Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Pará. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas
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- Gabriel Henrique Clementino Borja
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1 Boletimj Manual de Procedimentos Fascículo N o 24/2014 Pará // Federal IPI Mostruário // Estadual ICMS Consulta tributária // IOB Setorial Estadual Agropecuário - ICMS - Venda, locação e arrendamento mercantil de veículo autopropulsado pelo produtor agropecuário antes de 12 meses de sua aquisição // IOB Comenta Federal IPI - Industrialização - Não caracterização - Operações excluídas da tributação // IOB Perguntas e Respostas IPI DCTF - Obrigatoriedade Repenec - Habilitação - Requerimento Substituição tributária - Regime especial ICMS/PA Cadastro de contribuintes - Consulta sobre a situação econômico- -fiscal - Forma Cadastro de contribuintes - Portal de serviços da Sefa - Acesso - Procedimentos, cadastro e senha Veja nos Próximos Fascículos a IOF - Operações de seguro a ICMS - Procedimentos para requerimento e emissão de certidões a ICMS - Infrações e penalidades
2 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Capa: Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Telefone: (11) (São Paulo) (Outras Localidades) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ICMS, IPI e outros : IPI : mostruário : IOB comente : IPI ed. -- São Paulo : IOB SAGE, (Coleção manual de procedimentos) ISBN Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série CDU-34: (81) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34: (81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34: (81) Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei n o 9.610, de , DOU de ). Impresso no Brasil Printed in Brazil Boletim IOB
3 Boletimj Manual de Procedimentos a Federal Mostruário IPI SUMÁRIO 1. Introdução 2. Incidência 3. Isenção 4. Retorno 5. Considerações quanto ao ICMS 6. Exemplo 1. Introdução A figura do mostruário é conceituada pela legislação fiscal como a remessa a título de amostra de mercadoria, com valor comercial, a empregado ou representante, nos termos da cláusula terceira do Ajuste Sinief nº 8/2008. Neste texto, examinaremos o tratamento fiscal previsto na legislação do IPI para a saída de produtos do estabelecimento industrial ou a ele equiparado a título de mostruário. (Ajuste Sinief nº 8/2008, cláusula terceira) 2. Incidência A legislação não prevê benefício fiscal do IPI na saída de produto a título de mostruário, devendo a operação ser normalmente tributada, de acordo com a sua classificação fiscal e alíquotas previstas na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), exceto na hipótese de existência de benefício fiscal específico previsto na legislação para o produto (veja item 3). (RIPI - Decreto nº 7.212/2010, art. 189; TIPI - Decreto nº 7.660/2011) 2.1 Base de cálculo A base de cálculo na saída de produtos a título de mostruário será o preço corrente do produto ou de seu similar, no mercado atacadista da praça do remetente. A base de cálculo na saída de produtos a título de mostruário será o preço corrente do produto ou de seu similar, no mercado atacadista da praça do remetente Quanto ao alcance da expressão mercado atacadista da praça do remetente, os itens 6 e 7 do Parecer Normativo CST nº 44/1981, transcritos a seguir, trazem os seguintes esclarecimentos: Parecer Normativo CST nº 44/1981 Quando a determinação do valor tributável para efeito de cálculo do IPI for efetuada através dos preços praticados no mercado atacadista da praça do remetente, será considerado o universo das vendas realizadas naquela localidade. [...] 6. Registram os Dicionários de Língua Portuguesa que mercado, convencionalmente, significa a referência feita em relação à compra e venda de determinados produtos. 6.1 Isto significando, por certo, que numa mesma cidade, ou praça comercial, o mercado atacadista de determinado produto, como um todo, deve ser considerado relativamente ao universo das vendas que se realizam 3. Isenção naquela mesma localidade, e não somente em relação àquelas vendas efetuadas por um só estabelecimento, de forma isolada. 7. Por isso, os preços praticados por outros estabelecimentos da mesma praça que a do contribuinte interessado em encontrar o valor tributável do IPI através do preço corrente no mercado atacadista devem ser considerados para o cálculo.... (RIPI/2010, art. 192; Parecer Normativo CST nº 44/1981, itens 6 e 7) Conforme mencionado no item 2, inexiste qualquer benefício previsto na legislação para as saídas de produtos a título de mostruário. Contudo, determinados produtos são beneficiados com a isenção do imposto (isenção objetiva), benefício este aplicável nas saídas a qualquer título, inclusive a título de mostruário, como por exemplo: a) os pés isolados de calçados, conduzidos por viajante do estabelecimento industrial, desde que tenham gravadas, no solado, a expressão Amostra para viajante ; e Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/ Fascículo 24 PA24-01
4 b) os produtos industrializados na Zona Franca de Manaus, por estabelecimentos com projetos aprovados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), exceto nas modalidades de acondicionamento ou reacondicionamento, destinados à comercialização em qualquer outro ponto do território nacional (consideradas as exceções previstas na legislação). (RIPI/2010, art. 54, V, e art. 81, II) 4. Retorno Considerando que normalmente os produtos enviados a título de mostruário são destinados a pessoas que não são contribuintes do ICMS e do IPI, portanto não obrigados à emissão de documentos fiscais, o seu retorno será acompanhado por carta ou memorando emitido pelo remetente, competindo ao vendedor a emissão da nota fiscal relativa à entrada do mostruário. A nota fiscal deverá ser emitida com todos os requisitos regulamentares e deverá conter, ainda, a indicação do número, da data da emissão da nota fiscal originária (de remessa do mostruário) e do valor do IPI destacado na nota fiscal de remessa. 6.1 Remessa Caso o destinatário assuma o encargo de retirar ou de transportar o produto, a referida nota fiscal relativa à entrada servirá para acompanhá-lo no seu trânsito. (RIPI/2010, art. 232) 5. Considerações quanto ao ICMS Os contribuintes do ICMS deverão observar a legislação vigente na Unidade da Federação onde se realizar a operação de remessa do produto. Saliente-se que o Ajuste Sinief nº 8/2008 dispõe sobre as remessas de mercadorias destinadas a mostruário. (Ajuste Sinief nº 8/2008) 6. Exemplo A seguir, exemplificamos a forma de emissão do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe), na remessa e no retorno de mostruário de produto normalmente tributado pelo IPI, remetido para pessoa física (vendedor) PA Manual de Procedimentos - Jun/ Fascículo 24 - Boletim IOB
5 6.2 Retorno N Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/ Fascículo 24 PA24-03
6 a Estadual Consulta tributária ICMS SUMÁRIO 1. Introdução 2. Formulação da consulta 3. Competência para decisão 4. Efeitos da consulta 5. Consulta ineficaz 6. Inadmissibilidade da petição de consulta 7. Solução de consulta em instância única 8. Reforma da consulta 9. Modelo de formulário 1. Introdução Considerando que as normas tributárias, em determinadas situações, ensejam dúvidas quanto à aplicação de suas disposições, os Estados, em sua legislação, preveem procedimentos pertinentes à consulta tributária. Veremos, neste texto, com base no Regulamento do ICMS do Estado do Pará, aprovado pelo Decreto nº 4.676/2001, as normas referentes à consulta sobre interpretação e aplicação da legislação tributária estadual. 2. Formulação da consulta 2.1 Quem pode consultar A consulta tributária é a modalidade de processo administrativo em que o sujeito passivo apresenta dúvida sobre fato concreto, de seu interesse, à autoridade competente para obter, desta, decisão vinculante a respeito. Os órgãos da administração pública e as entidades representativas de categorias econômicas ou profissionais também poderão formular consulta. (RICMS-PA/2001, art. 797) 2.2 Apresentação A consulta será apresentada por escrito em 2 vias na repartição fiscal de circunscrição do consulente e deverá conter: a) a qualificação do consulente; b) a identificação do representante legal ou procurador, quando for o caso, comprovada a capacidade de representação; c) a descrição detalhada do fato que gerou dúvida apresentada e a respectiva matéria de direito; d) a data do fato gerador da obrigação, principal ou acessória, objeto da consulta, se já ocorrido; e) a declaração, sob responsabilidade do consulente, de que: e.1) não se encontra sob procedimento fiscal, iniciado ou já instaurado, para apurar fatos que se relacionem com a matéria objeto da consulta; e.2) o fato nela exposto não foi objeto de decisão anterior, ainda não modificada, proferida em consulta ou litígio em que for parte o interessado; f) a indicação dos dispositivos da legislação tributária que ensejaram a petição da consulta, se for o caso. O consulente poderá oferecer outras informações ou elementos que melhor esclareçam o objeto da consulta ou que facilitem a sua apreciação, bem como expor seu próprio ponto de vista e sua interpretação acerca da dúvida posta e da solução que ele entenda que deva ser dada à consulta. (RICMS-PA/2001, arts. 798 e 799) 2.3 Abrangência da matéria A petição de consulta deverá referir-se a uma só matéria relativa ao ICMS, admitindo-se a acumulação apenas quando se tratar de questões conexas. Reputam-se conexas 2 ou mais matérias, quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir. (RICMS-PA/2001, art. 800) 2.4 Preparo e processamento A Delegacia Regional da Fazenda Estadual do domicílio fiscal do consulente efetuará o preparo do expediente de consulta com informações sobre: a) o início de procedimento fiscal para apurar fatos relacionados à matéria objeto da consulta; b) a existência de Auto de Infração sobre a matéria consultada e a fase em que se encontra o referido expediente. No prazo de 5 dias após o recebimento da petição de consulta, esta deverá ser encaminhada ao setor PA Manual de Procedimentos - Jun/ Fascículo 24 - Boletim IOB
7 de tributação e estudos econômicos da Sefa, que emitirá parecer técnico conclusivo sobre a matéria consultada no prazo de 20 dias. (RICMS-PA/2001, arts. 801, 802 e 803) 3. Competência para decisão Compete ao Secretário Executivo de Estado da Fazenda a decisão nos expedientes de consulta, instruídos com o parecer técnico referido no subtópico 2.4. (RICMS-PA/2001, art. 804) 4. Efeitos da consulta A consulta produz os seguintes efeitos, exclusivamente, em relação à matéria consultada: a) suspende o curso do prazo de recolhimento dos impostos não vencidos à data em que for formulada; b) adquire o caráter de denúncia espontânea em relação a débito vencido, desde que, no prazo de 15 dias da data da ciência da decisão, o sujeito passivo efetue o recolhimento; c) exclui a punibilidade do consulente no que se refere a infrações meramente formais; d) impede ação fiscal a partir da apresentação da consulta até 15 dias da data da ciência da decisão. Nota O impedimento de ação fiscal referido na letra d, no caso de consulta formulada por entidade representativa de categoria econômica ou profissional, só alcança seus associados ou filiados depois de cientificado o consulente da decisão. Ressaltamos que o impedimento da ação fiscal não alcança o lançamento de crédito tributário indispensável para prevenir os efeitos da decadência, hipótese em que, no Auto de Infração e Notificação Fiscal (AINF), deverá conter a condição de suspensão da exigibilidade até a solução da consulta. Nesse caso, se da solução da consulta resultar imposto a ser recolhido, o pagamento deste e dos acréscimos decorrentes da mora, se devidos, desde que efetuados até o 15º dia da data da ciência da decisão, cancelará automaticamente a multa lançada por infração material ou formal. O prazo referido na letra a não se aplica: a) ao imposto devido sobre as demais operações realizadas pelo consulente; b) ao imposto já destacado em documentos fiscais; c) à consulta formulada após o prazo de pagamento do imposto devido; d) ao imposto declarado, periodicamente, pelo sujeito passivo; e) ao imposto cobrado por substituição tributária. Ressalte-se que, a partir da apresentação da consulta até o 15º dia da data da ciência da decisão, não será instaurado nenhum procedimento fiscal contra o sujeito passivo relativamente à espécie consultada. (RICMS-PA/2001, arts. 805 e 807) 5. Consulta ineficaz Não produzirá os efeitos previstos no item anterior a consulta: a) formulada em desacordo com o previsto no Regulamento do ICMS; b) que versar sobre questões de direito já resolvidas por decisão definitiva nas esferas administrativa ou judicial antes de sua apresentação; c) formulada por quem estiver sob procedimento fiscal iniciado antes de sua apresentação, para apurar os fatos que se relacionem com a matéria consultada; d) que versar sobre constitucionalidade ou legalidade da legislação tributária; e) sobre fato definido ou declarado em disposição literal de lei; f) sobre fato definido como crime ou contravenção penal. (RICMS-PA/2001, art. 806) 6. Inadmissibilidade da petição de consulta A petição de consulta não será admitida quando: a) o fato houver sido objeto de solução anterior proferida em consulta em que tenha sido parte o consulente e cujo entendimento por parte da administração não tenha sido alterado por ato superveniente; b) não descrever, completa e exatamente, a hipótese a que se referir ou não contiver os elementos necessários à sua solução, salvo se a inexatidão ou omissão for escusável, a critério da autoridade competente. Descaracterizada a petição, com despacho denegatório de sua admissibilidade, como expediente de consulta, o interessado será notificado e o processo, arquivado. (RICMS-PA/2001, arts. 810 e 811, caput) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/ Fascículo 24 PA24-05
8 7. Solução de consulta em instância única A solução da consulta e o juízo de admissibilidade serão efetuados em instância única, não cabendo recurso nem pedido de reconsideração da solução ou do despacho denegatório de sua admissibilidade. (RICMS-PA/2001, art. 811, parágrafo único) 8. Reforma da consulta A Sefa, por seu titular, poderá reformar de ofício decisão proferida nos processos de consulta, da qual deverá ser dada a ciência ao interessado. Cumpre assinalar que é defeso ao Tribunal Administrativo de Recursos Tributários expedir resolução a IOB Setorial Estadual Agropecuário - ICMS - Venda, locação e arrendamento mercantil de veículo autopropulsado pelo produtor agropecuário antes de 12 meses de sua aquisição Em geral, a saída interna e interestadual de bens incorporados pelo contribuinte ao Ativo Imobilizado da empresa está amparada pela não incidência do imposto, desde que seja realizada após 12 meses de sua incorporação ao Ativo Imobilizado. Após o decurso do referido prazo, a pessoa jurídica contribuinte do imposto poderá revender os veículos autopropulsados incorporados ao seu Ativo Imobilizado sem a incidência do imposto, prevista no RICMS-PA/2001, art. 5º, XXII. Contudo, o contribuinte cuja atividade seja a de produtor agropecuário, de locação de veículos e de arrendamento mercantil que vender o veículo autopropulsado antes de 12 meses da data da aquisição junto à montadora deverá recolher o ICMS em favor do Estado do domicílio do adquirente, nas condições a seguir mencionadas. Os procedimentos a seguir, a serem observados pelos contribuintes, estão embasados no Convênio ICMS nº 64/2006, incorporado à legislação paraense. interpretativa que contrarie solução de consulta, salvo se reformada. (RICMS-PA/2001, arts. 813 e 814) 9. Modelo de formulário Tendo em vista que a legislação estadual não dispõe sobre o modelo de petição a ser utilizado, reproduzimos os modelos extraídos do site da Sefa e utilizados para a formulação de consulta por pessoas físicas ou jurídicas, conforme o caso. Ressaltamos que a petição deverá se referir a uma só matéria relativa ao ICMS, admitindo-se a acumulação apenas quando se tratar de questões conexas. (RICMS-PA/2001, art. 800) Na hipótese de venda antes dos 12 meses, o contribuinte deverá calcular o imposto a pagar sobre essa operação. Para tanto, a base de cálculo será o preço de venda ao público sugerido pela montadora e sobre ela será aplicada a alíquota interna estabelecida para veículo novo, por parte do Fisco do domicílio do adquirente. Do valor obtido após a realização desse cálculo será deduzido o crédito fiscal constante da nota fiscal de aquisição do veículo, emitida pela montadora. Esse imposto, apurado conforme mencionado anteriormente, deverá ser recolhido em favor da Unidade da Federação do domicílio do adquirente, pela pessoa jurídica mencionada acima, por meio da Guia Nacional de Recolhimentos Estaduais (GNRE), quando localizada em Estado diverso do adquirente. Quanto ela estiver no mesmo Estado, esse recolhimento será efetuado por meio do documento próprio de arrecadação do ente tributante. Entretanto, a responsabilidade pelo pagamento do imposto será atribuída ao adquirente caso a pessoa jurídica vendedora não efetue o recolhimento na forma mencionada. Neste caso, para cumprimento dessa obrigação, o adquirente utilizará o documento de arrecadação do seu Estado, por ocasião da transferência do veículo. Ao vender o veículo para as mencionadas pessoas jurídicas, a montadora deverá cumprir as obrigações previstas na legislação e, ainda: a) mencionar na Nota Fiscal da respectiva operação, no campo Informações Complemen- N PA Manual de Procedimentos - Jun/ Fascículo 24 - Boletim IOB
9 tares, a seguinte indicação: Ocorrendo alienação do veículo antes de / / (data correspondente ao último dia do 12º mês posterior à emissão do respectivo documento fiscal), deverá ser recolhido o ICMS com base no Convênio ICMS nº 64/2006 ; b) encaminhar, mensalmente, ao Fisco do domicílio do adquirente, informados: b.1) o endereço do adquirente e seu número de inscrição no CNPJ; b.2) o número, a série e a data da Nota Fiscal emitida e dos dados identificadores do veículo vendido. Para fins de controle do Fisco, no 1º licenciamento, deverá constar no Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo expedido pelo Detran, no campo Observações, a indicação: A alienação deste veículos antes de / / (data indicada na Nota Fiscal da aquisição do veículo) somente com a apresentação do documento de arrecadação do ICMS. As pessoas jurídicas mencionadas inicialmente, adquirentes desses veículos, quando os revenderem, deverão, se possuírem, emitir a nota fiscal em nome do adquirente de acordo com as disposições regulamentares, indicando, no campo Informações Complementares, a apuração do imposto efetuada conforme mencionado acima. Caso não possuam o documento fiscal próprio, estas demonstrações deverão ser feitas no documento utilizado na transação comercial, de forma que identifique o valor da base de cálculo, o débito do ICMS da operação e o de origem. Em qualquer caso, deverá ser anexada a cópia da nota fiscal original, emitida pela montadora quando da aquisição do veículo. Ressalte-se que as repartições estaduais de trânsito não poderão efetuar a transferência de veículo remetido pela pessoa jurídica que explore a atividade de produtor agropecuário, locação de veículos e arrendamento mercantil, quando forem realizadas em desacordo com os procedimentos mencionados anteriormente e previstos na legislação em fundamento. (RICMS-PA/2001, Anexo I, arts. 199 a 204) N a IOB Comenta Federal IPI - Industrialização - Não caracterização - Operações excluídas da tributação Caracteriza-se industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto ou o aperfeiçoe para consumo. Os diversos processos de industrialização são os mencionados nos incisos I a V do caput do art. 4º do Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, quais sejam: transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento ou reacondicionamento e renovação ou recondicionamento. Entretanto, não são consideradas industrialização, perante a legislação do IPI, as operações com as seguintes características: a) o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de apresentação: a.1) na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias, confeitarias, padarias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se destinem a venda direta a consumidor; ou a.2) em cozinhas industriais, quando destinados à venda direta a pessoas jurídicas e a outras entidades, para consumo de seus funcionários, empregados ou dirigentes; b) o preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por meio de máquinas, automáticas ou não, em restaurantes, bares e estabelecimentos similares, para venda direta a consumidor; c) a confecção ou preparo de produto de artesanato; d) a confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou usuário, em oficina ou na residência do confeccionador; e) o preparo de produto, por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/ Fascículo 24 PA24-07
10 do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja preponderante o trabalho profissional; f) a manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de medicamentos oficinais e magistrais, mediante receita médica; g) a moagem de café torrado, realizada por estabelecimento comercial varejista como atividade acessória; h) a operação efetuada fora do estabelecimento industrial, consistente na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte: h.1) edificação (casas, edifícios, pontes, hangares, galpões e semelhantes, e suas coberturas); h.2) instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, torres de refrigeração, estações e centrais telefônicas ou outros sistemas de telecomunicação e telefonia, estações, usinas e redes de distribuição de energia elétrica e semelhantes; ou h.3) fixação de unidades ou complexos industriais ao solo; i) a montagem de óculos, mediante receita médica; j) o acondicionamento de produtos classificados nos capítulos 16 a 22 da TIPI, adquiridos de terceiros, em embalagens confeccionadas sob a forma de cestas de Natal e semelhantes, conforme segue: j.1) Capítulo 16: preparações de carne, de peixes e de crustáceos, de moluscos ou de outros invertebrados aquáticos; j.2) Capítulo 17: açúcares e produtos de confeitaria; j.3) Capítulo 18: cacau e suas preparações; j.4) Capítulo 19: preparações à base de cereais, farinhas, amidos, féculas ou leite; produtos de pastelaria; j.5) Capítulo 20: preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras plantas; j.6) Capítulo 21: preparações alimentícias diversas; e j.7) Capítulo 22: bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres; k) o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usados, nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas operações sejam executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio de tais produtos, bem como o preparo, pelo consertador, restaurador ou recondicionador, de partes ou peças empregadas exclusiva e especificamente naquelas operações; l) o reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive mediante substituição de partes e peças, quando a operação for executada gratuitamente, ainda que por concessionários ou representantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante; m) a restauração de sacos usados, executada por processo rudimentar, ainda que com emprego de máquinas de costura; n) a mistura de tintas entre si, ou com concentrados de pigmentos, sob encomenda do consumidor ou usuário, realizada em estabelecimento comercial varejista, efetuada por máquina automática ou manual, desde que fabricante e varejista não sejam empresas interdependentes, controladora, controlada ou coligadas; e o) a operação de que resultem os produtos relacionados na subposição da TIPI (tabaco total ou parcialmente destalado), quando exercida por produtor rural pessoa física. Note-se que os produtos, partes ou peças empregados nas operações de que trata a letra h não estão excluídos da incidência do IPI, de acordo com o disposto no parágrafo único do art. 5º do RIPI/2010. Para efeito de aplicação da legislação, produto de artesanato é o proveniente de trabalho manual realizado por pessoa natural (física), nas seguintes condições: a) quando o trabalho não contar com o auxílio ou a participação de terceiros assalariados; e b) quando o produto for vendido a consumidor, diretamente ou por intermédio de entidade da qual o artesão faça parte ou seja assistido. Por outro lado, oficina é o estabelecimento que emprega, no máximo, 5 operários e, quando utiliza força motriz, não dispõe de potência superior a 5 kw; e trabalho preponderante é o que contribui, no mínimo, com 60%, no preparo do produto, para formação de seu valor, a título de mão de obra. Nos termos do 2º do art. 10 do Decreto-lei nº 1.950/1982, consideram-se: a) controladora ou controlada - qualquer pessoa que se enquadre nas definições contidas nos arts. 116 e 243, 2º, da Lei nº 6.404/1976; e PA Manual de Procedimentos - Jun/ Fascículo 24 - Boletim IOB
11 b) interligadas - as pessoas jurídicas que tenham como controlador o mesmo sócio ou acionista. Portanto, as empresas são consideradas: a) interdependentes: a.1) quando uma delas tiver participação na outra de 15% ou mais do capital social, por si, seus sócios ou acionistas, bem como por intermédio de parentes destes até o segundo grau e respectivos cônjuges, se a participação societária for de pessoa física; a.2) quando, de ambas, uma mesma pessoa fizer parte, na qualidade de diretor, ou sócio com funções de gerência, ainda que exercidas sob outra denominação; a.3) quando uma tiver vendido ou consignado à outra, no ano anterior, mais de 20% no caso de distribuição com exclusividade em determinada área do território nacional, e mais de 50%, nos demais casos, do volume das vendas dos produtos tributados, de sua fabricação ou importação; a.4) quando uma delas, por qualquer forma ou título, for a única adquirente de um ou de mais de um dos produtos industrializados ou importados pela outra, ainda quando a exclusividade se refira a padronagem, marca ou tipo do produto; a.5) quando uma vender à outra, mediante contrato de participação ou ajuste semelhante, produto tributado que tenha fabricado ou importado; b) controladora: a definida pelo art. 116 da Lei nº 6.404/1976, o qual dispõe que se entende por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que: b.1) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas deliberações da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; e b.2) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia; c) controlada: c.1) a sociedade de cujo capital outra sociedade possua a maioria dos votos nas deliberações dos quotistas ou da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores; c.2) a sociedade cujo controle, referido na letra antecedente, esteja em poder de outra, mediante ações ou quotas possuídas por sociedades ou sociedades por esta já controladas; e d) interligadas: as pessoas jurídicas que tenham como controlador o mesmo sócio ou acionista. Observar, ainda, que não é caracterizada a interdependência mencionada nas letras a.3 e a.4 para venda de matérias-primas e produtos intermediários, destinados exclusivamente à industrialização de produtos do comprador. (Decreto-lei nº 1.950/1982, art. 10, 2º; Lei nº 6.404/1976, arts. 116, caput, e 243, 2º; Código Civil - Lei nº /2002, art ; RIPI/2010, arts. 4º, caput, 5º, 7º e 612) N a IOB Perguntas e Respostas IPI DCTF - Obrigatoriedade 1) Quem está obrigado à entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF)? Deverão apresentar a DCTF Mensal, desde que tenham débitos a declarar: a) as pessoas jurídicas de direito privado em geral, inclusive as equiparadas, as imunes e as isentas, de forma centralizada, pela matriz; b) as unidades gestoras de orçamento das autarquias e fundações instituídas e mantidas pela administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e dos órgãos públicos dos Poderes Executivo, Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/ Fascículo 24 PA24-09
12 Legislativo e Judiciário dos Estados e do Distrito Federal e dos Poderes Executivo e Legislativo dos Municípios; c) os consórcios que realizem negócios jurídicos em nome próprio, inclusive na contratação de pessoas jurídicas e físicas, com ou sem vínculo empregatício. Considera-se unidade gestora de orçamento aquela autorizada a executar parcela do orçamento da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. (Instrução Normativa RFB nº 1.110/2010, art. 2º, caput, 3º) Repenec - Habilitação - Requerimento 2) Que tipo de pessoa jurídica poderá requerer habilitação para efetuar aquisições e importações de bens e serviços no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (Repenec)? A habilitação para efetuar aquisições e importações de bens e serviços no Repenec somente poderá ser requerida por pessoa jurídica de direito privado, titular de projeto aprovado para implantação de obras de infraestrutura nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, nos setores petroquímico, de refino de petróleo e de produção de amônia e ureia a partir do gás natural. (Instrução Normativa RFB nº 1.074/2010, art. 5º) Substituição tributária - Regime especial 3) Qual é o conceito de substituto e substituído perante a legislação do IPI? Para fins de solicitação de regime especial do IPI, considera-se: a) contribuinte substituto - o estabelecimento industrial ou equiparado a industrial que recebe produtos saídos do estabelecimento substituído com suspensão do IPI; e b) contribuinte substituído - o estabelecimento industrial ou equiparado a industrial que dá saída a produtos, com suspensão do IPI, para o contribuinte substituto. (Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 2º) ICMS/PA Cadastro de contribuintes - Consulta sobre a situação econômico-fiscal - Forma 4) De que forma é feita a consulta sobre a situação econômico-fiscal do contribuinte? A consulta referente à situação econômico-fiscal pode ser realizada, pelo contribuinte, no Portal de Serviço da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), no site A partir de 1º , essa consulta será feita exclusivamente por meio do mencionado site. Essa consulta se efetivará, exclusivamente, por meio de certificado digital, autenticado por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), contendo o número do CPF ou do CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento. (Instrução Normativa Sefa nº 7/2014, arts. 1º, 2º e 4º) Cadastro de contribuintes - Portal de serviços da Sefa - Acesso - Procedimentos, cadastro e senha 5) De que forma o contribuinte pode acessar o Portal de Serviço da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa)? O contribuinte pode acessar o Portal de Serviço da Sefa no site que pode ser realizado livre ou restritamente. Para tanto, fazem- -se necessários o cadastro e a criação de senha, exigindo-se, nesse momento, a prestação de informações. Para o acesso restrito a esse portal, o representante de pessoas físicas ou jurídicas, contribuintes ou não dos tributos estaduais, deverá obter senha de identificação, por meio de acesso ao site app.sefa. pa.gov.br/cadastre-se, no qual serão preenchidos os dados solicitados, criada a senha e gerado o protocolo de cadastro do usuário no Portal de Serviço da Sefa, o qual deverá ser impresso. A senha será ativada mediante apresentação dos documentos mencionados no referido ato, em data agendada pelo interessado, por meio do call center da Sefa. (Instrução Normativa Sefa nº 8/2014, arts. 1º e 2º) PA Manual de Procedimentos - Jun/ Fascículo 24 - Boletim IOB
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