Transparência 27/10/2015

Transcrição

1 Transparência Um governo popular, sem informação pública, ou sem meios para obtê-la, é o prólogo de uma farsa ou de uma tragédia; ou talvez de ambas. O conhecimento sempre governará a ignorância: e o povo que pretende governar a si próprio necessita armar-se com o poder que o conhecimento confere James Madison Ex-Presidente dos Estados Unidos (1822) CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL TÍTULO I Dos Princípios Fundamentais TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; Art 37 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 1

2 A LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5 o, no inciso II do 3 o do art. 37 e no 2 o do art. 216 da Constituição Federal oabrangência odiretrizes do lei odever do Estado odireitos do Solicitante ocategorias de Informação orestrição do Acesso: Informações Pessoais e Sigilosas otransparência Ativa otransparência Passiva Quem deve cumprir a LAI? Executivo União Abrangência Judiciário Estados/DF Legislativo Municípios + TRIBUNAIS DE CONTAS + MINISTÉRIO PÚBLICO 2

3 ABRANGÊNCIA Órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta. Inclui empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pelo Poder Executivo. Entidades privadas sem fins lucrativos que recebam recursos públicos, sejam: - Diretamente do orçamento; ou - Mediante subvenções sociais, contratos de gestão, termos de parceria, convênios, acordos, ajustes ou outros instrumentos congêneres. Diretrizes da LAI Publicidade é preceito geral e sigilo é exceção Controle Social da Administração Pública Divulgação independe de solicitação Desenvolvimento da Cultura de Transparência Utilização de tecnologias da informação 3

4 Distinção Básica O que é Informação? dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato; O que é um Documento? unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato; DEVER DO ESTADO Art. 5 o É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão. Assegurar: Gestão transparente da informação Proteção da informação, garantindo se sua disponibilidade Proteção da informação sigilosa e da informação pessoal Divulgação, independentemente de solicitação, em sítio eletrônico específico, das informações de interesse coletivo produzidas ou custodiadas pelo Estado Publicação anual, na Internet, da lista de informações e documentos classificados em cada grau de sigilo, e daquelas que tenhamsido desclassificadas nos últimos 12 meses Publicação anual, na Internet, do relatório estatístico contendo a quantidade de pedidos de informação recebidos, atendidos e indeferidos, bem como outras informações genéricas relacionadas 4

5 DIREITO DO SOLICITANTE Art. 7 o O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter: I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontrada...; II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades,... III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qualquer vínculo...; IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada; Atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive sobre política, organização e serviços. Administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitações, contratos administrativos. Resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores. Implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, bem como metas e indicadores propostos. Categorias de Informação PÚBLICA 5

6 Informações Pessoais Informações protegidas por outros sigilos legais (fiscal, bancário, industrial...) Informação sujeita a restrição de acesso Informações Classificadas Dados Pessoais: aqueles concernentes a uma pessoa física ou moral, identificada ou identificável, capaz de revelar informação sobre sua personalidade, suas relações afetivas, sua origem étnica ou racial, ou que se refiram às características físicas, morais ou emocionais, à sua vida afetiva e familiar, domicílio físico e eletrônico, número nacional de identificação de pessoas, número telefônico, patrimônio, ideologia e opiniões políticas, crenças ou convicções religiosas ou filosóficas, estados de saúde físicos ou mentais, preferências sexuais ou outras análogas que afetem sua intimidade ou sua autodeterminação informativa. Data de nascimento; Endereço pessoal ou comercial do requisitante; Endereço eletrônico ( ) pessoal; Número de telefone pessoal (fixo ou móvel); Informações financeiras e patrimoniais; Informações referentes à alimentandos, dependentes ou pensões; Informações médicas; Origem racial ou étnica, a orientação sexual, as convicções religiosas, filosóficas ou morais, as opiniões políticas, a filiação sindical, partidária ou a organizações de caráter religioso, filosófico ou político. 6

7 Exemplos de sigilo previstos fora LAI: Protegidas por legislações específicas: as hipóteses legais de restrição de acesso à informação elencadas neste item não são exaustivas Sigilos decorrentesde direitos de personalidade Sigilo Fiscal Art. 198 do Código Tributário Nacional Sigilo Bancário Art. 1º da Lei Complementar nº 105/2001 Sigilo Comercial Art. 155, 2º da Lei nº 6.404/1976 Sigilo Empresarial Art. 169 da Lei nº11.101/2005 Sigilo Contábil Art e do Código Civil Sigilos de Processos e procedimentos Restrição discricionária de acesso a documento 3º do art. 7º da Lei nº /2011 preparatório Sigilo do Procedimento Administrativo Disciplinar em curso Art. 150 da Lei nº 8.112/1991 Sigilo do Inquérito Policial Art. 20 do Código de Processo Penal Segredo de Justiça no Processo Civil Art. 155 da Lei nº 5.869/1973 Segredo de Justiça no Processo Penal 6º do art. 201 da Lei nº 3.689/1941 Informação de natureza patrimonial Segredo Industrial Lei nº 9.279/1991 Direito Autoral Lei nº 9.610/1998 Propriedade Intelectual software Lei nº 9.609/1998 Hipóteses de Classificação de Sigilo Sociedade Por em risco: Vida Segurança Saúde da população Estado: Defesa, integridade do território nacional, planos e operações estratégicas das Forças Armadas; Estabilidade financeira, econômica e monetária do país; Relações internacionais; Atividades de inteligência, bem como fiscalizações e investigações em andamento; Projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico; Segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras; 7

8 MODALIDES DE ACESSO À INFORMAÇÃO Transparência Ativa: Divulgação de informações por iniciativa do setor público, independente de qualquer solicitação Transparência Passiva: Divulgação de informações em atendimento às solicitações da sociedade. TRANSPARÊNCIA ATIVA ROL MÍNIMO DO SÍTIO ELETRÔNICO (ART 8º) registro das competências e estrutura organizacional, endereços e telefones das respectivas unidades e horários de atendimento ao público; registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros registros das despesas informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de órgãos e entidades respostas a perguntas mais frequentes da sociedade 4 o Os Municípios com população de até (dez mil) habitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória na internet a que se refere o 2 o, mantida a obrigatoriedade de divulgação, em tempo real, de informações relativas à execução orçamentária e financeira, nos critérios e prazos previstos no art. 73-B da Lei Complementar n o 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) 8

9 TRANSPARÊNCIA ATIVA REQUISITOS MÍNIMOS DO SÍTIO ELETRÔNICO (ART 8º, 3º) Dispor de ferramenta de Possibilitar a gravação de pesquisa para acesso de relatórios em diversos forma objetiva, transparente, formatos eletrônicos, de modo a clara e em linguagem de fácil facilitar a análise das compreensão; informações; Possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em qualquer formato; Divulgar em detalhe os formatos utilizados para estruturação da informação; Garantir a autenticidade e a integridade das informações disponíveis para acesso; Indicar local e instruções que permitam ao cidadão comunicar-se, por via eletrônica ou telefônica, com o órgão/entidade; Manter atualizadas as informações disponíveis para acesso; Adotar medidas para garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência. TRANSPARÊNCIA PASSIVA SIC PRESENCIAL Art. 9 o O acesso a informações públicas será assegurado mediante: I criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e entidades do poder público, em local com condições apropriadas para: a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações; b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas unidades; c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações; 2 o Os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar alternativa de encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus sítios oficiais na internet. 9

10 QUEM PODE SOLICITAR A INFORMAÇÃO? Art Qualquer interessado, devendo o pedido conter a identificação do requerente ea especificação da informação requerida. Menor de idade? Estrangeiro? SIIIIIMMM!! Pessoa sem título de eleitor? Pessoa sem quitação com a justiça eleitoral? Pessoa sem certificado de reservista? Pessoa sem comprovante de residência? IDENTIFICAÇÃO DO DEMANDANTE art. 10, 1º É PRECISO QUE O/A DEMANDANTE SE IDENTIFIQUE? SIIIIIMMM!! PORÉM... A identificação não pode conter exigências que inviabilizem a solicitação. 10

11 O INTERESSADO... art. 10, 3º DEVE EXPLICAR O MOTIVO DE SUA SOLICITAÇÃO? DEVE DIZER O QUE FARÁ COM A INFORMAÇÃO OBTIDA? DEVE SE COMPROMETER A UTILIZAR AS INFORMAÇÕES PARA OS FINS DECLARADOS? NÃÃÃOOO!! PRAZOS É dever do Estado oferecer imediatamente as informações disponíveis. Para as demais, a Lei estipula o prazo para resposta de 20 (vinte) dias corridos, prorrogáveis por mais 10 (dez), desde que justificado. OS PRAZOS SÃO CONTADOS EM DIAS CORRIDOS, NÃO EM DIAS ÚTEIS! 11

12 BUSCA E FORNECIMENTO DA INFORMAÇÃO SÃO GRATUITOS (art. 12) Posso cobrar pela entrega de cópias? Posso cobrar pelo CD e/ou DVD? Posso cobrar o valor da postagem? Art. 12. O serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão ou entidade pública consultada, situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais utilizados. RECURSOS Casos em que cabe recurso: 1.Negativa de acesso à informação; 2.Falta de motivação ou motivação indevida da negativa de acesso; 3.Pedido de prorrogação não justificado; 4.Atraso ou ausência de resposta; Art. 15, parágrafo único - Deve ser dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que negou o acesso, que deverá se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias. 12

13 É IMPORTANTE SABER SOBRE RECURSOS: A LAI define os seguintes prazos recursais: O interessado tem 10 dias para entrar com recurso; A autoridade recursal tem 5 dias para manifestação. A LAI define, de forma geral, pelo menos 1 instância recursal (art.15): Autoridade imediatamente superior à que negou o pedido de acesso. As regulamentações municipais e estaduais podem definir suas instâncias recursais, conforme estrutura própria. PODER EXECUTIVO FEDERAL RECURSOS Poder Executivo Federal 4ª Instância Comissão Mista de Reavaliação de Informações 3ª Instância Controladoria Geral da União 2ª Instância Autoridade Máxima Órgão/Entidade 1ª Instância Autoridade Hierarquicamente Superior ** CMRI reúne-se mensalmente para analisar os recursos 13

14 ESCALA BRASIL TRANSPARENTE AMOSTRAGEM SELEÇÃO ALEATÓRIA Para a primeira aplicação da EBT 1.0, foram avaliados 519 entes federativos, sendo 465 municípios com até 50 mil habitantes, todas as 27 capitais, além dos 26 estados e o Distrito Federal. Para definir a amostra dos municípios com até 50 mil habitantes adotou se como critério uma seleção aleatória, utilizando a base de dados do IBGE de Essa seleção atingiu um percentual aproximado de 9% dos municípios de cada unidade federativa (estado). PERIODO DA AVALIAÇÃO: Municípios: 12/01 a 24/01/2015 Estados: 31/03 a 04/05/

15 O modelo de avaliação estará disponível ao público até o dia 31 no portal do e-cidadania, no endereço 15

16 OBRIGADO! FERNANDO RODRIGUES JOÃO JUNIOR CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção Núcleo de Ações de Ouvidoria e Prevenção da Corrupção/SC Nenhum homem é bom o bastante para governar os outros sem seu consentimento. Abraham Lincoln (*) Abraham Lincoln foi 16º presidente dos Estados Unidos da América, responsável pela resolução da Guerra Civil Americana e por muitas leis que favoreceram o fim da escravidão em solo estadunidense 16

17 A LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO oprincipais Conceitos oabrangência odever do Estado odireitos do Solicitante otransparência Passiva orestrição do Acesso: Informações Pessoais e Sigilosas oautoridade de Monitoramento oresponsabilidades opossíveis Encaminhamentos oquestões Polêmicas e Boas Práticas otransparência Ativa RESTRIÇÕES DE ACESSO A INFORMAÇÕES PÚBLICAS Produz Custodia PÚBLICA Reservada (5anos) Secreta (15 anos) Ultrasecreta (25 anos) 17

18 INFORMAÇÕES SIGILOSAS QUAIS SÃO AS INFORMAÇÕES PASSÍVEIS DE CLASSIFICAÇÃO? Aquelas imprescindíveis à segurança do Estado e da Sociedade. O Poder Público tem obrigação de fornecer informações relativas a: FISCALIZAÇÃO AINDA EM ANDAMENTO? PROCESSO DE LICENÇA AINDA EM ANÁLISE? Art. 7º, 3º O direito de acesso aos documentos utilizados como fundamento da tomada de decisão e do ato administrativo, será assegurado com a edição do ato decisório respectivo. 18

19 O Poder Público tem obrigação de fornecer informações relativas a: LICITAÇÃO AINDA EM ANDAMENTO? Art. 7º, VI O direito de acesso compreende o direito de obter (...): VI informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação, contratos administrativos; Lei nº 8.666/93 art. 3º, 3 o A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura. Informações Pessoais Relativas à: intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas. O acesso é restrito, independentemente de classificação, pelo prazo de 100 anos. 19

20 Como classificar uma informação pessoal? Município de Uberaba-MG Qual o grau de classificação? NÃO PRECISA!! Podem ter acesso a Informações Pessoais: A pessoa a quem elas se referem; Os agentes públicos legalmente autorizados; Terceiros, mediante consentimento expresso da pessoa à qual elas se referem; Outras hipóteses previstas no art. 31, 3º: Prevenção e diagnóstico médico, quando pessoa física ou legalmente incapaz, utilização única e exclusiva no tratamento médico; Realização de estatísticas e pesquisas científicas, previstas em lei, vedada a identificação; Cumprimento de ordem judicial; Defesa de direitos humanos; Proteção do interesse público e geral preponderante. 20

21 E quando no mesmo processo tenho informação pública e sigilosa ou pessoal? É assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia, com ocultação (tratamento) da parte sob sigilo. (art. 7º, 2º) Regulamentação deve definir responsável pelo tratamento de informações sigilosas, pessoais e outras. Art. 40 Autoridade de monitoramento? Art. 41 Órgão de monitoramento? Autoridade designada pelo dirigente de cada órgão para: assegurar o cumprimento da LAI; monitorar implementação da LAI; recomendar as medidas e normas a adotar para o cumprimento da LAI; orientar suas respectivas unidades quanto ao cumprimento da LAI. Órgão de monitoramento é responsável pela aplicação da lei no âmbito da adm. pública local (todos órgãos): campanhas, treinamento, monitoramento e estatísticas. 21

22 QUESTÃO POLÊMICA CPF É INFORMAÇÃO PESSOAL? Art. 31, 5 o Regulamento disporá sobre os procedimentos para tratamento de informação pessoal. Enquanto isso... por cautela, a CGU orienta aos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal que, ao divulgar listagem com nome e CPF de servidores, oculte alguns dígitos, nos mesmos parâmetros adotados pela Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) da União: LDO/ Lei / Art. 107, único: (...) deverá ocultar os três primeiros dígitos e os dois dígitos verificadores do CPF. Não se aplica para beneficiários de programas de distribuição direta de renda. Por exemplo: Bolsa Família, Garantia Safra, dentre outros; *** ** Portal da Transparência do Governo Federal, Servidores e CPF tratado: ListaServidores.asp QUESTÃO POLÊMICA É obrigatória a publicação da remuneração de Servidores Públicos? Boas Práticas No rol da Transparência Ativa da LAI (art. 8º) não há essa exigência. No Executivo Federal, a obrigatoriedade foi estabelecida pela regulamentação, o Decreto nº 7.724/2012 art. 7º, 3º, VI. Cabe à legislação local estabelecer suas normas sobre esse tema. É OBRIGATÓRIA a divulgação das Informações de interesse coletivo ou geral Art. 8º caput. 22

23 QUESTÃO POLÊMICA Não havendo a publicação espontânea da remuneração dos Servidores Públicos, há obrigação do município em atender a um pedido de acesso que solicita a relação da remuneração dos servidores? SIIIIIMMM!! O acesso só poderá ser negado nas seguintes hipóteses: Informação pessoal (art.31); Hipóteses de sigilo previstas em outras leis (art. 22); Informação classificada como sigilosa, art. 23; Sendo assim... QUESTÃO POLÊMICA INTERESSE COLETIVO E GERAL Tab Cargos e Salários Relação Servidores e Cargos Boas Práticas Publicação dos Salários 23

24 ATENÇÃO! As LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS DE SIGILO CONTINUAM EM VIGÊNCIA, bem como as informações relacionadas a SEGREDO DE JUSTIÇA, SEGREDO INDUSTRIAL decorrentes da exploração direta de ATIVIDADE ECONÔMICA pelo Estado ou por pessoa física ou entidade privada que tenha qualquer vínculo com o poder público. (art. 22) Preciso classificar uma informação sigilosa abrangida por uma sigilo fiscal? NÃÃÃOOO!! Porque, nesse caso, a LAI não se aplica. Deve se observar os comandos legais da norma específica. 24

25 É IMPORTANTE SABER: As hipóteses de sigilo previstas na LAI são taxativas. Assim, entendese não haver margem para inclusão de novas situações na regulamentação local. (art. 27) Informação Sigilosa Quem pode classificar no Poder Executivo Federal? Grau de sigilo Autoridade apta a classificar Ultrassecreta (25 anos) Presidente e Vice Presidente da república Ministros de Estados e Autoridades com as mesmas prerrogativas Comandantes da Marinha do Exército e da Aeronáutica Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes Secreta (15 anos) Reservada (5 Anos) Todos de ultrassecreta + Titulares da Administração Pública Indireta Todos de secreta + Titulares da Administração DAS ou equivalente e superior 25

26 DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES SIGILOSAS OU PESSOAIS: O órgão/entidade responde diretamente pelos danos causados em decorrência da divulgação; E O AGENTE PÚBLICO? Cabe apuração de responsabilidade funcional. Na regulamentação federal, no mínimo suspensão 15 dias. E pode responder por crime de improbidade. Agentes Públicos (civis e militares) são obrigados fornecer o acesso às informações demandadas. A negativa será considerada conduta ilícita, o que pode levar à responsabilização, inclusive por improbidade administrativa. 26

27 Condutas Ilícitas dos Agentes Públicos ou Militares Recusar-se a fornecer Retardar fornecimento de informação requerida informações Fornecer Utilizar a informação indevidamente, intencionalmente subtrair, incorreta, destruir, incompleta inutilizar, ou desfigurar, imprecisa ocultar informação Divulgar ou permitir a divulgação de Impor sigilo AGIR informação para obter com DOLO OU MÁ FÉ Destruir ou subtrair sigilosa ou pessoal proveito Ocultar pessoal da revisão na análise ou de autoridade terceiro; das solicitações superior de documentos competente acesso informação à sigilosa informação para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros relacionados a violações de direitos humanos A responsabilização se aplica também a agentes públicos municipais e estaduais? Penalidade administrativa: precisa definir na legislação local a penalidade a que está sujeito o agente público. A LAI só fez referência à Lei 8.112/90 e ao Regulamento Disciplinar das Forças Armadas. (Art. 32, 1º) 27

28 E se a norma local não definir pena, não haverá responsabilização? Art. 32, 2 o Pelas condutas descritas no caput, poderá o militar ou agente público responder, também, por improbidade administrativa, conforme o disposto nas Leis n. os 1.079, de 10/04/1950, e 8.429, de 02/06/1992. Lei 8.429/92 Art. 1 Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, (...) POR QUE DISSEMINAR A LAI NO MUNICÍPIO? ADM. PÚBLICA E SERVIDORES SOCIEDADE ORGANIZADA E CIDADÃOS servidores desinformados; processos não definidos; centralização do processo decisório. não sabe como fazer pedido; não sabe a quem recursar; dificuldade na participação e no controle social. Administração não transparente Direito de transparência e acesso à informação não respeitado Distância entre Cidadão e Poder Público Municipal: desconfiança, desinteresse, ineficiência, lentidão, corrupção 28

29 A LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO oprincipais Conceitos oabrangência odever do Estado odireitos do Solicitante otransparência Passiva orestrição do Acesso: Informações Pessoais e Sigilosas oautoridade de Monitoramento oresponsabilidades opossíveis Encaminhamentos oquestões Polêmicas e Boas Práticas otransparência Ativa MODALIDES DE ACESSO À INFORMAÇÃO Transparência Ativa: Divulgação de informações por iniciativa do setor público, independente de qualquer solicitação Transparência Passiva: Divulgação de informações em atendimento às solicitações da sociedade. 29

30 TRANSP. ATIVA: ROL MÍNIMO DE INFORMAÇÕES - LAI: Institucional: Competências e estrutura organizacional, endereços, telefones e horários de atendimento ao público; Receitas e Despesas (PORTAL): Registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros e registros das despesas; Somente extratos? Licitações e Contratos: Contrato escaneado? Informações sobre procedimentos licitatórios, inclusive editais e resultados, bem como sobre todos os contratos celebrados; Ações e Programas: Descrição dos principais programas, ações, projetos e obras, informações sobre sua execução, metas e indicadores de fácil compreensão; Perguntas Frequentes (FAQ): Respostas às perguntas mais frequentes da sociedade. INFORMAÇÕES DE INTERESSE COLETIVO OU GERAL (PRINCÍPIO-ART. 3º ) Outras Informações (Art. 8º) São aquelas consideradas de grande interesse público. Caso já divulgadas, reduzem a solicitação de acesso à informação por transparência passiva. Salários, cartão/adiantamentos, agenda etc. Dica: Caso as informações solicitadas já estejam disponíveis em outro ambiente do sítio ou em outro sistema, o órgão e entidade poderá abastecer as seções específicas com referência (links) às páginas já existentes. 30

31 CGU TRANSPARÊNCIA ATIVA CGU TRANSPARÊNCIA ATIVA 31

32 TRANSPARÊNCIA ATIVA REQUISITOS MÍNIMOS DO SÍTIO ELETRÔNICO (ART 8º, 3º) Dispor de ferramenta de Possibilitar a gravação de pesquisa para acesso de relatórios em diversos forma objetiva, transparente, formatos eletrônicos, de modo a clara e em linguagem de fácil facilitar a análise das compreensão; informações; Possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em qualquer formato; Divulgar em detalhe os formatos utilizados para estruturação da informação; Garantir a autenticidade e a integridade das informações disponíveis para acesso; Indicar local e instruções que permitam ao cidadão comunicar-se, por via eletrônica ou telefônica, com o órgão/entidade; Manter atualizadas as informações disponíveis para acesso; Adotar medidas para garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência. O PORTAL DE TRANSPARÊNCIA NA LAI Determinações (art. 8º): 1º Na divulgação das informações a que se refere o caput, deverão constar, no mínimo: (...) III registros das despesas; IV informações Informações concernentes já exigidas a procedimentos pela licitatórios, inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados; LC nº 131/2009, que criou os V dados gerais Portais para da o acompanhamento Transparência de programas,! ações, projetos e obras de órgãos e entidades; 32

33 LEI COMPLEMENTAR Nº 131/2009 ALTERA A LRF Art. 1º O art. 48 da Lei Complementar nº 101, de 04/05/2000, passa a vigorar com a seguinte redação: Art Único. A transparência será assegurada também mediante: II liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; Criação do Portal da Transparência. LEI COMPLEMENTAR nº 131/2009 ALTERA A LRF Art. 2º A Lei Complementar nº 101, de 04/05/2000, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 48 A, 73 A, 73 B e 73 C: Art. 48 A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a: I Despesa (...) II Receita (...) Estabelece o conteúdo do Portal. 33

34 DADOS NECESSÁRIOS SOBRE A DESPESA (art. 48 A, parágrafo único, I): a) Todos os atos praticados pelas unidades gestoras; b) No decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização; Definido no art. 7º do Decreto nº 7.185/2010 DADOS NECESSÁRIOS SOBRE A DESPESA (art. 48 A, parágrafo único, I): c) Com a disponibilização mínima dos dados referentes a: número do correspondente processo, bem fornecido ou serviço prestado, pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento, procedimento licitatório, dispensa ou inexigibilidade (quando for o caso). 34

35 Decreto nº 7.185/2010: (Estabelece o padrão mínimo de qualidade do sistema informatizado) Art. 2º, parágrafo 2º define o que é: Tempo Real Tempo Meio real: Eletrônico Unidade liberação de Gestora: de Amplo informações Acesso: em Meio meio eletrônico eletrônico de amplo até acesso o 1º dia útil A subseqüente unidade orçamentária Unidade gestora à A data Internet do ou registro administrativa contábil que realiza (inciso III) no sistema atos utilizado de gestão pelo orçamentária, órgão financeira ou patrimonial (inciso II) (inciso IV) Decreto nº 7.185/2010: Art. 4º Padrão mínimo de qualidade do sistema informatizado: Disponibilizar informações de todos os poderes e órgãos de modo consolidado; Permitir armazenamento, importação e exportação de dados (dados abertos); e Possuir mecanismos que garantam à informação: Integridade Confiabilidade Disponibilidade 35

36 Portaria STN nº 548/2010 : Estabelece os requisitos mínimos de segurança e contábeis do sistema integrado Este de administração normativo também financeira é e importante, controle pois se refere especificamente ao sistema utilizado no âmbito de cada ente da informatizado a ser utilizado pelos entes. Federação, adicionais aos previstos no Este sistema é a ferramenta que subsidiará Decreto nº 7.185, o fornecimento de 27/05/2010. de informações para o Portal da Transparência. Problemas mais comuns: Ausência de atualização; Página fora do ar ou link não funciona; Linguagem excessivamente técnica; Dificuldade de achar informações; Dados de difícil edição (imagens ou pdf); Dados inacessíveis (exige senha de acesso); Ausência de transparência ativa (LAI); Cidades sem Portal da Transparência; Câmara sem Portal no site da Prefeitura; 36

37 Problemas mais comuns: O QUE MAIS??? PRIORIDADE E MONITORAMENTO OBRIGADO! FERNANDO RODRIGUES JOÃO JUNIOR fernando.joao-junior@cgu.gov.br CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção Núcleo de Ações de Ouvidoria e Prevenção da Corrupção/SC 37