A atuação do Controle Interno na Fiscalização das Obras Públicas

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Célia Ramires Vilanova
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1 A atuação do Controle Interno na Fiscalização das Obras Públicas Congresso Catarinense: FECAM Chapecó maio / 2014 MISSÃO DA CGU: ZELAR PELA BOA E REGULAR APLICAÇÃO DOS RECURSOS PÚBLICOS 1

2 IMPORTÂNCIA DO TEMA 1. Obras = parte + aparente das políticas públicas; 2. Os recursos públicos envolvidos são elevados; 3. A parte não-visível das obras é de difícil fiscalização; 4. Confronto parte documental x observações de campo; 5. Existe um estigma negativo por parte da Sociedade; 6. Respeito ao Desenvolvimento Sustentável; 7. O fator tempestividade é crucial. 2

3 Durante encontro em Brasília, prefeitos admitem corrupção na gestão pública (UOL em 15/05/2014) Na esteira da recente operação da Polícia Federal que resultou na prisão de prefeitos e vereadores por desvio de recursos públicos, prefeitos de diversas localidades do país que participaram da 17ª Marcha dos Prefeitos em Brasília nesta quarta-feira (14) reconheceram que a corrupção é um problema recorrente na gestão pública, mas dizem que aplicam medidas para combater a prática. Além do controle por órgãos como o TCU (Tribunal de Contas da União), os gestores têm se fiado na divulgação dos gastos na internet e, em alguns casos, na atuação de conselhos consultivos e na criação de ouvidorias. 3

4 Durante encontro em Brasília, prefeitos admitem corrupção na gestão pública (UOL em 15/05/2014) Para o prefeito de Ibiaça (RS), Ulisses Cecchin (PP), por exemplo, o Portal da Transparência é um dos principais aliados no combate à corrupção. "Mesmo sendo um município de habitantes, tudo o que fazemos é feito dentro do que rege a lei. Se há necessidade de licitação, faz uma pesquisa orçamentária e isso tudo está dentro do portal. Qualquer cidadão do meu município pode ver onde foi feita determinada despesa, para quem foi feita e a quem se destinou", disse. 4

5 Sumário da Apresentação Fiscalização de Programas de Governo. Aparato Legal Institucional. Aspectos Teórico Conceituais. Casos Práticos. 5

6 Convênio TRANSFERÊNCIAS Controladoria-Geral da União VOLUNTÁRIAS CONCEITOS BÁSICOS Órgãos ou entidades da AP Federal Órgãos ou entidades da AP estadual, distrital ou municipal (direta ou indireta) Entidades Privadas sem fins lucrativos Termo de Cooperação Órgãos ou entidades da AP Federal Descentralização de crédito Órgãos ou entidades da AP Federal 6 Contrato de Repasse (instrumento que deve ser utilizado para obras, salvo se o concedente dispuser de estrutura para acompanhar a execução do convênio) Órgãos ou entidades da AP estadual, distrital ou municipal Órgãos ou entidades da AP Federal Instituição Financeira Federal Contratante Mandatário Contratado Entidades Priv. sem fins lucrativos

7 Controladoria-Geral da União Ciclo PDCA Administração (gestor) Elaboração dos orçamentos de referência - Controle primário Auditorias Internas - Supervisão Ministerial - CGU / TCU Comparação com referências Comprovação da execução física 7

8 PROGRAMA DE FISCALIZAÇÃO POR SORTEIOS PÚBLICOS Objetivos: Avaliar o cumprimento dos programas de governo, mensurando a sua eficiência, eficácia e efetividade, por meio da tabulação dos resultados das fiscalizações; Avaliar a legalidade da aplicação dos recursos federais repassados aos municípios; Inibir e dissuadir a corrupção; Conscientizar e estimular a sociedade para o controle dos gastos públicos. 8

9 CF/88 + Legislação pertinente 9

10 Principais causas das Irregularidades Desconhecimento da legislação (CONJUNTO de normas), dos procedimentos e das regras que regem a matéria e a gestão de recursos públicos em geral; Limitação de competência dos recursos humanos envolvidos na execução das diversas fases; Fragilidade/inexistência de mecanismos de controle interno administrativos; Negligência com o trato da coisa pública e absoluto descaso com as normas; Fraude/Má-fé. 10

11 Fluxo de elaboração dos orçamentos 11

12 Súmula TCU 261 Em licitações de obras e serviços de engenharia, é necessária a elaboração de projeto básico adequado e atualizado, assim considerado aquele aprovado com todos os elementos descritos no art. 6º, inciso IX, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, constituindo prática ilegal a revisão de projeto básico ou a elaboração de projeto executivo que transfigurem o objeto originalmente contratado em outro de natureza e propósito diversos. 12

13 Acórdão 632/ Plenário 9.1. determinar à Segecex que dê conhecimento às unidades jurisdicionadas ao Tribunal que as orientações constantes da OT IBR 01/2006, editada pelo Ibraop, passarão a ser observadas por esta Corte, quando da fiscalização de obras públicas. 13

14 Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas (IBRAOP) XVI Simpósio Nacional de Auditoria de Obras Públicas em Florianópolis de 19 a 23/05/2014. Evento destinado a agentes públicos e profissionais que atuam na fiscalização, gestão ou execução de obras públicas. 14

15 Orçamentação de Obras Públicas Orçamento de obras. Fluxo de elaboração dos orçamentos. Sistemas de referência de preços. Legislação pertinente. 15

16 Súmula TCU 260 É dever do gestor exigir apresentação de Anotação de Responsabilidade Técnica ART referente a projeto, execução, supervisão e fiscalização de obras e serviços de engenharia, com indicação do responsável pela elaboração de plantas, orçamento-base, especificações técnicas, composições de custos unitários, cronograma físico-financeiro e outras peças técnicas. 16

17 Orçamento de obras Orçar é quantificar insumos, mão-de-obra ou equipamentos necessários à realização de uma obra ou serviço, bem como os respectivos custos e o tempo de duração dos mesmos. Um orçamento adequado pressupõe: - Um bom PROJETO. - Um bom PLANEJAMENTO. 17

18 Orçamento de obras - IIBRAOP OT nº 04/ Decreto Federal nº 7.983, de 08/04/ Jurisprudência TCU. - IBEC/RJ OT Custos Obras Públicas 18

19 19 Controladoria-Geral da União

20 Prédio Público 20

21 Técnicas de Orçamentação 21 Tipo Avaliações Expeditas Estimativas Orçamentos Expeditos Orçamentos Detalhados Orçamentos Analíticos Margem de erro de 20% a 30% de 15% a 20% de 10% a 15% de 5% a 10% de 1% a 5% Elementos técnicos Área de Construção; padrão de acabamento; custo unitário de obras semelhantes; custos unitários básicos Anteprojeto ou projeto indicativo; Preços unitários de serviços de referência; especificações genéricas; índices físico-financeiros de obras semelhantes Projeto Executivo; especificações sucintas, mas definidas; composições de preços de serviços genéricas; preços de insumos de referência; Projeto executivo; projetos complementares; especificações precisas; composições preços de serviços específicas; preços de insumos de acordo com a escala de serviço. Todos os elementos necessários ao orçamento detalhado mais o planejamento da obra.

22 Resolução Confea 361/91 Art. 3 f : Admite como razoável margem de erro de 15% para o custo global da obra obtido a partir do projeto básico. Referencias da Lei 8.666/93 ao Orçamento Detalhado: - PARTE INTEGRANTE DO PROJETO BASICO (Art. 6 IX f ): orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados; - CONDIÇÃO INDISPENSÁVEL À LICITAÇÃO (Art. 7 2 II): existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários; 22

23 Súmula TCU 258 As composições de custos unitários e o detalhamento de encargos sociais e do BDI integram o orçamento que compõe o projeto básico da obra ou serviço de engenharia, devem constar dos anexos do edital de licitação e das propostas das licitantes e não podem ser indicados mediante uso da expressão verba ou de unidades genéricas. 23

24 Sistemas de referência de preços - Sistema de Custos Rodoviários - SICRO II - SINCTRAN (SICRO III) - Consulta Pública - Sistema Nacional Preços Índices Construção Civil - SINAPI Eventualmente: - Tabela de Composição de Preços para Orçamentos - TCPO/PINI - Superint.de Construções Administrativas da Bahia - SUCAB - Empresa de Obras Públicas Rio de janeiro - EMOP - Departamentos Estaduais de Estradas de Rodagem - DERs 24

25 Engenharia de Custos Conceitos básicos de engenharia de custos: * diferenciação entre custo e preço, * custos diretos, * custos indiretos, * formação do BDI, * composição de custos, * orçamento estimativo e avaliação expedita, * orçamento sintético e orçamento analítico. 25

26 Análise orçamentária Procedimentos para análise de orçamentos de obras: elaboração da curva ABC e comparação com os custos de referência. Sistemas de referência: SINAPI, SICRO II e SICRO III. Sobrepreço e Superfaturamento compensações, LDO, método do balanço e método do desconto. Jogo de planilha. 26

27 27 Controladoria-Geral da União

28 28 Controladoria-Geral da União

29 29 Controladoria-Geral da União

30 30 Controladoria-Geral da União

31 Coluna 1 Coluna 2 Coluna Linha 1 Linha 2 Linha 3 Linha 4 31

32 32 Controladoria-Geral da União

33 Módulo sanitário com 2 anos de construção 33

34 Convênio Pavimentação = R$ ,00 34

35 Setor de Autarquias Sul, Quadra 01, Bloco A, 8º andar - Edifício Darcy Ribeiro - CEP:

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