Prof. Alonso Goes Guimarães. Práticas de. Química Geral. para Engenharia. Química Geral
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- Tomás Belmonte Esteves
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1 Prof. Alonso Goes Guimarães Práticas de para Engenharia
2 INTRODUÇÂO A química é uma ciência experimental e se ocupa especialmente das transformações das substâncias, de sua composição e das relações entre estrutura e composição. O objetivo das aulas no laboratório é propiciar aos alunos a consolidação dos conhecimentos teóricos, bem como promover e ampliar o seu aprendizado com experimentos. Os alunos serão avaliados através dos relatórios, onde valerão uma nota de 0,0 a 10,0 e serão avaliados os seguintes critérios: a correção e a clareza na redação de relatórios; o desempenho na execução do levantamento bibliográfico; a capacidade para trabalhar com independência e eficiência no laboratório; o aproveitamento na associação de conceitos teóricos e práticos. MODELO DE RELATÓRIO Os relatórios devem ser redigidos pelos alunos considerando que outras pessoas, além do professor, estão interessadas em obter informações sobre os fatos observados. A princípio, esses leitores não conhecem o resultado previsto de cada experiência e precisam ser convencidos da validade dos dados e conclusões apresentadas. Dessa forma, é importante que todas as etapas do experimento sejam descritas e discutidas de modo claro e conciso. FORMATAÇÃO DO RELATÓRIO Folha de papel A4 Margens: Esquerda e superior: 3 cm Direita e inferior: 2 cm Fonte: Arial ou Times New Roman Tamanho: 12 Espaçamento entre linhas: 1,5 Margem do parágrafo: 1,25 cm
3 PREPARAÇÃO DO RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA Após a aula prática, reúna-se com seu grupo para pesquisar. Atente para as partes que vão compor o seu relatório: 1. CAPA 2. INTRODUÇÃO: Essa parte deverá conter uma breve introdução sobre os assuntos abordados na aula prática (não precisa ser muito extenso). Por último deve conter os objetivos da aula prática. Obs.: Na introdução não se deve fazer menção aos resultados observados na prática. 3. MATERIAIS E REAGENTES 4. PROCEDIMENTOS 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Apresente e discuta todos os resultados da execução da prática. Não omita nada. Mesmo que o resultado não seja o previsto, também faz parte a discussão do que deu errado. Apresente as reações químicas ocorridas. Explique os fenômenos ocorridos. 6. CONCLUSÃO: Mostre o que você conseguiu entender com essa aula prática e o que mudou na sua forma de perceber as transformações da matéria. Não escreva nada direcionado ao professor, principalmente no que diz respeito à nota do relatório. 7. REFERÊNCIAS As fontes de pesquisa que você utilizou devem ser mencionadas aqui da seguinte forma: SOBRENOME DO AUTOR, Nome. Título da obra. Volume. Edição. Editora. Cidade. Ano. Nº de páginas. Observações Este modelo de relatório é apenas uma sugestão que deve ser adaptada às necessidades de cada aula prática.
4 MATERIAL DE LABORATÓRIO PRINCIPAIS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO QUÍMICO O químico trabalha no laboratório com utensílios e equipamentos feitos dos mais diversos materiais: vidro, metal, cerâmica, plástico. Cada material tem suas limitações físicas e químicas, e cada utensílio de laboratório tem certa finalidade. O uso inadequado de utensílios no laboratório, desrespeitando suas peculiaridades, pode resultar não somente num fracasso do experimento com perda parcial ou total do material, mas também em acidentes desagradáveis com danos pessoais. MATERIAIS PLÁSTICOS Alguns utensílios de laboratório podem ser feitos de materiais como, por exemplo, polietileno ou polipropileno, que possuem as seguintes características elasticidade; boa resistência mecânica química, inclusive ácido fluorídrico; polietileno e polipropileno são sensíveis a solventes orgânicos aquecidos, tais como benzeno ou tolueno, sofrendo dissolução parcial; transparência limitada; sensibilidade térmica (não devem ser aquecidos nem colocados na estufa de secagem a temperaturas acima de 110 o C); a maioria dos materiais plásticos é combustível. MATERIAL REFRATÁRIO São materiais que resistem temperaturas elevadas (acima de 400 o C). O material refratário mais utilizado no laboratório químico é a porcelana, além de outros materiais cerâmicos. O material cerâmico é frágil!
5 MATERIAIS METÁLICOS De modo geral, os metais comuns são facilmente corroídos por diversos agentes químicos, principalmente pelos ácidos. Portanto, deve-se evitar o contato dos objetos metálicos com ácidos e outros agentes oxidantes corrosivos. VIDRARIA O material mais utilizado em laboratórios químicos é o vidro. O vidro comum é basicamente um silicato sintético de cálcio e de sódio em estado não cristalino (estado vítreo), obtido por fusão de uma mistura de sílica (SiO 2 ), carbonato de sódio (Na 2 CO 3 ) e carbonato de cálcio (CaCO 3 ) em proporções variáveis. Já o vidro usado no laboratório (boro-silicato) contém alguns outros componentes (óxidos de boro e alumínio) que proporcionam maior resistência química, mecânica e térmica. Um vidro de composição parecida é o chamado vidro pirex, de uso doméstico. As qualidades mais apreciadas do vidro são transparência perfeita; boa resistência química; resistência térmica razoável, até 300 o C. O vidro apresenta as seguintes limitações fragilidade; sensibilidade a choques térmicos; deformação, amolecimento ou derretimento a temperaturas elevadas (acima de 400 o C). VIDRO BORO-SILICATO Entre centenas de vidros comerciais produzidos, o vidro boro-silicato tipo Pyrex é o que mais se adapta como material para a maioria das aplicações em laboratório. A composição média do vidro boro-silicato como concentração percentual em relação ao peso é a seguinte: SiO 2 = 81% B 2 O 3 =13% Na 2 O = 4% Al 2 O 3 =2%
6 Flúor, cloro, sulfatos e antimônio podem estar presentes na faixa de 0,05 a 0,5%. Com as devidas precauções, ele suporta todas as temperaturas de uso normal em laboratório e é resistente ao ataque químico. Seu baixo coeficiente de expansão permite que seja fabricado com paredes mais grossas, possibilitando boa resistência mecânica e razoável resistência ao calor. Além disso, é um vidro que pode ser fabricado mais facilmente que a maioria dos outros tipos, o que o torna mais econômico. Enfim, é o tipo de vidro para as aplicações em laboratório. Alguns corantes podem ser acrescentados ao vidro para fins específicos. Um exemplo clássico é o vidro âmbar, fabricado com o corante à base de prata para produtos químicos sensíveis à radiação. Outro exemplo é o vidro fabricado com a adição de corante vermelho para a proteção contra radiação ultravioleta.
7 Experimento 01: Teste de chama Equipamento necessário: 1 fio de liga níquel-crômo 3 vidros de relógio 1 tubo de ensaio Reagentes: Solução concentrada de ácido clorídrico Cloreto de cálcio 1 bico de bunsen fósforos Sulfato de cobre II Cloreto de sódio Procedimento: Coloque ácido clorídrico em um tubo de ensaio. Acenda o bico de bunsen e, com o auxílio do bastão de madeira, leve o fio de níquel-crômo ao fogo até que a chama não mude mais de cor. Caso haja presença de cor na chama, mergulhe a ponta do fio no ácido clorídrico. Passe a ponta do fio no cloreto de cálcio, leve-o à chama e observe. Limpe o fio mergulhando-o novamente no ácido clorídrico. Repita o processo com o sulfato de cobre II, e por último com o cloreto de sódio. Nota: Podem-se usar outros sais que apresentem esses mesmos cátions, desde que sabidamente não sejam tóxicos ou que possam causar algum tipo de dano à integridade física dos operadores. O cloreto de sódio normalmente contamina as demais amostras, adulterando os resultados; por esse motivo, é deixado por último. Anote as cores obtidas: Resultado de Testes Cálcio: Cobre: Sódio: Questões 1. Por que os fogos de artifício são coloridos? 2. Se usássemos o sulfato de cálcio em vez de cloreto de cálcio, o resultado do experimento seria o mesmo? Justifique. 3. Quando se queima palha de aço, verifica-se a presença de fagulhas amareloalaranjadas e ouvem-se estalidos. Qual o comportamento esperado na queima de um sal de ferro? 4. A queima do sal implica a promoção de elétrons, cujo retorno é revelado pela emissão de luz. A que postulado estaria associado tal fenômeno?
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