da Carta Magna; LEI de 7 de dezembro de 1993 regulamenta a assistência social como política pública não contributiva, de direito do cidadão e dever do estado; A Política Nacional de Assistência Social aprovada pela Resolução nº 15 de 15 de outubro de 2004, expressa exatamente a materialidade das diretrizes da lei orgânica de assistência social - Lei 8.742/1993; A Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social - NOB/SUAS aprovada pela Resolução Nº 130 de 15 de julho de 2005, CNAS, visa a implementação e consolidação do SUAS.
21 ASSISTÊNCIA SOCIAL TEM COMO PRINCÍPIOS: Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica; Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas; Respeito á dignidade do cidadão, a sua autonomia e ao seu direito aos benefícios e serviços de qualidade, bem, como, à convivência comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se a equivalência às populações urbanas e rurais;
22 ASSISTÊNCIA SOCIAL TEM COMO OBJETIVO: A proteção social que visa à garantia da vida, a redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente: A proteção à família, à maternidade, à infância e a velhice; O amparo às crianças e aos adolescentes carentes; A promoção da integração ao mercado de trabalho; A habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção à vida comunitária; A garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício à pessoa com deficiência e ao idoso que não possuir meios de prover a própria manutenção, ou tê-la provida por sua família.
23 ASSISTÊNCIA SOCIAL TEM COMO DIRETRIZES: Descentralização político-administrativa para Estados, Distrito Federal e Municípios e comando único das ações em cada esfera de governo; Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; Primazia da responsabilidade do estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo.
24 SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL- SUAS LEI DE 06 DE JULHO DE 2011 Da Organização e da Gestão: A gestão das ações na área da assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de assistência Social (SUAS); Consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre os entes federativos que, de modo articulado, operam a proteção social não contributiva.
25 PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA Os Serviços de Proteção Básica, de caráter preventivo são oferecidos pelos: Centros de Referência de Assistência Social CRAS Os CRAS são porta de entrada para a rede de serviços de assistência social; O Programa de Atenção Integral à família(paif) é um dos principais serviços de apoio às famílias e indivíduos, garantindo-lhes a inclusão social, por meio de ações preventivas que visam a sua autonomia pessoal e financeira e a garantia da convivência familiar e comunitária.
26 PROTEÇÃO ESPECIAL BÁSICA Os serviços de proteção especial se dividem em média e alta complexidade e são realizados de forma integrada nos: Centro de Referencia Especializados de Assistência Social -CREAS Que atuam nas seguintes áreas : Enfretamento das diversas formas de violência, em especial pelo fim da exploração sexual infanto-juvenil; Execução de medidas sócio-educativas de Liberdade Assistida- LA e Prestação de Serviços à Comunidade
27 Referências Bibliográficas Brasil Constituição Federal de 1988 Brasil MDS-Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais-2009 BRASIL Lei Orgânica de Assistência Social MDS Orientações Técnicas Centro de Referencia de Assistência Social-2009
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