ZONEAMENTO AGRÁRIO A NÍVEL NACIONAL

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1 REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE ZONEAMENTO AGRÁRIO A NÍVEL NACIONAL [RELATÓRIO DO EXERCÍCIO DE VALIDAÇÃO DE RESULTADOS DE TERRA DISPONÍVEL PARA GRANDES INVESTIMENTOS A NÍVEL LOCAL] DEZEMBRO, 2008

2 INDICE: 1 INTRODUÇÃO OBJECTIVOS METODOLOGIA TRABALHO DE GABINETE TESTE E PADRONIZAÇÃO DA METODOLOGIA TRABALHO DE CAMPO Visita aos Distritos RESULTADOS CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ANEXO I: CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO ANEXO II: MAPAS DE TERRA DISPONÍVEL E RESPECTIVAS TABELAS ANEXO III: RELATÓRIO DAS VISITAS ÀS PROVÍNCIAS I. RELATÓRIO DE TRABALHO SOBRE IDENTIFICAÇÃO DE TERRAS DISPONÍVEIS PARA ACTIVIDADES AGRÁRIAS NA PROVÍNCIA DE CABO DELGADO II. RELATÓRIO DO TRABALHO DE VALIDAÇÃO DA PROPOSTA DE ZONEAMENTO AGRÁRIO DA PROVÍNCIA DE NAMPULA III. VALIDAÇÃO DOS RESULTADOS DO ZONEAMENTO AGRÁRIO A NÍVEL NACIONAL - PROVÍNCIA DA ZAMBÉZIA IV. RELATÓRIO DE VALIDAÇÃO DAS ÁREAS DISPONÍVEIS PARA GRANDES INVESTIMENTOS AGRÁRIOS PROVÍNCIA DE SOFALA V. RELATÓRIO DE VALIDAÇÃO DAS ÁREAS DISPONÍVEIS PARA GRANDES INVESTIMENTOS AGRÁRIOS - PROVÍNCIA DE INHAMBANE VI. RELATÓRIO TÉCNICO DO TRABALHO DE LOCALIZAÇÃO DE ÁREAS DISPONÍVEIS PARA GRANDES INVESTIMENTOS AGRÁRIOS - PROVÍNCIA DE GAZA VII. RELATÓRIO DO TRABALHO DE IDENTIFICAÇÃO DE TERRAS DISPONÍVEIS PARA GRANDES INVESTIMENTOS AGRÁRIOS NA PROVÍNCIA DE MANICA VIII. RELATÓRIO DO TRABALHO DE CONFIRMAÇÃO DE TERRAS DISPONÍVEIS PARA GRANDES INVESTIMENTOS AGRÁRIOS NA PROVÍNCIA DE TETE Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

3 RELATÓRIO DO EXERCÍCIO DE VALIDAÇÃO DE RESULTADOS DE TERRA DISPONÍVEL A NÍVEL LOCAL 1 Introdução Aquando da apresentação dos resultados referentes ao exercício de Zoneamento Agrário Nacional, constatou-se que os resultados representavam uma primeira aproximação sobre o fundo de terra disponível ao nível do país. Apesar do esforço de sistematização de informação e conhecimento para o apuramento preliminar da terra disponível, e perante um cenário de pressão face ao volume de investimentos e de potenciais projectos em carteira no contexto de desenvolvimento agrário, foi necessário melhorar o conhecimento da situação sobre a distribuição geográfica e espacial das áreas disponíveis no País. Para o efeito, optou-se por uma cobertura provincial que considerasse a validação das áreas apuradas segundo os critérios inicialmente estabelecidos durante a Fase 1, e que resultaram na produção dos mapas preliminares provinciais, e a inclusão de novos critérios cuja informação e conhecimento só seria possível obter localmente. O quadro informativo sobre a disponibilidade da terra, estava incompleto, pois carecia de dados georeferenciados sobre a ocupação actual de terra, quer via DUATs (Direito de Uso e Aproveitamento da Terra), concessões mineiras, fazendas de bravio, terras comunitárias, quer de outras categorias, só possíveis de identificar localmente. Foi necessário considerar as iniciativas locais e respectivos parceiros, assim como a sua validação no terreno, isto é, confrontação do resultado com a situação corrente ao nível de província, distrito e posto administrativo. Deste modo, a presente identificação de terras disponíveis consistiu, junto às Província e Distritos, na validação, actualização e apuramento de (novas) áreas de Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

4 terra disponível e de forma sumária, sempre que possível, na identificação de potenciais limitantes ao desenvolvimento da actividade agrária. Tal só foi possível com a formação de equipes centrais que se deslocaram a todas as províncias, onde localmente e em função das especificidades e disponibilidade de meios e recursos, integraram técnicos provinciais. A equipe ao nível central é constituída por técnicos do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), nomeadamente Doutora Tereza Alves, Enga. Camila de Sousa, Eng. Jacinto Mafalacusser, Eng. Moisés Vilanculos, Eng. Ricardo Maria, dr Paulo Benzane, Sr Jorge Francisco e dr Mário Ruy Marques, e pelos técnicos da Direcção Nacional de Terras e Florestas (DNTF) nomeadamente Enga Carla Cuambe, Eng. Joaquim Macuácua, Srs Castelo Banze, Danilo Cunhete e Pachis Mugas. Ao nível provincial integraram a equipe os técnicos João Chichava, Dulcidio Khombe e Emiliana Muantenlelo da Província do Niassa, Srs Dionisio Cossa, Joao Lumace e Eusebio Muitiquile, da Província de Cabo Delgado, Sr Cristiano Macário de Nampula, João Machel e Santos Muneme da Provínica da Zambézia, Jacinto Tualufo, Mamade A. Mamade, Angelo Chamo e Cristino Morais de Sofala, Benjamim Gemo e Francisco Sixpence de Tete, Lourenço Chambela de Inhambane, João Jovêncio e Paulo Langa de Gaza, Olívia Amosse, Simão e Faustino Chemane de Maputo. Contudo, muitas foram as entidades individuais e colectivas provinciais, distritais, e locais que contribuiram para a recolha e sistematização da informação aqui apresentada, a quem sem querer particularizar, desde já endereçamos os nossos sinceros agradecimentos. 2 Objectivos A Fase 2 consistiu principalmente na actividade de reconhecimento de campo para comparação dos resultados da Fase 1 nacional, tendo como objectivos: Revalidar o mapa preliminar das áreas disponíveis para actividades de investimento agrário, em todas as províncias, totalizando ,0 ha de terra disponível (total nacional); Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

5 Identificação de outras áreas potencialmente livres e que não foram inclusas no mapa preliminar das terras disponíveis ; Recolher a informação existente na Província, no que se relaciona às ocupações de terra actuais (DUAT s) por tipo de uso (agricultura, pecuária, concessões florestais, etc.); processos ainda em tramitação; e projectos de investimento em curso e em pipeline que poderão já ter uma área prevista para ocupação identificada ou alocada pelas instituições provinciais; Recolher informação de planos de uso de terra e dos Perfis de desenvolvimento económicos da Província ou de outros exercícios similares de iniciativa local como no caso do Zoneamento da Província de Niassa; Fazer uma avaliação dos critérios usados para identificação das áreas disponíveis, os quais e segundo a dinâmica local, contribuíssem no aumento ou redução das propostas quer central quer provincial depois de comparadas e acordadas. O trabalho de campo a nível provincial decorreu no período de 10 a 25 de Abril de 2008, após se ter realizado, com todas as equipes que se deslocaram às províncias, uma visita de trabalho e de treino à Província de Maputo e ao distrito de Magude, que serviu de base para definir a metodologia e abordagem a ser usada. 3 Metodologia No presente exercício foram consideradas quatro fases: i) de preparação coincidindo com o trabalho de gabinete, ii) de teste/ensaio e padronização de metodologia de campo, iii) trabalho de campo, e iv) análise e discussão dos resultados provinciais e sistematização da informação recolhida nas províncias. 3.1 Trabalho de Gabinete Para orientação do trabalho de campo e visualização das áreas disponíveis de acordo aos critérios previamente definidos aquando do Zoneamento, elaboraramse mapas preliminares por província, com uma legenda simples indicando: os limites distritais e principais vias de acesso, as sedes distritais e algumas povoações, Rios e Lagoas principais, a qual se sobrepôs as manchas verdes indicando as áreas disponíveis. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

6 Uma vez que os meios e recursos disponibilizados obrigaram à alteração da metodologia e abordagens inicialmente propostas, e uma vez mais pressionados pelo factor tempo e urgência na disponibilização de informação, foi acordado que se prepararia, como forma de sistematização e harmonização da informação a ser recolhida pelas diferentes equipes provinciais, um guião/questionário para as entrevistas e conversas a estabelecer com as diferentes entidades na província, distrito e posto administrativo, que foi usado no registo da informação prestada. Ainda com base nas discussões e recomendações dos diferentes plenários onde os resultados da Fase 1 foram apresentados, considerou-se que a área disponível para investimento agrário teria que ocupar preferencialmente um bloco único superior a ha. Não obstante poderão existir outras áreas dispersas em blocos inferiores a 1000 ha (10 a 500 ha), requerendo um trabalho de consulta mais delicado e de negociação com as comunidades. O trabalho de gabinete consistiu ainda numa segunda fase após o regresso das equipes concluído o trabalho de campo, com vista a sistematizar a informação georeferenciada nos formatos necessários para elaboração e edição dos mapas finais, reduzindo a margem de erro, permitindo um maior rigor no cálculo das áreas disponíveis e sua representação geográfica por distrito/província. Estes são os mapas apresentados com as respectivas tabelas no Anexo III. 3.2 Teste e Padronização da Metodologia Foi de extrema importância esta fase pois permitiu que o questionário/guião elaborado para a recolha e sistematização da informação localmente obtida podesse ser testada, avaliada e melhorada, uma vez que todos os técnicos tiveram a oportunidade de se familiarizarem com os assuntos e assim melhor estruturar as entrevistas a realizar nos seus locais. Paralelamente foi planificada a visita à Província de Maputo como estudo de caso e de ensaio geral de toda a metodologia e resultados apurados quer da Fase 1 quer da Fase 2 a iniciar, permitindo assim uma melhor preparação das brigadas antes da sua deslocação para as restantes províncias, experimentando e partilhando de forma colectiva o grau de dificuldades enfrentados quer durante os contactos e Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

7 entrevistas estabalecidos localmente, quer no uso do questionário, quer ainda na confrontação dos resultados da Fase 1, com a apresentação do Mapa Provincial com as manchas de Terra Disponível, e respectivos critérios de selecção. Esta actividade terminou com a visita dos técnicos aos distritos de Magude podendo assim gerir e viver o grau de dificuldade e complexidade do trabalho envolvido. 3.3 Trabalho de Campo O trabalho de campo decorreu de 10 a 25 de Abril do corrente ano, consistiu na deslocação e apresentação das equipes centrais às suas congéneres provinciais, tendo em geral sido recebidas na pessoa do Director Provincial de Agricultura, que por sua vez apresentou a equipe e os objectivos da sua missão aos seus chefes de serviço e outros técnicos da sua direcção. Contudo e devido à dimensão do trabalho, suas características multidisciplinares, inter e intrainstitucionais, e de diferentes níveis de implementação, várias outras instituições quer ao nível provincial quer ao nível local foram contactadas, nomeadamente: DPA e seus órgãos na província: SPGC, SPFFB, SPAs, e SPEAs; Departamento de Planeamento e Ordenamento Territorial Direcção Provincial de Coordenação Ambiental; Direcção Provincial de Turismo; Direcção Provincial de Recursos Minerais; Administrações distritais e seus órgãos locais (Postos Administrativos, Localidades, e Células/Povoações); Direcções dos Serviços Distritais dos Assuntos Económicos, e seus técnicos com destaque para os topógrafos, fiscais florestais e extensionistas; Direcções de Serviços Distritais de Planeamento e Infraestruturas. Quase sem excepcção as visitas aos distritos integraram os técnicos dos serviços provinciais de geografia e cadastro, e/ou de florestas, tendo localmente as equipes sido reforçadas pelas respectivas contrapartes distritais, complementadas com a integração de extensionistas. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

8 Ficou claro logo de início e dos contactos preliminares, e por sugestão dos respectivos Directores Provinciais, que alguns dos distritos não tinham necessariamente que ser visitados pois ou não reuniam as condições desejadas (terra disponível), ou porque localmente já havia uma pre-definição da sua vocação/especialização, ou porque as condições de acesso não o permitia, desfazendo-se assim qualquer equívoco que possa existir. Foi também importante auscultar as prioridades e abordagens das províncias em termos de potenciais áreas disponíveis, muitas vezes associadas ao fundo de terras alocadas às extintas empresas estatais agro-pecuárias e florestais. Apesar de provisoriamente ocupadas pelo sector familiar, as áreas anteriormente alocadas as extintas empresas estatais constituem um importante recurso de terra para futuros investimentos agrários, conforme mencionado pelas províncias. Neste contexto, as províncias propuseram, que essas áreas fossem classificadas como Reservas do Estado de forma a constituirem recurso alternativo a satisfazer novas prioridades como o caso das áreas para produção de biocombustíveis. Províncias houve que o estágio de organização era substancialmente diferente quando comparadas entre si, o que acabou nalguns casos por fazer diferença no grau de apuramento dos resultados finais. Por exemplo, províncias como Niassa e Sofala, fruto de dinâmicas diferentes, apresentavam estágios bastante avançados quanto à gestão do recurso terra, fruto de zoneamentos provinciais, e de um apurado trabalho de organização do seu cadastro de terras. Como nos referimos anteriormente, a falta de informação relativo aos DUATs ao nível central, não permitu que este parametro fosse integrado nas tabelas e mapas de disponibilidade de terra para investimentos agrarios elaborada durante a Fase 1. Assim, como condição fundamental para a validação do Mapa de Terras Disponíveis elaborado durante a Fase 1 foi considerada como sendo uma prioridade a necessidade de confirmação de DUATs em acréscimo a informação relativo aos pedidos de terra em tramitação bem como a confirmação das áreas disponíveis ao nivel de cada distrito. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

9 De realçar que muitas áreas previamente identificadas como disponíveis, acabaram sendo excluídas devido à grande concentração de população, ou pela sua actual ocupação para fins de produção agrícola. Nas províncias afectadas pelas recentes cheias, constatou-se que algumas das áreas préviamente identicadas como disponíveis foram na verdade alocadas a novos centros de reassentamento das populações deslocadas VISITA AOS DISTRITOS Depois de apresentados os objectivos do exercício e de discussão dos critérios e pressupostos utilizados no zoneamento (Fase 1), identificados os distritos a visitar partindo do conhecimento e base de informação locais, foram constituídas as equipes provinciais que se deslocaram de imediato aos diferentes locais propostos. Este exercício nos distritos, não só permitiu a confrontação dos critérios de exclusão utilizados durante a Fase 1, como também a integração de novos parâmetros julgados pertinentes ao nível local (Anexo I). Por exemplo, determinada porção de terra previamente considerada como disponível, poderia na verdade já ter sido alocada para outros fins, contrariando assim parte dos resultados do exercício da Fase 1. As discrepâncias por vezes observadas, resultam do facto de informações disponíveis ao nível local, quer sob forma consolidada ou ainda em forma de proposta/projecto para uso posterior de determinada área, nem sempre constarem no banco de dados ao nível central em Maputo. Este é por exemplo, o caso de áreas reservadas a novas coutadas, projectos de reflorestamento, áreas comunitárias propostas para fazendas de bravio ou para reflorestamento com espécies exóticas de crescimento rápido, todas categorias de ocupação geralmente envolvendo extensas áreas. Na verdade, este exercício ao nível do distrito tinha como principal objectivo identificar/confirmar os espaços geográficos específicos, i.e. áreas livres de ocupação, e adequadas para diferentes fins e usos, condição fundamental na Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

10 tomada de decisão sobre a definição e direcionamento dos investimento com uma visão de um desenvolvimento agrário equilibrado. A sistematização, arquivo, disponibilização e troca de dados, acabou constituíndo uma ferramenta fundamental, no presente caso, para o apuramento de dados que indicam quais e onde se localizam as áreas (terra para investir) disponíveis para o desenvolvimento do sector agrário. Em geral, comparando os resultados obtidos nas duas fases do presente zoneamento, constata-se que há uma aproximação bastante aceitável, se tomarmos como ponto de partida os critérios de exclusão usados. Na verdade, apesar das diferenças em termos do detalhe dos dados utilizados nas análises, os resultados mostram um grau de concordância acima de 80% e que as diferenças residem em alguns elementos como aglomerados populacionais, novas áreas de conservação e respectivas coutadas, áreas comunitárias em processo de legalização, DUATs ainda não digitalizados, áreas pequenas e isoladas mas com potencial para o sector. Os distritos visitados e/ou onde se confirmou a informação sobre as áreas de terra disponível constam nas Tabelas editadas juntamente com os mapas provinciais, que no conjunto constituem o resultado final deste exercício. Toda a informação analisada e editada no seu formato final (mapa e tabela) e que consta deste relatório (Anexo II), é do conhecimento das autoridades locais, tendo havido casos até que os mapas/esboços de campo foram devidamente autenticados pelas respectivas administrações. Embora não tendo sido procedimento generalizado, é importante realçar que a informação final produzida pelas equipes foi apresentada e discutida pelos governos provinciais dada a sua importância, natureza e sensibilidade, como foram os casos das províncias de Sofala, Niassa, Manica. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

11 4 Resultados O presente exercício de validação da terra disponível ao nível local, apurou a existência de ha de terra disponível, comparativamente aos ha resultantes do zoneamento da Fase 1, com a seguinte distribuição por província (Tabela 1). A Figura 1 mostra a distribuição espacial das terras disponíveis. Terra Disponível Fase 1 Terra Disponível Fase 2 Província Terra Disponível (ha) Província Terra Disponível (ha) Niassa Niassa Cabo Delgado Cabo Delgado Nampula Nampula Zambézia Zambézia Sofala Sofala Manica Manica Tete Tete Inhambane Inhambane Gaza Gaza Maputo Total ,0 Maputo Total ,0 Tabela 1: Distribuição por província das áreas de terra disponível, confrontando os resultados da Fase 1 e Fase 2 (após validação local) 1 As estimativas da área disponível na Província de Gaza devem ser melhor trabalhados devido à presença de aglomerados populacionais, o que poderá reduzir tais áreas significativamente. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

12 Figura 2: Mapa Nacional ilustrando as manchas de Terra Disponível Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

13 Mais detalhes sobre a ocorrência e distribuição das áreas de terra disponível por província são apresentados no Anexo III, podendo a partir quer dos relatórios descritivos e das Tabelas, obter a informação referente às áreas de terra disponível por distrito, sua localização e distribuição geográficas, conforme a leitura dos Mapas anexos. São várias as razões que determinaram a variação das áreas apuradas uma vez que a informação e conhecimento local permitiram grosso modo actualizar a base de dados inicial, quer a partir do cadastro local, quer de outros documentos como planos estratégicos locais, zoneamentos provinciais, entre outros que serviram de suporte para a exclusão das áreas de terra disponível. A existência de informação georeferenciada representada pelos DUATs e informação sobre processos em tramitação representam uma mais valia na actualização dos mapss provinciais, embora nem em todos os casos uma vez que há serviços provinciais onde tal processo carece de actualização quer a partir dos distritos quer a partir do nível central. Outro resultado com impacto na validação local resultou da recomendação das autoridades provinciais e distritais, em particular os distritos costeiros, da inexistência de áreas disponíveis devido à forte presença e pressão da população, assim como da fragilidade dos ecossistemas costeiros, para além de na sua grande maioria tais áreas estarem praticamente alocadas para fins não-agrários como no caso do eco-turismo, aquacultura e terras húmidas de uso limitado, na sua maioria para fins de conservação da biodiversidade. Foi quase de consenso geral que as actuais terras comunitárias deveriam ser classificadas como terras disponíveis para o investimento considerando potenciais parcerias locais, salvo aquelas cujo os DUATs e respectivos planos de exploração mostrem ter incompatibilidade com outros tipos de utilização agrária, p.e. áreas para fazenda de bravios dificilmente poderão acomodar outra actividade como produção agrícola ou pecuária devido ao conflito Homem-Animal Bravio. Algumas diferenças entre os números apurados e a classificação anterior podem ser significativas, embora haja e foi possível conhecer as razões para tal desacordo. Por Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

14 princípio as florestas produtivas, uma vez associadas ao licenciamento de concessões florestais, foram excluídas da terra disponível, embora nas visitas ao terreno se tenha constatado que alguma actividade de licenciamento para a extracção e corte de madeira tivesse sido alocada fora dessas áreas. Portanto, por princípio algumas concessões ocorreram dentro das áreas identificadas como sendo de terra disponível, pouco produtivas do ponto de vista florestal, mas que devido à presença de algumas espécies de interesse comercial embora em limitada quantidade, estão sendo objecto de licenciamento. Possivelmente se justifique que tais áreas, após a sua exploração, possam ser convertidas em terra disponível para outros fins, dependendo do seu potencial. As estimativas da área disponível na Província de Gaza devem ser melhor trabalhadas devido à presença de aglomerados populacionais e respectivas pastagens comunitárias, o que poderá reduzir a disponibilidade de áreas de forma significativa. 5 Conclusões e Recomendações É de assinalar que o total da terra disponível apurada no presente exercício de validação local corresponde a cerca de ha, representando cerca de 58% do total identificado durante a Fase 1, embora a dinâmica ao nível de províncias mostre no caso de Maputo, C. Delgado, Sofala, Manica, Tete, Gaza e Inhambane ter havido uma redução das áreas de terra disponível, enquanto que para o caso de Niassa, Nampula e Zambézia as áreas cresceram em relação ao exercício anterior. As áreas de terra disponível validadas e apuradas ao nível local correspondem aos requisitos inicialmente identificados, e na sua maioria apenas foram identificadas aquelas terras cujas áreas são superiores a ha, e preferencialmente como blocos homogeneos, pois seriam aquelas áreas na verdade livres de qualquer regime de utilização e onde a possibilidade de ocorrência de conflito é pouco provável que ocorra. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

15 Também se chama a atenção para o facto de no exercício de campo de verificação das manchas de terras existirem outras áreas disponíveis mas que devido à sua fragmentação/descontinuidade, inferiores a 500 ha, não foram consideradas, mas que são do conhecimento local. Outras áreas foram consideradas como disponíveis mas a província reconhece que devido ao seu acesso, poucas são as probabilidades da sua ocupação, embora para o investidor estrangeiro, sejam recomendáveis como forma de desenvolver tais regiões e dotá-las de infra-estruturas sócio-económicas de que tanto necessitam, servindo até de descompressão de algumas áreas da província consideradas de maior interesse e com facilidade de acesso. Noutras províncias, o fundo de terras das ex. Empresas Estatais Agrárias, são hoje consideradas como terras disponíveis para o investimento, sendo necessário estudar alguns casos de ocupação por parte do sector agrícola familiar, de forma a se encontrar um compromisso para atrair o investimento. Outra categoria que vem sendo referida por sistema é o das Terras Comunitárias. Embora se reconheça o regime de posse e de uso e aproveitamento por parte das comunidades rurais, e devido à sua grande extensão, as autoridades provinciais chamam a atenção para serem consideradas como disponíveis, não devendo haver conflito de interesses, em caso de existirem interesses de desenvolvimento de parcerias com potenciais investidores. Apesar de se ter feito a validação e apuramento das terras disponíveis, foi constatação que outras áreas possam existir embora consideradas de menor potencial e que as mesmas deveriam ser objecto de estudos de viabilidade por parte dos potenciais investidores, antes de se esgotarem os recursos de terra imediatamente disponível para ocupação, sugerindo inclusive a sua classificação em função do perfil do investidor, i.e. nacional vs estrangeiro, pequeno vs grande, etc. É ainda um facto que muita da terra classificada como disponível ao nível local, ocorre ao longo de áreas de conservação e coutadas, tendo as próprias províncias reclassificado tais áreas como futuras coutadas e fazendas de bravio exactamente para mitigar os potenciais impactos do conflito Homem-Bravio, principalmente quando as áreas agrícolas e pecuárias se encontram próximas. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

16 Pode-se de uma maneira geral concluir que os critérios inicialmente considerados na classificação de terra disponível e que foram utilizados na exclusão de algumas categorias de uso de terra e vegetação, correspondem às observações de campo, exceptuando-se alguns casos já referidos. Por fim chamar a atenção para o facto de, assim como no caso das Terras Comunitárias, as concessões mineiras salvo aquelas indicadas e recomendadas pelas autoridades provinciais, como no caso de Inhambane (Sasol), Tete (Moatize), foram consideradas como fazendo parte do fundo de terras disponível para o investimento no desenvolvimento agrário, embora no exercício de atribuição seja de acautelar o regime de concessão para evitar potenciais conflitos. Foi observado que áreas extensas foram alocadas para fins de prospecção mineira, no final do qual, recomenda-se que as parcelas sem interesse ou viabilidade para a exploração mineira, poderiam ser convertidas para fins agrários como terra disponível. Constatou-se que alguns distritos não possuem planos de delimitação de áreas consideradas como Reserva de Estado, um exercício que se recomenda ser extensivo ao nível nacional. Das terras disponíveis apuradas localmente identificaram-se de uma forma geral as principais limitantes ao desenvolvimento agrário, desde a disponibilidade de água, quer de superfície quer subterrânea (quantidade e qualidade), acessibilidade, falta de infra-estrutura, susceptibilidade a inundações e cheias, e áreas sazonalmente inundadas durante o período das chuvas. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

17 6. ANEXO I: Critérios de exclusão Critérios usados para a exclusão de áreas consideradas como não disponíveis: Critérios da Fase I: Florestas produtivas Floresta densa (sempreverde decídua) Floresta aberta (sempreverde e decídua) Áreas de conservação Parques e Reservas Nacionais Coutadas e Concessões Florestas de Proteção Mangais Campos Cultivados (culturas anuais, canaviais) Cultivos Arbóreos (Cajueiros, Chá & Coqueiros) Plantações Florestais (Reflorestamentos Actuais) Áreas descobertas (solo sem cobertura vegetal, ex. dunas, leitos dos rios, áreas habitacionais, etc.) Agricultura Itenerante com Florestas Florestas com Agricultura Itenerante Critérios adicionais da Fase II : Áreas alocadas para fins não-agrários: Eco-turismo Aquacultura Terras húmidas de uso limitado Áreas alocadas para centros de reassentamento das populações afectadas pelas recentes cheias Áreas de prospecção mineira DUATs, aprovados e em tramitação Concessões: florestais, mineiras Fazendas de bravio Áreas comunitárias Iniciativas locais e parcerias

18 7. ANEXO II: Mapas de terra disponível e respectivas tabela (Por Província) Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

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20 Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

21 Tabela de terra disponível, por distrito, na Província de Cabo Delgado Distrito Código da área Área (ha) Total distrito Bala01 21, Bala Bala03 5, Balama Bala04 1, , Bala Bala Bala07 1, Chiure Chiu01 14, Chiu02 32, , Macomia Maco01 6, Maco , Moci01 5, Moci Moci Mocímboa Moci , Moci Moci Moci Mont01 16, Montepuez Mont02 18, , Mont03 36, Mueda Mue01 19, Mue02 14, , Namu01 8, Namapa Namu02 1, Namu03 11, , Namu05 20, Nang01 5, Nangade Nang02 1, , Nang Palma Palm01 10, Palm02 10, , Total 269, , Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

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23 Tabela de terra disponível, por distrito, na Província de Nampula Distrito Código da área Área (ha) Total distrito Angoche Ango01 22, Ango02 3, , Lala01 151, Lala02 16, Laláua Lala03 8, Lala , Lala05 3, Lala06 6, Malema Male01 8, , Mecu01 79, Mecu02 9, Mecu03 7, Mecubúri Mem01 2, , Mem Mem Mem04 1, Mogi01 6, Mogi02 6, Mogincual Mogi , Mogi Mogi Mogo01 9, Mogo02 9, Mogo03 48, Mogovolas Mogo04 2, , Mogo05 56, Mogo06 2, Mogo07 14, Mom Moma01 13, Moma Moma03 2, Moma Moma Moma Moma , Moma07 8, Moma08 11, Moma09 11, Moma10 1, Moma12 32, Murr01 29, Murrupula Murr02 37, Murr03 7, , Murr Namp01 12, Namp02 12, Nampula Namp03 6, , Namp04 6, Namp05 6, Riba01 18, Ribáuè Riba02 3, Riba03 3, , Riba04 1, Total 709, , Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

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26 Tabela de terra disponível, por distrito, na Província de Sofala Distrito Código da área Área (Ha) Total distrito Chemba Chemba 1 33, , Caia Maríngue Dondo Nhamatanda Búzi Chibabava Caia1 8, CAP1 9, Mari1 1, Mari2 6, Dondo1 7, Dondo2 45, Nham1 26, Nham2 5, Nham3 14, Buzi1 41, BP1 67, BP2 5, Chiba1 74, Chiba3 3, Chiba4 5, Chiba5 11, Chiba Chiba Chiba CP1 22, , , , , , , Marromeu Marro 1 18, , Total 408, , Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

27 Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

28 Tabela de terra disponível, por distrito, na Província de Manica Distrito Código da área Área (ha) Total distrito Area 7 Chineses 47,659 47,659 Baru01 13,268 Báruè Baru02 4,558 Baru03 28,238 48,071 Baru04 2,007 Gondola Gond01 4,448 Guro01 6,015 10,463 Guro02 1,899 Guro03 1,608 Guro Guro ,897 Guro05 2,528 Guro06 3,179 Mach01 9,780 Mach02 41,749 Mach03 21,222 Mach04 13,589 Mach05 6,345 Mach06 10,732 Machaze Mach07 3, ,876 Mach08 4,564 Mach09 3,748 Mach09 5,611 Mach10 1,199 Mach11 6,684 Mach11 1,276 Mani01 1,696 Manica Mani02 2,731 7,627 Mani03 3,200 Moss01 17,312 Moss02 7,698 Moss03 6,042 Moss04 1,399 Mossurize Moss ,165 Moss06 1,049 Moss07 16,473 Moss08 1,892 Moss09 1,301 Suss01 5,047 Suss02 6,159 Sussundenga Suss ,901 Suss Suss05 2,398 Tamb01 6,974 Tambara Tamb02 2,615 29,400 Tamb03 19,811 Outras áreas (menores) 29,897 29,897 Total 381, ,956 Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

29 Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

30 Tabela de terra disponível, por distrito, na Província de Tete Distrito Código da área Área (ha) Total distrito Chi1 2,650.1 Chifunde Chi2 7, ,209.6 Chi Chiuta Chiu1 189, ,722.6 Mar1 69,513.1 Mar2 10,670.2 Mar3 13,872.4 Mar Marávia Mar ,548.6 Mar Mar Mar8 1,290.1 Mar Moa1 54,496.9 Moatize Moa ,064.4 Moa Mut1 77,559.2 Mutarara Mut2 17, ,706.5 Mut3 167,452.2 Zum1 39,262.9 Zumbu Zum ,477.5 Zum3 5,866.5 TOTAL 661, ,730.0 Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

31 Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

32 Tabela de terra disponível, por distrito, na Província de Inhambane Distrito Código da área Área (ha) Total distrito Funh Funh Funh03 14,838.4 Funh04 4,195.5 Funh05 2,899.8 Funh06 14,897.7 Funh07 1,999.9 Funhaloro Funh08 27,606.9 Funh10 10, ,098.8 Funh11 21,859.2 Funh12 54,940.8 Funh13 5,447.2 Funh14 2,439.6 Funh15 3,368.7 Funh16 29,701.0 Funh17 4,130.9 Govu01 3,370.5 Govu02 22,518.5 Govuro Govu03 62,329.4 Govu04 2, ,240.5 Govu05 2,318.0 Govu06 7,389.2 Homo01 11,385.0 Homoíne Homo02 1, ,482.5 Homo03 3,447.1 Inhar01 17,501.0 Inhar Inharrime Inhar03 1, ,738.4 Inhar04 4,673.9 Inhar05 9,672.7 Inhas01 76,655.4 Inhassoro Inhas02 4,760.6 Inhas03 22, ,932.1 Inhas04 22,475.4 Jangamo Jang01 2, ,937.0 Mabote Massinga Mabo01 72,784.9 Mabo02 176,756.5 Mabo Mabo04 81,274.7 Mabo05 4,160.5 Mabo06 1,699.5 Mabo07 2,735.1 Mabo Massi01 3,208.1 Massi02 8,347.7 Massi03 5,905.0 Massi04 5,734.4 Massi05 1, , ,497.7 Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

33 Distrito Código da área Área (ha) Total distrito Morrumbene Morru01 11, ,956.1 Panda Pand01 3,645.2 Pand02 5,856.6 Pand03 3,581.4 Pand04 1,649.2 Pand05 1,109.4 Pand06 50,804.3 Pand07 2,250.0 Pand08 2,149.2 Pand09 4,649.1 Pand Pand11 15,005.0 Pand12 16,784.0 Pand Pand14 1,787.2 Pand15 1,795.3 Pand ,561.0 Vilankulo Vilas01 79, ,579.4 Zavala Zava01 22, ,882.5 Zava Total 1,071, ,071,668.3 Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

34 Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

35 Tabela de terra disponível, por distrito, na Província de Gaza Distrito Código da área Área (ha) Total distrito Chicu01 275, Chicu02 4, Chicu Chicu Chicu05 5, Chicualacuala Chicu , Chicu07 14, Chicu08 1, Chicu09 6, Chicu Chicu Chigu01 10, Chigu02 15, Chigu03 4, Chigu04 5, Chigu05 9, Chigu06 1, Chigu07 92, Chigu08 2, Chigubo Chigu09 6, , Chigu10 11, Chigu11 1, Chigu12 5, Chigu Chigu14 5, Chigu15 2, Chigu16 1, Chigu17 1, Maba01 16, Maba02 2, Maba Maba04 3, Maba05 4, Maba06 1, Maba07 30, Maba08 21, Maba09 2, Mabalane Maba10 2, , Maba11 6, Maba12 8, Maba13 1, Maba Maba15 1, Maba16 1, Maba17 1, Maba18 1, Maba Massa01 178, Massa02 57, Massa03 2, Massa Massangena Massa05 6, Massa06 3, , Massa Massa08 12, Massa Massa Massingir Massi01 6, , Total 866, , Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

36 Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

37 8. ANEXO III: Relatório das visitas às províncias Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

38 Zoneamento Agrário a Nível Nacional Província de Niassa Introdução O governo tem vindo a receber um número cada vez maior de pedidos de grandes extensões de terra, particularmente para o desenvolvimento do sector agrário, quer para produção de alimentos para a segurança alimentar, quer para produção de culturas de rendimento, sobretudo as que constituem matéria prima para os bio-combustíveis, que no seu todo, se enquadram na Revolução Verde, salvaguardando a fazenda do bravio. O conhecimento da situação sobre a distribuição geográfica e espacial da terra disponível e seu potencial no País, em particular na Província e Distrito, constitui uma prioridade dentro da estratégia do Governo, visto ser um instrumento de ajuda na tomada de decisões para o direcionamento de potenciais investimentos para os diferentes níveis de gestão do recurso terra. O quadro informativo sobre a disponibilidade da terra e seu potencial para os diferentes tipos de utilização (culturas alimentares e de rendimento incluíndo bio-combustíveis) gerado pelo Zoneamento a Nível Nacional escala 1: ) achou-se não adequado, pois carece de dados georeferenciados e digitalizados dos DUATs, concessões florestais, terras húmidas, actualização e sistematização de novas ocupações de terras, por exemplo, parques, reservas, concessões, áreas comunitárias, reservas do estado, assim como a sua validação no terreno, isto é, confrontação do resultado com a situação corrente a nível local (província, distrito e posto). O presente zoneamento consiste, junto à Província e os Distritos, na validação, actualização e apuramento de (novas) áreas de terra disponível e de forma sumária a avaliação do seu potencial para a actividade agrária. Província de Niassa no Contexto Nacional A Província de Niassa, localiza-se na região Norte do País, limita-se no seu extremo norte com a República Unida da Tanzania, a Este com as Províncias de Cabo Delgado e Nampula, a Oeste com a República do Malawi e ao Sul com as províncias de Nampula e Zambézia, perfazendo uma superfície total de km 2. Dados estatísticos preliminares do Censo 2007, apontam para uma população de habitantes e uma densidade populacional na ordem dos 9,1 hab. km - 2, sendo de assinalar que é a província com uma densidade populacional mais baixa contra uma densidade de 50 e 3.663,7 hab. km -2 para as Províncias de Nampula e Maputo Cidade, respectivamente. Zoneamento a Nível Nacional vs Zoneamento de Niassa O zoneamento a nível nacional fazendo uso das diferentes bases de dados biofísicos (solo e clima) produziu uma informação que mostra áreas com potencial para agricultura, plantações florestais de crescimento rápido para fins comerciais e aquelas para pastagens. Da base de dados sobre a cobertura vegetal e uso de terra, foram excluídas as florestas produtivas, as áreas actulamente cultivadas, plantações existentes, áreas de agricultura itinerante com florestas e florestas com agricultura itinerante, foram igualmente excluídos os parques e reservas nacionais, as coutadas, cadastro/concessões e florestas de protecção. É importante recordar e sublinhar que foram tomados em consideração sómente e só os dados ora digitalizados. Os resultados do Zoneamento a Nível Nacional, em particular para a Província de Niassa, são apresentados na Figura 1. (donde se pode ver a distribuição geográfica das manchas de terra disponível, os critérios de exclusão e as áreas de terra disponível por distrito. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

39 Informação de base para o trabalho de campo Terra Disponível, Província de Niassa. Áreas apuradas como Terra Disponível - Niassa Critérios de exclusão da Terra Florestas produtivas Floresta densa (sempre verde e decídua) Floresta aberta (sempre verde e decídua) Áreas de conservação Parques e Reservas Nacionais Coutadas e Concessões Florestas de Protecção Mangais Campos cultivados (culturas anuais, canaviais) Cultivos arbóreos (cajueiros, chá e coqueiros) Plantações florestais (Reflorestamentos actuais) Áreas descobertas (solo sem cobertura vegetal, ex. dunas, leitos dos rios, áreas habitacionais. Agricultura itinerante com florestas e viceverça. Distrito Terra Disponível (ha) Mandimba ,0 Nipepe ,0 Maua 5.600,0 Marrupa ,0 Sanga ,0 Mecanhelas ,0 Lago ,0 Lichinga ,0 Ngauma 8.400,0 Muembe ,0 Cuamba 1.200,0 Total ,0 Figura 1: Terra disponível para actividade agrária, Província de Niassa no conexto nacional. Num passado muito recente o Governo Provincial do Niassa e seus Parceiros efectuou um zoneamento, facto que representou o primeiro esforço estratégico na percepção sobre a distribuição geográfica do potencial agro-ecológico da província tendo assim avaliado quais são as áreas mais adequadas para diferentes fins e usos, o que permite a tomada de uma postura mais eficiente e proactiva na definição de padrões de desenvolvimento da província. Este zoneamento à semelhança daquele feito a nível nacional (1: ), estabeleceu seus critérios de exclusão que incluem os do domínio nacional e outros do domínio local, estes últimos (critérios do domínio local) não foram utilizados no zoneamento a nível nacional, os resultados são apresentado como a Figura 2 ilustra. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

40 Terra Disponível - Investimentos Agrários - Niassa Outros critérios de Exclusão, de domínio local Novas coutadas propostas a Sul do Bloco C da Reserva do Niassa, Reserva e coutadas da bacia do Lúrio (cobrindo o extremo Sul das províncias de Metarica, Maua e Nipepe) Área do projecto Chipanje Chetu distrito de Sanga, Área do Chikweti Conservation project distrito de Lago, Áreas da Fundação Malonda Áreas Comunitárias distritos de Lago e Muembe Concessões/DUATs isolados distritos de Lichinga, Sanga e Lago, Áreas de valor cultural e ecoturismo, Áreas importante pela sua biodiversidade. Terra Disponível para Investimentos Agrários 2 Distrito Agricultura Florestas Pecuária Lichinga 0, ,0 0,0 Sanga , ,0 0,0 Muembe , ,0 0,0 Ngauma 0, ,0 0,0 Marrupa ,0 0,0 Maua , ,0 0,0 Majune ,0 0,0 0,0 Metarica 0,0 0, ,0 Mecanhelas 0,0 0, ,0 Cuamba 0,0 0, ,0 Mandimba , , ,0 Total , , ,0 Figura 2: Terra disponível para desenvolvimento agrário Zoneamento ao nível da Província de Niassa A Figura 2, mostra a distribuição geográfica e espacial das diferentes manchas com potencial para diferentes fins e usos (agricultura, plantações florestais e pecuária). E a tabela ilustra de forma quantitativa as áreas por distrito e tipo de uso definido. A concorrência para investimentos nas referidas áreas é maior, pois o ambiente para tal foi estimulado pelo Governo da Província aquando da realização da Conferêrncia de Investidores nos princípios deste ano. É importante notar que da lista dos critérios de exclusão, em particular para a Província de Niassa (ver Figura 3), alguns (de maior peso) não foram usados no Zoneamento a Nível Nacional. 2 A província realizou no passado muito recente uma Conferência de Investidores, algumas áreas identificadas com potencial para diferentes fins e usos já estão em processo avançado para a legalização dos respectivos DUATs. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

41 Terra Disponível (polígonos em verde) vs Outros critérios de exclusão (polígonos em vermelho) Novas coutadas propostas a Sul do Bloco C da Reserva do Niassa, Reserva da bacia do Lúrio (cobrindo o extremo Sul das províncias de Metarica, Maua e Nipepe Coutadas da reserva da bacia do Lúrio), Área dos projectos Chikweti Chipanje Chetu distrito de Sanga, Projecto Florestal Fundação Malonda, Área do Chikweti Conservation project distrito de Lago, Área Comunitária distrito de Lago, Concessões (DUATs) isoladas distritos de Lichinga, Sanga e Lago, Áreas de valor cultural e ecoturismo, Áreas importante pela sua biodiversidade. NB.: Os polígonos delimitados em verde são as manchas que representam Terra Disponível no Zoneamento a Nível Nacional (1: ). Figura 3: Exemplo de alguns elementos de exclusão para o apuramento da terra disponível Província de Niassa. Grau de concordância entre os Zoneamentos efectuados na Província e ao nível Nacional Os dois zoneamentos tinham como principais objectivos a identificação de espaços geográficos específicos, isto é, áreas livres de ocupação e adequadas para diferentes fins e usos, instrumento fundamental na tomada de decisão sobre a definição e direcionamento dos investimento com uma visão de um desenvolvimento agrário equilibrado. A sistematização, arquivo, disponibilização e troca de dados, pode constituir uma ferramenta fundamental, neste caso, para o apuramento de áreas disponíveis para quaisquer usos. No caso vertente da província de Niassa, o exercício apesar de ter sido feito com base em diferentes bases de dados, há uma aproximação bastante aceitável, se tomarmos como ponto de partida os critérios de exclusão usados. É de salvar que, localmente (ao nível de província) os elementos a excluir são de maior domínio e até aqueles que apenas constituem ainda uma ideia ou uma proposta local não constando no banco de dados a nível central (Maputo), por exemplo, reserva da bacia do Lúrio com as respectivas coutadas, novas coutadas da Reserva do Niassa, projectos florestal de Malonda, Chikweti, projecto Chipange Chetu (PCC), áreas comunitárias no distrito de Lago, assim como outras concessões isoladas que ocupam todo o planalto de Lichinga. Tendo como ponto de partida, o apuramento de espaços geográficos específicos, os dois zoneamentos levados à cabo, apuram dados que indicam quais e onde se localizam as áreas (terra Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

42 Grupo de Trabalho Técnico Zoneamento Agrário a Nível Nacional para investir) disponíveis para o desenvolvimento do sector agrário. Apesar das diferenças em termos do detalhe dos dados utilizados nas análises, os resultados mostram um grau de concordância acima de 80% e que as diferenças residem em alguns elementos como aglomerados populacionais, novas áreas de conservação e respectivas coutadas, áreas comunitárias em processo de legalização, DUATs ainda não digitalizados, áreas pequenas e isoladas mas com potencial para o sector. Grau de concordância entre os dois zoneamentos (verde = concordância; laranja = não oncordância) Comparação dos Zoneamentos Elemento de influência: aglomerado populacional Elemento de influência: inclusão de florestas abertas decíduas como terra disponível na região Sul da província onde se localiza o bloco com Elemento de influência: novos usos de domínio potencial para pecuária. local. Figura 4: Grau de concordância entre os dois zonementos e os elementos de influência Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

43 Trabalho de Campo - Visistas aos Distritos e Constatações Depois da confrontação e harmonização dos dados resultantes dos Zoneamentos a Nível Nacional e Provincial, formou-se uma equipa técnica constituída por Jacinto Mafalacusser (IIAM- Maputo), João Chichava (Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro (DPA - Niassa), Emiliana Mwathenlero (SPA-Niassa) e Dulcidio Khombe (SPFFB-Niassa) para, junto aos Distritos apurar a veracidade informação produzida. Distrito de Ngauma O Zoneamento a Nível Nacional, apurou no Distrito de Ngauma a existência de ha contra os cerca de ha com potencial para plantações florestais apurados pelo Zoneamento Provincial. Uma parte considerável dos ha ocorre em área com uma densidade populacional alta, ao longo da via Lichinga-Mandimba. Presentemente opera no distrito um projecto de reflorestamento florestal, contudo, cerca de ha podem ser considerados ainda disponíveis e com potencial para reflorestamento. O distrito tem uma área identificada e reservada para a futura sede do Distrito. Áreas identificadas nos Zoneamentos e Terra Disponível (ha) - Distrido de Ngauma Zoneamento Nacional Zoneamento Provincial Projectos em curso Terra Disponível 8.400, , , ,0 Constrangimentos: Parte considerável da terra disponível ocorre ao longo das vias de acesso onde há aglomerado populacional alto. Distrito de Mandimba No distrito de Mandimba tinham sido identificados apenas ,0 ha de terra disponível no Zoneamento Nacional. O zoneamento da província apurou cerca de ,0 ha para o sector de agricultra, 2.400,0 ha para plantações florestais e cerca de ,0 ha para pecuária. É importante notar que parte considerável desta área ocorre em áreas onde predominam florestas abertas decíduas (ver Figura 4 Cobertura vegetal) que constituem o habitat preferencial da fauna bravia. Dos dois blocos identificados para agricultura, aquele localizado junto à fronteira com Malawi, está densamente povoado. Áreas identificadas nos Zoneamentos e Terra Disponível (ha) - Distrido de Mandimba Zoneamento Nacional Zoneamento Provincial Projectos em curso Terra Disponível , , , ,0 Constrangimentos: Mais de 80% dos cerca de ,0 ha ocorrem em áreas onde predominam florestas abertas decíduas, esta categoria da cobertura vegetal constitui o habitat de preferência da fauna bravia. O bloco com potencial para agricultura localizado junto à fronteira está densamente povoado. Distrito de Cuamba O Zoneamento a Nível Nacional, apurou no Distrito de Cuamba a existência de apenas 1.200,0 ha contra os cerca de ,0 ha com potencial para pecuária apurados pelo Zoneamento Provincial. Os aglomerados populacionais do distrito estão dispersos e com alguma experiência de criação de gado e que o maneio deste é de tipo extensivo. Em termos de florestas e cobertura vegetal, predominam florestas abertas na parte Este do Distrito onde o conflito homem e fauna bravia começa a ressentir-se com uma certa gravidade. Informações colhidas no terreno, dão a conhecer que estas áreas com potencial para pecuária podem de certa forma partilhar com a actividade agrícola. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

44 Áreas identificadas nos Zoneamentos e Terra Disponível (ha) - Distrido de Cuamba Zoneamento Nacional Zoneamento Provincial Projectos em curso Terra Disponível 1.200, ,0 0, ,0 Constrangimentos: Algumas áreas de terra disponível já constituem áreas de pastagem comunitária, para além do extremo mais a Este do Distrito notar-se alguma ocorrência de florestas abertas decídua que acomodam fauna bravia. Distrito de Metarica No âmbito do Zoneamento a Nível Nacional no distrito de Metarica, não tinha sido identificada nenhuma área de terra disponível, contudo, o zoneamento provincial apurou a existência de cerca de ,0 ha como terra disponível e com potencial para pecuária. Relatos colhidos durante a visita junto do pessoal técnico afecto no Serviço Distrital de Actividades Económicas, Metarica é um dos distritos mais afectados pelo conflito homem e fauna bravia, pelo que o potencial para pecuária é seriamente limitado pela proximidade do habitat da fauna bravia. Áreas identificadas nos Zoneamentos e Terra Disponível (ha) - Distrido de Metarica Zoneamento Nacional Zoneamento Provincial Projectos em curso Terra Disponível 0, ,0 0, ,0 Constrangimentos: Área proxima do corredor da fauna bravia sobretudo dos animais de grande porte, por exemplo, elefante. Zona potencial do conflito homem e fauna bravia. Distrito de Maua Do distrito de Maua tinham sido identificados apenas 5.600,0 ha no exercício do Zoneamento a Nível Nacional, em contrapartida a província apurou nada menos do que ,0 ha sendo repartidos em ,0 ha com potencial para agricultura e os restantes ,0 ha para plantações florestais. É importante assinalar que os 5.600,0 ha apurados o Zoneamento a Nível Nacional ocorrem na área proposta ao nível de Província como a Reserva da bacia do rio Lúrio. As restantes manchas de terra disponível partilham o seu potencial, quer para plantações florestais, quer para culturas alimentares e de rendimento. Existem alguns projectos em curso mas na Reserva da bacia do Lúrio. Áreas identificadas nos Zoneamentos e Terra Disponível (ha) - Distrido de Maua Zoneamento Nacional Zoneamento Provincial Projectos em curso Terra Disponível 5.600, ,0 0, ,0 Constrangimentos: Área proxima do corredor da fauna bravia sobretudo dos animais de grande porte, por exemplo, elefante. Zona potencial do conflito homem e fauna bravia. Distrito Marrupa O Zoneamento efectuado na Província identificou a existência de apenas ,0 ha contra os cerca de ,0 ha do Zoneamento a Nível Nacional. Cerca de 95% dos ,0 ha da terra disponível ocorre na área proposta para novas coutadas ao Sul do bloco C na Reserva do Niassa. E os ,0 ha com potencial para agricultura são extremamente limitados pela sua localização geográfica pois estão junto à zona tampão das novas coutas ao longo da Reserva do Niassa. Mais ainda, identificou-se uma nova área com cerca de ha com potencial para agricultura. Áreas identificadas nos Zoneamentos e Terra Disponível (ha) - Distrido de Marrupa Zoneamento Nacional Zoneamento Provincial Projectos em curso Terra Disponível ,0 37.,0 0, ,0 Constrangimentos: Área proxima da zona tampão das novas coutadas da Reserva do Niassa. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

45 Distrito de Majune O Zoneamento a Nível Nacional não identificou nenhuma área de terra disponível no distrito de Majune, contudo, o Zoneamento Provincial apurou um bloco com cerca de ,0 ha, esta área sobrepõe-se parcialmente com a nova área proposta para coutadas ao Sul do Bloco C Reserva do Niasssa, estando fora da sobreposição apenas ,0 ha e esta área ocorre, à semelhança do distrito de Marrupa, na zona tampão da área proposta para novas coutadas ao Sul do Bloco C ao longo da Reserva do Niassa. Mais ainda, é de assinalar que durante o trabalho de campo, identificou-se uma nova área de ,0 ha (ex- Pala Pala farm, e outras associadas) ao longo do rio Luambala (curso permanente durante o ano) com potencial para actividade agrícola com recurso à irrigação o que totaliza uma área de terra disponível na ordem dos ,0 ha. Áreas identificadas nos Zoneamentos e Terra Disponível (ha) - Distrido de Majune Zoneamento Nacional Zoneamento Provincial Projectos em curso Terra Disponível 0, , , ,0 Constrangimentos: Da área de terra disponível, cerca de ,0 ocorrem na zona tampão da nova área proposta para coutadas ao Sul do Bloco C Reserva do Niassa. Distrito de Muembe O Zoneamento a Nível Nacional, identificou a existência de ,0 ha de terra disponível no distrito de Muembe, em contrapartida o Zoneamento Provincial apurou ,0 ha sendo ,0 ha para plantações florestais e os restantes ,0 ha para o sector agrícola. A área com potencial para plantações florestais já está ocupada, pois opera na região um projecto de reflorestamento. Operam ainda no distrito de Muembe, dois outros projectos com 2.000,0 ha cada mas em áreas fora dos blocos identicados pelo Zoneamento Provincial. A área com potencial para a actividade agrícola, é parcialmente explorada pelo sector produtivo familiar. Áreas identificadas nos Zoneamentos e Terra Disponível (ha) - Distrido de Muembe Zoneamento Nacional Zoneamento Provincial Projectos em curso Terra Disponível , , , ,0 Constrangimentos: Não relevante. Distrito Sanga Para o distrito de Sanga, o Zoneamento a Nível Nacional tinha identificou a existência de ,0 ha de terra disponível contra os cerca de ,0 ha identificados pelo zoneamento efectuado ao nível de província. Esta área é dividida em dois blocos, um com ,0 ha com potencial para plantações florestais e outro com apenas ,0 ha com potencial para actividade agrícola. É importante notar que alo longo das vias de acesso há aglomerados populacionais que exploram o bloco agrícola. Áreas identificadas nos Zoneamentos e Terra Disponível (ha) - Distrido de Sanga Zoneamento Nacional Zoneamento Provincial Projectos em curso Terra Disponível , ,0 0, ,0 Constrangimentos: Não relevante. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

46 Integração dos Resultados dos Zoneamentos e Trabalho de Campo nos Distritos A fase seguinte e conclusiva foi a Integração dos resultados dos Zoneamentos (o efectuado à Nível Nacional e o da Província) e a informação adicional resultante das discussões havidas junto dos distritos visitados o que resultou num mapa (ver Figura 5) que mostra a distribuição espacial da terra disponível e o seu potencial para diferentes fins e usos. Junto a este mapa, apresenta-se a tabela da terra disponível total identificada (ha) e aquela que ainda não está ocupada. Os possíveis constrangimentos para cada sector são descritos nos resumos feitos para cada distrito. De uma forma geral, não se registou a existência, nos distritos visitados, de áreas definidas como Reservas do Estado a excepção de Ngauma que tem área da futura sede do Distrito (respectivo layout ) já identificada. Contudo, a ideia ficou registada e a merecer algum desenvolvimento nos Colectivos de Direcção em cada distrito. Terra Província de Niassa Distrito Identificada Disponível Lichinga ,0 0,0 Muembe , ,0 Ngauma , ,0 Marrupa , ,0 Maua , ,0 Majune , ,0 Metarica , ,0 Mecanhelas , ,0 Cuamba , ,0 Mandimba , ,0 TOTAL , ,0 NB.: Do total da Terra Disponível ( ,0 ha) na província de Niassa, 20,6 %, isto é ,0 ha têm potencial para actividades agrícolas; 15,3% ( ,0 ha) para plantações florestais; e 64,1% (cerca de ,0 ha) para pecuária. É de realçar a necessidade de se ter algum cuidado no estabelecimento de projectos pecuários, pois maior parte da área ocorre parcialmene em rotas regulares de algumas espécies da fauna bravia onde há risco da prevalência da mosca tsé-tsé. Figura 5: Terra disponível identificada para actividade agrária e aquela que ainda não está ocupada. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

47 Lista de pessoas e entidades contactadas durante o trabalho de campo. Nome 1. João Chichava 2. Jorge Manjate 3. Geremias Manussa 4. Egas Mazivila 5. Dulcidio Khombe 6. Emiliana Muantenlelo 7. José Carlos 8. Abdurrame Ibraimo 9. Artur Basílio Augusto 10. Bernardo Laisse Chiote 11. João Renade 12. Manuel Chivansa 13. Alberto Mueleia 14. Naldo Horta 15. Pedro José Salimo 16. Cornélio Daniel 17. Martinho Milange 18. Perito Sélio Bacião 19. Patrício Tomás 20. Jaulane Paulo Benzane 21. Manuel Alua 22. Cristovão Wilisson 23. Luís Matope 24. Isabel Selemane 25. Jafar Jemusse 26. João Paulo 27. Francisco Xavier Abire 28. Mateus S. Aculungueme 29. Pedro Davide 30. Camilo Jaime Função e Instituição Serviços Provinciais de Geografia e Cadasto (DPA-Niassa) Substituto do Director Provincial da Agricultura Director Provincial de Turismo Técnico da Direcção Provincial do Turismo Serviços Provinciais Florestas e Fauna Bravia (DPA-Niassa). Serviços Provinciais da Agricultura (DPA-Niassa). Director do Serviço Distrital de Actividades Económicas Ngauma. Director do Serviço Distrital de Actividades Económicas Mandimba. Técnico do serviço Distrital de Actividades Económicas de Mandimba. Director do Serviço Distrital de Actividades Económicas Mandimba. Director do Serviço Distrital de Actividades Económicas Cuamba. Serviços Distritais de Florestas e Fauna Bravia - Cuamba. Serviços Distritais de Geografia e Cadastro - Cuamba. Director do Serviço Distrital de Actividades Económicas Metarica. Técnico dos Serviços Distritais de Geografia e Cadastro - Metarica. Extensionista do Serviço Distrital de Actividades Económicas Metarica. Director (sub)do Serviço Distrital de Actividades Económicas Maua Serviço Distrital de Actividades Económicas (tsector planificação) Maua. Técnico de Acção Ambiental Maua Director do Serviço Distrital de Actividades Económicas Marrupa. Técnico Pecuário do SDAE Marrupa Topógrafo do do Serviço Distrital de Actividades Económicas Marrupa Fiscal de florestas e fauna bravia no SDAE Marrupa. Director do Serviço Distrital de Actividades Económicas Majune. Extensionista do Serviço Distrital de Actividades Económicas Majune. Fiscal de Florestas e Fauna Bravia no SDAE Muembe. Administrativo do Serviço Distrital de Actividades Económicas Muembe Fiscal de Florestas e Fauna Bravia no SDAE Sanga. Administrativo do Serviço Distrital de Actividades Económicas Sanga Técnico do Serviço Distrital de Actividades Económicas Sanga. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

48 i. RELATÓRIO DE TRABALHO SOBRE IDENTIFICAÇÃO DE TERRAS DISPONÍVEIS PARA ACTIVIDADES AGRÁRIAS NA PROVÍNCIA DE CABO DELGADO 1. Introdução O presente relatório apresenta o desenvolvimento e conclusão do trabalho realizado sobre terras disponíveis para actividade agrária na província de Cabo Delgado. Trata-se de um trabalho realizado no âmbito do programa de zoneamento preliminar do território, procurando responder a um dos objectivos específicos, a identificação concreta de terras para a produção de matéria-prima para biocombustiveis. O principal constrangimento foi a falta de informação atempada sobre o início da actividade e a intromissão de um fim-de-semana no processo de preparação, obrigando a um atraso de 4 dias para a tramitação dos procedimentos administrativos de disponibilização de fundos. A metodologia adoptada para recolha dos dados foi baseada em entrevistas a entidades ligadas à Administração Agrária e/ou Territorial nos Distritos. Para esse efeito dispunha-se de um mapa e de uma ficha de inquérito, onde os entrevistados assinalavam novas áreas disponíveis ou rejeitavam as previamente identificadas e os dados eram registados. Em função do trabalho, foram parcialmente excluídas as áreas originalmente supostas disponíveis, abaixo mencionadas por se sobreporem a: DUATs Concessões Florestais Áreas indicadas pelos entidades contactadas, com sendo consideradas reservadas para a produção agrícola da população local Áreas adjacentes ao regadio de Nguri Áreas de Fazendas de Bravio Áreas por apresentarem uma nítida vocação para o turismo. Foi apontado como principal factor limitante e condicionante para uso do solo dessas áreas originalmente supostas disponíveis para fins de investimentos agrários. As Entidades dos distritos de Balama e Muidumbe afirmaram que qualquer grande investimento agrário nas áreas de sua gestão territorial, deveria ser orientado para a recuperação dos regadios de Nguri e Chipembe. O tratamento dos dados processou-se com base no software Arcview 3.0 e ArcMap e as análises consideradas mais relevantes foram ilustradas com mapas e tabelas (ver anexos). O estudo compreendeu três fases de trabalho, conforme abaixo indicado. A primeira fase compreendeu as seguintes tarefas: Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

49 Análise da informação geográfica disponibilizada pelos Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro, especificamente, os que estão relacionados com as ocupações formais do território. Caracterização e classificação da informação geográfica de âmbito distrital. A segunda fase compreendeu a seguinte tarefa: Deslocação aos distritos para a realização de entrevistas A terceira fase compreendeu a seguinte tarefas: Geoprocessamento dos dados, produção de tabelas e esboços 2. Ponto de situação Foram produzidas através deste trabalho, informação geográfica em formato digital sobre Títulos com Direitos de Uso e Aproveitamento da Terra, Concessões Florestais e Terra Disponível por Distrito e tipificada em: Informação georreferenciada Informação mapeada Informação geográfica descritiva Uma cópia das mesmas foi disponibilizada e armazenada nos Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro. Qualquer utilizador de aplicações de Sistema de Informação geográfica, pode ter a possibilidade de visualizar, ampliar, mapear e pesquisar informação geográfica e respectivos atributos que poderão constar em bases de dados. Do ponto de vista da utilidade para o utilizador, esta informação serve para localizar as acessibilidades das sedes distritais e das áreas com terras disponíveis apuradas durante este exercício. Em certos casos é possível ao utilizador interagir, com outra informação geográfica digital, mas nesta situação é requerido um maior domínio desta informação por parte do utilizador. 3. Conclusões e recomendações: O trabalho desenvolvido permite concluir que este não é um cenário de todo ideal, especialmente se forem considerados os aspectos relativos a tipificação em classes de aptidão agrária e que esta delimitação e mapeamento das terras disponíveis serão úteis para a identificação das áreas do zoneamento Atendendo ao facto dos entrevistados terem sido unânimes em afirmar de que com um trabalho mais aturado se poderia identificar em quase todos os distritos outras áreas Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

50 disponíveis de 20 a 50 ha ou maiores, pode-se concluir que a informação produzida não não se refere a este tipo de áreas. É evidente e de prever ainda que a dinâmica dos distritos ao nível das necessidades de disponibilização e ocupação de terras venha a alterar o cenário actual das áreas disponíveis, portanto, será tanto desejável quanto pertinente que esta actividade se mantenha em permanente actualização. Com efeito, sugere-se que a comissão estabelecida para este trabalho, disponibilize à província uma metodologia simples e critérios muito objectivos para que os distritos possam dar continuidade a esta actividade. Pelas mesmas razões, as preocupações com o zoneamento do território a nível nacional e, especificamente a nível do distrito, não poderão continuar à margem do processo de planeamento estratégico. Agradecimentos Lista dos Entrevistados Sr. Constantino Agostinho Mumbule Director Distrital das Actividades Económicas do Distrito de Palma. Sr. Vasco Técnico da Incaju do Distrito de Palma. Sr. Adelino Jacob Director Distrital das Actividades Económicas do Distrito de Balama. Sr. Antonio Antaje Supervisor da Rede de Extensão Rural do Distrito de Balama. Sr. Celestino J. Biseke Director Distrital das Actividades Económicas do Distrito de Mueda. Sr. Eduardo Chimanhande Supervisor da Rede de Extensão Rural do Distrito de Mueda. Sr. Henrique Teodósio Tiago Secretário Permanente do Distrito de Muidummbe. Sr. Adelino Antunes Chefe do Posto Administrativo do Posto de Miteda do Distrito de Muidumbe. Sr. António Melembe Assistente do Chefe do Posto Administrativo de Miteda do Distrito de Muidumbe. Sr. Xavier dos Santos Omar Secretário Permanente do Distrito de Macomia. Sr. Martinho Latibo Director Distrital das Actividades Económicas do Distrito de Mocimboa da praia. Sr. Tepulo Secretário Permanente do Distrito de Mocímboa da praia Sr. Alexandre António Director Distrital das Actividades Económicas do Distrito de Namuno. Sr. Ovidio Domingos Nota Supervisor da Rede de Extensão Rural do Distrito de Namuno. Secretário Permanente do Distrito de Nangade. Sr. Carlos Apadre Assistente Técnico Agro-pecuário do Distrito de Nangade. Sr. Bacar Atumane Director Distrital das Actividades Económicas do Distrito de Montepuez. Sr. Manuel Germano Teodoro Director Distrital das Actividades Económicas do Distrito de Chiure. Sr. Timane Chefe do Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia Sr. Castro Chefe Adjunto do Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro de Terras e Florestas Sr. Manhique Chefe do Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro de Terras e Florestas Sr. Dionísio - Técnico do Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro de Terras e Florestas Sr. João - Técnico do Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro de Terras e Florestas Sr. Eusébio - Engenheiro dos Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro de Terras e Florestas Sr.??? Substituto do Director Provincial da Agricultura Sr.??? Chefe do Departamento de Administração e Finanças da Direcção Provincial da Agricultura Por indisponibilidade de Tempo não foi possível visitar o Distrito de Mecufi Nota: O Mapa da distribuição espacial das Terras Disponíveis na Província de Cabo Delgado e respectivos distritos visitados consta do Anexo II. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

51 ii. RELATORIO DO TRABALHO DE VALIDAÇÃO DA PROPOSTA DE ZONEAMENTO AGRÁRIO DA PROVÍNCIA DE NAMPULA Por: Castelo J. A. Banze De 10 a 23 de Abril de 2008, o signatário deste relatório esteve na Provincia de Nampula onde, em colaboração com os técnicos dos Serviços Provincia de Geografia e Cadastro da Direccão Provincial da Agricultura, realizou consultas a ninel provincial e distrital com vista a validação da proposta preliminar do zoneamento agrário elaborada centralmente pelos técnicos do IIAM e da DNTF do Ministério da Agricultura e apresentado em forma de áreas mapeadas à escala de 1 / Feita a apresentação junto à DPA, onde se explicou o objectivo do trabalho e a metodologia a seguir, o Director indicou o sector de geografia e cadastro para disponibilizar o apoio técnico e material para o andamento do trabalho. A metodologia que se seguiu consistiu em realizar visitas de trabalho junto às Direcções Distritais de Actividades Económicas (SDAE) onde recaiam áreas identificadas pela equipa central de zoneamento para, junto aos recpectivos Directores e técnicos ligados ao sector agrario, proceder a consultas sobre a validade das propostas apresentadas no mapa de zoneamento e colher sensibilidades sobre outras possíveis áreas que se podiam agregar à proposta apresentada, explicados os criterios defenidos para o mapeamento a esta escala. Feitas as observações sobre o mapa seguia se a fase do inquérito sobre as áreas previamente proposta pela eguipa de IIAM/DNTF e as propostas pelos SDAE Deste modo, foram visitados 9 dos 11 distritos inicialmente previstos, onde se trabalhou junto aos Serviços Distritais de Actividades Económicas (SDAE) de Lalaua, Mogincual, Nampula, Mogovola, Angoche, Ribaue e Moma, Mecuburi e Murrupula. Não foi possível realizar visitas aos Distritos de Memba e Malema. No geral as manchas de terra disponível delimitadas pela equipe central foram todas acolhidas como existentes exceptuando o distrito de Ribaue que sugeriu a retirada das duas manchas, justificando que nessas áreas estavam em curso intensas actividades de fomento de algodão e tabaco. Todos os distritos visitados sugeriram novas áreas como terra disponível de imediato para investimentos agrários, fazendo subir a cifra inicial de terras disponíveis da Província de Napula de ha para aproximadamente ha. Como resultado deste exercício de consulta apresento um mapa em formato digital com as sugestões das autoridades distritais contactadas. Maputo, 29 de Abril de 2008 Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

52 Anexos: - Cronograma de actividades - Esboço das áreas de terra disponível (antes da validaçao) Cronograma de actividades realizadas DATA ACTIVIDADES OBSERVAÇÕES 10/04/08 Viagem de Maputo para Nampula Apresentação ao DPA, e técnicos dos SPGC e 11/04/08 dos SPFFB Trabalho com o Director dos SDAE de Lalaua 12/04/08 Trabalho com o Director dos SDAE de Nampula 13/04/08 DOMINGO 14/04/08 Trabalho com o Director e técnicos dos SDAE de Murrupula 15/04/08 Trabalho com o Director dos SDAE de Mecuburi 16/04/08 17/04/08 18/04/08 Trabalho com os Técnicos dos SDAE de Mogovolas Nao foi possivel realizar o trabalho por falta de transporte Trabalho com o Director dos SDAE de Mogincual 19/04/08 Trabalho com o Director dos SDAE de Ribaue 20/04/08 Domingo 21/04/08 Trabalho com o Director dos SDAE de Angoche Trabalho com o Técnico de Planificação dos SDAE de Moma ( o Director e outros técnicos 22/04/08 estavam envolvidos em trabalhos relacionados com passagem da depressão tropical Jokwe. 23/04/08 Viagem de Nampula para Maputo Resultados do trabalho anotados no mapa e fichas de inquérito Resultados do trabalho anotados no mapa e fichas de inquérito Resultados do trabalho anotados no mapa e fichas de inquérito Resultados do trabalho anotados no mapa e fichas de inquérito Resultados do trabalho anotados no mapa e fichas de inquérito A viatura que estava em uso foi afecta aos trabalhos relacionados com a visita presidencial à Provincia Resultados do trabalho anotados no mapa e fichas de inquérito Resultados do trabalho anotados no mapa e fichas de inquérito Resultados do trabalho anotados no mapa e fichas de inquérito Resultados do trabalho anotados no mapa e fichas de inquérito Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

53 Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

54 iii. VALIDAÇÃO DOS RESULTADOS DO ZONEAMENTO AGRÁRIO A NÍVEL NACIONAL - PROVÍNCIA DA ZAMBÉZIA INTRODUÇÃO Decorreu de 10 a 23 de Abril de 2008, o trabalho de validação dos resultados do Zoneamento Agrário de Moçambique. Para tal, foram criadas e distribuídas brigadas técnicas de nível central pelas distintas províncias do país. A cada uma delas foram sendo integrados outros de nível provincial e distrital. Neste âmbito, para o levantamento de dados na província da Zambézia estiveram envolvidos os seguintes técnicos: A nível Central - Carla Cuambe (Enga. Florestal da Direcção Nacional de Terras e Florestas DNTF), e - Paulo Benzane (Investigador Auxiliar de Investigação Agrária IIAM A nível Provincial - João Machel (Técnico dos Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia - SPFFB), e - Santos Júlio Muneme (Técnico dos Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro - SPGC) Para a Província da Zambézia, o trabalho teve o seu início no dia 11 de Abril de 2008, com o encontro entre os técnicos dos SPFFB e SPGC. Colhidos mais subsídios e alargada a brigada com a integração de técnicos provinciais, a equipa foi recebida pelo Director Provincial da Agricultura, Senhor Mahomed Valá. Com este, analisaram-se pormenorizadamente os mapas preliminares, fizeram-se observações, correcções e sugestões. Em seguida traçou-se a estratégia para a visita aos distritos, considerando a limitação do tempo concedido para o trabalho de campo. Outras instituições contactadas são a Direcção Provincial de Coordenação da Acção Ambiental, Direcção Provincial de Turismo e Secretaria Provincial. METODOLOGIA E TRABALHO DE CAMPO Para a escolha dos distritos a visitar, definiu-se que seriam visitados os com vastas áreas potencialmente disponíveis para actividades agrárias e excluídos aqueles com baixa disponibilidade e/ou de difícil acesso. Os distritos visitados são Maganja da Costa, Pebane, Alto Molócue, Gurúe, Milange, Morrumbala e Mocuba. Enquanto que os distritos de Nicoadala, Ile, Inhassunge, Namarroi, Mopeia e Namacurra foram excluídos por não possuir áreas importantes disponíveis para projectos agrários. Chinde foi igualmente excluído devido ao seu difícil acesso. Em cada um dos distritos visitados trabalhou-se com Administradores, Directores dos Serviços para Actividades Económicas, Técnicos de Geografia e Cadastro, Florestas e Fauna Bravia e Extensão Rural. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

55 RESULTADOS De um modo geral a área disponível para a Província da Zambézia é de ha. Em alguns casos identificaram-se novas áreas, enquanto que noutros reduziram-se as áreas parciais identificadas, com a sobreposição dos diferentes usos de terra (DUATs). 1. Distrito de Maganja da Costa: Pessoas contactadas: director do SDAE sr Revés Lino Jorge Meneses e técnico de Geografia e Cadastro, o sr Carlos Fernando Muzóngwe. Dos 97 mil ha de terra disponíveis, a cifra baixou para 37 mil hectares. Parte da área anteriormente indicada como terras disponíveis incluía as plantações de coqueiros, os campos de MADAL e as zonas actualmente povoadas, que se estendem da Costa à sede distrital. A área que sobra, é parte do regadio Munda-Munda, com 465 há. Uma nova área foi identificada, e estende-se de Morrola (Posto Administrativo de Mocubela) a Nabrico (Posto Administrativo de Bajone). É possível identificar igualmente, de forma dispersa áreas de pequenas dimensões (500 a 1000 ha). A área total disponível para o Distrito é estimada em ha. 2. Distrito de Pebane: Pessoas contactadas: Administrador do distrito - António Santarém Duarte, e Director dos SDAE, senhor Moisés Júlio Paulino. Com a sobreposição das ocupações, as manchas de terras disponíveis do distrito reduziram. Os tipos de ocupação alí existentes incluem; concessão mineira em Molotone, o palmar da Companhia do Zambeze que se estende até ao rio Ligonha, e a grande concentração populacional na faixa entre Pebane sede e localidade de Nabe. Não obstante, parte da mancha de Moebase foi confirmada e alargada no sentido sudeste (localidade de Moebase ao povoado de Txáti). Foi igualmente identificada uma nova em Mucocoro, que vai de Morrogane à estrada nacional Pebane-Naburi e do rio Mulela ao rio Moebase. A área total disponível para o Distrito é estimada em ha. 3.Distrito do Alto Molócue: Pessoas contactadas: Administrador, sr Joaquim Fernando Paháre, Director dos SDAE s sr. Titos Alcindo Celestino e técnico dos SDGC sr. Virgílio Afonso Colaço. Aqui confirmou-se a disponibilidade de terra da localidade de Namilepe, Posto Administrativo de Nauela e excluíram-se as restantes (duas). Adicionaram-se quatro novas áreas nomedamente: nas localidades de Carmamo, Comua, Cololo e Chapala. A área total disponível para o Distrito é estimada em ha. 4. Distrito do Gúruè: Pessoas contactadas: Administrador Fernando Namúcua, Director dos SDAE, sr António Capete e Técnico dos SDGC sr Abílio Carvalho Copoa. Confirmou-se a disponível de terra anteriormente marcada e identificaram-se duas novas vastas áreas, nomeadamente área que abrange a Localidade de Tetete e sul da localidade de Magige e área que se estende do rio Mutuali ao Lúrio a Norte do Posto Administrativo de Lioma (Sede). A área total disponível para o Distrito é estimada em ha. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

56 5. Distrito de Milange: Pessoas contactadas: Director dos SDAE sr Daúdo Jalilo Foram confirmadas as manchas de terra disponível. Foram igualmente acrescidas novas áreas unindo as manchas anteriores numa faixa que se estende do sul na localidade de Coromana a norte na localidade de Molumbo e a Este no limite dos distritos de Namarrói e Gúruè. A área total disponível para o Distrito é estimada em ha. 6. Distrito de Morrumbala: Pessoas contactadas: Técnico dos SDGC sr Albino dos Santos Meneses e Técnico de Extensão Rural, sr. Carimo Santos Capece. A faixa sul da área disponível foi desanexada por existência de muitos Centros de Reassentamentos do Vale do rio Chire. Confirmou-se no entanto, a área a partir da sede do Posto Administrativo de Megaza até a Localidade de Chilomo no Posto Administrativo de Chire. Foi acrescida a área disponível a partir da faixa anterior na direcção Este, em toda a sua extensão. A área total disponível para o Distrito é estimada em ha 7. Distrito de Mocuba: Pessoas contactadas: Substituto do Director dos SDAE, sr João Aguacheiro, Técnico de SDGC, sr Baptista Matope e Técnico de Extensão Rural, sr. Caetano Cariate. As pequenas e dispersas manchas anteriormente identificadas como terras disponíveis estão sendo actualmente trabalhadas pela população. O distrito apresenta novas áreas para projectos agrários dentro das antigas machambas de Mocuba Sisal e de Lopes Irmãos (algodão) que ocupam extensas áreas, mas sem proveito adequado. A área total disponível para o Distrito é estimada em ha Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

57 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES A área total disponível para desenvolvimento de projectos agrários na província da Zambézia é estimada em hectares, considerando apenas as grandes áreas contínuas identificadas nos diferentes distritos. No entanto, tal área aumenta se tiver em conta que existem outras áreas dispersas de extensão entre 500 e 1000 hectares. Existem igualmente áreas de difícil acesso, presentemente excluídas, porque requerem grandes sinergias, mas que poderiam ser disponíveis para grandes investidores. Na percepção da província a classificação de terra disponível inclui as áreas abandonadas pelas antigas Companhias Agrícolas (ex. colonatos) e Empresas Estatais agrárias presentemente abandonadas e parcialmente usadas inadequada e desordenadamente pela população. Nos casos em que a população fixou residências nas áreas será necessário reassenta-la ordenadamente em outras áreas, criando condições de estas virem a constitui a mão-de-obra local para estes empreendimentos. As áreas comunitárias não constituem impedimento para investimentos e foram incluídas nas áreas disponíveis. As áreas disponíveis poderiam ser igualmente classificadas de acordo com a capacidade do investidor. Sendo que as áreas de difícil acesso ou marginais sejam atribuídas aos grandes investidores enquanto que as outras, de fácil acesso e boa fertilidade natural, para os pequenos (nacionais). Para a validade a longo prazo deste levantamento de terras disponíveis, recomenda-se a elaboração de um Plano de Uso de Terra de modo a ordenar os diferentes usos que se pretende. E para salvaguardar estas áreas recomenda-se a criação de reservas para o desenvolvimento e consequente expansão dos projectos agrários. CONSTRANGIMENTOS O tempo disponibilizado para a execução do trabalho, não permitiu a visita a todos os distritos potenciais, especificamente ao Chinde, de difícil acesso. Por outro lado, em muitos dos distritos visitados não foi possível contactar os Administradores e/ou Directores dos SDAEs por estes se encontrarem a desenvolver outras actividades. Em outros casos os respectivos responsáveis eram novos, com pouca informação a acrescentar. AGRADECIMENTOS A equipa de trabalho agradece o apoio incondicional prestado pelas direcções e técnicos das diversas instituições contactadas em todos os níveis, que apesar da carga e sobreposição das actividades na sua agenda, disponibilizaram o seu tempo e saber, sobretudo aos fins-desemana e tempo para além das horas normais de expediente, para que este trabalho fosse realizado. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

58 Equipa de Trabalho de Validação dos Resultados do Zoneamento Agrário a Nível da Província da Zambézia - Carla Cuambe (DNTF) - Paulo Benzane (IIAM) - João Machel (SPFFB) - Santos Muneme (SPGC) Zambézia, Quelimane 22 de Abril de 2008 Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

59 iv. RELATÓRIO DE VALIDAÇÃO DAS ÁREAS DISPONÍVEIS PARA GRANDES INVESTIMENTOS AGRÁRIOS PROVÍNCIA DE SOFALA Equipe: Jorge Rafael Francisco Introdução A fim de conhecer a disponibilidade de terra para novos investimentos para a província de Sofala, foi efectuado um estudo preliminar para delinear terras sem nenhum tipo de uso, que não tenham sido ocupadas por qualquer um investimento ou empreendimento para defini-las como terras disponível. Conceito de Terra disponível no contexto: E terra disponível não se sobrepõe com os seguintes interesses: Florestas produtivas Floresta densa (sempre verde decídua) Floresta aberta (sempre verde e decídua) Áreas de conservação Parques e Reservas Nacionais Coutadas e Concessões Florestas de Protecção Mangais Campos Cultivados (culturas anuais, canaviais) Cultivos Arbóreos (Cajueiros, Chá & Coqueiros) Plantações Florestais (Reflorestamentos Actuais) Áreas descobertas (solo sem cobertura vegetal, ex. dunas, leitos dos rios, áreas habitacionais, etc.) Agricultura Itinerante com Florestas Florestas com Agricultura Itinerante Objectivos Este trabalho de reconhecimento de campo teve como objectivos: Revalidar o mapa preliminar das áreas disponíveis para actividades de investimento agrário, na Província de Sofala, num total de ,00 ha Identificação de outras áreas potencialmente livres e que não foram inclusas no mapa preliminar das terras disponíveis Recolher a informação existente na Província, no que se relaciona às ocupações de terra actuais (DUAT s) por tipo de uso (agricultura, pecuária, concessões florestais, etc.); processos ainda em tramitação; e projectos de investimento em curso e em pipeline que poderão já ter uma área prevista para ocupação Recolher informação de planos de uso de terra e dos Perfis de desenvolvimento económico da Província Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

60 Fazer uma avaliação dos critérios usados para identificação das áreas disponíveis O trabalho de campo (na província) decorreu no período de 10 a 24 de Abril de 2008, após se ter realizado, com todas as equipes que se deslocaram às províncias, uma visita de trabalho e de treino à Província de Maputo e ao distrito de Magude, que serviu de base para definir a metodologia e abordagem a ser usada pelas equipes na recolha de informação. Metodologia adoptada A metodologia utilizada neste zoneamento consistiu na recolha, sistematização e compatibilização das diferentes bases de dados existentes, nomeadamente: (i) solos, topografia e clima - à escala de 1: (de onde se derivaram as áreas potenciais para agricultura, plantações florestais para fins comerciais e pastagens), (ii) cobertura vegetal e uso de terra à escala de 1: (a partir do qual se excluíram as florestas produtivas, áreas actualmente cultivadas, plantações existentes, áreas habitacionais, áreas de agricultura itinerante com florestas e florestas com agricultura itinerante, (iii) áreas de conservação (parques e reservas nacionais, coutadas), cadastro/concessões e florestas de protecção (bacias de captação) no que concerne o nível nacional e (i) Centros de reacentamento, (ii)fazendas bravias, (iii) Concessões florestais (situação actual), (iv)concessões em tramitação, (v) Coutadas (situação actual) e parcelas com DUAT s (situação actual) ao nível da província. Trabalho de Campo realizado na Província: O processo de exclusão das diferentes áreas verdes na Província O processo de exclusão das diferentes áreas Verdes no mapa nacional, teve como base o mapa preliminar produzido da análise de dados acima referidos ao nível da brigada central e obedeceu os seguintes passos: 1. Interpretação do mapa com a equipe provincial de modo a reconhecer as áreas ora em verde 2. Verificar a existência ou não daquelas áreas 3. Porque ao nível central tinham-se tido como Excluídas a) todas as áreas ocupadas por florestas produtivas: - formações florestais nativas de onde se extrai produtos madeireiros e seus derivados, sendo constituídas por florestas densas sempre verdes e densas decíduas, e as florestas abertas sempre verdes e abertas decíduas. b) formações vegetais classificadas de mangais e outros tipos de florestas localizadas nas nascentes naturais de rios e as formações florestais ribeirinhas c) áreas sem cobertura vegetal, por exemplo, dunas activas, e leitos dos rios e das lagoas sazonais, d) áreas de conservação (parques e reservas nacionais), coutadas, cadastros/concessões e e) áreas actualmente em cultivo permanente com culturas anuais, plantações florestais e áreas habitacionais. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

61 Em resumo, foram excluídas da terra disponível as áreas cobertas por florestas produtivas, mangais, campos cultivados (culturas anuais, canaviais), cultivos arbóreos (pomares de cajueiros, coqueiros, citrinos), plantações florestais, áreas descobertas (dunas não vegetadas, leitos de rios, etc.), áreas de conservação (parques e reservas), coutadas, cadastros/concessões e florestas de protecção. O trabalho de campo compreendeu a realização de uma série de contactos com instituições a nível provincial e distrital em particular com a: DPA e seus órgãos na província: SPGC, SPFFB Administrações distritais e seus órgãos locais (Postos Administrativos, Localidades, e Células/Povoações Serviços Distritais das Actividades Económicas e Topógrafos Distritais E com esta base, seguindo ao mesmo modelo e baseando-se nos resultados do mapa do cenário 2 de Sofala, a equipe formada na província, procedeu ao trabalho de verificação para confirmar e validar a existência de manchas verdes naquele e a refinação das áreas tomando em conta aos dados mais actualizados existentes na província pelos Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro (SPGCS) em coordenação com os Serviços de Florestas e Fauna Bravia (SPFFB), tais como: Centros de reacentamento Fazendas bravias Concessões florestais (situação actual) Concessões em tramitação Coutadas (situação actual) Parcelas (situação actual) Para confirmação das áreas disponíveis realizaram-se visitas aos distritos previamente seleccionados na Província de acordo ao potencial preliminar de terra disponível. A caracterização das manchas e em confrontação baseada na sobreposição e subtracção de partes em comum com dados existentes permitiu refinar/ melhorar o mapa para proposta ao programa subsequente ao nível dos distritos. Para permitir que as manchas no novo mapa fossem individualmente tratados segundo a sua ocorrência no mapa e sua distribuição espacial e características, foram criados códigos individuais constituídos por letras e números sendo a parte de letras, as iniciais do nome do distrito onde ocorre e o número a ordem de registo. Ex. Dondo1 significa que a terra disponível com código Dondo1 localiza-se no distrito de Dondo e é a primeira mancha confirmada pela província existente. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

62 Resultados O Mapa Preliminar das áreas disponíveis Usando os critérios de exclusão de áreas previamente definidos na Fase I do zoneamento foi elaborado um mapa preliminar para orientação no campo. Por falta de informação completa no banco de dados nacional, não se incluiu no mapa preliminar a totalidade dos processos existentes de uso de terra, sejam eles de DUAT s autorizados ou em tramitação, Concessões Florestais, Talhões Urbanos, Zonas de Turismo, Zonas Mineiras, etc., de acordo com os critérios definidos para exclusão de áreas na Fase II Resultados de zoneamento - Cenário2 (antes da validação) Distrito Terra disponível (ha) Caia ,00 Muanza ,00 Chibabava ,00 Dondo ,00 Nhamatanda ,00 Buzi ,00 Machanga 7.200,00 Gorongosa ,00 Marromeu ,00 Cheringoma ,00 Maringue ,00 Chemba ,00 Total ,00 Área total = ,00 ha Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

63 Encontros realizados na Província 1. No primeiro encontro com o Responsável dos SPGC, realizado no dia de chegada da equipe à cidade da Beira, fez-se uma breve informação dos objectivos e dos critérios usados para elaboração do mapa preliminar indicando as áreas disponíveis da província. 2. Sessão de trabalho nos SPGC para recolha de informação referentes aos processos de pedidos de uso de terra (DUAT's) e dos processos em tramitação e outros dados relevantes como coutadas, etc. 3. Encontro com o SPFFB para recolha de informação referente às áreas ocupadas pelas concessões florestais. 4. Definiu Definiu-se o plano de trabalho e a necessidade de se visitar com prioridade os distritos do norte de Inhambane. Os SPGC foram indicados como focal point de trabalho e a necessidade de se visitar com prioridade os distritos com potencial. Os SPGC foram indicados como focal point. Recolha da informação disponível 1. Confirmação das ocupações e DUAT's, e Processos de pedido de Uso de Terra em tramitação: Verificou-se que havia DUAT s já digitados pelos SPGC mas que não tinham sido excluídos do mapa preliminar por falta de informação na base de dados nacional. Embora os SPGCS tenham disponibilizado os shape-files dos DUAT s já digitados, estes não correspondiam à área considerada como ocupada pelos SPGC. Por isso foi necessário confrontar com a informação existente no cadastro de terras: Verificou-se que muitos dos croquis dos processos lançados no ATLAS e TOMO Distritais dos cadastros se localizavam nas manchas verdes e não estavam representados nos shape-files dos DUAT s, estando estes ainda sendo digitados Através da observação dos DUAT s lançados no ATLAS (novo e velho) dos mapas da província dos Tomos Distritais com a informação das concessões florestais, estas áreas foram marcadas para exclusão no mapa preliminar da terra disponível. Existe uma serie de com uma maior densidade populacional (Áreas Comunitárias), deveriam ser consideradas não livres para o investimento agrário, foram reconhecidas e exceptuadas. Considerou-se que a zona junto ao rio zambeze no norte da província deveria ser retirada como disponível devido ao elevado número de ocupações e de concentração populacional por um lado como é o caso de Caia, e pelo outro, de áreas inexistentes por causa de erosão. De acordo com o conhecimento dos técnicos da Província, áreas superiores a 1000 ou ha poder-se-iam encontrar mais facilmente nos distritos de Chemba, Chibabava, Dondo, Nhamatanda e Buzi e manchas pequenas em Caia, Maringue e Marromeu. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

64 Ficou claro que ainda há muita informação referente a DUAT s a ser extraída das terras disponíveis. Estas áreas estão ainda sendo digitadas pelos SPGC. Por este motivo decidiu-se que a metodologia seria principalmente o contacto com as respectivas SDAEs, técnicos de SPGC distritais ou topógrafos distritais, e aumentar-se a possibilidade de visitas aos locais para colheita de coordenadas de GPS para registo de informação que permitisse refinar os mapas preliminares. Visita aos distritos e às áreas verdes e propostas de alteração das áreas disponíveis Visto os distritos indicados como tendo maior disponibilidade de terra estarem em direcções opostas, e ter-se verificado que as vias de acesso para alguns estarem inacessíveis decidiu-se começar as visitas de campo pela zona centro da Província ( Dondo e Nhamatanda) e seguir para o sul, Chibabava e passando por Buzi para no final dirigir-se a Caia e Chemba. Devido ao tempo bastante limitado e distancias longas da área a percorrer, deu-se prioridade ao contacto com os SDAEs e técnicos dos SPGCS nos distritos para a observação de algumas das áreas verdes nos respectivos distritos. Oportunamente contactou-se os administradores. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

65 Resultados antes de confirmação com os distritos Tabela 1: Estimativas das áreas por distrito antes da confirmação aos distritos Código da Área Total Distrito Distrito Área (Ha) Chemba Chemba ,37 Chemba , ,82 Caia Caia ,62 Caia ,13 Caia ,57 Caia ,01 Caia , ,47 Maringue Maringue ,41 Maringue , ,98 Dondo Dondo ,56 Dondo ,86 Dondo , ,64 Nhamatanda Nhamatanda ,37 Nhamatanda ,89 Nhamatanda , ,85 Buzi Buzi ,48 Buzi ,98 Buzi , ,02 Chibabava Chibabava ,54 Chibabava ,88 Chibabava ,48 Chibabava ,47 Chibabava ,53 Chibabava6 622,06 Chibabava7 158,91 Chibabava8 199, ,56 Marromeu Marromeu , ,51 Total , ,84 Cerca de 27 manchas constituíram o resultado preliminar de verificação e confirmação com a brigada provincial. E cerca de ,00 ha foi o total de área de terra disponível encontrada preliminarmente para a província de sofala. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

66 Tabela 2: Alterações propostas de áreas a eliminar e/ou adicionar Área identificada Condição de exclusão Entre Sena e Chemba - Terra inexistente, terra ao longo do rio completamente errodida, falta actualização no mapa topográfico Junto a sede de Sena - Pratica de agricultura itinerante e erosão Parte sul de Caia - Sobreposição com coutadas Sul de Maringue e Norte de Gorongosa - Sobreposição com as Coutadas 3 e 1 Maringue - Sobreposição com as coutadas 6 e 3 Serra da Gorongosa - Agricultura itinerante e Campos cultivados Muanza - Parcialmente coberto por concessões florestais, fazendas de bravio, áreas florestais e coutada 10 Norte de Nhamatanda - Área reduzida: 1. Alta densidade populacional ao longo do corredor, 2. Sobreposição com DUAT s, 3. Zona com grande densidade populacional (zona urbana) Dondo - Área reduzida: 1. Grande demanda de DUAT s, 2. Agricultura itinerante, 3. Concessões florestais, 4. Maior densidade populacional Cidade da Beira - Buzi - Área reduzida: 1. Densidade populacional e 2. DUAT s Machanga - Sobreposição com a coutada oficial 05 Chibabava - Área reduzida: 1. Densidade populacional e 2. Sobreposição com a coutada oficial 05 (Faça uma comparação dos dois mapas) Áreas Confirmadas pelo órgão provincial (por verificar nos distritos) Distrito Código da área Chemba Chemba 1 Chemba 2 Caia Caia1 Caia2 Caia3 Caia4 Caia5 Maringue Maringue 1 Maringue 2 Dondo Dondo 1 Dondo 2 Dondo 3 Nhamatanda Nhamatanda1 Nhamatanda2 Nhamatanda3 Distrito Código área Buzi Buzi1 Buzi2 Buzi3 Chibabava Chibabava1 Chibabava2 Chibabava3 Chibabava4 Chibabava5 Chibabava6 Chibabava7 Chibabava8 Marromeu Marromeu 1 Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

67 Resultados de confirmação com os distritos Principais Característica e Limitações para o investimento agrário Seguindo a mesma metodologia, o trabalho de verificação foi levado a cabo nos distritos com ocorrências das manchas verdes uma por uma. Resultados dos distritos: 1. DISTRITO DE DONDO Eram confirmadas existirem 3 manchas, Dondo1, Dondo2 e Dondo3 e depois a mancha dondo1 não foi confirmada existir. Características das manchas 1.1 CÓDIGO DA MANCHA: Dondo1 Província: Sofala Acesso: Distância da sede: População: Recursos hídricos: Relevo: Solo: Tipo de Vegetação: Actividades económicas: LOCALIZAÇÃO: Distrito: Dondo Posto Administrativo: Regulado: Sede Mafambisse Povoado: Nhamacuenguere Área total em ha: aproxim. = 7.166,24 CARACTERISTICAS - Picadas precárias condicionadas a época do ano (sem acesso na época chuvosa) - 23 km de Savane - Terreno com população de forma dispersa e machambas em volta das casas. - O rio Dinguedingue constitui a fonte de agua para este terreno - planície - Franco-Argilosos de bacias aluvionares - Manchas de floresta média aberta e maioritariamente planície com sítios pantanosos Agricultura tradicional e licenças simples PRINCIPAIS LIMITAÇÕES Acesso condicionado e fraco poder económico dos camponeses Uso recomendado: Agricultura Observações: Existência de um processo em tramitação que pode comprometer a disponibilidade Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

68 1.2 CÓDIGO DA MANCHA: Dondo 2 Província: Sofala Acesso: Distância da sede: População: Recursos hídricos: Relevo: Solo: Tipo de Vegetação: Actividades económicas: LOCALIZAÇÃO: Distrito: Posto Administrativo: Sede Regulado: Dondo Mafambisse Povoado: Monzue, Deme Maguacua e Nhamissenguere Área total em ha: aproxim. = ,39 CARACTERISTICAS - Por duas vias : - Beira (picada até a casa do régulo, condicionada a época do ano) e EN1-30 km de Savane - 60 km de Dondo e Para Nhamissenguere entra-se pela via Beira - Terreno com população de forma dispersa e machambas em volta das casas. - O rio Sanguesse constitui a fonte de agua para este terreno - planície - Franco-Argilosos de bacias aluvionares - Manchas de floresta média aberta e maioritariamente planície com sítios pantanosos Agricultura tradicional e licenças simples PRINCIPAIS LIMITAÇÕES Acesso condicionado e fraco poder económico dos camponeses Uso recomendado: Agricultura e Pastagens Observações: Pode haver uma maior concentração de população na sede Maguacua Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

69 2. DISTRITO DE NHAMATANDA Foram confirmadas existirem 3 manchas, nhamatanda1, Nhamatanda2 e Nhamatanda3 que se tinha apurado ao nível da província 2.1. CÓDIGO DA MANCHA: Nham 1 Província: Sofala Acesso: Distância da sede: População: Recursos hídricos: Relevo: Solo: Tipo de Vegetação: Actividades económicas: LOCALIZAÇÃO: Distrito: Posto Administrativo: Sede Regulado: Nhamatanda Nhampoca Localidade: Nhampoca Área total em ha: aproxim. = ,08 CARACTERISTICAS - Picadas, difícil acesso no tempo - 24 km de Muda - 30 km da sede Nhamatanda - Terreno com população de forma dispersa e machambas em volta das casas. - O rio Pungue constitui a maior fonte de agua para este terreno e também existem alguns lagos pequenos - planície - Argilosos com boa fertilidade - Típica das margens dum rio numa planície - gramíneas Agricultura tradicional e licenças simples e pecuária PRINCIPAIS LIMITAÇÕES: - Acesso condicionado e fraco poder económico dos camponeses - inundações periódicas no tempo de cheias Uso recomendado: Agricultura e Pastagens Observações: A ORAM desenvolve um projecto comunitário nesta área. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

70 2. 2. CÓDIGO DA MANCHA: Nham 2 Província: Sofala Acesso: Distância da sede: População: Recursos hídricos: Relevo: Solo: Tipo de Vegetação: Actividades económicas: LOCALIZAÇÃO: Distrito: Posto Administrativo: Sede Regulado: Nhamatanda Nhampoca Localidade: Macorococho Área total em ha: aproxim. = 5.179,89 CARACTERISTICAS - Picadas km de Nhamatanda via EN1-65 km de Nhamatanda via Vila - Terreno com população de forma dispersa e machambas em volta das casas. - O rio Muda e seus ramais constituem a maior fonte de agua para este terreno - Planalto com declives pouco acentuados - Marginais - Arbustos com floresta média Agricultura tradicional e licenças simples, pecuária e exploração mineira PRINCIPAIS LIMITAÇÕES - Acesso condicionado e fraco poder económico dos camponeses Uso recomendado: Agricultura/ Pastagens e uma parte com uso limitado Observações: - Existência de um processo em tramitação de DUAT com 8.000ha que pode comprometer a disponibilidade - Projecto de plantação de Eucaliptos e Jatropha 3. CÓDIGO DA MANCHA: Nham 3 Província: Sofala Acesso: Distância da sede: População: Recursos hídricos: Relevo: Solo: Tipo de Vegetação: Actividades LOCALIZAÇÃO: Distrito: Posto Administrativo: Sede Regulado: Nhamatanda Nhampoca Localidade: Macorococho e Mucicavo Área total em ha: aproxim. = ,39 CARACTERISTICAS - Picadas - 65 km de Nhamatanda via Vila km de Nhamatanda via EN1(opcional) - Terreno com população de forma dispersa e uma maior concentração junto a sede Macorococho e machambas em volta das casas. - O rios Macorococho e Mucicavo constituem as maiores fontes de agua para este terreno - Planalto com declives suaves - Bons, alta fertilidade - Arbustos com floresta média Agricultura tradicional e licenças simples, pecuária e exploração mineira Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

71 económicas: PRINCIPAIS LIMITAÇÕES - Acesso condicionado e fraco poder económico dos camponeses - inundações periódicas no tempo de cheias Uso recomendado: Geral (Agricultura, Pastagens Florestas, uso limitado) Observações: - A açucareira tenciona usar esta área para a sua expansão E considerada como o celeiro do distrito dado ao seu nível de fertilidade. 4. DISTRITO DE CHIBABAVA Eram confirmadas existirem 8 manchas, Chibabava1 ate Chibabava8 E depois, com o distrito, apenas não se confirmou a disponibilidade de Chibabava2 por sobrepor com uma concentração elevada da população. Esta área esta mesmo junto da sede CÓDIGO DA MANCHA: Chiba 1 Província: Sofala Acesso: Distância da sede: População: Recursos hídricos: Relevo: Solo: Tipo de Vegetação: Actividades económicas: LOCALIZAÇÃO: Distrito: Posto Administrativo: Regulado: Chibabava Goonda Localidade: Chinhica e Chimunda Área total em ha: aproxim. = ,97 CARACTERISTICAS - Picadas via Dombe e atravessando o - 40 km de batelão - Terreno com população de forma dispersa e machambas ao longo das margens do rio Lucite. - O rio Lucite constitui a maior fonte de agua para este terreno - Planície - Franco arenosos - Floresta média aberta e gramíneas Agricultura tradicional e licenças simples, pecuária e exploração mineira PRINCIPAIS LIMITAÇÕES - Acesso condicionado e fraco poder económico dos camponeses - inundações periódicas no tempo de cheias - Falta de agua Uso recomendado: Pastagens e uso limitado Observações: - Um banco de Poupança Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

72 4. 2. CÓDIGO DA MANCHA: Chiba 2 Província: Sofala Acesso: Distância da sede: População: Recursos hídricos: Relevo: Solo: Tipo de Vegetação: Actividades económicas: LOCALIZAÇÃO: Distrito: Posto Administrativo: Sede Regulado: Chibabava Macune Localidade: Sede Povoados: Chiphamusse Área total em ha: aproxim. = 3.350,48 CARACTERISTICAS - Picadas - 34 km da sede - Chibabava - Terreno com população de forma dispersa - O rio Buzi constitui a maior fonte de agua para este terreno - Planície - Franco arenosos - Floresta média aberta e gramíneas Agricultura tradicional e licenças simples, pecuária e exploração mineira PRINCIPAIS LIMITAÇÕES - Acesso condicionado e fraco poder económico dos camponeses - Falta de agua Uso recomendado: Pastagens e uso limitado Observações: - Construção de Posto de Saúde, Escola e duas residências CÓDIGO DA MANCHA: Chiba 3 Província: Sofala Acesso: Distância da sede: População: Recursos hídricos: Relevo: Solo: Tipo de Vegetação: Actividades económicas: LOCALIZAÇÃO: Distrito: Posto Administrativo: Regulado: Macune Chibabava Muxungue Localidade: Mucheve Povoados: Zove e Chirmutanda Área total em ha: aproxim. = 5.056,47 CARACTERISTICAS - Picadas - 15 km Muxungue - Terreno com população de forma dispersa - O rio Gorongonzi constitui a maior fonte de agua para este terreno - Planície - Franco arenosos - Floresta média aberta e gramíneas Agricultura tradicional e licenças simples e pecuária PRINCIPAIS LIMITAÇÕES - Acesso condicionado e fraco poder económico dos camponeses - Falta de agua Uso recomendado: Agricultura e Pastagens Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

73 4. 4. CÓDIGO DA MANCHA: Chiba 4,5,6 e7 LOCALIZAÇÃO: Província: Sofala Distrito: Chibabava Posto Administrativo: Muxungue Regulado: Localidade: Mucheve Povoados: Chirongue Área total em ha: aproxim. = Chiba 5 = ,53, Chiba 6 = 622,06, Chiba 7= 158,91 e Chiba = 199,69 CARACTERISTICAS Acesso: - Picadas Distância da - 35 km Muxungue sede: População: - Terreno com população de forma dispersa Recursos hídricos: - O rio Gorongonzi constitui a maior fonte de agua para este terreno Relevo: - Planície Solo: - Franco arenosos Tipo de - Floresta média aberta de miombo e gramíneas Vegetação: Actividades Agricultura tradicional e licenças simples e pecuária económicas: PRINCIPAIS LIMITAÇÕES - Acesso condicionado e fraco poder económico dos camponeses - Falta de agua mas pode-se fazer poços Uso recomendado: Diversos (veja o anexo III) Observações: NOVAS MANCHAS: Código CP1 Nome: Hamamba Área estimada: ,46 ha Posto Administrativo: Goonda Localidade: Hamamba Povoado: Hamamba e Gerome Vegetação dominante: Capim e floresta Tipo de uso: Carvão e madeira, alguns cemitérios Uso recomendado: Agricultura e Pastagens, parte com limitação Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

74 5. DISTRITO DE CAIA Eram confirmadas existirem 4 manchas, Caia1 ate Caia4, depois da confirmação apenas uma, Caia 4 focou confirmada existir 1. CÓDIGO DA MANCHA: CAIA1 Província: Sofala Acesso: Distância da sede: População: Recursos hídricos: Relevo: Solo: Tipo de Vegetação: Actividades económicas: LOCALIZAÇÃO: Distrito: Caia Posto Administrativo: Sede Regulado: Sumbuleiro e Paza Localidade: Sede Povoados: Área total em ha: aproxim. = 8.232,87 CARACTERISTICAS - EN1, Linha Férrea e picadas - 13 km de Caia - Só uma família e ocupa uma área de 2.5ha de machamba - O rio Zangue e seus ramais e os lagos Nhavo e chuisse constituem a maior fonte de agua para este terreno - Planície - Franco-Argilosos - Mancha de floresta ao longo do rio e gramíneas - Agricultura tradicional e licenças simples na floresta ao longo do rio PRINCIPAIS LIMITAÇÕES - Acesso condicionado, péssimas condições da ponte sobre o rio Zangue Uso recomendado: Agricultura, Pastagens Observações: NOVAS MANCHAS: Código CAP1 Nome: Murraça Área estimada: 9.354,62 ha Posto Administrativo: Murraça Localidade: Murraça Regulado: Nhacuetcha Povoado: Vegetação dominante: Capim e floresta Tipo de uso: Pastagem familiar Uso recomendado: Agricultura, Pastagens e parte limitada Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

75 6. DISTRITO DE CHEMBA Duas manchas constituíam a proposta pela província, Chemba1 e Chemba2, e Chemba1 foi tida como não disponível pois é uma zona montanhosa e faz parte da coutada oficial CÓDIGO DA MANCHA: Chemba 1 LOCALIZAÇÃO: Província: Sofala Distrito: Chemba Posto Administrativo: Sede e Chiramba Regulado: Ndango e Psico Localidade: Sede e Chiramba Povoados: Lambane, Catema, Ndango, Psico e Paussuere Área total em ha: aproxim. = ,45 CARACTERISTICAS Acesso: - Estrada nacional n.º 512 Distância da - 9 km de Chemba sede: População: - Terreno com população de forma dispersa Recursos - O rio Zambeze constitui a maior fonte de agua para este terreno hídricos: Relevo: - Planície Solo: - Franco-Argilosos Tipo de - Manchas de floresta e gramíneas Vegetação: Actividades - Agricultura tradicional económicas: PRINCIPAIS LIMITAÇÕES - não identificadas Uso recomendado: Agricultura ao longo do rio e uso limitado fora Observações: Tem um acampamento da MOZUNAF que ocupa 2ha Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

76 7. DISTRITO DE BUZI Duas manchas constituíam a proposta pela província, Buzi1 e Buzi2, e Buzi1 foi tida como não disponível porque já foi concessionada para criação de gado CÓDIGO DA MANCHA: Buzi 2 Província: Sofala Acesso: Distância da sede: População: Recursos hídricos: Relevo: Solo: Tipo de Vegetação: Actividades económicas: LOCALIZAÇÃO: Distrito: Buzi Posto Administrativo: Sede Regulado: e Estaquinha Localidade: Bandua e Chissinguane Povoados Área total em ha: aproxim. = ,98 CARACTERISTICAS - Antiga estrada Nacional - 70 km da sede Buzi - 5 km de Sofala - Terreno com população de forma dispersa - O rio Buzi-mufo e Lago Mucaranga constituem fontes de agua para este terreno - Planície com algumas dunas - Franco-Argilosos - Palma real e gramíneas com algum valor para pasto - Agricultura tradicional ao longo da estrada licenças simples nas dunas PRINCIPAIS LIMITAÇÕES - Vias de acesso e inundações periódicas Uso recomendado: Áreas frágeis Observações: NOVAS MANCHAS: Código BP1 Área estimada: ,20ha Posto Administrativo: Sofala Localidade: Ampara Regulado: Garawa e Ampara Povoado: Vegetação dominante: Capim e Palma real Tipo de uso: Fauna e pastagens Observações: Existência de muito gado Uso recomendado:agricultura/pastagens Codigo BP2 Área estimada: 5.179,89 ha Posto Administrativo: Buzi sede Localidade: Buzi sede Regulado: Povoado: Buzi sede Vegetação domonante: Capim e floresta Tipo de uso: Fauna e pastagens e exploração de carvão Observacoes: Presença de muita pedra na superfícies Uso recomendado: Uso limitado Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

77 8. OUTRAS MANCHAS NO MAPA Estas manchas não possuem informações adicionais, dado que não foi possível chegar aqueles distritos por inacessibilidade por condições das vias. São elas: 1. DISTRITO DE MARINGUE Código da mancha: Mari 1 Área estimada: 1.546,41 Próximo de Caxixe Uso recomendado: Agricultura e Pastagens Código da mancha: Mari 2 Área estimada: 1.546,41 Próximo de Maringue sede Uso recomendado: Agricultura e Pastagens 2. DISTRITO DE MARROMEU Código da mancha: Marro 1 Área estimada: ,51 No delta do Zambeze para o oceano É uma área sem acesso, com possibilidade de inundação por períodos longos sobretudo na época chuvosa. Possivelmente uma floresta de mangal. Uso recomendado: Florestas e Agricultura Nos distritos, Gorongosa, Cheringoma, Machanga, Muanza e Cidade da Beira, não se registaram manchas de maior relevância. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

78 Conclusões: Se a província está com o nível de ocupação demostrada em baixo (segundo dados existentes na posse de SPGCS): Coutadas na Província - 10 ; Área total ha Parques e Reservas ; ha Concessões Florestais 17 ; ha Grandes explorações - 5 ; ha Licenças Simples ; ha Fazendas de Bravio ; ha DUAT ( ) ; ha Então: Área ocupada há Área ocupada pelas comunidades, vilas, cidades, zonas de domínio público e recursos hídricos) ha Área disponível ha Ou melhor: Área da Província km % Área ocupada por usos Km % Pode-se concluir que ha constituem a terra disponível confirmada na província de Sofala constituindo parte dos restantes cerca de ha que se consideravam livres (segundo estudos anteriores feitos pela província através do SPGCS) e que eram calculados em um total de 12% do total da superfície da província. Com isto pode se deduzir e concluir o seguinte: Área ocupada (comunidades,..) km % Área disponível km % Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

79 Recomendações Este trabalho, não deve ser considerado como um instrumento totalmente exacto para a recomendação para o investimento nos totais e geometrias dos croquis aqui apresentados, pois estes servem apenas para um indicativo, podendo variar no terreno real, dada a escala de trabalho (1: ). Estas recomendações podem ajudar a melhorar estes resultados: Potenciar os Serviços de Geografia e Cadastro ao nível dos distritos de modo a prosseguir com este trabalho para permitir que dados mais reais e exactos sejam apurados antes de destinar a área ao investimento; Proceder ao trabalho mais apurado á escala distrital para delimitar as áreas com maior rigor e exactidão pois o trabalho ora terminado permitiu apenas dar uma ideia da existência e sem muita precisão devido a escala usada na determinação dos mapas preliminares ao nível nacional; Muita terra, pode ainda existir na província, só se precisa de reclassificar os DUAT s que caiem em manchas verdes do primeiro mapa (Cenário 2) e libertando aqueles que não se usam, aplicando os princípios do instrumento legal sobre a terra. Estes DUAT s podem ser revogados em beneficio de boa intenção para interesse da província e estado de Moçambique. Considerar os planos Estratégicos dos distritos Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

80 ANEXOS I: Mapa de Localização das áreas disponíveis Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

81 ANEXO II: Tabela - Estimativa da área calculada em cada uma das manchas identificadas como disponíveis Terra disponível Distrito Área disponível Área (m2) Área (Ha) Total Distrito Chemba Chemba , , ,45 Caia Caia , ,87 CAP , ,49 Maringue Mari , ,41 Mari , ,98 Dondo Dondo , ,24 Dondo , , ,62 Nhamatanda Nham , ,08 Nham , ,89 Nham , ,36 Buzi Buzi , ,98 BP ,20 BP , , ,07 Chibabava Chiba , ,97 Chiba , ,48 Chiba , ,47 Chiba , ,53 Chiba ,34 622,06 Chiba ,97 158,91 Chiba ,52 199,69 CP , , ,58 Marro , , ,51 Total , ,05 Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

82 v. RELATÓRIO DE VALIDAÇÃO DAS ÁREAS DISPONÍVEIS PARA GRANDES INVESTIMENTOS AGRÁRIOS - PROVÍNCIA DE INHAMBANE Equipe: Tereza Alves & Camila de Sousa 1. Objectivos Este trabalho de reconhecimento de campo teve como objectivos: Revalidar o mapa preliminar das áreas disponíveis para actividades de investimento agrário, na Província de Inhambane, num total de ha Identificação de outras áreas potencialmente livres e que não foram inclusas no mapa preliminar das terras disponíveis Recolher a informação existente na Província, no que se relaciona às ocupações de terra actuais (DUAT s) por tipo de uso (agricultura, pecuária, concessões florestais, etc.); processos ainda em tramitação; e projectos de investimento em curso e em pipeline que poderão já ter uma área prevista para ocupação Recolher informação de planos de uso de terra e dos Perfis de desenvolvimento económicos da Província Fazer uma avaliação dos critérios usados para identificação das áreas disponíveis O trabalho de campo (na província) decorreu no período de 10 a 22 de Abril de 2008, após se ter realizado, com todas as equipes que se deslocaram às províncias, uma visita de trabalho e de treino à Província de Maputo e ao distrito de Magude, que serviu de base para definir a metodologia e abordagem a ser usada pelas equipes. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

83 2. Metodologia adoptada Trabalho de Gabinete, de preparação: Para orientação do trabalho de campo e visualização das áreas disponíveis de acordo aos critérios previamente definidos aquando do Zoneamento, elaboraram-se mapas preliminares por província, com uma legenda simples indicando: os limites distritais e principais vias de acesso, as sedes distritais e algumas povoações, Rios e Lagoas principais, a qual se sobrepôs as manchas verdes indicando as áreas disponíveis. Para as entrevistas e conversas a estabelecer com os diferentes intervenientes na Província, elaborou-se um questionário, que foi usado como guião e registo da informação prestada. Considerou-se que a área disponível para investimento agrário teria que ocupar um bloco único superior a ha. Trabalho de Campo, nas Províncias: 1. O trabalho de campo compreendeu a realização de uma série de contactos com instituições a nível provincial e distrital, em particular com a: DPA e seus órgãos na província: SPGC, SPFFB Departamento de Planeamento e Ordenamento Territorial Direcção Provincial de Coordenação Ambiental Administrações distritais e seus órgãos locais (Postos Administrativos, Localidades, e Células/Povoações Direcções Distritais dos Assuntos Económicos e Topógrafos Distritais 2. Recolha de dados das áreas ocupadas pelos DUATS e processos registados nos SPGC, incluindo as concessões florestais e mineiras. Recolha de informação oral que suporte a necessidade de exclusão das áreas previamente definidas como disponíveis. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

84 3. Para confirmação das áreas disponíveis realizaram-se visitas aos distritos previamente seleccionados na Província de acordo ao potencial preliminar de área disponível. 4. Na visita conjunta à Província de Maputo, distrito de Magude, as equipes foram acompanhadas pelos SPFFB e SPGC da DPA de Maputo. Chegados ao Distrito solicitou-se um encontro com o Administrador que de imediato orientou o Director dos Assuntos Económicos (DDAE) e o respectivo topógrafo para trabalharem com a equipe. O exercício não compreendeu uma visita de campo, por falta de tempo, mas através de consulta ao mapa de 1: o topógrafo identificou as áreas que considerava como disponíveis. Com base nesta experiência, e pelo facto da DPA de Inhambane ter orientado os SPGC para coordenar/apoiar o trabalho da equipe, esta foi a metodologia usada: Chegar ao distrito, contactar o DDAE, e visitar as áreas verdes com um elemento do distrito. Foram também contactados os Chefes de Posto/Localidade e Células, quando oportunas. Somente em Inharrime, por solicitação do DDAE, realizou-se um breve encontro com a Administradora Distrital. 3. Trabalho Realizado/Resultados O Mapa Preliminar das áreas disponíveis Usando os critérios de exclusão previamente definidos foi elaborado um mapa preliminar para orientação no campo. Por falta de informação completa não se incluiu no mapa a totalidade dos processos existentes de uso de terra, sejam eles de DUATS, Concessões Florestais, Talhões Urbanos, Zonas de turismo, Zonas mineiras etc. Encontros realizados na Província 1. No primeiro encontro com o DPA e com o Responsável dos SPGC, realizado no dia de chegada da equipe à cidade de Inhambane, fez-se uma breve informação dos objectivos e dos critérios usados para elaboração do mapa preliminar, indicando as áreas disponíveis da província. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

85 Definiu-se o plano de trabalho e a necessidade de se visitar com prioridade os distritos do norte de Inhambane. Os SPGC foram indicados como focal point. O técnico dos Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro, dr. Lourenço Chambela integrou a equipe do IIAM, composta por Tereza Alves e Camila de Sousa. 2. Trabalho nos SPGC para recolha de informação referentes aos processos de pedidos de uso de terra (DUAT's e processos em tramitação). 3. Encontro com o Departamento de Planeamento e Ordenamento Territorial para obtenção dos Planos de Uso e dos Perfis distritais. 4. Encontro com os SPFFB para recolha de informação referente as áreas ocupadas pelas concessões florestais. Recolha da informação disponível 1. Confirmação das ocupações e DUAT's, e Processos de pedido de Uso de Terra em tramitação. Verificou-se que havia DUATS já digitados pelos SPGC mas que não tinham sido excluídos do mapa preliminar. Os SPGC disponibilizaram os shape-files dos DUATS digitados. Verificou-se que muitos dos croquis dos processos lançados no ATLAS e TOMO Distritais dos cadastros se localizavam nas manchas verdes e não estão nos shapefiles dos DUATS (estão ainda sendo digitados: é o caso, por exemplo das parcelas ocupadas ao longo do Rio Inhassune. Considerou-se que a zona costeira deveria ser retirada como disponível devido ao elevado numero de ocupações e de concentração populacional. Através da observação dos DUAT s no ATLAS (novo e velho) dos mapas topográficos na escala de 1:50.000, e dos Tomos Distritais com a informação das concessões florestais na escala de 1: , estas áreas foram marcadas para exclusão no mapa preliminar da terra disponível. Algumas precisam ainda de ser digitadas. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

86 Existe uma serie de Áreas Comunitárias que ainda precisam de ser digitadas, estando algumas ainda em processo de serem demarcadas. Elas concentram-se nos distritos de Zavala (5) e Panda (2), e os distritos de Funhalouro, Massinga e Mabote com uma área comunitária cada. É necessário definir-se o tratamento a dar a estas áreas, isto é, se consideram livres para investimento agrário? Áreas superiores a ha poder-se-iam encontrar nos distritos de Mabote, Funhalouro, Inhassoro e Panda(?). Falta portanto ainda muita informação referente a DUATS a ser extraída das áreas disponíveis. Esta situação é agravada pelo facto de se verificar que as concessões florestais, ainda não digitadas, estão na sua maioria localizadas nas áreas indicadas como disponíveis! Por este motivo decidiu-se que a metodologia seria principalmente o contacto com as respectivas DDAEs, topógrafos distritais, e aumentar-se a possibilidade de visitas aos locais para colheita de coordenadas de GPS para registo de informação que permitisse refinar os mapas preliminares. 2. Recolha de Informação de plano de uso de terra feito pelo Dep. de Planificação e Ordenamento Territorial elaborado em conjunto com os SPGC. Considera a zona costeira essencialmente para actividades turísticas tendo já sido identificadas e demarcadas as áreas em Tofinho, Inhassoro, Vilanculos e Jangamo. Inclui os planos de Uso de Terra para estes 3 distritos. Foi identificado que a população concentra-se na zona costeira e ao longo da estrada nacional. Maior concentração populacional regista-se em Zavala e Massinga. A rede hidrográfica concentra-se também na zona costeira. A zona do interior com poucos rios, tem problemas de água potável (a água do lençol freático na sua maioria é salobra). É uma zona árida, e por conseguinte de menor densidade populacional, vivendo a população mais isolada. Distritos de Panda, Funhalouro e Mabote com área potencial disponível, e essencialmente para exploração madeireira, ecoturismo e fazendas do bravio. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

87 3. Aproveitou-se a presença dos topógrafos distritais numa reunião realizada no dia 14 de Abril nos SPGC, para lhes expor a metodologia usada para elaboração do mapa preliminar e a sua impressão/reacção no que respeita às áreas indicadas como disponíveis nos seus respectivos distritos. Algumas alterações ao mapa preliminar foram propostas por incluirem áreas já ocupadas ou pela população ou por pedidos em processo de tramitação. Verificou-se a necessidade de se excluir da terra disponível as vastas áreas ocupadas pela SAZOL, nos distritos de Inhassoro e Govuro, e a área de potencial para CALCARIO no distrito de Vilanculos. Os distritos com áreas disponíveis são Funhalouro (contudo é um distrito árido, sendo as áreas de maior humidade, nas baixas e pequenas lagoas, ocupadas pelas populações), Mabote, e Inhassoro, podendo encontrar-se áreas superiores a ha. Em Govuro as áreas disponíveis são limitadas devido às áreas reservadas para a prospecção mineira. Em Panda poderão ser encontradas áreas em blocos até 500 ha. A zona Sul da Província de Inhambane, Zavala, Inharrime, Jangamo e Morrumbene, não tem área disponível para investimento agrário, sendo no geral difícil encontrar áreas superiores a 100 ha. Em Massinga a faixa da estrada de 10 Km para oeste e da estrada para a costa é a de maior concentração populacional. Poderão ser encontrados parcelas isoladas inferiores a 100 ha (ex. na bacia de Ngomane, Malamba), contudo sendo necessário muita negociação com a população local. Exceptua-se o distrito de Morrumbene onde as zonas de Mangorre e Cunhanguane, poderão ser consideradas potencialmente livres visto ter um numero populacional de aproximadamente 64 famílias. Neste caso é necessário rever a base de dados e os critérios considerados para sua eliminação no mapa preliminar de disponibilidade de áreas. Verificou-se tanto através das entrevistas como das observações de campo, que toda a zona costeira, da estrada nacional N1 para a costa deveria ser retirada das áreas disponíveis porque: São as zonas de maior densidade populacional Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

88 Zonas de maior precipitação e melhores condições para a agricultura Zonas indicadas no plano provincial como áreas para o desenvolvimento turístico O Palmar ocupa uma extensa área ao longo da estrada nacional, e expande-se numa faixa extensa desde a EN1 à costa e da EN1 a oeste. Por exemplo, na zona de Morrumbene, esta faixa estende-se aproximadamente em 30 km para o interior. No geral poderão ser encontradas áreas disponíveis nas zonas brancas do mapa preliminar, mas estas são blocos isolados, na sua maioria variando de parcelas até 10 ha e a áreas não superiores a 100 ha. Devido à concentração populacional, qualquer investimento tem que considerar negociação com as comunidades locais. Visita aos distritos e às áreas verdes e propostas de alteração das áreas disponíveis Visto os distritos indicados como tendo maior disponibilidade de terra serem os do Norte e ter-se verificado que as concessões florestais, ainda não digitadas, localizam-se na zona norte, decidiu-se começar as visitas de campo pela zona norte da Província de Inhambane. No total percorreu-se Km. Devido ao tempo bastante limitado e distancias longas da área a percorrer, deu-se prioridade ao contacto com o DDA, e observação de algumas das áreas verdes nos respectivos distritos. Oportunamente contactou-se os Chefes de Posto e de Localidade (algumas das vezes estes elementos acompanharam a equipe nas visitas às áreas para observações in-loco) e chefes de células. Verificou-se que as concessões florestais estão sendo localizadas em áreas possivelmente pouco produtivas. Isto deve-se à grande procura do Mondzo, Sandalo, e Chacate preto. É uma zona de mosaico de matagal e arbustivo com pequenas manchas de floresta onde se pode observar árvores de alturas < 15 m. Possivelmente estas áreas após exploração florestal se tornem disponíveis, caso os planos das concessões não contemplem plantios de enriquecimento da floresta natural! Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

89 Mosaico de machambas e vegetação natural observa-se na margem esquerda da EN1, na zona de Unguane (distrito Massinga) a Machanisse (distrito de Vilanculos), numa distancia de 60 km. No interior poderá ser possível encontrar áreas de ha dispersas, sendo necessário negociar com as famílias. Verificou-se que as populações tendem, embora de forma isolada na maioria dos casos, a concentrar as suas casas e machambas numa faixa de m ao longo das estradas, principalmente na zona do Govuro e estrada Mapinhane-Mabote, formando um mosaico de machambas e matagal. Para o interior as áreas estão disponíveis até aproximadamente a Localidade de Muabse. Em Funhalouro, na estrada de Tsenane ate Vondo se deve tomar em consideração o mosaico de vegetação baixa e a mata de Simbirre. Em Morrumbene, ao longo da estrada de Mavula para Cambine verifica-se a abertura de novas machambas em zonas anteriormente de matas de Brachystegia. No entanto se observou nas áreas recentemente abertas a existência de muitos cajueiros já adultos, uma indicação que anteriormente esta zona já teria sido habitada e as famílias estão regressando para as suas zonas de origem. Em Massinga deve se ter em consideração a rota de elefantes. Esta manada dividida em grupos tem se movimentado nas zonas de Chivuka, Matsavata, Maimele e Dimande. Em períodos de seca movimentam-se para a costa até à Localidade de Belane. Faltaram vistas de campo/ observações nos distritos de PANDA e HOMOINE, por disponibilidade de tempo. De realçar que estas áreas foram identificadas no encontro com os Topógrafos como sendo áreas densamente ocupadas e com Áreas Comunitárias. De acordo com a informação recolhida tanto nos encontros realizados a nível provincial e distrital, como nas visitas de campo efectuadas, verificou-se que o mapa preliminar seria alterado, particularmente nas seguintes regiões: Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

90 Tabela das alterações propostas: Distrito Áreas a eliminar Áreas a incluir Geral Zona costeira, da estrada nacional N1 para a costa Rio Inhassune Faixa de m ao longo das estradas Palmar Comentários Zona definido como potencial turístico, de densidade populacional alta, e vários programas agro-pecuários. Com várias parcelas já ocupadas ao longo do Rio Faixa de tendência de ocupação da população nas vias de acesso aos distritos/vilas Ocupa áreas extensas, da costa ao interior Govuro Sazol Mabuvane Áreas de prospecção de gás Zona de reassentamento Mabote Zonas de concessões flor. Planície Banamana de Zona de vegetação herbácea. Essencialmente para pecuária/fauna Zonas já ocupadas ou com pedidos para concessões florestais. Funhalouro Inhassoro Culuavalala Planície Mabayana Sazol de Tsane Tsanane Mapandzene Macovane Ngonhamo a Zona solicitada para Ecoturismo cinegético (Reserva de Manhiça). Mosaico de Simbirre (que deve ser explorado de forma sustentável, e áreas de matagal baixo e arbustivo Capim e brenha de Acácias. Zona inunda anualmente por períodos curtos (excepto em 2000 que permaneceu com água durante 3 meses) No limite de Funhalouro e Morrumbene. Zona de corte de capim e de pasto das comunidades de 3 distritos (incluindo Panda). Necessário rever área e retirar % para uso comunitário. As populações produzem hortícolas nas sua margem. Áreas de prospecção de gás Na baixa de Govuro disponibilidade de 1000 ha Planície de Ngonhamo. Vilanculos Pambara, Machengue Planície Chichocane de A norte de Maangate Áreas potenciais de CALCARIO e ocupadas pela Sazol. Ocupada com parcelas para gado Zona próxima ao Santuário, podendo haver disponibilidade de 1000 ha. Zona inundável. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

91 Distrito Áreas a eliminar Áreas a incluir Museu Arqueológico de Manyikeni Comentários Na zona de Muabse, com pouca população, este Museu ocupa uma área de 5 Km 2 Massinga Pomene Bacia Rio das Pedras, Ngomane, Malamba Chivuka, Matsavata, Maimele, Dimande Em Chicomo: Macuire 1 e Chichocane Reserva de Pomene Comunidades dispersas e distanciadas + 5 km, mas concentradas na localidade de Chicomo. Áreas livres identificadas em Macuire 1 e Chichocane. Zona dentro de uma Área Comunitária de Chicomo! Concentração populacional, podendo estar disponível áreas < 100 ha. Necessita de muita negociação com a população para ocupação de espaços livres. Possui uma Área Comunitária Ter em consideração de Rota de elefantes. Manada dividida em grupos. Morrumbene Homoine Manchas ao longo da estrada Manchas da estrada Nacional Mangorre Cunhanguana Zona de poucas famílias (64 famílias) Nestas 2 zonas pode-se encontrar blocos extensos ate ha (?) Zona ocupada por população, a plantar coqueiro e cajueiro. Abertura de machambas recentes. Densamente populacional e com coqueiros. Palmar da EN1 a oeste ate aproximadamente 30 km Com muitos pedidos e Duat's Panda Vale de Inhassune Jangamo Todas as manchas Inharrime Vale de Inhassune Zavala Inhampanhava Boquisso e Morrocula Com muitos pedidos e Duat's Maioritariamente baixas cobertas de vegetação herbácea, consideradas zonas de pastagem para o gado da população Com muitos pedidos e Duat's Zona de Cucua e Mussana, onde poderão se encontrar blocos até 1000 ha Com muita população Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

92 Principais Limitantes para o investimento agrário As principais limitantes para o investimento identificadas nas áreas disponíveis relacionam-se com a disponibilidade de AGUA. A hidrografia concentra-se na zona costeira. No interior, exceptuando a zona de Mabote com lençol freático a 6 m e agua de boa qualidade, o lençol freático no geral encontra-se a profundidades superiores a m, com agua salobra. Existem alguns lagos/lagoas permanentes, e uma serie de planícies de inundação sazonal coberta por uma vegetação herbácea, alguns com agua salobra. O acesso as sedes dos distritos é razoável, principalmente na época seca, podendo ser um problema na época chuvosa. A partir das sedes do distrito para as diferentes zonas, a acessibilidade poderá ser dificultada pois observamos que algumas das vias terciáras (picadas) estavam a ficar fechadas por vegetação arbustiva (matagal fechado) e a circulação dificultada pelo facto do terreno na sua maioria ser bastante arenoso. Concentração populacional A densidade populacional na zona costeira é elevada, e por tal motivo as famílias encontramse concentradas, contudo fazendo machambas próximo às suas casas. No interior elas estão isoladas, podendo estar distanciadas em 5 km. Nestas zonas as machambas familiares encontram-se ao redor das casas. Exceptuam-se as machambas a volta das Vilas sede pertencentes aos habitantes da vila, e as machambas de horticultura nas margens das planícies. Potenciais investimentos Para as zonas do interior, com maior disponibilidade de terra, os investimentos potenciais parecem ser: florestal, fauna, pecuária, e plantação de cajueiros (este último principalmente no distrito de Mambone). Em blocos localizados poderá ser realizada produção agrícola com investimento a ser orientado para o desenvolvimento de sistema de regadios. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

93 Os investimentos em curso no sector agrário são na sua maioria os realizados pela DPA, usando fundos internos essencialmente para o aproveitamento das zonas baixas, desenvolvendo sistemas de pequenos regadios (Rio das Pedras, Inhassune, etc. ). Projectos de infra-estruturas turísticas estão sendo implementados essencialmente na zona costeira. Recentemente estão sendo solicitados áreas extensas para Fazendas do Bravio e Reservas de Fauna Bravia para turismo cinegético, principalmente em Govuro, Funhalouro e Mabote. A plantação de cajú está sendo incentivada no distrito de Mabote Reservas do Estado Exceptuando o Museu Arqueológico de Manyikeni e as áreas dos Faróis, não existem reservas do Estado... Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

94 Resumo das áreas disponíveis (ver tabela no Anexo II) 4. Conclusões Os critérios de exclusão pré-definidos Os critérios usados para a eliminação de áreas no mapa preliminar elaborado corresponderam às observações de campo, exceptuando-se algumas situações pontuais. Por exemplo, não se percebeu as razoes das concessões florestais estarem a ser orientadas para áreas de matagal e/ou degradadas (pelo menos nesta escala de trabalho). Como se mencionou anteriormente, as concessões florestais, principalmente nos distritos do Norte, tendem a se localizar em áreas pouco produtivas, num mosaico de mata com matagal e vegetação arbustiva. A Direcção Nacional de Florestas deveria definir urgentemente as zonas produtivas de exploração madeireira para as concessões, deixando estas áreas menos produtivas para os regimes de licenças simples de forma que as mesmas se tornem disponíveis após exploração madeireira. Em Funhalouro, na estrada de Tsane para Tsenane a situação parece ser revertida, isto é, existem zonas que poderiam ser consideradas disponíveis caso se respeite as manchas fechadas de Simbirre, que ocorre em mosaico com matagal e vegetação arbustiva. Áreas que poderiam ser consideradas disponíveis (principalmente em Funhalouro) mas que foram excluídas!!!! >>>> necessário rever o mapa de exclusão!!! As planícies foram consideradas livres sem se tomar em consideração os aspectos de produção pecuária muitas destas planícies são utilizadas para pastos comunitários de varias zonas. As zonas de potencial turístico deveriam ser excluídas à priori. Estas são essencialmente a faixa da Estrada Nacional EN1 para a costa. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

95 Outras considerações a serem tomadas na definição de critérios: Seria importante considerar-se a movimentação de fauna bravia, como é o caso dos elefantes que se movimentam de Funhalouro a Massinga, e muitas vezes em períodos secos podem chegar a zona costeira a sul do distrito de Vilanculos. A identificação destas rotas poderá colocar determinada área como NAO DISPONIVEL para se evitar situações de conflito homem-animal!!! Considerar uma faixa de 1 Km ao longo das estradas como ocupada pois é onde a população local tende a concentrar-se. As áreas de prospecção de gás, de potencial de calcário e as Áreas Comunitárias, são áreas extensas e na maioria dos casos ocupando zonas potencialmente disponíveis. Urge definir o estatuto destas áreas em relação a outros tipos de uso, no caso das minas, e no caso das comunidades em torná-las potenciais produtoras d rendimento para as famílias se estas forem parceiras de programas de investimento. 5. Recomendações Tempo de realização do trabalho e seu faseamento na execução A metodologia que se tinha proposto inicialmente parecia ser a mais lógica pois 3-4 dias por distrito, com uma equipe onde 1 elemento seria o GIS, e os restantes a recolher dados de GPS e descrever as zonas para revalidar as áreas; Ter-se-ia tempo de visitar todos os blocos marcados e adicionar outras áreas, demarcar áreas ocupadas, etc.; Também haveria mais tempo para contactos com as diversas estruturas distritais. Desta forma saia-se do distrito com o mapa final digitado e confirmado a nível distrital. Os 3 dias finais na província seriam para os contactos com as estruturas provinciais e digitação final de forma a se aprovar o mapa final provincial. A aprovação deveria ser feita em reunião alargada do Conselho Provincial, previamente à sua apresentação em Conselho de Ministros. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

96 Digitação de DUAT s Necessário que se criem condições nos SPGC para que urgentemente todos os processos de ocupação de terra sejam digitados e os shape-files produzidos de forma a serem inclusos nos mapas. De igual modo as ocupações de terra aprovadas devem ser demarcadas no terreno e suas coordenadas registadas com um alto grau de confidência e exactidão. Para o efeito é necessário que os FEES anuais, no valor aproximado de MT???, de utilização satélite sejam pagos. A província possui 3 GPS que permitem fazer este trabalho com o mínimo erro. No entanto precisaria de reforçar o numero de computadores com o software de GIS instalado, não só nos SPGC provinciais como também nos distritos. Estes deveriam ter todos um Topógrafo. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

97 Diário dos encontros e itinerário: Dia Distrito Local Descrição 10/04 Província: Cidade 6.30 Partida para Inhambane Inhambane Chegada a Inhambane e apresentação na DPA Encontro com DPA e SPGC para planificação 11/04 Cidade Inhambane Trabalho nos Serviços de Geografia e Cadastro: observação dos lançamentos dos ATLAS 12/04-13/04 Trabalho de GIS 14/ SPGC 8.30h Dep. Ordenamento Territorial Serv. Prov. Floresta e Fauna Bravia, Maxixe SPGC encontro com Topógrafos 15/04 Distritos: 6.00 Partida para Distritos Vilanculos Manyikeni Sr. Marrocane Muabse Encontro com chefe de Localidade Muabse Mabote Chegada a Mabote 16/04 Mabote Encontro com DDAE Lagoa Banamana Visita a zona Banamana Chitanga Partida para Chitanga e Cometela Cometela Localidade de Cometela Govuro Chegada a Nova Mambone 17/04 Nova Encontro com DDAE Mambone Save Encontro no Posto Administrativo Save Inhassoro Inhassoro Encontro com DDAE Massinga Chegada a Massinga 18/04 Massinga Massinga 8.30 Encontro na DDAE Encontro com Chefe Posto Administrativo Chicomo Encontro com Chefe Localidade Chicomo Encontro com Secretario Chocue Partida para Funhalouro Funhalouro Funhalouro Chegada a Funhalouro 19/ Percurso em direcção a Vondo Percurso em direcção a Ndzilo Percurso de Funhalouro em direcção a Morrumbene passando por Mavume Morrumbene Morrumbene Chegada a Morrumbene 20/04 Cidade I'bane Cidade 9.00 refinar mapas 21/04 Cidade Encontro com Chefe de Posto do Save Encontro com DDAE Funhalouro Dep. Planeamento Ordenamento Territorial Encontro final com DPA Com DAF 22/04 Inhambane Regresso a Maputo Inharrime Inharrime Encontro com DDAE e Sra. Administradora do Distrito Zavala Quissico Encontro com Responsável Agricultura de Zavala Chegada a Maputo Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

98 Contactos realizados: Local Nome Cargo que ocupa Pedro Daniel Zucula DPA Pedrito Caetano Chefe dos SPGC Quirino Armando Guluve responsável Sector Técnico, SPGC Lourenço Simões Chambela Estatística e Informação, SPGC SPA Cidade Serviços de Extensão Inhambane Isabel Macucha Chefe Dep. Planificação e Ordenamento Territorial (D.P. Coordenação Ambiental) Sr. Paulino Topógrafo Massinga e Funhalouro Sr. Langa Topógrafo Mabote, Vilanculos, Inhassoro, Govuro Sr. Estevão Topógrafo Panda Sr.??? Topógrafo Zavala, Morrumbene, Homoine Cidade Sr. Maduelo Funcionário dos SPFFB Maxixe Muabse Sr. Reginaldo Vucane Chefe de Localidade de Muabse Sr. Marrocane Museu Arqueológico Manyikeni Mabote Sr. Tinga DDAE Sr. Carlos Fazenda Sumbane Área de Comercio e Industria Cometela Sr. Mapita Cunhangadjua Chefe de Localidade Nova Sr. Muneme DDAE Mambone Save Sr. Emidio Pelagio Funcionário do Posto Administrativo do Save Sr. Armindo Pedro Chefe de Posto Administrativo do Save Massingue Inhassoro Sr. Lucas Vilanculos DDAE Massinga Sra. Bavita Argy Serviços Distritais de Agricultura Sr. Justino Alexandre Fiscal Florestal Sr. Fernando Samboco Chefe Posto Administrativo de Chicomo Sr. Alfredo Wandela Carava Chefe de Localidade Chicomo Sr. Simeão Nemba Secretario de Chocue Funhalouro Sr. Amaral DDAE Sr. António Jorge Técnico agro-pecuário Sr. Salvador Elias Mazive Chefe Localidade Tsenane Sr. Feliciano Djevedene Localidade de Mavume Inharrime Sra. Joana Sitoe Administradora Distrital Sr. Afonso Sambo DDAE Quissico Sr. José Alberto Lichucha Rresp. Extensão Agrícola do Distrito de Zavala Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

99 vi. RELATÓRIO TÉCNICO DO TRABALHO DE LOCALIZAÇÃO DE ÁREAS DISPONÍVEIS PARA GRANDES INVESTIMENTOS AGRÁRIOS - PROVÍNCIA DE GAZA Entre os dias 09 a 25 de Abril de 2008, o técnico, Joaquim Macuacua, do Departamento de Inventários dos Recursos Naturais da direcção acima, realizou uma visita de trabalho à província de Gaza no âmbito de trabalho de identificação de terras disponíveis para investimentos agrários. A deslocação tinha como objectivos fazer uma auscultação sobre o trabalho preliminar de zoneamento agrário realizado a nível central no sentido de identificar a disponibilidade de terras dentro da província para fins agrário. Este trabalho irá servir de base para elaboração dos procedimentos para o direccionamento dos investidores agrários de acordo com a terra disponível dentro da província ou distrito pretendido. O trabalho envolveu várias instituições do Estado como DNTF, IIAM, CENACARTA. Chegados a província de Gaza o técnico apresentou-se aos SPFFB e de seguida juntou-se aos técnicos de geografia cadastro da província, onde esclareceu os objectivos da visita de trabalho. A província disponibilizou dois técnicos nomeadamente João Jovencio chefe dos SPFFB e Paulo Langa técnico dos SPGC para estes se juntarem ao técnico Joaquim Armando Macuacua de modo a visitarem todos os distritos da província. O objectivo da visita foi ouvir os dirigentes e técnicos locais na identificação de terras disponíveis para investimentos agrários na província de Gaza. Concluídas as primeiras concertações, a equipa deslocou-se ao gabinete da directora provincial da agricultura da província para fins de apresentação da equipe e dos objectivos do trabalho. Depois duma discrição naquilo que consistiria o trabalho incluindo o programa da visita aos distritos, a Sra. por sua vez agradeceu o esforço que está sendo feito a nível central no sentido de se encontrar uma melhor orientação na indicação dos locais certos para investimentos agrários e também deu algumas considerações em relação a informação relacionado com a ocupação das terras na província. Neste encontro solicitou-se a Sra. directora para que ajudasse a equipa a comunicar os dirigentes locais dos distritos da deslocação da equipa. O plano de trabalho foi feito de tal maneira que se chegasse aos distritos e manter os encontros com o Sr. Administrador dos distritos, director dos Serviços de Actividades Económicos Distritais, director de Planeamento e Ordenamento Territorial do distrito, extensionistas e técnicos distritais do cadastro (topografo). A confrontação dos resultados do trabalho preliminar foi feita em conjunto com estes dirigentes locais. Embora tenham se informado antecipadamente os dirigentes locais em alguns distritos não foi possível manter o encontro com todos dirigentes. 1. Relato das visitas aos distritos Visita ao distrito de Guijá Chegados ao distrito de Guijá, a equipa já era esperada pelo Sr. Zacarias Sebastião Mandlate Administrador do distrito, Rafael Miguel Dava Topografo e Juventino Joaquim Massingue extensionista. O director distrital dos serviços económicos não esteve presente no encontro Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

100 devido a outros assuntos de serviço, mas foi possível seu contacto pelo telefone móvel onde também deu o seu informe. Apresentado o programa e o objectivo do trabalho, o administrador do distrito encarou o trabalho como sendo de estrema importância pois viria a ajudar o próprio governo na alocação dos investimentos em locais certos e momentos certos. Mas por outro lado lamentou o tempo que foi disponibilizado para a realização do trabalho. Questionado em relação a disponibilidade de terras para investimentos agrários dentro do distrito, este afirmou positivamente e com a ajuda dos técnicos foram dizendo os locais que se pensa poder-se localizar áreas desposáveis. Olhando para as manchas apresentadas no mapa preliminar como terras disponíveis, o dirigente o mesmo solicitou os técnicos para que juntos pudessem fazer uma analise das áreas cobertas pelas manchas. Feita a análise afirmaram que ao longo dos rios designadamente zonas baixas estas estão maioritariamente ocupadas e usadas pelas populações locais, mas se descartar a hipótese de se encontrar algumas áreas não ocupadas mas em parcelas muito pequenas que possam variar de ha., Informou-se que a parte sul do distrito, isto é, no posto administrativo de Mavunzo pode-se encontrar 1000ha carecendo de estimação doutras áreas que podem ser localizadas. No posto administrativo de Nalazi é possível encontrar 2000ha e outras áreas em tamanhos muito pequenas duma forma dispersa. No posto administrativo de Mabanguene é possível encontrar 500ha. Visita ao distrito de Chókwè Chegados ao distrito de Chókwè a equipa dirigiu-se a administração local afim de se encontrar com o Sr. Administrador do distrito, mas este não se encontrava disponível para receber a equipa, como alternativa tentou-se marcar o encontro com o secretário permanente do distrito este também não se encontrava disponível. Como ultima alternativa contactou-se somente o Sr. Adérito Mavie, Director Distrital dos Serviços de Actividades Económicas que só se prontificou a receber a equipa no fim do dia devido a sua agenda de trabalho. Questionado em relação a disponibilidade de terras para investimentos agrários dentro do distrito, o Sr. director afirmou positivamente, mas que devido a grande concorrência pelo distrito já não é possível encontrar grandes áreas. Antes de começar a lançar as áreas ainda disponíveis informou que muitos investidores e operadores singulares pediram grandes áreas dentro do distrito, mas que ainda não começaram a operar e nem fizeram as devidas demarcações com a excepção da empresa MIA que já está a operar. Em análise as manchas verdes do mapa do distrito, o Sr. Director afirmou que grande parte dela já está ocupada, principalmente as zonas baixas. Estimando a área possível de encontrar rondar entre ha. Visita ao distrito de Mandlakaze A equipa deslocou-se ao distrito de Mandlakaze onde se reuniu com o Sr. Roque Silva Samuel Administrador do Distrito, Mário Valentim Director de Planeamento de Infrastrurutas, Jossias Armando Cossa Topografo, Ibraimo Nuro Mamad Extensionista. O director dos serviços agrários não se fez presente pois encontrava-se ausente do distrito. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

101 Apresentados objectivos da visita, os dirigentes do distrito queixaram-se do tempo disponibilizado para fazer o apuramento das áreas disponíveis, mas mesmo assim para responder o nosso questionário afirmaram positivamente em relação a existência de terras disponíveis para investimentos agrários dentro do distrito. Tais áreas encontram-se dispersas dentro e fora das manchas verdes apresentadas no mapa preliminar. O distrito informou existirem mais que 1000ha em Banze e Mossindo, 500ha em Chalala, mais ou menos 500ha em Chibonzane, 500ha em Malene. As distâncias médias da sede aos locais são de 60km. Estas zonas têm populações aglomeradas, mas grandes partes estão dispersas. Os locais não te rios com aguas permanentes mas alguns locais tem lagoas com águas permanentes é o caso de Banze. Grande parte das zonas baixas estão ocupadas pela agricultura do sector familiar e pasto comunitário. Os solos são considerados férteis. Visita ao distrito de Chibuto A equipa deslocou-se ao distrito de Chibuto onde se reuniu com os senhores Zacarias Arone Santo Administrador do distrito, Domingos José Sitoe Topografo. O director dos serviços económicos não se encontrava disponível para o encontro. Em resposta ao questionário o distrito confirmou a existência de terras disponíveis para investimentos agrários, mas em tamanhos muito pequenos que podem variar de 100ha a 2000ha. Grande parte da zona sul do distrito é zona baixa onde as populações praticam agricultura familiar. Em relação a estimativas das áreas o distrito informou ser possível encontrar 1000ha 2000ha em Thatlene, Chaimite, 500ha em Cocamissava, 100ha no Santos. Referiu-se que a zona do Alto Changane também têm disponibilidade de terras, mas não foram capazes de darem os valores. Uma observação é que a ultima zona referida não é propícia para a agricultura mas sim para pasto. As distâncias médias são de 80km em terrenos de difícil acesso em tempo chuvoso. Visita ao distrito de Bilene A equipa deslocou-se ao distrito de Bilene onde se reuniu com os senhores Flora José Massuco Secretária permanente do distrito, Elias Mechaque Chaguane Director dos Serviços Económicos do distrito, José André Mucavel Director de Planeamento de Infrastruturas do distrito, Inácio Jossias Conjo Topografo. Em resposta ao questionário o distrito confirmou a existência de terras disponíveis para investimentos agrários, mas em tamanhos muito pequenos que podem variar de 100ha a 1000ha. Olhando para a mancha verde a zona da costa é concorrida para fins turísticos e para o interior podem-se encontrar algumas áreas para investimentos agrários, sendo 500ha na lagoa Pave, 500ha Mazivila e 1000ha em Makwane. Sugere-se que a área de Makwane seja para produção da Jatrofa. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

102 Embora a equipa tenha aparecido com um mapa preliminar da indicação das zonas potenciais para a disponibilidade de terras estes informaram que é possível encontrar áreas também em zonas fora das manchas verdes, mas duma forma muito dispersa e em áreas muito pequenas. O distrito é altamente povoado com populações dispersas por todo o distrito facto que torna um estimativa eficaz. Visita ao distrito de Xai-Xai A equipa deslocou-se ao distrito de Xai-xai onde se reuniu com os senhores Olinda Francisco Langa Mithi Administradora do Distrito, Sézar Gonçalves Muhate Director dos Serviços Distritais de Actividades Económicas. Depois da apresentação dos objectivos do trabalho a Sra. Administradora lamentou o tempo disponibilizado para a realização do trabalho, pois os dados recolhidos não serão realísticos, mas para não inviabilizar o trabalho preferiu dar estimativas dos dados do seu distrito sem nenhuma precisão. O distrito de Xai-Xai é uma zona altamente povoada onde as áreas são em tamanhos muito reduzidos quando comparados com outros distritos. Deste modo as áreas disponíveis partem de ha em Zonguene, 50ha em Chonguene, 50ha em Chicumbane. Aquele dirigente local lamentou e criticou o facto do governo estar a disponibilizar grandes áreas a alguns investidores e que quando se olha para o trabalho chegam a aproveitar terras a 50% e que alguns nunca provaram em nenhuma parte do mundo uma produção em áreas de tamanhos iguais. A distância média da sede aos locais referidos acima é de 40km. Os grandes rios da zona são rio Limpopo e Lumane. Em relação a áreas para reservas do estado há um esforço no sentido de identificar tais áreas, tornando difícil por estas terras estarem nas mãos do povo. Requerendo deste modo grandes negociações para o governo distrital poder tê-las. Visita ao distrito de Massingir A equipa deslocou-se ao distrito de Massingir onde se reuniu com os senhores Maria Emília Salvador Machayeye Maswanganhe Administradora do distrito, Maurício Leonardo Huo director dos Serviços Distritais de Actividades Económicas e Adriano António Macavane Topografo. Apresentados objectivos do trabalho a Sra. Administradora lamentou o tempo disponível para a realização do trabalho, mesmo assim em resposta ao questionário respondeu que o distrito já não tem áreas disponíveis para investimentos agrários pois grande parte do distrito está ocupada pelo Parque do Limpopo e o pouco que resta está tomada pelas populações. A mancha verde está totalmente ocupada, tendo ficado de fora a hipótese de se encontrarem terras disponíveis, mas sim é possível encontrar algumas áreas fora das manchas verdes num tamanho de 200ha em Nhelete e Timondzuene. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

103 Visita ao distrito de Chigubo A equipa deslocou-se ao distrito de Chigubo onde se reuniu com os senhores Alves Jordão Zita Administrador do distrito, Nunes Laurentino Mitamelene director de Planeamento de Infoestruturas do distrito, Ruben Fernando Chauque delegado das florestas, Nosqueço Armando Chauque Extensionista. Apresentados objectivos do trabalho o Sr. Administrador confirmou a disponibilidade de terras para investimentos agrários embora se pensa que aquele distrito tenha problemas sérios de água. O administrador do distrito afirmou que a água não era um grande problema, pois não estão criadas as condições para retenção das águas durante o tempo chuvoso razão pela qual há escassez de água. As zonas baixas apresentam bons solos sem puder caracteriza-los tecnicamente pois o sector familiar tem tido boa produção. Grande parte deste distrito é ocupado pela reserva de Banhine. As manchas verdes apresentadas no mapa podem ser consideradas disponíveis. Fora das manchas verdes o administrador informou que podiam aproveitar-se mais áreas em Zinhane zona com disponibilidade de água, Chipimbe, Machaila, Mapunga, Saute (vale do rio Changane) e Ndindiza (vale do rio Chigomba). Em relação a estimativa das áreas em hectares não forneceram valores fiáveis nas suas intervenções mas com a ajuda do topógrafo da província estimou-se uma área de 26000ha no distrito. A distância média é de 83Km são solos de difícil acesso em tempos chuvosos. Existem intenções em demarcar áreas de servas do estado pois a vila do distrito está em fase de construção. Visita ao distrito de Massagens A equipa deslocou-se ao distrito de Massangene, onde se reuniu com os senhores Manuel Mongote Mbezane Administrador do distrito, Diocleciano Augusto Muasremasso director de Planeamento de Infrastruturas do distrito, Acácio João Bessa director dos Serviços Distritais de Actividades Económicas. Apresentados objectivos do trabalho o Sr. Administrador confirmou a disponibilidade de terras para investimentos agrários embora o distrito seja predominado por solos aráveis. Olhando para as manchas verdes no mapa afirmou que a zona da linha da fronteira está ocupada pelas fazendas do bravio. As zonas do interior estão disponíveis embora numa e noutra área encontram-se algumas comunidades dispersas. Grande parte das zonas baixas estão ocupadas pelas comunidades mas é possível encontrar áreas que variam de 300 a 400ha. O comprimento do rio Save é de 120km e as suas baixas são boas para praticas de agricultura. Embora as populações praticam agricultura nas zonas baixas do rio elas não chegam a usar as áreas na sua totalidade. Podendo deste modo encontrar algumas zonas disponíveis. Com a dificuldade de indicar a dimensão das áreas disponíveis foi possível apurar que em Mavué existem áreas disponíveis. Só que estas áreas são muito concorridas pelos investidores interessados em fazendas do bravio. Uma descrição geral indica que Massangene sede embora tenha solos aráveis foi considerado potencial para agricultura, Cufamune, Muchela, Serra foi considerada zona para a prática de agricultura com culturas tolerantes a seca estimado em ha. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

104 Neste distrito houve problemas sérios para a estimativa das áreas pois o distrito carece de um topografo permanente no distrito que possa facultar estes dados. O único topografo que tem dado cobertura técnica topográfica no distrito encontra-se baseado em Mabalane e têm quatros distritos por dar assistência. A acessibilidade é considerada boa em tempo seco e difícil em tempo chuvoso e por algumas vezes considerado intransitável. Visita ao distrito de Chicualacuala A equipa deslocou-se ao distrito de Chicualacuala, onde se reuniu com os senhores Ricardo Nhacuonue Administrador do distrito, Agostinho António Mulhovo director de Planeamento de Infrastruturas do distrito, Guilhermina Moisés Massinge directora dos Serviços Distritais de Actividades Económicas e Caine Ricardo extensionista. Apresentados objectivos do trabalho o Sr. Administrador confirmou a disponibilidade de áreas para investimentos agrários dentro das manchas verdes do mapa do distrito. Questionado em relação a estimativa das áreas disponíveis estes não preferiram lançar os números em hectares, mas sim falando em termos de extensão das áreas pelo comprimento e pela largura. Deste modo indicaram a zona de Mapai como zona de sequeiro, e áreas dos manchongos nas margens dos rios Manetse a zona de Tchale A e B, Mabuzane, Chicualacuala rio. Ao longo do rio Limpopo podem-se encontrar áreas disponíveis em Dumela, Mawene, Konguma A e B, Bacanhamandla, Ndombe, Chikumba, Mbuzi, Manguamane, Salane, Matsinele, Chikumbane, Mephuze. Portanto zona constituída por estas aldeias tem uma extensão de 80Km numa largura de 5Km. Ainda podem-se encontrar terras disponíveis em 200ha no rio Chefo. De um modo geral pode-se estimar em ha de terra disponível no distrito de Chicualacuala. A acessibilidade é considerada boa em tempo seco e difícil em tempo chuvoso e por algumas vezes considerado intransitável. A distância máxima que pode se percorrer para chegar em alguns dos pontos indicados é de 150 km. Visita ao distrito de Mabalane A equipa deslocou-se ao distrito de Mabalane, onde se reuniu com os senhores Marciano Chindone Secretário Permanente do distrito, Vitorino Elias Macaringue Topografo e Constantino Songane extensionista. Apresentados objectivos do trabalho o Sr. Sercretário Permanente do distrito confirmou a disponibilidade de terras para investimentos agrários dentro das manchas verdes do mapa e fora. Ao longo do rio as áreas são aproveitadas em 80% tornando difícil encontrar áreas disponíveis. Nas zonas de sequeiro podem se encontrar ha em Combomune, 5 000ha em Nhatimaba, Macariala 5 000ha para agro-pecuária e Thavene 7 500ha para Fauna. Portanto o distrito em aproximadamente ha disponível. A acessibilidade é considerada boa em tempo seco e difícil em tempo chuvoso e por algumas vezes considerado intransitável. A distância máxima que pode se percorrer para chegar a alguns dos pontos indicados é de 107 km. Predominam no distrito grandes áreas de pratica de actividade agropecuária. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

105 Tabela 1: Comparação das áreas Distrito Calculado na Disponibilizado Observações planificação pelo distrito Bilene Chicualacuala Chigubo Carecem de estimativas certas Chibuto Chokwe Guijá Mabalane Mandlakaze Massangene Massingir Não tem áreas Xai-Xai ha em blocos Total Constatações O tempo disponibilizado para este tipo de trabalho foi criticado pelos técnicos envolvidos no trabalho, assim como foi sublinhado por maior parte dos administradores dos distritos da província pois alguns dados careciam de trabalhos de campo onde se conclui que os valores colhidos não são fiáveis. A falta de técnicos topógrafos nos distritos constituiu um grande constrangimento na estimativa das áreas, pois todos os administradores e os respectivos directores e técnicos se sentiram receosos para estimarem as áreas. O trabalho não permitiu uma confrontação directa de todos os dados produzidos no mapa preliminar com a situação real do terreno devido factor escala. Sob o ponto de vista técnico o mapeamento das áreas apresentadas pelos distritos só pode ser apresentado como esboço e não como mapa de trabalho, pois os dados colectados não permitem fazer o mapeamento como tal. A falta de colecta de dados de campo pode conduzir a bias. 3. Recomendações Para um trabalho exaustivo com dados próximo aos valores reais recomenda-se um trabalho de zoneamento detalhado envolvendo todas as componentes; Há necessidades de se fazer um trabalho de inventário das ocupação de terras e a sua utilização, só desta maneira é que pode se saber a desponibilidade terras. Este trabalho ira-se associar ao trabalho de zoneamento que a utilidade das referidas áreas; Maputo, 28 de Abril de 2008 O técnico Joaquim Macuacua Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

106 vii. RELATÓRIO DO TRABALHO DE IDENTIFICAÇÃO DE TERRAS DISPONÍVEIS PARA GRANDES INVESTIMENTOS AGRÁRIOS NA PROVÍNCIA DE MANICA Preparado por: Ricardo Maria e Mugas 1. INTRODUÇÃO A XIX Sessão ordinária do Conselho de Ministros recomendou a elaboração dos elementos de política de Gestão de Terras e respectivo Zoneamento Agrário do país, com vista a direcionar os pedidos de terra dos investidores privado para diferentes áreas de desenvolvimento económico e dar resposta à crescente demanda de terra para o cultivo de matéria prima para biocombustíveis. Neste contexto, foi indicada uma Comissão Interministerial constituída pelos Ministros da Agricultura, Ciência e Tecnologia, Energia, Coordenação da Acção Ambiental e Planificação e Desenvolvimento. A apoiar esta Comissão, foi constituído um Grupo de Trabalho composto por Directores e Técnicos dos Ministérios referidos. A nível do MINAG uma equipe técnica trabalhou no levantamento de terra disponível e no reconhecimento da situação actual em termos de cadastro de terras. Para tal deslocaram-se à Província de Manica o Eng. Ricardo Maria, do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) e Mugas, da Unidade de Inventário da Direcção Nacional de Terras. O trabalho consistiu na recolha, análise e processamento da informação existente nos cadastros de terras dos Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro seguido de deslocação aos distritos para a consulta com as estruturas administrativas locais. O trabalho foi realizado de 8 a 23 Abril de METODOLOGIA O trabalho de zoneamento teve duas fases. A primeira fase consistiu na recolha e processamento da informaçãoo da ocupação actual de terras existente no cadastro de terras da Drecção Nacional dos Serviços Agrários. Nesta fase, foram elaborados mapas de terras disponiveil por provincia excluindo-se as concessões florestais, as fazendas de bravios, as concessões mineiras, as reservas do estado. A figura 1 a seguir mostra a ocupação de terra na provincia de Manica elaborado com base na informação disponível a nível central. GURO TAMBA RA BARUE MACOSSA MANICA CIDADE_DE_CHIMOIO GONDOLA SUSSUNDENGA MOSSURIZE MACHAZE Fig 1. Terra disponível na província de Manica Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

107 Foram constituidas equipes para traballharem com os diferentes serviços a nivel da província. Na provincia de Manica a equipe manteve encontros com o Director Provincial de Agricultura, Secretário Permante. Durante os encontros foram apresentados os atecedentes do trabalho e os objectivos do estudo. O secretario permanente consiserou de particular importância para a provincia o trabalho que se pretendia fazer e mostrou algumas reservas em relação ao mapa de terras consideradas livres elaborado a nivel central. O secretário permanente esperava que o trabalho fosse zoneamento da terra, o que lhes permitiria saber o grau de aptidão da terra disponivel para diferentes tipos de uso e aproveitamento de terra. Não obstante ao facto, considerou relevante o conhecimento de terra disponível a nível da província. A equipe manteve vários encontro com técnicos dos diferentes serviços provinciais, nomeadamente Serviços Provinciais de Floresta e Fauna Bravia, Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro, Direcção Provincial Geologia e Minas, Ministerio de Coordenação da Acção Ambiental. Durante o encotro, foram apresentados os objectivos do trabalho, discussão sobre actual ocupação de terra e identificados áreas possiveis de se encontrar extensões significativas de terra. Foi igualmente elaborado o programa de desocação aos distritos e identificados técnicos para fazerem parte da equipe. A equipe cruzou a informação preparada a nivel central com a informação existente no cadastro de terras nos Serviços de Geografia e Cadastro. Foram retiradas algumas sobreposições de diferentes tipos de ocupação de terra e digitalizado outra informação existente nos croquis dos serviços provinciais de geografia e cadastro. No final, foi desenvolvido um mapa de consulta sobre uso de terra por distrito. Foi feita análise da imagem satélite com base no google earth e georeferenciados alguns pontos de áreas consideradas livre para a sua observação no terreno A nivel da provincia fizeram parte da equipe que se deslocou aos distritos os técnicos dos Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro e Serviços Provinciais de Floresta e Fauna Bravia. A lista dos participantes na consulta e verificação das áreas disponíveis vem indicadas no anexo. A equipe deslocou-se aos distritos de Sussudenga, Mussurize, Machaze, Gondola Manica, Barue, Guro e Tambara. Apresenta-se a seguir o resumo das actividades desenvolvidas em cada distrito e entidades contactadas. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

108 3. RESULTADOS 3.1 Distrito de Sussudenga A equipe trabalhou no distrito de Sussundega com o Técnico de Geografia e Cadastro afecto ao distrito. Durante o encontro, foi apresentado as áreas disponiveis obtidas do trabalho realizado a nivel central e actualizado a nivel da provincia. A equpe analizou os croquis de ocupação de terra do distrito de Sussudenga disponivel nos Serviços Distritais de Actividade Econónica de Sussudenga. Neste exercício, constactou-se que algumas áreas relactivamente pequenas que inicialmente foram consideradas disponiveis estavam ocupas com DUATs. Estima-se em 16,583 ha a área considerada disponivel. O maior bloco identificado foi de aproximadamente 6,000 ha, encontrando-se nestas áreas alguma população dispersa. As restantes 7 unidades de área disponivel variam de 200 a 5000 ha. O fig.2 a seguir mostra áreas disponíveis e alguns tipos de ocupação de terra a nível do distrito de Sussudenga e a fig. 3 mapa usado na consulta a nível dos distrito. De referir que em alguns casos os mapas de consulta contem mais de um distrito. Fig. 2. Ocupação actual de Terra do distrito de Sussudenga Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

109 Fig. 3. Anotações ao nível local da ocupação de Terra do distrito de Sussudenga 3.2 Distrito de Machaze Estima-se em cerca de ha a área disponivel total no distrito de Machaze. Nestas áreas existem potencial florestal e faunistico. Algumas áreas são ocupadas com pastagens, comunidade e alguma infra-estrutura como Escola primária e posto de Migração. Área releactivamente grande com alguma população dispersa, com aproximadamente 978 ha podese encontrar a Este do distrito. A informação disponível foi confirmada com as estruturas da Localidade de Chipudje, nomeadamente; Sr. Simione Jocefe e o Sr. FilomoneTembape. As figuras a seguir mostram o mapa definitivo e actualização da ocupação de terra a nível da localidade ou aldeia com a participação das estruturas administrativas ou lideres comunitários. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

110 3.3 Distrito de Gondola O distrito de Gondola apresenta maior intensidade de ocupação de terra. Estima-se em cerca de a área disponível em parcelas relactivamente pequenas. Maior parte da área deste distrito são terras com DUATs e ocupação de boa fé. Apenas 4 blocos foram identificados como terra disponível. A área máxima não excede aos 15,000 ha. Contudo, a área possue alguma população dispersa. 3.4 Distrito de Barue O distrito de Barue apresenta uma area total de terra disponivel de cerca de ha o que representa aproximadamente 17% do distrito. A maior unidade continua de terra disponível identificada foi de cerca de apenas 455 ha. Neste distrito forma identificadas algumas areas que dados iniciais indicavam como terra não disponivel, contudo parte destas áreas tem limitações de accesso a água. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

111 4.0 Conclusões Os distritos da zona centro da província de Manica, nomeadamente Sussudenga, Manica e Gondola possuem maior registo de pedidos de terras devido, provavelmente as sua condições agro-ecologicas, vias de comunicação, proximidade dos grandes centros urbanos (mercado), enquanto que Machaze, Mussurize e Barue são os distritos que ainda apresentam maiores disponibilidade de terra, embora com alguma população dispersa. Os distritos de Tambara, Macossa, Machaze e Guro tem maior parte das áreas ocupadas com cotadas e concessões florestais ou áreas com potencial florestal e faunístico. Com base nas conversas mantidas com os técnicos dos distritos há indicações de que maior parte dos titulares de DUATs não usam a terra. Muitas das áreas requeridas com potencial agrícolas exerce-se nelas a actividade de criação de gado bovino devido provavelmente a reduzida taxa sobre o directo de uso e aproveitamento de terra para a produção pecuária. Apresenta-se na tabela a seguir o resumo de terra disponível por distrito. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

112 Tabela 1. Áreas disponiveis por distrito na provincia de Manica Districto Area (ha) Area disponivel (ha) % da Area Total Barue 577, , Mossurize 501, , Machaze 1,328, , Guro 692, , Tambara 428, , Gondola 576, , Sussundenga 710, , Manica 438, , Macossa 955, Cidade de Chimoio 17, Total 6,226, Sugestões e Recomendações A equipe discutiu algumas sugestões para o melhoramento do actual nível de ocupação da terra e que foram apresentadas na secção do governo provincial. As acções especificas incluem as seguintes: Intensificação da fiscaliação da terra, acompanhada de implementação de medidas previstas na lei de terra. Colocação de um técnico de gestão de terra ao nivel de cada distrito com conhecimento em topografia e ordenamento territorial Realização de cursos de capacitação para os Administradores em Noções básicas de topografia e cartografia Treinamento de regulos sobre normas de ocupação de terra para evitar ocupação desordenada Desenvolvimento de um cadastro sobre ocupação de terra em cada distrito Recomenda-se a utilização do dados do zoneamento florestal o que vai permitir identificar zonas com potencial florestal e outras áreas que não oferecem potencial florestal e faunistico e podem ser aproveitadas para outros usos de terra Deve-se efectuar cobranças das taxas de DUATs Recomenda-se a criação de reserva de estado Sugere-se a realização de um ordenamento territorial Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

113 6.0 Apresentação dos resultados preliminares ao Governo Provincial A equipe manteve o encontro com o director provincial de agricultura para a apresentação dos resultados preleminares da consulta da informação existente ao nível do distrito e das estruturas de base. Depois dos encontros entre o director provincial de Agricultura e S.Exc. O governador da Provincia, foi sugerido a apresentação da informação obtida no Conselho Consultivo do Governo provincial alargado aos Administradores dos Distritos da Provincia de Manica por forma a obter suas opiniões e contribuições no trabalho realizado. Antes do encontro, foram disponibilizados os mapas de ocupação de terra de todos os distritos da provincia produzido depois das consultas realizadas ao nível do distrito a fim de dar a oportunidade aos Administradores que por alguma razão não poderam participar das consultas realizadas com as estruturas administrativas ao nível do distritos e também para alterações de ocupação de terra que eventualmente possam ocorrer no future. Durante o encontro, foram apresentadas algumas sugestões para o melhoramento do trabalho como por exemplo a utilização da imagem satellite e outras informações disponiveis. O governo provincial resalvou no encontro a necessidade dos orgãos de base ver a questão da terra como assunto sério face a grande demanda para o seu aproveitamento e necessidade de melhor ordenamento. Nos anexos o documento apresentado em powerpoint ao Governo Provincial de Manica. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

114 7.0 Anexos 7.1 Areas disponiveis depois da consulta com as estruturas de base e verificação no terreno Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

115 Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

116 Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

117 Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

118 7.2 Mapas de consulta com as observações do uso actual de terra das áreas consideradas liveres e/ou novas áreas identificadas consideras livres Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

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122 7.4 Programa elaborado com a participação dos técnicos da provincias Programa Tentative do Levantamento das Áreas Disponíveis Data 14-15/04 - Segunda e Terça 16-18/04 Quarta, Quinta e Sexta-feira Actividade Recolha, análise e Georeferenciacao da Informação existente a nivel dos diferentes serviços; Contacto aos Administratores Distritais Digitalização das concessões Florestais da Província Produção de Mapas de Terras disponiveis por distrito Encontro com o chefe dos Serviços Provinciais de Floresta Preparação da deslocação aos Distritos Trabalho de consulta e validação da informação (terra disponivel identificada no mapa ou adicionada a nível distrital). Deslocação a Sussudenga, Mussorize, Matchaze e Gondola 19/04 - Sábado Trabalho no distrito de Manica Trabalho de Gabinete Domingo Trabalho em Barue e Tambara 21-22/04 Segunda Trabalho em Guro, Barúe 21/04 Segunda Trabalho em Guro e Barue 22/04 Terça-feira Regresso a Chimoio Actualização da informação e Preparação do Relatório Preleminar do trabalho Encontro com o Director Provincial da Agricultura e Governador Provincial. Apresentação dos Resultados Preleminares do Trabalho 23/04 Quarta-feira Apresentação dos Resultados Preliminares do Trabalho na Secção do Governo Provincial, alargada aos Administratores Distritais de Manica Regresso a Maputo Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

123 viii. RELATÓRIO DO TRABALHO DE CONFIRMAÇÃO DE TERRAS DISPONÍVEIS PARA GRANDES INVESTIMENTOS AGRÁRIOS NA PROVÍNCIA DE TETE Introdução No âmbito do Zoneamento Agrário a Nível Nacional verificou-se que era necessário validar o conhecimento da distribuição geográfica e espacial das terras que foram consideradas aptas para a produção de matéria-prima para biocombustíveis, com base nas seguintes culturas: mandioca, cana sacarina, mapira e jatropha. Para a validação do exercício para o apuramento das terras aptas ou consideradas disponíveis, foram criadas brigadas para se deslocarem às províncias para o efeito, a nível local. Devido a vários constrangimentos e pressupostos que já tinham sido previstos, resultou que para a maior parte das províncias as brigadas centrais ficassem reduzidas a um número muito pequeno de componentes, senão mesmo um, em vários casos. Ao relator coube-lhe a Província de Tete. Instituições contactadas Chegado à Província de Tete, reuniu-se com o Chefe dos Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro, Senhor Benjamim Gemo, o qual foi informado detalhadamente sobre o propósito da missão. Este organizou, por sua vez, encontros separados com a Sra. Directora Provincial da Agricultura, com 2 técnicos dos Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia, Técnicos dos Serviços Provinciais de Agricultura e técnicos dos Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro. Para além dos contactos com o pessoal da DPA, houve também contactos com o Director Substituto dos Recursos Minerais e um técnico ligado a concessões mineiras, bem como com um técnico do sector de Turismo, porque este sector está tendo importância relevante a nível da província. Após os contactos na capital da província, fez-se uma deslocação aos distritos de Chitima, Marávia, Zumbo, Chifunde, Macanga e Mutarara. Constatações Os Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro possuem no seu banco de dados 197 títulos de DUATs para agricultura, em toda a província, correspondentes a uma área total de ,36 ha, 51 títulos de DUATs para pecuária, correspondentes a uma área de ,18 há, 828 títulos para habitação, correspondentes a 2.892,85 ha, 314 títulos para confissões religiosas correspondentes a 703,19 ha e 92 títulos para o comércio, correspondentes a 101,60 ha. (será que não são aqui registadas as licenças para turismo e ecoturismo??) A Directora Provincial da Agricultura orientou-nos para que tomássemos em consideração que os distritos com potencial para a produção agrícola, basicamente os das zonas planálticas, caso de Angónia e Tsangano, os da fronteira norte com Malawi e Zâmbia, caso de Changara e Cahora Bassa são também potenciais para a criação de gado, enquanto que Magoe tem potencial para florestas e fauna bravia, razão pela qual é onde existe grande incidência de conflitos homem-animal. No caso de terras com potencial para a produção agrícola deve-se ter em conta que o Governo Provincial possui planos para a instalação de indústrias de agro-processamento Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

124 (processamento, empacotamento e conservação) que servirá de alavanca para o aumento da produção e consequentemente poderá estimular os produtores a alargarem as suas áreas de produção. Deve-se tomar em conta, também, que a zona planáltica é a zona com maior densidade populacional pelo que as pequenas zonas disponíveis deverão servir para a sua expansão. Mesmo nos distritos de Macanga, Chifunde, Marávia, Zumbu e Mutarara, nas manchas consideradas disponíveis deve fazer-se o cruzamento com dados populacionais e verificar o que será necessário para a sua expansão. Na Direcção Provincial dos Recursos Minerais o responsável pelo cadastro mineiro aconselhou-nos a trabalhar com o seu Ministério visto que é lá onde se faz o registo das concessões mineiras. Não deixou de realçar, contudo, que no distrito de Moatize principalmente e ao longo da fronteira dos distritos de Angónia e Tsangano, existe alguma actividade mineira. Na Direcção Provincial do Turismo indicaram os distritos de Mágoè, Zumbu, Marávia, Chifunde e uma parte de Chiúta como os que possuem áreas Comunitárias e áreas de Maneio e Uso sustentável de Recursos Naturais. Apontaram as áreas ao longo da Albufeira de Cahora Bassa como possuindo ocupações turísticas (instâncias turísticas). Validação das Unidades Consideradas Aptas nos Distritos A deslocação aos distritos para efeitos de validação dos dados foi realizada por uma brigada constituída por três técnicos: Moisés Vilanculos (brigada central IIAM), Benjamim Gemo (SPGC Tete) e Francisco Gerente Sixpence (SPFFB Tete). Distrito de Chiúta Disponibilidade de terras Apenas duas manhas localizadas a Leste e Sul de Cazula foram validadas e consideradas disponíveis e a área foi aumentada para o extremo Este, fronteira com os distritos de Tsangano e Macanga. A comunidade de Cazula é constituída por cerca de pessoas. Existe na zona uma rede hidrográfica sazonal e apenas o rio Mavudzi permanece com água durante mais meses ao longo do ano. Planícies com algumas áreas montanhosas são o relevo dominante, principalmente na nova área identificada a Este de Cazula. A mancha ao longo da Albufeira pode, também, ser considerada de disponível mas para pastagens por estarem na zona cerca de cabeças de gado bovino. O acesso às manhas é razoável em geral, podendo-se enfrentar problemas de circulação com viatura dentro delas pois não existem vias de acesso para tal. Actividades económicas Predomina a agricultura tradicional e a pecuária com pastagens tradicionais. Poucas são as licenças simples de exploração florestal (madeira). Há condições para a piscicultura na zona do Cato. Não há projectos em curso mas há manifestação de interesse para a exploração de água mineral. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

125 O Governo do Distrito sugeriu que o trabalho que está a ser feito fosse realizado junto às comunidades e estruturas de base por serem eles que melhor conhecem a região e as terras disponíveis. Distrito de Marávia Disponibilidade de terras Este distrito é caracterizado pelas suas florestas e sua fauna bravia. Confirma-se áreas disponíveis em pequenos lotes de cerca de 300 há não sendo possível obter blocos superiores a 500 há contíguos devido ao grande aglomerado populacional com campos de produção familiar, principalmente na zona de Nhacaembwe, a sul de Malowera. A população do Posto Administrativo de Malowera possui cerca de habitantes, de acordo com o censo de 1997, que vivem dispersos. Somente a manha que se prolonga de Chiphonda a Chirandira e uma a Este de Malowera é que é considerada disponível, mas com as limitações acima descritas. As manchas localizadas no posto de Chiputo, Fíngoè e Chipera são áreas de fauna bravia e parcialmente ocupadas por Mulambe e Tetense Safaris. Existe também uma área Comunitária para Uso e Maneio Sustentável de recursos naturais, localizada na zona sul do posto administrativo de Chiputo, com acesso limitado por causa de vias de acesso deficientes. Actividades económicas Predomina a agricultura familiar, principalmente na zona fronteiriça com a república da Zâmbia, área mais habitada do distrito. Trata-se de uma zona planáltica considerada o celeiro do distrito, com muita produção de algodão e tabaco. Também existe alguma actividade pecuária a escala familiar e alguma actividade de exploração mineira em Kapangula. Distrito de Zumbu Disponibilidade de terras Confirma-se terra disponível em lotes não superiores a 500 há. A mancha disponível localizase entre o Rio Tchungue e o Rio Lupopozi e, delimitada a sul pela estrada que liga Fíngoè a Zámbuè, na zona de Mitembwe. O acesso é precário sendo muito difícil a circulação de viaturas na zona. A população vive em alguns sítios isoladamente e em outros sítios muito concentrados com machambas ao redor. A zona considerada disponível é atravessada por alguns riachos sazonais tais como o Piri-piri, Cope e Fufuzi. Trata-se de uma área plana e com boa fertilidade de solos, com predominância de cereais, principalmente ao longo da fronteira com a Zâmbia. As outras manchas são aptas para outro tipo de usos não agrários. Segundo informações colhidas no local, são áreas ocupadas pela fauna bravia e algumas já possuem operadores de safaris. Todo o distrito de Zumbo é considerado uma zona turística. Actividades económicas As características económicas desta deste distrito são similares às do distrito de Marávia. A agricultura familiar está concentrada a Este do Posto Administrativo de Zâmbuè e ao longo da zona fronteiriça com a República da Zâmbia. É uma zona planáltica, com a maior produção de Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

126 cereais a nível do distrito. Possui pouca actividade pecuária e essa é resumida a pequenas criações familiares. Não existem grandes projectos de desenvolvimento embora haja uma proposta de criação da reserva de Chawalo, que se supõe ser uma reserva transfronteiriça em fase de negociação com o Governo Provincial. Existe uma área de prospecção mineira no Posto Administrativo de Muze, concedida à companhia do Vale do Rio Doce, na zona de Poboci. Distrito de Chifunde Disponibilidade de terras Todas as unidades consideradas aptas para o investimento agrário neste distrito não são a ser exploradas para tal. Segundo o Administrador do Distrito, todas as terras do distrito são potencialmente aptas para agricultura e fauna bravia. Contudo, o sonho dos governantes é o de torná-las zonas de Maneio Comunitário para o Uso Sustentável de Recursos Naturais, como acontece com o Tchuma-tchato O potencial agrícola está centrado na região norte do distrito onde são produzidos os cereais e as culturas de rendimento como o algodão e o tabaco, este considerado como o da melhor qualidade a nível da região. Por causa da proliferação da mosca Tsé-tsé, a actividade pecuária é muito reduzida. A região é atravessada por alguns rios sazonais tais como o Luia, Capoche, Lhangue e Chiritse. As manchas da zona sul da sede distrital possuem potencial para florestas e fauna bravia e são parcialmente ocupadas pela concessão Mulambe Safaris. Actividades económicas A agricultura familiar predomina, com culturas básicas alimentares e algumas de rendimento como o algodão e tabaco, fomentadas pela Mozambique Leaf Tabacco (MLT) e DUNAVANT. O turismo é, provavelmente, a aposta para este distrito. Distrito de Macanga Disponibilidade de terras As manchas de terra considerada apta para actividade agrária são na sua maioria prolongamento de manchas do distrito circunvizinho de Chifunde e algumas de Moatize. No distrito de Chifunde essas áreas são consideradas de grande potencial florestal e faunístico. O Distrito de Macanga é um dos mais povoados da província, com relevo muito acidentado (montanhas) pelo que não possui grandes manchas de terra disponível apta para a actividade agrária. A área de ha que havia sido estimada preliminarmente era uma das menores em tamanho. Segundo as declarações das pessoas contactadas no distrito, este não possui áreas acima de 200 ha contíguos para investimentos agrários. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

127 Actividades económicas A produção de tabaco em moldes de agricultura familiar (fomento) é a actividade económica predominante. Existe, porém, um grande potencial para a cultura de cereais como o milho e feijões, entre outras. Distrito de Mutarara Disponibilidade de terras As manchas consideradas aptas para a actividade agrária foram todas consideradas como disponíveis. Até houve um acréscimo de área numa das manchas. O único constrangimento é que as áreas são de difícil acesso, principalmente na altura das chuvas. A população vive dispersa nessas áreas que são atravessadas por alguns rios e riachos sazonais. O relevo é quase plano com solos de boa fertilidade, parcial e sazonalmente inundadas. Existe uma actividade pecuária de nível familiar. O maior constrangimento tem a ver com as inundações sazonais que dificultam o acesso às áreas de produção e mesmo à própria sede do distrito. Actividades económicas Predomina a agricultura familiar, com grande potencial para produção de cereais e algodão como cultura de rendimento. O milho é o cereal mais cultivado, seguindo-se a mapira e os feijões, entre as diversas culturas. Distrito de Mágoè Disponibilidade de terras A equipe não se deslocou a este distrito por não constar dos distritos pré-seleccionados com disponibilidade de terra para investimento agrário, segundo orientações da província. Contudo, tivemos a ocasião de colher algumas informações com o Chefe dos SDAE do distrito o qual nos informou que as manchas previamente consideradas disponíveis são todas elas destinadas a actividades de ecoturismo, sem espaço par actividades agrárias, por causa dos grandes conflitos homem-animal já existentes, A nível deste distrito já existem operadores de safaris que trabalham junto às comunidades e fomentam a cultura de jatropha dentro das áreas consideradas livres. Esforços estão a ser feitos para que os operadores garantam a compra do produto. Prevê-se uma produção de jatropha em cerca de ha de área. Actividades económicas Este distrito é tido como potencial e propenso a conflitos homem-animal. A principal fonte de receitas provém do ecoturismo, embora haja potencial para a agricultura como actividade secundária. Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

128 Lista das pessoas contactadas Dra. Leonor Neves, Directora Provincial da Agricultura Benjamim Gemo, Chefe dos SPGC Alferes Tomas Simbe, Chefe dos SPFFB Francisco Gerente Sixpense, técnico dos SPFFB Constantino Alexandre Mucapana, Chefe dos SPA José António Munguambe, técnico do SPA Fabião Passulane Zacarias, técnico do SPGC Lino Janeiro, técnico do SPGC Carvalho, Director Substituto da DPRM Anderson, Director dos SDAE de Mágoè Ema Duarte, Administradora do Distrito de Mágoè Resultados da Fase II: Validação da Terra Disponível. Versão Final, Dezembro de

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