FORMIGAS DA TRIBO ATTINI E SUA INTERAÇÃO COM MICRO-ORGANISMOS ATTINI TRIBE ANTS AND ITS INTERACTION WITH MICROORGANISMS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "FORMIGAS DA TRIBO ATTINI E SUA INTERAÇÃO COM MICRO-ORGANISMOS ATTINI TRIBE ANTS AND ITS INTERACTION WITH MICROORGANISMS"

Transcrição

1 FORMIGAS DA TRIBO ATTINI E SUA INTERAÇÃO COM MICRO-ORGANISMOS ATTINI TRIBE ANTS AND ITS INTERACTION WITH MICROORGANISMS Thiara Teixeira SANTOS 1 ; Márcia Luciana CAZETTA 2. 1 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. 2 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Rua Rui Barbosa, n 710, Centro, Cruz das Almas, Bahia, Brasil, CEP: thiarats@hotmail.com Autora responsável: Thiara Teixeira Santos. Endereço: Rua Rui Barbosa, n. 710, Centro, Cruz das Almas BA. CEP: , <thiarats@hotmail.com>. RESUMO Durante a história evolutiva da Terra, alguns organismos desenvolveram a habilidade de cultivar seu próprio alimento. Formigas da tribo Attini apresentam como hábito o cultivo de fungos, que são utilizados em sua nutrição. Esse cultivo ocorre no interior dos ninhos das formigas, nos chamados jardins de fungo. Nessa complexa relação mutualística, as formigas são responsáveis por suprir os fungos simbiontes com material específico (fezes, carcaças de insetos e material vegetal em decomposição ou fresco), protegê-los contra parasitas e predadores e realizar sua dispersão. Em troca, os fungos degradam moléculas complexas, são utilizados como principal alimento das larvas e fazem parte da dieta das formigas adultas. Além do fungo cultivado, outros micro-organismos, como bactérias, leveduras e fungos filamentosos são frequentemente encontrados associados aos jardins de fungo. Entretanto, pouco se sabe sobre a diversidade e a função de micro-organismos presentes nos ninhos de formigas Attini. Assim, esta revisão bibliográfica tem como objetivo apresentar as características da relação entre as formigas e o fungo cultivado, bem como a interferência de outros microorganismos nesses micro-habitat. Palavras-chaves: Fungos. Insetos Sociais. ABSTRACT During Earth's evolutionary history, some organisms have developed the ability to grow their own food. Ants of the Attini tribe present as a habit the cultivation of fungus, which are used in their nutrition. This cultivation takes place inside the ants' nests, in the so-called fungus gardens. In this complex mutualistic relationship, the ants are responsible for supplying symbiotic fungus with specific material (feces, insect carcasses and decaying or fresh plant material), protecting them against parasites and predators and carrying out their dispersal. In turn, fungus degrade complex molecules, are used as the main food of the larvae and are part of the diet of adult ants. In addition to cultivated fungus, other microorganisms such as bacteria, yeasts and filamentous fungus are often found associated with fungus gardens. However, little is known about the diversity and function of microorganisms present in Attini ants` nests. Thus, this bibliographic review aims to present the characteristics of the relationship between ants and the cultivated fungus, as well as the interference of other microorganisms in these microhabitats. Keywords: Fungi. Social Insects. INTRODUÇÃO Os ninhos de muitas espécies de formigas da tribo Attini são caracterizados como ambientes ainda pouco estudados. Esses habitats podem abrigar uma ampla variedade de micro-organismos com potencial para a produção de biocompostos com valor econômico agregado. Sabe-se que, além do fungo mutualista, muitos outros microorganismos estão presentes nos ninhos de formigas da tribo Attini. Alguns estudos sobre o papel das leveduras presentes nos ninhos de formigas Attini têm demonstrado que esses micro-organismos podem estar relacionados à produção de diferentes 36

2 compostos, inclusive enzimas hidrolíticas (ARCURI et al., 2014; MELO, 2014). A produção de enzimas por leveduras associadas às formigas e aos jardins de fungos infere que esses micro-organismos podem auxiliar na degradação do material vegetal depositado por esses insetos no interior dos ninhos (ARCURI et al., 2014), participando da liberação de açúcares simples, podendo auxiliar na manutenção desses microecossistemas, além de poder apresentar potencial de interesse industrial. Assim, esta revisão bibliográfica tem como objetivo apresentar os aspectos básicos existentes na relação entre as formigas Attini, seus fungos mutualistas e a associação de diversas espécies de micro-organismos em seus ninhos. É abordado, também, o papel desses micro-organismos neste micro-habitat, especialmente na degradação da biomassa vegetal oferecida aos fungos cultivados. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Formigas da Tribo Attini Insetos como os cupins (térmitas), besouros (ambrosias) e formigas da tribo Attini, durante a história evolutiva da Terra, desenvolveram como hábito comum o cultivo de fungos como alimento (WEBER, 1966; CURRIE; STUART, 2001; MUELLER; GERARDO, 2002). As formigas Attini pertencem à família Formicidae, da subfamília Myrmicinae (MUELLER et al., 2001), e são encontradas exclusivamente no continente americano, entre as latitudes 40 N e 44 S, não ocorrendo em algumas ilhas da América Central e no Chile (WEBER, 1966). A tribo Attini compreende mais de 200 espécies, distribuídas em 12 gêneros (MUELLER et al., 2001). Durante a sua evolução, a tribo Attini divergiu em duas clades: Palleoattini e Neoattini. O grupo primitivo Palleoatini compreende os gêneros Apterostigma, Mycocepurus e Myrmicocrypta, que apresentam diversas características em comum; entretanto, a mais impressionante é uma mancha clara nas suas asas, que ainda não possui uma função definida. Já a clade Neoattini apresenta três sucessivas divergências. O primeiro grupo, basal, é composto pelos gêneros Mycetarotes, Mycetophylax, Mycetasoritis e Cyphomyrmex. Ao grupo de transição pertencem as Attinis superiores não cortadoras de folhas, Trachymyrmex, Mycetagroicus e Sericomyrmex, que possivelmente deram origem às Attinis cortadoras de folhas, constituído pelos gêneros Acromyrmex e Atta (SCHULTZ; BRADY, 2008). A associação mutualística entre as formigas e o fungo cultivado existe há mais de 50 milhões de anos, caracterizando-se como uma relação extremamente forte, sem que um possa sobreviver sem o outro (MUELLER et al., 2001; MUELLER; GERARDO, 2002; SCHULTZ; BRADY, 2008). Essa complexa relação permitiu a utilização dos fungos como parte da dieta alimentar tanto das larvas quanto dos adultos (WEBER, 1966; MUELLER et al., 2001; MUELLER, 2002). Já as formigas fornecem aos fungos substrato, proteção contra patógenos e os distribuem em novas localidades (MUELLER, 2002; CURRIE; BOT; BOOMSMA, 2003; SCHULTZ; BRADY, 2008). Algumas hipóteses são descritas para tentar entender como se originou a relação mutualista entre as formigas Attini e seus fungos. Acredita-se que, inicialmente, a fungicultura era facultativa e evoluiu para uma relação obrigatória. Entretanto, ainda não se sabe se essa relação se manteve para suprir os interesses individuais das formigas ou dos fungos cultivados. A origem dessa associação é obscura, principalmente pelo fato de que todas as formigas attines existentes são obrigatoriamente dependentes do fungo, não existindo sobrevivente que tenha uma relação facultativa com esses microorganismos para poder exemplificar os estágios primitivos dessa relação (MUELLER et al., 2001; MUELLER, 2002). Os ninhos das formigas da tribo Attini são formados por uma ou mais câmaras, dependendo do gênero, contendo formigas e jardins de fungos (HÖLLDOBLER; WILSON, 1990). Esses jardins são compostos por hifas e normalmente dominados por um único clone do fungo simbionte (MUELLER, 2002), basidiomiceto, pertencente à família Lepiotaceae, especialmente o gênero Leucoagaricus (tribo Leucocoprineae). O Cyphomyrmex é o único gênero de formiga Attini capaz de cultivar fungos pertencentes à família Lepiotaceae em forma de leveduras. Já as formigas do gênero Apterostigma cultivam fungos da família Pterulaceae (SCHULTZ; BRADY, 2008). Sabe-se que as formigas fêmeas, ao saírem do ninho durante o período de acasalamento, carregam na cavidade bucal uma parte do fungo cultivado para a fundação de um novo ninho, 37

3 caracterizando a propagação clonal vertical do fungo cultivado (MUELLER, 2002; CURRIE; BOT; BOOMSMA, 2003; SCHULTZ; BRADY, 2008). As diferentes linhagens de formigas cultivam os fungos mutualistas em variados substratos (SCHULTZ; BRADY, 2008). As Neoattines basais cultivam seus fungos em fragmentos de flores e madeira, carcaças de artrópodes e sementes. Já as formigas superiores cortadeiras fornecem aos seus fungos fragmentos vegetais como flores e folhas frescas (MUELLER et al., 2001), podendo causar danos às plantas silvestres e às cultivadas (WETTERER; SCHULTZ; MEIER, 1998; MUELLER et al., 2001). O fungo mutualista caracteriza-se por estruturas em forma de bolsas nas extremidades de suas hifas, conhecidas como gongilídeos, as quais contêm os nutrientes que são oferecidos como alimento às formigas (MUELLER et al., 2001). Os gongilídeos são caracterizados como estruturas especializadas não encontradas em fungos Leococoprineos de vida livre. Acredita-se que os gongilídeos são estruturas especializadas dos fungos cultivados que evoluíram especificamente para facilitar a colheita e o consumo das formigas (MUELLER, 2002). As larvas utilizam o fungo como única fonte de alimento para o seu crescimento e desenvolvimento. O micélio representa uma rica fonte de proteínas e lipídios, visto que o tecido dos fungos cultivados apresenta aproximadamente 24% de proteína bruta, 2% de carboidratos e 27% de lipídios (MUELLER et al., 2001). Entretanto, o consumo do fungo mutualista pelas formigas adultas representa, aproximadamente, 9% das suas necessidades, sendo que a maior parte é obtida por meio da ingestão de seivas dos vegetais (MUELLER, 2002). Formigas Cortadeiras e sua associação com micro-organismos As formigas compreendem um grupo de organismos altamente especializado, representando o ápice da evolução dos insetos, tendo a complexa organização social e a comunicação química como as características mais impressionantes (HÖLLDOBLER; WILSON, 1990). São considerados insetos eussociais por apresentarem cuidados cooperativos com a prole, divisão entre organismos reprodutivos e não reprodutivos e sobreposição de, pelo menos, duas gerações na mesma sociedade (WIRTH et al., 2003). Formigas dos gêneros Atta e Acromyrmex representam o grupo das formigas cortadeiras, especializadas em utilizar diversas espécies de vegetais para suprir o fungo cultivado, causando sérios prejuízos à agricultura (WEBER, 1966). Entretanto, apesar de causar danos aos sistemas agrícolas, as formigas cortadeiras desempenham papéis importantes na manutenção dos ecossistemas tropicais da América, participando especialmente da ciclagem de compostos vegetais (WIRTH et al., 2003). As formigas Atta apresentam complexa organização social e seu tamanho determina qual atividade irão realizar dentro e fora das colônias, como: jardinagem, cuidados com a prole, corte e transporte de material vegetal para os ninhos, proteção e limpeza das colônias (WIRTH et al., 2003). Os ninhos das formigas Atta são subterrâneos, grandes e contêm inúmeras câmaras, abrigando milhares de formigas em seu interior. Já as formigas da tribo Attini necessitam que seus ninhos estejam livres de micro-organismos competidores para garantir a predominância do fungo mutualista, utilizado na sua alimentação (WEBER, 1966). Diversos mecanismos foram desenvolvidos pelas formigas na tentativa de proteger os jardins de fungos do ataque de parasitas microbianos, como a manutenção da temperatura e umidade dos ninhos (WEBER, 1972), transferência de todo o lixo do formigueiro para lugares chamados de panelas de lixo (CURRIE; STUART, 2001) e produção de substâncias antimicrobianas por suas glândulas (POULSEN et al., 2002). Entretanto, apesar de toda essa dinâmica desenvolvida pelas formigas, diversos micro-organismos estão constantemente associados aos ninhos (WEBER, 1966; BACCI JR.; ANVERSA; PAGNOCCA, 1995; RODRIGUES et al., 2005; RODRIGUES et al., 2008; RODRIGUES et al., 2009; PAGNOCCA et al., 2010; ARCURI et al., 2014). Fungos do gênero Escovopsis e vários gêneros de actinomicetos, por exemplo, são frequentemente encontrados em ninhos de formigas da tribo Attini (CURRIE; MUELLER; MALLOCH, 1999). Segundo Currie, Bot e Boomsma (2003), fungos do gênero Escovopsis são parasitas especializados da ordem Ascomycota, isolados de jardins e lixeiras de formigas da tribo Attini. Esses 38

4 micro-organismos geram um grande impacto no desenvolvimento dos jardins de fungo cultivados e, consequentemente, nas formigas, já que podem matar o ninho. Ainda de acordo com o autor, ao infectarem os ninhos, os fungos Escovopsis conseguem se manter no local, sendo constantemente isolados, resultando em dramática diminuição na taxa de crescimento da colônia. Acreditava-se que a relação mutualística existente entre as formigas Attini e o fungo cultivado envolvia apenas esses dois organismos. Entretanto, recentemente foi descoberto um terceiro mutualista: uma bactéria filamentosa do gênero Streptomyces, a qual parece estar associada a todas as formigas Attini, sendo carregada no tegumento de algumas espécies. Sua principal função é produzir substâncias antimicrobianas com elevado potencial para inibir o fungo Escovopsis (CURRIE; BOT; BOOMSMA, 2003). Favarin (2005) estudou o potencial de diferentes linhagens de Streptomyces isoladas dos ninhos de formiga Attini na inibição de fungos do gênero Escovopsis, de leveduras como Candida albicans, Cryptococcus laurentii, Saccharomyces cerevisiae e Trichosporon cutaneum e das bactérias Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Bacillus subtilis e Pseudomonas aeruginosa. Foi observado que todas as linhagens de Streptomyces foram capazes de inibir o fungo parasita Escovopsis; entretanto, nem todas as linhagens foram capazes de inibir as leveduras e as bactérias testadas. Já nos estudos realizados por Rodrigues et al. (2008), além do fungo parasita, foram isolados 85 fungos filamentosos nos jardins de formigas do gênero Acromyrmex. Inclusive, aparentemente, ocorre uma relação entre a presença de formigas da espécie Atta sexdens rubropilosa inibindo e/ou controlando a população de fungos filamentosos tanto em ninhos naturais como artificiais e tratados com algum tipo de inseticida. Esses autores observaram que a presença de açúcares simples nos jardins de fungos contribuiu para o desenvolvimento indesejável de microorganismos, sobretudo quando as formigas não desempenhavam o papel de remoção dos fungos dos ninhos para as câmaras destinadas ao lixo do formigueiro. Situação similar foi observada nos estudos com leveduras negras isoladas da cutícula de formigas do gênero Apterostigma, cuja presença nos ninhos afetou, direta ou indiretamente, a população microbiana dos jardins de fungos. A presença dessas leveduras negras parece inibir a capacidade de essas formigas protegerem seus ninhos contra o fungo parasita ao interagirem negativamente com as bactérias Pseudonocardia, a qual é caracterizada por proteger o ninho do fungo Escovopsis (LITTLE; CURRIE, 2007). As leveduras são fungos unicelulares, arredondadas, alongadas ou ovais, caracterizadas por se reproduzirem assexuadamente por brotamento ou fissão binária (TORTORA; FUNKE; CASE, 2005). Podem ser isoladas de ambientes terrestres, aquáticos ou aéreos e estão constantemente associadas a vegetais. São microorganismos que possuem notável diversidade metabólica e bioquímica, capazes de assimilar variados compostos orgânicos, garantindo grande capacidade de dispersão e adaptação a diferentes ecossistemas (PHAFF; STARMER, 1987). As leveduras se desenvolvem em habitats bastante especializados (MORAIS; ROSA, 2000). A alta especificidade percebida entre as leveduras e seus micro-habitats pode ser influenciada por vetores, responsáveis por promoverem a dispersão de algumas espécies, e por características próprias do habitat (ARAUJO et al., 1998), como a composição de nutrientes presentes no substrato, a presença ou ausência de compostos inibitórios (MORAIS; ROSA, 2000), além da variação do ph, temperatura, atividade de água e oxigênio (FERNANDES, 2008). Esses micro-organismos podem ser isolados da água de mares, rios e lagos, da pele e do intestino de animais, em ambientes com altas concentrações de sal e açúcar (WALKER, 1998). Estão constantemente associadas a diversos grupos de insetos (BARRETO; BARRETO; ANJOS, 1998; MORAIS; ROSA, 2000; SUH, NGUYEN; BLACKWELL, 2008). Essa relação pode ser apenas mecânica, quando o inseto tem a função de disseminar as leveduras no ambiente ou benéfica (nutricional) quando as leveduras ou os metabólicos produzidos são utilizados na alimentação dos insetos (PHAFF; STARMER, 1987). Pouco se sabe sobre a diversidade e a função das leveduras presentes nos ninhos de formigas da tribo Attini. Acredita-se que, de modo geral, as leveduras podem estar atuando de forma positiva nesses ambientes, visto que algumas 39

5 espécies de leveduras têm se destacado na produção de diferentes enzimas hidrolíticas capazes de degradar substratos presentes no material vegetal, além de ser capazes de utilizar o ácido galacturônico presente nos ninhos (tóxico para as formigas e os fungos simbióticos) (ARCURI et al., 2014). Alguns estudos são dedicados a identificar e a compreender a importância das leveduras dos ninhos de outras espécies de formigas da tribo Attini (FISHER et al., 1996; PAGNOCCA et al., 1996; CARREIRO et al., 1997; RODRIGUES et al., 2009; ARCURI et al., 2014). No trabalho realizado por Carvalho (2010), por exemplo, foram isoladas 152 estirpes de leveduras em 44 ninhos de sete gêneros de formigas Attini e foi observado que existem diferenças na distribuição das espécies nos ninhos das diferentes espécies de formigas. As leveduras Pichia caribbica e Candida railenensis foram predominantes no ninho de Myrmicocrypta sp, Pichia guilliermondii foi abundante em ninhos de formigas Mycocepurus goeldii, Trachymyrmex sp e Acromyrmex sp, e Cryptococcus flavescens nos ninhos de Atta sexdens rubropilosa. Em um estudo realizado por Rodrigues (2009), foi observada a diversidade de leveduras associadas aos jardins de fungos de ninhos de formigas Atta texana, isoladas em duas áreas do Texas, EUA, em diferentes estações do ano. Foram obtidos 59 isolados, distribuídos em 32 espécies e 18 gêneros. Os gêneros Cryptococcus, Rodothorula e Kodamaea foram mais abundantes, apesar de ocorrer variação na composição da população de leveduras dos jardins de fungos durante as estações. As leveduras encontradas nos jardins de fungos podem ser provenientes do material vegetal fornecido pelas formigas aos fungos cultivados, visto que as populações de leveduras isoladas se assemelham àquelas associadas ao filoplano (RODRIGUES, 2009; CARVALHO, 2010). Além disso, os vegetais representam um excelente substrato para o desenvolvimento de inúmeras espécies de leveduras (ROSA et al., 1995; LANDELL, 2006; MAUTONE, 2008; SLÁVIKOVÁ; VADKERTIOVÁ; VRÁNOVÁ, 2009; THONGEKKAEW; KHUMSAP; CHATSA- NGA, 2012), visto que diversas plantas, ao florescerem, produzem, na base das suas flores, o néctar, substância rica em carboidratos, constituindo um local ideal para o desenvolvimento de leveduras, especialmente as que estão associadas a insetos polinizadores, que são os principais responsáveis pela dispersão desses micro-organismos de flor em flor (RUIVO, 2005). Atividade enzimática nos jardins de fungo Sabe-se que a maior parte dos substratos fornecidos pelas formigas aos fungos é de origem vegetal. Formigas superiores cortadoras de folhas, como as do gênero Atta, transportam pequenos pedaços da vegetação até os ninhos, colocando-os em diferentes regiões na câmara do jardim de fungos. Em seguida, os fragmentos são cortados em pedaços menores e misturados com secreções salivares das formigas e incorporados ao jardim de fungos (WEBER, 1966). Além da saliva, as formigas podem depositar líquido fecal composto por diversas substâncias químicas diferentes sobre o substrato oferecido aos fungos, o que pode ajudar na degradação do material vegetal. A literatura tem demonstrado que as enzimas presentes no fluido fecal das formigas originam-se do próprio fungo simbionte, especialmente dos gongilídeos, que as fornecem às formigas. Essas enzimas concentramse no intestino das formigas e são novamente depositadas no substrato recém-trazido para o ninho (MARTIN, 1992; SCHIOTT et al., 2010). Schiott et al. (2010) observaram que algumas proteínas atravessam o trato intestinal das formigas sem ser degradadas e que muitas enzimas pectinolíticas encontradas nas gotas fecais das formigas eram codificadas por genes dos gongilídeos dos fungos cultivados. Segundo estes autores, essa característica é uma importante função adaptativa dos gongilídeos, os quais, além de participarem da nutrição das formigas, são responsáveis por produzir enzimas em alta concentração, auxiliando na degradação da biomassa vegetal. O material vegetal é composto especialmente de cadeias de celulose (moléculas de glicose ligadas por ligações β-1,4-glicosídicas) unidas entre si por ligações de hidrogênio, recobertas por hemiceluloses (D-xilose, L-arabinose, D-glicose, D-manose, D- galactose, ácido galactucurônico e ácido manurônico) e lignina (WYMAN, et al., 2005). O peso seco da biomassa contém cerca de 40-50% e 20-30% de porções celulósicas e hemicelulósicas, 40

6 respectivamente, podendo ser hidrolisados a açúcares simples (OGEDA; PETRI, 2010). Os fungos, de modo geral, podem produzir uma ampla variedade de enzimas capazes de hidrolisar nutrientes e moléculas insolúveis, como o amido, a celulose e as proteínas, e transformá-los em substâncias responsáveis por promover o crescimento celular (TRABULSI, 2004). Entretanto, o processo de degradação do material vegetal fornecido aos jardins de fungos ainda não foi totalmente esclarecido. Estudos têm demonstrado que os fungos mutualistas não são eficientes na degradação da celulose, um dos componentes predominantes na biomassa vegetal (SIQUEIRA et al., 1998; ABRIL; BUCHER, 2004; ERTHAL JR. et al., 2009). Siqueira et al. (1998), na tentativa de entender o processo de degradação do material vegetal oferecido pelas formigas aos fungos cultivados, testaram a capacidade de assimilação de diversas fontes de carbono pelo fungo Leucoagaricus gongylophorus cultivado pela formiga Atta sexdens L. e observaram que o fungo teve um crescimento mais rápido em xilana e amido do que em pectina e celulose. Entretanto, foi observada uma maior produção das enzimas pectinases e baixa produção de amilases e xilanases. Abril e Bucher (2004), ao realizarem um trabalho semelhante, também observaram uma alta produção da enzima pectinase pelos fungos cultivados. De acordo com os autores, a incapacidade de os fungos degradarem alguns polímeros orgânicos afastam esses organismos do grupo de micro-organismos saprofíticos e os incluem no grupo dos biotróficos. Essa conclusão contraria a hipótese mais aceita sobre a origem do fungo mutualista, a qual indica que as formigas começaram a cultivar fungos saprófitas de vida livre (MUELLER et al., 2001). Apesar de se acreditar que a maior parte do complexo enzimático utilizado na conversão da biomassa vegetal em compostos mais facilmente assimiláveis tenha origem principal nos jardins de fungos, acredita-se que as leveduras e bactérias encontradas nos ninhos também podem contribuir para a degradação (ERTHAL JR. et al., 2009; MOLLER et al., 2011). Bacci Jr., Anversa e Pagnocca (1995) isolaram bactérias dos ninhos de Atta sexdens rubropilosa e testaram a capacidade dos isolados em hidrolisar diferentes biopolímeros. De acordo com os resultados, as bactérias isoladas apresentaram ótimo potencial para a degradação de amido, caseína e gelatina. Poucos isolados foram capazes de utilizar a celulose como fonte de carbono, pois, em um grupo de 161 bactérias Gram-negativas, apenas 7% conseguiram hidrolisar a celulose. Arcuri et al. (2014) isolaram leveduras associadas ao tegumento de machos da espécie de formiga Atta sexdens rubropilosa e observaram que os isolados foram capazes de produzir enzimas pectinases, poligalacturonase, celulase, xilanases, ligninases e lipases. Melo (2014), ao estudar a comunidade de leveduras presente nos jardins de fungos dos ninhos de formigas Acromyrmex balzani, observou que os isolados também foram capazes de produzir diversas enzimas hidrolíticas, destacando-se as enzimas xilanases, representadas por 64,4% dos isolados. CONCLUSÃO Os micro-organismos presentes nos jardins de fungo dos ninhos de formigas da tribo Attini apresentam elevado potencial para produção de diferentes compostos, os quais podem ser utilizados para a manutenção do equilíbrio nesse microhabitat. Embora ainda esteja no estágio inicial, a compreensão dessa relação é de fundamental importância, tanto do ponto de vista ecológico como econômico, uma vez que as formigas estão envolvidas na manutenção de diversos ecossistemas e também afetam as culturas agrícolas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRIL, A. B.; BUCHER, E. H. Nutritional sources of the fungus cultured by leaf-cutting ants. Applied Soil Ecology, v. 26, n. 3, p , ARAUJO, F. V. et al. A preliminary note on psevalent species in yeast communities of bromeliad - tank waters in different tropical ecosystems of Rio de Janeiro, Brazil. Revista de Microbiologia, v. 29, p , ARCURI, S. L. et al. Yeasts found on an ephemeral reproductive caste of the leaf-cutting ant Atta sexdens rubropilosa. Antonie van Leeuwenhoek, v. 106, p ,

7 BACCI JR., M.; ANVERSA, M. M.; PAGNOCCA, F. C. Cellulose degradation by Leococoprinus gongylophorus, the fungus cultured by the leaf-cutting ant Atta sexdens rubropilosa. Antonie van Leeuwenhoek, v. 67, p , BARRETO, M. R.; BARRETO, E. S.; ANJOS, N. Leveduras associadas a Spermologus rufus Boheman (Coleoptera: Curculionidae). Comunicação Científica. Anais da Sociedade Brasileira de Entomologia do Brasil, Jaboticabal, v. 27, n. 2, p , CARREIRO, S. C. et al. Yeasts associated with nests of the leaf-cutting ant Atta sexdens rubropilosa Forel, Antonie van Leeuwenhoek, v. 71, p , CARVALHO, T. F. C. Leveduras isoladas de ninhos de formigas da tribo Attini (Hymenoptera: Formicidae) p. Dissertação (Mestrado em Ciências Biologicas: Microbiologia Aplicada)-Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, Rio Claro, São Paulo, CURRIE, C. R.; BOT, A. N. M.; BOOMSMA, J. J. Experimental evidence of a tripartite mutualismo: bacteria protect ant fungus gardens from specialized parasites. OIKOS, v. 101, p , CURRIE, C. R.; MUELLER, U. G.; MALLOCH, D. The agricultural pathology of ant fungus gardens. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, USA, v. 96, p , CURRIE, C. R.; STUART, A. E. Weeding and grooming of pathogens in agriculture by ants. Proceedings of the Royal Society B, v. 268, p , ERTHAL JR., M. et al. Hydrolytic enzymes of leaf-cutting ant fungi. Comparative Biochemistry and Physiology, Part B, v. 152, p , FAVARIN, E. C. Streptomyces associados a formigas da tribo Attini e seus efeitos sobre os fungos Escovopsis weberi e outros microorganismos p. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas: Microbiologia Aplicada) Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, Rio Claro, São Paulo, FERNANDES, A. P. F. V. Leveduras isoladas de produtos frutícolas: capacidade fermentativa e estudos sobre H+-ATPase da membrana plasmática p. Tese (Doutorado) Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Lisboa, Portugal, FISHER, P. J. et al. Microfungi in the fungus gardens of the leaf-cutting ant Atta cephalotes: a preliminar study. Mycological Research, v. 100, p , HÖLLDOBLER, B.; WILSON, E. O. The ants. Cambridge: Havard Univ. Press, LANDELL, M. F. Diversidade e potencial biotecnólogico de leveduras e fungos leveduriformes associadas ao filoplano de bromélias do Parque de Itapuã, Viamão, RS p. Dissertação (Mestrado em Microbiologia Agrícola e do Ambiente)- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, LITTLE, A. E. F.; CURRIE, C. R. Symbiotic complexity: Discovery of a fifth symbiont in the attine ant-microbe symbiosis. Biology Letters, n. 3, p , MARTIN, M. M. The evolution of insect-fungus associations: from contact to stable symbiosis. American Zoologist, v. 32, p , MAUTONE, J. N. Diversidade e potencial biotecnológico de leveduras e fungos semelhantes a leveduras isolados de folhas de Figueira do Parque de Itapuã, RD, Brasil p. Dissertação (Mestrado em Microbiologia Agrícola e do Ambiente) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, MELO, W. G. P. Leveduras isoladas de ninhos de Acromyrmex balzani (Hymenoptera: 42

8 Formicidae) de áreas de cerrado do estado de Tocantins p. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas: Microbiologia Aplicada) Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, Rio Claro, São Paulo, MOLLER, I. E. et al. The dynamics of plant cellwall polysaccharide decomposition in leaf-cutting ant fungus gardens. Plos One, v. 6, MORAIS, P. B.; ROSA, C. A. Interações entre Drosophila e leveduras em ambiente tropicais. In: MARTINS, R. P.; LEWINSOHN, T. M.; BARBEITOS, M. S (Eds.). Ecologia e comportamento de insetos. Rio de Janeiro: PPGE- UFRJ, v. 8. (Série Oecologia Brasiliensis). MUELLER, U. G. Ant versus fungus versus mutualism: ant-cultivar conflict and the deconstruction of the Attine ant-fungus symbiosis. Western North American Naturist, v. 160, p , MUELLER, U. G.; GERARDO, N. Fungusfarming insects: Multiple origins and diverse evolutionary histories. Proceedings if the National Academic Society, Chicago, v. 99, n. 24, p , MUELLER, U. G. et al. The origin of the attine ant-fungus mutualism. Quatterly Review of Biology, Chicago, v. 76, n. 2, p , OGEDA, T. L.; PETRI, D. F. S. Hidrolise enzimática de biomassa. Química Nova, São Paulo, v. 33, n. 7, p , PAGNOCCA, F. C. et al. Microbiological changes in the nests of leaf-cutting ant fed on sesame leaves. Journal of Applied Entomology, Berlin, v. 120, p , PAGNOCCA, F. C. et al. Yeasts isolated from a fungus-growing ant nest, including the description of Trichosporon chiarelii sp. nov., an anamorphic basidiomycetous yeast. International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology, v. 60, p , PHAFF, H. J.; STARMER, W. T. Yeasts associated with plants, insects and soil. In: ROSE, A. H.; HARRISON, J. (Eds.). The Yeasts. London: Academic Press, v. 1. POULSEN, M. et al. Experimental evidence for the cost and hygienic significance of the antibiotic metapleural gland secretion in leaft-cutting ants. Behavioral Ecology and Sociobiology, v. 52, n. 2, p , RODRIGUES, A. O papel dos microfungos associados aos jardins das formigas Attini (Hymenoptera: Formicidae) p. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas Microbiologia Aplicada)-Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, Rio Claro, São Paulo, RODRIGUES, A. et al. Variability of nonmutualistic fungi associated with Atta sexdens rubropilosa nests. Folia Microbiologica, v. 50, n. 5, p , RODRIGUES, A. et al. Microfungal weeds in the leafcutter ant symbiosis. Microbial Ecology, v. 56, n. 4, p , RODRIGUES, A. et al. Antagonistic interactions between garden yeasts and microfungal garden pathogens of leaf-cutting ants. Antonie van Leeuwenhoek, v. 96, p , ROSA, C. A. et al. Yeast communities associated with diferente plant resources in Sandy coastal plains of southeastern Brazil. Mycological Research, v. 9, p , RUIVO, C. C. C. Ocorrência de leveduras em espécies vegetais da Mata Atlântica, Parque Estadual da Serra do Mar-núcleo Picinguaba p. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas: Microbiologia Aplicada) Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro, SCHIOTT, M. et al. Leaf-cutting ant fungi produce cell wall degrading pectinase complexes reminiscent of phytopathogenic fungi. BMC Biology, v. 8, n. 156, SCHULTZ, T. R.; BRADY, S. G. Major evolutionary transitions in ant agriculture. 43

9 Proceedings if the National Academic Society, v. 105, n. 14, p , SIQUEIRA, C. G. et al. Metabolismo of plant polysaccharides by Leucoagaricus gongylophorus, the symbiotic fungus of the leafcutting ant Atta sexdens L. Applied and Environmental Microbiology, v. 64, n. 12, p , SLÁVIKOVÁ, E.; VADKERTIOVÁ, R.; VRÁNOVÁ, D. Yeasts colonizing the leaves of fruit trees. Annals of Microbiology, v. 59, n. 3, p , SUH, S. O.; NGUYEN, N. H.; BLACKWELL, M. Yeasts isolated from plant-associated Beetles and other insects: seven novel Candida species near Candida albicans. FEMS Yeast Research, v. 8, p , THONGEKKAEW, J.; KHUMSAP, A.; CHATSA-NGA, P. Yeasts in mixed deciduous forest areas of Phujong Nayoy National Park and their ability to produce xylanase and carboxymethyl celulase. Songklanakarin Journal of Science and Technology, v. 34, n. 2, p , TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, TRABULSI, L. R. Microbiologia. 4. ed. São Paulo: Atheneu, WALKER, G. M. Yeast physiology and biotechnology. Chichester: John Wiley & Sons, WEBER, N. A. Fungus-growing ants. Science, Washington, v. 153, n. 3763, p , WEBER, N. A. Gardening ants: The Attines. American Philosophical Society, Philadelphia, v. 92, p. 146, WETTERER, J. K.; SCHULTZ, T. R.; MEIER, R. Phylogeny of fungus growing ants (Tribe Attini) based on mtdna sequence and morphology. Molecular Phylogenetics and Evolution, v. 9, n. 1, p , WIRTH, R. et al. Herbivory of leaf-cutting ants: A case study on Atta colombica in the tropical rainforest of Panama. Ecological Studies, Springer, v. 164, WYMAN, C. E. et al. Hydrolysis of cellulose and hemicellulose. In: DUMITRIU, S. (Ed.). Polysaccharides: structural diversity and functional versatility. 2. ed. New York: Marcel Dekker

IDENTIFICAÇÃO E PERFIL BIOTECNOLOGICO DE LEVEDURAS ISOLADAS DE JARDINS DE FUNGOS DOS NINHOS DE FORMIGAS

IDENTIFICAÇÃO E PERFIL BIOTECNOLOGICO DE LEVEDURAS ISOLADAS DE JARDINS DE FUNGOS DOS NINHOS DE FORMIGAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS EMBRAPA MANDIOCA E FRUTICULTURA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MICROBIOLOGIA AGRÍCOLA CURSO DE MESTRADO IDENTIFICAÇÃO

Leia mais

BAN 160 Entomologia Geral Insetos e Microrganismos. Sam Elliot

BAN 160 Entomologia Geral Insetos e Microrganismos. Sam Elliot BAN 160 Entomologia Geral Insetos e Microrganismos Sam Elliot Insetos e Microrganismos Tipos de Microrganismos Contexto para Considerar Interações Inseto-Microrganismo Fenótipo Extendido e Teias Alimentares

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO Instituto de Biociências - Câmpus de Rio Claro Departamento de Bioquímica e Microbiologia

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO Instituto de Biociências - Câmpus de Rio Claro Departamento de Bioquímica e Microbiologia unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO Instituto de Biociências - Câmpus de Rio Claro Departamento de Bioquímica e Microbiologia PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (ÁREA:

Leia mais

Insetos e Microrganismos. BAN 160 Entomologia Geral Insetos e Microrganismos. Sam Elliot. Insetos e Microrganismos TIPOS DE MICRORGANISMOS

Insetos e Microrganismos. BAN 160 Entomologia Geral Insetos e Microrganismos. Sam Elliot. Insetos e Microrganismos TIPOS DE MICRORGANISMOS BAN 160 Entomologia Geral Fenótipo Extendido e Teias Alimentares Exemplos Sam Elliot Vírus TIPOS DE MICRORGANISMOS Bactérias Protozoários 1 Vírus Eucariota (ex. Protozoário, Levedura) Fungos (incl. Leveduras)

Leia mais

Fungos no controle de formigas cortadeiras

Fungos no controle de formigas cortadeiras 5º Workshop de Formigas Cortadeiras Fungos no controle de formigas cortadeiras Nilson Satoru Nagamoto FCA/UNESP, Botucatu-SP nsnagamoto(a)yahoo.com Sumário 1. Introdução 2. Fungos entomopatogênicos 3.

Leia mais

Jaqueline Silva Pereira. Comunidades de fungos em jardins de formigas cortadeiras com diferentes hábitos de forrageamento

Jaqueline Silva Pereira. Comunidades de fungos em jardins de formigas cortadeiras com diferentes hábitos de forrageamento UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (ÁREA: MICROBIOLOGIA APLICADA) Jaqueline Silva Pereira Comunidades de fungos

Leia mais

BIOPROSPECÇÃO MICROBIANA

BIOPROSPECÇÃO MICROBIANA BIOPROSPECÇÃO MICROBIANA BIOPROSPECÇÃO MICROBIANA O Brasil, por sua grande diversidade de biomas e de ecossistemas, vasta extensão territorial e por estar nos trópicos onde se concentra a maior biodiversidade

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS RIO CLARO

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS RIO CLARO unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS RIO CLARO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (ÁREA: MICROBIOLOGIA APLICADA) LEVEDURAS ISOLADAS DE NINHOS

Leia mais

FACULDADE VÉRTICE CURSO AGRONOMIA MICROBIOLOGIA DO SOLO TEMAS: BIOTA E AGREGAÇÃO DO SOLO E OS PRINCIPAIS MICROORGANISMOS DE IMPORTÂNCIA AGRÍCOLA

FACULDADE VÉRTICE CURSO AGRONOMIA MICROBIOLOGIA DO SOLO TEMAS: BIOTA E AGREGAÇÃO DO SOLO E OS PRINCIPAIS MICROORGANISMOS DE IMPORTÂNCIA AGRÍCOLA FACULDADE VÉRTICE CURSO AGRONOMIA MICROBIOLOGIA DO SOLO TEMAS: BIOTA E AGREGAÇÃO DO SOLO E OS PRINCIPAIS MICROORGANISMOS DE IMPORTÂNCIA AGRÍCOLA PROFESSORA: MARIA LITA P. CORREA EVOLUÇÃO DO SOLOS Cianob,

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO, ESTRUTURA FUNGOS AULA TEÓRICA 3

CARACTERIZAÇÃO, ESTRUTURA FUNGOS AULA TEÓRICA 3 CARACTERIZAÇÃO, ESTRUTURA CELULAR E REPRODUÇÃO DE FUNGOS AULA TEÓRICA 3 O que são fungos? Saccharomyces sp HIFAS As hifas são os filamentos que formam o micélio dos fungos; São longas células cilíndricas

Leia mais

Tese (doutorado) Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro Orientador: Maurício Bacci Júnior

Tese (doutorado) Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro Orientador: Maurício Bacci Júnior ALFA-AMILASE E MALTASE NOS SIMBIONTES Leucoagaricus gongylophorus SINGER (MÖLLER) (LEUCOCOPRINEAE: AGARICACEAE) E Atta sexdens LINNAEUS (ATTINI: FORMICIDAE) ALINE SILVA Prof. Dr. Maurício Bacci Júnior

Leia mais

Características dos Fungos. Unicelulares ou Pluricelulares (filamentosos) em sua maioria

Características dos Fungos. Unicelulares ou Pluricelulares (filamentosos) em sua maioria Reino Fungi Reino Fungi Fungos NÃO são plantas Mais de 70 000 espécies Essencialmente terrestres Número estimado de espécies = 1,5 milhão O maior organismo vivo na Terra é um fungo Armillaria ostoyeae

Leia mais

METABOLISMO DOS FUNGOS

METABOLISMO DOS FUNGOS METABOLISMO DOS FUNGOS Os fungos são microrganismos heterotróficos e, em sua maioria, aeróbios obrigatórios. No entanto, certas leveduras fermentadoras, aeróbias facultativas, se desenvolvem em ambientes

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS - RIO CLARO CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LUCAS ANDRADE MEIRELLES

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS - RIO CLARO CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LUCAS ANDRADE MEIRELLES UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS - RIO CLARO CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LUCAS ANDRADE MEIRELLES ANTAGONISMO DE ACTINOBACTÉRIAS ISOLADAS DE TRACHYMYRMEX FRENTE AO

Leia mais

Degradação Bioquímica

Degradação Bioquímica Degradação de Polímeros e Corrosão Prof. Hamilton Viana Prof. Renato Altobelli Antunes 1. Introdução A degradação dos polímeros pode acontecer: Em presença de microorganismos (Biodegradação) Na ausência

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Microbiologia DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Microbiologia DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Microbiologia DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Isolamento e caracterização de leveduras fermentadoras de D-xilose, L-arabinose

Leia mais

FUNGOS MICOLOGIA BÁSICA

FUNGOS MICOLOGIA BÁSICA FUNGOS MICOLOGIA BÁSICA Durante muito tempo, os fungos foram considerados como vegetais e, somente a partir de 1969, passaram a ser classificados em um reino à parte REINO FUNGI. No reino Fungi é onde

Leia mais

Fungos saprófagos parasitas associações mutualísticas

Fungos saprófagos parasitas associações mutualísticas REINO FUNGI Fungos O Reino Fungi é um grupo de organismos eucariotas, que inclui micro-organismos tais como as leveduras, os bolores, bem como os mais familiares cogumelos. Os fungos são classificados

Leia mais

DINÂMICA POPULACIONAL E ECOLOGIA DO FORRAGEAMENTO DE Acromyrmex MAYR, 1865 (HYMENOPTERA: FORMICIDAE)

DINÂMICA POPULACIONAL E ECOLOGIA DO FORRAGEAMENTO DE Acromyrmex MAYR, 1865 (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ MARIANE APARECIDA NICKELE DINÂMICA POPULACIONAL E ECOLOGIA DO FORRAGEAMENTO DE Acromyrmex MAYR, 1865 (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) CURITIBA 2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Leia mais

MICRORGANISMOS E BIOTECNOLOGIA

MICRORGANISMOS E BIOTECNOLOGIA MICRORGANISMOS E BIOTECNOLOGIA BIOTECNOLOGIA - HISTÓRIA Estima-se que 8000 a.c., na Mesopotâmia, os povos selecionavam as melhores sementes das melhores plantas para aumentar a colheita. Fabricação de

Leia mais

Prof. Dr. João Batista de Almeida e Silva A CÉLULA

Prof. Dr. João Batista de Almeida e Silva  A CÉLULA Prof. Dr. João Batista de Almeida e Silva joaobatista@debiq.eel.usp.br joaobatista@pq.cnpq.br A CÉLULA Unidade microscópica, estrutural e funcional básica b de todos os seres vivos CÉLULAS EUCARIÓTICAS

Leia mais

Evolução e Metabolismo de Alguns Atíneos (Hymenoptera: Formicidae) e seus Fungos Simbiontes (Basidiomycota: Agaricales)

Evolução e Metabolismo de Alguns Atíneos (Hymenoptera: Formicidae) e seus Fungos Simbiontes (Basidiomycota: Agaricales) Evolução e Metabolismo de Alguns Atíneos (Hymenoptera: Formicidae) e seus Fungos Simbiontes (Basidiomycota: Agaricales) ANA CARLA OLIVEIRA DA SILVA PINHATI Rio Claro Estado de São Paulo Brasil Dezembro

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS RIO CLARO

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS RIO CLARO unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS RIO CLARO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (ÁREA MICROBIOLOGIA APLICADA) LEVEDURAS ISOLADAS DE NINHOS

Leia mais

Microorganismos no Rúmen: bactérias e fungos Prof. Raul Franzolin Neto FZEA/USP Campus de Pirassununga

Microorganismos no Rúmen: bactérias e fungos Prof. Raul Franzolin Neto FZEA/USP Campus de Pirassununga 1 Microorganismos no Rúmen: bactérias e fungos Prof. Raul Franzolin Neto FZEA/USP Campus de Pirassununga Importância 2 Biologia e ecologia da população microbiana é muito semelhante entre as espécies de

Leia mais

PRODUÇÃO DE POLISSACARIDASES PELO FUNGO SIMBIONTE DAS FORMIGAS CORTADEIRAS DE GRAMÍNEAS Atta capiguara e Acromyrmex balzani

PRODUÇÃO DE POLISSACARIDASES PELO FUNGO SIMBIONTE DAS FORMIGAS CORTADEIRAS DE GRAMÍNEAS Atta capiguara e Acromyrmex balzani Universidade Estadual de Santa Cruz Programa de Pós Graduação em Biologia e Biotecnologia de Microrganismos Mestrado em Biologia e Biotecnologia de Microrganismos PRODUÇÃO DE POLISSACARIDASES PELO FUNGO

Leia mais

METABOLISMO DOS FUNGOS

METABOLISMO DOS FUNGOS METABOLISMO DOS FUNGOS Os fungos são microrganismos heterotróficos e, em sua maioria, aeróbios obrigatórios. No entanto, certas leveduras fermentadoras, aeróbias facultativas, se desenvolvem em ambientes

Leia mais

Durante muito tempo os fungos foram classificados como vegetais aclorofilados.

Durante muito tempo os fungos foram classificados como vegetais aclorofilados. Fungos Durante muito tempo os fungos foram classificados como vegetais aclorofilados. Em determinado momento os fungos foram incluídos em um reino próprio, o reino fungi. São seres unicelulares ou pluricelulares,

Leia mais

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO ECOLÓGICA

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO ECOLÓGICA UNIDADE 7 Ecologia NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO ECOLÓGICA O estudo da Ecologia é muito abrangente, ele envolve fatores bióticos e abióticos. Fatores bióticos: interação entre os seres vivos, sejam eles da mesma

Leia mais

Fisiologia e Reprodução dos fungos

Fisiologia e Reprodução dos fungos Fisiologia e Reprodução dos fungos Outubro- 2017 Profa. Analice Azevedo Dep. de Microbiologia Fisiologia dos Fungos Os fungos utilizam uma variedade de substratos como fonte de carbono; Entretanto alguns

Leia mais

Reino Fungi. Fungos, por quê? Fungos, pra que? Como vivem? Como são?

Reino Fungi. Fungos, por quê? Fungos, pra que? Como vivem? Como são? Reino Fungi Fungos, por quê? Uma pergunta muito comum entre os alunos, durante as aulas de botânica. De fato, fungos são tão diferentes das algas e das plantas como os são dos animais, e assim, porque

Leia mais

Matéria Orgânica do Solo. Everlon Cid Rigobelo

Matéria Orgânica do Solo. Everlon Cid Rigobelo Matéria Orgânica do Solo Everlon Cid Rigobelo 1 Solo receptáculo final Recebedor Resíduos orgânicos de origem Vegetal, animal Produtos de suas transformações 2 Solo receptáculo final Vegetação Responsável

Leia mais

Figura 1. Deposição de matéria orgânica da Mata Atlântica

Figura 1. Deposição de matéria orgânica da Mata Atlântica Figura 1. Deposição de matéria orgânica da Mata Atlântica 1 Figura 2. Decomposição de matéria orgânica da Mata Atlântica 2 Figura 3 Decomposição de matéria orgânica da Mata Atlântica 3 Figura 4. Decomposição

Leia mais

RESSALVA. Atendendo solicitação do(a) autor(a), o texto completo deste trabalho será disponibilizado somente a partir de 31/03/2019.

RESSALVA. Atendendo solicitação do(a) autor(a), o texto completo deste trabalho será disponibilizado somente a partir de 31/03/2019. RESSALVA Atendendo solicitação do(a) autor(a), o texto completo deste trabalho será disponibilizado somente a partir de 31/03/2019. unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA

Leia mais

LEVANTAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS PERTENCENTES AO FILO BASIDIOMYCOTA NO INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE CÂMPUS CONCÓRDIA

LEVANTAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS PERTENCENTES AO FILO BASIDIOMYCOTA NO INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE CÂMPUS CONCÓRDIA LEVANTAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS PERTENCENTES AO FILO BASIDIOMYCOTA NO INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE CÂMPUS CONCÓRDIA Julio Cezar MOCELLIN 1 ; Ian Carlos GALON 2 ; Marcela de Souza LEITE 3 ; Alessandra

Leia mais

Animais Monogástricos. Digestão Monogástricos. Animais Monogástricos. Digestão Monogástricos 28/08/2012

Animais Monogástricos. Digestão Monogástricos. Animais Monogástricos. Digestão Monogástricos 28/08/2012 Animais Monogástricos Digestão e Absorção de Carboidratos Animais monogástricos e ruminantes Prof. Dr. Bruno Lazzari de Lima Principais fontes de glicídeos: Polissacarídeos. Amido. Glicogênio. Dextrinas.

Leia mais

Citrus. Cana. Parede celular. Dra. Maria Izabel Gallão

Citrus. Cana. Parede celular. Dra. Maria Izabel Gallão Citrus Cana Parede celular Parede Celular Parede celular contribui para a integridade estrutural e morfologia da planta. A planta necessita da parede celular para o seu crescimento. Parede celular deve

Leia mais

Exercícios de Água, Sais, Lipídios e Glicídios

Exercícios de Água, Sais, Lipídios e Glicídios Exercícios de Água, Sais, Lipídios e Glicídios 1. (Enem 2005) A água é um dos componentes mais importantes das células. A tabela a seguir mostra como a quantidade de água varia em seres humanos, dependendo

Leia mais

Microbiologia: Mikros (= pequeno) + Bio (= vida) + logos (= ciência)

Microbiologia: Mikros (= pequeno) + Bio (= vida) + logos (= ciência) INTRODUÇÃO Microbiologia: Mikros (= pequeno) + Bio (= vida) + logos (= ciência) A Microbiologia era definida, até recentemente, como a área da ciência que se dedica ao estudo dos microrganismos. Os microrganismos

Leia mais

Importância do sistema digestivo para o equilíbrio do organismo. Exploratório 9 l Ciências Naturais 9.º ano

Importância do sistema digestivo para o equilíbrio do organismo. Exploratório 9 l Ciências Naturais 9.º ano Importância do sistema digestivo para o equilíbrio do organismo Em que consiste a nutrição e quais são as suas etapas? A nutrição consiste no processo através do qual os organismos asseguram a obtenção

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE DOCENTE: Dr. José Ribamar Silva Conceituação: D MATÉRIA ORGÂNICA. Todo material de origem vegetal ou animal que se encontre no solo independentemente de seu estado de decomposição.

Leia mais

CONTROLE DE FORMIGAS CORTADEIRAS EM PROJETOS DE RAD: INDICADORES AMBIENTAIS OU PRAGA?

CONTROLE DE FORMIGAS CORTADEIRAS EM PROJETOS DE RAD: INDICADORES AMBIENTAIS OU PRAGA? CONTROLE DE FORMIGAS CORTADEIRAS EM PROJETOS DE RAD: INDICADORES AMBIENTAIS OU PRAGA? Moisés Pedreira de Souza Engº Florestal Professor M.Sc. Entomologia 1 Introdução As formigas cortadeiras exercem o

Leia mais

Reino Fungi Características gerais Classificação Associações. Introdução Exemplos REINO FUNGI

Reino Fungi Características gerais Classificação Associações. Introdução Exemplos REINO FUNGI Introdução Exemplos REINO FUNGI Introdução Exemplos Introdução Morfologia Nutrição e excreção Respiração Reprodução Aclorofilados; Parede celular de quitina; Glicogênio como principal molécula energética;

Leia mais

Biodiversidade e prosperidade económica

Biodiversidade e prosperidade económica Biodiversidade e prosperidade económica Helena Castro e Helena Freitas Centro de Ecologia Funcional Universidade de Coimbra O que é a biodiversidade? Biodiversidade é a variedade de seres vivos. Aqui se

Leia mais

DEGRADAÇÃO DE XILANA E ASSIMILAÇÃO DE PENTOSES POR LEVEDURAS

DEGRADAÇÃO DE XILANA E ASSIMILAÇÃO DE PENTOSES POR LEVEDURAS DEGRADAÇÃO DE XILANA E ASSIMILAÇÃO DE PENTOSES POR LEVEDURAS Raquel Brustulin 1 ; Solange Cristina Carreiro 2 1 Aluna do Curso de Engenharia de Alimentos; Campus de Palmas; e-mail: raquel_brustulin@hotmail.com

Leia mais

RÔMULO AUGUSTO COTTA DÂNGELO. ACTINOMICETOS E FUNGOS SIMBIONTES: IMPLICAÇÕES PARA FORMIGAS CORTADEIRAS DO GÊNERO Acromyrmex MAYR, 1865.

RÔMULO AUGUSTO COTTA DÂNGELO. ACTINOMICETOS E FUNGOS SIMBIONTES: IMPLICAÇÕES PARA FORMIGAS CORTADEIRAS DO GÊNERO Acromyrmex MAYR, 1865. RÔMULO AUGUSTO COTTA DÂNGELO ACTINOMICETOS E FUNGOS SIMBIONTES: IMPLICAÇÕES PARA FORMIGAS CORTADEIRAS DO GÊNERO Acromyrmex MAYR, 1865. Dissertação apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte

Leia mais

Curso Técnico em Análises Químicas Disciplina: Microbiologia. Aula 3.1 Bactérias

Curso Técnico em Análises Químicas Disciplina: Microbiologia. Aula 3.1 Bactérias Curso Técnico em Análises Químicas Disciplina: Microbiologia Aula 3.1 Bactérias CLASSIFICAÇÃO: Bactérias Quanto a respiração: Aeróbicas: crescem apenas na presença de O 2. Anaeróbicas: crescem em ausência

Leia mais

CIÊNCIAS. Prof. Diângelo

CIÊNCIAS. Prof. Diângelo CIÊNCIAS Prof. Diângelo TABELA PERÍODICA Aula 18 Respiração Celular Respiração celular é o processo de conversão das ligações químicas de moléculas ricas em energia que poderão ser usadas nos processos

Leia mais

Água A superfície da Terra é constituída de três quartos de água, cerca de 70%, a maior parte está concentrada nos oceanos e mares, cerca de 97,5%, o

Água A superfície da Terra é constituída de três quartos de água, cerca de 70%, a maior parte está concentrada nos oceanos e mares, cerca de 97,5%, o A química da Vida Água A superfície da Terra é constituída de três quartos de água, cerca de 70%, a maior parte está concentrada nos oceanos e mares, cerca de 97,5%, o restante 2,5% está concentrado em

Leia mais

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS TÍTULO: MICROBIOTA EM MATA ATLÂNTICA DA PRAIA GRANDE CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

Leia mais

MARIANA DE OLIVEIRA BARCOTO

MARIANA DE OLIVEIRA BARCOTO UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS - RIO CLARO CIÊNCIAS BIOLÓGICAS MARIANA DE OLIVEIRA BARCOTO PATOGENICIDADE DE SYNCEPHALASTRUM RACEMOSUM NOS JARDINS DE FORMIGAS

Leia mais

OCORRÊNCIA DE FUNGOS FILAMENTOSOS EM NINHOS DE

OCORRÊNCIA DE FUNGOS FILAMENTOSOS EM NINHOS DE OCORRÊNCIA DE FUNGOS FILAMENTOSOS EM NINHOS DE Atta sexdens rubropilosa Forel, 1908 (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) SUBMETIDOS A TRATAMENTOS COM ISCAS TÓXICAS ANDRÉ RODRIGUES Dissertação apresentada ao Instituto

Leia mais

Características gerais

Características gerais Características gerais Organismos eucariontes, unicelulares ou pluricelulares; Podem ser de vida livre ou não; Podem ser encontrados nos mais variados ambientes, preferencialmente em lugares úmidos; Característica

Leia mais

Bento Gonçalves RS, Brasil, 5 a 7 de Abril de 2016

Bento Gonçalves RS, Brasil, 5 a 7 de Abril de 2016 Técnicas de isolamento, cultivo, identificação e fermentação de hexoses e pentoses de Sacharomyces cerevisae e Scheffersomyces stipitis e microrganismos da casca do limão Guilherme Mendes Soares¹ 1 Universidade

Leia mais

BIOSFERA E SEUS ECOSSISTEMAS Cap.2

BIOSFERA E SEUS ECOSSISTEMAS Cap.2 BIOSFERA E SEUS ECOSSISTEMAS Cap.2 Conceitos Básicos ECOLOGIA Oikos =casa; logos= ciência É a ciência que estuda as relações entre os seres vivos entre si e com o ambiente onde eles vivem Estuda as formas

Leia mais

Fontes de Microrganismos

Fontes de Microrganismos Fontes de Microrganismos Os microrganismos de Interesse Industrial pode ser obtidos: Isolamento de recursos naturais: (solo, água, plantas, etc); Compra em coleções de cultura: (Agricultural Research Service

Leia mais

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SERES VIVOS (CONT.)

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SERES VIVOS (CONT.) THARCIO ADRIANO VASCONCELOS BIOLOGIA CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SERES VIVOS (CONT.) PAZ NA ESCOLA 15.03.2019 Animais, plantas, micro-organismos todos são capazes de perceber as condições ambientais e de

Leia mais

Isolamento, Seleção e Cultivo de Bactérias Produtoras de Enzimas para Aplicação na Produção mais Limpa de Couros

Isolamento, Seleção e Cultivo de Bactérias Produtoras de Enzimas para Aplicação na Produção mais Limpa de Couros Universidade Federal do Rio Grande do Sul Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química Departamento de Engenharia Química Laboratório de Estudos em Couro e Meio Ambiente Isolamento, Seleção e Cultivo

Leia mais

MACRONUTRIENTES INTRODUÇÃO

MACRONUTRIENTES INTRODUÇÃO MACRONUTRIENTES I INTRODUÇÃO Dos elementos químicos encontrados na natureza, quatro são encontrados com maior frequência na composição química dos seres vivos. Esses elementos são o carbono (C), o oxigênio

Leia mais

Produção de monossacarídeos por hidrólise

Produção de monossacarídeos por hidrólise Produção de monossacarídeos por hidrólise Referências Fengel D e Wegener, G, 1989. cap. 10 ação de ácidos Tuula Teeri e Gunnar Henriksson, 2009. Enzymes degrading wood components, In: Wood Chemistry and

Leia mais

Etanol Lignocelulósico

Etanol Lignocelulósico Etanol Lignocelulósico A Importância do Etanol Lignocelulósico O etanol é uma alternativa para diminuir, em escala mundial, problemas ambientais e energéticos em razão da escassez e alta dos preços dos

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS RIO CLARO

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS RIO CLARO unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS RIO CLARO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (MICROBIOLOGIA APLICADA) METABOLISMO COMPARADO DE JARDINS

Leia mais

CAIO FELIPE CAVICCHIA ZAMUNÉR BIOCONTROLE DE FORMIGAS-CORTADEIRAS UTILIZANDO O FUNGO ESCOVOPSIS

CAIO FELIPE CAVICCHIA ZAMUNÉR BIOCONTROLE DE FORMIGAS-CORTADEIRAS UTILIZANDO O FUNGO ESCOVOPSIS UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS - RIO CLARO CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CAIO FELIPE CAVICCHIA ZAMUNÉR BIOCONTROLE DE FORMIGAS-CORTADEIRAS UTILIZANDO O FUNGO ESCOVOPSIS

Leia mais

CABOIDRATOS, FIBRAS, LIPÍDEOS, PROTEÍNAS E ÁGUA

CABOIDRATOS, FIBRAS, LIPÍDEOS, PROTEÍNAS E ÁGUA CABOIDRATOS, FIBRAS, LIPÍDEOS, PROTEÍNAS E ÁGUA ÁGUA É o componente majoritário dos seres vivos; Na carne pode chegar a 70% e nas verduras até 95%; É o solvente universal; Desempenha diversas funções:

Leia mais

Atividade biológica e estoque de carbono do solo

Atividade biológica e estoque de carbono do solo Atividade biológica e estoque de carbono do solo Gisele S. de Brito Doutorado em Ecologia Orientadora: Dra. Vânia Regina Pivello Universidade de São Paulo Elementos e compostos químicos; Elementos nutrientes:

Leia mais

Prof. Leonardo F. Stahnke

Prof. Leonardo F. Stahnke Prof. Leonardo F. Stahnke Moléculas orgânicas mais abundantes nos seres vivos, sendo importantes tanto na estrutura como funcionamento das células. São encontrados na carne vermelha, de frango ou peixe,

Leia mais

CARBOIDRATOS Classificação: De acordo com o número de moléculas em sua constituição temos: I- MONOSSACARÍDEOS ( CH 2 O) n n= varia de 3 a 7 Frutose Ga

CARBOIDRATOS Classificação: De acordo com o número de moléculas em sua constituição temos: I- MONOSSACARÍDEOS ( CH 2 O) n n= varia de 3 a 7 Frutose Ga CARBOIDRATOS Os carboidratos são as biomoléculas mais abundantes na natureza. Para muitos carboidratos, a fórmula geral é: [C(H2O)]n, daí o nome "carboidrato", ou "hidratos de carbono" -São moléculas que

Leia mais

UNIVERSIDADE!DE!SÃO!PAULO!!!!Produtos!naturais!de!microEorganismos!associados!aos!ninhos! da!formiga!cortadeira!atta$sexdens$rubropilosa!!!

UNIVERSIDADE!DE!SÃO!PAULO!!!!Produtos!naturais!de!microEorganismos!associados!aos!ninhos! da!formiga!cortadeira!atta$sexdens$rubropilosa!!! UIVERSIDADEDESÃPAUL FACULDADEDECIÊCIASFARMACÊUTICASDERIBEIRÃPRET ProdutosnaturaisdemicroEorganismosassociadosaosninhos daformigacortadeiraatta$sexdens$rubropilosa TesedeDoutoradoapresentadaaoProgramade

Leia mais

RELAÇÃO ENTRE TEMPERATURA E CRESCIMENTO DE FUNGOS DO FORMIGUEIRO ARTIFICIAL DO ORQUIDÁRIO MUNICIPAL DE SANTOS, ESTADO DE SÃO PAULO.

RELAÇÃO ENTRE TEMPERATURA E CRESCIMENTO DE FUNGOS DO FORMIGUEIRO ARTIFICIAL DO ORQUIDÁRIO MUNICIPAL DE SANTOS, ESTADO DE SÃO PAULO. RELAÇÃO ENTRE TEMPERATURA E CRESCIMENTO DE FUNGOS DO FORMIGUEIRO ARTIFICIAL DO ORQUIDÁRIO MUNICIPAL DE SANTOS, ESTADO DE SÃO PAULO. Lígia Módolo Pinto*, Cibele Coelho Augusto** *Acadêmica da Faculdade

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE BOTUCATU FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS PLANO DE ENSINO

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE BOTUCATU FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS PLANO DE ENSINO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS PLANO DE ENSINO IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA DISCIPLINA: TÓPICOS DE BIOQUÍMICA E FISIOLOGIA DO ESTRESSE CÓDIGO: ÁREA: Domínio Específico ( ) Domínio Conexo

Leia mais

Aloetismo em Acromyrmex subterraneus brunneus Forel

Aloetismo em Acromyrmex subterraneus brunneus Forel Aloetismo em Acromyrmex subterraneus brunneus Forel (Hymenoptera, Formicidae), durante o forrageamento, cultivo do jardim de fungo e devolução dos materiais forrageados Aloetismo em Acromyrmex subterraneus

Leia mais

Dra. Maria Izabel Gallão

Dra. Maria Izabel Gallão As proteínas estruturais de parede celular são classificadas em: proteínas ricas em hidroxiprolina (HRPG) proteínas ricas em glicina (RGPs) proteínas ricas em prolina (PRPs) proteínas arabinogalactanas

Leia mais

Biodegradação de madeira

Biodegradação de madeira Biodegradação de madeira - Importância dos processos de biodegradação da madeira - Biodegradação da madeira em ambientes naturais - Organismos envolvidos na biodegradação da madeira - Biodegradação da

Leia mais

FORMIGAS CORTADEIRAS

FORMIGAS CORTADEIRAS 13ª. REUNIÃO TÉCNICA PROTEF ATUALIZAÇÃO EM PROTEÇÃO FLORESTAL NA BAHIA FORMIGAS CORTADEIRAS Aldenise Alves Moreira UESB UESB Vitória da Conquista - BA INTRODUÇÃO Brasil aproximadamente 6 milhões de hectares

Leia mais

Produção de Bioetanol a partir de Materiais Lenho-celulósicos de Sorgo Sacarino: Revisão Bibliográfica

Produção de Bioetanol a partir de Materiais Lenho-celulósicos de Sorgo Sacarino: Revisão Bibliográfica Dissertação de Mestrado em Energia e Bioenergia Produção de Bioetanol a partir de Materiais Lenho-celulósicos de Sorgo Sacarino: Revisão Bibliográfica Luís Quilhó Orientador: Prof. Dr. Nuno Lapa Departamento

Leia mais

Biomassa de Banana Verde Polpa - BBVP

Biomassa de Banana Verde Polpa - BBVP Biomassa de Banana Verde Polpa - BBVP INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS Porção de 100g (1/2 copo) Quantidade por porção g %VD(*) Valor Energético (kcal) 91 4,55 Carboidratos 21,4 7,13 Proteínas 2,1 2,80 Gorduras

Leia mais

NUTRIÇÃO E CRESCIMENTO MICROBIANO

NUTRIÇÃO E CRESCIMENTO MICROBIANO CRESCIMENTO MICROBIANO: NUTRIÇÃO E CRESCIMENTO MICROBIANO Em microbiologia, o termo crescimento refere-se a um aumento do número de células e não ao aumento das dimensões celulares. Crescimento Microbiano

Leia mais

MICOLOGIA - Estudo sobre Fungos

MICOLOGIA - Estudo sobre Fungos MICOLOGIA - Estudo sobre Fungos Champignon Amanita (alucinógeno) Orelha de pau os fungos Amanita (alucinógeno) Queijo gorgonzola Tuber (trufas) Levedura Aspergilus INTRODUÇÃO FUNGOS: Filamentosos + Leveduras

Leia mais

Influência do efeito de borda na riqueza de formigas em Cerradão

Influência do efeito de borda na riqueza de formigas em Cerradão Influência do efeito de borda na riqueza de formigas em Cerradão Danilo Fortunato, João Victor Caetano, Lauana Nogueira, Pamela Moser, Simone Reis, Taric Plaza Orientador do projeto: Reginaldo Constantino

Leia mais

Composição Química das Células: Água

Composição Química das Células: Água A Química da Vida Composição Química das Células: Água As substâncias que constituem os corpos dos seres vivos possuem em sua constituição cerca de 75/85% de água. Ou seja, cerca de 80% do corpo de um

Leia mais

O que são as relações ecológicas?

O que são as relações ecológicas? RELAÇÕES ECOLÓGICAS O que são as relações ecológicas? Em um ecossistema, os seres vivos relacionam-se com o ambiente físico e também entre si, formando o que chamamos de relações ecológicas. O que são

Leia mais

Fisiologia do Exercício

Fisiologia do Exercício Fisiologia do Exercício REAÇÕES QUÍMICAS Metabolismo inclui vias metabólicas que resultam na síntese de moléculas Metabolismo inclui vias metabólicas que resultam na degradação de moléculas Reações anabólicas

Leia mais

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS BIOLOGICAL SCIENCE

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS BIOLOGICAL SCIENCE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS BIOLOGICAL SCIENCE Pós-graduação / Graduate Studies UNESP 41 INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS, LETRAS E CIÊNCIAS EXATAS CAMPUS DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth,

Leia mais

COMO AS ENZIMAS COLABORAM PARA UMA USINA MAIS LUCRATIVA. Marcelo Vieira Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento

COMO AS ENZIMAS COLABORAM PARA UMA USINA MAIS LUCRATIVA. Marcelo Vieira Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento COMO AS ENZIMAS COLABORAM PARA UMA USINA MAIS LUCRATIVA Marcelo Vieira Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento AGENDA Prozyn; Desafios técnicos da indústria; Como as enzimas colaboram para uma usina mais

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA Data Aprovação: 01/12/2003 Data Desativação: Nº Créditos : 8 Carga Horária Total: Carga Horária Teórica: Carga Horária Prática: Carga Horária Teórica/Prátical: Carga Horária Seminário: Carga Horária Laboratório:

Leia mais

Como o organismo perde água? No corpo humano, 71% do nosso peso é água. Contém 85% de água no nosso sangue, 80% no cérebro, 70% na pele e 30% nos

Como o organismo perde água? No corpo humano, 71% do nosso peso é água. Contém 85% de água no nosso sangue, 80% no cérebro, 70% na pele e 30% nos Bioquímica Celular Água A importância da água na vida do planeta é de tamanha proporção, posto que é um elemento essencial para a sobrevivência de animais e vegetais na Terra. Estamos tão habituados à

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina ENT367 Entomologia Florestal

Programa Analítico de Disciplina ENT367 Entomologia Florestal 0 Programa Analítico de Disciplina Departamento de Entomologia - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Número de créditos: Teóricas Práticas Total Duração em semanas: 15 Carga horária semanal Períodos

Leia mais

BIOLOGIA. Ecologia e ciências ambientais. Níveis de organização da vida. Professor: Alex Santos

BIOLOGIA. Ecologia e ciências ambientais. Níveis de organização da vida. Professor: Alex Santos BIOLOGIA Ecologia e ciências ambientais Professor: Alex Santos Tópicos em abordagem: Introdução a ecologia e níveis de organização da vida: I Introdução aos fundamentos de Ecologia II Níveis de organização

Leia mais

Processos Biológicos para a Remoção de Poluentes

Processos Biológicos para a Remoção de Poluentes Processos Biológicos para a Remoção de Poluentes Tecnologia em Gestão Ambiental Gestão e Tratamento de Efluentes Prof: Thiago Edwiges 2 INTRODUÇÃO Tratamento Secundário Ocorrem processos biológicos de

Leia mais

FUVEST Segunda Fase. Biologia 07/01/2003

FUVEST Segunda Fase. Biologia 07/01/2003 FUVEST 2003 Segunda Fase Biologia 07/01/2003 Q.01 Certas doenças hereditárias decorrem da falta de enzimas lisossômicas. Nesses casos, substâncias orgânicas complexas acumulam-se no interior dos lisossomos

Leia mais

Streptomyces ASSOCIADOS A FORMIGAS DA TRIBO ATTINI E SEUS EFEITOS SOBRE OS FUNGOS Escovopsis weberi E OUTROS MICRORGANISMOS

Streptomyces ASSOCIADOS A FORMIGAS DA TRIBO ATTINI E SEUS EFEITOS SOBRE OS FUNGOS Escovopsis weberi E OUTROS MICRORGANISMOS Streptomyces ASSOCIADOS A FORMIGAS DA TRIBO ATTINI E SEUS EFEITOS SOBRE OS FUNGOS Escovopsis weberi E OUTROS MICRORGANISMOS ETIENNE CRISTINA FAVARIN Orientador: Prof. Dr. Maurício Bacci Junior Co-orientador:

Leia mais

Consulta por Classificação / Área Avaliação

Consulta por Classificação / Área Avaliação Consulta por Classificação / Área Avaliação ISSN 0167-4366 Agroforestry Systems (Print) A2 ZOOTECNIA / RECURSOS PESQUEIROS Atualizado 0002-1962 Agronomy Journal (Print) A2 ZOOTECNIA / RECURSOS PESQUEIROS

Leia mais

Qualificar Centro de Estudos Técnicos de Formação em Saúde Curso Técnico em Saúde Bucal Disciplina de Microbiologia Reino Fungi

Qualificar Centro de Estudos Técnicos de Formação em Saúde Curso Técnico em Saúde Bucal Disciplina de Microbiologia Reino Fungi Qualificar Centro de Estudos Técnicos de Formação em Saúde Curso Técnico em Saúde Bucal Disciplina de Microbiologia Reino Fungi Professor: Bruno Aleixo Venturi O que são os fungos? Os fungos são micro-organismos

Leia mais

Plano de Aulas. Biologia. Módulo 4 A célula e os componentes da matéria viva

Plano de Aulas. Biologia. Módulo 4 A célula e os componentes da matéria viva Plano de Aulas Biologia Módulo 4 A célula e os componentes da matéria viva Resolução dos exercícios propostos Retomada dos conceitos 12 CAPÍTULO 1 1 b Graças ao microscópio óptico descobriu-se que os seres

Leia mais

Natalia Camps Pimenta

Natalia Camps Pimenta UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS - RIO CLARO Ciências Biológicas Natalia Camps Pimenta ATIVIDADE DE FORRAGEIO DE Trachymyrmex tucumanus FOREL, 1914 (HYMENOPTERA,

Leia mais

BIOLOGIA. Professora Fernanda Santos

BIOLOGIA. Professora Fernanda Santos BIOLOGIA Professora Fernanda Santos Introdução a Biologia Estudo da vida Introdução a Biologia Introdução a Biologia Todos os seres vivos são constituídos de células menos os vírus! Unicelulares Pluricelulares

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS 3º ANO

LISTA DE EXERCÍCIOS 3º ANO A maior quantidade de energia é encontrada nos produtores, representados pelos vegetais e indicados pela letra [A]. A produção de matéria orgânica pela vegetação ocorre por meio da fotossíntese. A reciclagem

Leia mais

Aula: 26 Temática: Estrutura dos lipídeos parte I

Aula: 26 Temática: Estrutura dos lipídeos parte I Aula: 26 Temática: Estrutura dos lipídeos parte I Os lipídeos são abundantes em animais e vegetais. Compreendem os óleos, as gorduras, as ceras, os lipídios compostos como os fosfolipídios e os esteróides

Leia mais

A célula é a menor unidade estrutural básica do ser vivo. A palavra célula foi usada pela primeira vez em 1667 pelo inglês Robert Hooke.

A célula é a menor unidade estrutural básica do ser vivo. A palavra célula foi usada pela primeira vez em 1667 pelo inglês Robert Hooke. A célula é a menor unidade estrutural básica do ser vivo. A palavra célula foi usada pela primeira vez em 1667 pelo inglês Robert Hooke. Com um microscópio muito simples, ele observou pedacinhos de cortiça

Leia mais

DIVERSIDADE E EVOLUÇÃO NA SIMBIOSE ENTRE BACTÉRIAS E FORMIGAS ATTINI

DIVERSIDADE E EVOLUÇÃO NA SIMBIOSE ENTRE BACTÉRIAS E FORMIGAS ATTINI ANA CAROLINA MARCHIORI DIVERSIDADE E EVOLUÇÃO NA SIMBIOSE ENTRE BACTÉRIAS E FORMIGAS ATTINI Tese apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte

Leia mais