ESTUDO EXPERIMENTAL DE AMOSTRAS DO TRYPANOSO- MA CRUZI ISOLADAS DE GESTANTES CHAGÂSICAS *
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- Luiz Guilherme Fagundes Nunes
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1 Rev. Pai. Trop. 2): 3, ,1973 ESTUDO EXPERIMENTAL DE AMOSTRAS DO TRYPANOSO- MA CRUZI ISOLADAS DE GESTANTES CHAGÂSICAS * SÔNIA G. ANDRADE ** ACHILÉA L. BITTENCOURT ** ROZÁLIA M. FIGUEIRA*** MAHIA LUIZA CARVALHO*** RESUMO O estudo de diferentes amostras do Trypanosoma crnzi, isoladas de cinco pacientes gestantes chagásicas não mostrou diferenças nas características das mesmas, quer quando provinham de casos em que houve transmissão da infecção ao feto, quer de casos em que não houve transmissão congénita da doença. As diferentes amostras foram caracterizadas do ponto de vista biológico, morfológico e hístopatológico. Como se trata de um estudo feito em um número reduzido de casos, não se pode concluir sobre a importância de diferenças de cepas na transmissão congénita da doença de Chagas. Verificou-se, entretanto, que todas as amostras pertenciam a um mesmo padrão o qual foi considerado como facilmente transmissível, levando-se em conta que, de cinco pacientes das quais as amostras foram isoladas, houve transmissão congénita da infecção em duas. O presente estudo poderá servir de base para estudos comparativos posteriores utilizando cepas do T. trazi isoladas de áreas em que a incidência de transmissão congénita da infecção é considerada baixa ou inexistente. INTRODUÇÃO A transmissão congénita da doença de Chagas no ser humano já foi confirmada desde os estudos de Dao(9). Nota-se, entretanto, que não há uma concordância entre os diversos autores que têm estudado o problema em diferentes áreas geográficas, quanto à incidência desta transmissão, que parece ser maior em algumas áreas que em outras. Assim, em algumas séries de casos em que foi pesquisada a transmissão congénita da infecção chagásica, esta não foi constatada <3-13'14-17>, enquanto em outras (4> 5> 7-8> 10> n> foi assinalada uma significativa incidência de transmissão. Sabendo-se que o Trypanosoma cruzi pode determinar lesões histopatológicas diferentes de acordo com a cepa W, poder-se-ia supor que este fator também tivesse importância na determinação da passagem transplacentáría do parasito para o feto e, portanto, nas diferenças de transmissão. Com a finalidade de investigar este as- A parte experimental deite trabalho foi reall»dk com o auxilio do Conselho Nacional de Peiqului - (TX }. Prcfeiicrei Aumentei da unlvirildade Federal da Bahia ** BlologlitM di FundicKo Qonealu Monli.
2 302 Rev. Pat. Trop. (2): 3 Julho/Setembro, 1973 pecto, resolvemos fazer um estudo de amostras parasitárias provenientes de gestantes chagásicas, a fim de verificar se havia diferenças nas características entre amostras isoladas de casos em que Jiouve ^transmissão dat doença ao íeto -e de díâsós em qtíe ista transmissão ríão' se deu. As amostras estudadas foram isoladas a partir de triatomídeos utilizados para o xenodiaghóstico das gestantes, sendo que o estudo e a caracterização destas amostras foi feito sem o conhecimento prévio de quais os casos em que houve transmissão, utilizando técnicas já descritas em "trabalho - anterior <2>. O xeno- "diàgnóstico das pacientes era feito nó dia a"ò parto, precedendo o mesmo. ' MATERIAL E MÉTODOS l -^ Amostras parasitárias 'fórarn isoladas a partir de triatomídeos utilizados para xenodiagnóstico de 5 pacientes gestantes chagásicas, constituindo 5 grupos experimentais. O conteúdo do intestino posterior dos triatomídeos (Rhodnius prolixus) era diluido em salina e a suspensão obtida era inoculada em camundongos recém-nascidos, por via intra-peritoneal. A. partir desta primeira inoculação, foram feitas passagens sucessivas em camundongos recém-nascidos (peso: 4 ft-5 g) ou adultos jovens (10 a 12 g)'. 'As amostras parasitárias foram estudadas detalhadamente "na 10a, 20a e 30a passagens, a fim de se conseguir estabilidade de suas características. O estudo destas amostras constou de: 1) Estudo da parasitemia, feito diariamente, pela contagem dos trípomastigotas no sangue periférico, entre lâmina e lamínula, em 50 campos microscópicos (400x); 2) Estudo morfológico dos parasitos no sangue p^riféricid' em esfregaços _ corados pelo May Grunwaíd-Giemsa- com contagem de formas largas! e delgadas è. verificação da percentagem destas formas durante o curso da infecção; 3) Estudo histopatológico feito em animais sacrificados em diferentes fases da infecção- cujos órgãos foram fixados-em formol a 10% e incluídos em parafina e as secções coradas pela hematoxilina e eosina. 2 Grupos experimentais em n. de. cinco- correspondendo a cada uma das amostras parasitárias isoladas das gestantes chagásicas- através do xenodíagnóstico (Tabela I). As pacientes eram provenientes do Recôncavo Baiano e vinham sendo acompanhadas por um de nós (A.B.) na Maternidade Tsylla Balbino (Salvador - Bahia). Por ocasião do parto, foram estudadas as placentas e os recém-nascidos bem [como os nati e os neo-mortos, de acordo com rotina já estabelecida (7). Foram os seguintes os grupos experimentais estudados: Grupo I Camundongos inoculados com a amostra parasitária isolada da paciente A. P., 23 anos, natural de Mata de São João - Bahia, sem queixas, com reaçao de Machado Guerreiro: Reagente no título de 4, 14. apresentava sinais clínicos de cardiopatia-. Teve -4 -gestações (das quais 2 foram, abortamento e um parto prematuro). Na presente gestação, o feto era macerado, pesando 750g; foi autopsia-
3 TABELA l ESTUDOS DE AMOSTRAS DO T. CRUZI ISOLADAS DE GESTANTES CHAGÁSlCAS JJJPfJI^f : DADOS REFERENTES ÀS D, AC " li GESTANTES KIA3 DADOS REFERENTES AOS FETOS PLACENTA Transmissão da doença de Chagas «rapos ; Idade Es»ar. (Ano*) Reaçõo M. G. Alterações * Cardíacas Gestações Anteriores Peso (G) Condifões Diagnóstico Auf-ópisd 1 23 Reag^U N3o 2 Abort. 1 Premat. 1 a Termo 750 Macurodo Sífilis Congénito Plac-=ntite Sifilltica II 33 Reag. H i pé r fone se Desdobre mento P2 4 a termo com 1 neomor Prematuro Alterações.i III 40 Reag. S S Foco A Hiperfooese A2 1 a termo 3 abort. 4 premat Neomwto Membrana Hialina Sem Alterações IV 29 Reag. 3,63 3 abort. 2 premat. 2 natimor. 1 neomorto Macerado Hidrópico Infecção Chaga s iça P lacentite Chaga s iça Sim - 30 Reog. 3,0 ; N5o i 7 a termo ; ram «W Hidrópico Infecção Chogásica P lacentite Chogásica Sim 1 l 1 há csttvto ekaucmdidcfafico demas pnãrnte».
4 304 Rev. Pat. Trop. (2): 3 Julho/Setembro, 1973 Sonia G, Andrade & cola. Estudo Experimental do TrypanuNoma do e o diagnóstico anatomopatológico foi de sífilis congénita. O exame da placenta revelou placentite sifilítica. houve transmissão congénita da infecção chagásica. Grupo II Camundongos inoculados com amostra parasitária isolada da paciente V.M., 33 anos, natural de São Félix - Bahia, sem queixas clínicas, com reação de Machado Guerreiro: não reagente. Ao exame clínico do aparelho circulatório apresentava hiperfonese e desdobramento de P2. Teve 4 gestações todas a termo, com um neo-morto. Na gestação atual, o parto foi prematuro. O recém-nascido pesou l. 800 g e o xenodiagnóstico do mesmo foi negativo. A placenta,não mostrou evidências de ínfec- Ção chagásica. houve transmissão da infecção chagásica ao feto. Grupo in Camundongos inoculados com amostra parasitária proveniente da paciente V. S., 40 anos- natural de Cachoeira-Bahia- apresentando edema de membros inferiores. Reação de Machado Guerreiro não reagente. Ao exame do aparelho circulatório apresentava sopro sistólico em ejeção no foco aórtico e hiperfonese de A2. Teve 8 gestações sendo: l parto a termo, 3 abortamentos, 4 prematuros (3 neo-mortos). Na presente gestação, recém-nascido de 1350 g, que viveu apenas 5 horas. A autópsia revelou como causa de mortis, insuficiência respiratória devido à membrana hialina nos pulmões, não havendo evidências de infecção chagásica. O exame da placenta não mostrou alterações inflamatórias nem presença de parasitos. houve transmissão congénita da infecção chagásica. Grupo IV Camundongos inoculados com amostra parasitária isolada da paciente L.S., 29 anos, natural de Nazaré- Bahia, sem queixas clínicas, com reação de Machado Guerreiro reagente, no título de 3,63. apresentou alterações ao exame clínico do aparelho circulatório. Teve 8 gestações com 3 abortamentos, 2 partos prematuros, 2 natimortos e um neo-morto. Na presente gestação teve feto macerado, hidrópico, pesando g. O exame anátomo-patológico mostrou processo inflamatório em coração, pele e músculo esquelético, tendo-se identificado formas amastigotas do T. cruzi no interior das fibras musculares. Placenta com lesões de placentite chagásica e presença de formas amastigotas do parasito. Trata-se de um caso em que houve transmissão congénita da doença de Chagas. Grupo V Camundongos inoculados com amostras parasitária isolada da paciente E.F., 30 anos, natural de Maragogipe- Bahia, sem queixas clínicas, com reação de Machado Guerreiro reagente, no título de 3,0. apresentava alterações ao exame clínico. Teve 7 gestações, todas a termo, com dois natimortos. Presente gestação: feto macerado, de 5 meses, pesando 500 g, hidrópico. com processo inflamatório crónico no miocardio. peie e músculo esquelético, não tendo sido, entretanto identificados parasitos nos tecidos. Placenta com lesões características da placentite chagásica e presença de for- mas amastigotas do T. cruzi. Este é um caso em que houve transmissão congénita da infecção chagásica. RESULTADOS 1 Estudo histopatológico As 5 amostras parasitárias determinaram no animal experimental um quadro histopatológico semelhante, variando apenas a intensidade de parasitismo de um grupo para outro. Foram observados os seguintes aspectos gerais os quais foram comuns às 5 amostras: a) ausência de parasitismo de células do Sistema Retículo-Endoterial em todo o curso da infecção; b) parasitismo tissular moderado ou discreto, com aparecimento inicial em coração (14. dia) e, mais tardiamente, em músculo esquelético (2*?. dia); c) processo inflamatório predominante em miocardio que é discreto até o 14. dia de infecção e se acentua entre o 25. e o 30 dias de infecção, presente mesmo quando são escassos os parasitos nos tecidos (Figs. l e 2); lesões discretas, focais, irregulares, em músculo esquelético e intestino. 2 Estudo da parasitemia Observou-se em todos os grupos um mesmo padrão de parasitemia, isto é, elevação lenta e progressiva do número de parasitos no sangue periférico, com piques irregulares entre 12. e o 20a. dias de inoculação, variando, entretanto, os níveis atingidos com as diferentes amostras como mostra a Fig. 3. Em 3 amostras (Grupos III, IV, V), os níveis parasitemicos sempre se conservaram baixos, nas diversas passagens, enquanto que nas amostras correspondentes aos Grupos I e II os piques parasitemicos atingiram níveis mais elevados. 3 Estado morfológico «Em todos os grupos observou-se predominância do número de formas largas no sangue periférico durante todo o curso da infecção. 4 índices de mortalidade A mortalidade nos diversos grupos variou paralelamente com os índices de parasitemia, sendo de 50% até 20 dias de inoculação, nos grupos I e II e nula, no mesmo período para os grupos III, IV e VI. CONCLUSÕES a) as amostras parasitárias, nos 5 grupos estudados, se comportaram de maneira quanto ao tropismo tissular e às lesões histopatológicas, que determinaram no animal experimental, observando-se, em todos, nítido miocardiotropismo e processo de miocardite de intensidade variável; b) do ponto de vista da morfologia das formas tripomastigotas no sangue periférico, o quadro também foi idêntico em todos os grupos; c) houve diferenças nos índices de mortalidade e nas curvas de parasiíemia o que foi atribuído a uma maior ou menor virulência da amostra parasitária; os grupos com níveis parasitemicos mais elevados correspondiam a um parasitismo tissular mais acentuado. Ao que parece, as 5 amostras têm um padrão de comportamento semelhante, variando apenas na sua virulência.
5 306 Rev. Pat. Trop. (2): 3 Julho/Setembro, 1973 Soniii (i Aiiili:nlc,V tuls, r.stmlo HxpcrinientiJ il»> l lypítumoinn l ;.w,\::n t GHUPO.ET GRUPOJU 54 Dias FIG. 3 Parasitemias obtidas em eamuntlnngos recem-nascidos inoculados com diferentes amostras (grupos II e III), a primeira cursando com níveis parasitemicos médios u a segunda com níveis baixos, mostrando entretanto padrões semelhantes. FIO. l Infiltrarão linfucitári;1 sub-cpicardica e Intersticial da aurícula, n? iiusência de parasites (Grupo í - 30.O dia de infecção) (400X). FIO. 2 Foco de destruição de fibra parasitada no ventrículo com infiltração linfo-bistiocitária. (Grupo II - 25o. dia de infecção) (400X). COMENTÁRIOS No estudo da transmissão congénita da doença de Chagas, um dos aspectos que chamam a atenção é a irregularidade desta transmissão. Em nosso meio (Salvador-Bahla), Bittencourt17' teve a oportunidade de verificar em 95 chagásicas que tiveram parto prematuro, uma incidência de 10,5% de transmissão da doença e em 48 chagásicas que tiveram abortamento(8), a incidência de transmissão foi de 6.2"%. No Chile, Howard^10 comprovou vários casos de transmissão cop1!1- nita, numa frequência de um chagásico para cada duzentos prematuros. Outros autores, estudando séries de pacientes gestantes chagásicas, não puderam comprovar a transmissão, como Rezende et ai f17', Oliveira <I4>, Passos Íi5), Rassi et ai (16) e Barcelos (3). Além disto, em uma mesma gestante, a transmissão pode ocorrer em uma gestação e não ocorrer em outra (6). Devem, pois, existir fatores ainda não bem conhecidos que condicionam a transmissão do parasito através
6 308 Rev. Pat. Trop. (2): 3 Julho/Setembro, 1973 Sônia O. Andrade A coli. Eitudo BxperímtnUl do Trypinoioma,.. JOf da placenta. Naturalmente, inúmeras variáveis devem ser consideradas para a discussão deste problema e um dos pontos que, nos parece, deve ser investigado é a influência da cepa do Trypanosoma cnizi; isolando o parasito de 5 gestantes chagásicas, procurou-se verificar se as mesmas eram portadoras de diferentes cepas do T. cruzi. desde que, em duas delas foi comprovada a presença de placentite chagásicacom transmissão ao feto da infecção, enquanto em três não se constataram alterações placentárias ou infecção do recém-nascido. A finalidade principal seria a de, isoladas cepas diferentes destas pacientes, iniciar um estudo experimental em que estas cepas fossem inoculadas em animais, a fim de se estudar a transmissão congénita experimental, por diferentes cepas. Entretanto, as amostras parasitárias tiveram comportamento idêntico no que diz respeito ao curso da infecção, ao parasitismo tissular e à morfologia, caracteres estes que, estudados em conjunto, nos parecem suficientes para a identificação de cepas do T cruzi(2). Apesar de se constituírem aparentemente em uma mesma cepa, mostraram diferenças de virulência, o que pode ocorrer com qualquer cepa de acordo com diversas variáveis, comportando-se em dois grupos com virulência muito atenuada, e que corresponderam justamente aos casos em que houve transmissão congénita. É de se assinalar que as lesões fetais nestes dois casos foram discretas, localizadas em músculo e coração, com baixo parasitismo tissular, em um deles com raríssimas formas amastigotas na placenta, lesões estas superponiveis às observadas no animal experimental em que o processo inflamatório crónico do miocardio ocorria por vezes mesmo na ausência de parasites ou com parasitismo discreto. Isto indica que a transmissão não depende também de um problema de virulência da amostra parasitária. Embora as amostras aqui estudadas tenham sido de certa maneira selecionadas, desde que foram escolhidas as pacientes que tinham xenodiagnóstico positivo, a observação de que, de cinco gestantes estudadas, houve transmissão em duas, nos parece um indício de alta chance de transmissão congénita em nosso meio, confirmando as observações prévias de Bittencourt <5>, em contraposição à baixa incidência observada em outros meios <3' 14' 15). Parecenos, assim, que a cepa ora em estudo presente nas cinco mulheres é facilmente transmissível ao feto, embora esta transmissão tenha sido diferente de um caso para outro, o que não é de se estranhar quando se sabe que em uma mesma mulher, a possibilidade de transmissão da infecção ao feto varia de uma gestação para outra <6). No rápido resumo da história obstétrica das pacientes, pode-se ver que, em quase todas, havia alta incidência de abortamentos e de partos prematuros, podendo-se supor que em gestações anteriores, a doença de Chagas de que são portadoras tivesse contribuído para esta história obstétrica, desde que a transmissão congénita do T. cruzi tem sido considerada como importante fator de abortamento e de prematuridade <7'8>. O fato de as diversas amostras do T. cruzi isoladas terem um comportamento idêntico em relação às suas características morfobiológicas, acrescido ao fato de se tratar de uma amostra muito pequena, não nos permitiu concluir acerca da importância de diferentes cepas na transmissãç congénita da doença de Chagas. Vale, entretanto, o registro de que a cepa presente nas mulheres em estudo, é facilmente transmissível e isto poderá servir para estudos comparativos posteriores com cepas isoladas em áreas em que a incidência da transmissão congénita é baixa, permitindo, assim, uma melhor avaliação do papel da cepa do T. cruzi na transmissão congénita da doença de Chagas. SUMMARY EXPERIMENTAL STUDY OF SAM- PLES OF TRYPANOSOMA CRUZI ISOLATED FROM PREGNANT WOMEN WITH CHAGAS' DISEASE Samples of Trypanosoma cruzi isolated from five pregnant women living in the same endemic área were studied. The behaviour in the experimental animal, morphological aspects of the blood forms and histopathological lesions in mice were considered. Although in two of the women, congenital transmission of the infection to the foetus hás been observed, we could not observe differences between the strains of T. cruzi isolated from those cases and the strains isolated from the cases in which no congenital transmission ocurred. The five samples of T, bruzi seem to belong to the same strain pattern. The number of cases here studied was not suffícient for any conclusions about the ínfluence of different strains of T. cruzi on congenital transmission of the infection. However we think that the present itudy could be uaeful as «comparatlvê basls for the research on the strains of T. cnizi isolated ífrcuv different áreas where congenital tranuntiilon of Chagas discase is Va^ pf even absent. ' '. ". REFERÊNCIAS BIBLIOORAnCAS 1. ANDRADE, S.C. & ANDRADE, Z. A. Estudo htttopatológtco compiritivo das lesbes produzidas par duit cepas do Trypanosoma cruzi. Õ Hoipitai (Rio de Janeiro) 70: ANDRADE, S.G.; CARVALHO, M. L. & FIGUEIRA, R.M. Caracterização morfcbiológica e híitopatológici de diferentes capas; do Trypanosoma cruzi. Gaz. Méd. Bahia 70: 32-42, BARCELLOS, J.M. Contribuição l patogenia da doença de Chagai congénita. Tese. Rio de Janeiro, Eicola de Medicina e Cirurgia, BITTENCOURT, A.T. 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