O PAPEL DA OUVIDORIA DE POLÍCIA DE MINAS GERAIS NO CONTROLE EXTERNO DA ATIVIDADE POLICIAL

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1 1 O PAPEL DA OUVIDORIA DE POLÍCIA DE MINAS GERAIS NO CONTROLE EXTERNO DA ATIVIDADE POLICIAL Projeto conjunto CRISP/Ouvidoria de Polícia Relatório de Pesquisa Belo Horizonte, setembro de 2004.

2 2 Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da UFMG (CRISP) Avenida Antônio Carlos, 6627 FAFICH Sala Belo Horizonte MG Telefax : (31) Website: crisp@crisp.ufmg.br

3 3 Sumário: I Prefácio... 4 I Introdução... 8 II - Resumo III - Metodologia Bases de dados utilizadas Dados das denúncias de violações cometidas por policiais Dados da avaliação da população de Belo Horizonte sobre as polícias estaduais Dados do perfil dos praças e oficiais da polícia militar de Belo Horizonte Dados de crimes Técnicas de análise Análises descritivas baseadas em tabelas de freqüência IV - Análise das Informações Obtidas Através da Pesquisa de Vitimização Realizada pelo CRISP, no ano de 2002 em Belo Horizonte Sensação de segurança em Belo Horizonte e medidas de proteção adotadas Experiências e avaliação da população sobre o trabalho da Polícia Militar e da Polícia Civil V - Análise das Informações Obtidas Através Survey A Organização Policial e o Combate a Criminalidade Violenta - realizada pela FJP/CRISP, no ano de 2001, em Belo Horizonte Perfil profissional da organização policial: Praças & Oficiais Percepção do tipo ideal do perfil policial: Praças & Oficiais Percepções sobre a opinião pública Eficiência e limitações ao trabalho policial: Praças & Oficiais VI Análise Geral dos dados da Ouvidoria: Período Denúncias - Vítimas - Denunciantes - Agressores Análise Geral -Características Vítimas Análise Geral - Características Denunciantes Perfil dos denunciantes Análise Geral - Características Denunciados VII. Conclusões: VIII - Recomendações: IX Referências Bibliográficas

4 4 I Prefácio 1. Apresentação: Passados seis anos de seu estabelecimento, o Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da UFMG (CRISP) consolidou-se como uma instituição de prestígio em estudos de criminalidade e violência, ocupando uma posição central no cenário das políticas públicas de segurança no Brasil. O CRISP é hoje uma organização que é referência local, nacional e com crescente ressonância internacional no que diz respeito à segurança pública. Isto é resultado de uma forma de atuação através de distintas áreas de conhecimento e da pesquisa aplicada, confluindo para o desenvolvimento de produtos inovadores na área de segurança pública. Numa área em que, no Brasil, as más notícias são abundantes, o CRISP produz algumas das boas notícias. Lidamos com a introdução de novas idéias no universo das políticas públicas de segurança. Nossas pesquisas produziram estratégias mais promissoras no controle da criminalidade no Brasil. A introdução de mapas e de técnicas de análise espacial tem sido ferramenta cada vez mais reconhecida para a elaboração diversas políticas públicas a nível nacional e internacional. A experiência com o mapeamento da criminalidade tem nos levado a ser convidado para prestar assessoria e dar cursos em outros estados brasileiros, bem como países latino-americanos. O tipo de formação que oferecemos aos membros das organizações de justiça tem sido adotado cada vez mais por organizações de outros estados. As tecnologias de educação que estamos desenvolvendo prometem um novo cenário na formação de policiais e líderes comunitários. As estratégias de intervenção e difusão de metodologias podem ser consideradas como uma das grandes novidades na articulação de órgãos do sistema de justiça Introdução: Em 2003, o atual Ouvidor de Polícia de Minas Gerais, José Francisco da Silva, solicitou uma colaboração do CRISP no sentido de organizar a base de dados da Ouvidoria de Polícia de Minas Gerais. Tratava-se de ações visando melhorar o sistema de coleta de dados, a análise das informações disponíveis e a futura modificação do sistema, otimizando os recursos humanos e físicos.

5 5 Desde fevereiro de 2003, uma equipe de pesquisadores e estagiários do CRISP estão trabalhando com a base de dados da Ouvidoria. Há que se registrar que inicialmente foi feito um trabalho de análise detalhada de todos os dados, sendo necessário para tanto o conhecimento pormenorizado de cada uma das denúncias recebidas pela Ouvidoria desde sua criação. A partir de então, a equipe do CRISP começou a digitalizar, organizar, criar novas variáveis e sugerir modificações, visando otimizar a ação da Ouvidoria de Polícia. Encontros regulares entre os pesquisadores do CRISP e os técnicos da Ouvidoria foram acontecendo visando construir novas metodologias de trabalho. 2. Um Projeto em execução: Em janeiro de 2004, a Ouvidoria de Polícia, através de seu titular, procurou novamente o CRISP visando ampliar a parceria já existente. O Ouvidor explicou que conseguira recursos da Secretaria Nacional de Segurança Pública, órgão do Ministério da Justiça, visando ampliar a atuação e eficiência da Ouvidoria e, portanto, solicitava do CRISP três produtos: (1) a publicação de um relatório de pesquisa de todo o período de existência da Ouvidoria, baseados nas pesquisas feitas pelo CRISP, com o cruzamento de outros dados e informações (produzidos pelo CRISP) visando aferir informações como: locais de alta criminalidade relacionado com número de denúncias; locais (do Estado) de alta criminalidade que demandariam ação estratégica da Ouvidoria; dados relativos a aumento da violência policial com aumento da criminalidade, etc; (2) organização de um grande evento, do tipo seminário, para discutir o controle da ação policial, com profissionais altamente especializados no tema; (3) publicação dos anais do seminário, com indicativos os resultados de todo o processo de discussão, visando apontar novas formas de atuação da Ouvidoria de Polícia de Minas Gerais. O presente relatório cumpre o primeiro item do referido projeto Relatório da Pesquisa: (a) Objetivos: A definição e padronização das variáveis coletadas pela Ouvidoria possibilitam a construção de uma base de dados com informações fundamentais sobre a vitimização da população em relação às instituições policiais, como: a natureza das violações, o perfil

6 6 socioeconômico e demográfico dos agressores, das vítimas e dos denunciantes, a posição dos agressores na hierarquia das organizações, a relação entre vítima e ofensor e a reincidência de violações dos agressores. Procuramos traçar um diagnóstico das violações e de suas características mais importantes, supostamente cometidas por policiais segundo os municípios do estado e das áreas de Belo Horizonte. Uma avaliação global e consistente do desempenho das instituições policiais do estado de Minas Gerais e de Belo Horizonte corresponde à análise conjunta dos dados produzidos pela Ouvidoria, dos dados oficiais de crime violento (Polícia Militar e Polícia Civil), como dos dados da Pesquisa de Vitimização de Belo Horizonte, realizada pelo CRISP no ano de Com as análises extraídas da Ouvidoria mensuraramos, como já mencionado, o grau de possíveis violação dos direitos humanos pelas organizações policiais, as análises da variação dos crimes violentos nos informam sobre seus padrões de incidência no tempo e no espaço, o crescimento e variação das taxas de crime e o risco de vitimização da população. Finalmente, com os dados da vitimização calculamos o grau de confiança e medo da população nas suas polícias, o percentual de vítimas que acionou as agências, e o número de violações sofridas pela população, imputadas a Polícia Militar ou Civil. A reunião de todas essas informações em unidades de análise comuns, bem como o estabelecimento de relações entre elas nos possibilita a construção de indicadores de desempenho confiáveis e globais que procuraram refletir a legitimidade e produtividade das agências policiais em Minas Gerais, isto é, a relação entre Estado e a Sociedade, organização e clientela. (b) Informações Utilizadas As bases de dados da Polícia Militar e Polícia Civil nos permitem construir um diagnóstico da incidência temporal e espacial dos crimes violentos para os municípios do Estado. Assim, temos uma visão da distribuição de cada um dos crimes que compõem o índice de crimes violentos, identificando padrões no tempo (meses, dias da semana, horário ao longo do dia) e no espaço (regiões, unidade de planejamento, bairros e setores censitários) segundo as áreas de denúncia de violência policial na Capital e no Estado. Com as bases de dados da pesquisa de vitimização em Belo horizonte, teremos informações para as várias unidades da Capital, sobre a avaliação da população a respeito da eficácia, desempenho, corrupção e do respeito aos direitos humanos e do percentual de vítimas que acionou a polícia. Obtivemos, também, dados sobre a população vitimada

7 7 (extorsão e violência) pelas polícias Militar e Civil. Assim, identificaremos áreas da Capital e do Estado que demandam intervenções gerais e pontuais da Ouvidoria, devido à possível incidência das violações cometidas pela Polícia Militar e Civil e a avaliação de sua eficácia no controle do crime e no respeito aos direitos humanos. 3. EQUIPE PARTICIPANTE DO PROJETO: Coordenação Geral: Cláudio Chaves Beato Filho Coordenação Adjunta: Robson Sávio Reis Souza Coordenador da Pesquisa/Relatório: Frederico Couto Marinho Pesquisadores: Bráulio Figueiredo A. da Silva Frederico Couto Marinho Karina Rabelo Leite Rodrigo Alisson Fernandes Estagiários: Ana Carolina Utsch Helen Cristina Alkmim Keli Rodrigues Lídia Cristina Silva Barbosa

8 8 I Introdução As análises seguintes são partes das estratégias adotadas pelo Projeto: O Papel da Ouvidoria de Polícia de Minas Gerais no Controle Externo da Atividade Policial, através do convênio entre a Ouvidoria e o Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública CRISP / UFMG. Este projeto tem por objetivo identificar as áreas com maior incidência de prováveis violações cometidas por policiais e medir a associação com os padrões de crimes violentos, além das características sócio-econômicas dessas áreas. Assim, identificaremos áreas da Capital e do Estado que demandam intervenções pontuais da Ouvidoria, devido à incidência das possíveis violações cometidas pela Polícia Militar e Polícia Civil e a avaliação de sua eficácia no controle do crime e no respeito aos direitos humanos. Optamos por apresentar as análises do banco de dados da Ouvidoria ao longo do período de 1998 a 2003 em três níveis. Uma análise geral das denúncias recebidas pela Ouvidoria no estado de Minas Gerais ao longo do seu período de atuação, entre 1998 e 2003, onde descrevemos as características e atributos centrais das denúncias, o perfil das vítimas e dos denunciantes, como as características centrais dos denunciados. Em seguida, realizamos uma seleção dos municípios que concentram o maior número de casos no estado e que apresentam um crescimento significativo, aumentando sistematicamente sua participação no total de denúncias ao longo dos anos. Foram escolhidos seis municípios para análise. Finalmente, estabelecemos um ranking das áreas (bairros) de Belo Horizonte segundo o número de denúncias reportadas e sua variação ao longo do período ( ), e selecionados as áreas com maior representatividade na Capital mineira. Foram escolhidos seis bairros para análise. Foram colhidos e analisados dados socioeconômicos para uma caracterização geral da vulnerabilidade das áreas que concentram o maior número de denúncias tanto no estado quanto em Belo Horizonte. As análises dos crimes violentos (dados oficiais), a partir das ocorrências registradas pela Polícia Militar, foram utilizadas no diagnóstico dos padrões de incidência dos crimes violentos contra a pessoa e contra o patrimônio nas áreas selecionadas da Capital e do Estado. Em Belo Horizonte, pudemos gerar análises com dados primários sobre segurança pública e ir além dos dados oficiais produzidos pelas instituições governamentais. Isto foi

9 9 possível devido a disponibilidade e acesso aos dados de duas pesquisas inovadoras sobre segurança pública, realizadas pelo CRISP, em 2001 e A primeira, em parceria com a Fundação João Pinheiro foi um survey com praças e oficiais da Polícia Militar, onde procuramos mensurar e qualificar a relação entre os policiais militares e a comunidade, suas percepções sobre a opinião pública, sobre o tipo ideal do perfil do policial, bem como as limitações que impedem o trabalho policial em Belo Horizonte. A segunda pesquisa consistiu em um survey de vitimização, realizado junto a população de Belo Horizonte no ano de 2002, que identificou e mediu a sensação de insegurança da população, além de suas experiências, percepções e avaliações sobre o trabalho prestado pelas Polícias Militar e Civil. O presente relatório é organizado do seguinte modo: 1. Análise das Informações Obtidas Através da Pesquisa Survey de Vitimização realizada pelo CRISP no ano de 2002 em Belo Horizonte. Através dos dados coletados na pesquisa de vitimização em Belo Horizonte podemos retratar a percepção das comunidades residentes nas áreas com maior número de denúncias sobre o trabalho da polícia militar e da polícia civil, como as violações sofridas no período referente a Análise das Informações Obtidas Através da Pesquisa A Organização Policial e o Combate à Criminalidade Violenta Survey aplicado a Praças e Oficiais da PMMG de Belo Horizonte, realizada pela FJP/ CRISP, no ano de 2001 em Belo Horizonte. Os dados produzidos através do survey com os policiais militares de Belo Horizonte permitem identificar o grau de integração institucional, satisfação profissional e dos entraves existentes na execução do trabalho policial, segundo a avaliação de praças e oficiais.

10 10 3. Análise Geral dos dados da Ouvidoria para o período A análise geral dos dados produzidos pela Ouvidoria traça uma caracterização das vítimas, denunciantes e denunciados a partir das denúncias registradas no período entre 1998 e 2003, no estado de Minas Gerais. II - Resumo Pretende-se, neste relatório, avaliar o desempenho da Ouvidoria de Polícia de Minas Gerais ao longo dos seus seis anos de funcionamento, identificando e descrevendo a natureza das denúncias recebidas, segundo o tipo de violação, o perfil das vítimas, dos denunciantes e denunciados, a instituição de origem dos denunciados, o grau de incidência nas áreas do estado (capital, região metropolitana e interior) e os encaminhamentos efetivados pela Ouvidoria das denúncias aos órgãos da Justiça. As análises apresentadas a partir do survey de vitimização, realizado em Belo Horizonte, nos informam sobre a avaliação da população da Capital sobre o desempenho das instituições policiais estaduais de segurança pública. Desta forma, podemos mensurar a confiança da população nas Polícias Militar e Civil, sua credibilidade junto aos vários grupos sociais e sua vitimização, natureza das violações sofridas, enfim, a relação entre os cidadãos, usuários do sistema de segurança pública e seus representantes mais ordinários. III - Metodologia 3.1. Bases de dados utilizadas Para a elaboração deste relatório, diversas fontes de dados foram utilizadas, as quais são identificadas a seguir DADOS DAS DENÚNCIAS DE VIOLAÇÕES COMETIDAS POR POLICIAIS 1. Dados sobre natureza das denúncias, perfil vítimas, denunciados e denunciantes, no período 1998 a DADOS DA AVALIAÇÃO DA POPULAÇÃO DE BELO HORIZONTE SOBRE AS POLÍCIAS ESTADUAIS a) Survey de Vitimização Belo Horizonte 2002

11 DADOS DO PERFIL DOS PRAÇAS E OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR DE BELO HORIZONTE a) Survey com Praças e Oficiais da Polícia Militar de Belo Horizonte DADOS DE CRIMES a) Dados da Polícia Militar 1. Ocorrências registradas pelo telefone 190, da Polícia Militar de Minas Gerais ocorrência de crimes violentos no período de seis anos (1995 a 2003). A classificação de crimes violentos adotada pela Polícia Militar de Minas Gerais agrega os seguintes delitos: homicídio, homicídio tentado, estupro, roubo, roubo à mão armada, roubo de veículos, roubo de veículos à mão armada e seqüestro b) Dados da Polícia Civil 1. Ocorrências registradas pela Delegacia de Crimes contra a Vida de Belo Horizonte, para os anos de 1995 a Técnicas de análise ANÁLISES DESCRITIVAS BASEADAS EM TABELAS DE FREQÜÊNCIA (1) Distribuição dos diversos tipos de denúncias tratadas, segundo local de incidências, ano, mês, instituição de origem dos denunciados, informando a composição percentual das variáveis com o objetivo de caracterizar a distribuição espacial e temporal das denúncias reportadas a Ouvidoria em Minas Gerais e Belo Horizonte. (2) Incidência dos crimes violentos nos municípios que concentram o maior percentual de denúncias no estado, com o objetivo de caracterizar a evolução da criminalidade violenta no estado.

12 12 (3) Incidências das ocorrências de crimes violentos nos bairros que agregam o maior número de denúncias contra policiais em Belo Horizonte, a fim de verificar a incidência e evolução deste fenômeno. IV - Análise das Informações Obtidas Através da Pesquisa de Vitimização Realizada pelo CRISP, no ano de 2002 em Belo Horizonte. A seguir realizamos uma comparação entre as áreas selecionadas de Belo Horizonte no que diz respeito ao nível de satisfação e avaliação dos serviços prestados pela Polícia Militar e Polícia Civil. Isto foi possível a partir das informações coletadas no Survey de Vitimização em Belo Horizonte, pesquisa realizada pelo CRISP, no ano de 2002, com uma amostra de 4000 (quatro mil) habitantes da capital mineira, maiores 15 anos de idade. As variáveis utilizadas para produção das tabelas seguintes foram construídas a partir do conjunto de questões relativas às percepções, experiências e opiniões dos respondentes acerca do trabalho policial em Belo Horizonte Sensação de segurança em Belo Horizonte e medidas de proteção adotadas Tabela 1 - Belo Horizonte é uma cidade violenta: Bairros Calma Violenta Não sabe/ Não respondeu Total Belo Horizonte 17,0% 82,4% 0,6% 100% Venda Nova 26,0% 73,0% 1,0% 100% (100) Taquaril 22,5% 75,0% 2,5% 100% (40) Vera Cruz 16,6% 83,3% - 100% (60) Cabana 30,0% 70,0% - 100% (40) Jardim América 25,0% 75,0% - 100% (20) Barro Preto 17,5% 80,0% 2,5% 100% (40) Fonte: CRISP 1 A pesquisa de Vitimização, realizada na cidade de Belo Horizonte, teve por objetivo a aquisição de informações detalhadas sobre a freqüência e a natureza de diversos crimes que ocorrem na cidade, tais como estupro, roubo, furto, homicídio, etc., tendo sido comunicados à policia ou não. Coube a esta pesquisa apurar informações sobre as vítimas, o perfil dos agressores, o relacionamento existente entre vítima /agressor, as circunstâncias nas quais os crimes ocorreram: hora do dia, local de ocorrência, uso ou não de violência contra o agredido, entre outros; e a percepção da população acerca do trabalho das polícias civil e militar. Outras informações no website do CRISP, no endereço:

13 13 Sensação de segurança da população de Belo Horizonte e bairros 90,0 80,0 70,0 82,4 73,0 75,0 83,3 70,0 75,0 80,0 60,0 Percentual 50,0 40,0 30,0 20,0 17,0 26,0 22,5 16,6 30,0 25,0 17,5 Calma Violenta 10,0 0,0 Belo Horizonte Venda Nova Taquaril Vera Cruz Cabana Jardim América Àreas Barro Preto Quando perguntados se Belo Horizonte é uma cidade violenta, 83,3% dos entrevistados do bairro Vera Cruz, 80% dos entrevistados do Barro Preto e 75% dos entrevistados dos bairros Jardim América e Taquaril afirmaram que BH é uma cidade violenta. Dos entrevistados do bairro Cabana, 30% afirmaram que BH é uma cidade calma. Tabela 2 - As condições de vida em Belo Horizonte: Bairros Melhorou Continuou a mesma Piorou Não sabe/não respondeu Total Belo Horizonte 15,0% 28,0% 56,0% 1,0% 100% Venda Nova 17,0% 27,0% 56,0% - 100%(100) Taquaril 22,5% 35,0% 50,0% 2,5% 100%(40) Vera Cruz 18,3% 43,3% 38,3% - 100%(60) Cabana 17,5% 35,0% 45,0% 2,5% 100%(40) Jardim América 10,0% 45,0% 45,0% - 100%(20) Barro Preto 7,5% 37,5% 52,5% 2,5% 100%(40) Fonte: CRISP Quando questionados sobre a as condições de vida em Belo Horizonte, 22,5% dos entrevistados do Taquaril afirmaram que as condições de vida melhoraram. 45% e 43,3% dos entrevistados dos bairros Jardim América e Vera Cruz, respectivamente, afirmaram

14 14 que as condições de vida em BH continuaram as mesmas. 56% dos entrevistados do bairro Venda Nova disseram que as condições de vida pioraram. Tabela 3 - Condições de violência em Belo Horizonte: Bairros Aumentou Permaneceu a mesma Diminuiu Não sabe/não respondeu Total Belo Horizonte 86,6% 9,4% 3,4% 1,2% 100% Venda Nova 86,0% 12,0% 2,0% - 100%(100) Taquaril 80,0% 10,0% 7,5% 2,5% 100%(40) Vera Cruz 73,3% 20,0% 6,7% - 100%(60) Cabana 77,5% 17,5% 2,5% 2,5% 100%(40) Jardim América 90,0% 10,0% %(20) Barro Preto 83,5% 12,5% 2,5% 2,5% 100%(40) Fonte: CRISP A grande maioria dos entrevistados, independentemente dos bairros, afirmaram que as condições de violência aumentaram em Belo Horizonte. No bairro Jardim América, 90% dos entrevistados afirmaram que a violência aumentou e outros 10% afirmaram que ela continuou a mesma. Tabela 4 - Se sente seguro ao sair à noite: Bairros Sente seguro Inseguro Não sabe ou Não respondeu Total Belo Horizonte 15,7% 20,8% 0,4% 100% Venda Nova 24,0% 76,0% - 100%(100) Taquaril 15,0% 82,5% 2,5% 100% (40) Vera Cruz 21,7% 78,4% - 100% (60) Cabana 20,0% 80,0% - 100% (40) Jardim América 15,0% 85,0% - 100% (20) Barro Preto 12,5% 87,5% - 100% (40) Fonte: CRISP Dos entrevistados do Barro Preto, 87,5% afirmaram ser inseguro sair à noite, 85% dos entrevistados do Jardim América e 82,5% dos entrevistados do Taquaril também se sentem inseguros ao saírem à noite.

15 15 Tabela 5 - Se sente seguro ao sair de casa sozinho de dia: Bairros Sente seguro Inseguro Não sabe ou Não respondeu Total Belo Horizonte 51,0% 48,5% 0,5% 100% Venda Nova 56,0% 44,0% - 100%(100) Taquaril 57,5% 40,0% 2,5% 100% (40) Vera Cruz 51,7% 48,4% - 100% (60) Cabana 45,0% 55,0% - 100% (40) Jardim América 50,0% 50,0% - 100% (20) Barro Preto 37,5% 62,5% - 100% (40) Fonte: CRISP Quando perguntados sobre a sensação de segurança ao sair de casa durante o dia, 57,5% dos entrevistados do Taquaril, 56% dos entrevistados do bairro Venda Nova, 51,7% dos entrevistados do Vera Cruz e 50% dos entrevistados do Barro Preto afirmaram sentirem-se seguros. 62,5% dos entrevistados do bairro Barro Preto e 55% do Cabana afirmaram sentirem insegurança. Tabela 6 - Sente seguro em ficar em casa à noite, sozinho: Bairros Sente seguro Inseguro Não sabe ou Não respondeu Total Belo Horizonte 56,2% 43,6 02% 100% Venda Nova 57,0% 45,0% - 100%(100) Taquaril 55,0% 42,5% 2,5% 100% (40) Vera Cruz 56,7% 43,4% - 100% (60) Cabana 62,5% 37,5% - 100% (40) Jardim América 45,0% 55,0% - 100% (20) Barro Preto 72,5% 27,5% - 100% (40) Fonte: CRISP Sobre a sensação de segurança ao ficarem em casa sozinhos durante à noite, 72,5% dos entrevistados do Barro Preto e 62,5% dos entrevistados do Cabana afirmaram sentirem-se seguros. Dos entrevistados do Jardim América 55,0% afirmam se sentirem inseguros ao ficarem em casa, a noite, sozinhos.

16 16 Tabela 7 - Sente seguro em ficar sozinho de dia em casa: Bairros Sente seguro Inseguro Não sabe ou Não respondeu Total Belo Horizonte 74,7% 25,1% 0,8% 100% Venda Nova 77,0% 23,0% - 100%(100) Taquaril 77,5% 20,0% 2,5% 100% (40) Vera Cruz 83,3% 16,7% - 100% (60) Cabana 67,5% 32,5% - 100% (40) Jardim América 70,0% 30,0% - 100% (20) Barro Preto 82,5% 17,5% - 100% (40) Fonte: CRISP Sobre a sensação de segurança ao ficarem sozinhos em casa durante o dia, 83,3% dos entrevistados do Vera Cruz, 82,5% do Barro Preto e 77,5% dos entrevistados do Taquaril afirmaram sentirem-se seguros. 33,5% dos entrevistados do Cabana e 30% dos entrevistados do Jardim América sentirem-se inseguros nesta situação. Tabela 8 - Possui arma de fogo: Bairros Sim Não Total Belo Horizonte 7,4% 92,6% 100% Venda Nova 7,0% 93,0% 100%(100) Taquaril 2,6% 97,4% 100% (40) Vera Cruz 1,7% 98,3% 100% (60) Cabana 2,5% 97,5% 100% (40) Jardim América 20,0% 80,0% 100% (20) Barro Preto 7,5% 92,5% 100% (40) Fonte: CRISP

17 17 Possui arma de fogo em casa como medida de proteção , ,4 98,3 97,5 92, Percentual Possui arma fogo Não possui ,4 7 2,6 1,7 2,5 20 7,5 0 Belo Horizonte Venda Nova Taquaril Vera Cruz Cabana Jardim América Barro Preto Àreas Quando questionados sobre a posse de arma de fogo, o percentual de moradores de Belo Horizonte e dos bairros selecionados (concentram maior percentual de denúncias recebidas pela Ouvidoria de Polícia ao período ) é bastante elevado: na capital, quase 10% da população afirmou que possui arma de fogo. Nos bairros selecionados há muita variação: no Taquaril, Vera Cruz e Cabana a parte da população que afirmou possuir arma de fogo não alcança 3%; no Barro Preto e em Venda Nova o percentual é muito próximo ao de Belo Horizonte. No bairro Jardim América temos o maior percentual declarado de residentes que possuem arma de fogo: 1/5 da população do bairro afirmou que possui armas em casa. Tabela 9 - Anda armado: Bairros Sim Não Total Belo Horizonte 42,2% 57,8% 100% Venda Nova 71,5% 28,6% 100%(100) Taquaril - 100% 100% (40) Vera Cruz - 100% 100% (60) Cabana - 100% 100% (40) Jardim América 50,0% 50,0% 100% (20) Barro Preto - 100% 100% (40) Fonte: CRISP

18 Transita com a arma de fogo 99,9 99,9 99,9 99, ,5 70 Percentual ,2 57, Transita com a arma fogo Mantém a arma em casa 30 28, Belo Horizonte 0,1 0,1 Venda Nova Taquaril Vera Cruz Cabana Jardim América 0,1 0,1 Barro Preto Àreas Sobre o costume de andar armado, 100% dos entrevistados do Taquaril, Vera Cruz, Cabana e Barro Preto deram respostas negativas. 71,5% dos entrevistados do bairro Venda Nova e 50% dos entrevistados do Jardim América afirmaram andar armado. Tabela 10 - Toma precauções ao sair à noite: Bairros Sim Não Não sabe ou não respondeu Total Belo Horizonte 77,4% 22,4% 0,3% 100% Venda Nova 65,0% 34,0% 1,0% 100%(100) Taquaril 72,5% 15,0% 2,5% 100% (40) Vera Cruz 63,4% 36,7% - 100% (60) Cabana 70,0% 30,0% - 100% (40) Jardim América 65,0% 35,0% - 100% (20) Barro Preto 67,5% 32,5% - 100% (40) Fonte: CRISP Quando questionados sobre a tomada de precauções ao sair à noite, a maioria dos entrevistados respondeu afirmativamente. No Taquaril 72,5% dos entrevistados deram esta resposta.

19 19 Tabela 11 - Toma precauções ao conversar com estranhos: Bairros Sim Não Não sabe ou não respondeu Total Belo Horizonte 86,6% 13,1% 0,3% 100% Venda Nova 86,0% 13,0% 1,0% 100%(100) Taquaril 80,0% 17,5% 2,5% 100% (40) Vera Cruz 73,3% 26,7% - 100% (60) Cabana 70,0% 30,0% - 100% (40) Jardim América 60,0% 40,0% - 100% (20) Barro Preto 65,0% 35,0% - 100% (40) Fonte: CRISP Analisando a tabela acima, percebe-se que a grande maioria dos entrevistados toma precauções ao conversar com estranhos. 86% dos entrevistados do Venda Nova e 80% do Taquaril afirmaram tais precauções. Tabela 12 - Toma precauções ao ir a locais que gosta ou precisa: Bairros Sim Não Não sabe ou não respondeu Total Belo Horizonte 64,2% 35,5% 0,4% 100% Venda Nova 49,0% 50,0% 1,0% 100%(100) Taquaril 52,5% 45,0% 2,5% 100% (40) Vera Cruz 60,0% 40,0% - 100% (60) Cabana 45,5% 52,0% 2,5% 100% (40) Jardim América 35,0% 65,0% - 100% (20) Barro Preto 35,0% 65,0% - 100% (40) Fonte: CRISP Quando questionados sobre precauções tomadas em locais que gostam ou precisam ir, 65% dos moradores dos bairros Jardim América e Barro Preto afirmaram não tomar precauções. 60% dos entrevistados do bairro Vera Cruz afirmaram positivamente a essa questão.

20 20 Tabela 13 - Toma precauções ao usar algum transporte coletivo: Bairros Sim Não Não sabe ou não respondeu Total Belo Horizonte 40,6% 58,8% 0,6% 100% Venda Nova 30,0% 69,0% 1,0% 100%(100) Taquaril 27,5% 70,0% 2,5% 100% (40) Vera Cruz 28,3% 71,6% - 100% (60) Cabana 15,0% 85,0% - 100% (40) Jardim América 30,0% 70,0% - 100% (20) Barro Preto 47,5% 52,5% - 100% (40) Fonte: CRISP A maioria dos entrevistados afirmou não tomar precauções ao utilizar algum transporte coletivo. Entretanto, no Barro Preto, 47,5% dos entrevistados afirmaram tomar algum tipo de precaução. Tabela 14 - Muda com freqüência caminho entre casa/trabalho/escola: Bairros Sim Não Não sabe ou não respondeu Total Belo Horizonte 43,7% 55,9% 0,4% 100% Venda Nova 26,0% 73,0% 1,0% 100%(100) Taquaril 32,5% 65,0% 2,5% 100% (40) Vera Cruz 50,0% 50,0% - 100% (60) Cabana 35,0% 65,0% - 100% (40) Jardim América 45,0% 55,0% - 100% (20) Barro Preto 42,5% 57,5% - 100% (40) Fonte: CRISP Quando questionados sobre a freqüência com que modificam o caminho entre casa/trabalho/escola, 50% dos entrevistados do Vera Cruz afirmaram fazer modificações em seu trajeto. 73% dos entrevistados de Venda Nova afirmaram não adotar essa medida.

21 21 Confiança da população no trabalho da Polícia Militar 100,0 90,0 80,8 80,0 70,0 65,4 62,5 65,6 Percentual 60,0 50,0 40,0 47,5 52,6 52,8 53,0 47,2 47,1 37,5 34,6 34,4 Confia Não confia 30,0 20,0 19,2 10,0 0,0 Belo Horizonte Venda Nova Taquaril Vera Cruz Cabana Jardim América Barro Preto Àreas 4.2. Experiências e avaliação da população sobre o trabalho da Polícia Militar e da Polícia Civil. Abaixo, estão descritas algumas opiniões dos moradores de Belo Horizonte dos bairros, Venda Nova, Taquaril, Vera Cruz, Cabana, Jardim América e Barro Preto sobre a Polícia Militar e a Polícia Civil. Tabela 15 - Confiança da População nas Polícias Polícia Militar Polícia Civil Áreas Confia Não confia Confia Não confia Belo Horizonte 80,8 19,2 78,4 21,6 Venda Nova 47,4% 52,6% 47,4% 52,7% Taquaril 65,4% 34,6% 40,0% 60,0% Vera Cruz 52,8% 47,2% 52,0% 48,0% Cabana 47,1% 53,0% 47,3% 52,6% Jardim América 37,5% 62,5% 60,0% 40,4% Barro Preto 65,6% 34,4% 69,3% 30,8% Fonte: CRISP

22 22 Confiança da população no trabalho da Polícia Civil , ,3 Percentual ,4 52, ,3 52, ,4 30,8 Confia Não confia , Belo Horizonte Venda Nova Taquaril Vera Cruz Cabana Jardim América Barro Preto Àreas Quando questionados sobre a sua confiança na Polícia Militar, 65,6% e 65,7% dos moradores dos bairros Barro Preto e Taquaril, respectivamente, afirmaram confiar na PM. Nos bairros Jardim América, Cabana e Venda Nova, 62,5%; 53% e 52,6% dos entrevistados, respectivamente, afirmaram não confiar na PM. De acordo com a tabela acima, a confiança da população na Polícia Civil varia de acordo com o bairro analisado. A maior diferença no percentual de confiança aparece nos bairros Taquaril, onde apenas 40% dos entrevistados afirmaram confiar na Polícia Civil, enquanto no Barro Preto esse percentual sobe para 69,3%. Nos bairros Venda Nova e Cabana, o percentual de entrevistados que não confiam na Polícia Civil é muito semelhante, 52,7% e 52,6%, respectivamente. Tabela 16 - Crença da População na Eficiência das Polícias Polícia Militar Polícia Civil Áreas Eficiente Ineficiente Eficiente Ineficiente Belo Horizonte 56,9 43,0 60,1 39,9 Venda Nova 57,2% 42,9% 31,6% 68,4% Taquaril 57,7% 42,3% 60,0% 40,0% Vera Cruz 55,6% 44,5% 64,0% 36,0%

23 23 Cabana 51,5% 48,5% 52,6% 47,4% Jardim América 62,5% 37,5% 100% - Barro Preto 68,9% 31,0% 83,3% 16,7% Fonte: CRISP Crença da população na eficiência da Polícia Militar 80,0 Percentual 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 57,2 56,9 57,7 43,0 42,9 42,3 55,6 44,5 51,5 48,5 62,5 37,5 68,9 31,0 Eficiente Ineficiente 20,0 10,0 0,0 Belo Horizonte Venda Nova Taquaril Vera Cruz Cabana Jardim América Barro Preto Àreas

24 24 Crença da população na eficiência da Polícia Civil 100,0 99,9 90,0 83,3 80,0 Percentual 70,0 60,0 50,0 40,0 68,4 60,1 60,0 39,9 40,0 31,6 64,0 36,0 52,6 47,4 Eficiente Ineficiente 30,0 20,0 16,7 10,0 0,0 Belo Horizonte Venda Nova Taquaril Vera Cruz Cabana Jardim América 0,1 Barro Preto Àreas Sobre a eficiência da Polícia Militar na resolução de problemas do bairro, 68,9% dos entrevistados do bairro Barro Preto disseram que a PM é eficiente. Também afirmaram a eficiência da PM 57,7% dos entrevistados do bairro Taquaril e 57,2% dos entrevistados do Bairro Venda Nova. Quando questionados sobre a eficiência da Polícia Civil na resolução de problemas da sua vizinhança, todos os entrevistados (100%) do bairro Jardim América afirmaram que a Polícia Civil é eficiente. Este percentual também foi alto no Barro Preto onde 83,3% dos entrevistados afirmaram a eficiência da Polícia Civil. No bairro Venda Nova, 68,4% dos entrevistados afirmaram que a Polícia Civil não é eficiente. Tabela 17 - Crença da População no Preparo das Polícias para o Desempenho de suas Funções Polícia Militar Polícia Civil Áreas Preparada Despreparada Preparada Despreparada Belo Horizonte 80,4 19,6 81,8 18,2 Venda Nova 45,5% 54,6% 60,8% 39,1% Taquaril 56,7% 43,2% 63,9% 36,1% Vera Cruz 40,0% 60,0% 56,9% 44,1% Cabana 36,8% 63,1% 55,9% 44,1% Jardim América 47,3% 52,6% 68,5% 31,6% Barro Preto 45,1% 55,9% 40,0% 60,0% Fonte: CRISP

25 25 Quando perguntados sobre a preparação da Polícia Militar, 56,7% dos entrevistados do bairro Taquaril e 47,3 % dos entrevistados do bairro Jardim América afirmaram que a PM está preparada. No bairro Cabana, 63,1% dos entrevistados, e no bairro Vera Cruz 60% afirmaram que a PM não está preparada. A tabela acima evidencia, também, as respostas dos entrevistados sobre a preparação da Polícia Civil. No bairro Jardim América, 68,5% dos moradores entrevistados consideram que a Polícia Civil está preparada; no bairro Taquaril, 63,9% da população também consideram a Polícia Civil preparada. Dos entrevistados do Barro Preto, 60% acreditam que a Polícia Civil não está preparada. Tabela 18 - Avaliação do Desempenho das Polícias Áreas Bom desempenho Polícia Militar Não desempenha bem Bom desempenho Polícia Civil Não desempenha bem Belo Horizonte 82,0 18,0 82,0 18,0 Venda Nova 58,2% 41,8% 71,8% 28,1% Taquaril 54,0% 45,9% 67,5% 32,4% Vera Cruz 53,5% 46,5% 57,6% 42,4% Cabana 55,5% 44,4% 50,0% 50,0% Jardim América 80,0% 20,0% 68,4% 31,6% Barro Preto 56,4% 43,6% 50,0% 50,0% Fonte: CRISP Segundo 80% dos entrevistados do Bairro Nova Granada, 58,2% do bairro Venda Nova e 56,4% dos entrevistados do bairro Barro Preto, a Polícia Militar tem um bom desempenho. Não consideram que a PM não desempenha bem seu papel, 46,5% dos entrevistados do bairro Vera Cruz, 45,9% dos entrevistados do Taquaril, 44,4% dos entrevistados do bairro Cabana. De acordo com a tabela acima, o percentual de moradores do Barro Preto e Cabana que consideram que a Polícia Civil desempenha bem seu papel é igual ao percentual dos que consideram que ela não o desempenha bem, ou seja, 50%. A maior parte dos entrevistados do bairro Venda Nova (71,8%) consideram que a Polícia Civil desempenha bem o seu papel.

26 26 Tabela 19 - Modo como as Polícias Tratam a População Polícia Militar Polícia Civil Áreas Com violência Sem violência Com violência Sem violência Belo Horizonte 49,6 50,4 51,4 48,6 Venda Nova 56,1% 43,9% 58,0% 41,9% Taquaril 46,2% 53,8% 50,0% 50,0% Vera Cruz 56,1% 43,9% 55,0% 45,0% Cabana 56,1% 38,9% 53,1% 46,9% Jardim América 40,0% 60,0% 35,3% 64,7% Barro Preto 54,0% 45,9% 54,9% 45,2% Fonte: CRISP Como a Polícia Militar trata a população 80,0 70,0 Percentual 60,0 50,0 40,0 30,0 49,6 50,4 56,1 43,9 46,2 53,8 56,1 56,1 43,9 38,9 40,0 60,0 54,0 45,9 Com violência Sem violência 20,0 10,0 0,0 Belo Horizonte Venda Nova Taquaril Vera Cruz Cabana Jardim América Barro Preto Àreas

27 27 Como a Polícia Civil trata a população 80,0 70,0 64,7 58,0 Percentual 60,0 50,0 40,0 30,0 51,4 48,6 41,9 50,0 50,0 55,0 53,1 45,0 46,9 35,3 54,9 45,2 Com violência Sem violência 20,0 10,0 0,0 Belo Horizonte Venda Nova Taquaril Vera Cruz Cabana Jardim América Barro Preto Àreas Quando questionados sobre o modo como a Polícia Militar trata a população, 56,1% dos entrevistados dos bairros Venda Nova, Vera Cruz e Cabana afirmaram que a PM trata a população com violência. 60% dos entrevistados do bairro Jardim América e 53,8% dos entrevistados do bairro Taquaril consideram que a PM tratam a população sem violência. Quanto à opinião dos entrevistados quando perguntados se a Polícia Civil trata a população com violência ou não, nos bairros Venda Nova, Vera Cruz e Barro Preto 58% ; 55% e 54,9% dos entrevistados, respectivamente, acreditam que a Polícia Civil é violenta ao tratar a população. Os dados relativos ao Jardim América mostram que 64,7% dos entrevistados consideram que a Polícia trata a população sem violência. Tabela 20 - Respeito da População em Relação às Polícias Polícia Militar Polícia Civil Áreas Respeita Não respeita Respeita Não respeita Belo Horizonte 82,1 17,9 87,4 12,6 Venda Nova 60,3% 39,8% 66,6% 33,3% Taquaril 61,5% 38,5% 69,2% 30,7% Vera Cruz 48,3% 51,7% 65,0% 35,0% Cabana 60,6% 39,5% 78,4% 21,6%

28 28 Jardim América 45,0% 55,0% 66,7% 33,4% Barro Preto 71,7% 28,2% 74,4% 25,6% Fonte: CRISP Sobre o respeito da população em relação a Polícia Militar, 71,7% dos entrevistados do Barro Preto, 61,5% dos entrevistados do Taquaril, 60,6% dos entrevistados do Cabana e 60,3% dos entrevistados do Venda Nova responderam que a população respeita a PM. Dos moradores entrevistados no bairro Jardim América e Vera Cruz 55% e 51,7%, respectivamente, responderam que a população não respeita a PM. Quando questionados sobre o respeito da população para com a Polícia Civil, os entrevistados do bairro Cabana em sua maioria (78,4%) consideram que a população respeita a Polícia. O mesmo pode ser visto nas entrevistas realizadas no Barro Preto, 74,4%. No Vera Cruz, 35% dos entrevistados e no bairro Jardim América 33,4% dos entrevistados acredita que a população não respeita a Polícia Civil. Tabela 21 - Medo da População em Relação às Polícias Polícia Militar Polícia Civil Áreas Tem medo Não tem medo Tem medo Não medo Belo Horizonte 75,6 24,4 83,8 16,2 Venda Nova 57,6% 42,5% 68,4% 31,5% Taquaril 48,8% 51,3% 66,7% 33,4% Vera Cruz 54,2% 45,7% 51,7% 48,3% Cabana 59,4% 40,5% 55,6% 44,5% Jardim América 57,7% 42,2% 83,3% 16,7% Barro Preto 69,2% 30,8% 80,0% 20,0% tem Fonte: CRISP Quando questionados sobre o medo da população em relação a Polícia Militar 69,2% dos entrevistados do Barro Preto e 59,4% dos entrevistados do Cabana afirmaram que tem medo da PM. 51,3% dos entrevistados do bairro Taquaril e 45,7% dos entrevistados do Vera Cruz afirmaram que a população não tem medo da PM. A tabela acima traz, também, os resultados do questionamento sobre o medo da população em relação à Polícia Civil.

29 29 Dos entrevistados do bairro Jardim América, 83,3% responderam que têm medo da Polícia Civil, sendo que os dados foram semelhantes no Barro Preto, 80%. Dos entrevistados do bairro Vera Cruz, 51,7% afirmaram ter medo da Polícia Civil. Tabela 22 - Corrupção Policial Polícia Militar Polícia Civil Áreas Sim Não Sim Não Belo Horizonte 69,6 30,4 78,3 21,7 Venda Nova 72,4% 27,6% 74,5% 25,5% Taquaril 84,6% 15,4% 80,0% 18,9% Vera Cruz 62,7% 37,3% 69,5% 30,5% Cabana 81,3% 18,7% 91,4% 8,6% Jardim América 60,0% 40,0% 61,1% 38,9% Barro Preto 65,7% 34,2% 74,3% 25,7% Fonte: CRISP A Polícia Militar é corrupta 100,0 90,0 84,6 81,3 Percentual 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 69,6 30,4 72,4 27,6 62,7 37,3 60,0 40,0 65,7 34,2 Polícia é corrupta Polícia não é corrupta 20,0 10,0 15,4 18,7 0,0 Belo Horizonte Venda Nova Taquaril Vera Cruz Cabana Jardim América Barro Preto Àreas

30 30 A Polícia Civil é corrupta 100,0 90,0 80,0 78,3 74,5 80,0 91,4 74,3 Percentual 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 21,7 25,5 18,9 69,5 30,5 61,1 38,9 25,7 Polícia é corrupta Polícia não é corrupta 10,0 8,6 0,0 Belo Horizonte Venda Nova Taquaril Vera Cruz Cabana Jardim América Barro Preto Àreas Sobre a corrupção dentro da Polícia Militar, 84,6% dos entrevistados do bairro Taquaril e 81,3% dos entrevistados do bairro Cabana consideram que a PM é corrupta. Dos entrevistados do Jardim América (40%) e dos entrevistados do Vera Cruz (37,3%) acreditam que a PM não é corrupta. Quando perguntados se a Polícia Civil é corrupta, 91% dos entrevistados do bairro Cabana responderam que sim. No bairro Taquaril, 80% dos entrevistados deram respostas afirmativas. No bairro Jardim América este percentual é de 61,1%. Estas análises nos informam que a avaliação da população de Belo Horizonte e das comunidades dos bairros da Capital que concentraram a maioria das denúncias registradas pela Ouvidoria no período , tanto da Polícia Militar quanto da Polícia Civil é negativa, devido ao descrédito em relação a sua preparação e competência para solucionar crimes e atender as vítimas. Além das críticas sobre o desempenho e eficiência das polícias para controlar o crime na cidade, a maioria dos entrevistados afirmou que sente medo do policiamento rotineiro da cidade e acredita que a corrupção é generalizada dentro das organizações policiais.

31 31 V - Análise das Informações Obtidas Através Survey A Organização Policial e o Combate a Criminalidade Violenta - realizada pela FJP/CRISP, no ano de 2001, em Belo Horizonte Perfil profissional da organização policial: Praças & Oficiais Tabela 23 - Percentual de policiais militares que tem um segundo emprego % Oficiais com segundo emprego % Praças com segundo emprego Sim 9,2 33,0 Não 90,8 67,0 Total 100,0 100,0 Fonte: FJP/CRISP Percentual de policiais militares que tem um segundo emprego , ,9 Percentual ,1 Sim Não ,2 0 Oficiais Praças Àreas Tanto oficiais quanto praças têm outra atividade profissional além do trabalho na Polícia Militar, para complementar a renda familiar. Entre os oficiais, o percentual é de quase 10%. Já entre os praças, um terço deles têm um segundo emprego.

32 Percepção do tipo ideal do perfil policial: Praças & Oficiais Tabela 24 - Importância do respeito à lei no perfil do policial % Oficiais % Praças Pouco importante 2,2 2,5 Importante 17,4 32,0 Muito Importante 80,4 65,4 Total 100,0 100,0 Fonte: FJP/CRISP Quanto à prevalência da legalidade no trabalho policial, a maioria dos entrevistados acredita ser importante ou muito importante o respeito à lei no perfil ideal do policial, tanto para oficiais quanto praças. Entretanto, a ênfase no caráter muito importante da legislação foi distinta: 80% dos oficiais marcaram esta alternativa, sendo que apenas 65% dos praças concordaram com ela. Tabela 25 - Importância da capacidade de solucionar problemas da comunidade no perfil policial % Oficiais % Praças Nada importante 8,1 8,7 Importante 36,6 39,3 Muito Importante 63,4 52,14 Total 100,0 100,0 Fonte: FJP/CRISP Quanto à relevância da capacidade dos policiais em solucionar problemas da comunidade, oficiais e praças concordam, em sua maioria, que esta tarefa é importante ou muito importante no perfil dos policiais. Entretanto, o percentual entrevistados que não considera esta tarefa relevante é significativo, representando aproximadamente 8% dos praças e dos oficiais.

33 33 Tabela 26 - Importância da utilização da força física no perfil policial % Oficiais % Praças Nada importante 69,4 62,9 Importante 26,3 29,4 Muito Importante 4,3 7,7 Total 100,0 100,0 Fonte: FJP/CRISP Quando questionados sobre o papel da utilização da força física no perfil dos policiais, pouco mais da metade dos entrevistados acreditam que o uso da força não é importante. O percentual de praças e oficiais que atribuíram um caráter importante ou muito importante no emprego de força física no perfil dos policiais é elevado, cerca de 1/3 em cada grupo. Tabela 27 - O trabalho policial só pode ser avaliado por policiais % Oficiais % Praças Discordo 30,8 23,8 Concordo 54,6 59,7 Sem opinião 14,6 16,5 Total 100,0 100,0 Fonte: FJP/CRISP

34 34 O trabalho policial só pode ser avaliado por policiais ,6 59,7 50 Percentual ,8 23,8 Discordo Concordo Sem opinião 20 14,6 16, Oficiais Praças Àreas Quanto à avaliação e a definição de indicadores de desempenho sobre as tarefas desempenhadas pela Polícia Militar, metade dos entrevistados afirmaram que apenas a própria polícia é capaz de avaliar e julgar seu trabalho. Cerca de 30% dos oficiais e 24% dos praças discordam desta posição e entendem que agências externas podem medir e avaliar as funções desempenhadas pelos policiais militares. O percentual de entrevistados que não se posicionou sobre a questão é alto: cerca de 15%. Tabela 28 - Somente os policiais podem decidir como deve ser feito o trabalho policial % Oficiais % Praças Discordo 30,1 16,5 Concordo 64,6 76,7 Sem opinião 5,4 6,8 Total 100,0 100,0 Fonte: FJP/CRISP

35 35 Somente os policiais podem decidir como deve ser feito o trabalho policial , ,6 60 Percentual ,1 Discordo Concordo Sem opinião ,5 10 5,4 6,8 0 Oficiais Praças Àreas Quanto à missão e a definição de tarefas da Polícia Militar, a maioria dos entrevistados (65% dos oficiais e 77% dos praças) afirmaram que esta é uma função exclusiva da instituição militar. Entre os oficiais, 1/3 deles acreditam que outras agências públicas e organizações da sociedade civil podem contribuir na definição do trabalho policial, apenas 16% dos praças compartilham dessa posição Percepções sobre a opinião pública Tabela 29 - Grupos ou Organizações que dificultam o trabalho da polícia militar: Praças & Oficiais % Oficiais % Praças Grupo de Direitos Humanos 44,3 44,8 Imprensa 27,3 22,7 outros 28,4 32,5 Total 100,0 100,0 Fonte: FJP/CRISP

36 36 Grupos ou Organizações que dificultam o trabalho da polícia militar ,3 44, ,5 Percentual ,3 28,4 22,7 Grupos Direitos Humanos Imprensa outros Oficiais Praças Àreas Entre os grupos apontados por praças e oficiais que dificultam o trabalho da Polícia Militar, dois se sobressaem entre os citados: a maioria dos entrevistados, 44%, tanto de oficiais quanto de praças apontou as organizações de defesa dos direitos humanos como o principal obstáculo na execução do trabalho da Polícia Militar. A imprensa foi apontada por oficiais e praças como a segunda organização que mais dificulta o trabalho da polícia. Tabela 30 - Atualmente a polícia sente que a população esta contra ela: % Oficiais % Praças Discordo 52,4 29,7 Concordo 31,2 46,6 Sem opinião 16,2 22,8 Total 100,0 100,0 Fonte: FJP/CRISP Sobre a relação entre a sociedade e a Polícia Militar, o percentual de praças e oficiais que acreditam que a sociedade tem uma postura antagônica em relação a Policia Militar é elevado: cerca de 1/3 dos oficiais e 47% dos praças. O percentual de entrevistados que não se posicionou sobre esta questão é significativo: 16% dos oficiais e 22% dos praças.

37 37 Tabela 31 - Medidas mais importantes a serem tomadas para reduzir a criminalidade % Oficiais % Praças Aumento de recursos para polícia 42,0 54,0 Legislação mais dura 11,3 15,3 Geração de emprego 12,4 9,7 Mais educação 21,0 8,0 Políticas públicas para jovens 4,3 2,3 Outras medidas 9,0 10,7 Total 100,0 100,0 Fonte: FJP/CRISP Medidas mais importantes a serem tomadas para reduzir a criminalidade Percentual Oficiais Praças ,3 15,3 12,4 9,7 8 4,3 2,3 9 10,7 0 Aumento de recursos para polícia Legislação mais dura Geração de emprego Mais educação Políticas públicas para jovens Outras medidas Àreas Quanto à percepção dos policiais militares sobre as medidas mais eficazes para a redução do crime, duas concepções gerais se destacam entre os praças e os oficiais. A mais citada, a visão repressiva, que enfatiza as instituições de segurança pública, como mobilização de recursos (materiais e humanos) para as polícias e endurecimento da legislação penal; e outra socioeconômica, ênfase na geração de empregos e na educação da população em geral. Políticas públicas específicas para o público jovem foram citados por

38 38 apenas 4% dos oficiais e 2% dos praças. Medidas como avaliação do trabalho policial por agências externas ou gestão comunitária da segurança pública não foram citadas nem por praças nem por oficiais Eficiência e limitações ao trabalho policial: Praças & Oficiais Tabela 32 - O Estatuto da Criança e do Adolescente favorece a impunidade na sociedade brasileira? % Oficiais % Praças Discordo 9,1 4,2 Concordo 86,5 89,3 Sem opinião 4,3 4,4 Total 100,0 100,0 Fonte: FJP/CRISP O ECA favorece a impunidade na sociedade brasileira? ,5 89, Percentual Discordo Concordo Sem opinião ,1 4,3 4,2 4,4 0 Oficiais Praças Àreas Quanto a avaliação dos policiais militares sobre as limitações produzidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente ao trabalho policial, quase a totalidade dos

39 39 entrevistados, cerca de 87% tanto dos praças quanto dos oficiais, acreditam que o Estatuto produz impunidade. Tabela 33 - A idade penal deve ser reduzida para 16 anos e não 18 como estabelecido pelo ECA? % Oficiais % Praças Discordo 10,8 7,2 Concordo 86,4 88,9 Sem opinião 2,7 3,8 Total 100,0 100,0 Fonte: FJP/CRISP A idade penal deve ser reduzida para 16 anos e não 18 como estabelecido pelo ECA? ,4 88, Percentual Discordo Concordo Sem opinião ,8 2,7 7,2 3,8 0 Oficiais Praças Àreas Novamente os policiais militares apontam críticas ao Estatuto da Criança e do Adolescente. Em média, 87% dos entrevistados entre os praças e os oficiais concordam com a redução penal para 16 nos, contrariando a concepção do ECA.

40 40 Tabela 34 - Os Movimentos de Direitos Humanos dificultam e atrapalham a tarefa de controle do crime no Brasil? % Oficiais % Praças Discordo 10,2 2,9 Concordo 84,9 92,9 Sem opinião 4,8 4,2 Total 100,0 100,0 Fonte: FJP/CRISP A avaliação dos policiais militares sobre os movimentos de direitos humanos é muito negativa: quase a totalidade dos entrevistos (85% dos oficiais e 93% dos praças) acreditam que eles dificultam e atrapalham o controle e a redução dos crimes no país. Tabela 35 - A lei que define a tortura como crime, no Brasil, é um exemplo de legislação que tem mais prejudicado? % Oficiais % Praças Discordo 45,4 29,8 Concordo 35,5 47,7 Sem opinião 18,9 21,2 Total 100,0 100,0 Fonte: FJP/CRISP

41 41 A lei que define a tortura como crime, no Brasil, é um exemplo de legislação que tem mais prejudicado? ,4 47,7 Percentual ,5 18,9 29,8 21,2 Discordo Concordo Sem opinião 10 0 Oficiais Praças Àreas A mudança na legislação que define a tortura como crime no país é avaliada pela maioria dos praças, 48%, e mais de 1/3 dos oficiais como um retrocesso, pois prejudicaria a atividade policial no controle do crime no país. Apenas 30% dos praças concorda com a mudança na legislação que criminaliza a tortura. Tabela 36 - Existem muitas leis que garantem direitos aos criminosos e isto impossibilita a Polícia Militar de realizar bem seu trabalho? % Oficiais % Praças Discordo 19,4 6,4 Concordo 75,8 90,7 Sem opinião 4,8 2,9 Total 100,0 100,0 Fonte: FJP/CRISP A legislação que estabelece obrigações e limites à atuação das instituições de segurança pública, garantindo direitos aos criminosos, é avaliada como uma medida que impossibilita a Polícia Militar de desempenhar de forma eficiente seu trabalho. Essa é a avaliação de 90% dos praças e 76% dos oficiais. O percentual de oficiais que entende que a legislação deve garantir direitos aos criminosos e que isto não tem um efeito negativo sobre a ação policial de controle do crime é de 19%, enquanto que entre os praças somente 6% concordam com esta idéia.

42 42 Síntese: As análises provenientes do survey com os praças e oficiais da Polícia Militar de Belo Horizonte nos mostram que o perfil tanto dos praças quanto dos oficiais ainda é muito tradicional e conservador, pois nos dois grupos a maioria dos entrevistados não concorda que a polícia deva ser avaliada por órgãos externos, entendendo que somente a própria organização pode exercer esta tarefa. Outra questão que reforça o caráter fechado e isolado da Polícia Militar é o descrédito quanto à capacidade de outras agências em contribuir no planejamento e na formulação de estratégias de segurança pública. Segundo a interpretação, tanto dos oficiais quanto dos praças, a atual legislação - em especial o Estatuto da Criança e do Adolescente e da Lei de Tortura - está associada ao aumento do crime por várias razões: é muito branda, pois não pune de forma rigorosa os que passam pelo sistema de justiça criminal e estimula a entrada de novos indivíduos no mercado criminoso. A crítica mais contundente feita pelos policiais militares à legislação é o seu caráter controlador e impeditivo do trabalho policial. Os entrevistados entendem que a lei dificulta a plena execução das atividades policiais de repressão e controle do crime. A maioria dos oficiais e dos praças defende políticas públicas de segurança restritas a investimentos nas organizações policiais, como mais carros e armamentos e no recrudescimento da lei. Os policiais entendem a missão e as funções da imprensa e das organizações de direitos humanos como agências que atrapalham e impedem a execução do trabalho policial. Todas essas análises indicam que a Polícia Militar tem uma concepção restrita de política de segurança, identificando como fundamentais apenas instituições do sistema de justiça criminal: viés repressivo. Além de uma visão limitada e tradicional de segurança pública, a postura da organização em relação a outras agências que lidam com o problema da violência e do crime é de conflito e isolamento.

43 43 VI Análise Geral dos dados da Ouvidoria: Período Denúncias - Vítimas - Denunciantes - Agressores 6.1. Análise Geral - Características Denúncias Tabela 37 - Número Anual de Denúncias 1998/abril de 2004 Ano Número de Denúncias Percentual 1998(*) 179 4,4 % ,2% ,2% ,1% ,8% ,5% (até abril) 6,8% Total (*) se refere aos meses de setembro a dezembro. Número denúncias recebidas pela Ouvidoria no período Número de denúncias período

44 44 O número de denúncias apresentadas à Ouvidoria pela população, ao longo dos seus seis anos de atuação em Minas Gerais, mostra um salto significativo do primeiro ano para os demais. Houve um crescimento de 368% no número de denúncias entre 1998 e Entre o segundo e o terceiro ano, manteve-se o aumento no número das denúncias, mas o ritmo diminuiu. O número de casos passou de 660 para 902, um crescimento de 36,6%. A partir de 2001 até 2003, o número de denúncias se estabilizou em 684 casos, em média, ao ano. Quando comparamos a média de denúncias deste período (2001 a 2003), com o número de denúncias feitas em 2000, constata-se uma queda de 24% no volume de casos relatados à Ouvidoria de Polícia. Tabela 38 - Ranking dos municípios de Minas Gerais segundo número de denúncias no período Período Municípios Denúncias Percentual Belo Horizonte ,6 Contagem 222 5,7 Ribeirão das Neves 125 3,2 Santa Luzia 121 3,1 Betim 70 1,8 Ibirité 50 1,3 Ipatinga 41 1,1 Sabará 39 1,0 Municípios selecionados (8) ,8 Demais ,2 Municípios do estado Total

45 45 Ranking dos municípios de Minas Gerais: percentual de denúncias recebidas ,2 75,8 1 1,1 1,3 1,8 3,1 3,2 5,7 58, Belo Horizonte Contagem Ribeirão das Neves Santa Luzia Betim Ibirité Ipatinga Sabará Municípios selecionados (8) Demais cidades do estado A distribuição das denúncias recebidas pela Ouvidoria de Polícia de Minas Gerais ao longo do período entre 1998 e 2003 mostra uma concentração muito elevada das denúncias em apenas oito cidades do Estado. Elas representaram 75,8% de todas as denúncias registradas no período. Além da super-representação no número de denúncias há uma proximidade espacial entre as cidades: sete delas pertencem a Região Metropolitana de Belo Horizonte. O município de Belo Horizonte representou sozinho 58,6% das denúncias reportadas a Ouvidoria no período entre 1998 e ,8% das denúncias registradas pela Ouvidoria correspondem a apenas sete municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

46 46 Tabela 39 - Municípios de Minas Gerais que concentram o maior número de denúncias no período Municípios Betim 4,9 2,2 1,6 2,2 3,5 2,6 Contagem 7,4 8,6 7,3 8,7 6,7 7,7 Ibirité 0 1,4 1,2 1,3 1,9 1,3 Ribeirão das Neves 4,9 5,5 4,8 3,3 3,7 4,3 Santa Luzia 3,3 2,9 4,7 4,6 3,2 6,2 Belo Horizonte 79,5 79,4 80,5 79,9 81,0 77,9 Total 100 (%) 100 (%) 100 (%) 100 (%) 100 (%) 100 (%) Evolução dos prinicpais municípios de Minas Gerais: percentual de denúncias recebidas período Ibirité Betim Ribeirão das Neves Santa Luzia Contagem Belo Horizonte Quanto a evolução anual das denúncias nos principais municípios do Estado, no período entre 1998 e 2003, percebe-se um crescimento acentuado das denúncias registradas em Belo Horizonte, Santa Luzia e Ibirité. Verifica-se que, no decorrer deste período, Belo Horizonte representou mais de dois terços das denúncias, oscilando entre 79,5% de denúncias em 1998 e 81% em Quanto aos demais municípios, em todos os anos, Contagem concentrou o maior número de denúncias, enquanto Ibirité representou o menor número de casos.

47 47 Tabela 40 - Ranking dos bairros de Belo Horizonte segundo denúncias no período Período Bairros Denúncias Percentual Centro ,0 Barro Preto 94 4,1 Funcionários 55 2,4 Serra 52 2,3 Venda Nova 48 2,1 Vera Cruz 35 1,6 Jardim América 33 1,5 Cabana 33 1,5 Taquaril 29 1,3 Bairros ,7 selecionados (9) Demais bairros da ,7 capital Sem informação 59 2,6 Total ,0 Ranking dos bairros de Belo Horiozonte: percentual de denúncias recebidas ,7 30,7 1,3 1,5 1,5 1,6 2,1 2,3 2,4 4,1 Demais bairros da capital Bairros selecionados (9) Taquaril Cabana Jardim América Vera Cruz Venda Nova Serra Funcionários Barro Preto Centro 14,

48 48 Quanto a distribuição espacial das denúncias reportadas a Ouvidoria em Belo Horizonte, apenas nove bairros da Capital concentraram 30,8% das denúncias registradas nos seis anos de funcionamento da Ouvidoria. Em relação a concentração das denúncias entre os bairros de Belo Horizonte, no período entre 1998 e 2003, o centro da cidade concentrou 14,0% do total de casos; em seguida, aparece o Barro Preto, representando 4.1%, o Funcionários, 2.4% ; a Serra, 2.3% e Venda Nova, 2,1%. Tabela 41 - Principais áreas de Belo Horizonte segundo denúncias no período Bairros Ano Barro Preto 37,5 25,6 26,4 38,3 38,3 19,4 Cabana Pai Tomaz 0 11,6 9,4 10,6 10,6 16,7 Jardim 12,5 9,3 11,3 21,3 21,3 19,4 América Taquaril 12,5 7,0 9,4 8,5 8,5 8,3 Venda Nova 37,5 23,3 22,6 10,6 10,6 27,8 Vera Cruz 0 23,3 20,8 10,6 10,6 8,3 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Com respeito aos dados que expressam a evolução das denúncias em relação aos principais bairros de Belo Horizonte, observa-se que, entre os anos de 1998 e 2003, os bairros Barro Preto, Venda Nova e Vera Cruz concentraram a maioria das denúncias. O maior crescimento no número de denúncias foi registrado nos bairros Cabana do Pai Tomaz e Jardim América. Tabela 42 - Local da denúncia 1998/2003 Local Percentual Rua 40,2 Em deslocamento 18,9 Residência 16,8 Estabelecimento Comercial 7,7 Sem Informação 16,5

49 49 Total 100% Local onde ocorreram as violações , ,9 16,8 16, Rua Em deslocamento Residência Sem Informação Quando aos locais citados nas denúncias, nos espaços públicos abertos as ocorrências de violação são mais comuns; ou seja a vitimização ocorre prioritariamente na rua (40,2%). Tabela 43 - Posição ou andamento da denúncia 1998/2003 Denúncia Percentual Pendente/Corregedoria 67,9 Arquivado/Improcedente 22,4 Arquivado/Procedente 5,6 Arquivado/Preliminarmente 1,6 Pendente/Ministério Público 0,9 Sem Informação 1,6

50 50 Total 100% Posição ou andamento das denúncias Sem Informação 1,6 Pendente/Ministério Público 0,9 Arquivado/Preliminarmente 1,6 Arquivado/Procedente 5,6 Arquivado/Improcedente 22,4 Pendente/Corregedoria 67, Tabela 44 - Status da denúncia 1998/2003 Denuncia Percentual Procedente - Pendente 68,8 Improcedente - Arquivado 31,0 Sem Informação 0,2 Total 100%

51 51 Posição ou andamento das denúncias , , Procedente - Pendente Improcedente - Arquivado Sem informação 0,1 Nesta tabela, temos informação sobre o andamento das denúncias reportadas de forma sucinta, ou seja: 68,8% estão pendentes (procedente) e 31% das denuncias foram arquivadas (improcedentes). O percentual dos casos sem dados é insignificante.

52 52 Status das denúncias recebidas pela Ouvidoria no período ,0 90,0 80,0 83,8 88,1 86,7 93,8 70,0 71,4 Percentual 60,0 50,0 40,0 59,6 40,4 pendente arquivado 30,0 28,6 20,0 10,0 0,0 16,2 11,9 13,3 6, período A evolução do status das denúncias ao longo dos anos mostra que houve uma inversão na avaliação e encaminhamento dado pela Ouvidoria às denúncias. Na primeira parte do período, o percentual de denúncias arquivadas como improcedentes foi superior a 2/3 do total. Essa relação se inverte a partir do ano de 2000, quando o percentual de denúncias procedentes - pendentes alcança 59,6%. A quantidade de denúncias avaliadas como procedentes aumenta a cada ano até o final do período, chegando a 93,8% do total de denúncias feitas em Denúncias - principais naturezas Principais naturezas Frequência Percentual Abuso de Autoridade - 16, agressão Ameaça ,6 Abuso de Autoridade 8, prisão Infração disciplinar ,4 Má qualidade no 587 atendimento 4,9 Tortura 475 4,0 Subtotal ,7 Demais naturezas ,1 Sem informação ,2 Total %

53 53 Tabela 45 - Natureza das denúncias 1998/2003 Natureza das denúncias Natureza Frequencia Percentual ABUSO DE AUTORIDADE - AGRESSÃO ,3 AMEAÇA ,6 ABUSO DE AUTORIDADE - PRISÃO ,6 INFRAÇÃO DISCIPLINAR ,4 MÁ QUALIDADE DO ATENDIMENTO 587 4,9 TORTURA 475 4,0 LESÃO CORPORAL 446 3,7 NEGLIGENCIA 426 3,6 PREVARICAÇÃO 321 2,7 CONSTRANGIMENTO ILEGAL 295 2,5 CONSTRANGIMENTO ILEGAL E/OU ABUSO DE AUT 235 2,0 CONCUSSÃO / EXTORSÃO 170 1,4 HOMICÍDIO 132 1,1 TENTATIVA DE HOMICÍDIO 95,8 PECULATO 73,6 CORRUPÇÃO PASSIVA 68,6 ENRIQUECIMENTO ILÍCITO 51,4 FALTA DE POLICIAMENTO 35,3 TRÁFICO DE DROGAS 32,3 ESTELIONATO 9,1 DISCRIMINAÇÃO 7,1 Sem informação ,2 Total ,0

54 54 Natureza das denúncias , ,3 20, ,6 10 8,6 8,4 5 4,9 4,1 0 Abuso de Autoridade - agressão Ameaça Abuso de Autoridade - prisão Infração disciplinar Má qualidade no atendimento Tortura Sem informação Demais naturezas Quanto à natureza das denúncias recebidas pela Ouvidoria, a categoria abuso de autoridade/agressão reuniu 22,0% dos casos relatados, e 17,5% envolve prisão. Em seguida temos as denúncias que envolvem a má qualidade no atendimento, com 3,5%, e a infração disciplinar, com 2,3% das denúncias. O que chama atenção nessa tabela é a magnitude dos casos onde não há informação sobre a natureza das denúncias: 42,6% dos casos recebidos na Ouvidoria.

55 55 Participação percentual das principais denúncias recebidas pela Ouvidoria no período ,0 50,0 40,0 Percentual 30,0 Agressão Prisão Má Qualidade Infração Disciplinar 20,0 10,0 0, período A participação percentual por tipo de denúncia reportada pela população a Ouvidoria de Polícia, no período entre 1998 e 2003, mostra que as denúncias de agressão e prisão ilegal são as mais comuns em todos os anos da série. Entretanto, o comportamento delas ao longo dos anos é distinto: as denúncias de agressão aumentam no início da série e se mantém estáveis em torno de 50% sobre o total de denúncias ao ano. As denúncias que respondem por prisão ilegal decrescem do início do período até o final, correspondendo a 34% do total de casos em Quanto às denúncias de má qualidade no atendimento reportadas pela população a Ouvidoria, houve uma queda contínua no percentual de denúncias registradas. No início do período, este tipo de denúncia representava 12% do total de casos; em 2003 correspondia apenas a 6%. O percentual de denúncias de infração disciplinar passou por um crescimento exorbitante no período, saltando de 2% em 1999 para 15% em 2003.

56 56 Evolução das denúncias de agressão e prisão recebidas pela Ouvidoria no período Percentual 15 agressão prisão período As ocorrências mais freqüentes reportadas a Ouvidoria em todos os anos do período ( ) foram agressão e prisão ilegal. A evolução dessas denúncias mostra um forte crescimento até No início da série, as denúncias de agressão e prisão correspondiam a 5%; em 2000 saltaram para 25% do total. O número de denúncias cresceu cinco vezes. A partir de 2000 há uma queda significativa até Entre 2002 e 2003 a quantidade de denúncias de prisão e agressão se estabiliza, representando cada aproximadamente 16% do total de denúncias em 2003.

57 57 Denúncias de agressão e prisão segundo faixa etária das vítimas 50,0 45,0 44,2 40,0 38,7 35,0 30,0 25,0 24,3 23,1 19,7 agressão prisão 20,0 15,0 13,8 13,3 10,0 8,9 5,2 7,1 5,0 0,0 12 a 17 anos 18 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos Acima 50 anos faixa etária Quanto ao perfil das vítimas das denúncias de agressão e prisão registradas no período ( ), de acordo com a idade, dois grupos etários se destacam: de 18 a 29 anos e de 30 a 39 anos, ambos representando a população adulta jovem. Há uma superrepresentação do grupo etário entre 18 e 29 anos, correspondendo a 44% das vítimas de agressão e 39% das vítimas de prisão ilegal. Em seguida temos outro grupo etário de população adulta jovem, entre 30 e 39 anos, que concentra em média 23% dos casos de agressão e prisão.

58 58 Denúncias de agressão e prisão segundo renda familiar das vítimas 70,0 60,0 59,3 58,5 50,0 40,0 30,0 22,7 23,0 agressão prisão 20,0 10,0 10,9 11,9 7,1 6,7 0,0 sem renda 1 a 5 SM 6 a 10 SM Acima de 10 SM renda Quanto a renda familiar das vítimas das denúncias de agressão e prisão (no período entre 1998 a 2003), constata-se uma elevada concentração na faixa de renda mais baixa, que varia entre 1 e 5 salários mínimos. O percentual de vítimas neste grupo, tanto de agressão quanto prisão alcança quase 2/3 do total de denúncias. A faixa de renda familiar acima de 10 salários mínimos é a menos representativa, respondendo por apenas 7% do total de denúncias no período. Chama a atenção o percentual de vítimas, tanto de agressão quanto de prisão, que alegaram não ter renda, em torno de 23% dos casos.

59 59 Denúncias de agressão e prisão segundo escolaridade das vítimas 70,0 60,0 57,3 51,5 50,0 40,0 30,0 29,5 32,5 agressão prisão 20,0 10,0 11,3 13,5 1,9 2,5 0,0 analfabeto 1 grau 2 grau superior Escolaridade A análise da escolaridade das vítimas de prisão e agressão registradas nas denúncias recebidas pela Ouvidoria ao longo do período , mostra que há uma concentração elevada nas pessoas com escolaridade com 1º grau, respectivamente 57% e 51%. Tabela 46 - Distribuição mensal das denuncias 1998/2003 Mês Percentual Outubro 9.8 Abril 9.8 Novembro 9.3 Maio 9.3 Janeiro 9.1 Março 8.2 Fevereiro 8.0 Julho 8.0 Dezembro 7.9 Agosto 6.9 Setembro 6.9 Junho 6.8 Total 100%

60 60 Distribuição mensal das denúncias número de denúcias ,1 8 8,2 9,8 9,3 6,8 8 6,9 6,9 9,8 9,3 7, Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro meses A porcentagem das denúncias reportadas a Ouvidoria ao longo dos meses segue uma distribuição sem muita variação. A maior variação foi de 9,8% em abril e outubro; 9,3% em maio e novembro; sendo que nos outros meses não ultrapassou os 8%. Tabela 47 - Denúncias segundo dia da semana 1998/2003 Dias da Semana Percentual Quarta-feira 46.5 Terça-feira 15.7 Sexta-feira 15.2 Quinta-feira 15.0 Segunda-feira 14.3 Sábado 12.2 Domingo 11.1 Total 100%

61 61 Distribuição segundo os dias da semana das denúncias percentual de denúcias Domingo 46,5 11,1 14,3 15,7 15,0 15,2 12,2 Segundafeira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira dias semana Sábado Ao longo da semana, o percentual de denúncias recebidas pela Ouvidoria de Polícia mantêm-se estável, variando em torno de 13,9%. Quarta-feira é o único dia que concentra um número elevado de denúncias, representando 46,5% do total de denúncias. Tabela 48 - Local da Denúncia 1998/2003 Local Ano Rua 43,1 60,7 50,9 52,9 37,9 48,9 Em deslocamento 10,1 11,2 10,1 10,1 19,1 20,1 Residência 24,3 13,8 21,7 22,3 26,3 19,9 Estabelecimento 13,9 9,8 11,9 9,5 12,1 8,5 Sem informações 8,8 4,6 5,5 5,3 4,8 2,6 Total Essa tabela mostra os locais das denúncias, referentes aos anos compreendidos entre 1998 a A tabela indica que nos espaços públicos abertos as ocorrências de

62 62 possível violação contra a população são mais comuns, ou seja, a vitimização ocorre prioritariamente na rua. No ano de 1999, 46,2% das denúncias foram feitas citando o local como sendo as ruas, e em 2003, 39,6%. Em comparação com os locais públicos abertos, os locais públicos fechados têm menos ocorrências registradas, em todo o período. Nos locais privados e íntimos (residências) as denúncias reportadas são menores do que nos locais públicos abertos/fechados. A maior participação das denúncias relativas aos locais privados ocorreu em 2002, com 22,6%. Tabela 49 - Posição ou andamento da Denúncia 1998/2003 Posição ANO Sem informação 10,4 6,5 8,8 7,8 1,2 1,2 Pendente / Corregedoria 16,2 27, ,5 90,8 Arquivado/Procedente 15,1 10 4,8 3,6 1,6 0,4 Arquivado/Improcedente 54,9 52,4 31,6 6 8,5 2,8 Pendente/OP 0,2 0,1 0,1 Arquivado/ Preliminarmente 2,8 2 2,7 1,4 0,7 0,7 Arquivado/Pedido denunciante 0,1 0,7 1 Arquivado/Procedente parcialmente 0,3 1 0,4 0,3 0,3 Arquivado/Falta dados 0,6 0,2 0,2 0,4 1,5 0,7 Pendente MP 0,9 0,98 0,3 1 2 Total Quanto a situação das denúncias feitas a Ouvidoria em 2000, 2001, 2002 e 2003, a maioria delas estão pendentes naa Corregedorias e/ou em processo de avaliação. Já em 1998 e 1999; 65,4% e 52,4% (respectivamente) das denúncias foram arquivadas como improcedentes. Tabela 50 Situação da denúncia resumido 1998/2003 Ano Situação da denúncia Pendente 16,2 28,6 59,6 83,1 86,6 92,7 Arquivado 50, ,3 11,1 10,1 6,1

63 63 Sem informação 33,7 21,4 10,1 5,9 3,3 1,2 Total Nesta tabela, temos as informações sobre a situação das denúncias reportadas entre 1998 a Nota-se que a partir do ano de 2000 as denúncias ficaram pendentes (procedentes), e em 1998 e 1999 a maioria da denúncias foram arquivadas (improcedentes). Tabela 51 - Natureza da denúncia 1998/2003 Ano Natureza da denúncia Agressão Prisão Má qualidade Infração disciplinar Total Quanto a natureza das denúncias recebidas pela Ouvidoria, durante os anos compreendidos entre 1998 e 2003, a categoria de abuso de autoridade/agressão, obteve a maior parte dos casos relatados, seguido pela categoria de abuso de autoridade/prisão. O que mais chama a atenção nessa variável é a magnitude dos casos onde não há informação (outros) sobre a natureza das denúncias dos casos recebidos pela Ouvidoria 6.2. Análise Geral -Características Vítimas Tabela 52 - Gênero das Vítimas segundo ano das Denúncias 1998/2003 Sexo Ano Total Masculino 72,7% 78,6% 70,1% 72,2% 71,4% 75,1% 73,2% Feminino 18,0% 16,6% 23,8% 18,9% 24,4% 17,2% 20,4% Não Informado 9,3% 4,8% 6,1% 8,9% 4,2% 7,7% 6,4%

64 64 Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% A tabela acima mostra a distribuição por sexo das vítimas que fizeram denúncias à Ouvidoria de Polícia, entre os anos de 1998 e O percentual de homens é significativamente maior em todos os anos observados, chegando a 78,6% em O maior percentual de vítimas do sexo feminino foi registrado no ano de 2004, com 25%. Tabela 53 - Cor das Vítimas segundo ano das Denúncias 1998/2003 Cor Total Negra 12,0 9,1 10,6 11,6 13,8 14,8 11,9 Parda 7,3% 17,5% 19,2% 20,0% 28,4% 27,1% 21,7% Branca 26,7% 41,8% 38,6% 34,2% 25,1% 20,6% 32,4% Não Informada 54,0% 31,6% 31,6% 34,2% 32,7% 37,6% 33,9% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% Ano A tabela anterior diz respeito à cor das vítimas que fizeram denuncias à Ouvidoria de Polícia, entre os anos de 1998 e No ano de 1998, 26,7% das vítimas eram brancas, no ano de 1999 (41,8%) e no ano de 2000 (38,6%) das vítimas tinham esta classificação. Em 2003, 30,9% das vítimas eram pardas e no ano de 2004 (14,8%) eram negras. Tabela 54 - Natureza das Denúncias segundo o ano 1998/2003 Natureza Abuso de Autoridade - Agressão Abuso de Autoridade - Prisão Abuso de Autoridade - Outros Ano Total 36,3% 34,2% 44,1% 38,8% 42,6% 46,0% 40,4% 7,1% 4,7% 6,2% 4,4% 5,5% 5,1% 5,5% 23,9% 26,6% 22,2% 28,7% 23,4% 22,2% 24,4% Ameaça 4,4% 9,2% 8,0% 6,9% 6,9% 5,4% 7,2% Concussão - Extorção 0,9% 1,1% 1,0% - - 0,6% 0,6% Corrupção Passiva - - 0,4% 0,6% 1,1% 0,6% 0,5%

65 65 Constrangimento Ilegal Constrangimento Ilegal e/ou Abuso de Autoridade - 0,2% ,1% 0,4% - 0,2% ,7% 0,4% Enriquecimento Ilícito 0,9% 0,2% 0,8% 0,8% - 0,3% 0,5% Estelionato - 0,2% 0,2% 0,3% 0,3% - 0,2% Falta de Policiamento - 0,7% 0,6% 2,2% 0,3% 0,3% 0,7% Lesão Corporal % Homicídio 2,7% 1,1% 2,2% 1,4% 3,0% 1,1% 1,8% Infração Disciplinar 0,9% 1,1% 1,2% 2,5% 2,5% 4,5% 2,2% Má Qualidade no Atendimento 10,6% 5,1% 3,2% 5,5% 4,1% 3,4% 4,6% Negligência 0,9% 0,4% 1,4% 3,9% 1,6% 3,1% 1,9% Peculato - - 0,8% 0,3% 0,5% 0,3% 0,4% Prevaricação 0,9% 1,8% 0,8% 0,6% 0,3% - 0,7% Tentativa de Homicídio 0,9% 0,2% 0,8% - 0,8% 0,3% 0,5% Tortura 0,9% 1,6% 0,4% 0,6% 2,5% 2,3% 1,4% Tráfico de Drogas - 0,2% - - 0,3% - 0,1% Outros 8,8% 11,2% 5,8% 2,8% 4,4% 1,7% 5,7% Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% A distribuição de denúncias de acordo com a natureza, entre os anos de 1998 a 2003, está ilustrada pela tabela acima. As denúncias de Abuso de Autoridade Agressão é o indicador que apresenta os maiores percentuais em todos os anos observados, chegando a 44,1% em 2000 e 46% em As denúncias de Lesão Corporal aparecem apenas em 2004 com um percentual de 2,2%. Denúncias de Má Qualidade no Atendimento apresentam um percentual de 10,6%, em Tabela 55 - Profissão das Vítimas segundo ano das denúncias 1998/2003 Profissão Ano Total Estudante 8,0% 5,8% 6,7% 6,6% 9,8% 7,9% 7,3% Serviço Doméstico 3,3% 5,4% 6,1% 7,0% 8,7% 6,7% 6,6% Desempregado 2,0% 1,5% 3,6% 4,5% 5,5% 6,5% 4,3%

66 66 Aposentado 4,0% 1,3% 2,2% 2,3% 3,0% 3,4% 2,5% Policial Civil 2,0% 1,9% 2,5% 1,4%,2% 1,5% 1,6% Policial Militar 2,7% 2,3% 3,1% 2,7% 2,2% 3,2% 2,8% Autônomo 2,0% 3,5% 3,2% 4,5% 3,3% 4,7% 3,6% Construção Civil 4,7% 6,6% 4,5% 4,8% 5,5% 7,1% 5,5% Profissional Liberal 1,3% 3,5% 1,4% 1,6% 2,8%,9% 1,9% Comerciário 1,3% 5,2% 4,2% 2,0% 3,9% 3,2% 3,7% Comerciante 3,3% 6,7% 7,1% 4,3% 2,4% 2,6% 4,8% Sem Informação 65,3% 56,3% 55,4% 58,5% 52,8% 52,3% 55,4% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0 % Em 2002, 9,8% das vítimas eram estudantes e 8,7% faziam serviços domésticos. Em 1998, 4% eram aposentados. Em 2003, 6,5% estavam desempregados e 11,8% eram comerciantes. Tabela 56 - Renda das Vítimas segundo ano das denúncias 1998/2003 Renda Ano Total Sem Renda 2,7% 3,1% 13,8% 16,0% 18,3% 16,3% 13,1% 1 Salário Mínimo 2,7% 8,9% 9,3% 8,0% 9,2% 10,5% 9,0% De 2 a 5 Salários Mínimos De 6 a 10 Salários Mínimos Acima de 10 Salários Mínimos 2,7% 22,4% 23,4% 25,8% 18,6% 23,7% 22,0% 2,7% 7,3% 8,2% 4,8% 7,6% 7,1% 7,0% 7,9% 6,3% 4,5% 2,4% 3,6% 8,8% 7,9% Sem Informação 89,3% 50,5% 39,0% 40,8% 43,9% 38,9% 44,1% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% A tabela acima mostra a renda das vítimas que prestaram denúncias à Ouvidoria de Polícia, entre os anos de 1998 e Em 1998, 7,9% delas afirmaram ganhar mais de dez salários mínimos. Em 1999, 22,4% afirmaram receber entre dois e cinco salários mínimos.

67 67 Em 2001, 16% afirmaram não ter renda e em 2003, 23,7% afirmaram receber entre dois e cinco salários mínimos. Tabela 57 - Escolaridade das Vítimas segundo ano das denúncias 1998/2003 Escolaridade 1º Grau Incompleto 1º Grau Completo 2º Grau Incompleto 2º Grau Completo Superior Incompleto Superior Completo Ano Total 18,7% 28,7% 27,3% 31,4% 31,0% 31,2% 29,3% 6,0% 12,1% 9,9% 7,8% 6,1% 9,0% 9,0% 2,0% 4,8% 10,4% 7,3% 7,6% 7,7% 7,6% 5,3% 16,0% 13,0% 10,5% 9,6% 11,2% 12,0% 1,3% 2,7%,8% 1,2% 2,0% 3,4% 1,9% 6,7% 7,7% 6,0% 4,1% 4,6% 2,8% 5,1% Analfabeto 1,3%,8% 1,7% 2,9% 2,4% 2,4% 2,0% Sem Informação 58,7% 27,2% 30,9% 34,8% 36,7% 32,3% 33,2% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% A tabela anterior mostra a escolaridade das vítimas denunciantes entre os anos de 1998 e Em 1998 (18,7%); em 1999 (28,7%); em 2000 (27,3%); em 2001 (31,4%); em 2002 (31%) e em 2003 (31,2%) possuíam apenas o primeiro grau incompleto. Tabela 58 - Faixa Etária das Vítimas segundo ano das denúncias 1998/2003 Faixa Etária Ano Total Até 12 Anos 5,0% 4,6% 10,7%,7%,6% - 5,0% De 12 a 17 Anos 10,0% 5,0% 7,7% 5,5% 8,3% 6,9% 7,1% De 18 a 20 Anos 5,3% 4,6% 7,5% 7,0% 9,2% 10,5% 7,6% De 21 a 29 Anos 16,7% 26,2% 24,9% 23,2% 26,2% 24,7% 24,7% De 30 a 39 Anos 20,7% 19,5% 18,2% 13,2% 15,1% 20,0% 17,5% De 40 a 49 Anos 4,7% 9,1% 11,7% 9,6% 10,9% 9,0% 9,9%

68 68 Acima de 50 Anos 4,7% 7,1% 6,5% 6,1% 7,6% 5,6% 6,5% Sem Informação 38,0% 23,5% 18,8% 24,8% 22,0% 22,8% 22,7% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% A idade dos denunciantes entre os anos de 1998 e 2003 pode ser vista na distribuição anual, por faixa etária, da tabela acima. Ela mostra que a maior parte está na faixa compreendida entre 21 e 39 anos. Em 1998, por exemplo, 20,7% tinha entre 30 e 39 anos de idade. Tabela 59 - Gênero das Vitimas no período 1998/2003 Sexo Percentual Masculino 75,6 Feminino 22,7 Não Informado 1,7 Total 100,0 Gênero das vítimas , , Masculino Feminino Sem Informação 1,7

69 69 A tabela e o gráfico anteriores mostram que o percentual mais significativo de denunciantes é composto pelo sexo masculino, o que corresponde a 71,3% dos casos de denúncias. Tabela 60 - Cor das Vítimas no período 1998/2003 Cor Percentual Branca 29,7 Parda 24,5 Negra 12,7 Não Informada 33,1 Total 100 Raça das vítimas ,1 29, , , Sem Informação Branca Parda Negra Também existe uma concentração importante de denunciantes quando diferentes categorias raciais são consideradas, apesar de 37% dos casos não terem essa variável informada. Assim, como mostra a tabela e gráfico anteriores, 23% das prováveis vítimas são pardas e 28,1% brancas. Tabela 61 - Natureza das denúncias no período 1998/2003

70 70 Natureza Percentual Abuso de Autoridade - Agressão 40,7 Abuso de Autoridade - Outros 23,1 Ameaça 6,9 Abuso de Autoridade - Prisão 5,8 Má Qualidade do Atendimento 4,1 Infração Disciplinar 3,9 Outros 3,9 Homicídio 2,0 Negligência 1,7 Tortura 1,7 Constrangimento Ilegal e/ou Abuso de Autoridade 0,9 Prevaricação 0,8 Concussão / Extorsão 0,8 Lesão Corporal 0,6 Constrangimento Ilegal 0,6 Falta de Policiamento 0,6 Corrupção Passiva 0,5 Tentativa de Homicídio 0,5 Peculato 0,4 Enriquecimento Ilícito 0,3 Tráfico de Drogas 0,2 Estelionato 0,2 Total 100,0

71 71 Natureza das violações sofridas pelas vítimas Tortura Negligencia Homicídio 1,7 1,7 2,1 Outros Infração Disciplinar Má Qualidade do Atendimento Abuso de Autoridade - Prisão Ameaça 3,9 3,9 4,1 5,8 6,9 Abuso de Autoridade - Outros Abuso de Autoridade - Agressão 23,1 40, A tabela e gráfico acima trazem a natureza das denúncias feitas pelas vítimas. Abuso de Autoridade Agressão aparece em primeiro lugar com 40,7% do total, seguido por Abuso de autoridade Outros, com 23% do total. Tabela 62 - Profissão das Vítimas no período 1998/2003 Profissão Percentual Sem Informação 53,0 Estudante 8,8 Serviço Doméstico 6,4 Desempregado 5,4 Comerciante 4,7 Construção Civil 4,3 Autônomo 4,2 Comerciário 3,4 Policial Militar 3,2 Aposentado 3,2 Profissional Liberal 2,0 Policial Civil 1,5 Total 100,0

72 72 A maior parte das vítimas é estudante (8,4%), seguido de trabalhadores do serviço doméstico (6%) e desempregados (5,1%). Tabela 63 - Renda da Vítima 1998/2003 Renda Percentual 2 a 5 SM 22,5 sem renda 16,2 1 SM 10,1 6 a 10 SM 6,3 Acima de 10 SM 4,1 sem informação 40,8 Total 100,0 Renda familiar das vítimas , , , ,1 6,3 4,1 0 sem informação 2 a 5 SM sem renda 1 SM 6 a 10 SM Acima de 10 SM

73 73 A tabela acima traz dados sobre a renda das prováveis vítimas denunciantes. A maior parte possui renda entre dois e cinco salários mínimos; em segundo lugar aparecem os que não possuem renda: 15,3%. Tabela 64 - Escolaridade da Vítima 1998/2003 Escolaridade Percentual sem informação 32,5 1 grau incompleto 29,6 2 grau completo 11,9 1 grau completo 8,6 2 grau incompleto 7,7 superior completo 5,3 superior incompleto 2,3 analfabeto 2,1 Total 100,0 Escolaridade das vítimas analfabeto superior incompleto 2,1 2,3 superior completo 5,3 2 grau incompleto 7,7 1 grau completo 8,6 2 grau completo 11,9 1 grau incompleto 29,6 sem informação 32,

74 74 A escolaridade das vítimas é baixa, como mostra a tabela anterior. A maior parte, 28%, possui apenas o primeiro grau incompleto e apenas 4,9% possui o nível superior completo. Tabela 65 - Idade da Vítima 1998/2003 Faixa Etária Percentual 21 a 29 anos 24,7 30 a 39 anos 17,4 40 a 49 anos 10,5 12 a 17 anos 8,4 18 a 20 anos 8,0 Acima 50 anos 7,1 até 12 anos 2,9 sem informação 21,1 Total 100,0 Faixa Etária das vítimas até 12 anos 2,9 Acima 50 anos 7,1 18 a 20 anos 12 a 17 anos 8 8,4 40 a 49 anos 10,5 30 a 39 anos 17,4 sem informação 21 a 29 anos 21,1 24,

75 75 De um modo geral, as prováveis vítimas são jovens. A tabela acima mostra que 42% têm idade inferior a 30 anos, com concentração na faixa de idade entre 21 e 29. É importante, ainda, destacar o percentual de 25% de possíveis vítimas cuja idade não foi informada Análise Geral - Características Denunciantes Tabela 66 - Sexo dos denunciantes 1998/2003 Sexo Percentual Feminino 24,2 Masculino 16,3 Não informado 59,6 Total 100 Gênero dos denunciantes , ,3 16, Sem Informação Feminino Masculino

76 76 A tabela acima informa o sexo dos denunciantes. 59,6% dos denunciantes não informaram o seu sexo, 24,2% dos denunciantes são do sexo feminino e 16,3% são do sexo masculino. Tabela 67 - Cor dos denunciantes 1998/2003 Cor Percentual Branca 12,8 Parda 11,4 Negra 7,0 Não informada 68,8 Total 100 Raça dos denunciantes , ,4 12,7 7,1 0 Sem Informação Parda Branca Negra

77 77 68,8% dos denunciantes não informaram sua cor. 12,8% dos denunciantes informaram que sua cor é branca; 11,4% informaram que são pardos e 7,0% informaram que são negros.

78 Perfil dos denunciantes Tabela 68 - Natureza das denúncias 1998/2003 Natureza Percentual Infração disciplinar 22,2 Abuso de autoridade-prisão 16,7 Abusos de autoridade -outros 11,1 Má qualidade do atendimento 11,1 Tortura 11,1 Constrangimento ilegal/ ou Abuso de autoridade 5,6 Estelionato 5,6 Lesão Corporal 5,6 Peculato 5,6 Outros 5,6 Total 100 A natureza das denúncias segundo 22,2% dos denunciantes são de Infração Disciplinar e 16,7% de Abuso de Autoridade-Prisão. As denúncias de Abuso de Autoridade-Outros, Má Qualidade no Atendimento e Tortura representam 11,1% Tabela 69 - Profissão dos denunciantes 1998/2003 Profissão Percentual Serviço doméstico 10,4 Profissional 3,2 Liberal Aposentado 2,1 Desempregado 1,6 Comerciário 1,3 Comerciante 1,1 Autônomo 1,1 Estudante 0,7 Construção Civil 0,6 Policial Militar 0,6 Policial Civil 0,4 Não informou 76,9 Total 100

79 79 76,9% dos denunciantes não informaram sua profissão. 10,4% dos denunciantes fazem serviços domésticos; 3,2% são profissionais liberais e 2,1% são aposentados. Tabela 70 - Renda dos denunciantes 1998/2003 Renda Percentual Sem renda 5,8 1 salário mínimo 7,2 2 a 5salários mínimos 10,4 6 a 10 salários mínimos 2,7 Acima de 10 salários 2,5 mínimos Sem informação 71,6 Total 100 Renda familiar dos denunciantes , ,4 10 7,2 5,8 2,7 2,5 0 Sem Informação Entre 2 e 5 salários mínimos Até 1 salário mínimo Sem renda Entre 6 e 10 salários mínimos Acima de 10 salários mínimos 5,8% dos denunciantes não possuem renda; 10,4% declaram possuir uma renda de 2 a 5 salários mínimos ao mês e 7,2% possuem uma renda de um salário mínimo. 71,6% dos denunciantes não informaram qual é a sua renda.

80 80 Tabela 71 - Escolaridade do denunciante 1998/2003 Escolaridade Percentual Analfabeto 1,0 1 Grau incompleto 15,1 1 Grau completo 4,7 2 Grau incompleto 2,4 2 Grau completo 4,6 Superior 0,8 incompleto Superior completo 5,9 Sem informação 65,5 Total 100 Escolaridade dos denunciantes Analfabeto 1,1 Superior incompleto 0,8 2o grau incompleto 2,4 1o grau completo 4,7 2o grau completo 4,6 Superior completo 5,9 1o grau incompleto 15,1 Sem Informação 65, ,5% dos denunciantes não declararam sua escolaridade. 15,1% dos denunciantes possuem 1 Grau incompleto; 5,9% possuem superior completo e 4,7% possuem 1 Grau completo.

81 81 Tabela 72 - Idade dos denunciantes 1998/2003 Idade Percentual Até 12 anos 0,6 12 a 17 anos 0,1 18 a 20 anos 1,1 21 a 29 anos 4,4 30 a 39 anos 7,8 40 a 49 anos 10,7 Acima de 50 7,7 anos Sem informação 67,5 Total 100 Faixa Etária dos denunciantes Até 12 anos 0,6 Entre 12 e 17 anos 0,1 Entre 18 e 20 anos 1,1 Acima de 50 anos 7,7 Entre 30 e 39 anos 7,8 Entre 21 e 29 anos 4,4 Entre 40 e 49 anos 10,7 Sem Informação 67, ,7% dos denunciantes estão na faixa etária de 40 a 49 anos; 7,8% estão na faixa etária de 30 a 39 anos e 7,7% possuem mais de 50 anos. 67,5% dos denunciantes não informaram sua idade.

82 82 Tabela 73 - Gênero dos denunciantes ano a ano 1998/2003 Ano Sexo Feminino 20,7% 28,4% 22,3% 18,5% 24,8% 15,9% 35,7% Masculino 31,0% 36,9% 33,2% 28,9% 14,9% 28,3% 42,9% Sem informação 48,3% 34,8% 44,6% 52,6% 60,3% 55,8% 21,4% Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% A tabela acima representa o ano que o denunciante fez a denúncia e o seu sexo. No ano de 1998, 48,3% dos denunciantes não declararam seu sexo, 31,0% eram do sexo masculino e 20,7% eram do sexo feminino. No ano de 2000, 18,5% dos denunciantes eram do sexo feminino, 28,9% do sexo masculino e 52,6% dos denunciantes não informaram seu sexo. No ano de 2004, 21,4% dos denunciantes não responderam qual era seu sexo, 42,9% eram do sexo masculino e 35,7% eram do sexo feminino. Tabela 74 - Cor dos denunciantes ano a ano 1998/2003 Cor Ano Branca 6,9% 14,2% 22,3% 17,0% 17,0% 13,0% 35,7% Parda 6,9% 7,1% 13,0% 13,3% 9,2% 15,2% 35,7% Negra 6,9% 5,0% 8,7% 7,4% 5,7% 8,7% - Não informou 79,3% 73,8% 56,0% 62,2% 68,1% 63,0% 28,6% Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% A tabela anterior mostra a distribuição dos denunciantes segundo a categoria de raça/cor, entre os anos de 1998 e No ano de 1999, 73,8% dos denunciantes não informaram sua cor, 14,2% se consideravam brancos, 7,1% se consideravam pardos e 5,0% se consideravam negros. No ano de 2003, 13,0% dos denunciantes informaram que eram brancos, 15,2% eram pardos, 8,7% se declararam negros e 63,0% dos denunciantes não informou sua cor.

83 83 Tabela 75 - Profissão dos denunciantes ano a ano 1998/2003 Ano Profissão Estudante 3,4% 1,4% 1,1% - 0,7% 2,2% 7,1% Serviço doméstico 13,8% 17,7% 16,3% 14,8% 6,4% 14,5% 7,1% Desempregado - - 1,1% - - 5,8% 7,1% Aposentado - 1,4% 3,3% 2,2% 1,4% 2,2% - Policial Civil - 0,7% - 1,5% 1,4% - - Policial Militar 3,4% - 1,6% 0,7% - 0,7% - Autônomo - 0,7% - 0,7% Construção civil - 2,1% - 0,7% 1,4% 0,7% - Profissional liberal - 2,8% 4,3% 5,2% 5,0% 4,3% - Comerciário - 5,0% 0,5% 1,5% 0,7% 0,7% 7,1% Comerciante - 3,5% 1,1% 1,5% - 0,7% 14,3% Sem 79,3% 64,5% 70,7% 71,1% 83,0% 68,1% 57,1% informação Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% No ano de 1998, 79,8% dos denunciantes não informaram sua profissão, 3,4% eram policiais militares e 13,8% trabalhavam em serviços domésticos. No ano de 2001, 71,1% dos denunciantes não informaram sua profissão, 5,2% eram profissionais liberais e 2,2% eram aposentados.no ano de 2004, 14,3% dos denunciantes eram comerciantes, 7,1% desempregado e 57,1% não informaram sua profissão. Tabela 76 - Renda dos denunciantes ano a ano 1998/2003 Renda Ano Sem renda - 1,4% 8,7% 9,6% 3,5% 10,1% 14,3% 1 Salário mínimo - 6,4% 7,1% 5,2% 2,8% 10,9% 7,1% 2 a 5 Salários mínimos - 5,0% 17,9% 11,1% 12,8% 11,6% 35,7% 6 a 10 Salários mínimos - 3,5% 4,3% 3,7% 3,5% 2,9% 7,1% Acima de 10 salários mínimos - 5,7% 3,3% 5,2% 3,5% 0,7% 7,1% Sem informação 100% 78,0% 58,7% 65,2% 73,8% 63,8% 28,6% Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

84 84 No ano de 1999, 5,7% dos denunciantes possuíam uma renda acima de 10 salários mínimos, 6,4% possuíam renda de um salário mínimo e 5,0% possuíam uma renda de 2 a 5 salários mínimos. Em 2001, 11,1% dos denunciantes declararam possuir uma renda de 2 a 5 salários mínimos, 9,6% declararam não possuir renda e 5,2% declararam ter uma renda superior a 10 salários mínimos. Tabela 77 - Escolaridade dos denunciantes ano a ano 1998/2003 Escolaridade Ano Analfabeto - 0,7% 2,2% 1,5% 0,7% 1,4% - 1 Grau incompleto 13,8% 22,7% 20,1% 18,5% 12,8% 17,4% 21,4% 1 Grau completo 6,9% 11,3% 8,2% 5,2% 2,1% 5,1% 14,3% 2 Grau incompleto - 4,3% 2,2% 1,5% 3,5% 3,6% 7,1% 2 Grau completo 6,9% 3,5% 6,5% 3,7% 5,0% 5,1% - Superior incompleto - 2,1% 1,6% 0,7% - 1,4% 7,3% Superior completo - 7,8% 6,0% 8,9% 7,8% 6,5% 21,4% Sem informação 72,4% 47,5% 47,5% 60,0% 68,8% 59,4% 28,6% Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% No ano de 1999, 47,5% dos denunciantes não informaram sua escolaridade, 22,7% declararam ter 1 Grau incompleto, 0,7% declararam ser analfabetos e 7,8% declaram ter superior completo. No ano de 2004, 21,4% dos denunciantes declaram ter 1 Grau incompleto, 14,3% possuem 1 Grau completo e 28,6% não declararam sua escolaridade. Tabela 78 - Faixa etária dos denunciantes ano a ano 1998/2003 Idade Ano Até 12 anos - 1,4%,5% 5,2% a 17 anos 3,4% - - 0,7% a 20 anos 3,4% 1,4% 0,5% 0,7% 1,4% 0,7% 7,1% 21 a 29 anos 3,4% a 39 anos 10,3% 9,9% 10,3% 11,1% 6,4% 7,2% 21,4% 40 a 49 anos 3,4% 15,6% 15,8% 7,4% 11,3% 13,8% 14,3% Acima de 50 anos 6,9% 9,2% 10,3% 10,4% 7,8% 6,5% 21,4% Sem 69,0% 53,2% 56,5% 60,7% 70,2% 61,6% 28,6%

85 85 informação Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% No ano de 1999, 53,2% dos denunciantes não informaram sua idade, 15,6% estavam na faixa etária de 40 a 49 anos e 9,9% dos denunciantes informam que estão na faixa etária de 30 a 39 anos. No ano de 2003, 61,6% dos denunciantes não informaram a sua idade, 13,8% informaram estar na faixa etária de 40 a 49 anos e 0,7% informaram que possuem entre 18 e 20 anos de idade Análise Geral - Características Denunciados Tabela 79 - Taxa de denunciados por instituição policial e Área do estado Áreas do estado Taxa de denúncias por 1000 policiais Polícia Militar Polícia Civil Belo Horizonte 276,68 (11779) 273,17 (3939) Cidades do Interior 66,87 (26797) 165,08 (5137) Estado 130,94 (38576) 211,99 (9076) (*) efetivo policial por área do estado. Fonte: SindiPol; Copom/PMMG e SEDS

86 86 Taxa de denúncias segundo instituição dos denunciados e área do estado ,68 273, Taxa de denúncias por 1000 policiais ,87 130,94 165,08 211,99 Belo Horizonte Cidades do Interior Estado 50 0 Polícia Militar Polícia Civil Quando calculamos a razão entre o número de denúncias por efetivo das instituições policiais, segundo as áreas do Estado para o período , percebemos que a proporção de denúncias por instituição policial se altera. Na Capital, o volume de denúncias contra membros da Polícia Militar e da Polícia Civil é praticamente o mesmo: cerca de 273 denúncias para cada grupo de 1000 policiais. Nos municípios do interior e no Estado como um todo, a paridade entre as instituições desaparece. A taxa de denúncias contra a Polícia Civil é mais de duas vezes superior à taxa de denúncias da Polícia Militar.

87 87 Taxa de denúncias por área do estado e Instituição policial dos denunciados ,68 273, ,99 Taxa de denúncias por 1000 policiais ,87 165,08 130,94 Polícia Militar Polícia Civil 50 0 Belo Horizonte Cidades do Interior Estado A taxa de denúncias por grupo de (mil) policiais em Belo Horizonte é mais elevada quando comparamos tanto com a taxa do Estado quanto com a taxa das cidades do interior. Na capital não há diferença significativa entre a taxa de denúncias contra a Polícia Militar e a Polícia Civil. Quando observamos a taxa de Minas Gerais e das cidades do interior do Estado, nota-se a disparidade entre as denúncias contra membros da Polícia Militar e membros da Polícia Civil. Nas cidades do interior do Estado, a taxa de denúncias contra policiais civis é duas vezes e meia superior a taxa da Polícia Militar. No Estado como um todo, a diferença diminui mas continua bastante elevada, quase duas vezes quando se trata da Polícia Civil.

88 88 Tabela 80 - Cargo dos Denunciados 1998/2003 Cargo dos Percentual por ano denunciados Sargento 11,2 12,2 14,9 13,5 14,8 15,1 Soldado 11,2 16,3 15,3 20,5 18,2 20,9 Cabo 10,1 15,5 14,3 12,6 14,8 16,1 Detetive 6,1 9,6 15, ,8 22,6 Tenente 3,4 6 5,2 5,4 4,5 3,9 Delegado 2,8 6,5 5,3 3,8 11,7 9,4 Demais cargos 7,2 4 5,5 7,2 8,2 5,1 Sem Informação Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP A tabela acima representa os cargos dos denunciados à Ouvidoria, entre os anos de 1998 e Ela mostra que a maior parte daqueles contra quem foram registradas denúncias são policiais militares, sobretudo sargentos, soldados e cabos, em todos os anos considerados na tabela. Isso se deve, sobretudo, pelo fato de que são esses os membros policiais que mantêm contato mais próximo com a população, de um modo geral, e, portanto, estão mais expostos a situações que podem gerar denúncias. Assim, do total de denúncias, os indivíduos com a patente correspondente a cabo, por exemplo, representam 10% dos denunciados em 1998; 23,5% em 1999; 24,3% em 2000; 17,6% em 2001; 19,8% em 2002 e 18% em Tabela 81 - Natureza das Denúncias 1998/2003 Percentual por Ano Natureza Abuso autoridade - 11,2 21,3 22,6 23,4 16,1 16,8 agressão Ameaça 8,4 12,2 13,6 17,4 15,7 15,5 Abuso autoridade 7,8 9,8 12,5 10,4 7,5 8,4 prisão Infração 5,6 5,5 1,9 6,5 7,5 8,1

89 89 disciplinar Má qualidade Atendimento 3,4 5,6 4,7 5,0 5,5 5,1 Negligência 2,8 3 4,5 5,5 6,5 7,2 Tortura 3,3 4,2 2,9 3,3 2,4 2,7 Prevaricação 5,5 5,1 4,2 3,3 3,8 2,5 Demais naturezas 27,8 14,6 11,3 27, ,6 Sem Informação ,5 18,2 19,5 21,5 Total Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP As naturezas dos eventos que geram as denúncias dizem respeito, sobretudo, a Abuso de Autoridade que se configura em Agressão, como mostra a tabela acima. Isso ocorre principalmente nos anos de 1999, 2000 e Denúncias motivadas por eventos de Ameaça e Prisões tidas como indevidas também apresentaram percentuais importantes em todos os anos do período considerado. Cabe ressaltar, ainda, que denúncias cujas motivações não foram informadas representam entre 18% e 33% do total de eventos registrados pela Ouvidoria. Tabela 82 - Departamento do Denunciado 1998/2003 Percentual por Ano Departamento do denunciado Interior 14,5 19,9 15,0 15,0 10,4 17,6 RMBH 11,3 17,5 15,9 24,1 25,6 40,2 Belo Horizonte 74,2 62,6 69,1 60,9 63,9 42,2 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP Os percentuais mais significativos de policiais denunciados no período entre os anos de 1998 e 2003 são provenientes de Belo Horizonte. A tabela acima mostra que entre 60,9% e 74,2% dos eventos ocorreram na Capital mineira. O restante se distribui mais equilibradamente entre o interior do Estado e a Região Metropolitana da Capital.

90 90 Tabela 83 - Participação Percentual das Polícias na Composição das Denúncias 1998/2003 Percentual por Ano Polícia Militar 76,6 71,0 75,4 75,2 77,0 76,8 Polícia Civil 23,4 29,0 24,6 24,8 23,0 23,2 Total 100,0 100,0% 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP A tabela anterior mostra que entre 71% e 77% das denúncias, em todos os anos considerados, foram registradas contra policiais militares. A representação percentual inferior de policiais civis pode dever-se à natureza das atividades desempenhadas por essa instituição policial, que coloca seus membros em posição mais distanciada da população de um modo geral. Ao contrário, policiais militares, dadas suas atividades de patrulhamento, mantêm contato mais freqüente e rotineiro com o público externo, estando, assim, mais expostos a situações passíveis de gerar denúncias. NOTA: A propósito do efetivo das polícias e bombeiros, as três instituições têm um contingente de homens e mulheres. A Polícia Militar dispõe de um efetivo de servidores; a Polícia Civil tem em seus quadros funcionários e o Corpo de Bombeiros Militar tem membros 2. Tabela 84 - Participação Percentual das Polícias Capital/Interior na Composição das Denúncias 1998/2003 Percentual por Ano PM BH 61,3 52,7 56,4 52,0 55,3 32,0 PC BH 16,9 15,1 17,5 17,9 16,3 15,0 PM Interior 4,8 5,2 5,5 3,1 4,3 13,9 PC Interior 6,5 11,3 5,9 3,3 4,3 5,1 PM RMBH 10,5 13,5 14,2 20,0 16,8 30,7 PC RMBH - 2,1 0,5 3,6 2,9 3,3 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP 2 Fonte: CRISP/SEDS/SINDPOL/PMMG (maio/2004)

91 91 A tabela acima mostra a corporação e a região dos possíveis agressores entre os anos de 1998 e Ela mostra que entre 32% e 61% dos prováveis agressores são membros da Polícia Militar em Belo Horizonte. É significativa, no entanto, a redução da participação percentual desses policiais no ano de Não obstante, policiais civis que também atuam na Capital mineira e policiais militares que atuam na Região Metropolitana de Belo Horizonte também apresentaram participações percentuais importantes no total de denúncias. O primeiro grupo apresentou uma participação percentual entre 15% e 18%. Policiais militares na RMBH apresentaram participação percentual correspondente ao intervalo entre 10,5% e 30,7%. Não existem informações suficientes para qualificar esses dados. A participação inferior dos membros das polícias no interior do Estado pode dever-se ao sub-registro dessas informações. A dificuldade de acesso da população, residente no interior do estado, às agências de denúncia, a baixa disseminação da informação segundo a qual abusos cometidos pelas policias podem ser denunciados, ou ainda, a ausência de qualificação de determinados comportamentos policiais como abusivos podem ser responsáveis, ao menos em parte, pelo baixo número de denúncias registradas no interior do Estado de Minas Gerais. Tabela 85 - Status da denúncia segundo Área do Estado 1998/2003 Ano Área Pendente Arquivado Total Interior - 100,0 100,0 RMBH 28,6 71,4 100,0 BH 15,2 84,8 100,0 Interior 20,2 79,8 100,0 RMBH 33,8 66,2 100,0 BH 27,5 72,5 100,0 Interior 55,6 44,4 100,0 RMBH 65,7 34,3 100,0 BH 56,4 43,6 100,0 Interior 82,5 17,5 100,0 RMBH 85,1 14,9 100,0 BH ,0 Interior 84,8 15,2 100,0 RMBH 83,2 16,8 100,0

92 BH 88,7 11,3 100,0 Interior 91,1 6,7 100,0 RMBH 92,7 6,3 100,0 BH 91,7 6,5 100,0 Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP A tabela anterior se refere ao status da denúncia segundo a área do estado. Em 1998, 100% das denúncias do interior estavam arquivadas. Em 1999, 66,2% das denúncias da RMBH estavam arquivadas e 27,5% das denúncias de BH estavam pendentes. Em 2000, 65,7% das denúncias da RMBH estavam pendentes e em 2003, 91,7% das denúncias de BH estavam pendentes. Tabela 86 - Status da denúncia segundo Instituição 1998/2003 Ano Área Pendente Arquivado Total Polícia Militar 12,6% 87,4% 100,0% 1998 Polícia Civil 20,7% 79,3% 100,0% Polícia Militar 26,8% 73,2% 100,0% 1999 Polícia Civil 28,7% 71,3% 100,0% Polícia Militar 54,7% 45,3% 100,0% 2000 Polícia Civil 67,3% 32,7% 100,0% Polícia Militar 87,6% 12,4% 100,0% 2001 Polícia Civil 85,6% 14,4% 100,0% Polícia Militar 87,3% 12,7% 100,0% 2002 Polícia Civil 85,1% 14,9% 100,0% Polícia Militar 91,1% 7,4% 100,0%

93 Polícia Civil 95,0% 3,4% 100,0% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP Em 1998, 79,3% das denúncias referentes à Policia Civil estavam pendentes. Em 2000, 54,7% das denúncias referentes à Policia Militar estavam pendentes. Em 2002, 14,9% das denúncias relativas à Policia Civil estavam arquivadas. Tabela 87 - Status da denúncia segundo Instituição e Área do Estado Ano Área Pendente Arquivado Total PM BH 11,8% 88,2% 100,0% PC BH 28,6% 71,4% 100,0% 1998 PM Interior 16,7% 83,3% 100,0% PC Interior 100,0% 100,0% PM RMBH 15,4% 84,6% 100,0% Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP Em 1998, 88,2% das denúncias relativas à RMBH estavam arquivadas. Da mesma forma, 100% das denúncias referentes à Polícia Civil do interior encontravam-se arquivadas. Tabela 88 - Status da denúncia segundo Instituição e Área do Estado Ano Área Pendente Arquivado Total PM BH 28,3% 71,7% 100,0% PC BH 26,6% 73,4% 100,0% PM Interior 18,2% 81,8% 100,0% 1999 PC Interior 27,1% 72,9% 100,0% PM RMBH 22,8% 77,2% 100,0% PC RMBH 55,6% 44,4% 100,0% Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP

94 94 A tabela anterior diz respeito ao status da denúncia segundo a instituição e a área do Estado. Em 1999, 28,3% das denúncias relativas à PM de BH e 55,6% das denúncias relativas à PC da RMBH estavam pendentes. Tabela 89 - Status da denúncia segundo Instituição e Área do Estado Ano Área Pendente Arquivado Total PM BH 55,5% 44,5% 100,0% PC BH 64,9% 35,1% 100,0% PM Interior 60,9% 39,1% 100,0% 2000 PC Interior 76,0% 24,0% 100,0% PM RMBH 48,3% 51,7% 100,0% PC RMBH 100,0% 100,0% Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP O status da denúncia segundo a instituição e a área do Estado pode ser visualizada na tabela anterior. Em 2000, 76% das denúncias relativas à PC do interior estavam pendentes, assim como 100% das denúncias relativas à PC da RMBH. 51,7% das denúncias referentes à PM da RMBH estavam arquivadas. Tabela 90 - Status da denúncia segundo Instituição e Área do Estado Ano Área Pendente Arquivado Total PM BH 89,9% 10,1% 100,0% PC BH 86,7% 13,3% 100,0% PM Interior 76,9% 23,1% 100,0% 2001 PC Interior 85,7% 14,3% 100,0% PM RMBH 83,3% 16,7% 100,0% PC RMBH 80,0% 20,0% 100,0% Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP

95 95 A tabela acima mostra o status da denúncia segundo a instituição e a área do estado. Em 2001, 89,9% das denúncias referentes à PM de BH estavam pendentes, enquanto que 20% das referentes à PC da RMBH estavam arquivadas. Tabela 91 -Status da denúncia segundo Instituição e Área do Estado Ano Área Pendente Arquivado Total PM BH 88,5% 11,5% 100,0% PC BH 84,7% 15,3% 100,0% PM Interior 78,9% 21,1% 100,0% 2002 PC Interior 89,5% 10,5% 100,0% PM RMBH 85,1% 14,9% 100,0% PC RMBH 84,6% 15,4% 100,0% Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP Em 2002, 21,1% das denúncias referentes à PM do interior estavam arquivadas. Por outro lado, 89,5% das denúncias referentes à PC do interior estavam pendentes. Tabela 92 -Status da denúncia segundo Instituição e Área do Estado Ano Área Pendente Arquivado Total PM BH 89,6% 8,5% 100,0% PC BH 97,4% 1,3% 100,0% PM Interior 87,3% 9,9% 100,0% 2003 PC Interior 92,3% 3,8% 100,0% PM RMBH 94,3% 5,1% 100,0% PC RMBH 88,2% 11,8% 100,0% Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP No que diz respeito ao status das denúncias segundo a instituição e a área do estado, no ano de 2003, 97,4% das denúncias referentes à Policia Civil de Belo Horizonte estão pendentes. Já 9,9% das denúncias feitas a Polícia Militar no interior estão arquivadas.

96 96 Tabela 93 -Status da denúncia segundo cargo dos denunciados 1998 Ano Cargo Pendente Arquivado Total Tenente 16,7% 83,3% 100,0% Sargento 33,3% 66,7% 100,0% Cabo 15,0% 85,0% 100,0% Soldado 11,1% 88,9% 100,0% 1998 Delegado De Polícia 100,0% 100,0% Detetive 100,0% 100,0% Escrivão 27,3% 72,7% 100,0% Inspetor De Detetives 100,0% 100,0% Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP A tabela acima representa o status da denúncia segundo o cargo dos denunciados no ano de % das denúncias envolvendo carcereiros estavam pendentes. Já 100% das denúncias relativas a Coronéis, Majores, Capitães, Delegados de Polícia e Detetives estavam arquivadas. Tabela 94 -Status da denúncia segundo cargo dos denunciados 1999 Ano Cargo Pendente Arquivado Total Capitão 33,3% 66,7% 100,0% Tenente 38,5% 61,5% 100,0% Sargento 26,9% 73,1% 100,0% Cabo 20,8% 79,2% 100,0% 1999 Soldado 25,0% 75,0% 100,0% Delegado de Polícia 34,1% 65,9% 100,0% Detetive 25,9% 74,1% 100,0% Inspetor De Detetives 100,0% 100,0% Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP

97 97 A tabela anterior mostra o status das denúncias segundo o cargo dos denunciados no ano de % das denúncias referentes a Coronéis e Tenentes-coronéis do período estavam pendentes. Entretanto, todas as denúncias envolvendo Inspetores de detetives, Aspirantes a PM, outros PMs e Subtenentes estavam arquivadas. Tabela 95 -Status da denúncia segundo cargo dos denunciados 2000 Ano Cargo Pendente Arquivado Total Capitão 60,0% 40,0% 100,0% Tenente 62,2% 37,8% 100,0% Subtenente 50,0% 50,0% 100,0% Sargento 51,9% 48,1% 100,0% 2000 Cabo 55,5% 44,5% 100,0% Soldado 56,5% 43,5% 100,0% Delegado de Polícia 75,0% 25,0% 100,0% Detetive 70,0% 30,0% 100,0% Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP Todas as denúncias no ano de 2000 (100%) referentes a Escrivões e Carcereiros estavam pendentes. Já 50% das denúncias envolvendo Coronéis e Subtenentes estavam arquivadas. Tabela 96 -Status da denúncia segundo cargo dos denunciados 2001 Ano Cargo Pendente Arquivado Total Sargento 95,7% 4,3% 100,0% Cabo 83,7% 16,3% 100,0% Soldado 90,1% 9,9% 100,0% 2001 Delegado De Polícia 89,5% 10,5% 100,0% Detetive 84,0% 16,0% 100,0% Inspetor De Detetives 100,0% 100,0% Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP

98 98 O status das denúncias segundo o cargo dos denunciados no ano de 2001 pode ser visto na tabela anterior. Todas as denúncias (100%) referentes à Escrivão, Aspirantes a PM, Subtenentes e Capitães estavam pendentes. 25% das denúncias envolvendo carcereiros estavam arquivadas, assim como 14,3% das denúncias que envolviam outros Policiais Civis. Tabela 97 -Status da denúncia segundo cargo dos denunciados 2002 Ano Cargo Pendente Arquivado Total Sargento 88,6% 11,4% 100,0% Cabo 93,9% 6,1% 100,0% Soldado 82,2% 17,8% 100,0% 2002 Delegado de Polícia 72,4% 27,6% 100,0% Detetive 85,7% 14,3% 100,0% Escrivão 100,0% 100,0% Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP A tabela acima mostra o status das denúncias segundo cargo dos denunciantes no ano de Todas as denúncias (100%) envolvendo Capitães, Tenentes, Aspirantes a PM, Escrivão, Detetives e Carcereiros estavam pendentes. 27,6% das denúncias que envolviam Delegados de Polícia estavam arquivadas. Tabela 98 -Status da denúncia segundo cargo dos denunciados 2003 Ano Cargo Pendente Arquivado Total Sargento 95,1% 4,9% 100,0% Cabo 91,3% 6,5% 100,0% 2003 Soldado 91,8% 6,6% 100,0% Delegado de Polícia 100,0% 100,0% Detetive 94,5% 3,6% 100,0% Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP

99 99 A tabela anterior apresenta o status das denúncias segundo cargo dos denunciantes no ano de Quase a totalidade das denúncias referente aos policiais denunciados tanto da Polícia Militar quanto da Polícia Civil foram encaminhadas aos órgãos competentes; apenas 5% dos casos foram arquivados neste ano. Tabela 99 -Status da denúncia segundo Natureza das denúncias em 1998 Ano Natureza Pendente Arquivado Total Abuso de Autoridade - Agressão 35,0% 65,0% 100,0% Abuso de Autoridade - Prisão 100,0% 100,0% Ameaça 13,3% 86,7% 100,0% Lesão Corporal 100,0% 100,0% Homicídio 25,0% 75,0% 100,0% 1998 Infração Disciplinar 10,0% 90,0% 100,0% Má Qualidade do Atendimento 16,7% 83,3% 100,0% Negligencia 20,0% 80,0% 100,0% Tentativa de Homicídio 100,0% 100,0% Tortura 100,0% 100,0% Outros 20,0% 80,0% 100,0% Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP O encaminhamento dado às denúncias recebidas em 1998 pela Ouvidoria mostra que a maioria delas, independente da natureza e gravidade, foram arquivadas. Os casos onde a natureza das denúncias foram o abuso de autoridade prisão, lesão corporal, tentativa de homicídio e tortura tiveram arquivamento em sua totalidade. Tabela 100 -Status da denúncia segundo Natureza das denúncias em 1999 Ano Natureza Pendente Arquivado Total Abuso de Autoridade - Agressão 32,7% 67,3% 100,0% Abuso de Autoridade - Prisão 19,2% 80,8% 100,0% Ameaça 24,6% 75,4% 100,0% Lesão Corporal 100,0% 100,0%

100 Homicídio 22,2% 77,8% 100,0% Infração Disciplinar 41,4% 58,6% 100,0% Má Qualidade do Atendimento 43,3% 56,7% 100,0% Negligencia 43,8% 56,3% 100,0% Tentativa de Homicídio 100,0% 100,0% Tortura 15,0% 85,0% 100,0% Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP Em 1999, o percentual de arquivamento das denúncias diminuiu um pouco em relação ao ano anterior, indicando que houve mudança no método de acompanhamento e avaliação dos casos. Entretanto denúncias graves como de lesão corporal e tentativa de homicídio foram totalmente arquivadas. Tabela 101 -Status da denúncia segundo Natureza das denúncias em 2000 Ano Natureza Pendente Arquivado Total Abuso de Autoridade - Agressão 59,1% 40,9% 100,0% Abuso de Autoridade - Prisão 45,9% 54,1% 100,0% Ameaça 54,8% 45,2% 100,0% Lesão Corporal 100,0% 100,0% Homicídio 66,7% 33,3% 100,0% Infração Disciplinar 61,5% 38,5% 100,0% Má Qualidade do Atendimento 75,0% 25,0% 100,0% 2000 Negligencia 66,7% 33,3% 100,0% Peculato 55,6% 44,4% 100,0% Prevaricação 36,4% 63,6% 100,0% Tentativa de Homicídio 80,0% 20,0% 100,0% Tortura 60,0% 40,0% 100,0% Tráfico de Drogas 100,0% 100,0% Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP

101 101 No ano de 2000, o tratamento e encaminhamento dado as denúncias passou por uma mudança significativa, pois aproximadamente 70% de todas as denúncias foram encaminhadas aos órgãos competentes. Tabela 102 -Status da denúncia segundo Natureza das denúncias em 2001 Ano Natureza Pendente Arquivado Total Abuso de Autoridade - Agressão 87,6% 12,4% 100,0% Abuso de Autoridade - Prisão 78,0% 22,0% 100,0% Ameaça 84,5% 15,5% 100,0% Lesão Corporal 100,0% 100,0% Homicídio 100,0% 100,0% 2001 Má Qualidade do Atendimento 78,9% 21,1% 100,0% Negligencia 100,0% 100,0% Tentativa de Homicídio 100,0% 100,0% Tortura 100,0% 100,0% Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP Em 2001, as denúncias graves foram encaminhadas na sua totalidade aos órgãos responsáveis. As demais denúncias também foram avaliadas e classificadas, na sua maioria, como pendentes. Tabela 103 -Status da denúncia segundo Natureza das denúncias em 2002 Ano Natureza Pendente Arquivado Total Abuso de Autoridade - Agressão 83,0% 17,0% 100,0% Abuso de Autoridade - Prisão 81,8% 18,2% 100,0% Ameaça 87,0% 13,0% 100,0% 2002 Homicídio 83,3% 16,7% 100,0% Infração Disciplinar 87,1% 12,9% 100,0% Má Qualidade do Atendimento 79,4% 20,6% 100,0% Negligencia 82,4% 17,6% 100,0%

102 102 Tentativa de Homicídio 100,0% 100,0% Tortura 92,9% 7,1% 100,0% Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP A tabela acima mostra que em 2002, a Ouvidoria avaliou e classificou aproximadamente 80% das principais denúncias recebidas como pendentes e arquivou apenas 20% do total recebido. Tabela 104 -Status da denúncia segundo Natureza das denúncias em 2003 Ano Natureza Pendente Arquivado Total Abuso de Autoridade - Agressão 94,0% 5,0% 100,0% Abuso de Autoridade - Prisão 88,0% 10,0% 100,0% Ameaça 93,5% 6,5% 100,0% Homicídio 100,0% 100,0% 2003 Má Qualidade do Atendimento 90,3% 9,7% 100,0% Negligencia 84,8% 12,1% 100,0% Tentativa de Homicídio 100,0% 100,0% Fonte: Ouvidoria de Polícia / CRISP Em 2003, temos o maior percentual de denúncias classificadas como pendentes pela Ouvidoria, ou seja, independente da natureza, dentre as principais denúncias reportadas, o percentual de casos arquivados foi o mais baixo ao longo do período

103 103 VII. Conclusões: No contexto atual das sociedades democráticas têm sido freqüentes as pressões sobre as organizações policiais para que alterem suas estratégias de atuação, sobretudo no que diz respeito à sua relação com membros da sociedade, de um modo geral. As razões para esse tipo de demanda costumam apoiar-se em uma dupla justificativa. Por um lado, na desconfiança sobre sua eficácia no combate à criminalidade. De acordo com esta crítica, as estratégias tradicionais de policiamento não têm sido capazes de alcançar a complexidade dos problemas diante dos quais se encontra. Ora, a eficácia organizacional, no caso das instituições de polícia está fortemente associada à evolução dos números de ocorrências criminais. A Região Metropolitana de Belo Horizonte, por exemplo, observou um significativo aumento, da ordem de 4,6 vezes na última década, das taxas de crimes violentos 3. Este crescimento ocorreu, sobretudo a partir do ano de 1997, como mostram os gráficos seguintes. Evolução das taxa de crimes violentos para todos os municípios da RMBH Taxa por 100 mil habitantes R 2 = 0, Fonte: CRISP/PMMG 3 Crimes violentos são homicídios, tentativas de homicídios, estupros, roubos e roubos a mão armada.

104 104 Taxa de crescimento por tipo de crime na RMBH Roubo Roubo a mão armada Tentativa de homicídio Homicídio Estupro Crimes contra o patrimônio Crimes contra a pessoa Crimes violentos 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00 10,00 Fonte: CRISP/PMMG Outra demanda, referente às organizações policiais está na crescente perda de legitimidade do formato autoritário destas organizações frente às demandas de expansão do sistema democrático representativo para todas as esferas institucionais, nas sociedades liberais contemporâneas. O que se exige é uma maior aproximação entre as instituições públicas de segurança particularmente as polícias e os mais diferentes estratos sociais, capazes de deliberar sobre seus próprios interesses. Esse tipo de demanda sobre as organizações policiais acaba por gerar descrenças quanto a sua capacidade de satisfazer expectativas sociais. Os gráficos seguintes mostram que um percentual significativo da população acredita que a Polícia Militar é apenas razoável nas tarefas relativas à solução de problemas das comunidades, bem como no desempenho de suas atividades de um modo geral. 4 4 Survey de Vitimização em Belo Horizonte CRISP/UFMG 2002 (disponível em

105 105 Eficiência da Polícia Militar na Solução de Problemas das Comunidades Muito eficiente 31% 12% 16% 41% Razoavelmente eficiente Pouco eficiente Nada eficiente Fonte: Vitimização CRISP Nível de Preparação do Policial Militar para Desempenhar suas Ativiades Muito preparado 34% 20% 10% 36% Razoavelmente preparado Pouco preparado Nada preparado Fonte: Vitimização CRISP O nível de confiança das populações nas organizações policiais costuma ser aferido, ainda, a partir da proporção de delitos não reportados a estas organizações. Trata-se da chamada cifra negra, fenômeno amplamente conhecido por estudiosos das questões de segurança. O número de eventos violentos não denunciados à polícia é normalmente explicado pela ineficiência da polícia em solucionar casos ou recuperar objetos, pela violência policial ou pela ocorrência de crimes sexuais ou violência doméstica. Explicações desta natureza baseiam-se na hipótese da relação custo/benefício, em que o valor da perda bem como a percepção de risco em se acionar a polícia aparecem como fatores determinantes.

106 106 No entanto, sabe-se que a decisão de se acionar ou não a polícia é permeada por questões que podem dizer respeito a diferentes níveis de tomada de decisão. Aqui, o tipo de configuração social, como maiores ou menores níveis de coesão, pode constituir importante fator explicativo. Assim, a decisão sobre o acionamento da polícia relaciona-se não apenas as relações custo/benefício, mas também aos atributos contextuais que fornecem determinada relação custo/benefício, bem como as normas sociais e os níveis de coesão social. Trata-se dos atributos sociais que afetam a tomada de decisão. Ainda assim, o significativo número de eventos criminosos não reportados é tradicionalmente utilizado como argumento para perda de legitimidade das instituições policiais. A tabela seguinte mostra a diferença entre as taxas de ocorrência de delitos e os delitos comunicados à polícia. Funil de ocorrências em Belo Horizonte CRIME SURVEY VITIMIZAÇÃO PMMG TAXA TAXA RAZÃO Roubo 8.984, ,6 8,9 Furto , ,0 6,8 Invasão de domicílio 5.357,4 348,5 15,3 Agressão sexual 358,3 17,8 20,1 Agressão física 3.252,5 754,2 4,3 Fonte: Pesquisa de Vitimização CRISP/UFMG e PMMG, 2002 Tendo em vista estas ponderações, podemos afirmar que o presente relatório teve como objetivo mostrar o importante papel desempenhado pela Ouvidoria de Polícia, neste contexto. A necessidade de uma instância, externa às organizações de polícia, capaz de manter controle, ao menos informacional, sobre suas atividades é fruto da perspectiva segundo a qual as agências do Estado são prestadoras de serviço público e, como tal, passíveis de mecanismos de avaliação e de controle. No entanto, policiais, sobretudo militares, seguem sua atuação de modo tradicional e conservador. A maior parte deles, como demonstrado neste relatório, acredita na capacidade da polícia de se auto-regular, sem haver a necessidade de acompanhamento de suas atividades por órgãos externos. Acreditam, ainda, na incapacidade de agências externas para a contribuição no planejamento e na formulação de estratégias de segurança pública. Finalmente, ainda é importante no âmbito das instituições policiais, a concepção

107 107 de segurança pública segundo a qual apenas instituições do sistema de justiça criminal são suficientes no combate à criminalidade. O presente relatório identificou, ainda, um padrão nas ocorrências de denúncias contra agentes policiais no Estado de Minas Gerais. De um modo geral, o denunciante é jovem, com até 29 anos de idade e do sexo masculino. Apesar de não dispormos de informações suficientes para a qualificação desses dados, pode-se inferir que esse perfil deve-se à maior exposição desses indivíduos a situações capazes de gerar denúncias. De um ponto de vista socioeconômico, identificamos vítimas com baixo rendimento e vínculo com categorias profissionais de baixo status social, o que reflete a prática policial de abordagem de indivíduos através de categorias pré-definidas. A representação percentual inferior de policiais civis entre os denunciados, pode dever-se à natureza das atividades desempenhadas por essa instituição policial, como mencionado no relatório. A idéia é a de que enquanto a natureza das atividades da Polícia Civil, investigativa, coloca seus membros em posição mais distanciada da população de um modo geral, policiais militares mantêm contato mais freqüente e rotineiro com o público externo, estando, assim, mais expostos, também, a situações passíveis de gerar denúncias. As denúncias dizem respeito, sobretudo, a abuso de autoridade, consubstanciada em agressão, o que reflete o estado repressivo das organizações policiais. Ora, trata-se de uma atuação contrária à perspectiva de uma atuação policial preventiva e de parceria com as comunidades, tal qual demandada pelo atual contexto social brasileiro. Finalmente, o número de denúncias registrado no interior do Estado é significativamente inferior ao número de denúncias correspondentes à Capital mineira e à sua região metropolitana, o que pode ser conseqüência de sub-registro das informações e a dificuldade de os denunciantes e vítimas se reportarem à Ouvidoria de Polícia. A identificação de um perfil de denúncias, vítimas e agressores permite não apenas qualificar a natureza da atuação policial, e os modos como elas têm sido implementadas, mas também criar subsídios para a elaboração de políticas de controle e avaliação das atividades das polícias. Medidas de avaliação permitem também a escolha de prioridades e alocação de recursos, satisfazendo demandas realmente relevantes e coletivas e assegurando a conformidade das instituições públicas aos valores sociais, capazes de assegurar legitimidade institucional.

108 108 VIII - Recomendações: Várias recomendações visando o fortalecimento da ação da Ouvidoria de Polícia de Minas Gerais estão sendo apontadas em pesquisas encomendadas pela própria Ouvidoria. O Seminário Internacional, promovido pela Ouvidoria, em junho de 2004, constituiu-se, também, como importante espaço de discussão sobre as possibilidades de incremento dos mecanismos de controle externo da atividade policial. Tudo isso deve ser devidamente considerado pela Ouvidoria, para que o intento do seu projeto de fortalecimento se consolide. Em relação aos dados analisados neste relatório pelo Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da UFMG, apresentamos algumas questões: 1. O número de denúncias recepcionadas pela Ouvidoria de Polícia representa uma quantidade pouco significativa. Número Anual de Denúncias 1998/abril de 2004 Ano Número de Denúncias Percentual ,4 % ,2% ,2% ,1% ,8% ,5% (até abril) 6,8% Total Isto se deve, numa primeira análise, ao pouco conhecimento que a população tem do Órgão, conforme apontou pesquisa realizada pela própria Ouvidoria (imagem abaixo):

109 109 Conhecimento do órgão de fiscalização das Polícias Militar e Civil de Minas Gerais 80% 78,8% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 8,9% 10,3% 10% 1,9% 0% Conhece Já ouviu falar Não conhece NS/NR Neste sentido, sugere-se o investimento em campanhas de divulgação da Ouvidoria para que um maior número de cidadãos conheça sua existência e valorize seu trabalho. Ações visando a prestação de contas do trabalho desenvolvido pela Ouvidoria, motivando a imprensa na divulgação desse tipo de informação (que é de interesse social), podem ser um dos instrumentos utilizados. Esse tipo de ação, além de divulgar o órgão, sinaliza sua transparência e eficiência e, geralmente, tem repercussão positiva junto à opinião pública, aumentando a credibilidade da agência externa de controle. 2. Há uma grande concentração de denúncias em Belo Horizonte e na Região Metropolitana de Belo Horizonte, conforme tabela abaixo: Ranking dos municípios de Minas Gerais segundo número de denúncias no período Período Municípios Denúncias Percentual Belo Horizonte ,6 Contagem 222 5,7

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