ANALISE CRÍTICA DA METODOLOGIA DE MANUTENÇÃO PREDIAL DO MPDFT ESTUDO DE CASO
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1 ANDRÉ DOURADO LOIOLA ANALISE CRÍTICA DA METODOLOGIA DE MANUTENÇÃO PREDIAL DO MPDFT ESTUDO DE CASO Artigo apresentado ao curso de graduação em Engenharia Civil da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para a obtenção de Título de Bacharel em Engenharia Civil. Orientador: MSc. Nielsen José Dias Alves Brasília 2015
2 Artigo de autoria de André Dourado Loiola, intitulado ANALISE CRÍTICA DA METODOLOGIA DE MANUTENÇÃO PREDIAL DO MPDFT ESTUDO DE CASO, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil da Universidade Católica de Brasília, em 08 de junho de 2015, defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada: Prof. MSc. Nielsen José Dias Alves Orientador Curso de Engenharia Civil UCB Prof. MSc. Luciana Nascimento Lins Examinadora Curso de Engenharia Civil UCB Brasília 2015
3 DEDICATÓRIA Agradecimento ao maior Engenheiro que já existiu e que me guiou até aqui. E disse Jesus: Quem ouve meus ensinamentos e vive de acordo com eles é como um homem sábio que construiu a sua casa na rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa. Porém ela não caiu porque havia sido construída na rocha. Todavia, quem ouve esses meus ensinamentos e não vive de acordo com eles é como um homem insensato que construiu a sua casa na areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa. Ela caiu e ficou totalmente destruída. Mateus 7:24-29
4 AGRADECIMENTOS Agradeço a meus pais Antônio Santana Cardoso e Lindaci Silva Dourado Cardoso por me dar todas as condições para chegar onde cheguei, a minha esposa e companheira de lutas e sacrifício Sandra Santana dos Anjos Loiola, minha querida filha Andressa Santana dos Anjos Loiola que foi o motivo de tanto esforço, e a meus irmãos Thiago Dourado Loiola, Andréia Silva Cardoso e Thiala Silva Cardoso que não mediram esforços para me ajudar. Agradeço ainda a todos os familiares que direta ou indiretamente sempre estiveram me incentivando. Agradeço também ao meu orientador Nielsen José Dias Alves, que com paciência quase que infinita me ajudou a concluir esse trabalho.
5 ANALISE CRÍTICA DA METODOLOGIA DE MANUTENÇÃO PREDIAL DO MPDFT ESTUDO DE CASO ANDRÉ DOURADO LOIOLA RESUMO Na manutenção predial o desejo é de que o edifício alcance o melhor desempenho e a maior vida útil possível, e para alcançar esses objetivos a manutenção predial deve ser pensada e preparada desde a concepção dos projetos até a conclusão com a disponibilização das informações através do Manual do Proprietário e os as buit dos projetos. Só assim, a manutenção poderá elaborar um plano que contemple todos os sistemas, elementos e equipamentos. Os procedimentos de execução dos serviços devem ser planejados e documentados. Será através da Inspeção Predial e novas tecnologias que a manutenção predial encontrará a ferramenta para atualização dos seus planos e identificação de anomalias e ou falhas a princípio não perceptíveis a olho nu. A melhoria do plano de manutenção do MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Território) é necessária para melhor atender às necessidades dos seus clientes e também garantir a segurança e vida útil dos seus edifícios. Palavras-chave: Manutenção predial. Inspeção predial. Normas. Órgão Público.
6 1.0 INTRODUÇÃO O objetivo do presente trabalho é revisar a bibliografia concernente à manutenção predial, procurando enfatizar seus principais conceitos, a importância do projeto, das informações de execução dos edifícios, bem como analisar o sistema de manutenção predial do MPDFT como estudo de caso. É também escopo desta pesquisa propor métodos e materiais que venham a melhorar o sistema de manutenção predial do MPDFT, bem como chamar a atenção de arquitetos e engenheiros para o fato de que o equacionamento dos problemas de manutenção predial passa pela conscientização da importância do tema, que deve ser observado já na fase de projeto, orçamentação e execução. Diante dos noticiários de desastres ocorridos em prédios nos últimos anos houve uma grande mobilização dos órgãos de classe e profissionais de Engenharia Civil e Arquitetura, com o objetivo de criar normas e procedimentos que contemplem desde o projeto, a execução, a utilização e manutenção das construções, a fim de se obter maior desempenho e vida útil. Em prédios públicos observa-se certa omissão dos responsáveis pela manutenção predial, desta forma, constantemente prédios são retirados de serviço muito antes de cumprir a sua vida útil projetada (VUP), provocando auto custo de recuperação e ou de construção de novas unidades. De acordo NBR 5674 a manutenção predial não pode ser feita de modo improvisado, esporádico ou casual. Ela deve ser entendida como serviço técnico perfeitamente programável e com um investimento da preservação do valor patrimonial. Se o objetivo da gestão for atingir maior eficiência e eficácia na manutenção de um conjunto de edificações, de acordo a NBR 5674 é necessário uma abordagem fundamentada em procedimentos organizados em um sistema na gestão da manutenção, segundo uma lógica de controle de qualidade e de custo. Pode-se também explorar a necessidade de segurança jurídica em construções de prédios públicos, haja vista que nem sempre se estabelece a responsabilidade de projetistas, executante e mantenedor. Com base neste impasse é importante que o projetista e o construtor oriente corretamente o proprietário ou usuário sobre como operar, conservar e manter uma edificação corretamente, assim as partes envolvidas, estarão mais conscientes
7 das suas funções e responsabilidades, minimizando problemas e atritos jurídicos futuros. Desta forma fica claro o diagnostico se um determinado problema possui causa patológica decorrente do mau uso, falha de manutenção ou se, de fato, trata-se de um problema decorrente de falhas no método construtivo ou de projeto. Nas instalações do MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios), com o sistema de manutenção atual, as patologias encontradas são tratadas sem mesmo identificar as causas e os respectivos responsáveis, nem são tomadas providências para evitar que ocorram novamente. Os prédios do MPDFT são próprios e alugados, e precisam de manutenção periódica, no intuído de preservar as características originais e prevenir a perda de desempenho decorrentes da degradação dos seus sistemas, elementos ou componentes. 2.0 DESENVOLVIMENTO Para o desenvolvimento do presente artigo, foi adotada a metodologia de análise de bibliografias sobre o tema, abordando o histórico da manutenção, algumas normas relacionadas a manutenção predial e a Inspeção predial como ferramenta para diagnosticar as principais patologias das edificações, suas causas e a etapa que cometeu as respectivas falhas, bem como a pesquisa de campo, que permitiu, a partir da utilização de equipamentos inovadores, indicar possíveis problemas causados em razão da ausência de manutenção predial adequada, no edifício visitado. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA PESQUISA PRÁTICA INSPEÇÃO PREDIAL DESENVOLVIMENTO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS CONSTATAÇÃO DA REALIDADE PRÁTICA ANÁLISE PROPOSTAS DE METODOS E MATERIAIS PARA O SISTEMA DE MANUTENÇÃO DO MPDFT
8 2.1 HISTÓRICO DA MANUTENÇÃO PREDIAL Ao final da década de 50, estudos sobre manutenção predial começaram a ser realizados em alguns países europeus, apesar de que ainda de forma bastante modesta. Posteriormente, a importância das pesquisas focadas neste assunto foi reconhecida pela criação do Comitê de Manutenção das Construções pelo Ministério de Construções e Serviços Públicos do Governo Britânico em 1965, segundo SEELEY (1987) apud Müller (2010). A partir de então, a temática ganhou um destaque expressivo em caráter mundial e em 1979 foi fundado o grupo de trabalho W70 do CIB (International Council for Research and Innovation in Building and Construction), dando ainda mais importância aos estudos sobre manutenção predial. Daí em diante, esse grupo se solidificou como uma das mais importantes fontes de pesquisa na área. De acordo os estudos de Müller (2010) no Brasil, somente no final da década de 80, o interesse pela manutenção predial teve início com os trabalhos de CREMONINI (1989), DAL MOLIN (1988), HELENE (1988), IOSHIMOTO (1988) e LICHTENSTEIN (1986), concentrando-se principalmente em manifestações patológicas e suas respectivas causas e origens, em trabalhos visando melhorias nas etapas iniciais do processo construtivo, e em estudos de durabilidade de materiais e componentes. Depois foram realizados também estudos com ênfase em sistemas de manutenção aplicados a edificações não residenciais (LOPES, J. 1993; LOPES, B. 1998), e mais recentemente, pode-se destacar o trabalho de Meira (2002), que tem o foco no gerenciamento da manutenção. No que diz respeito à normatização concernente ao assunto, de forma geral, existem as normas NBR (Manual de operação, uso e manutenção das edificações conteúdo e recomendações para elaboração e apresentação) e NBR 5674 (Manutenção de edifícios). Apesar de existirem estudos diversos sobre o tema, em especial em bibliografia internacional, no cenário nacional estes estudos ainda são bastante modestos. Desta forma, o presente trabalho visa oferecer uma contribuição à área em termos nacionais.
9 2.2 ANÁLISE DAS NORMAS Os termos normativos que contemplam especificamente os procedimentos que tratam do controle e da avaliação da qualidade de um Sistema de Manutenção de Edificações é a NBR 5476/2012 Manutenção de edificações - Requisitos para o sistema de gestão de Manutenção, NBR 14037/2011 Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e manutenção das edificações Requisitos para elaboração e apresentação dos conteúdos, além destas, a Norma de Inspeção Predial IBAPE/SP NBR 5476/2012 Manutenção de edificações A NBR 5476/2012 tem por finalidade maior estabelecer os requisitos mínimos para a gestão de manutenção em edificações que resultam na preservação das características originais das edificações e previne a perda do desempenho e redução da vida útil decorrentes da degradação de seus sistemas, elementos e componentes. Na norma encontram-se os requisitos para a manutenção, onde devem ser considerados as características da edificação como tipologia da edificação, uso efetivo da mesma, tamanho e complexidade de elementos, componentes e sistemas, além da localização e implicações com o entorno. Com base nestes requisitos a organização da gestão do sistema de manutenção deve ser prevista uma infraestrutura de material, técnicas, financeira e de recursos humanos capazes de atender aos diferentes tipos de manutenção necessárias à uma edificação: Manutenção rotineira que consiste em um fluxo de serviços como limpeza geral e lavagem; Manutenção corretiva serviços executados de imediato, provenientes de falhas e ou risco eminente, que tem por fim evitar riscos e ou prejuízos pessoais e patrimoniais. Manutenção preventiva caracteriza-se pelo planejamento antecipado, orçamento e recursos programados de forma atender as solicitações dos usuários e estimativas de durabilidade do sistema, elemento ou equipamento da edificação.
10 Manutenção preditiva tem por finalidade melhorar um equipamento, sistema ou elemento, de forma a evitar acidentes, prejuízos e principalmente proporcionar aumento de vida útil a edificação como um todo, mesmo antes de apresentar qualquer falha. Para a gestão adequada dos sistemas as manutenções devem ser bem coordenadas de acordo suas especificidades; para melhor gerir esse sistema o Programa de manutenção deve especificar se os serviços devem ser realizados por empresa capacitada, empresa especializada ou equipe de manutenção local. As Inspeções devem ser executadas por profissionais experientes e qualificados de forma nos períodos especificados no programa de manutenção; estas inspeções devem ser realizadas de forma a gerar registros fáceis de serem recuperados e que abranja toso os sistemas, subsistemas e equipamentos, considerando as situações de cada um e indicação de riscos à saúde e segurança dos usuários. Também consta como requisitos o programa de manutenção como a determinação das atividades essenciais de manutenção, suas prioridades, responsáveis, documentos de referência, referências normativas e recursos. Este programa deve ser atualizado periodicamente de acordo orientação do manual do proprietário e ou dos laudos de inspeções. Este Programa deve ser muito bem detalhado e é com ele e através dele que toda a manutenção vai se orientar, por isso devem ser consideradas todas as características do sistema, equipamento e ou componente da edificação. O programa deve atender a uma estrutura básica e que contenha no mínimo o seguinte: a) Designação do sistema, quando aplicável aos elementos e componentes; b) Descrição das atividades; c) Periodicidades observando as características de cada sistema ou elemento; d) Identificação do responsável pela execução; e) Forma de como será verificado; f) Documentos de referência e registro de execução; g) Custos de cada etapa da execução. Outro requisito fundamental é o da documentação, este por sua vez disponibilizará evidências de sua execução e também concederá dados de custos, eficiência da execução, garantias de cumprimento dos planejamentos e servirá como base para futuros orçamentos e
11 planejamentos; no caso de órgãos públicos, também servirão como evidências de cumprimento do contrato em auditorias de órgãos controladores. Por fim a NBR 5476/2012 estabelece outro requisito que é identificar os responsáveis para cada etapa da construção até a fase da Vida Útil do edifício, seja ele o Construtor, proprietário, sindico ou empresa terceirizada responsável pela manutenção. Pini (2011, p. 36), ensina [...] Os componentes e os elementos integrantes dos sistemas construtivos devem ser especificados em consonância com o nível a ser atingido para que tenham desempenho compatível durante o uso, ao longo da vida útil prevista. Caberá ao Projetista determinar a vida útil das edificações e indicar as ações de manutenção, que já deverão constar do escopo dos projetos para os sistemas integrantes da edificação, que deverão ser projetados, inclusive, sob a observância dos princípios da Manutenabilidade NBR 14037/2011 Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e manutenção de edificações A NBR tem por finalidade maior estabelecer os requisitos mínimos para elaboração e apresentação dos conteúdos a serem incluídos no manual de uso, operação e manutenção das edificações elaborado e entregue pelo construtor e/ou incorporador, conforme legislação vigente. Os principais objetivos desta norma é: a) Informar aos proprietários e aos condomínios as características técnicas da edificação construída; b) Descrever procedimentos recomendáveis e obrigatórios para a conservação, uso e manutenção da edificação, bem como para operação dos equipamentos; c) Em linguagem didática, informar e orientar os proprietários e o condomínio com relação às obrigações no tocante à realização de atividades de manutenção e conservação, e de condições de utilização da edificação; d) Prevenir a ocorrência de falhas ou acidentes decorrentes de uso inadequado; e) Contribuir para que a edificação atinja a vida útil de projeto.
12 Com essas informações exigidas em norma as informações técnicas mínimas necessárias ao desenvolvimento das atividades de uso, operação dos equipamentos e manutenção das edificações são fornecidas. Para a elaboração e apresentação do manual a norma estabelece alguns requisitos que são: a) Linguagem utilizada: a linguagem deve ser simples e direta, utilizando vocábulo preciso e adequado ao proprietário e ao condomínio e o nível de detalhamento deve ser compatível com a complexidade da edificação e sua operação. b) Estrutura do manual: este deve ser de tal forma que facilite ao proprietário e o condomínio a obtenção das informações necessárias para operação e manutenção da edificação, uma boa prática é a utilização de tabelas como no exemplo do Anexo A. A norma também estabelece requisitos para os capítulos e subdivisões do manual, que são: a) Apresentação, que deve conter índice de preferência alfanumérico de forma sequência; Introdução que deve ter informações do empreendimento e comentários do manual; Definições, apenas as necessárias à compreensão de certos termos técnicos; b) Garantias e assistência técnica, esta subdivisão deve conter informações sobre os prazos de garantias; condições de perda de garantia; assistência técnica do construtor, quais as situações em que o mesmo se obriga a prestar os serviços, esclarecer as dúvidas referentes à manutenção, garantia e assistência técnica; c) Memorial descritivo, este deve apresentar uma descrição escrita e ilustrativa da edificação como construída e devem conter: 1- Informações sobre aspectos importantes para o proprietário e para o condomínio, como propriedades específicas previstas em projeto e sistema construtivo empregado; 2- Desenhos esquemáticos, com dimensões cotadas, que representem a posição das instalações; 3- Descrição dos sistemas e, quando aplicável, dos elementos e equipamentos; 4- Cargas máximas admissíveis nos circuitos elétricos; 5- Cargas estruturais máximas admissíveis; 6- Descrição sucinta dos sistemas;
13 7- Relação dos componentes utilizados para acabamentos (por exemplo, revestimentos cerâmicos, tintas, metais, ferragens, esquadrias, vidros, etc.) com as suas especificações; e 8- Sugestão ou modelo do programa de manutenção; Abordagem e a extensão das informações vão depender da complexidade da edificação ou dos equipamentos. d) Fornecedores, deve conter a relação e contatos dos fornecedores, projetistas e serviços de utilidade publicas utilizados; e) Operação, uso e limpeza, trata-se dos procedimentos para operar, usar e limpar a edificação e os principais equipamentos a fim de prevenir danos que possam acarretar consequências graves; estes procedimentos devem conter as seguintes informações: 1- Descrição clara dos procedimentos para solicitação de ligação dos serviços públicos, informando endereços, telefones de contato, documentação necessária, etc.; 2- Instruções sobre onde e como instalar os equipamentos previstos em projetos para serem fornecidos e instalados pelo usuário; 3- Instrução pata a movimentação horizontal e vertical nas áreas comuns do edifício, identificando as dimensões e cargas máximas de móveis e equipamentos dentro da edificação construída; 4- Instrução para uso; 5- Recomendações para limpeza; 6- Recomendações específicas de acesso de pessoas e manutenção à cobertura. f) Manutenção, para o bom funcionamento da edificação deve ser elaborado pelo proprietário ou condomínio o programa de manutenção, baseado nas informações do construtor e com o grau de detalhamento que a complexidade da edificação, uso e equipamentos exigirem. O manual deve atender aos requisitos da NBR g) Informações complementares, como o título já diz o manual deve conter recomendações para o uso racional de água, energia, gás e coleta seletiva de lixo, incluindo resíduos de construção e outros; h) Segurança, são instruções que devem constar sobre procedimentos que devem ser adotados em caso de emergência, de providências rápidas e que visem garantir a
14 segurança pessoal e patrimonial, recomendações de evacuação de prédio, informações sobre modificações e limitações; i) Operações e suas ligações, devem ter referências especificas dos fornecedores dos equipamentos e sistemas para operação e manutenção de forma que os mesmos sejam respaldados tecnicamente; j) Documentação técnica e legal; devem conter a relação de documentos indicando a incumbência pelo fornecimento inicial, o responsável e a periodicidade da renovação; k) Elaboração e entrega do manual, a elaboração do manual, objeto desta Norma, deve ser feito por empresa ou responsável técnico. A entrega deve ser feita pela incorporadora ou construtora; l) Atualização do manual, deve conter uma advertência explicita e grifada ao proprietário ou condomínio a respeito de sua responsabilidade pela atualização obrigatória do conteúdo sempre da realização de modificação na edificação em relação ao original construído e documentado no manual original Norma de Inspeção Predial IBAPE/SP-2012 Esta norma tem por objetivo principal fixar as diretrizes, conceitos, convenções, notações, critérios e procedimentos relativos à inspeção predial, cuja realização é de responsabilidade e da exclusiva competência dos profissionais, engenheiros e arquitetos, legalmente habilitados pelos Conselhos regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia CREAS, de acordo com a Lei Federal 5194 de 21/12/1966 e resolução do CONFEA. Segundo a referida norma, as inspeções podem ser classificadas em níveis sendo eles: a) Nível 1 identificação das anomalias e falhas aparentes, elaborada por profissional habilitado; b) Nível 2 vistoria para identificação de anomalias e falhas aparentes eventualmente identificadas com o auxílio de equipamentos e/ou aparelhos, bem como análise de documentos técnicos específicos, consoante à complexidade dos sistemas construtivos. A inspeção nesse nível é elaborada por profissional habilitado em uma ou mais especialidade.
15 c) Nível 3 equivalente aos parâmetros definidos para inspeção de NÍVEL 2, acrescida de auditoria técnica conjunta ou isolada de aspectos técnicos, de uso ou de manutenção predial empregada no empreendimento, além de orientações para a melhoria e ajuste dos procedimentos existentes no plano de manutenção. Já em relação aos conceitos, A Norma de Inspeção Predial IBAPE/SP-2012 estabelece que: Critérios: se baseiam nas análises do risco oferecido aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio, diante as condições técnicas, de uso, operação e manutenção da edificação, bem como da natureza da exposição ambiental. A análise do risco consiste na classificação das anomalias e falhas identificadas nos diversos componentes de uma edificação, quanto ao seu grau de urgência, relacionado com fatores de conservação, depreciação, saúde, segurança, funcionalidade, comprometimento de vida útil e perda de desempenho. Metodologia, consiste em: a) Determinação do nível e tipo de inspeção; b) Verificação da documentação; c) Obtenção de informações dos usuários, responsáveis, proprietários e gestores das edificações; d) Inspeção dos tópicos da listagem de verificação; e) Classificação das anomalias e falhas; f) Classificação e análise das anomalias e falhas quanto ao grau de risco; g) Ordem de prioridades; h) Indicação das orientações técnicas; i) Classificação do estado de conservação; j) Recomendações gerais e de sustentabilidade; k) Tópicos essenciais do laudo; l) Responsabilidades; Gomide et al.(2014, p. 16), ensina O principal objetivo do checup predial é determinar as irregularidades prediais que possam prejudicar a qualidade da edificação, tais quais os apontamentos dos médicos sobre as doenças e os maus hábitos humanos que prejudicam a saúde. Esse conhecimento técnico das irregularidades prediais é fundamental para que se
16 possa planejar o tratamento predial de qualidade, representado pelos bons cuidados técnicos, de manutenção e de uso. A inspeção predial constitui-se, portanto, de um retrato técnico da qualidade edilícia em determinado momento, favorecendo estabelecer providências e responsabilidades pelo cuidado do prédio. O bom retrato indica o bom gestor predial, a foto desfocada recomenda correções e melhorias. O retrato da inspeção predial também é útil ao gestor do prédio na fase da garantia, pois a atenção com a saúde do bebê predial é fundamental, inclusive para preservar a garantia e evitar a degradação precoce. Desta maneira, as normas indicadas neste estudo auxiliam no estudo da manutenção do edifício de uma das unidades do MPDFT, na região administrativa do Gama, sendo este o caso escolhido. Em razão da ausência de manutenção preventiva adequada, no intuito de levantar possíveis falhas foi realizada uma inspeção predial, com base no disposto nas normas e a partir dos equipamentos tecnológicos inovadores na Engenharia Diagnóstica. Os termos normativos enfatizam pontos essenciais para elaboração do plano de manutenção predial, no intuito de que os mesmos atendam todas as necessidades do setor e ou da empresa de execução da manutenção propriamente dita. Nas etapas de elaboração do plano de manutenção foram ressaltados pontos que devem constar no plano para que o mesmo seja minimamente eficiente e atenda aos seus objetivos, que são: a designação do sistema, descrição das atividades a serem realizadas, periodicidades de manutenção e ou revisão de acordo com as características de cada sistema ou elemento, identificação do responsável pela execução, formas de como serão verificados, documentos de referências e registros de execução e por fim os custos de cada etapa da execução. Nas normas de manutenção o principal ponto que deve ser observado é responsabilidade de cada autor do processo de construção até o de execução da própria manutenção, em estar fornecendo as informações para subsidiar as etapas da manutenção que serão realizadas após a conclusão da construção do edifício. Tais devem ser fornecidas desde a concepção dos projetos, até a execução dos mesmos com as descrições exatas das execuções (as built), com as informações de possíveis alterações dos projetos, com os respectivos desenhos, as informações necessárias para operação e uso dos equipamentos e sistemas, quais limites de cargas e utilização de cada equipamento e ou estrutura, entre outras. Também é importante ressaltar que o manual do proprietário será a base para
17 elaboração da manutenção já que o mesmo contém todas as informações para elaboração do mesmo e este é de responsabilidade do construtor. A norma de inspeção predial, tem por finalidade complementar e ou auxiliar as de manutenção predial, já que no decorrer das manutenções prediais se faz necessário a inspeção periódica de profissionais habilitados, no intuito de identificar anomalias e ou falhas de manutenção causadas por falhas de projetos, na execução e ou no processo de manutenção. Estes laudos balizarão as decisões quanto aos procedimentos de manutenção, a atualização de seu plano e ou ações emergenciais que devem ser tomadas para garantir a vida útil do edifício e ou até prolongar. 2.3 MATERIAIS Para a inspeção Predial serão utilizados equipamentos inovadores na Engenharia Diagnóstica, que são eles: Figura 01 - Drone modelo Phantom 2 vison quadricoptero com gimbal acoplado Fonte: Autor Figura 02 - Câmera Gopro Hero 3 + Bçack Edition Fonte: Autor
18 Figura 03 - Câmera termográfica TAU 2 FLIR Fonte: Autor Figura 04 - Software FLIR TOOls Figura 05 - Câmara Digital Fonte: Autor Fonte: Autor
19 3.0 O CASO: MANUTENÇÃO DO MPDTF Neste capitulo será abordado a descrição do caso em estudo, o prédio da Promotoria de Justiça do Gama, este pertencente a estrutura do MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios); A estrutura do MPDFT consta de 23 edifícios, sendo destes um galpão que funciona como garagem, dois edifícios de nove andares que são a sede do Ministério Público do Distrito Federal, localizados no Eixo Monumental, praça do Buriti, sete edifícios próprios onde funcionam as promotorias de justiça nas cidades satélites e mais doze prédios alugados também nas cidades satélites. Para desenvolver o trabalho foi escolhido o segundo edifício próprio mais velho do Distrito Federal o Edifício da Promotoria de Justiça do Gama, inaugurado em 08 de agosto de 2004, já que o mais velho (Promotoria de Justiça de Taguatinga, inaugurada em 15 de julho de 1999) está em reforma. Como o objetivo é fazer o estudo de caso e propor melhoria no plano de manutenção, o trabalho se faz mais adequado analisar o edifício próprio e o mais velho já que se tem um projeto padrão para os edifícios próprios. Figura 06 Fachada principal da PJG Figura 07 Fachada lateral direita da PJG Fonte: Autor Fonte: Autor Figura 08 Entrada principal da PJG Fonte: Auto
20 O edifício da PJG (Promotoria de Justiça do Gama), localizada na Quadra 1, Lotes 860, 880 e 900, Setor Industrial Leste, Gama-DF, é um edifício padrão do MPDFT, com três pavimentos, o primeiro andar, térreo e subsolo, com área do Lote de m² e 4.583,35 m² de área construída, 54 vagas de garagem, ar condicionado central, um elevador, gerador de energia, equipamento de No breack, fachada com revestimento cerâmico e películas de vidro. Neste edifício funcionam treze promotorias de justiça com o objetivo de atender a população da cidade satélite do Gama, para isso a promotoria conta com um número de 126 pessoas entre terceirizados, servidores e promotores e circulam na promotoria aproximadamente pessoas ao ano. O MPDFT tem uma Divisão de Arquitetura e Engenharia que é responsável desde a concepção da ideia do projeto até a manutenção dos mesmos, esta Divisão é subdividida em quatro Departamentos, o departamento de elaboração de projetos, o de orçamentação e licitação, o de fiscalização de execução de obras e o departamento de manutenção. No departamento de manutenção também há subdivisões; o mesmo subdivide-se em setor de manutenção de equipamentos e máquinas mecânicas e elétricas, setor de manutenção predial do edifício sede e setor de manutenção das unidades descentralizadas, este último é o setor responsável pelo edifício em estudo. Para execução da manutenção predial da estrutura do MPDFT foram feitos dois contratos, um para os dois edifícios sedes e outro para atender os vinte edifícios distribuídos nas cidades satélites; No contrato que atende as unidades das cidades satélites a equipe de manutenção é composta por 38 profissionais[ (1 Eng. Eletricista (40 h mensais), 1 Eng. Civil (8 h mensais), 2 supervisores, 2 eletrotécnicos, 2 pedreiros, 2 marceneiros, 3 técnicos de rede, 2 bombeiros hidráulicos, 8 eletricistas e 15 ajudantes]; Esta equipe é dividida em duas, onde uma atende as cidades do Norte e outra as cidades do Sul. As manutenções dos edifícios das promotorias são executadas de acordo cronograma pré-estabelecido em contrato, ver Anexo B, neste são previstos vistoria mensais, trimestrais, semestrais e anuais que são registrados em planilhas de check list, ver Anexo C, além deste cronograma previsto é feito o atendimento às corretivas que são demandas geradas pelo atendimento às solicitações dos clientes, ver Anexo D.
21 4.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES Conforme o capitulo 2 vem descrevendo, na metodologia adotada para o estudo do caso foi realizada uma análise bibliográfica sobre o tema, as normas, o procedimento de manutenção e do plano de manutenção do MPDFT. Também foi elaborado um laudo de inspeção predial da fachada do edifício da PJG. Com base neste material foi possível fazer uma análise qualitativa do plano de manutenção do MPDFT, especificamente da PJG; dos resultados alcançados com o modelo do plano de manutenção, os problemas existentes de fachada, bem como as causas, segurança e prováveis soluções. Com base na análise das normas e no confronto das orientações das mesmas com o plano de manutenção do MPDFT, foram identificados alguns pontos importantes da norma que não são identificados no plano, como: a- Não foi encontrada nos planos de manutenção do MPDFT a descrição dos sistemas e equipamentos, nem as informações quanto a garantias, fornecedores, contatos, prazos de garantias; condições de perda de garantia; assistência técnica do construtor, quais as situações em que o mesmo se obriga a prestar os serviços, esclarecer as dúvidas referentes à manutenção, garantia e assistência técnica; Com a ausência da descrição do sistema, quando necessária aos elementos e componentes, não se consegue garantir a manutenção adequada e/ou há um elevado custo com a perda de tempo para que no momento do atendimento à manutenção corretiva, seja feito o levantamento das informações sobre o equipamento e ou sistemas, e a busca pelos responsáveis pela garantia caso ainda exista. b- Foi identificado que no plano de manutenção as atividades não são muito bem detalhadas, permitindo assim interpretações variadas quanto à execução das atividades deste plano, quando deveriam existir procedimentos de execução detalhando todas as atividades da manutenção, os materiais necessários para execução, os cuidados com a segurança ao executar tais serviços, os relatórios que devem ser gerados na execução dos serviços e a identificação dos responsáveis por cada etapa da execução dos mesmos.
22 c- De acordo análise dos relatórios gerados da execução dos serviços de manutenção hoje não é possível visualizar de forma clara e rápida os custos gerados por cada serviço e os clientes solicitantes não tem noção dos custos de suas respectivas solicitações. A visualização clara dos custos por todos, desde os solicitantes, os executores e os fiscais pode proporcionar mais responsabilidade com os recursos públicos. d- Foi identificado também através da análise das normas que não há no processo de licitação das construções dos edifícios públicos, especificamente dos edifícios do MPDFT, a exigência do fornecimento do manual de uso, operação e manutenção das edificações de acordo orientação da NBR 14037/2011; a qual determina os requisitos mínimos necessários para a elaboração do plano de manutenção predial. Com o fornecimento das informações descritas no manual de uso, operação e manutenção das edificações, há condições de se buscar uma manutenção mais eficiente e que consiga a preservação das características originais da edificação e a previne da perda de desempenho decorrente da degradação dos seus sistemas, elementos e componentes. Além de garantir o cumprimento dos atendimentos das garantias e ou substituição de peças e elementos com mal funcionamento. Com a exigência do fornecimento do manual do proprietário e por consequência mais informações para elaboração do manual de manutenção e mais informações para execução da manutenção, provocaria grandes reduções nos custos de manutenção, operação e ou até a redução de substituição de elementos, peças e ou sistemas dos edifícios. e- A proposta de verificar e atestar ou não a existência de não conformidades e a respectiva proposição de ação proativa no processo da indústria imobiliária se deu na publicação Engenharia Diagnóstica em edificações através das Auditorias Técnicas ou Inspeções Prediais, essa proposta foi feita pelo professor Érico Thomaz em sua obra Tecnologia, Gerenciamento e Qualidade na Construção (editora PINI, 2001), se baseou no preceito de que quem produz não reúne total isenção para controlar. (Gomide et al., 2014). No laudo de inspeção predial da fachada, foram identificadas anomalias e estas classificadas como endógenas, ou seja, provenientes de vícios de projeto haja visto que a
23 mesma é encontrada em outros edifícios padrão do MPDFT. A anomalia identificada é originada da ausência de juntas de dilatação na face de baixo das vigas, a qual tem a finalidade de absorver a movimentação da estrutura, principalmente neste caso em que há um grande vão em balanço e por consequência grandes movimentações estruturais. Figura 09 Fissuras encontradas na fachada principal, visível a olho nu Fonte: Autor Figura 10 Localização dos pilaretes e vigas Fonte: Autor
24 Figura 11 Localização dos pilaretes e vigas Fonte: do autor Figura 12 Caminhamento da viga e das fissuras sob a mesma Fonte: do autor
25 Figura 13 Localização de pilaretes e vigas da estrutura Fonte: do autor Figura 14 Localização da viga, pilaretes e fissuras Fonte: do autor
26 Ficou evidente através dos resultados apresentados no laudo de inspeção predial ver Apêndece A, mediante a utilização das inovações tecnológicas(droner e câmera térmica), a sua importância, já que as trincas eram visiveis na fachada como se constata nas figuras 09, mas não era possível identificar as causas que levaram a essas anomalias e com a ausência dos projetos de execução e ou o asbuit não era possível identificar a causa nem propor as soluções a serem tomadas para corrigir. Nas fotos 10, 11, 12, 13 e 14 além das trincas visíveis das figura 04, também mostram a estrutura, pilares e vigas, e seu caminhamento, identificando que foi pela falha no projeto e ou execução, que ocorreram as trincas logo abaixo das vigas, fazendo exatamente o traçado sob a viga, pois deveria ter sido previsto as juntas de dilatação sob as mesmas, no intuito de absorver as suas deformações. 5.0 CONCLUSÃO Diante das observações em campo e revisão bibliográfica realizada, verificou-se a importância da manutenção predial, a partir de inspeções periódicas adequadas. Conforme destacam Gomide, Fagundes Neto e Gullo (2014, p. 16),: A gestão da manutenção deve ser desenvolvida de forma profissional, evitando improvisos e com previsão de indicadores de resultados, sempre que possível, para o monitoramento, visando-se maximizar os resultados, ou seja, o programa de manutenção predial de um edifício deixou de ser um serviço para amadores. O referido programa precisa ser encarado com profissionalismo por ser um serviço de grande importância e responsabilidade, onde devem ser destinados recursos técnicos e financeiros suficientes para garantir a qualidade e eficiência na execução da manutenção, segurança e a garantia da vida útil do mesmo. Também ficou evidente que está disponível através das normas brasileiras recursos suficientes para elaboração de um bom manual de manutenção. Pini et al. (2011, p.59 ), ensina As obras de Manutenção, Reformas, Ampliação e Reparos requerem igualmente Engenharia, Planejamento Logístico e cuidadosa avaliação de intangíveis no custo direto (contingências de canteiro e de execução). Com o espirito técnico
27 aguçado, certamente saberemos nos orientar diante das alternativas de produtividade, adotando as referências que melhor exprimam a realidade a ser objeto de nossas ações. Dispor de uma base de dados para orçar, planejar e controlar as obras de Manutenção, Reformas, Ampliação e Reparos é condição decisiva para a implementação de tecnologias de Gestão de Custos. O conceito de produtividade média, referência básica para os orçamentos de obras novas, é necessário, mas não é mais capaz de representar e satisfazer plenamente a sensibilidade de uma gestão efetiva que as obras MRAR. A decisão adotada dos métodos e dos materiais para esse trabalho foi acertada, pois com a Inspeção Predial, Apêndice A, com a utilização de Drone e Câmeras Térmicas foram possíveis a identificação de patologias e as respectivas causas que a olho nu não seriam possíveis. Por fim o plano de manutenção predial do MPDFT tem muitos pontos que estão em conformidade principalmente com a NBR 5674/2012; no entanto, precisa se adequar quanto ao processo que disponibiliza as informações, inserindo nas licitações as cláusulas em que sejam exigidas as atualizações dos projetos durante a execução, sejam disponibilizados todas informações possíveis dos equipamentos, sistemas e elementos do edifício, também sejam disponibilizados os manuais dos proprietários, com informações para uso, operação e manutenção, como estabelece a NBR 14037/2011. Verificou-se também que podem ser melhorados os documentos e processos finais de execução de cada serviço, evidenciando os custos dos mesmos, facilitando assim a gestão da manutenção e o controle dos recursos, além de evidenciar onde podem e devem ser concentrados os esforços da equipe, para obtenção de maiores e melhores resultados. 6.0 RECOMENDAÇÕES Recomendamos que o trabalho de Inspeção Predial seja previsto com certa periodicidade em prédios públicos, principalmente nos períodos da garantia, pois a atenção da saúde do edifício nos primeiros anos é fundamental, inclusive para preservar a garantia e evitar a degradação precoce; esta periodicidade deve ser especificada no plano de manutenção predial.
28 Também recomendamos que sejam incluídos em todos contratos de construção de edifícios públicos o item que obrigue a construtora a entregar ao final da construção os projetos atualizados e o Manual do Proprietário de acordo a NBR 14037/2011. CRITICAL ANALYSIS OF THE METHODOLOGY OF THE MPDFT BUILDING MAINTENANCE CASE STUDY Abstract: In building maintenance it is desired that the building reaches the best performance and the highest possible service life, and to achieve these goals building maintenance must be considered and prepared from design project to completion, with the provision of information through the Owner's Manual and "as buit" from the projects. This way, the maintenance may prepare a plan that addresses to all systems, components and equipment. The procedures to implement services should be planned and documented. It will be through the Building Inspection and new technologies that building maintenance will find the tool to update plans and to identify anomalies and / or faults at first not perceptible to the naked eye. The improvement of the MPDFT (Public Ministry of the Federal District and Territory) maintenance plan is required to better meet the needs of its employees and also ensure the safety and life of the buildings. Keywords: Building maintenance. Building inspection. Standards. Public Organ.
29 7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5674: Manutenção de edificações - Requisitos para o sistema de gestão de manutenção. Rio de Janeiro: ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14037: Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e manutenção das edificações Requisitos para elaboração dos conteúdos. Rio de Janeiro: ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16280: Reforma em edificações Sistema de gestão de reformas - Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2014 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5462: Confiabilidade e mantenabilidade. Rio de Janeiro: ABNT, 1994 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13752: Perícia de engenharia na construção civil. Rio de Janeiro: ABNT, 1996 INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA DE SÃO PAULO. NORMA DE INSPEÇÃO PREDIAL: São Paulo: IBAPE, 2011 Gomide, Tito Lívio Ferreira; Neto, Jerônimo Cabral Pereira Fagundes; Gullo, Marco Antônio. Inspeção Predial Total, diretrizes e laudos no enfoque da qualidade total e da engenharia diagnóstica. São Paulo: Editora PINI, 2ª ed. 165p. Pini, Mário Sergio. Manutenção Predial. São Paulo: Editora PINI, 1ª ed.166p. Alves, Lilian de Souza. Utilização de termografia na detecção de problemas ocultos em revestimentos fl. Artigo (Graduação em Engenharia civil) Universidade católica de Brasília, Brasília. Carlino, Alex Elias. Melhorias dos processos de manutenção em prédios públicos fl. Dissertação (Especialização em estruturas e construção civil) Universidade federal de São Carlos, São Paulo, São Carlos Dagostin, Gustavo de Oliveira. Inspeção predial do pavilhão B do Shopping Pórtico de Criciúma fl. Monografia (Graduação em engenharia civil) Universidade do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Criciúma Sousa, Jullyana Santos. A Análise de patologias em paredes de concreto moldadas IN LOCO utilizando a termografia como ensaio não destrutivo fl. Artigo (Graduação em engenharia civil) Universidade Católica de Brasília, Brasília
30 Nascimento, Matheus Leoni Martins. Utilização de drone e termografia na detecção de manifestações patológicas em edificações fl. Artigo (Graduação em engenharia civil) Universidade Católica de Brasília, Brasília Muller, Yves Pereira. Manutenção predial: Geração de indicadores de desempenho para a companhia estadual de distribuição de energia elétrica fl. Monografia (Graduação em Engenharia Civil) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, Porto Alegre
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