CONHECIMENTO E FREGUÊNCIA DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM UM GRUPO DE IDOSOS DO INTERIOR PAULISTA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CONHECIMENTO E FREGUÊNCIA DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM UM GRUPO DE IDOSOS DO INTERIOR PAULISTA"

Transcrição

1 Elidiane Souza dos Reis Maria Aparecida Vital CONHECIMENTO E FREGUÊNCIA DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM UM GRUPO DE IDOSOS DO INTERIOR PAULISTA Pindamonhangaba SP 2015

2 Elidiane Souza dos Reis Maria Aparecida Vital CONHECIMENTO E FREGUÊNCIA DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM UM GRUPO DE IDOSOS DO INTERIOR PAULISTA. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como parte dos requisitos para obtenção do Diploma de Bacharel em Enfermagem pelo Curso de Enfermagem da Faculdade de Pindamonhangaba. Orientadora: Professora Ma. Catarina Rodrigues da Silva. Pindamonhangaba SP 2015

3 Reis, Elidiane Souza; Vital, Maria Aparecida. Conhecimento e frequência de doenças sexualmente transmissíveis em um grupo de idosos do interior paulista Elidiane Souza dos Reis; Maria Aparecida Vital / Pindamonhangaba-SP: FUNVIC Fundação Universitária Vida Cristã, f. :il. Monografia (Graduação em Enfermagem) FUNVIC-SP Orientadora: Prof. Ma. Catarina Rodrigues da Silva 1 Idoso. 2 Doenças Sexualmente Transmissíveis. 3 Enfermagem. I Titulo

4

5 Dedicamos o presente trabalho à nossa família, que proporcionaram toda condição necessária para conclusão desta faculdade.

6 AGRADECIMENTOS À Deus, que tem o poder de tornar tudo possível. Aos nossos pais e familiares, que nos apoiaram em todos os momentos difíceis, aos filhos e marido que estiveram privados de nossa presença durante a elaboração do mesmo, e por proporcionarem toda condição necessária para a conclusão desta faculdade. À Prof. Me. Catarina Rodrigues da Silva por sua paciência e dedicação na elaboração desse trabalho, e a todos os professores que estavam presentes em nossa jornada e de alguma forma nos ensinaram. À Fundação Universitária Vida Cristã - FUNVIC, por toda estrutura docente e física. A ONG e aos idosos, que gentilmente concordaram em participar da pesquisa para realização do presente trabalho. E por fim, agradecemos a coordenadora de enfermagem Denise Carvalho e Ana Paula Nagaoka, pela colaboração e participação de todas as atividades propostas durante o curso.

7 A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes!. Florence Nightingale

8 RESUMO A população idosa tem aumentado cada vez mais no país devido ao avanço da medicina e baixa incidência de natalidade. Estudos corroboram que a falta de informação sobre sexualidade voltada a este grupo os tornam alvos fáceis de doenças sexualmente transmissíveis e propagadores das doenças em questão. Devido a falta de preparo dos profissionais de saúde para lidar com casos dessa natureza, ou mesmo por não acreditarem que indivíduos idosos ainda mantenham relações sexuais, acabam se tornando despreparados para instruírem a população idosa neste aspecto. Diante desta realidade, o presente estudo visa identificar o conhecimento das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) em um grupo de idosos do interior paulista e a frequência de DSTs entre eles. Trata-se de estudo exploratório e transversal e, com amostra de idosos de uma organização não governamental (ONG) do interior paulista. Foi aplicado formulário estruturado com 25 perguntas fechadas com os sujeitos que participaram de projetos da ONG entre fevereiro e maio de 2015, e que contemplaram os critérios de inclusão: aceitar participar e assinar termo de consentimento de livre esclarecimento; ter idade igual ou maior que 60 anos. O projeto foi aprovado pelo CEP- UNITAU nº de 10/04/2015. Foram realizadas análises descritivas por meio dos cálculos das frequências absoluta e relativa das medidas de tendência central (média). 28 idosos foram incluídos na amostra. Perfil: 86% sexo feminino; 46% cor branca e média de idade 69 anos. Situação conjugal: 54% casado, 25% viúvo, 18% divorciado, 3% solteiro. 52% tinham vida sexual ativa, 18% tiveram alguma relação extraconjugal. Conhecimento sobre DSTs: 57% declararam não ter conhecimento; 82% nunca viram campanhas direcionadas à prevenção com idosos. Somente 7% (n=2) referiram ter adquirido alguma DST após os 60 anos. Discussão: embora nem todos tivessem vida sexual ativa, é importante que conheçam os riscos e medidas preventivas. É imprescindível que a enfermagem quebre tabus e paradigmas e direcione campanhas a este público a fim de esclarecer mitos e verdades sobre sexualidade e possibilidade de agravos, evitando dupla carga de doenças (DSTs + comorbidades) que nesta fase podem se manifestar. Os idosos pareceram não estar preparados para a realidade da sexualidade nesta fase, pois demonstrou pouco conhecimento acerca das DSTs, o que pode deixá-los vulneráveis a adquirirem esse tipo de doenças. Conclusão: 57% declararam não ter conhecimento sobre DSTs e quanto a frequência de DSTs: 7% da amostra. Palavras-chaves: Idoso, Doenças Sexualmente Transmissíveis, Enfermagem.

9 ABSTRACT The elderly population has increased more and more in the country due to the advancement of medicine and low incidence of birth. Studies confirm that the lack of information on sexuality aimed at this group makes them easy targets for sexually transmitted diseases and propagators of the disease concerned. Due to lack of trained health professionals to deal with such cases, or even do not believe that older adults still maintain sex, end up being unprepared to instruct the elderly in this regard. Given this reality, the present study aims to identify the knowledge of sexually transmitted diseases (STDs) in a group of elderly in São Paulo State and the frequency of STDs among them. It is exploratory and cross-sectional study, with elderly sample of a non-governmental organization (NGO) in São Paulo. Was applied structured questionnaire with 25 closed questions with the subjects who participated in the NGO projects between February and May 2015, which contemplated the inclusion criteria: agree to participate and sign free clarification consent; of age or over 60 years. The project was approved by CEP-UNITAU No of 04/10/2015. Descriptive analyzes were performed through the calculation of absolute and relative frequencies of the measures of central tendency (average). 28 individuals were included in the sample. Profile: 86% female; 46% white, mean age 69 years. Marital status: 54% married, 25% widowed, 18% divorced, 3% single. 52% were sexually active, 18% had any extramarital relationship. Knowledge about STDs: 57% reported having no knowledge; 82% have never seen campaigns aimed at prevention with the elderly. Only 7% (n = 2) reported having acquired an STD after 60 years. Discussion: although not all were sexually active, it is important to know the risks and preventive measures. It is imperative that nursing breaks taboos and paradigms and direct campaigns to this audience in order to clarify myths and truths about sexuality and the possibility of injuries, avoiding double burden of disease (STD + comorbidities) that this stage can manifest. The elderly did not seem to be prepared for the reality of sexuality at this stage, as demonstrated little knowledge about STDs, which can leave them vulnerable to acquiring such diseases. Conclusion: 57% reported having no knowledge about STDs and as the frequency of STDs: 7% of the sample. Keywords: elderly, Sexually Transmitted Diseases, Nursing.

10 LISTA DE TABELAS Figura 1. Número de idosos do interior paulista que declararam saber o que é doença sexualmente transmissível (DST). Pindamonhangaba, Figura 2. Número de idosos de um grupo do interior paulista que declararam conhecer campanhas voltadas à 3ª idade sobre doenças sexualmente transmissíveis. Pindamonhangaba, Figura 3. Número de idosos de um grupo do interior paulista que declararam já ter contraído doença sexualmente transmissível. Pindamonhangaba, Tabela 4. Sinais e sintomas sugestivos de doenças sexualmente transmissíveis DSTs referidos por idosos de um grupo do interior paulista. Pindamonhangaba,

11 LISTA DE FIGURAS Tabela 1. Características sócio demográficas de um grupo de idosos do interior paulista. Pindamonhangaba, Tabela 2. Características sócio demográficas de um grupo de idosos do interior paulista. Pindamonhangaba, Tabela 3. Comportamento sexual de idosos de um grupo do interior paulista. Pindamonhangaba,

12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Justificativa REVISÃO DE LITERATURA Idoso Vs DSTs Doenças Sexualmente Transmissíveis HPV (Papiloma Vírus Humano) Sífilis Herpes genital Gonorréia Cancro Mole Tricomoníase Hepatite B Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV Níveis de Conhecimento e Comportamento dos Idosos Relacionados às DST/AIDS Vulnerabilidades da Mulher no Mundo Uso de preservativo na População Idosa Campanhas Voltadas para o Idoso Papel do Enfermeiro em Relação às DSTs no idoso OBJETIVOS Objetivo Geral Objetivos Específicos MÉTODO Tipo de estudo Local e período Caracterização do campo de estudo População e amostra Critérios de inclusão Instrumento de coleta de dados Procedimento para a coleta Aspectos éticos Análise de resultados RESULTADOS... 35

13 5.1 Características Sócio demográficas dos Respondentes Conhecimento sobre doenças sexualmente transmissíveis por idosos Frequência de DSTs em idosos DISCUSSÃO Características Sócio-demográficas do Respondente Conhecimento sobre doenças sexualmente transmissíveis por idosos Frequência de DST em idosos Implicações para a prática profissional CONCLUSÃO REFERÊNCIAS APÊNDICES APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) APÊNDICE B - Formulário de coleta de dados APÊNDICE C - Solicitação de Autorização da Instituição ANEXOS ANEXO 1. Parecer Substanciado do Comitê de Ética em Pesquisa... 53

14 15 1 INTRODUÇÃO A população idosa vem aumentando, isso pode ser observado devido a queda acentuada na taxa de mortalidade e de fecundidade, ou seja, ao mesmo tempo em que se morre menos também se nasce menos, causando assim o aumento da população idosa, não só em países desenvolvidos, mas também em países subdesenvolvidos como o Brasil. Essa longevidade se dá também devido ao avanço tecnológico crescente da ciência. 1,2,3,4 Em 1990 a população do Brasil era de aproximadamente de pessoas, destes 6,3%, ou seja, de pessoas tinham mais de 60 anos de idade. Em 2000 os idosos no Brasil eram , sendo 8,6% da população, o que significa um aumento de 35,6% da população idosa. Sendo assim, estima-se que no Brasil em 2025 a população idosa seja de 30 milhões. 1,3 Em decorrência do aumento da longevidade e das facilidades da modernidade, que incluem a reposição hormonal e as medicações para impotência, os idosos vêm redescobrindo a experiência sexual. Contudo, as práticas sexuais inseguras tornam os idosos mais vulneráveis a se contaminarem pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). 3,4 Segundo Pereira 2, Laroque 3 e Rocha 4, coexiste falta de informação direcionada a este público, o que torna esta população alvos fáceis das DSTs e HIV, e os caracterizam propagadores das doenças em questão. Não é difícil entender o porquê dos idosos se mostrarem desinformados para lidarem com esta realidade: os serviços de saúde podem não estar de alguma forma transmitindo informações necessárias por vários motivos, tais como a falta de preparo dos profissionais em conduzir casos dessa natureza ou mesmo por não acreditarem que indivíduos idosos ainda mantenham relações sexuais. 2 A compreensão errônea dos idosos de que o preservativo é algo dispensável nas relações sexuais, pois as mulheres já estão na menopausa e não correm o risco de engravidar, faz com que eles não vejam a necessidade do uso de preservativo. Deste modo, os idosos acabam por manifestar comportamento de risco. 3 Poucas são as campanhas preventivas de DSTs visualizadas nas mídias (televisão, rádio, internet e revistas) voltadas à população idosa. Ainda que os serviços de saúde estejam pouco preparados para abordar sobre este tema com idosos 2, onde os mesmos não encontramse em grupo de risco para DSTs por informações errôneas ou mitos 3, sendo imprescindível

15 16 chamar a atenção da comunidade acadêmica e da sociedade para este tema, visto que a tendência destas doenças se disseminarem neste público específico é aumentar cada vez mais se estes problemas pontuados não forem resolvidos com estratégias pertinentes e pontuais. 3 Por atuarem em diversos lugares e desenvolverem várias funções dentro da área da saúde e, na maioria das vezes, sem que as pessoas percebam o que realmente estes profissionais executam e com qual potencial, tanto em nível curativo quanto preventivo, os profissionais de saúde são cogitados a cuidar de idosos com possíveis DSTs. 5 Entretanto, o profissional da saúde demonstra-se despreparado e pouco integrado do assunto, não sabendo conduzir a situação. Atualmente, esse tipo de realidade, com a população idosa vem crescendo de forma gradual, para tanto o despreparo profissional coloca essa população em questão vulnerável. É preciso conscientizar os enfermeiros e suas equipes de saúde quanto a importancia de inserir os idosos em campanhas e estratégias de prevenção a DSTs visto que a estimativa de vida tem aumentado gradativamente. A enfermagem desenvolve várias áreas de atuação, representando principal eixo para promover qualquer política de saúde que tenha como uma assistência de qualidade a saúde para todas as faixas etárias. 1,2,3,6 1.1 Justificativa Questiona-se o quão vulnerável encontram-se os idosos acerca do tema. Será que um grupo de idosos que frequenta uma organização não governamental para realizar diversas atividades tem acesso à informações sobre DSTs? Qual seria a frequência de DSTs entre estes idosos? Os resultados do trabalho em questão contribuirão para a elaboração de estratégias públicas dirigidas à essa população em especial, melhorando assim, a qualidade de vida e também provávelmente irão reduzir os custos diretos e indiretos relacionados a este problema.

16 17 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Idoso Vs DSTs Segundo Organização Mundial da Saúde (OMS), a população mundial está tendo maior longevidade, indicadores sociais preveem para os próximos 20 anos o aumento de idosos para 1,2 bilhões no mundo. O Brasil acompanha fraca contribuição para tendência mundial no aumento da população idosa devendo ocupar uma das dez primeiras posições no ranking mundial, quando o assunto é envelhecimento populacional mundial. 7 Entende-se como idoso o indivíduo com idade igual ou superior a 60 anos. Para tanto, o envelhecimento consiste em alterações graduais e irreversíveis na estrutura e funcionamento de um organismo que ocorre com resultados da passagem do tempo, processo que compõem qualquer fase entre o nascimento e a velhice, sendo relevantes os fatores: ambientais, sociais e culturais que também promovem o envelhecimento do ser humano. 8 O evento envelhecimento da população mundial não se caracteriza como uma nova questão. Países desenvolvidos do oriente e ocidente convivem há tempos com grande quantidade de indivíduos idosos e com todos os problemas associados ao envelhecimento, como aposentadorias e doenças próprias da idade, tendo como consequências altos custos para o estado, o que requer políticas sérias e consistentes a respeito. Já em países em desenvolvimento, vêm aumentando rapidamente a quantidade de indivíduos idosos, necessitando urgentemente de políticas racionais para lidar com as consequências sociais, econômicas e de saúde da longevidade populacional, ou seja, o Brasil não tem se preparado ao longo dos anos para este aumento crescente desta população. 1,8,9 Atualmente, o idoso tem apresentado doenças que não são características desta faixa etária, devido ao descuido e falta de informação. Contudo, práticas sexuais inseguras tornam os idosos mais propensos a se contaminarem pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) ou infecções sexualmente transmissíveis (IST), estas também são conhecidas grosseiramente como doenças venéreas, ou doenças infecciosas que se transmitem essencialmente (porém não de forma exclusiva) pelo contato sexual, onde a utilização do preservativo tem sido considerada como medida mais eficiente para prevenir e impedir seu contágio. 3,4,10 Dado curioso é que no Brasil, indivíduos com idade entre 40 e 49 anos eram os mais afetados, da década de 80 a meados de No entanto, os últimos anos apresentaram

17 18 incremento na taxa de incidência da doença HIV (11% dos idosos são portadores), em indivíduos com idade igual ou superior a 50 anos. 1 O desenvolvimento de drogas que melhoram o rendimento sexual, o uso de prótese para a disfunção erétil para os homens e a reposição hormonal para as mulheres, tornam os idosos cada vez mais ativos sexualmente. Todo esse aparato veio na tentativa de promover qualidade de vida e uma vida sexual ativa para indivíduos com idade igual ou superior a 50 anos, entretanto, a prevenção das DSTs para os idosos não acompanhou o ritmo desta evolução Doenças Sexualmente Transmissíveis Na antiguidade, a população romana denominou morbus indecens, as enfermidades contraídas pelo ato sexual, já escritas bíblicas tinham a gonorreia como impureza, a palavra sífilis denotava amor imundo, contudo a denominação venérea surgiu por volta de 1600 d.c., com origem a deusa Vênus com o sentido micróbios do amor. Atualmente atribuí-se o termo DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) ao grupo de doenças endêmicas que se apresentam de formas variadas. 11,12,13 Estima-se que sejam mais de trinta as doenças endêmicas que compõem o grupo da DSTs, podendo citar as doenças clássicas mais transmitidas pelo ato sexual: HPV (Papiloma vírus Humano), Sífilis, Herpes genital, Gonorréia, Cancro Mole, Tricomoníase, Hepatite B e HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). 11,12, HPV (Papiloma Vírus Humano) HPV (Papiloma Vírus Humano), ou popularmente verruga genital é um vírus. Atualmente sabe-se da existência de 100 tipos ou mais de Papiloma Vírus Humano, alguns podem causar câncer, essencialmente no colo do útero e no ânus 5,12,14 A principal forma de contágio do vírus HPV é através da relação sexual, o uso do preservativo durante ato sexual geralmente impede o contágio pelo HPV, que também pode ser transmitido para o bebê durante o parto. 7 A infecção pelo HPV geralmente causa verrugas (condiloma acuminado), de tamanhos variados. No gênero masculino, é comum na glande (cabeça do pênis) e na região do ânus, porém no gênero feminino, os sintomas mais comuns do HPV manifestam-se na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões do vírus também podem aparecer na

18 19 boca e na garganta em indivíduos masculinos e femininos, que podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas. 12 A vacina contra HPV é recomendada para mulheres e homens entre 09 e 26 anos, servindo para diminuir risco do câncer do colo de útero, de pênis e ânus, para todas as meninas entre 09 e 13 anos de idade encontram-se gratuitas, apresenta eficácia de 100% quando administrada antes do primeiro contato íntimo. Após utilização da vacina ainda se faz necessário utilizar preservativo em todas as relações sexuais para evitar contágio por outros vírus do HPV. 11,14 Fundamentalmente, nem sempre tem cura para HPV, pois nem sempre o vírus é eliminado do organismo. Contudo, quando o tratamento é realizado corretamente as lesões somem podendo dizer que o indivíduo está "tratado". 3,14 Sinal de cura do HPV é eliminação das verrugas, porém estas podem estar tão pequenas que não se nota visualmente a olho nu, por isso, paciente devem realizar exames como papanicolau e peniscopia, para confirmar eliminação de todas as verrugas ou condiloma acuminado Sífilis Sífilis é nome designado pelo contágio por uma bactéria chamada Treponema pallidum. Forma de transmissão basicamente sexual, podendo ser transmitida da mãe para o feto. Esta doença divide-se em 03 fases, denominadas de sífilis primária, secundária e terciária. O uso do preservativo é o melhor método para a prevenção da sífilis. Lesão primária manifesta-se como uma úlcera, semelhante a uma afta de boca, e que não causa dor nos órgãos genitais, surgem 02 semanas após o ato sexual. Em mulheres pode passar despercebida uma vez que não dói e costuma ficar escondida entre os pelos pubianos e a vulva. Essa úlcera é chamada de cancro duro, onde 03 a 06 semanas somem, mesmo sem tratamento, levando a falsa impressão de cura natural. 15,16 A sífilis é uma doença infecto contagiosa podendo ser transmitida através do contato íntimo com indivíduo infectado, de forma vertical, de mãe para filho através da placenta, raramente, por objetos contaminados, como ao fazer uma tatuagem, transfusões sanguíneas, entre outros. 1 Os sintomas da sífilis secundária apresentam-se após semanas ou meses ao desaparecimento do cancro duro, onde a doença retorna disseminada pelo organismo, esta forma de sífilis manifesta-se com erupções na pele, basicamente nas palmas das mãos e solas

19 20 dos pés, seguida de febre, mal estar, perda do apetite e aumento dos linfonodos (gânglios) pelo corpo. As lesões nas solas e palmas são características, porém erupções podem ocorrer em qualquer local do corpo. Novamente a doença some mesmo sem tratamento. 1,3 Nos sintomas terciários da sífilis, os pacientes podem levar de 01 à vários anos, assintomáticos (sem sintomas) até o retorno da doença. 3 Seu tratamento é diferenciado variando com estágio da doença, onde sífilis primária ou secundária administrando penicilina benzatina (Benzetacil) em dose única. Já sífilis com mais de 01 ano de evolução ou de tempo indeterminado, indicado é penicilina benzatina (Benzetacil) em 03 doses, com 01 semana de intervalo entre cada, salve que, doentes, alérgico a penicilina podem ser tratados com tetraciclina, doxiciclina ou azitromicina. 17 Após tratamento, todo paciente tratado para sífilis deve refazer o VDRL de 06 a 12 meses Herpes genital Transmitida por vírus que ataca a pele e membranas mucosas dos genitais. 18 É sabido que 02 vírus distintos podem causar herpes genital, o vírus do herpes simples Tipo 1 (HSV1) e vírus do herpes simples Tipo 2 (HSV-2). Transmissão de herpes genital por ambos os vírus acontece principalmente via contato sexual desprotegido. 18 HSV-1 pode espalhar da boca aos genitais durante o sexo oral. Já o HSV-2 é mais comum na vagina. 19 Herpes genital é comumente transmitido pelo contato com a pele de uma pessoa infectada com lesões visíveis, bolhas ou erupções (uma crise ativa), podendo contrair herpes a partir do contato com a pele de uma pessoa infectada mesmo quando não há lesões visíveis (e a pessoa pode nem saber que está infectada) ou pelo contato com a saliva ou com fluidos da vagina de uma pessoa infectada. 17,19 Não é sabido se existe cura para herpes genital, porém tratamento é realizado por medicamentos antivirais, podendo ajudar a evitar a reincidência da doença e impedir que ela se complique com sintomas mais graves e espalhe-se pelo corpo, o acompanhamento médico pode agir para amenizar os sintomas e para não transmitir herpes para outras pessoas. 17,18

20 Gonorréia Doença causada pela bactéria "neisseria gonorrhoeae", conhecida como gonococo, indivíduos que tenham qualquer prática sexual pode adquirir gonorreia. Infecção se dá pelo contato oral, vaginal ou anal, ocorrendo proliferação da bactéria em áreas quentes e úmidas do corpo, incluindo a uretra. Pode ser encontrada no sistema reprodutor feminino, tubas uterinas, no útero e colo do útero. 17,18 Transmite-se gonorreia pelo contato com o pênis, vagina, boca ou ânus, não sendo necessário ocorrer ejaculação para a gonorreia ser transmitida, esta também pode ser transmitida da mãe para o bebê durante o parto. Indivíduos que tiveram gonorreia e receberam tratamento podem ser infectadas de novo se houver contato sexual com indivíduos infectados. 18 Homens com gonorreia ficam com testículos doloridos, já nas mulheres os sintomas da gonorreia, apresentam-se geralmente moderados, contudo a maioria das infecções não caracteriza sintomas. Sinais e sintomas iniciais apresentam sensação de queimação ao urinar e aumento do escoamento vaginal ou sangramento vaginal entre os períodos menstruais. Os sintomas da infecção retal, tanto para homens como mulheres, podem incluir corrimento, coceira no ânus, dor, sangramento ou excreção dolorida. A infecção retal também pode não apresentar sintomas. 14,17,19 Para o tratamento, primeiramente é curar a infecção do indivíduo enquanto o segundo é interromper a cadeia de transmissão da doença, assim, além de tratar o paciente, é importante localizar e examinar todos os contatos sexuais para tratá-los. 18 Após o tratamento é importante ter o acompanhamento médico, principalmente em caso de dor nas articulações, erupções cutâneas ou dores mais fortes na região pélvica ou abdominal, devendo ser realizados exames para garantir que a infecção tenha sido curada. 19 O uso do preservativo na relação sexual é melhor meio para prevenir a gonorreia Cancro Mole Conhecido como úlcera mole venérea ou cancroide, esta caracteriza doença sexualmente transmissível com agente etiológico a bactéria Haemophilus ducreyi, pois é inerte e difícil de ser cultivado em ambientes artificiais, frequentemente encontrada em indivíduos do sexo masculino, com tudo nas mulheres afeta o colo uterino e os grandes e pequenos lábios. Doravante, pode ocorrer no ânus e raramente dependendo do individuo, nos

21 22 lábios, na boca e na garganta. Esta doença é muito contagiosa, porém apenas durante o ato sexual (vaginal, anal e oral), sem a utilização de preservativo, onde sua manifestação eleva as chances de transmissão do Vírus da Imunodeficiência Humana tendo como procedimento a circuncisão. 1 Tratamento caracteriza-se pelo uso de antibióticos, higiene local e compressa com permanganato de potássio dissolvida em água boricada, em caso de inflamações purulentas, o líquido é retirado cirurgicamente, para tanto correto é que individuo seja acompanhado no mínimo 03 meses para que possa certificar cura completa. 14,17,18 Prevenção é realizada em virtude da utilização de camisinha, casos de infecção de gestantes deve-se informar médico urgente, pois tratamento é importante, mesmo que não tenha oferecido risco ao feto. 18, Tricomoníase Tricomoníase é uma doença contraída pelo ato sexual que atinge homens e mulheres, ocorrendo geralmente com mulheres. Parasita responsável pela doença trichomonas vaginalis, contagia as mulheres na vagina e os homens na uretra, esta por sua vez ocorre essencialmente com o ato sexual, onde um dos indivíduos esteja infectado. Possui como característica corrimento vaginal, podendo permanecer encubada até 28 dias após ato sexual sem uso de preservativo. Nas mulheres os sintomas aparecem alguns meses após período de contagio, já em alguns indivíduos a doença não apresenta sintomas sendo possível descobrir com realização de exames preventivos, faz-se assim acompanhamento com o profissional da saúde pelo menos 01 vez a cada 06 meses, crucial para prevenir e tratar várias doenças, inclusive da tricomoníase. 17,19,20 Tratamento ocorre com base em medicação, podendo ser dose única, ou tratamento por 07 dias, com pequena dosagem, sendo importante o individuo avisar parceira (o), procurar ajuda profissional para executar exames a fim de checar possível contágio da doença. 20 Previne-se o contágio desta doença pela utilização correta e incessante de preservativos quando realizar ato sexual, bem como realização de exames preventivos de período em período a fim de prevenir maiores problemas com a saúde, para tanto em caso do problema com os exames será encaminhado para o profissional da saúde. 18,19,20 O preservativo feminino e masculino é o meio mais eficiente de prevenção da tricomoníase como também de outras doenças que ocorrem pela ação do ato sexual sem devida proteção oferecida pelos preservativos. 18,19

22 Hepatite B Doença infecciosa causada pelo vírus B (HBV), chamada de soro-homóloga, estando este HBV existente no sangue, no esperma e no leite materno. É tida como doença sexualmente transmissível, que pode ser contraída por relações sexuais sem preservativo com pessoa infectada, da mãe infectada para o filho durante a gestação, parto ou a amamentação, compartilhamento material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos), de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou de confecção de tatuagem, colocação de piercings, e ainda por transfusão sanguínea. A maioria dos casos de hepatite B não apresenta sintomas, porém é frequente o cansaço, tontura, enjoo/vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras, sendo estes sinais da ação da hepatite B no organismo do indivíduo. 18,19,20 Diagnóstico da hepatite B é realizado por exame de sangue característico, sendo que após resultado positivo, o profissional da saúde auxiliará tratamento especifico, além de medicamentos (quando necessários). 17 O meio de prevenir doença é através de vacina realizada em três doses e utilizar preservativo nas relações sexuais Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV Causador da Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), que destrói o sistema imunológico, característico pelo adoecimento do sistema imunológico do corpo e pelo surgimento de doenças oportunistas. A infecção age destruindo os glóbulos brancos (linfócitos T CD4+), onde a falta destes diminui capacidade do organismo de se defender de doenças oportunistas, causadas por microorganismos que normalmente não são capazes de promover males em indivíduos com sistema imune normal. 17 Contágio se dá pelo sangue, esperma, secreção vaginal, leite materno e transfusão de sangue contaminado. Para tanto, é possível conviver com pessoa portadora do HIV ou da AIDS, podendo beijar, abraçar, dar carinho e compartilhar do mesmo espaço físico sem ter medo de pegar o vírus da AIDS. 19,20 O tratamento é realizado através de acompanhamento contínuo com profissionais de saúde e realização de exames, para tanto indivíduo só vai começar a tomar medicamentos antirretrovirais quando exames clínicos e laboratoriais indicarem necessidade. Remédios desta natureza promovem controle pelo maior tempo possível do HIV, onde a medicação diminui a

23 24 multiplicação do HIV no corpo, recuperando defesas do organismo, o que consequentemente, aumenta qualidade de vida do soropositivo. 17 Principais sintomas surgem em média após 10 anos do contagio, onde a maioria dos pacientes é diagnosticada com a doença, pois esta se manifesta em 4 estágios, sendo: infecção aguda, fase assintomática, sintomas iniciais e AIDS. 18,19, Níveis de Conhecimento e Comportamento dos Idosos Relacionados às DST/AIDS Atualmente, evidencia-se que o conhecimento sobre as formas de transmissão das DST/AIDS, embora sejam bem divulgadas, poucos são os adultos que afirmam fazer uso do preservativo durante ato sexual. Pesquisa indica que grande parte dos idosos é heterossexual ativo e que está mais exposta a este tipo de infecção. 8 O grau de escolaridade representa nível socioeconômico dos indivíduos e do seu impacto sobre a saúde. Escolaridade denota, portanto, indicador mais instável ao longo dos tempos, evidenciados pelos indivíduos, grupos ou eventuais consequências advindas do próprio processo de adoecimento. Deste modo, é observado que os idosos com menor grau de escolaridade são mais expostos a doença da AIDS, o que potencializa importância do ensino como forma de medida preventiva no combate à doença. 2 Pereira 2, Rocha 4, Medeiros 8 enfatizam que os idosos acreditavam que a AIDS era contraída somente por jovens, embora grupos específicos na sociedade considerados, grupos de risco, como: profissionais do sexo, usuários de drogas e homossexuais masculinos, contribuem para disseminação na melhor idade quando os idosos contratam os serviços destes. Esta ideia surgiu com a epidemia da AIDS na década de 80, quando a AIDS fora rotulada como: especifica para certos grupos de pessoas, o que, contribuiu para discriminação de indivíduos infectados pelo HIV. 2,4,8 Nota-se que existem muitas crenças e mitos a respeito da sexualidade para esta faixa etária, em virtude da falta de conhecimento e informações adequadas sobre a infecção da AIDS a respeito da transmissão, prevenção e situações de vulnerabilidade, salienta-se a não existência de grupos de risco, mas situações de risco, nas quais todos os indivíduos estão expostos a adquirir a doença, mesmo sendo eles: jovens, adultos ou idosos independentemente do sexo, idade, cor ou condição social. 4,8 Deste modo, é importante desenvolver projetos educativos voltados aos idosos, para que possam esclarecer sobre as formas de transmissão da infecção e medidas de prevenção

24 25 como o uso de preservativo com intuito de promover mudanças de comportamento em suas relações sexuais. 4 Observa-se que nível de conhecimento entre os idosos possui lacunas em relação a fatores de risco que contribui para aumento da infecção pelo HIV nessa faixa etária, outro ponto refere-se às dúvidas sobre os meios de transmissão do vírus da AIDS, acreditando que a contaminação possa ser através de compartilhamento de sabonetes, toalhas, assentos sanitários, por picada de mosquito e na contaminação por aproximação de indivíduo infectado pelo HIV. Considerando os conceitos envolvidos por crenças e mitos, faz-se necessárias medidas de elucidação das principais formas de transmissão do HIV/AIDS. 2,8 Pesquisa 8 realizada com grupos de idosos, no município de São Paulo, demonstrou que possuíam informações adequadas sobre HIV/AIDS e percebiam sua suscetibilidade ao HIV, relacionando-o à presença de DST e a relação desprotegida com o parceiro infectado, no entanto a maioria considerou consultórios, salões de beleza e farmácia como fonte de infecção, e identificaram a síndrome como incurável, porém, sua dificuldade é para convencer o seu parceiro para adesão ao uso do preservativo, desta forma constitui uma barreira que prejudica a realização de ações de prevenção da infecção. Interessante que parte dos idosos desconhece campanhas especificamente voltadas à terceira idade, como a Caderneta da Saúde da Pessoa Idosa, que esboça leque de ferramentas que oferece garantia da atenção integral à Saúde da população idosa, enfatizando envelhecimento saudável e ativo, por contabilizar dados de levantamentos importantes referente saúde do idoso, além de conter dados do indivíduo idoso, bem como a vulnerabilidade social. 2,4,8 Quanto aos profissionais entranhados neste ciclo de triagem da coleta e análise das cadernetas de consultas, representam a parte Estratégia Saúde da Família e Atenção Básica. Os Profissionais instituem movimento que emprega atividades em grupo, promovendo a saúde, bem como temas correlatos à sexualidade, DSTs e AIDS. 4 Grande dificuldade dos profissionais de saúde em lidar com esta temática está ligada a oratória de caráter informativo sobre tema sexualidade do idoso com os mesmos, onde evidencia déficit em administrar situação de que idoso mantém vida sexual ativa, pois rol de informações juntamente ao perfil quanto às DST/AIDS, num todo, são administradas apenas para grupos específicos, que não inserem os indivíduos idosos. Temas referentes a sexualidade neste grupo, que não possuem interesses quanto a prática de contraceptivos, recebem menor atenção, fazendo necessária, práticas de conscientização por parte dos

25 idosa. 3,4,8 Tópico curioso está ligado a fraca consciência quanto a utilização do preservativo 26 profissionais da saúde em identificar que os idosos possuem sim vida sexual ativa, sendo real e importante a orientação sobre medidas preventivas voltadas à DST/AIDS. 3 Nota-se comportamento errôneo do idoso quanto ao ato sexual, devido ao fim do período menstrual, as mulheres passam a ter nenhuma preocupação com o uso de contraceptivos, sendo estas pouco influenciadas a prática de utilização dos mesmos, onde na maioria dos casos, estas mulheres, mantém vida sexualmente ativa, sendo muitas as características que contribui para o uso do preservativo na relação, pois a mulher se encontra em ciclo pós-reprodutivo, representando assim baixo nível de informação referente as formas de contágio do HIV, com pequena concepção para o risco da transmissão do HIV caracterizada por pouca informação da mulher no relacionamento estável, o que nos contrapõem a necessidade de reeducação dos riscos e prevenção de DST para esta população entre indivíduos desta população idosa, segundo Laroque 3, no período de 2011, apontou-se que mais da metade dos indivíduos não faziam uso do preservativo nas relações sexuais, no entanto sabiam que o uso deste impediria contagio do Vírus da Imunodeficiência Humana. 3 Observa-se que os indivíduos possuem informações sobre a AIDS, para tanto é iminente relatos incorretos quanto as várias formas de contagio e prevenção idealizadas pelo pensamento dos indivíduos, onde o real conhecimento previne que toda morbidade seja causada pela transmissão com microorganismos facilmente elimináveis pelo processo de higienização. 2,3,4 2.4 Vulnerabilidades da Mulher no Mundo Dados epidemiológicos do Programa Conjunto das Nações Unidas (PCNU), sobre Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) no fim de 2007, evidenciou que existiam 33,2 milhões de indivíduos vivendo com HIV em todo hemisfério terrestre, onde provavelmente 15,4 milhões seriam mulheres. Um estudo da tendência pandêmica avaliou possíveis características: existe epidemia concentrada em Países do continente Africano, bem como epidemias no resto do globo terrestre que se localiza principalmente entre os indivíduos mais vulneráveis. Dentre os grupos destes indivíduos, as mulheres infectadas por seus parceiros representam maior grau de vulnerabilidade. 14

26 27 Atualmente vive no Brasil um terço de toda a população da América Latina infectada pelo vírus, onde o aumento da quantidade de casos entre heterossexuais trouxe expressiva inserção e contribuição das mulheres no quadro epidemiológico. 13,14 O gênero feminino, devido a trajetória histórico-social, tem se demonstrado muito vulnerável às doenças sexualmente transmissíveis, salvo para a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). O fator que mais contribui para que o evento vulnerabilidade do gênero feminino aconteça é geralmente ligada a dificuldade da mulher em negociar o uso do preservativo com o parceiro, pois a mulher constrói a ideia de imunidade por viver um relacionamento estável complementada pela crença no amor romântico e protetor presente em relações mais longas e duradouras. 12,14 Fato marcante nos dias atuais é a submissão do gênero feminino proveniente das relações assimétricas de gênero e poder. Ao longo dos tempos, a mulher tem sido oprimida, subjugada, com poder bastante limitado no campo das relações afetivo-sexuais. A este fim, consciente ou inconscientemente, em determinado momento do relacionamento, decidem por submeterem-se às escolhas do parceiro. 11,12,13,14 Curiosamente maior parte das mulheres contamina-se, em plena idade reprodutiva. Para tanto, observa se aumento exponencial dos casos entre adultos com idade igual ou superior a 50 anos. 13 Vale ressaltar também que a mucosa vaginal é extensa devido a anatomia e desta forma também favorece uma porta de entrada para as DSTs. Interessante é que quando se pensa em mulheres idosas, remete-se que a sociedade estipula quem deve ter ou não atividade sexual, de acordo com sua idade. Estas mulheres, que já possuem papel social de esposa bem intrínseco, mesmo se já infectadas pelo vírus, não se classificam nos grupos de indivíduos vulneráveis, onde a AIDS continua a ser pensada como uma doença do outro. 5,12, Uso de preservativo na População Idosa Pesquisa 20 realizada no período de 2005 e 2006, com população de pessoas com idade de 57 a 85 anos, apontou que 67% dos homens e 39,5% das mulheres, com idade de 65 a 74 anos, estão sexualmente ativos, índice que diminuiu para 38,5% dos homens e 16,7% das mulheres entre 75 e 85 anos de idade. Camargo 21 e Teixeira 22 apontam que os indivíduos numa relação estável justificam não utilização do preservativo por motivo de confiança, onde as mulheres preconizam relação

27 28 estável e fixa já os homens, enfatizam o desconforto e a demora em se utilizar o preservativo. Nota-se que a atual geração estabelece práticas sexuais sem meios preventivos pois há baixa estatística de gravidez entre as mulheres idosas, levando falsa impressão da inutilidade do preservativo na vida sexual, bem como percepção que os idosos são monogâmicos. 21,22 A ligação entre amor e cuidado, no contexto sexual e amoroso possui espaço importante, nota-se que os homens são menos favoráveis que as mulheres se tratando da prevenção, onde o papel de cuidadora atribuído socialmente à mulher considera-se ligado a este achado. Fato que a manutenção da atividade sexual durante período de envelhecimento é fator possível e saudável, sendo ainda necessário a criação de recursos informativos, sociais e familiares que insira discussão de forma cuidadosa, o tema sexualidade e saúde sexual durante o envelhecimento, juntamente a ações que respeite a intimidade do indivíduo com mais de 50 anos, fator essencial para envolvê-los no processo de conhecimento, promovendo mudanças de comportamento Campanhas Voltadas para o Idoso O processo de envelhecimento de forma sustentável é possível, porém, se houver manutenção da saúde. Ações ilustrativas embasadas nas características da Educação Popular em Saúde juntamente com olhar inovador amplia o leque de debates, a fim de influenciar idosos a pensar sobre corpo/vida, atuando no sentido de agrupar o fazer individual com o coletivo envolvendo a saúde. 23 O pensamento de ação ampla e crítica em relação a abordagem da Educação em Saúde integrando qualidade e justiça social, vem sendo adotada no país por profissionais que se assimilam com a Educação Popular em Saúde, empregando princípios teóricometodológicos da área com raízes pedagógicas de Paulo Freire podendo conectar sinteticamente como: concepção de saúde e qualidade de vida; valorização da cultura popular e de sua interação com o saber técnico-científico; estímulo ao diálogo e a processos reflexivos; priorização de metodologias participativas; princípio filosófico política pela não opressão; compromisso com justiça social e o fortalecimento dos movimentos sociais; humanização, afetividade e prática voltada à afirmação dos sujeitos. Estes por sua vez questionam a Educação em Saúde tradicional, limitada ao repasse de informações técnicas, de maneira verticalizada e desvinculada das condições de vida da população. 23 A qualidade da longevidade ativa representa característica fundamental que aumenta a vida dependendo unicamente de condições sociais e políticas públicas que fortaleçam

28 29 direitos básicos de cidadania possibilitando ações saudáveis, bem como: alimentação equilibrada, atividade física, uso prazeroso do corpo, inserção social e ocupacional dotadas de sentido, lazer além do acesso a trabalhos assistenciais e preventivos. Metas complexas para tanto faz se necessárias articulações individuais e coletivos que preguem a construção de nova ordem societária, marcando referencial da promoção da saúde. Ações educativas em saúde orientadas pela Educação Popular corrobora para visão básica da promoção da saúde ao realizar debates voltados ao Estado e das políticas públicas com as questões que promove prevenção e controle de doenças, contextualizando a vida cotidiana da população idosa. 23 A questão não é, porém, único ponto das ações educativas, porém outros assuntos não priorizados no trabalho em questão, tal como: envolvimento do corpo em dinâmicas de grupo, criatividade, vínculos e as redes sociais, ainda percepção sobre a finitude de vida são fatores cruciais no papel educacional com idosos, devendo ser ponto de futuros pensamentos. Contudo, ações educacionais na saúde não privilegia interferência nos determinantes sociais da longevidade com qualidade, criando ambientes e políticas públicas essencialmente à saúde, porém contribuição significativamente com compromisso social do sistema de cuidados partilhando com idosos, desafios neste sentido. 23 Para a Organização Pan Americana de Saúde a OPAS, o envelhecimento ativo é um processo de aprimoramento das oportunidades de saúde, participação e segurança, tendo por objetivo a melhora na qualidade de vida do idoso, e que se aplica tanto a grupos quanto ao indivíduo. O objetivo do envelhecimento ativo é aumentar a expectativa de vida e qualidade de vida de todas as pessoas que estão passando por esse processo, inclusive pessoas frágeis e incapacitadas que requerem cuidados especiais Papel do Enfermeiro em Relação às DSTs no idoso Conforme a sociedade se desenvolvia, criou se generalizações que comprometia imagem do indivíduo idoso que apresentava vida sexual ativa, induzindo estes a submeter a descriminação social, sob conduta de alterações fisiológicas próprias do processo de envelhecer começando a aceitar negativamente prática sexual como ato normal da idade. Idosos permanecem vítimas da descriminação contidas na sociedade sob seus desejos e vontades, sendo forçados a seguir padrões de comportamento tidos como compatíveis para faixa etária, desta forma, estes escondem sua libido e negam suas vontades sexuais danificando autoestima e autorrealização. 24

29 30 Considerando o pensamento acima unindo à área de enfermagem, nota-se pensamento errado dos profissionais da enfermagem quando assunto é o indivíduo idoso, tornando empecilho no correto cuidado à pessoa idosa. 5,24 Entendimento da vida sexual ativa do idoso é imprescindível, e que comece a se compreender na fase acadêmica, com contribuição dos professores enfermeiros devendo abordar temas em sala com intenção de criar profissionais ao mercado de trabalho que estejam preparados para fornecer devidos cuidados a população e aos indivíduos idosos da sociedade contemporânea. O enfermeiro, no âmbito social devido sua gama de atuação na assistência a população, nota-se reprodução do preconceito acima do contexto vida sexual ativa na velhice mediante atitudes educativas embasadas no foco reflexivo. 5,24 A educação em saúde representa ferramenta marcante no comportamento humano, pois desenvolve ideias críticas que possibilitam mudanças no contexto social, mencionando que a educação em saúde permite aos indivíduos levantamento de conceitos por meio do ciclo ativo inovador das ideias, elucidando atividades educativas, como reuniões em comunidades, campanhas e elaboração de cartilhas explicativas, conseguindo este convergir a sociedade informações acerca do contexto ciclo de envelhecimento esclarecendo estereótipos com caráter conciso as pessoas da continuidade da vida sexual na velhice. 5,24

30 31 3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo Geral Identificar a frequência das doenças sexualmente transmissíveis em um grupo de idosos do interior paulista. 3.2 Objetivos Específicos Identificar o conhecimento dos idosos sobre as doenças sexualmente transmissíveis. Identificar a frequência das doenças sexualmente transmissíveis em um grupo de idosos do interior paulista.

31 32 4 MÉTODO 4.1 Tipo de estudo Foi realizado um estudo exploratório e transversal. O método foi quantitativo, pois se caracteriza pela atuação nos níveis de realidade e apresenta como objetivos a identificação e apresentação de dados, indicadores e tendências observáveis. 4.2 Local e período Foi realizado em uma organização não governamental (ONG) específica para trabalhar terapia e lazer com grupo de idosos de um município do interior paulista. A coleta de dados foi entre Fevereiro e Maio de Caracterização do campo de estudo Esta instituição foi escolhida por estar próxima a cidade das pesquisadoras e por não haver nenhuma pesquisa já realizada neste grupo desta cidade e com esse objetivo. Nesta ONG são realizadas atividades todas as terças feiras das 08h00min horas ao 12h00min, tais como: ginástica, dança, bailes, roda de conversas, palestra com intenção de informar sobre saúde e hábitos saudáveis, desta forma orientar os idosos sobre como cuidar da própria saúde. 4.3 População e amostra A população do estudo foi composta por indivíduos com idade igual ou maior que 60 anos, sem distinção de gênero. A amostra foi composta por todos os idosos que frequentaram a ONG no período de coleta de dados.

32 Critérios de inclusão Participaram do estudo todos idosos que estivessem envolvidos em projetos da ONG e que contemplassem os critérios de inclusão determinados a seguir: Aceitar participar e assinar termo de consentimento de livre esclarecimento (TCLE) (Apêndice A). Ter idade igual ou maior que 60 anos. Frequentar a ONG no período de coleta de dados. 4.4 Instrumento de coleta de dados Os dados foram coletados através de entrevista pelas pesquisadoras para preenchimento de formulário estruturado (Apêndice B) com 25 perguntas fechadas, composto por parte A: informações sobre o respondente, e parte B: preenchimento sobre a temática em questão. O instrumento para coleta de dados foi elaborado pelas pesquisadoras visando alcançar os objetivos desta pesquisa. 4.5 Procedimento para a coleta Foi enviada a Solicitação de Autorização da Instituição (Apêndice C) à coordenação da ONG selecionada como campo de pesquisa. Após autorização assinada o projeto foi cadastrado na Plataforma Brasil para apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. Após aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, as pesquisadoras foram ao campo de pesquisa abordar os idosos. Todos os idosos que faziam parte de algum projeto da ONG e estivessem dentro dos critérios de inclusão foram convidados a participar do estudo, sendo explicados os objetivos e procedimentos. Assim, as pesquisadoras entregaram a cada participante um TCLE, o qual o idoso assinou, autorizando a participação na pesquisa. Após a assinatura, foi realizada a abordagem por meio de entrevista pelas pesquisadoras para preenchimento do formulário em sala reservada. Foi aplicado formulário estruturado com 25 perguntas fechadas. As perguntas foram respondidas em um único momento através de entrevistas numa sala reservada. As entrevistadoras perguntaram e em seguida assinalaram os itens contidos no formulário e transcreveram, de acordo com as respostas verbalmente ditas pelos entrevistados.

33 34 O preenchimento do instrumento de coleta de dados ocorreu em um único momento, não foi permitido levar consigo o formulário para preenchimento no domicílio ou em outro momento fora da presença das pesquisadoras. 4.6 Aspectos éticos Foi solicitada autorização da instituição para realização do estudo. Posteriormente o projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) em atendimento a Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012, que versa sobre as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa envolvendo seres humanos atraves da Plataforma Brasil, sendo aprovado sob o parecer de número: (Anexo 1). Realizou-se então a abordagem com os sujeitos do estudo. Caso aceitassem participar, foi apresentado o TCLE para assinatura. Todos os participantes da pesquisa foram devidamente orientados que poderiam participar ou deixar de participar. Se concordassem em participar, poderiam desistir a qualquer momento, sem nenhum prejuízo ou dano. Todas as dúvidas relacionadas à pesquisa foram prontamente esclarecidas pelas autoras a qualquer momento. Foi esclarecido que a participação da pesquisa não traria nenhum risco a saúde ou ônus financeiro. O anonimato dos sujeitos e da Instituição foi assegurado. 4.7 Análise de resultados Os dados foram armazenados e analisados utilizando o programa Excel Foram realizadas análises descritivas por meio dos cálculos das frequências absoluta e relativa, da medida de tendência central (média), sendo posteriormente realizadas as análises inferenciais pertinentes ao estudo. Foram apresentados em forma de tabelas e figuras, conforme apareceram às necessidades de coerência e exatidão dos resultados obtidos e exposição de uma melhor maneira dos resultados para entendimento.

34 35 5 RESULTADOS Havia inicialmente 100 idosos cadastrados na ONG, no entanto, parcelas consideráveis destes idosos já não participavam mais das atividades recreativas da ONG, deste modo considerou-se 34 indivíduos idosos que permaneciam cadastrados na instituição, com a exclusão de 06 destes, pois não estavam dentro dos critérios de inclusão. Deve-se considerar que no período de coleta de dados pode ter ocorrido ausência de idosos frequentando o campo de estudo. Para análise foram incluídos 28 idosos. 5.1 Características Sócio demográficas dos Respondentes Dentre os 28 idosos incluídos na análise, 86% eram do gênero feminino e 14% do gênero masculino. A média de idade foi de 69,14 anos. Com relação a cor referida, 46% eram brancos, 36% pardos e 18% da cor preta. Quanto a situação religiosa, 93% eram cristãos e 7% não eram cristãos (Tabela 1). No que se refere a situação conjugal, 15 idosos possuíam parceiros e 13 não relataram ter parceiros (Tabela 1). Tabela 1. Características sócio demográficas de um grupo de idosos do interior paulista. Pindamonhangaba, 2015 Características Frequência n % Gênero Feminino Masculino Cor Referida Branca Parda Preta Situação Religiosa Cristão Não cristão Situação Conjugal Casado Viúvo Divorciado Solteiro Características Média Idade (anos) 69,14

35 36 Quanto a análise de situação trabalhista, notou-se que 46% dos idosos eram aposentados, 22% eram pensionistas, 7% possivelmente exerciam funções trabalhistas e 25% atuavam nos afazeres domésticos (Tabela 2). Quanto ao grau de escolaridade, percebeu-se que 75% tinham até o 1º grau completo e 25% tinham até o 2º grau completo (Tabela 2). Tabela 2. Características sócio demográficas de um grupo de idosos do interior paulista. Pindamonhangaba, 2015 Características Frequência n % Situação Trabalhista Aposentado Do lar Pensionista Exerce Função Escolaridade Até o 1º Grau Até 2º Grau Conhecimento sobre doenças sexualmente transmissíveis por idosos No que se refere ao conhecimento sobre doenças sexualmente transmissíveis, 57% (n=16) dos indivíduos idosos referiram não ter conhecimento, ou mesmo, saber o que significa DSTs, já 43% (n=12) declaram ter conhecimento desse tipo de doença. (Figura 1). Idosos que declararam ter conhecimento sobre doenças sexualmente transmissíveis 57% 43% Sim Não Figura 1. Número de idosos do interior paulista que declararam saber o que é doença sexualmente transmissível (DST). Pindamonhangaba, 2015

36 37 Dentre os 28 idosos, 18% (n= 5) referiram que conheciam campanhas sobre DSTs voltadas à terceira idade, no entanto predominantemente 82% (n=23) desconheciam, ou seja, não tinham visto ainda campanhas voltadas para este público (Figura 2). Número de idosos que conheciam campanhas sobre doenças sexualmente transmissíveis voltadas à terceira idade 18% 82% SIM NÃO Figura 2. Número de idosos de um grupo do interior paulista que declararam conhecer campanhas voltadas à 3ª idade sobre doenças sexualmente transmissíveis. Pindamonhangaba, 2015 Quando questionados referentes ao comportamento sexual, 52% dos idosos responderam ter uma vida sexual ativa e 48% relataram não ter. Quanto a relacionamento extraconjugal, 18% responderam já ter tido (Tabela 3). A pesquisa apontou que 75% dos idosos relataram ser necessário o uso do preservativo nas relações sexuais e 25% referiram não haver necessidade do uso de preservativos durante ato sexual por idosos. Quanto ao uso por eles, 28% afirmaram fazer uso de preservativos e 72% não faziam uso de preservativos (Tabela 3). Embora 18% dos idosos conhecessem a ação e os efeitos colaterais de estimulantes sexuais, nenhum deles fez menção quanto a utilização de fármacos estimulantes sexuais (Tabela 3).

37 38 Tabela 3. Comportamento sexual de idosos de um grupo do interior paulista. Pindamonhangaba, 2015 Comportamento sexual de um grupo de idosos Frequência Sim Não n % n % Tem vida sexual ativa? Já teve alguma relação extraconjugal? Pensa ser necessário para o idoso usar preservativos? Você usa preservativos na relação sexual? Faz uso de estimulante sexual? Sabe a ação do estimulante sexual e seus efeitos, nesta idade? Frequência de DSTs em idosos Quanto a frequência de DSTs na terceira idade, dentre os 28 respondentes, 7% (n=2) referiram já ter contraído e 93% (n=26) referiram não ter contraído. (Figura 3). Dentre os 02 idosos que contraíram DST após os 60 anos, relataram contágio e realizaram tratamento com acompanhamento médico, sendo um caso feminino que se tratou e tratou o parceiro (referiu sífilis), e um caso masculino (gonorreia), onde somente ele foi tratado, não comunicando a parceira (dados não apresentados em tabela). Idosos que declararam já ter contraído doença sexualmente transmissível na terceira idade 93% 7% Sim Não Figura 3. Número de idosos de um grupo do interior paulista que declararam já ter contraído doença sexualmente transmissível. Pindamonhangaba, 2015 No que se refere a presença de sinais e sintomas sugestivos de doenças sexualmente transmissíveis DSTs nos idosos em questão, os dados revelaram que 39% já sentiram dor ou ardor ao urinar, 39% já tiveram coceira nos órgãos genitais, 22% já sentiram dor pélvica, 22% já tiveram corrimento amarelado ou esverdeado nos órgãos genitais, 7% referiram ferida nos

38 39 órgãos genitais, 03% dor no ato sexual, 03% referiram presença de verrugas nos órgãos genitais, (Tabela 4). Tabela 4. Sinais e sintomas sugestivos de doenças sexualmente transmissíveis DSTs referidos por idosos de um grupo do interior paulista. Pindamonhangaba, 2015 Presença de sinais e sintomas sugestivos de doenças sexualmente Frequência transmissíveis* Sim Não n % n % Dor ou ardor ao urinar Dor pélvica (no baixo ventre) Dor no ato sexual Corrimento amarelado ou esverdeado nos órgãos genitais Presença de verrugas nos órgãos genitais Ferida nos órgãos genitais Coceira nos órgãos genitais * O idoso poderia assinalar mais de uma resposta

39 40 6 DISCUSSÃO 6.1 Características Sócio-demográficas do Respondente Percebeu-se que a maioria dos idosos era composta por mulheres (86%). A mulher possui maior probabilidade de contagiar-se pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) do que o homem, ainda mais na menopausa pois esta possui a mucosa vaginal ressecada, o que a faz ficar mais vulnerável a lesões e exposição a contaminação. 1 Fator que merece importante papel em palestras educativas em temas voltados para esta população. No contexto DST a mulher passa ser mais vulnerável, por agir mais emocionalmente, com a crença do amor, romance e em relacionamentos, movida por confiança sem limite no parceiro, por medo de querer negociar o uso do preservativo, e assim, o parceiro desconfiar que essa atitude seria por traição, e por essa visão a mulher se torna mais vulnerável as doenças sexualmente transmissíveis. 12,14. Sendo assim, foi identificado também aqui a pouca adesão dos respondentes ao uso do preservativo Pereira 2, Rocha 4, Medeiros 8 concordam que: os idosos pensam que a síndrome seja contraída somente por jovens. Com a epidemia de AIDS na década de 80, a sociedade de modo geral, passou a marginalizar grupos de pessoas especificas como sendo elas de fácil contaminação, como profissionais do sexo, usuários de drogas e homossexuais, contribuindo para a discriminação. Quanto à cor referida, a somatória das cores preta e parda apresentou discreta diferença ao observar o número de brancos. Na abordagem da cor referida no contexto DSTs e idosos é válido ressaltar que os negros, em geral, possuem maior histórico de adoecimento grave e/ou crônico ao longo da vida, bem como também podem apresentar mais elevados riscos em doenças específicas como a hipertensão, diabetes, AIDS, tabagismo, alcoolismo, amputações, cegueira e doença renal-crônica. 25 A enfermagem deve abordar a temática sexualidade, bem como qualquer outro tema de educação em saúde, livre de preconceitos, distinção de cor, raça e tabus. Entretanto, estudo 16 demonstra chance maior de doenças em determinado perfil de pessoas, devendo incluir no seu plano de cuidados e abordagem educacional olhar diferenciado e individualizado para prevenir e/ou minimizar riscos. 25

40 41 Identificou-se 93% dos idosos sendo cristãos. Assis 23 e Santos 24 comentam que participantes com prática religiosa demonstraram ser mais favoráveis a prevenção, para tanto dois fatores podem possuir relação com o assunto: a ênfase no valor a vida disseminado pelo catolicismo (religião predominante), e possível transferência da predisposição à obediência, da instituição religiosa para programas e apelos relacionados à prevenção. Analisando o perfil dos idosos notou-se que somente 02 não eram cristãos e 05 relataram relação extraconjugal. É sabido que o cristianismo prega a união estável e a não relação sexual antes e fora do casamento, ou seja, uma doutrina de comportamento que se de fato houvesse comprometimento, o número de casos de DSTs poderia provavelmente ser diminuído devido a possível redução de numero de parceiros sexuais (promiscuidade) e redução de troca de parceiros. Somente 05 referiram ter tido relação extraconjugal, vale ressaltar que não foi feita analise de co-relação entre manifestação de sinais e sintomas em ter ou não parceiros, entretanto Brito et al 6 abordam que promiscuidade, ou seja, múltiplos parceiros podem favorecer a aquisição de DSTs. Quanto a escolaridade, o nível de educação da pessoa pode favorecer ou dificultar a absorção do conteúdo aprendido na educação em saúde. A maioria tinha somente até o 1º grau escolar completo. É preciso que o enfermeiro, ao fazer sua abordagem junto à comunidade analise as características da população para que seu nível de explanação não seja complexo, pois, se assim for, o conteúdo pode não ser de fato apreendido pela comunidade e/ou população alvo. O nível de escolaridade torna-se um importante indicador do nível de conhecimento do individuo em qualquer assunto, deste modo, observa-se que os idosos com menor grau de escolaridade são mais expostos a doença da AIDS, o que potencializa importância do ensino como forma de medida preventiva no combate à doença. 1,2 Maschio 1 e Pereira 2 corroboram que o perfil dos idosos estudados está em consonância com a tendência presente de participação de grupos de idosos, demonstrando predominância feminina, de baixa escolaridade e baixa renda familiar, reforçando possível iniquidade na qual epidemia possa vir se expandir. ²

41 Conhecimento sobre doenças sexualmente transmissíveis por idosos 57% (n=16 idosos) sabiam o que era uma DST, contudo 43% assinalaram desconhecer o que seria uma DST. 83% desconheciam campanhas para este público. Pereira 2 salienta necessidade de investimentos públicos voltados a educação do idoso bem como retratado por Maschio 1, a necessidade de estratégias educativas, realizadas por profissionais habilitados, que promova mudanças no comportamento dos idosos, essencialmente quanto às formas de prevenção. Souza 15 identifica que os idosos também desconhecem campanhas nacionais, estratégias de educação e de prevenção das DSTs entre eles. O enfermeiro que atua junto a comunidade deveria melhor explorar a divulgação. Laroque 3 indica que medidas preventivas tornam a população menos vulnerável a adquirir doenças e possivelmente não ter comportamentos de riscos. Os encontros realizados as terças-feiras na ONG abordavam terapias como dança, música, lazer, jogos e educação em saúde com palestras. Percebeu-se que esta temática de sexualidade provavelmente não estava inserida na programação pois 43% (n=12 idosos) não sabiam o que era DSTs e grande maioria referiu não ver campanhas com enfoque para eles. Após coleta de dados, pesquisadoras captaram dúvidas pertinentes ao assunto em questão, bem como enfatizaram práticas seguras e cuidados que os idosos devem adotar. Quanto aos sintomas sugestivos de DSTs que os idosos referiram ter manifestado, notou-se que alguns sintomas eram parecidos com as doenças em questão: Sífilis (ferida nos órgãos genitais), HPV (verrugas e dor no ato sexual), Clamídia, tricomonas ou gonorreia (presença de secreção amarelada ou esverdeada nos órgãos genitais). Percebeu-se que alguns idosos sabiam das alterações e manifestações de possíveis DSTs no seu próprio corpo, entretanto, ao comparar com a frequência de DSTs declarado, somente 02 afirmaram ter contraído e tratado alguma doença venérea. Durante a coleta de dados, as pesquisadoras aproveitavam a oportunidade para esclarecer possíveis dúvidas e orientações quanto à procura de investigação e seguimento, porém não realizaram exame físico e conduta, pois eram acadêmicas de enfermagem. Ao questionar quanto ao comportamento sexual dos respondentes, 52% tinham vida sexual ativa. Quanto a relacionamento extraconjugal, 18% responderam já ter tido. Souza 15, em seu estudo, analisou estado civil dos idosos e ter HIV e concluiu que a porcentagem de idosos casados era igual para os solteiros e viúvos em ambos os sexos, já porcentagem de mulheres viúvas era grande e a de homens solteiros também, o que totaliza pouco mais de

42 43 45%, mostrando que as mulheres soropositivas possivelmente adquiriram o vírus por meio de relações desprotegidas com companheiros que, provavelmente morreram por causa da doença. Identificou-se 4 homens e 24 mulheres, embora 75% (n=21) compreendessem a necessidade de usar preservativo, somente 28% (n=8) de fato utilizavam preservativos durante relação sexual. Dentre os 4 homens que responderam a pesquisa, nenhum comentou utilizar preservativo, ou seja os 28% que assinalaram o uso do preservativo eram mulheres. Tópico curioso está ligado à fraca consciência quanto à utilização do preservativo entre indivíduos desta população idosa. Rocha 4, evidencia que apesar do conhecimento sobre as formas de contágio das DSTs/AIDS estarem presente, poucos são os idosos que afirmam usar preservativo em todas as relações sexuais. Ainda menciona dificuldade da percepção para a necessidade do uso do preservativo pelos idosos, pois tal prática não faz parte da sua cultura, daí a importância de desenvolver orientação especifica a esse grupo da população. Nota-se a dificuldade da mulher em negociar o uso do preservativo com seu parceiro. Silva 14 comenta que para as mulheres idosas a não negociação por sexo seguro é muito mais presente quando se pensa em relações duradouras, onde companheirismo e a necessidade do outro é mais evidenciada, para tanto, utilização do preservativo, que não por contracepção, pode provocar a desconfiança do parceiro de estar sendo traído ou de se sentir desacreditado pela esposa em suas atitudes extraconjugais. Também cita ser comum elas afirmarem que os homens não gostam, que seja incômodo e que se só tem a elas, não é necessário à prevenção contra doenças. Embora 18% dos entrevistados conhecessem a ação e os efeitos colaterais de estimulantes sexuais, nenhum dos entrevistados fez menção quanto a utilização de fármacos estimulantes sexuais. Silva 14 cita recorrência a intervenções farmacológicas, utilizado pelo idoso para exercer sua virilidade e a mulher idosa o papel de negar sua sexualidade, já que não se encontra mais na sua idade reprodutiva. O homem idoso percebendo seu potencial sexual passa a relacionar quase sempre com mulheres mais jovens e atraentes, pois não há razão aparente de escolher mulher de sua idade, uma vez que imaginam que a idosa possa o desvalorizar sexualmente, ante a isso, além de manter relações extraconjugais, possuem relações sexuais com sua parceira sem proteção, propiciando um aumento da vulnerabilidade à doença entre estas mulheres. 14

43 Frequência de DST em idosos A visão de que idosos são assexuados, deve ser desfeito, a quebra desse paradigma deve ser feia de imediato, para que haja melhora na compreensão desse problema de saúde pública. O envelhecimento Ativo, proposto pela Organização Pan-americana de Saúde, insere os idosos nesse contexto de sexualidade ativa, se assim, eles queiram e possam. 26 A frequência de DSTs em idosos apresenta diminuição na proporção de homens e mulheres infectados pelas DSTs, fator que vem sendo marcado pela feminização da epidemia. Tal fenômeno vem sendo visualizado em todo hemisfério, inclusive no Brasil. 21 Ao observar que a maioria deste estudo era mulher, a educação em saúde deve alertálas e instigá-las a se cuidarem. Nesta pesquisa, identificaram-se dois casos de DSTs, sendo um caso feminino e um caso masculino. No caso feminino, o parceiro ficou ciente e também fez tratamento. No caso masculino, a parceira não foi avisada para fazer tratamento. Camargo 21 cita que a ligação entre amor e cuidado, no contexto sexual e amoroso possui espaço importante e nota-se que os homens são menos favoráveis que as mulheres quando se trata da prevenção, onde o papel de cuidadosa atribuído socialmente à mulher considera-se ligado a este achado. Barbosa 5, Araújo 16, Camargo 21 e Santos 24 corroboram que manutenção da atividade sexual durante período de envelhecimento é fator possível e saudável, sendo ainda necessário a criação de recursos informativos, sociais e familiares, que insira discussão de forma cuidadosa, o tema sexualidade e saúde sexual durante o envelhecimento, juntamente a ações que respeite a intimidade do indivíduo com mais de 50 anos, fator essencial para envolvê-los no processo de conhecimento, promovendo mudanças de comportamento. O que vai de encontro com o achado desta pesquisa, visto que a mulher sendo cuidadosa avisou e tratou o parceiro, entretanto, o homem que contraiu DST não comunicou a parceira. 6.4 Implicações para a prática profissional Percebemos que os idosos estão sendo marginalizados e sendo considerados assexuados não somente pelos profissionais de saúde, mas também pela sociedade, haja vista pouca informação sobre a temática e poucas campanhas voltadas aos idosos e sexualidade. Ao elaborar o trabalho, pudemos ver o quanto a epidemiologia, estatística e educação em saúde se fazem presentes em conjunto para o trabalho do enfermeiro junto a comunidade.

44 45 O cuidar não se faz somente ao tocar no paciente, vai desde o estudo e elaboração de estratégias, bem como levar o conhecimento das salas de aula para os consultórios e grupos de terapias. Cabe aos enfermeiros, líderes de equipes, instigar em seus liderados um olhar diferenciado para a população idosa, pois, ao traçar o plano de cuidados deve-se incluir também a necessidade psicobiológica de sexualidade e psicossocial de amor, visando desta forma proporcionar qualidade vida em todas as possíveis necessidades básicas afetadas de seu cliente, família ou comunidade.

45 46 7 CONCLUSÃO Quanto ao conhecimento dos idosos sobre as doenças sexualmente transmissíveis, identificou-se que 57% referiram ter conhecimento e 43% negaram. O que nos leva a refletir, sobre a educação em saúde proposta ao grupo, através de palestras: o tema sexualidade e DSTs na população idosa, apesar de ser um tema atual, não era abordado pelos palestrantes que por ali passaram. No que se refere a frequência das doenças sexualmente transmissíveis em um grupo de idosos do interior paulista, 7% (n=2) referiram ter adquirido alguma DST após os 60 anos. Desses 2, uma era do sexo feminino e o outro do sexo masculino. No homem a DST contraída foi a Gonorréia e na mulher a sífilis, a mulher tratou-se e avisou o parceiro e o homem tratou somente a si mesmo e não comunicou sua parceira.

46 47 8 REFERÊNCIAS 1. Maschio MBM, Balbino AP, De Souza PFR, Kalinke LP. Sexualidade na Terceira: medidas de prevenção para doenças sexualmente transmissíveis e AIDS. Gaúcha Enfermagem. Porto Alegre (RS) Pereira GS, Borges CI. Conhecimento sobre HIV/AIDS de Participantes de um grupo de Idosos de Anápolis-Goiás. Escritora Anna Nery Laroque MF, Affeldt AB, Cardoso DH, Souza GL, Santana MG, Lange C. Sexualidade do Idoso: comportamento para a prevenção de DST/AIDS. Gaúcha Enfermagem. Porto Alegre (RS) Rocha FCV, Freitas FC, Junior JAM, Rosa YRD. Conhecimento dos Idosos sobre HIV/AIDS. Revista Interdisciplinar Barbosa MA, Medeiros M, Prado MA, Bachion MM, Brasil VV. Reflexões Sobre o Trabalho do Enfermeiro em Saúde Coletiva. Revista Eletrônica de Enfermagem Brito NMI, Oliveira SHS, Andrade SSC. Infecções Sexualmente Transmissíveis e HIV/AIDS: conhecimentos e percepção de risco de idosos de uma comunidade em João Pessoa- Paraíba III Congresso Internacional de Envelhecimento Brasil, Ministério da Saúde. AIDS em Idosos Reorienta Prática de Prevenção do Ministério da Saúde. In: Súmula. Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública. Rio de Janeiro, Medeiros KCS, Leal MCC, Marques APO, Marino JG. Avaliação do Nível de Informação em Relação à AIDS/HIV por Idosos Assistidos no Programa de Saúde da Família. Geriatria e Gerontologia Veras RP, Ramos LR, Kalache A. Crescimento da População Idosa no Brasil: transformações e consequências na sociedade. Saúde Pública Okuno MFP, Fram DS, Batista REA, Barbosa DA, Balesco AGS. Conhecimentos e Atitudes Sobre a Sexualidade em Idosos Portadores do HIV. Acta Paul Enferm Abrão H. Doenças Sexualmente Transmissíveis: saiba evitá-las; Ilustrações, Virgílio Veloso. Belo Horizonte Kuke R. Doenças Sexualmente Transmissíveis. Bandeirantes S.A. Gráfica e Editora. São Paulo Eleutério Junior J. Doenças Sexualmente Transmissíveis. Contexto. São Paulo Silva CM, Lopes FMVM, Vargens OMC. A Vulnerabilidade da Mulher Idosa em Relação à Aids. Gaúcha Enfermagem. Rio Grande do Sul

47 Sousa ACA, Suassuna DSB, Costa SML. Perfil Clínico Epidemiológico de Idosos com AIDS/DST; DST-J Bras. Doenças Sexualmente Transmissíveis Araújo MJS. A Consulta de Enfermagem no Contexto da Prática de Enfermagem. Brasília, ABEn Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis. Brasília. Ministério da Saúde Santa Catarina, Secretaria de Estado da Saúde, Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado de Santa Catarina. Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST. Florianópolis. SEA/DGAO Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids. Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis. Brasília. Ministério da Saúde IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Rio de Janeiro; Camargo BV, Torres T de L, Biasus F. Práticas sexuais, conhecimento sobre hiv/aids e atitudes a respeito da relação amorosa e prevenção entre adultos com mais de 50 anos do sul do brasil. liber. [online]. 2009;15(2): Teixeira MFB, Knauth AR, Fachel DMG, Andrea JFL. Adolescentes e uso de Preservativos: as escolhas dos jovens de três capitais brasileiras na iniciação e na última relação sexual Cad. Saúde Pública [online]. 2006; 22(7): Assis M de. Envelhecimento Ativo e Promoção da Saúde: reflexão para as ações Educativas com os Idosos. Revista APS Santos BL dos, Pires DX, Araujo ES de O, Teixeira SB da S. Sexualidade na Terceira Idade: percepção social e atuação do enfermeiro diante do Preconceito. Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa NIP Batista LE. Mulheres e homens negros: saúde, doença e morte (Tese de doutorado não publicada). Universidade Estadual Paulista, Araraquara - São Paulo World Health Organization Envelhecimento ativo: uma política de saúde / World Health Organization; tradução Suzana Gontijo. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, p.: il.

48 49 APÊNDICES APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). (Instrução de Orientação no verso) I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO DA PESQUISA Nome: RG: Data de nascimento: / / Telefone para contato: II DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTÍFICA 1. Título: Conhecimento e frequência de doenças sexualmente transmissíveis em um grupo de idosos do interior paulista 2. Pesquisadoras: Elidiane Souza dos Reis e Maria Aparecida Vital 3. Avaliação do Risco da Pesquisa: Sem risco X Risco Mínimo Risco Médio Risco Baixo Risco Maior (Probabilidade de que o indivíduo sofra algum dano como consequência imediata ou tardia do estudo). 4. Duração da Pesquisa: 12 meses. 5. Objetivos da pesquisa: Este estudo objetiva identificar o conhecimento de indivíduos idosos sobre doenças sexualmente transmissíveis e a frequência das doenças. Considerando a importância e relevância que se tem nesse tipo de informação, como o idoso utiliza essa informação para evitar a disseminação desse tipo de doenças.

49 50 (verso) III ESCLARECIMENTOS DADOS PELAS PESQUISADORAS SOBRE GARANTIAS DO SUJEITO DA PESQUISA 1. Você poderá ter acesso, a qualquer tempo, às informações sobre procedimentos, riscos e benefícios relacionados à pesquisa, inclusive esclarecer eventuais dúvidas. 2. Liberdade de se negar a participar da pesquisa. 3. Liberdade de retirar seu consentimento a qualquer momento e deixar de participar da entrevista, sem que isso traga prejuízo. 4. Garantia de confidencialidade, sigilo e privacidade de todas as informações que forem prestadas. 5. Acesso aos resultados da pesquisa. IV - INFORMAÇÕES DE NOMES, ENDEREÇOS E TELEFONES DOS RESPONSÁVEIS PELO ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA, PARA CONTATO EM CASO DE INTERCORRÊNCIAS. Faculdade de Pindamonhangaba FAPI/FUNVIC Orientadora Prof.a. Ma. Catarina Rodrigues da Silva catyrois@gmail.com Coordenação de Enfermagem - (12) (inclusive ligações a cobrar) V CONSENTIMENTO POS-ESCLARECIDO Declaro que, após convenientemente esclarecido pelos pesquisadores e ter entendido o que me foi explicado, consinto em participar do presente protocolo de pesquisa. de de. Assinatura do Sujeito da pesquisa Assinatura da pesquisadora

50 51 APÊNDICE B - Formulário de coleta de dados CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRAFICAS DO RESPONDENTE Idade: anos Gênero: Masculino Feminino Cor referida: preta parda branca amarela Situação conjugal: Casado Viúvo Solteiro Divorciado Outros Situação trabalhista: Aposentado Pensionista exerce profissão Situação religiosa: Cristão Não cristão Escolaridade: 1º grau: completo incompleto 2º grau: completo incompleto Superior : completo incompleto CONHECIMENTO SOBRE DOENÇA SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEL (DST) Tem vida sexual ativa? Sim Não Já teve alguma relação extraconjugal? Sim Não Sabe o que é DST? Sim Não É necessário para o idoso usar preservativo? Sim Não Você usa preservativo na relação sexual? Sim Não Faz uso de estimulante sexual? Sim Não Sabe a ação do estimulante sexual e seus efeitos colaterais nesta idade? Sim Não Conhece alguma campanha voltada para o idoso com esse tema, DST? Sim Não FREQUENCIA DE DST NA AMOSTRA DE IDOSOS Já contraiu alguma DST na terceira idade? Sim Não Se sim, qual(quais) Se sim, foi tratada com acompanhamento médico? Sim Não Se sim, o(a) parceiro(a) também foi tratado (a)? Sim Não Já teve algum dos sintomas a seguir (na terceira idade): Dor ou ardor ao urinar Sim Não Dor pélvica (no baixo ventre) Sim Não Dor no ato sexual Sim Não Corrimento amarelado ou esverdeado nos órgãos genitais Sim Não Presença de verrugas nos órgãos genitais Sim Não Ferida nos órgãos genitais Sim Não Coceira nos órgãos genitais Sim Não

51 52 APÊNDICE C - Solicitação de Autorização da Instituição 08 de Outubro de 2014 Ofício nº XXX/2014 SOLICITAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO Ilma. Srª.... Coordenadora da..., Pindamonhangaba SP. Apresento a V.S.ª Elidiane Souza dos Reis e Maria Aparecida Vital, acadêmicas de Graduação em Enfermagem na Fundação Vida Cristã- FUNVIC, que pretendem desenvolver sua pesquisa na área de Enfermagem na Saúde do Idoso com o projeto intitulado: Conhecimento e frequência de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) em um grupo de idosos do interior paulista, sob minha orientação, Prof.ª Me. Catarina Rodrigues da Silva. Este estudo objetiva identificar o conhecimento sobre as DSTs e a frequência das doenças. Consideramos este estudo de grande relevância visando à melhoria da qualidade da assistência à saúde prestada aos mesmos. É, pois com esta finalidade que estamos solicitando autorização para realização deste estudo junto aos participantes do grupo. Solicitamos também a utilização das instalações para a realização da entrevista com os sujeitos do estudo. Esclarecemos que a participação dos idosos será de livre e espontânea vontade e que o sigilo da identidade e confidência das respostas serão mantidos. Ressaltamos ainda que não haverá nenhum ônus para vossa Instituição. Sendo assim, informamos que estamos a disposição para quaisquer esclarecimentos. Antecipados agradecimentos. Cordialmente, Prof.ª Enf.ª Ma. Catarina Rodrigues da Silva Orientadora De acordo: Data: / /

52 53 ANEXOS ANEXO 1. Parecer Substanciado do Comitê de Ética em Pesquisa

DAS DOENÇAS VENÉREAS ÀS ENFERMIDADES SEXUAIS. Vera Lucia Vaccari

DAS DOENÇAS VENÉREAS ÀS ENFERMIDADES SEXUAIS. Vera Lucia Vaccari DAS DOENÇAS VENÉREAS ÀS ENFERMIDADES SEXUAIS Vera Lucia Vaccari (veravaccari@uol.com.br) A nomenclatura Doença venérea Vênus (Roma) deusa do amor carnal século XIX até década 1970/1980) DST doença sexualmente

Leia mais

AIDS e HPV Cuide-se e previna-se!

AIDS e HPV Cuide-se e previna-se! AIDS e HPV Cuide-se e previna-se! O que é AIDS? Existem várias doenças que são transmissíveis através das relações sexuais e por isso são chamadas DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). As mais conhecidas

Leia mais

AIDS E OUTRAS DSTs INFORMAÇÃO É FUNDAMENTAL PARA PREVENÇÃO

AIDS E OUTRAS DSTs INFORMAÇÃO É FUNDAMENTAL PARA PREVENÇÃO AIDS E OUTRAS DSTs INFORMAÇÃO É FUNDAMENTAL PARA PREVENÇÃO O QUE SÃO DOENÇAS DSTs SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS? SÃO DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS, FUNGOS, PROTOZOÁRIOS E BACTÉRIAS TRANSMITIDOS DURANTE O ATO

Leia mais

Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST

Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST Fotos Cancro duro (Sífilis) - causada pela bactéria Treponema pallidum. Lesão localizada no pênis (glande) Lesão localizada na vulva (grandes lábios) Pode ser transmitida pela placenta materna e por transfusão

Leia mais

Graduação em Biologia (PUC/MG).

Graduação em Biologia (PUC/MG). Pós graduação em Ciências Ambientais (PUC/MG). Graduação em Biologia (PUC/MG). Professor de biologia, ambientalista e orientador de cursos no SENAC/MG DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS DSTs. AGENDA 2

Leia mais

CIÊNCIAS EJA 5ª FASE PROF.ª SARAH DOS SANTOS PROF. SILONE GUIMARÃES

CIÊNCIAS EJA 5ª FASE PROF.ª SARAH DOS SANTOS PROF. SILONE GUIMARÃES CIÊNCIAS EJA 5ª FASE PROF.ª SARAH DOS SANTOS PROF. SILONE GUIMARÃES CONTEÚDOS E HABILIDADES Unidade II Ser Humano e Saúde 2 CONTEÚDOS E HABILIDADES Aula 11.2 Conteúdo Doenças Sexualmente Transmissíveis

Leia mais

CIÊNCIAS EJA 5ª FASE PROF.ª SARAH DOS SANTOS PROF. SILONE GUIMARÃES

CIÊNCIAS EJA 5ª FASE PROF.ª SARAH DOS SANTOS PROF. SILONE GUIMARÃES CIÊNCIAS EJA 5ª FASE PROF.ª SARAH DOS SANTOS PROF. SILONE GUIMARÃES REVISÃO DOS CONTEÚDOS Unidade II Ser Humano e Saúde 2 REVISÃO DOS CONTEÚDOS Aula 13 Revisão e Avaliação 3 REVISÃO 1 O sistema reprodutor

Leia mais

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS Saber se proteger ou identificar quando o corpo apresenta sinais de anormalidade pode evitar a transmissão ou complicação das doenças. O procedimento mais indicado para

Leia mais

BIOLOGIA ENSINO MÉDIO PROF. SILONE GUIMARÃES 2 ANO PROF ª. SARAH SANTOS

BIOLOGIA ENSINO MÉDIO PROF. SILONE GUIMARÃES 2 ANO PROF ª. SARAH SANTOS BIOLOGIA 2 ANO PROF ª. SARAH SANTOS ENSINO MÉDIO PROF. SILONE GUIMARÃES CONTEÚDOS E HABILIDADES Unidade II Vida e Ambiente 2 CONTEÚDOS E HABILIDADES Aula 7.2 Conteúdo Doenças sexualmente transmissiveis

Leia mais

SÍFILIS MATERIAL DE APOIO.

SÍFILIS MATERIAL DE APOIO. SÍFILIS MATERIAL DE APOIO www.hilab.com.br Segundo o Ministério da Saúde, a sífilis, em sua forma adquirida, teve um crescimento de 5.174% entre 2010 e 2015. A forma congênita, transmitida da mãe para

Leia mais

Cancro mole: também chamada de cancro venéreo, popularmente é conhecida como cavalo. Manifesta-se através de feridas dolorosas com base mole.

Cancro mole: também chamada de cancro venéreo, popularmente é conhecida como cavalo. Manifesta-se através de feridas dolorosas com base mole. As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) são causadas por vários tipos de agentes. São transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso de camisinha, com uma pessoa que esteja infectada e,

Leia mais

O MAIOR RISCO É... ACHARMOS QUE NÃO CORREMOS RISCOS! Tiemi Arakawa

O MAIOR RISCO É... ACHARMOS QUE NÃO CORREMOS RISCOS! Tiemi Arakawa O MAIOR RISCO É... ACHARMOS QUE NÃO CORREMOS RISCOS! Tiemi Arakawa Enfermeira, Doutora em Ciências Membro do GEOTB e do GEO-HIV/aids Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto Quais imagens temos do HIV? O

Leia mais

AIDS& Na folia. //// Saúde corporativa. Paraná. o importante é curtir cada momento com segurança, consciência e alegria.

AIDS& Na folia. //// Saúde corporativa. Paraná. o importante é curtir cada momento com segurança, consciência e alegria. ////////////////////////////////// AIDS& hepatites //// Saúde corporativa Especial Carnaval // Na folia ou na calmaria o importante é curtir cada momento com segurança, consciência e alegria. Paraná AIDS/

Leia mais

Capítulo 31: Reprodução e embriologia humana

Capítulo 31: Reprodução e embriologia humana Capítulo 31: Reprodução e embriologia humana Organização do material genético no núcleo Organização do material genético no núcleo Organização do material genético no núcleo 1.Gametogênese É o processo

Leia mais

Tratamento (Coquetel Anti- HIV)

Tratamento (Coquetel Anti- HIV) VIROSES 1 2 Tratamento (Coquetel Anti- HIV) inibidores da transcriptase reversa inibidores de protease inibidores de fusão OBS.: Apesar de agirem de formas diferentes, todos os medicamentos impedem a reprodução

Leia mais

18/04/2017. a) Treponema pallidum. b) Chlamydia trachomatis. c) Trichomonas Donne. d) Neisseria gonorrheae.

18/04/2017. a) Treponema pallidum. b) Chlamydia trachomatis. c) Trichomonas Donne. d) Neisseria gonorrheae. 1 (2017 - CS-UFG UFG) No Brasil, a prevalência de sífilis em gestantes é de 1,6%. É uma doença de transmissão sexual ou materno-fetal com caráter sistêmico e de evolução crônica. Em mulheres grávidas,

Leia mais

A HISTÓRIA SE REPETE CASO

A HISTÓRIA SE REPETE CASO A HISTÓRIA SE REPETE CASO PARTE 1 Nelson, 17 anos, estudante, está interessado em Verônica, 16 anos, que resiste a "ficar" com ele porque quer um relacionamento mais sério. O comentário na escola é que

Leia mais

Sobre doenças sexualmente transmissíveis

Sobre doenças sexualmente transmissíveis FICHA DE INFORMAÇÃO Sobre doenças sexualmente transmissíveis As infecções sexualmente transmissíveis (STI s, abreviatura em inglês para Sexually Transmitted Infections (Infecções Sexualmente Transmissíveis)

Leia mais

ÍNDICE DE INFECÇÃO POR SÍFILIS EM MULHERES NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA M.G. Introdução

ÍNDICE DE INFECÇÃO POR SÍFILIS EM MULHERES NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA M.G. Introdução ANAIS IX SIMPAC 239 ÍNDICE DE INFECÇÃO POR SÍFILIS EM MULHERES NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA M.G Fernanda Maria Brandão 2, Carla Alcon Tranin 3 Resumo: Este estudo objetivou demonstrar os índices de sífilis em

Leia mais

Informação é a melhor proteção. AIDS

Informação é a melhor proteção. AIDS Informação é a melhor proteção. AIDS AIDS A AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) atinge indiscriminadamente homens e mulheres e tem assumido proporções assustadoras desde a notificação dos primeiros

Leia mais

II SIEPS XX ENFERMAIO I MOSTRA DO INTERNATO EM ENFERMAGEM PRODUÇÃO DO CUIDADO AOS IDOSOS COM HIV/AIDS

II SIEPS XX ENFERMAIO I MOSTRA DO INTERNATO EM ENFERMAGEM PRODUÇÃO DO CUIDADO AOS IDOSOS COM HIV/AIDS II SIEPS XX ENFERMAIO I MOSTRA DO INTERNATO EM ENFERMAGEM Fortaleza - CE 23 a 25 de Maio de 2016 PRODUÇÃO DO CUIDADO AOS IDOSOS COM HIV/AIDS Monalisa Rodrigues da Cruz 1 Diego da Silva Medeiros 2 Maria

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. OUTRAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 6. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. OUTRAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 6. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 6 Profª. Tatiane da Silva Campos Herpes Simples Lesões de membranas mucosas e pele, ao redor da cavidade oral (herpes orolabial vírus tipo 1) e da genitália

Leia mais

DST - Proteja Sua Saúde

DST - Proteja Sua Saúde DST - Proteja Sua Saúde Adsense1 O sexo é importante na nossa vida. Ele nos dá prazer e, às vezes, filhos. Sexo é sinal de saúde, permite demonstrar carinho e confiança. Existem, entretanto, inimigos de

Leia mais

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 1. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 1. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 1 Profª. Lívia Bahia pública; Doenças Sexualmente Transmissíveis Anatomia e Fisiologia do Sistema Reprodutor Feminino As Doenças Sexualmente

Leia mais

IMPORTÂNCIA DO FÍGADO

IMPORTÂNCIA DO FÍGADO HEPATITES VIRAIS PROGRAMA MUNICIPAL DE HEPATITES VIRAIS CENTRO DE CONTROLE DE DOENÇAS (CCD) COORDENADORIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE (COVISA) SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE IMPORTÂNCIA DO FÍGADO O fígado é

Leia mais

Guia de Saúde da Reprodução

Guia de Saúde da Reprodução Guia de Saúde da Reprodução Este Guia vai fornecer-te informação acerca de dois assuntos: (a) Controlo de Natalidade / Contracepção (b) VIH e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) Nota: Este

Leia mais

VAMOS FALAR SOBRE HEPATITE

VAMOS FALAR SOBRE HEPATITE VAMOS FALAR SOBRE HEPATITE HEPATITE É uma inflamação do fígado provocada, na maioria das vezes, por um vírus. Diferentes tipos de vírus podem provocar a doença, que se caracteriza por febre, icterícia

Leia mais

Doenças causadas por vírus. Professora: Elyka Fernanda

Doenças causadas por vírus. Professora: Elyka Fernanda Doenças causadas por vírus Professora: Elyka Fernanda Herpes labial Transmissão Causador: HSV 1 (vírus do herpes simples tipo 1) Sintomas A infecção inicial pode não causar sintomas ou surgimento de bolhas

Leia mais

INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA A SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DA PARAÍBA

INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA A SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DA PARAÍBA INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA A SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DA PARAÍBA Ana Beatriz Gondim (1), Gustavo Vasconcelos (1), Marcelo Italiano Peixoto (1) e Mariana Segundo Medeiros (1), Ezymar Gomes Cayana

Leia mais

TABELA 1 LISTA CID-10 Sífilis congênita Sífilis precoce Outras sífilis

TABELA 1 LISTA CID-10 Sífilis congênita Sífilis precoce Outras sífilis O Boletim de Maio/2018 apresentou o Capítulo II do CID 10, no que diz respeito às neoplasias (tumores) que afetam somente ou predominantemente as mulheres, como o câncer de mama, por exemplo, na região

Leia mais

Ainda que os tratamentos e a vasta quantidade de informação tenham sido facilitados de

Ainda que os tratamentos e a vasta quantidade de informação tenham sido facilitados de 10 verdades sobre a AIDs que ninguém vai te contar Mesmo com os avanços da ciência, da tecnologia, da medicina e da indústria de remédios, o mundo ainda não conseguiu se livrar da Aids. Matéria publicada

Leia mais

BOLETIM INFORMATIVO nº 02 - CIPA 2016/2017. O que são DST?

BOLETIM INFORMATIVO nº 02 - CIPA 2016/2017. O que são DST? BOLETIM INFORMATIVO nº 02 - CIPA 2016/2017 Novembro de 2016 - Orientações Gerais O que são DST? As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso

Leia mais

Biologia. Qualidade de Vida das Populações Humanas. DST s e Métodos Contraceptivos Parte 2. Prof. Daniele Duó

Biologia. Qualidade de Vida das Populações Humanas. DST s e Métodos Contraceptivos Parte 2. Prof. Daniele Duó Biologia Qualidade de Vida das Populações Humanas Parte 2 Prof. Daniele Duó Preservativo masculino É o único método contraceptivo que evita o contágio das DST s (Doenças Sexualmente Transmissíveis). Doenças

Leia mais

Anexo 15. Doenças sexualmente transmissíveis

Anexo 15. Doenças sexualmente transmissíveis Anexo 15 Doenças sexualmente transmissíveis 1. Hepatite B Infecção das células hepáticas (fígado) pelo Vírus da Hepatite B pode ser infecção inaparente e subclínica (sem sintomas) até progressiva e fatal.

Leia mais

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 2. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 2. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 2 Profª. Lívia Bahia Sífilis Agente Etiológico: Treponema pallidum Morfologicamente o Treponema pallidum é uma bactéria espiral fina

Leia mais

Atualmente, cerca de 5% de todos os cânceres do homem e 10% dos da. mulher são causados pelo HPV, que atinge mais de 630 milhões de pessoas

Atualmente, cerca de 5% de todos os cânceres do homem e 10% dos da. mulher são causados pelo HPV, que atinge mais de 630 milhões de pessoas Perguntas e respostas sobre a vacinação contra o HPV Última atualização: Dez/2017 1) O HPV é perigoso? A vacina é mesmo necessária? Atualmente, cerca de 5% de todos os cânceres do homem e 10% dos da mulher

Leia mais

AIDS/HIV E SÍFILIS: A VULNERABILIDADE DA SOCIEDADE ÀS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE SÃO LUIZ GONZAGA R/S 1

AIDS/HIV E SÍFILIS: A VULNERABILIDADE DA SOCIEDADE ÀS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE SÃO LUIZ GONZAGA R/S 1 AIDS/HIV E SÍFILIS: A VULNERABILIDADE DA SOCIEDADE ÀS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE SÃO LUIZ GONZAGA R/S 1 Marilse Ribeiro Neves 2, Thaís De Matos Trindade 3, Ana

Leia mais

Educa teu filho no caminho que deve andar, e quando grande não se desviará dele Prov.22.6 Turma: 9º Ano

Educa teu filho no caminho que deve andar, e quando grande não se desviará dele Prov.22.6 Turma: 9º Ano Matemática 1ª) A tabela a seguir mostra a evolução da receita bruta anual nos três últimos anos de cinco microempresas (ME) que se encontram à venda. Um investidor deseja comprar duas das empresas listadas

Leia mais

ANÁLISE DA POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS ACOMETIDA PELA AIDS NO ESTADO DA PARAÍBA NO PERÍODO DE 2008 A 2012

ANÁLISE DA POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS ACOMETIDA PELA AIDS NO ESTADO DA PARAÍBA NO PERÍODO DE 2008 A 2012 ANÁLISE DA POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS ACOMETIDA PELA AIDS NO ESTADO DA PARAÍBA NO PERÍODO DE 2008 A 2012 Janine Florêncio de Souza 1 Débora Nogueira Tavares 2 Hortência Alves Soares 2 Thalyta Francisca

Leia mais

Afinal, o. que é isso

Afinal, o. que é isso HEPATITES VIRAIS? Afinal, o Hepatites são um grupo de doenças caracterizadas por uma inflamação das células do fígado. Elas podem ser causadas por agressões de agentes tóxicos, como o álcool, (e) medicamentos

Leia mais

DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS

DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS Colégio Energia Barreiros 1º Ano Professor João DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS Arboviroses (transmitidas por artrópodes) DENGUE Agente etiológico: flavivírus; Vetor: mosquito Aedes aegypti (principal); Transmissão:

Leia mais

Vírus do Papiloma Humanos (HPV) DSR-

Vírus do Papiloma Humanos (HPV) DSR- Vírus do Papiloma Humanos (HPV) O que é o HPV? O HPV é um vírus frequente nos humanos, responsável pela formação de lesões chamadas papilomas. Existem diferentes tipos de HPV Alguns podem infectar a zona

Leia mais

Questionário. Para a concretização dos objectivos referidos, solicita-se a sua colaboração no preenchimento do seguinte questionário.

Questionário. Para a concretização dos objectivos referidos, solicita-se a sua colaboração no preenchimento do seguinte questionário. Questionário Eu, Sónia Manuela da Silva Pinto, aluna do 4º ano da Licenciatura em Enfermagem da Universidade Fernando Pessoa, encontro-me a realizar uma investigação Conhecimentos e Comportamentos face

Leia mais

Introdução. Parte do Trabalho de Conclusão de Curso do Primeiro Autor. 2

Introdução. Parte do Trabalho de Conclusão de Curso do Primeiro Autor. 2 399 IMPLANTAÇÃO DA VACINAÇÃO CONTRA O PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) NA POPULAÇÃO FEMININA EM IDADE FÉRTIL: PERSPECTIVAS DE DIMINUIÇÃO DA INCIDÊNCIA DE CASOS DE CÂNCER DE COLO DO ÚTERO 1 Kelen Lopes Da Silva

Leia mais

Brasil registra queda na transmissão da Aids de mãe para filho

Brasil registra queda na transmissão da Aids de mãe para filho Brasil registra queda na transmissão da Aids de mãe para filho A taxa de detecção em menores de cinco anos caiu 36% nos últimos seis anos. Boletim epidemiológico indica que 827 mil pessoas vivam com HIV/Aids

Leia mais

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DOS IDOSOS COM HIV/AIDS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

Leia mais

Edital Pibid n 11 /2012 CAPES PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA - PIBID. Plano de Atividades (PIBID/UNESPAR)

Edital Pibid n 11 /2012 CAPES PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA - PIBID. Plano de Atividades (PIBID/UNESPAR) Edital Pibid n 11 /2012 CAPES PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA - PIBID Plano de Atividades (PIBID/UNESPAR) Tipo do produto: Plano de Atividade. 1 IDENTIFICAÇÃO NOME DO SUBPROJETO:

Leia mais

IV CONCURSO DE REDAÇÃO. HPV e Câncer e EU com isso? Agosto, 2016.

IV CONCURSO DE REDAÇÃO. HPV e Câncer e EU com isso? Agosto, 2016. IV CONCURSO DE REDAÇÃO HPV e Câncer e EU com isso? Agosto, 2016. TEMA OBJETIVO PÚBLICO ALVO HPV e câncer, e eu com isso? Auxiliar os professores das escolas participantes a sensibilizar e educar seus alunos

Leia mais

Hepatites. Introdução

Hepatites. Introdução Hepatites Introdução As hepatites virais são importantes causas de morbidade e mortalidade em todo mundo. As hepatites B e C são etiologias de grande relevância na população com cirrose hepática, sendo

Leia mais

TÍTULO: AUTORES: INSTITUIÇÃO ÁREA TEMÁTICA INTRODUÇÃO

TÍTULO: AUTORES:   INSTITUIÇÃO ÁREA TEMÁTICA INTRODUÇÃO TÍTULO: NECESSIDADES EDUCATIVAS DE ESTUDANTES DE 7 A E 8 A SÉRIES DE UMA ESCOLA PÚBLICA SOBRE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS AUTORES: Aline Salmito Frota, Luciana Soares Borba, Débora Silva Melo, José

Leia mais

Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e o HIV

Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e o HIV 1 Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e o HIV O que é uma DST? Doenças Sexualmente transmissíveis (DSTs) são infecções que podem ser passadas de uma pessoas para outra através do sexo vaginal, anal

Leia mais

ATUALIZAÇÃO DO CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO

ATUALIZAÇÃO DO CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO ATUALIZAÇÃO DO CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO 2017 Seis vacinas terão seu público-alvo ampliado em 2017 Hepatite A: crianças Tetra Viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela): crianças Meningocócica C: crianças

Leia mais

EPIDEMIOLOGIA E ESTRATÉGIAS DE CONTROLE DE DST NO BRASIL EPIDEMIOLOGY AND STD CONTROL STRATEGIES IN BRAZIL

EPIDEMIOLOGIA E ESTRATÉGIAS DE CONTROLE DE DST NO BRASIL EPIDEMIOLOGY AND STD CONTROL STRATEGIES IN BRAZIL EPIDEMIOLOGIA E ESTRATÉGIAS DE CONTROLE DE DST NO BRASIL EPIDEMIOLOGY AND STD CONTROL STRATEGIES IN BRAZIL Adriana dos Santos ALVES; Edith de Carcia Pontes A. de AZEVEDO; Manuela Barbosa GALVÃO; Rowse

Leia mais

12 formas. Em Clube de Compras Dallas, vemos. uma infecção por HIV. de evitar

12 formas. Em Clube de Compras Dallas, vemos. uma infecção por HIV. de evitar 12 formas de evitar uma infecção por HIV Apesar de parecer uma condição sem saída, é possível se prevenir da AIDS e saiba: dá para conviver muito bem com a doença texto LARISSA MARUYAMA Tanto homens quanto

Leia mais

INFECÇÕES. Prof. Dr. Olavo Egídio Alioto

INFECÇÕES. Prof. Dr. Olavo Egídio Alioto INFECÇÕES Prof. Dr. Olavo Egídio Alioto Definição É a colonização de um organismo hospedeiro por uma espécie estranha. Numa infecção, o organismo infectante procura utilizar os recursos do hospedeiro para

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM HIV NO BRASIL NA DÉCADA

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM HIV NO BRASIL NA DÉCADA PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM HIV NO BRASIL NA DÉCADA 2006-2015. Introdução: João Paulo Teixeira da Silva (1); Augusto Catarino Barbosa (2). (1) Universidade Federal do Rio Grande

Leia mais

PREVALÊNCIA DE HIV/AIDS EM IDOSOS NO NORDESTE BRASILEIRO: UM ESTUDO EPIDEMIOLOGICO

PREVALÊNCIA DE HIV/AIDS EM IDOSOS NO NORDESTE BRASILEIRO: UM ESTUDO EPIDEMIOLOGICO PREVALÊNCIA DE HIV/AIDS EM IDOSOS NO NORDESTE BRASILEIRO: UM ESTUDO EPIDEMIOLOGICO Cristiane Silva França 1 ; Tácila Thamires de Melo Santos 2 ; Gleycielle Alexandre Cavalcante 2 ; Emília Natali Cruz Duarte³;

Leia mais

A PREVENÇÃO. faz a diferença CANCRO DO COLO DO ÚTERO. #4 Junho de 2016 Serviços Sociais da CGD

A PREVENÇÃO. faz a diferença CANCRO DO COLO DO ÚTERO. #4 Junho de 2016 Serviços Sociais da CGD Todas as mulheres que alguma vez tenham tido relações sexuais estão em risco de ter cancro do colo do útero. É causado pelo Papilomavírus Humano (HPV). É mais frequente a partir dos 30 anos O Cancro do

Leia mais

VIROSES...as doenças causadas pelos vírus

VIROSES...as doenças causadas pelos vírus VIROSES..as doenças causadas pelos vírus VIROSES ASSOCIADAS À PELE ASSOCIADAS AO SISTEMA NERVOSO ASSOCIADAS AOS SISTEMAS CARDIOVASCULAR E LINFÁTICO ASSOCIADAS AOS SISTEMAS DIGESTÓRIO ASSOCIADAS AO SISTEMA

Leia mais

Assistência do Enfermeiro no Tratamento da Sífilis

Assistência do Enfermeiro no Tratamento da Sífilis Assistência do Enfermeiro no Tratamento da Sífilis SILVA, Luziane Brito da; VIEIRA, Elisangela de Freitas SILVA, Luziane Brito da; VIEIRA, Elisangela de Freitas. Assistência do Enfermeiro no Tratamento

Leia mais

Escolaridade. Escolaridade 0,00% 0%

Escolaridade. Escolaridade 0,00% 0% 61 Para Berquó (2000, p. 249-250) a diferença de parcerias eventuais entre sexos é resultante de visões distintas sobre o significado das relações afetivo-sexuais. Nesse sentido a sexualidade feminina

Leia mais

RETROSPECTO DO COMPORTAMENTO DE RISCO À AIDS EM RONDÔNIA NO PERIODO DE

RETROSPECTO DO COMPORTAMENTO DE RISCO À AIDS EM RONDÔNIA NO PERIODO DE I ENCONTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA RETROSPECTO DO COMPORTAMENTO DE RISCO À AIDS EM RONDÔNIA NO PERIODO DE 1987-2013 DÊNIS FRANCISCO ROQUE PEREIRA 1, Dra. DEUSILENE SOUZA VIEIRA 2 INTRODUÇÃO A AIDS Síndrome

Leia mais

da Saúde, 2 Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Instituto de Ciências

da Saúde,   2 Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Instituto de Ciências ESTRATÉGIA EDUCATIVA SOBRE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEL: TECNOLOGIA PARA PESSOAS SURDAS Maria Gleiciane Gomes Jorge 1, Paula Marciana Pinheiro de Oliveira 2 Resumo: Objetivou-se identificar

Leia mais

HEPATITES VIRAIS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM IDOSOS: BRASIL, NORDESTE E PARAÍBA

HEPATITES VIRAIS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM IDOSOS: BRASIL, NORDESTE E PARAÍBA HEPATITES VIRAIS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM IDOSOS: BRASIL, NORDESTE E PARAÍBA Larissa Ferreira de Araújo Paz (1); Larissa dos Santos Sousa (1) Polyana Cândido de Andrade (2); Gilson Vasco da Silva

Leia mais

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: CONHECIMENTOS DOS IDOSOS SOBRE O HIV/AIDS. Gerardi AF, Almeida JB

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: CONHECIMENTOS DOS IDOSOS SOBRE O HIV/AIDS. Gerardi AF, Almeida JB REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: CONHECIMENTOS DOS IDOSOS SOBRE O HIV/AIDS Gerardi AF, Almeida JB Universidade do Vale do Paraíba, Faculdade Ciências da Saúde, Av; Shishima Hifumi. 2911, Urbanova São José dos Campos

Leia mais

HPV PAPILOMA VÍRUS HUMANO A Conscientização, Prevenção e as Dificuldades do Diagnóstico

HPV PAPILOMA VÍRUS HUMANO A Conscientização, Prevenção e as Dificuldades do Diagnóstico HPV PAPILOMA VÍRUS HUMANO A Conscientização, Prevenção e as Dificuldades do Diagnóstico Letícia Mariana de Santana 1, Francis Widman H. Roito Obara 2, Renato Nogueira Pérez Avila 3. RESUMO Será abordado

Leia mais

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO INICIAL - MULHER VIH POSITIVO

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO INICIAL - MULHER VIH POSITIVO INSTRUÇÕES PARA A EQUIPA DO ESTUDO: Após inscrição no estudo, os participantes devem preencher este questionário de avaliação inicial. Certifique-se de que é distribuído o questionário adequado. Após o

Leia mais

Tema Sífilis Congênita

Tema Sífilis Congênita Tema Sífilis Congênita Palestrante Maria Ignez Estades Bertelli médica pediatra e diretora da Divisão de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde de Caxias do Sul Importância A transmissão

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico O QUE É? HPV é a sigla em inglês para papilomavírus humano. É um vírus de grande relevância médica pelo fato de estar relacionado a praticamente 100% dos casos de câncer de colo do útero (um dos tipos

Leia mais

OS VÍRUS E A NOSSA SAÚDE PROFESSOR: NIXON REIS 7º ANO CAP. 6 (PÁG. 68)

OS VÍRUS E A NOSSA SAÚDE PROFESSOR: NIXON REIS 7º ANO CAP. 6 (PÁG. 68) OS VÍRUS E A NOSSA SAÚDE PROFESSOR: NIXON REIS 7º ANO CAP. 6 (PÁG. 68) COMO SÃO OS VÍRUS (PÁG. 69) SERES ACELULARES ( NÃO SÃO FORMADOS POR CELULAS); SEM METABOLISMO PRÓPRIO (PRECISAM ESTÁ EM UMA CÉLULA

Leia mais

Febre Amarela: O que você precisa saber sobre a doença

Febre Amarela: O que você precisa saber sobre a doença Febre Amarela: O que você precisa saber sobre a doença A febre amarela vem preocupando a sociedade brasileira. O número de casos no Brasil é o maior desde 1980. A OMS (Organização Mundial de Saúde) incluiu

Leia mais

Perfil das mulheres que realizaram a coleta de citologia oncótica no 1ºsem na Clínica da Unaerp.

Perfil das mulheres que realizaram a coleta de citologia oncótica no 1ºsem na Clínica da Unaerp. SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ Perfil das mulheres que realizaram a coleta de citologia oncótica no 1ºsem. 2011 na Clínica da Unaerp. Kelly Cristina do Nascimento

Leia mais

Métodos contracetivos ou anticoncecionais são meios utilizados para evitar uma gravidez não desejada. A contraceção atua de três formas:

Métodos contracetivos ou anticoncecionais são meios utilizados para evitar uma gravidez não desejada. A contraceção atua de três formas: O tema do nosso trabalho é Métodos Contracetivos. Foi-nos proposto pelo professor de Ciências Naturais a propósito dos assuntos leccionados nas aulas, referentes à Sexualidade. O que se pretende com o

Leia mais

Saúde da Mulher Prof. Hygor Elias

Saúde da Mulher Prof. Hygor Elias Saúde da Mulher Prof. Hygor Elias Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TCE PA Prova: Auditor de Controle Externo Área Administrativa Enfermagem Comrelaçãoàassistênciadeenfermagemnaatençãobásicaàgestantenoprénatal

Leia mais

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO INICIAL - MULHER VIH NEGATIVO

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO INICIAL - MULHER VIH NEGATIVO INSTRUÇÕES PARA A EQUIPA DO ESTUDO: Após inscrição no estudo, os participantes devem preencher este questionário de avaliação inicial. Certifique-se de que é distribuído o questionário adequado. Após o

Leia mais

Abordagem Sindrômica das DSTs. Prof. Dr. Valdes Roberto Bollela

Abordagem Sindrômica das DSTs. Prof. Dr. Valdes Roberto Bollela Abordagem Sindrômica das DSTs Prof. Dr. Valdes Roberto Bollela Abordagem Sindrômica das DSTs Abordagem Sindrômica das DSTs Atendendo DSTs AIDS DSTs Abordagem Sindrômica: Úlceras genitais (sífilis, cancro

Leia mais

TÍTULO: INCIDÊNCIA DE AIDS NA POPULAÇÃO DE 50 ANOS OU MAIS EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP, NO PERÍODO DE 2003 A 2013

TÍTULO: INCIDÊNCIA DE AIDS NA POPULAÇÃO DE 50 ANOS OU MAIS EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP, NO PERÍODO DE 2003 A 2013 TÍTULO: INCIDÊNCIA DE AIDS NA POPULAÇÃO DE 50 ANOS OU MAIS EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP, NO PERÍODO DE 2003 A 2013 CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: MEDICINA INSTITUIÇÃO: FACULDADE

Leia mais

OS VÍRUS. Um Caso à Parte

OS VÍRUS. Um Caso à Parte OS VÍRUS Um Caso à Parte CARACTERÍSTICAS São extremamente pequenos (medem menos que 0,2 um) e acelulares São considerados como a nova descoberta de seres vivos, porém possuem muitas características de

Leia mais

CASOS DE HIV/AIDS NA TERCEIRA IDADE NO MUNICÍPIO DE MACEIÓ NO PERÍODO DE 2004 Á 2014

CASOS DE HIV/AIDS NA TERCEIRA IDADE NO MUNICÍPIO DE MACEIÓ NO PERÍODO DE 2004 Á 2014 CASOS DE HIV/AIDS NA TERCEIRA IDADE NO MUNICÍPIO DE MACEIÓ NO PERÍODO DE 2004 Á 2014 Priscila de Oliveira Cabral Melo; Sandra Barbosa Araújo; Hilda Rafaelle Costa. RESUMO Faculdade Estácio de Alagoas,

Leia mais

Aula 4 Seres Vivos. Prof Lucas Enes. Vírus I Características Gerais SÓ EU SEI O QUE VAI CAIR NA PROVA!

Aula 4 Seres Vivos. Prof Lucas Enes. Vírus I Características Gerais SÓ EU SEI O QUE VAI CAIR NA PROVA! Biologia C Aula 4 Seres Vivos Vírus I Características Gerais Prof Lucas Enes Lembrando da aula passada... Sistemática Filogenética Filogenia Cladograma Conceitos Vírus Histórico 1886 Adolf Mayer doença

Leia mais

Questionário. O tempo previsto para o preenchimento do questionário é de 10 minutos.

Questionário. O tempo previsto para o preenchimento do questionário é de 10 minutos. Questionário Rita Mafalda Rodrigues de Matos, a frequentar o 4º ano da Licenciatura em Enfermagem da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa, encontra-se a elaborar o Projecto de

Leia mais

HIV/AIDS and the road transport sector

HIV/AIDS and the road transport sector Apresentação 1 HIV/AIDS and the road transport sector VIH e SIDA e o sector do transporte rodoviário Compreender o VIH e a SIDA VIH e SIDA VIH: Vírus da Imunodeficiência Humana SIDA: Síndrome da Imunodeficiência

Leia mais

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 20. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 20. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA Parte 20 Profª. Lívia Bahia Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) no âmbito da Atenção Básica As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) estão entre os

Leia mais

Meningite: O que você PRECISA SABER

Meningite: O que você PRECISA SABER SUBS ECRE TARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E AMBIENTAL COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DIVISÃO DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS E IMONUPREVENÍVEIS GERÊNCIA DE

Leia mais

Agente etiológico. Leishmania brasiliensis

Agente etiológico. Leishmania brasiliensis Leishmaniose Agente etiológico A leishmaniose é causada por protozoários flagelados chamados Leishmania brasiliensis e Leishmania chagasi, que invadem e se reproduzem dentro das células que fazem parte

Leia mais

ENFERMAGEM. Doenças Infecciosas e Parasitárias. Hepatites Aula 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM. Doenças Infecciosas e Parasitárias. Hepatites Aula 1. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM Doenças Infecciosas e Parasitárias Hepatites Aula 1 Profª. Tatiane da Silva Campos degeneração do fígado = vírus atacam o fígado quando parasitam suas células para reprodução. Fonte: www.google.com.br/imagens

Leia mais

Curso de Emergências e Urgências Ginecológicas. Abordagem Sindrômica das Doenças Sexualmente Transmissívies

Curso de Emergências e Urgências Ginecológicas. Abordagem Sindrômica das Doenças Sexualmente Transmissívies Curso de Emergências e Urgências Ginecológicas Abordagem Sindrômica das Doenças Sexualmente Transmissívies Introdução 340 milhões de novos casos por ano de DST s curáveis no mundo. 10 a 12 milhões no Brasil

Leia mais

HPV - Perguntas e respostas mais freqüentes Sáb, 01 de Janeiro de :16 - Última atualização Qui, 13 de Janeiro de :02

HPV - Perguntas e respostas mais freqüentes Sáb, 01 de Janeiro de :16 - Última atualização Qui, 13 de Janeiro de :02 Autor: Inca - Instituto Nacional do Câncer. Veiculação: www.inca.gov.br O que é HPV? Os papilomavírus humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae, capazes de induzir lesões de pele ou mucosa, as quais

Leia mais

TÍTULO: ASSISTÊNCIA BÁSICA NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS CRÔNICAS ATRAVÉS DO PAPANICOLAU

TÍTULO: ASSISTÊNCIA BÁSICA NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS CRÔNICAS ATRAVÉS DO PAPANICOLAU Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: ASSISTÊNCIA BÁSICA NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS CRÔNICAS ATRAVÉS DO PAPANICOLAU CATEGORIA: EM ANDAMENTO

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Estratégia de Saúde da Família, Câncer de colo uterino, Saúde da Família, Exame de prevenção e Colpocitologia.

PALAVRAS-CHAVE: Estratégia de Saúde da Família, Câncer de colo uterino, Saúde da Família, Exame de prevenção e Colpocitologia. Câncer de colo uterino: análise de exames colpocitopatológicos realizados no ano de 2009 em uma Unidade Básica de Atenção à Saúde da Família, em Goiânia, Goiás, Brasil. MARTINS, Ana Carolina Sulino¹; ARRAIS,

Leia mais

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

OBJETIVOS ESPECÍFICOS: PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: CONHECER PARA PREVENIR AUTORAS: PROFESSORA DOUTORA SIMONE BENGHI PINTO; PROFESSORA DOUTORA MARIVONE VALENTIM ZABOTT UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS PALOTINA Resumo:

Leia mais

Sarampo. Transmissão Sintomas Tratamento Vacinação e Prevenção

Sarampo. Transmissão Sintomas Tratamento Vacinação e Prevenção Sarampo Transmissão Sintomas Tratamento Vacinação e Prevenção O que é O Sarampo é uma doença grave, causada por vírus e extremamente contagiosa. Como ocorre a transmissão: De forma direta, de pessoa para

Leia mais

Adolescentes: Vulnerabilidades e Potencialidades no Contexto das DST/AIDS

Adolescentes: Vulnerabilidades e Potencialidades no Contexto das DST/AIDS Adolescentes: Vulnerabilidades e Potencialidades no Contexto das DST/AIDS PROGRAMA MUNICIPAL DE DST/AIDS E HEPATITES VIRAIS São Caetano do Sul Alexandre Yamaçake Número de jovens com HIV cresce no Brasil.

Leia mais

Carmem Lúcia de Arroxelas Silva; Steófanes Alves Candido; Alessandro Cesar Bernardino; Layanne Kelly Gomes Angelo; Olagide Wagner de Castro.

Carmem Lúcia de Arroxelas Silva; Steófanes Alves Candido; Alessandro Cesar Bernardino; Layanne Kelly Gomes Angelo; Olagide Wagner de Castro. IMPORTÂNCIA DA ESCOLA NO CONHECIMENTO EMPÍRICO SOBRE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS: PROMOÇÃO DA SAÚDE NA REDE PÚBLICA DE ENSINO Carmem Lúcia de Arroxelas Silva; Steófanes

Leia mais

AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UMA REDE PÚBLICA DE ENSINO SOBRE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DSTs)

AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UMA REDE PÚBLICA DE ENSINO SOBRE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DSTs) AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UMA REDE PÚBLICA DE ENSINO SOBRE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DSTs) Danielle Feijó de Moura (1); Cleciana Maristela de Souza (1); Glória Félix de Brito (1); Indira Maria

Leia mais

Profº Me. Fernando Belan

Profº Me. Fernando Belan Profº Me. Fernando Belan Todos os métodos tem por função evitar a gravidez. A atvidade sexual é da natureza humana, e por isso, os métodos contraceptvos foram inventados para permitr que ocorra a atvidade

Leia mais

Tudo_dentro_cartilha_curvas.qxd:Layout :44 Page 1

Tudo_dentro_cartilha_curvas.qxd:Layout :44 Page 1 Tudo_dentro_cartilha_curvas.qxd:Layout 1 15.10.10 14:44 Page 1 Tudo_dentro_cartilha_curvas.qxd:Layout 1 15.10.10 14:44 Page 2 Produção: Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA) Av. Presidente

Leia mais