PARECERES DO CONSELHO TÉCNICO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PARECERES DO CONSELHO TÉCNICO"

Transcrição

1 PARECERES DO CONSELHO TÉCNICO Proc. nº R. Co. nº 45/2001 DSJ/CT - A recorrente vem solicitar a restituição do montante de $00 de emolumentos correspondente aos actos a que couberam as apresentações nº 9 de 15/11/2000 e nº 13 de 12/12/2000, visto que ambas dizem respeito ao registo da mesma penhora, embora de harmonia com o disposto no Código do Registo Comercial (C.R. C.) não tivessem ficado a constar da mesma inscrição. No entanto, dever-se-á aplicar o disposto no artigo 17º da Tabela de Emolumentos do Registo Comercial (T.E.R.C.). - A Conservatória, na informação prestada, considera que o citado artigo 17º da T.E.R.C. se deverá aplicar por maioria de razão na hipótese em apreço, isto é, quando o facto submetido a registo abranja quotas de sociedades com sede na área da mesma Conservatória. No entanto, atendendo ao valor do acto que respeita a duas quotas entende que a reclamante terá direito a uma restituição no valor global de $00. Estes, em síntese breve, os dados da questão à qual poderá ser dada resposta através do seguinte Deliberação I Quando o facto submetido a registo ( in casu a penhora) respeitar a quotas de sociedades distintas é correcto em conformidade com os princípios tabulares que enformam o registo comercial e que têm expressão, nomeadamente, no nº 1 do artigo 57º do C.R.C. que a cada uma daquelas corresponda inscrição própria [1][1]. II Porém, tal não significa que, tratando-se de várias quotas (ou outros bens) [2][2] correspondendo substantivamente ao mesmo facto (como se disse, no caso, à mesma penhora), e não se designando a parte do valor do acto que pertence a cada uma, deva considerar-se arredada a aplicação do disposto no nº 1 do artigo 17º da T.E.R.C. se as inscrições forem todas efectuadas numa única conservatória [3][3]. III Na verdade, ter-se-á de considerar que há, pelo menos, identidade de razão se as quotas em causa respeitarem as sociedades com sedes em áreas de diversas conservatórias ou se tais sociedades tiverem as suas sedes na área da mesma conservatória. Não faria sentido uma duplicidade de critérios (e um deles tributariamente mais desfavorável, contrariando, assim, os princípios gerais que regem esta matéria) e violando os ditames da lógica jurídica e da equidade portanto, afrontando o disposto no nº 3 do artigo 9º do Código Civil. Termos em que somos de parecer que ao recorrente devem ser restituídos os emolumentos em causa, muito embora não segundo os seus próprios cálculos, mas antes de acordo com a contabilização feita pela Conservatória. Esta deliberação foi aprovada em sessão do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado de José Augusto Guimarães Mouteira Guerreiro, relator. file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_10_2001.htm (1 de 69) [ :31:08]

2 Este parecer foi homologado por despacho do director-geral, de Proc. nº R. Co. 27/2001 DSJ/CT - A Conservatória solicita informação para a regularização do registo de constituição da cooperativa agrícola de... Limitada. - Indica que o registo provisório por natureza de constituição (inscrição nº 11) que fora lavrado, com base na ap. nº 4 de 31 de Dezembro de 1985, caducou. As razões de provisoriedade são as constantes do nº 3 do artigo 92º do Código Cooperativo (C.Coop.) então vigente. Mas, quanto à provisoriedade do artigo 4º do Decreto-Lei nº 145/85, de 8 de Maio (que derivou do facto de não se ter comprovado a aceitação no R.N.P.C. da inscrição definitiva) pode hoje ser contraposta a sua inscrição definitiva, reportada a 13/11/69. No que diz respeito à não apresentação do duplicado da declaração fiscal do início de actividade (que motivou que a inscrição tivesse caducado), os interessados não o encontram, mas consta de uma requisição de registo arquivado na Conservatória que a Repartição de Finanças emitiu em 18 de Novembro de 1985 uma certidão da qual consta que a cooperativa se encontra devidamente colectada em contribuição industrial. - Refere a Conservatória que, muito embora essa Cooperativa já se achasse inscrita no anterior Livro J, o certo é que a adaptação ao primeiro Código Cooperativo foi feita através daquele registo de constituição e não de alteração, tendo-se considerado aplicável a alínea c) do artigo 99º desse Código (que, face ao Dec.-Lei nº 335/83, de 16/7, passou a ser o artigo 98º) e não alínea d). - Não existe na Conservatória pasta das cooperativas com o nº 11, que provavelmente corresponde à inscrição provisória no Livro J, e na das sociedades a que teria o nº 143, a que caberia a matrícula dessa Cooperativa no livro de matrícula das sociedades. - Solicita-se que seja indicada a via adequada à resolução do problema. Deliberação I - Sem embargo da qualificação de qualquer acto de registo pertencer ao conservador, dir-se-á que, a nosso ver, se aquela inscrição nº 11 caducou, haverá que, de imediato, anotar tal caducidade. II - É admissível que, abrigo do disposto na alínea c) do artigo 99º do anterior C. Coop. (e na redacção anterior ao aludido Dec.-Lei nº 335/83), a Cooperativa em referência se tenha adaptado através do registo da sua constituição. Esta opção não deve (só agora) ser posta em causa. III - Tendo caducado esse registo não pode sequer pôr-se a hipótese da sua renovação (pois não é admissível renovar registos caducos) pelo que, para o reconstituir, como se mostra necessário, mesmo para repor a verdade sequencial dos ulteriores registos, haverá que, de novo (neste momento), o solicitar. IV - Deste modo, afigura-se-nos pertinente que a Conservatória indique à Cooperativa que terá de file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_10_2001.htm (2 de 69) [ :31:08]

3 requerer novamente o registo a que se refere a inscrição nº 11 e, se não foram feitas (ou não forem encontradas) as publicações legais, efectuá-las. V - Entendemos, porém, que este registo já não será provisório por natureza, mas sim definitivo, visto que, por um lado e como informa a Senhora Conservadora, já não há razão para o óbice relativo à inscrição do R.N.P.C. e, pelo outro, comprovando-se que a Cooperativa foi colectada pela Repartição de Finanças em contribuição industrial (como se diz ser o caso), é óbvio que igualmente se deverá ter por demonstrado que (necessariamente) foi feita a declaração de início de actividade. VI - Efectuada, agora definitivamente, a inscrição de constituição da Cooperativa (idêntica à que caducou nº 11) resolvida fica toda a ulterior situação tabular, incluindo a que vier a ser solicitada. VII - Convirá, no entanto, esclarecer que a esta nova inscrição de constituição não deverá pertencer tanto na pasta, como na matrícula, como em qualquer outro suporte documental a numeração anterior (que ficou esvaziada de conteúdo) [4][4], mas sim a que, na ordem normal (actual), lhe irá caber. Ao que nos parece, será esta a orientação que se deve imprimir à resolução do problema suscitado. Esta deliberação foi aprovada em sessão do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado de José Augusto Guimarães Mouteira Guerreiro, relator. Este parecer foi homologado por despacho do director-geral, de Proc. nº C.Co.8/ DSJ/CT - - A requerente, como Empresa Pública Municipal, pagou os emolumentos correspondentes ao registo da sua constituição, bem como ao dos primeiros corpos gerentes. Apela agora para que tais emolumentos lhe sejam devolvidos por considerar que dos mesmos está isenta. - A Conservatória admite tal isenção, mas solicita autorização para o fazer porque o pedido terá ultrapassado o prazo previsto no artigo 110º do Código do Registo Comercial (C.R.C.). - Dada a natureza do problema em causa afigura-se-nos que ao mesmo poderá ser dada resposta através da seguinte file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_10_2001.htm (3 de 69) [ :31:08]

4 Deliberação I - As empresas públicas municipais são as previstas no nº 3 do artigo 1º da Lei nº 58/98, de 18 de Agosto, cuja criação - sendo o seu âmbito municipal -compete, nos ternos do disposto na alínea a) do nº 1 do artigo 4º dessa Lei, à respectiva assembleia municipal, sob proposta da câmara. II - Este foi, inequivocamente, o procedimento adoptado no caso vertente, tal como consta da escritura de constituição, cuja fotocópia se acha junta aos autos. III - Às empresas públicas municipais é aplicável, subsidiariamente, o regime jurídico das empresas públicas - artigo 3º da citada Lei nº 58/98. IV - Também de acordo com o que foi preceituado nessa Lei deviam considerar-se como "empresas públicas" aquelas em que os municípios, associações de municípios ou regiões administrativas detivessem a totalidade do capital social - artigo 1º, nº 3, alínea a). Posteriormente, o Decreto-Lei nº 558/99, de 17 de Dezembro, veio estabelecer o regime jurídico do sector empresarial do Estado e das empresas públicas e no seu artigo 3º redifine o conceito de empresa pública acentuando que a influência dominante do capital público subsiste como critério caracterizador das mesmas. V Porém, as "empresas públicas" que estão isentas de emolumentos, em conformidade com o disposto no artigo 5º do Decreto-Lei nº 77/79, de 7 de Abril, são apenas as nacionalizadas e quanto aos actos previstos nas alíneas do seu artigo 5º (cfr. ainda artigo 23º, nº 3 da Tabela de Emolumentos do Registo Comercial (T.E.R.C.), aprovada pela Portaria nº 996/98, de 25 de Novembro. VI - Nos termos do estatuído no artigo 7º (que trata do regime jurídico geral das empresas públicas), maxime no seu nº 2, estas empresas estão sujeitas à tributação directa e indirecta nos termos gerais. VII - Ter-se-á, assim, de concluir que, por um lado, havendo esta sujeição e, pelo outro, não existindo norma que as isente do pagamento pelos actos registrais em causa, não poderão as conservatórias deixar de cobrar os emolumentos que, à face da T.E.R.C., se mostrem devidos tal como, aliás, resultava já do disposto no artigo 4º, nº 1, do aludido Dec-Lei nº 77/99. Nestes termos, somos de parecer que o pedido de devolução de emolumentos não poderá proceder. Esta deliberação foi aprovada em sessão do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado de José Augusto Guimarães Mouteira Guerreiro, relator. Este parecer foi homologado por despacho do director-geral, de Proc. nº R.P. 239/2000 DSJ-CT - Deliberação file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_10_2001.htm (4 de 69) [ :31:08]

5 I - Conforme já foi salientado no Proc. R.P. 238/2000 DSJ-CT, in BRN nº 2/2001, pág. 49, no âmbito do princípio da legalidade consagrado no art. 68º do C.R.P. é em face das disposições legais aplicáveis, dos documentos apresentados e dos registos anteriores que o conservador deve apreciar a viabilidade do pedido de registo, pelo que este não pode solicitar oficiosamente a outras entidades o fornecimento de elementos com o objectivo de sustentar, já em sede de recurso, a qualificação do registo; o que pode, e deve, é participar às entidades competentes quaisquer irregularidades ou infracções que, no exercício da sua função, venha a constatar (conclusões 3ª, 5ª e 6ª). II - É também entendimento já firmado neste Conselho que a apreciação do mérito do recurso se deverá conter nos limites das questões suscitadas no despacho de qualificação, não sendo legítimo confrontar o interessado no registo com dúvidas sucessivas; mas já é legítimo que a entidade decisora se pronuncie sobre questões não suscitadas no despacho de qualificação, quando a omissão de pronúncia sobre elas possa conduzir à realização de registos nulos (cfr., a título indicativo, o parecer emitido no Pº nº 2/96 R.P. 4, pág. 9). III - Havendo manifesta contradição entre a escritura pública e a matriz quanto à proveniência da inscrição matricial do prédio urbano objecto da justificação notarial [5][5], legítima se revela a dúvida quanto à identidade do prédio que se pretende fazer ingressar no sistema do registo (cfr. art. 68º, C.R. P.). IV - Tal contradição terá que ser esclarecida designadamente através de certidão dos artigos que de alguma forma deram origem à actual inscrição matricial por forma a que não subsista qualquer incerteza quanto à génese do prédio objecto do registo peticionado. Este prédio resultou da reunião de dois prédios não descritos, da reunião de um prédio não descrito e de parcela de outro prédio não descrito, da reunião de parcela de prédio não descrito e de parcela de outro prédio não descrito, ou resultou simplesmente da modificação/ /melhoramento de prédio não descrito? V - Em qualquer dos casos anteriormente apontados, porque nos encontraremos sempre perante hipóteses de prédio ou prédios não descritos, não haverá lugar à aplicação das regras descritivas enunciadas no art. 85º, nº 1, do C.R.P. [6][6]. Haverá pura e simplesmente que abrir a descrição do prédio objecto mediato do registo (como aliás foi feito cfr. art. 80º, C.R.P.). VI - A incerteza quanto à génese do prédio atinge ainda maior amplitude se atentarmos em que da matriz consta que o mesmo foi participado em VII -- A escritura de justificação é omissa quanto às circunstâncias de facto que determinaram o início da posse, designadamente a data em que se verificou a doação não titulada para os justificantes, e se o prédio já então tinha a composição e a configuração aí referidas (cfr. art. 89º, nº 2, C.N.). VIII -- Este Conselho continua a entender que, em sede de justificação notarial, terá que ser comprovado o licenciamento das operações de loteamento urbano, ainda que seja invocada como causa aquisitiva a usucapião (cfr. conclusão IV do parecer emitido no Pº 17/96 R.P. 4, in BRN nº 12/96, pág. 26, e parecer emitido no Pº R.P. 165/2000 DSJ-CT, maxime as conclusões IV e V, in BRN nº 4/2001, pág. 10); porém, as apontadas incertezas quanto à data do início da posse e à génese do prédio objecto da justificação não nos permitem desde já opinar quanto à (in)existência, no caso concreto, de uma operação de loteamento sujeita a licenciamento municipal. IX- A escritura de justificação notarial deveria ter sido instruída com a licença de utilização do prédio ou, tratando-se de prédio «antigo» (construído anteriormente a ) que apenas foi melhorado (e daí a nova inscrição matricial) sem necessidade de licenciamento municipal (pressuposto lógico da exigibilidade da licença de utilização), com certidão emitida pela câmara municipal da área da sua situação que comprovasse a dispensa do licenciamento, constituindo a omissão desta formalidade (na escritura) mera irregularidade que poderá ser sanada em sede de registo do facto (cfr. art. 4º do Decreto-Lei nº 281/99, de 26 de Julho [7][7], e deliberações tomadas nos Pºs R.P. 189/2000 DSJ-CT, in BRN nº 5/2001, pág. 17, e 26 R.P. 96 DST-CT conclusão 6ª -, in BRN nº 6/2001, pág. 40). file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_10_2001.htm (5 de 69) [ :31:08]

6 Nos termos expostos, é entendimento deste Conselho que o recurso não merece provimento. Esta deliberação foi aprovada em sessão do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado de João Guimarães Gomes de Bastos, relator. Este parecer foi homologado por despacho do director-geral, de Proc. nº R.P.20/2001.DSJ-CT - Deliberação I Tendo sempre como pressuposto a circunstância de o adquirente não dispor de documento que comprove o seu direito, a justificação notarial é legalmente admitida nos seguintes casos: a) para obter a primeira inscrição, estabelecendo então o trato sucessivo no registo predial relativamente a prédios ainda não descritos ou, quando objecto já de descrição, sobre eles não incida ainda inscrição de aquisição ou equivalente cfr. art.ºs 34º, n.º 2, e 116º, n.º 1, do Código do Registo Predial (CRP) e 89º do Código do Notariado (C.Not); b) para reatamento do trato sucessivo, quando a sequência das aquisições derivadas (transmissões intermédias) se não interrompe desde o proprietário inscrito até ao actual proprietário (justificante), acontecendo porém que, relativamente a alguma ou algumas dessas transmissões, não dispõem os interessados do respectivo documento que as permita comprovar (ou porque se extraviou ou foi destruído ou por outro qualquer motivo atendível) cfr. art.ºs 116º, n.º 2, do CRP e 90º, n.ºs 2 e 3 do CNot.; e c) para estabelecimento de novo trato sucessivo, contemplando então aquelas situações em que se verifique uma quebra na cadeia das aquisições derivadas por abandono do proprietário (quer o inscrito quer outro subsequente a ele), tornando por isso necessário que o justificante invoque a posse conducente à usucapião, enquanto causa originária de aquisição cfr. citado art.ºs 116º, n.º 3, do CRP e 91º do CNot. file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_10_2001.htm (6 de 69) [ :31:08]

7 II Neste quadro legal, a justificação notarial relativa à constituição (por usucapião) de servidão imposta sobre determinado prédio já descrito, com inscrição de aquisição ou equivalente em vigor, em benefício de outro pertencente a dono diferente terá necessariamemte de ser entendida enquanto modo de suprir a falta de intervenção do titular inscrito exigida pelo princípio do trato sucessivo (art.º 34º, n. º 2, do CRP). III Singularmente porém porque, respeitando a direito intransmissível como resultado da sua inerência activa ao prédio dominante (o n.º 2 do art.º 1545º do Código Civil dispõe que a afectação das utilidades próprias da servidão a outros prédios importa sempre a constituição de uma servidão nova e a extinção da antiga ), o registo daquele facto a constituição da servidão - constituirá, quando esse for o caso, um dos elos terminais da referida cadeia de aquisições derivadas, mas não determinará já, quando fundada em aquisição originária (usucapião), o início de novo trato sucessivo. IV Por outro lado, consubstanciando a servidão predial um jus in re aliena que, nos termos da lei fiscal, não tem de constar da matriz, também a legitimidade para outorgar a respectiva escritura, como justificante, não pode ser aquela que o art.º 92º do C.Not contempla, devendo antes ser reconhecida a quem for titular inscrito do prédio dominante, a quem exiba documento comprovativo dessa titularidade ou a quem a justifique nesse mesmo acto (art.ºs. 1543º, 1460º, n.º 1-1ª parte,1292º e 303º do CC e 9º, n.ºs 1 e 3, do CRP). V De qualquer modo e na sequência aliás do que vem de ser exposto nos pontos II e III desta deliberação, não pode a escritura de justificação ser lavrada sem prévia notificação judicial avulsa do titular da inscrição em vigor, sempre que se verifique falta de título em que este tenha intervindo (art.º 99º do C.Not). VI Constituindo tal formalidade requisito da sua admissibilidade legal quando o direito justificando tenha por objecto prédio sobre o qual incida já registo de aquisição (ou equivalente), a justificação notarial lavrada sem que se mostre efectuada a devida notificação do titular inscrito no caso, do prédio serviente enferma de nulidade, tal como decorre do disposto nos art.ºs 280º, n.º 1, e 295º do CC. VII Decorrentemente, deve ser recusado, nos termos do art.º 69º, n.º 1, d), do CRP, o registo de constituição de servidão pedido com base numa tal escritura de justificação, sob pena de que o registo que viesse a ser lavrado estaria, ele próprio, ferido de nulidade face à insuficiência do título para prova legal do facto registado (art.º 16º, b), do mesmo Código). Termos em que delibera este Conselho em considerar que o recurso hierárquico não merece provimento. Esta deliberação foi aprovada em sessão do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado de file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_10_2001.htm (7 de 69) [ :31:08]

8 Luís Gonzaga das Neves Silva Pereira, relator. Este parecer foi homologado por despacho do director-geral, de Proc. nº C.P. 20/2001 DSJ-CT - Apreciação do Decreto-Lei nº 320/2000, de 15 de Dezembro, na parte relativa às condições de acesso e permanência no regime de crédito bonificado, à alienação do imóvel e à inscrição dos ónus no registo predial, numa perspectiva notarial e registral. 1- Foi superiormente aprovada uma proposta de audição deste Conselho sobre os reflexos do normativo do Decreto-Lei nº 320/2000, de 15 de Dezembro, na actividade notarial e registral, considerando as dúvidas suscitadas à Direcção-Geral dos Registos e do Notariado pelos serviços externos na interpretação e aplicação das disposições contidas naquele diploma, mormente as que disciplinam as novas condições de acesso ao referido crédito no regime bonificado e regulam as restrições à alienação e oneração dos imóveis adquiridos, conservados ou beneficiados com recurso ao mesmo regime de crédito. Cumpre, pois, emitir parecer. 2- O Decreto-Lei nº 349/98, de 11 de Novembro, visou «consolidar» o regime de crédito à habitação, pretensão aliás assumida no preâmbulo do diploma. Neste também se realçou a necessidade de «introduzir novas regras que visam contribuir para um maior rigor na aplicação dos regimes de crédito bonificado que permitam reconduzi-los à filosofia e objectivos que presidiram à sua criação» e a premência de «dar satisfação a exigências de moralização e de prevenção da fraude, consagrando-se soluções tendentes a uma disciplina mais rigorosa na concessão de crédito bonificado, quer na aquisição e construção, quer na realização de obras». No capítulo III, o legislador estabeleceu as «condições» de acesso dos agregados familiares ao regime bonificado na obtenção de crédito à aquisição, construção e realização de obras de conservação ordinária e extraordinária, e na realização de obras de beneficiação, de habitação própria permanente (art. 8º), e de obras em partes comuns dos edifícios habitacionais (art. 9º), as «condições» do empréstimo (art. 11º) e ainda «outras condições» (art. 12º). Na economia do parecer, pertinente se nos afigura a transcrição dos já referidos art.s 8º e 12º (aplicáveis ao regime de crédito jovem bonificado através dos art.s 14º e 16º). «Artigo 8º Acesso 1- Podem ter acesso ao regime bonificado os agregados familiares que preencham as seguintes condições: a) Afectem o produto dos empréstimos à aquisição, construção e realização de obras de conservação ordinária e extraordinária de habitação própria permanente; b) Nenhum dos seus membros seja titular de outro empréstimo em qualquer regime de crédito regulado no presente diploma para aquisição, construção e realização de obras de conservação ordinária, extraordinária e de beneficiação, salvo quando se trate de um novo empréstimo para conclusão de construção ou para realização de obras de conservação ordinária e extraordinária; neste caso desde que as mesmas sejam objecto de avaliação pela instituição de crédito mutuante e tenham decorrido pelo menos três anos a contar da data da celebração do contrato do empréstimo anterior para aquisição, construção ou realização de obras, devendo a respectiva conclusão ser comprovada pela instituição de crédito mutuante; c) Não afectem o produto do empréstimo à aquisição de fogo da propriedade de ascendentes ou descendentes do interessado. 2- Podem ainda ter acesso ao regime de crédito bonificado os agregados familiares que afectem o produto dos empréstimos à realização de obras de beneficiação de habitação própria permanente em edifícios habitacionais cuja construção tenha sido concluída até à data da entrada em vigor do Regulamento Geral das Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto-Lei nº , de 7 de Agosto de 1951, impostas pela necessidade de dar cumprimento às normas legais em vigor. 3- Nos casos previstos no nº 2 do presente artigo, existindo empréstimo anterior, aplicam-se as condições estabelecidas na alínea b) do nº 1, com excepção do limite de prazo nela fixado.» file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_10_2001.htm (8 de 69) [ :31:08]

9 «Artigo 12º Outras condições 1- Os mutuários do regime bonificado não poderão alienar o fogo adquirido, construído, conservado ou beneficiado durante o prazo de cinco anos após a data de concessão do empréstimo. 2- Em caso de alienação do fogo antes de decorrer o prazo fixado no número anterior, os mutuários deverão reembolsar a instituição de crédito do montante das bonificações entretanto usufruídas acrescido de 20%. 3- A instituição de crédito fará reverter para o Estado o reembolso das bonificações a que se refere o número anterior. 4- Não se aplicará o disposto nos nºs 1 e 2 quando a alienação do fogo seja determinada: a) Por razões comprovadas de mobilidade profissional ou pela alteração da dimensão do agregado familiar e desde que o produto da sua venda seja afecto à aquisição da nova habitação própria permanente, até à concorrência do respectivo preço; b) Por outras razões ponderosas e avaliadas caso a caso pela Direcção-Geral do Tesouro, ou, nas Regiões Autónomas, pela respectiva entidade processadora das bonificações.» Neste momento interessa apenas apreciar o conteúdo da norma do art. 12º. Esta norma, como aliás decorre da sua epígrafe (outras condições), está inserida nas «condições do empréstimo», melhor dizendo, nas condições de acesso e de permanência no regime de crédito bonificado. Constitui, a nosso ver, uma condição de permanência. A palavra condição assume aqui o sentido de pressuposto ou requisito exigido para que se produza determinado efeito, no caso a concessão efectiva da bonificação ao mutuário [8][8]. Se pretendermos classificar esta norma, diremos que se trata de uma norma imperativa proibitiva. Ela proíbe a alienação do fogo do proprietário-mutuário que pretenda permanecer no regime da bonificação. Se quisermos classificar a norma tendo em vista as consequências jurídico-civis e jurídico-penais da sua violação, concluiremos que se trata de uma lex minus quam perfecta, porquanto estabelece uma consequência jurídica (o reembolso agravado da bonificação), mas não a nulidade do negócio jurídico [9][9]. A própria norma dá-nos, assim, uma solução expressa para a sua violação. Pelo que nem haverá que indagar a finalidade legislativa que lhe subjaz, para concluirmos que estamos no campo da ressalva da norma do art. 294º do Código Civil [10][10]. Na perspectiva notarial e registral, a lei não impõe nem ao notário nem ao conservador qualquer procedimento específico na titulação ou no registo da alienação efectuada contra a proibição legal. 3- O Decreto-Lei nº 137-B/99, de 22 de Abril, introduziu aos citados art.s 8º e 12º do D.L. nº 349/98 os seguintes aditamentos e alterações: «Artigo 8º [...] Os empréstimos para aquisição ou construção de fogo previstos no nº 1 podem abranger, respectivamente, a aquisição ou construção de garagem individual ou ainda de um lugar de parqueamento em garagem colectiva coberta, desde que a garagem ou parqueamento não constituam uma fracção autónoma distinta, mediante condições a regulamentar na portaria a que se refere o nº 1 do artigo 11º. 5- O acesso ao regime de crédito bonificado implica para os titulares do empréstimo, sem prejuízo das excepções expressamente previstas no presente diploma: a) A impossibilidade de contracção de quaisquer outros empréstimos para a mesma finalidade em qualquer outro regime de crédito; e b) Dar como garantia o imóvel, antes de decorrido o prazo de cinco anos a contar da data da celebração do contrato de empréstimo à aquisição ou construção de habitação em regime de crédito bonificado, para efeitos de empréstimo com finalidade distinta». file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_10_2001.htm (9 de 69) [ :31:09]

10 «Artigo 12º [...] Em caso de alienação do fogo antes de decorrer o prazo fixado no número anterior, os mutuários, na data da alienação, ficam obrigados a reembolsar a instituição de crédito do montante das bonificações entretanto usufruídas, acrescido de 20%. 3- A instituição de crédito fará reverter para o Estado o reembolso do montante das bonificações e respectivo acréscimo a que se refere o número anterior a)... b) Por portaria dos Ministros das Finanças e do Equipamento, do Planeamento e da Administração do Território serão regulamentadas as demais condições que se mostrem necessárias à aplicação do disposto no presente artigo.» [11][11]. Apenas pretendemos aqui realçar dois aspectos. O primeiro tem a ver com a alteração do nº 2 do art. 12º, nos termos da qual o reembolso da bonificação e acréscimo legal terá lugar na data da alienação. O segundo diz respeito ao aditamento do nº 5 ao art. 8º, nos termos do qual o acesso ao regime de crédito bonificado implica (salvo as excepções previstas) para os titulares do empréstimo a) a impossibilidade de contracção de quaisquer outros empréstimos para a mesma finalidade em qualquer outro regime de crédito, e b) (a impossibilidade de) dar como garantia o imóvel, antes de decorrido o prazo de cinco anos a contar da data da celebração do contrato de empréstimo à aquisição ou construção de habitação em regime de crédito bonificado, para efeitos de empréstimo com finalidade distinta. Relativamente ao primeiro aspecto, regista-se a intenção do legislador em reportar o cumprimento da obrigação de reembolso à data da alienação. Certamente que através da portaria referida no nº 5 do art. 12º [12][12] seria regulamentado o cumprimento dessa obrigação. Relativamente ao segundo aspecto, realça-se o facto de nos encontrarmos perante uma norma a cuja violação não está expressamente associada uma sanção. Mas nem por isso será uma lex imperfecta. Não interessa agora averiguar a sanção que lhe corresponde. Apenas adiantaremos que as hipóteses vêm previstas nas alíneas a) e b) do nº 3 do art. 8º, na redacção do D.L. nº 320/2000, que é o diploma cuja apreciação está em causa neste parecer. 4- O Decreto-Lei nº 320/2000, de 15 de Dezembro [13][13], introduziu novos aditamentos e alterações aos mencionados art.s 8º e 12º do D.L. nº 349/98, e introduziu os art.s 29º-A e 29º-B, com a seguinte redacção: «Artigo 8º Acesso e permanência no regime bonificado 1- O acesso ao regime de crédito bonificado depende do preenchimento cumulativo das seguintes condições: a) O produto do empréstimo tem de ser afecto a uma das seguintes finalidades: i) Aquisição ou construção de habitação própria permanente, podendo incluir garagem individual ou lugar de parqueamento em garagem colectiva coberta, desde que a garagem ou parqueamento não constitua uma fracção autónoma; ii) Realização de obras de conservação ordinária e extraordinária de habitação própria permanente; iii) Realização de obras de beneficiação de habitação própria permanente em edifícios cuja construção tenha sido concluída até à data da entrada em vigor do Regulamento Geral das Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto-Lei nº , de 7 de Agosto de 1951, impostas pela necessidade de dar cumprimento às normas legais em vigor; iv) Realização de obras de conservação ordinária e extraordinária ou de beneficiação em partes comuns, nos termos do artigo 9º; file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_10_2001.htm (10 de 69) [ :31:09]

11 b) O empréstimo não pode ser afecto à aquisição de fogo da propriedade de ascendentes ou descendentes do interessado; c) Nenhum dos interessados pode ser titular de outro empréstimo em qualquer dos regimes de crédito para as finalidades descritas no artigo 1º, salvo se estiver abrangido pelas excepções previstas no nº 2 deste artigo. 2- São enquadráveis no regime de crédito bonificado os seguintes empréstimos cumulativos: a) Empréstimo para aquisição e simultaneamente para realização de obras de conservação ordinária, extraordinária ou de beneficiação de habitação própria permanente, nos termos do nº 3 do artigo 22º; b) Empréstimo para aquisição, construção ou realização de obras de conservação ordinária, extraordinária ou de beneficiação de habitação própria permanente e empréstimo para realização de obras, desde que as mesmas sejam objecto de avaliação pela instituição de crédito mutuante e a respectiva conclusão seja comprovada por esta e, no caso de se destinarem a conservação ordinária e extraordinária, tenham decorrido pelo menos três anos a contar da data da celebração do contrato de empréstimo anterior; c) Empréstimo para construção de habitação própria permanente e empréstimo para a respectiva conclusão; d) Empréstimo para aquisição, realização de obras de conservação ordinária, extraordinária ou de beneficiação de habitação própria permanente e empréstimo para obras em partes comuns. 3- O acesso e a permanência no regime de crédito bonificado implica para os titulares ou titular e respectivo cônjuge a impossibilidade de: a)contrair quaisquer outros empréstimos para a aquisição, construção e realização de obras de conservação ordinária, extraordinária e de beneficiação de habitação própria permanente, secundária ou para arrendamento, bem como aquisição de terreno para construção de habitação própria permanente, em qualquer outro regime de crédito; b) Dar como garantia o imóvel, antes de decorrido o prazo de cinco anos a contar da data da celebração do contrato de empréstimo à aquisição ou construção de habitação em regime de crédito bonificado, para efeitos de empréstimo com finalidade distinta das previstas na alínea anterior; e c) Antes de decorrido o prazo previsto na alínea anterior, emitir procurações que confiram poderes genéricos ou específicos para alienar ou onerar o imóvel. 4- O incumprimento das condições previstas nos números anteriores determina a imediata integração do mutuário no regime geral de crédito, sem prejuízo, sendo caso disso, da aplicabilidade do regime quanto a falsas declarações.» «Artigo 12º Alienação do imóvel 1- Os mutuários do regime bonificado não podem alienar o fogo durante o prazo de cinco anos após a data da concessão de empréstimo para aquisição, construção ou realização de obras em habitação própria permanente. 2- Em caso de alienação do fogo antes de decorrer o prazo fixado no número anterior, os mutuários, na data da alienação, ficam obrigados a reembolsar a instituição de crédito do montante das bonificações entretanto usufruídas, acrescido de 10% Não se aplicará o disposto nos nºs 1 e 2 quando a alienação do fogo seja determinada pelas seguintes razões, devidamente comprovadas perante a instituição de crédito mutuante: file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_10_2001.htm (11 de 69) [ :31:09]

12 a) Mobilidade profissional de um dos titulares do empréstimo ou do cônjuge ou alteração da dimensão do agregado familiar, desde que o produto da venda seja afecto à aquisição ou construção de nova habitação própria permanente, até à concorrência do respectivo preço; b) Perda de emprego ou morte de um dos titulares do empréstimo. 5- Para efeitos do presente artigo, entende-se por «perda de emprego» a situação dos trabalhadores que, tendo disponibilidade para o trabalho, estejam há mais de seis meses desempregados e inscritos nos respectivos centros de emprego. 6- O estabelecido no nº 1 é igualmente aplicável às situações de amortização antecipada total do empréstimo. 7- Nos casos de amortização antecipada total do empréstimo, uma eventual alienação do fogo determina a aplicação dos nºs 2 e 4, com a ressalva de que a comprovação da situação prevista no nº 4 e o reembolso são efectuados junto da Direcção-Geral do Tesouro. 8- Por portaria do Ministro das Finanças e do ministro responsável pela matéria relativa à habitação, serão regulamentadas as demais condições que se mostrem necessárias à aplicação do disposto no presente artigo.» «Artigo 29º-A Falsas declarações A prestação de falsas declarações atinentes às condições de acesso e permanência nos regimes bonificados determina a imediata integração dos mutuários nas condições do regime geral de crédito, para além da obrigatoriedade de reembolso ao Estado das bonificações auferidas ao longo da vigência do empréstimo, acrescidas de 25%. Artigo 29º-B Inscrição no registo predial 1- Do registo predial de imóveis que sejam adquiridos, construídos, conservados ou beneficiados com recurso a crédito à habitação bonificado devem constar os ónus previstos nos artigos 8º, nº 3, e 12º do presente diploma. 2- A caducidade dos ónus pelo mero decurso do prazo determina o averbamento oficioso desse facto. 3- A declaração de levantamento dos ónus é emitida pela instituição de crédito mutuante ou, na situação prevista no nº 7 do artigo 12º, pela Direcção-Geral do Tesouro. 4- No caso de transmissão da propriedade do imóvel, a declaração do levantamento do ónus deve ser obrigatoriamente exibida perante o notário no acto de celebração da escritura. 5- O cancelamento do ónus, devidamente comprovado pela declaração referida no nº 3 do presente artigo, é registado a pedido dos interessados.» 5- A descrição da evolução legislativa verificada desde a publicação do D.L. nº 349/98 permite-nos constatar que a matéria sobre que incide o nosso parecer tem sido objecto de permanente reflexão por parte do legislador, que ao longo de curto espaço de tempo desenvolveu esforços assinaláveis para introduzir maior rigor na aplicação dos regimes de crédito bonificado, satisfazendo assim exigências de moralização e de prevenção da fraude. Vamos então apreciar a matéria que nos propuseram à luz do último dos diplomas publicados, o Decreto-Lei nº 320/ O acesso e a permanência no regime de crédito bonificado estão agora regulados no art. 8º por forma sistemática e rigorosa. O nº 1 dispõe sobre as condições de acesso, o nº 2 sobre as excepções à regra de que nenhum dos interessados pode ser titular de outro empréstimo para aquisição, construção e realização de obras de conservação ordinária, extraordinária e de beneficiação de habitação própria permanente, secundária ou para arrendamento, ou para aquisição de terreno para construção de habitação própria permanente (excepções designadas por empréstimos cumulativos), o nº 3 sobre as condições de permanência, e o nº 4 sobre a sanção para a violação das condições impostas «pelos números anteriores». Afigura-se-nos aqui bem nítido que o vocábulo «condições» é empregue com o já assinalado sentido de pressupostos ou requisitos de enquadramento do(s) empréstimo(s) no regime de crédito bonificado Relativamente aos requisitos de acesso, parece-nos também incontroverso que a verificação do seu preenchimento incumbe às instituições de crédito competentes para efectuarem as operações de crédito (cfr. art. 10º) e, em última instância, à Direcção-Geral do Tesouro (cfr. art. 26º-A). A verificação da afectação do empréstimo a uma das finalidades permitidas e a verificação de que nenhum dos interessados é titular de outro file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_10_2001.htm (12 de 69) [ :31:09]

13 empréstimo (ou, sendo-o, tal facto constitui excepção admitida por lei) não é, evidentemente, matéria da competência do notário/conservador. O único requisito de acesso que, em tese, poderia ser verificado pelo notário/conservador seria a não afectação do empréstimo à aquisição de fogo integrante do património de ascendentes ou descendentes do interessado. Mas, mesmo neste domínio, não nos parece que o notário ou conservador deva intervir. Primeiro, porque como adiante referiremos a sanção para a violação da norma não é a nulidade do negócio. Segundo, porque nesta sede a lei nenhum procedimento administrativo impõe ao notário/conservador Já no domínio dos requisitos de permanência a matéria se revela mais complexa, porque haverá que conjugar a norma do nº 3 do art. 8º com a norma do nº 4 deste mesmo artigo e com as normas dos artigos 29º-A e 29º-B. Pelo que mister se torna desde já afrontar a questão básica: qual a natureza dos vínculos elencados nas três alíneas do nº 3 do art. 8º? A pergunta é pertinente, porque, por um lado, o nº 4 do art. 8º classifica estes vínculos como condições (de acesso e permanência no regime de crédito bonificado) e estabelece que o seu incumprimento determina a imediata integração do mutuário no regime geral de crédito (com a obrigação de reembolso agravado das bonificações auferidas, no caso de serem prestadas falsas declarações- cfr. art. 29º-A), mas, por outro lado, o art. 29º-B classifica tais vínculos como «ónus» sujeitos a registo predial e a um regime de levantamento, caducidade e cancelamento. Segundo Menezes Cordeiro «a figura do ónus deve ser remetida para o domínio processual: traduz, aí, deveres no processo com a particular índole de terem consequências substantivas». Mas o mesmo Autor afirma que «no Direito civil, cabe introduzir uma nova figura: a do ónus material ou encargo. O encargo corresponde estruturalmente a um dever; segue, no entanto, um regime particular: é um dever de comportamento que funcionando embora também no interesse de outras pessoas, não possa, por estas, ser exigido no seu cumprimento» [14][14]. Como conceito próprio do direito das coisas, a palavra «ónus» é utilizada em preceitos legais com uma pluralidade de sentidos. Umas vezes como «ónus real». Outras vezes para referir determinado direito (real ou de outro tipo) ou para qualificar certo gravame ou limitação excepcional, com eficácia erga omnes, a que uma coisa se encontra sujeita. Ainda outras vezes, abrangendo todos os direitos reais limitados e também certos direitos de crédito e determinados gravames de origem negocial, quando dotados de eficácia erga omnes (nos casos em que a lei o consinta, bem entendido), a que determinada coisa se encontra sujeita. Por último, a palavra «ónus» aparece ao lado da palavra direitos, para abranger ou exprimir algo que não cabe nesta categoria jurídica, assumindo aqui o vocábulo um sentido necessariamente mais restrito, mas o legislador não esclarece qual seja [15][15]. Analisando os vínculos definidos nas três alíneas do nº 3 do art. 8º, constatamos que eles se traduzem em deveres de comportamento de conteúdo negativo do mutuário beneficiário do regime bonificado: não contrair quaisquer outros empréstimos para habitação em qualquer outro regime de crédito, não dar como garantia o imóvel adquirido ou construído com empréstimo em regime de crédito bonificado para empréstimo com finalidade distinta [16][16], e não emitir procurações com poderes para alienar ou onerar o mesmo imóvel. Serão pois, a nosso ver, deveres de comportamento de conteúdo negativo condicionantes da permanência no regime de crédito bonificado. E não restrições, gravames ou limitações excepcionais, dotados de eficácia erga omnes, que vinculam juridicamente determinada coisa. Aliás, se bem atentarmos, só os vínculos das alíneas b) e c) se dirigem directamente à coisa; o da alínea a) não tem conexão com o imóvel. Do ponto de vista da consequência jurídica da sua violação, os supracitados deveres estão ao mesmo nível, possuem o mesmo grau de intensidade. Emitir uma procuração com poderes para alienar ou onerar o imóvel ou contrair outro empréstimo para habitação é tão grave como dar como garantia o imóvel adquirido ou construído com o empréstimo bonificado para efeitos de empréstimo com outra finalidade. Qualquer destes actos implica a mesma consequência jurídica. Mas, a ser assim como julgamos dever ser, coloca-se a questão da sujeição de tais «ónus» ao registo predial. Sobre ela nos debruçaremos mais adiante O legislador trata no mesmo plano a violação das condições de acesso e a violação das condições de permanência no regime de crédito bonificado. Em ambos os casos a consequência imediata (a sanção) é a integração do empréstimo no regime geral de crédito. Tendo sido prestadas falsas declarações com vista ao enquadramento do empréstimo no regime bonificado, o mutuário terá ainda que reembolsar o Estado das bonificações auferidas ao longo da vigência do empréstimo acrescidas de 25%. Afigura-se-nos, pois, evidente que o legislador não pretendeu afectar a validade dos actos que integrem a violação das condições de acesso e permanência no regime bonificado [17][17]. Não estando a validade de tais actos posta em causa, e não sendo exigido ao notário qualquer procedimento administrativo no acto da sua titulação, parecenos líquido que esta não poderá ser recusada ou por qualquer modo dificultada. Aliás, e em princípio, só nos actos file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_10_2001.htm (13 de 69) [ :31:09]

14 de garantia do imóvel, previstos na alínea b) do nº 3, é que o notário, por via do registo predial, se aperceberá da violação. No entanto, cremos que nestes casos (e nos já referidos casos previstos na alínea b do nº 1), não será supérfluo mas, pelo contrário, haverá até conveniência em que o titulador consigne a advertência que deve fazer às partes acerca das consequências que poderão advir do acto praticado. Sugerimos ainda que, em cumprimento de um dever geral de colaboração, o notário participe à Direcção-Geral do Tesouro aqueles actos de garantia em que o beneficiário não seja uma instituição de crédito competente para efectuar operações de crédito bonificado [18][18] Ainda mais complexa se nos afigura a questão da natureza do vínculo ou do ónus, tal como vem classificado no art. 29º-B imposto aos mutuários do regime bonificado pelo nº 1 do art.12º. Na redacção inicial (do D.L. nº 349/98), e como já salientámos, o vínculo assumia os contornos de um pressuposto ou condição de permanência no regime de crédito bonificado. A própria epígrafe do artigo (Outras condições) era elucidativa a esse respeito. Na redacção do D.L. nº 137-B/99 o legislador introduziu uma exigência de monta na conformação da sanção correspondente à violação do dever, ao estabelecer que a obrigação de reembolso do montante das bonificações e do acréscimo legal deveria ter lugar «na data da alienação». No Decreto-Lei nº 320/2000 o legislador foi bem mais exaustivo na regulamentação da matéria. E, para além disso, introduziu no tema a questão do registo (cfr. art. 29º-B). Tentemos, então, indagar a intenção do legislador A questão fulcral permanece: saber se estamos perante um dever de comportamento de conteúdo negativo, ou antes perante uma verdadeira restrição, dotada de eficácia erga omnes, ao poder ou faculdade de alienação do proprietário. Como já tivemos oportunidade de salientar [19][19], decorre do art. 1305º do Cód. Civil que o poder ou faculdade de alienação, sempre que a lei não estabeleça directamente restrições, faz parte do estatuto da propriedade e é imprescindível à efectivação do princípio da livre comercialidade ou da livre disponibilidade dos bens. Daí que o intérprete deva ter bons argumentos quando se inclina para o lado da restrição com eficácia erga omnes. É um problema de interpretação da lei, para o que haverá também que ter em conta a unidade do sistema jurídico e as circunstâncias em que a mesma foi elaborada (cfr. art. 9º, nº 1, C.C.). Nesta perspectiva, assume, a nosso ver, algum significado a comparação do texto do diploma ora em apreciação com o texto do Decreto-Lei nº 109/97, de 8 de Maio, que regula os casos de segundas transmissões de habitações construídas com empréstimos bonificados concedidos ao abrigo de regimes de crédito à promoção municipal, cooperativa e privada de habitação a custos controlados para venda. Aqui fala-se em «ónus de inalienabilidade» (art. 2º), «levantamento da inalienabilidade» (art. 4º) e em «regimes de inalienabilidade» (art. 12º do D.L. nº 165/93, de 7 de Maio, na redacção do citado D.L. nº 109/97) [20][20]. Ali fala-se em «alienação do imóvel» ( epígrafe do art. 12º), e a «declaração do levantamento do ónus» só vem referida no art. 29º-B [21][21]. A questão do registo ou seja, a submissão do «ónus» a registo -, se por um lado favorece a tese da restrição do direito de propriedade, por outro lado desaconselha tal resultado interpretativo, na medida em que nos termos do art. 29º-B que adiante analisaremos o registo abrange não só este «ónus» mas também os «ónus» impostos nas três alíneas do art. 8º, nº 3. Ora relativamente a estes vínculos nós já vimos que se trata de deveres de comportamento de conteúdo negativo condicionantes da permanência no regime de crédito bonificado. Reconhecendo embora a delicadeza da matéria, propendemos para a tese de que o «ónus» de não alienação previsto no nº 1 do art. 12º corresponde estruturalmente a um dever que, diversamente dos deveres impostos no nº 3 do art. 8º, é controlado pelo titular do interesse protegido (o Estado) através de um dos seus serviços (o cartório notarial onde o vinculado pretende titular a alienação). O notário deve no acto de celebração da escritura de alienação do fogo dentro do prazo de vigência do «ónus» exigir a exibição da declaração de levantamento do ónus (de não alienação) [22][22]. Assim o estabelece o nº 4 do art. 29º-B, cuja imperatividade não sofre contestação, pelo que a sua inobservância é causa legítima de recusa do acto notarial. Mas ainda que - por mera hipótese de raciocínio que, em tese, sempre se terá de configurar - a alienação do fogo seja efectuada sem que a obrigação de reembolso (das bonificações e do acréscimo legal) tenha sido entretanto cumprida e a declaração de levantamento do ónus emitida e exibida ao notário, é nossa opinião de que a alienação será válida e eficaz, designadamente perante o Estado No nº 4 do art. 12º permite-se a alienação do fogo durante o prazo de vigência do «ónus» sem qualquer sanção nas hipóteses aí contempladas nas alíneas a) e b). A comprovação das situações de «isenção» é feita perante a instituição de crédito mutuante. E teremos que reconhecer que esta, no caso da alínea a), terá dificuldade em compatibilizar a exigência formulada nesta norma afectação do produto da venda à aquisição ou construção de nova habitação própria permanente com a exigência file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_10_2001.htm (14 de 69) [ :31:09]

15 da declaração de levantamento do ónus (art. 29º-B, nº 4) [23][23]. No entanto, do ponto de vista da titulação tudo se resume à exibição perante o notário da declaração de levantamento do ónus. Ou seja, não é a verificação de qualquer das situações previstas no nº 4 do art. 12º que tem que ser comprovada perante o notário, mas sim a comprovação de que a instituição de crédito mutuante emitiu a declaração de levantamento do ónus A lei (art. 12º, nºs 6 e 7, e art. 29º-B, nºs 3 e 4) também prevê a hipótese da amortização antecipada total do empréstimo antes do decurso do prazo de vigência do «ónus» de não alienação estabelecido no nº 1 do art. 12º. Ainda que totalmente amortizado o empréstimo neste período, o ónus não se extingue. Pelo que se o mutuário quiser alienar o fogo nesse período terá que efectuar o reembolso das bonificações e do acréscimo legal, agora junto da Direcção-Geral do Tesouro, ou nesta fazer a prova de alguma das situações de «isenção». E a Direcção- Geral do Tesouro terá que emitir a declaração de levantamento do ónus para que o notário possa titular a alienação. Poderemos, portanto, concluir que a amortização total antecipada do empréstimo antes do decurso do prazo fixado no nº 1 do art. 12º extingue a obrigação principal e extingue a hipoteca (cfr. art. 730º, a), C.C.), mas não extingue o dever de não alienação que nasce com a obrigação principal. Para quem defenda como nós vamos defender que os «ónus» do art. 8º, nº 3, e do art. 12º, nº 1, devem ser levados ao extracto da inscrição de hipoteca, defronta-se com a seguinte dificuldade: o registo de hipoteca pode ser cancelado e o ónus de não alienação subsistir. Neste caso, será de registar o cancelamento da inscrição, mas com a menção de que ela subsiste quanto à obrigação de não alienar no prazo mencionado no seu extracto. Esta ressalva impedirá que se tranque a respectiva cota de referência e determinará a inclusão de tal inscrição na certificação dos registos em vigor, até que lhe seja averbada a extinção da obrigação Resta-nos apreciar a questão do registo. Ainda recentemente [24][24] o Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República se debruçou sobre o nosso sistema do registo predial, designadamente sobre os princípios basilares a que esse sistema se encontra subordinado e sobre os efeitos do registo, em termos que aqui damos por inteiramente reproduzidos. Agora apenas pretendemos salientar que a enumeração dos factos que, nos termos do art. 2º do C.R.P., estão sujeitos a registo não constitui um elenco fechado. Para além de se admitirem a registo factos jurídicos com eficácia real constitutivos, modificativos, extintivos e transmissivos de direitos reais e factos relativos a direitos inerentes a imóveis em que falha a afectação da própria coisa aos sujeitos -, também se consideram sujeitos a registo «quaisquer outros encargos» a ele submetidos por lei (segundo segmento da alínea u do nº 1 do citado art. 2º). De acordo com o Parecer anteriormente citado, «poderão incluir-se nesta categoria certos ónus reais e algumas outras situações propter rem». Mas, como tentámos já demonstrar, os «ónus» que o nº 1 do art. 29º-B sujeita a registo não são nem ónus reais nem outras situações propter rem. O certo, porém, é que a lei sujeita tais «ónus» a registo. Pelo que haverá que porfiar no sentido da busca de um resultado interpretativo conforme ao pensamento legislativo. Assente na posição que defendemos que estes ónus, mesmo os que estão conexionados com a coisa, não são dotados de eficácia erga omnes, então quais as finalidades que o legislador pretendeu atingir com a publicidade registral? Uma delas terá sido dar a conhecer ao notário titulador do acto de alienação do imóvel o «ónus» de não alienação, que vincula o respectivo proprietário e que impede, nos termos sobreditos, a celebração da escritura pública. O notário seria, neste caso, o destinatário da publicidade registral que, assim, constituiria um simples elo no mecanismo de controlo concebido pelo legislador. Relativamente aos restantes «ónus» - que, como já salientámos, não estão sujeitos a controlo notarial -, confessamos que nos deparamos com alguma dificuldade em encontrar motivação para a publicidade registral. Mas talvez terá pesado no pensamento legislativo a ideia de substituir aqui o registo ao título na inserção daqueles ónus no contrato. Ou seja, na opção do legislador, os ónus figurarão, não no documento do contrato do empréstimo [25] [25], mas antes no registo deste facto, enquanto pressupostos de permanência no regime bonificado. Nesta perspectiva, o registo dos ónus justificar-se-á, não tanto à custa de uma interpretação fortemente extensiva do conceito «encargos» que figura na citada alínea u) do nº 1 do art. 2º do C.R.P., mas à luz de uma interpretação, também extensiva, da norma do art. 94º, alínea b), do Código, considerando tais «ónus» como «cláusulas resolutivas do regime bonificado cuja verificação determina a sujeição imediata do empréstimo ao regime geral, «condicionando» deste modo os efeitos do acto de oneração [26][26]. file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_10_2001.htm (15 de 69) [ :31:09]

16 Assente que os «ónus» do nº 3 do art. 8º e do nº 1 do art. 12º são, todos eles, pressupostos de permanência no regime bonificado a cuja violação não corresponde a sanção da nulidade, parece-nos que em termos de pura técnica registral haverá que levar ao extracto da inscrição da hipoteca que garante o empréstimo tais pressupostos [27][27], no momento do registo provisório, se já houver elementos disponíveis, ou no momento da sua conversão [28][28] ou do registo definitivo Pelo decurso do prazo de cinco anos, a contar da data da concessão/celebração do empréstimo para aquisição, construção ou realização de obras de habitação própria permanente em regime bonificado caducam os ónus das alíneas b) e c) do nº 3 do art. 8º e o ónus do nº 1 do art. 12º. Mas não caduca o ónus da alínea a) do nº 3 do art. 8º. Se bem ajuizamos, este ónus não dura só durante aquele prazo de cinco anos, mas durará enquanto as bonificações não estiverem esgotadas [29][29], senão mesmo enquanto durar o empréstimo. O nº 2 do art. 29º-B referir-se-á aos ónus que caducam decorrido aquele prazo de cinco anos, pelo que, a nosso ver, esta norma será convenientemente executada se se actualizar a inscrição de hipoteca no sentido de que aquele prazo legal já decorreu A lei distingue entre a declaração de levantamento do ónus (de não alienação), que deve ser exibida ao notário (nº 4 do art. 29º-B), e a declaração de levantamento dos ónus, para fins de registo (nº 3 do art. 29º-B). Ainda de acordo com o anteriormente exposto, a declaração de levantamento do ónus de não alienação importa também, a nosso ver, a «extinção natural» dos restantes ónus conexionados com a coisa, referidos nas alíneas b) e c) do nº 3 do art. 8º. Mas pode não importar a extinção do ónus referido na alínea a) deste número e artigo [30] [30]. Daí que só com a declaração de levantamento dos ónus previstos no nº 3 do art. 8º e do ónus previsto no nº 1 do art. 12º, emitida pela entidade competente a instituição de crédito mutuante ou a Direcção-Geral do Tesouro, conforme os casos será viável o averbamento à inscrição da hipoteca que garante o empréstimo bonificado para declarar a extinção desses ónus [31][31]. 6- É este, salvo melhor opinião, o nosso parecer, que resumiremos nas seguintes Conclusões I - Os nºs 1 e 3 do art. 8º do Decreto-Lei nº 349/98, de 11 de Novembro, na redacção do Decreto-Lei nº 320/2000, de 15 de Dezembro, estabelecem, respectivamente, condições de acesso e condições de permanência do regime de crédito bonificado e do regime de crédito jovem bonificado (cfr. art.s 14º e 16º). II - O vocábulo «condições» tem aqui o sentido de pressupostos ou requisitos de enquadramento dos empréstimos naqueles regimes de crédito, cuja verificação incumbe às instituições de crédito competentes para efectuarem as operações e, em última instância, à Direcção-Geral do Tesouro (cfr. art. s 10º e 26º-A). III - O nº 4 do citado art. 8º e o art. 29º-A dão-nos uma solução expressa para o incumprimento daquelas condições a imediata integração do mutuário no regime geral de crédito e, tendo sido prestadas falsas declarações, a obrigatoriedade de reembolso ao Estado das bonificações auferidas ao longo da vigência do empréstimo acrescidas de 25% -, pelo que nos encontramos no domínio da ressalva da norma do art. 294º do Cód. Civil. IV - Decorrentemente, nem o notário nem o conservador poderão recusar a titulação e a publicitação em termos definitivos dos factos que consubstanciem violação daqueles pressupostos do regime de crédito bonificado, sem embargo de no título dever constar a advertência dessa eventual violação e de o cumprimento de um dever geral de colaboração aconselhar o notário à participação à Direcção-Geral do file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_10_2001.htm (16 de 69) [ :31:09]

17 Tesouro dos actos mormente dos actos de garantia a que se refere a alínea b) do nº 3 do art. 8º - titulados com a sua intervenção e em que não seja parte uma instituição de crédito competente para as operações de crédito. V- O nº 1 do art. 12º do citado Decreto-Lei nº 349/98 também estabelece uma condição de permanência no regime de crédito bonificado, a cuja violação corresponde a sanção prevista no nº 2 daquela norma os mutuários, na data da alienação, ficam obrigados a reembolsar a instituição de crédito do montante das bonificações auferidas acrescido de 10% -, mas, diversamente das condições referidas anteriormente, esta condição deverá ser controlada pelo notário que titule a alienação do imóvel no decurso do prazo da sua vigência, através da exigência de exibição de declaração de levantamento do ónus de não alienação, sob pena de recusa legítima de celebração do acto notarial (cfr. art. 29º-B, nº 4). VI- A declaração de levantamento do ónus (de não alienação) emitida pela entidade competente a instituição de crédito mutuante ou a Direcção-Geral do Tesouro, conforme os casos (cfr. art. 29º-B, nº 3) é sempre o documento cuja exibição deverá ser exigida pelo notário que titule a alienação do fogo no período de vigência da condição, ainda que no caso se trate de uma das situações de isenção de sanção (cfr. alíneas a e b do nº 4 do artº 12º) ou o empréstimo já tenha sido totalmente amortizado (cfr. art. 12º, nº 7). VII- O art. 29º-B do falado Decreto-Lei nº 349/98 submete a registo os ónus previstos no nº 3 do art. 8º e o ónus previsto no nº 1 do art. 12º, assumindo aqui o vocábulo «ónus» o sentido de dever de comportamento de conteúdo negativo condicionante da permanência no regime de crédito bonificado, e não o sentido de restrição, gravame ou limitação excepcional da propriedade da coisa com eficácia erga omnes. VIII - Nesta perspectiva, o registo dos ónus justificar-se-á, não tanto à custa de uma interpretação fortemente extensiva do conceito «encargos» que figura na alínea u) do nº 1 do art. 2º do C.R.P., mas à luz de uma interpretação, também extensiva, da norma do art. 94º, b), do Código, considerando tais «ónus» como «cláusulas resolutivas» do regime bonificado cuja verificação determina a sujeição imediata do empréstimo ao regime geral, «condicionando» deste modo os efeitos do acto de oneração. IX - Em termos de pura técnica registral, haverá que levar ao extracto da inscrição da hipoteca que garante o empréstimo seja à aquisição, construção ou realização de obras de conservação ordinária, extraordinária ou de beneficiação de habitação própria permanente, ou à realização de obras em partes comuns, em regime bonificado tais pressupostos de permanência da bonificação, no momento do registo provisório, se já houver elementos disponíveis, ou no momento da sua conversão ou do registo definitivo. X- Pelo decurso do prazo legal de cinco anos a contar da data da concessão/celebração do empréstimo bonificado garantido pela hipoteca caducam os ónus das alíneas b) e c) do nº 3 do art. 8º e o ónus do nº 1 do art. 12º, mas não caduca o ónus da alínea a) do nº 3 daquele art. 8º, pelo que o nº 2 do art. 29º-B referir-se-á aos ónus que caducam, sendo bastante para a aplicação desta norma a actualização da inscrição hipotecária no sentido de que aquele prazo legal já decorreu. XI- A declaração de levantamento do ónus de não alienação prevista no nº 4 do art. 29º-B pode não importar a extinção dos restantes ónus, pelo que só a declaração de levantamento dos ónus previstos no nº 3 do art. 8º e no nº 1 do art. 12º, emitida pela entidade competente, será título suficiente para averbar à inscrição da hipoteca a extinção dos ónus (cfr. art. 29º-B, nº 3). XII- Na hipótese de amortização antecipada total do empréstimo, o registo da hipoteca pode vir a ser cancelado e, apesar disso, subsistir o ónus de não alienação previsto no nº 1 do art. 12º, pelo que, neste caso, deverá ser cancelada a inscrição, mas com a menção de que ela subsiste quanto à obrigação de não alienar no prazo mencionado no seu extracto; esta ressalva impedirá que se tranque a respectiva cota de referência e determinará a inclusão de tal inscrição na certificação dos registos em vigor, até que lhe seja averbada a extinção da obrigação. file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_10_2001.htm (17 de 69) [ :31:09]

18 Declaração de voto Muito embora concorde, em termos globais, com as doutas considerações tecidas ao longo do parecer, inclusivé com a constante da 7ª conclusão, não creio, no entanto, que a ilação tirada na conclusão seguinte corresponda à ideia do legislador. A alínea u) do nº 1 do artigo 2º do C.R.P. contém (como já escrevi) uma disposição gerérica na qual se terá pretendido englobar (talvez excessivamente) tido quanto a lei substantiva viesse a sujeitar a registo. Se isso vier a acontecer então não poderemos dizer (em termos registrais) que o facto não está sujeito à inscrição tabular. A luz daquela disposição estará e, afinal, terá sido apenas isso o que a alínea pretendeu consignar. Por outro lado, a hipopteca em causa pode ser cancelada e o ónus continuar a subsistir. Portanto, a solução que se me afigura mais correcta é lavrar uma inscrição autónoma do soit disant ónus estabelecido na lei (e poorque esta o quer), apesar de o mesmo não ter um conteúdo jurídico de gravame real sobre um prédio, como muito bem se diz no parecer. Por último, creio que a inscriçaõ deveria ser o mais sucinta possível, indicando apenas (e não como se diz na nota 20) que se trata desse ónus, tal como julgo ser de boa técnica (é, aliás, o procedimento de tipo germânico) sendo ainda, ao que creio, de mais fácil leitura. Este parecer foi aprovado em sessão do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado de , com declaração de voto do vogal Dr. Mouteira Guerreiro. João Guimarães Gomes de Bastos, relator, José Joaquim Carvalho Botelho, Ana Viriato Sommer Ribeiro, Zulmira da Natividade Martins Neto Lino da Silva, Luís Gonzaga das Neves Silva Pereira, Maria Ferraro Vaz dos Santos Graça Soares Silva, José Augusto Guimarães Mouteira Guerreiro. file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_10_2001.htm (18 de 69) [ :31:09]

19 Este parecer foi homologado por despacho do director-geral, de Proc. nº R.P.57/2001.DSJ.CT - Deliberação I Se a sustentação da decisão do conservador assentar apenas nalgum ou nalguns dos motivos que a fundamentou, deve entender-se, quando todos eles tenham sido objecto de impugnação no recurso hierárquico interposto, que implicitamente o conservador reparou a sua decisão no que toca aos demais motivos sobre os quais nada tenha referido, a menos que o contrário resulte dos próprios termos do despacho de sustentação II A transmissão de imóveis por efeito de transferência de património de um ente colectivo para outro, objecto de registo por averbamento à respectiva inscrição de aquisição nos termos da alínea g) do n.º 1 do art.101º do Código do Registo Predial (CRP), contempla a transmissão que a transferência em globo ou a título universal dos direitos (e obrigações) integrantes do património do ente colectivo transmitente ou de parte desse património a transferência, em suma, de uma universalidade de relações jurídicas implica, mas não já a transmissão uti singuli de uma pluralidade de imóveis (isto é, individualmente encarados) a esse ente pertencentes. III Está neste último caso a transmissão de determinados prédios pertencentes a certa sociedade entregues a outra sociedade comercial para realização do aumento do capital social desta última sociedade, nesse acto processado e por aquela subscrito. IV A transmissão desses imóveis, ocorrendo embora de um ente colectivo para outro, é registável por inscrição em cumprimento do que dispõe o art.º 91º do CRP. V Se os documentos apresentados titulam uma transmissão uti singuli, não pode ter acolhimento nas tábuas o pedido de um registo de transmissão universal, pelo que este deve ser recusado face à falta de título (art.º 69º, n.º 1, b), do citado Código). VI De resto, afastada está no caso em apreço a hipótese de convolação do pedido, dada a inequivocidade da vontade manifestada em registar uma transmissão universal - e só esta - (art.º 41º do CRP) file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_10_2001.htm (19 de 69) [ :31:09]

20 Termos em que se afigura a este Conselho pronunciar-se pelo indeferimento do recurso hierárquico a que a presente deliberação se reporta. Esta deliberação foi aprovada em sessão do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado de Luís Gonzaga das Neves Silva Pereira, relator. Este parecer foi homologado por despacho do director-geral, de Proc. nº RP 25/2001 CT - Certidão negativa de prédio eventualmente descrito. Apreciação da viabilidade do pedido em face da realidade tabular. - Aquisição em comum e sem determinação de parte, por usucapião, com base em decisão judicial, transitada em julgado, proferida na acção de justificação judicial. Registo provisório por dúvidas. I Recorrente: MOCCM, viúva. Recorrida: - Conservatória do Registo Predial de... Decisão impugnada: - Recusa de efectuar o registo de aquisição, em comum e sem determinação de parte, a favor da recorrente e outros, de prédio omisso e inscrito na matriz sob o artº 988, cujo pedido foi formulado pela Ap. 25/ Título apresentado: - Certidão, passada pelo 2º Juízo Cível do Tribunal Judicial da Comarca de..., da decisão proferida nos autos de acção especial de justificação judicial, registados sob o nº 441/99, que transitou em julgado. Motivos da recusa: - Encontrar-se o prédio objecto da acção de justificação descrito na Conservatória sob os nºs 1744/ e 1737/981110, ambos da freguesia de... e não omisso, como refere a decisão que serviu de base ao pedido de registo, sendo que um dos prédios está inscrito a favor de titular diverso dos justificantes, estando o outro em nome da recorrente e marido. Assim, a área coberta do prédio que se pretende registar, e que corresponde a um palheiro com 27 m2, constitui a descrição nº 1744/ (extracto da descrição nº 57066, fls. 155 v do Lº B-17) e está inscrito a favor de LBLM, casado com a recorrente na comunhão de adquiridos, por compra a CBM e mulher, IEAM. Este prédio foi desanexado do descrito sob o nº 4553, fls. 61 do Lº B-14 2ª Secção (actual ficha nº 1737/ ), que era constituído pelo referido palheiro com 27 m2 e por um logradouro com 150 m2 (sic), continuando esta área a file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_10_2001.htm (20 de 69) [ :31:09]

DECRETO N.º 265/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.

DECRETO N.º 265/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1. DECRETO N.º 265/XII Aprova o regime de concessão de crédito bonificado à habitação a pessoa com deficiência e revoga os Decretos-Leis n.ºs 541/80, de 10 de novembro, e 98/86, de 17 de maio A Assembleia

Leia mais

A posição deste Conselho vai expressa na seguinte. Deliberação

A posição deste Conselho vai expressa na seguinte. Deliberação P.º n.º C.P. 72/2010 SJC-CT Pedidos de registo dependentes formulados por via electrónica. Apresentação em diferentes Conservatórias. Inversão da ordem de anotação no Diário. Artigo 75.º, n.º 4 do Código

Leia mais

P.º R. P. 301/04 DSJ-CT

P.º R. P. 301/04 DSJ-CT P.º R. P. 301/04 DSJ-CT - Registo de hipoteca legal por dívidas à Segurança Social sobre bens dos gerentes da sociedade devedora. Documentos instrutórios : certidão comprovativa da dívida e cópia autenticada

Leia mais

Pº C.Co.36/2012 SJC-CT

Pº C.Co.36/2012 SJC-CT Pº C.Co.36/2012 SJC-CT Consulente: Registo Nacional de Pessoas Coletivas. Sumário: Publicação das alterações de estatutos das fundações com natureza de Instituições Particulares de Solidariedade Social(IPSS)

Leia mais

SOLARH. Legislação aplicável: Definição e Objectivos:

SOLARH. Legislação aplicável: Definição e Objectivos: Legislação aplicável: Decreto-Lei n.o 39/2001 revoga o Decreto-Lei nº 7/99, de 8 de Janeiro. SOLARH Definição e Objectivos: O Apoio Financeiro Especial para Obras em Habitação Permanente (SOLARH), visa

Leia mais

Lei n. o 7/2013. Regime jurídico da promessa de transmissão. de edifícios em construção. Breve introdução

Lei n. o 7/2013. Regime jurídico da promessa de transmissão. de edifícios em construção. Breve introdução Lei n. o 7/2013 Regime jurídico da promessa de transmissão de edifícios em construção Breve introdução 1. O que regula essencialmente o Regime jurídico da promessa de transmissão de edifícios em construção?

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: Código do Imposto do Selo 60.º CIS, Verba 2 TGIS

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: Código do Imposto do Selo 60.º CIS, Verba 2 TGIS Diploma: Código do Imposto do Selo Artigo: Assunto: 60.º CIS, Verba 2 TGIS FICHA DOUTRINÁRIA Comunicação de contratos de arrendamento Processo: 2010004346 IVE n.º 1703, com despacho concordante, de 2011.03.18,

Leia mais

Deliberação. 1 Em especial, no âmbito dos P.ºs CP 83/2008 SJC-CT e R.P. 227/2009 SJC-CT.

Deliberação. 1 Em especial, no âmbito dos P.ºs CP 83/2008 SJC-CT e R.P. 227/2009 SJC-CT. P.º n.º R.P. 60/2010 SJC-CT Penhora. Cancelamento não oficioso. Eventual conexão com o registo de aquisição, conjuntamente requerido. Tributação emolumentar DELIBERAÇÃO 1 Os presentes autos respeitam à

Leia mais

Despacho conjunto n.º 413/99, de 15 de Maio

Despacho conjunto n.º 413/99, de 15 de Maio Despacho conjunto n.º 413/99, de 15 de Maio MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE Aprova o Regulamento do Fundo de Compensação Sócio-Económica no âmbito do Programa de Expansão

Leia mais

P.º R. P. 22/2009 SJC-CT-

P.º R. P. 22/2009 SJC-CT- P.º R. P. 22/2009 SJC-CT- Averbamento de rectificação da descrição quanto à área, fundado em erro de medição. Enquadramento do respectivo pedido na previsão legal do artigo 28.º-C do CRP ou no processo

Leia mais

PROGRAMA DE SOLIDARIEDADE E APOIO À RECUPERAÇÃO DE HABITAÇÃO

PROGRAMA DE SOLIDARIEDADE E APOIO À RECUPERAÇÃO DE HABITAÇÃO PROGRAMA DE SOLIDARIEDADE E APOIO À RECUPERAÇÃO DE HABITAÇÃO Condições de Acesso Condição Prévia: Limites de Rendimento Podem-se candidatar-se a pessoa ou o agregado familiar cujo rendimento anual bruto

Leia mais

Deliberação n.º 513/2010, de 24 de Fevereiro (DR, 2.ª série, n.º 50, de 12 de Março de 2010)

Deliberação n.º 513/2010, de 24 de Fevereiro (DR, 2.ª série, n.º 50, de 12 de Março de 2010) (DR, 2.ª série, n.º 50, de 12 de Março de 2010) Define os requisitos de funcionamento dos postos farmacêuticos móveis (Revoga tacitamente o Anexo II, da Deliberação n.º 2473/2010, de 28 de Novembro) O

Leia mais

PARECER N.º 38/CITE/2005

PARECER N.º 38/CITE/2005 PARECER N.º 38/CITE/2005 Assunto: Parecer nos termos do n.º 3 do artigo 133.º do Código do Trabalho e da alínea j) do n.º 1 do artigo 496.º da Lei n.º 35/2004, de 29 de Julho Não renovação de contrato

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Do despacho de recusa foi interposto recurso hierárquico, cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos.

DELIBERAÇÃO. Do despacho de recusa foi interposto recurso hierárquico, cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos. Pº R.P. 16/2008 SJC-CT- Registo de hipoteca legal nos termos do artº 195º do CPPT Título Suficiência Despacho do Chefe de Serviço de Finanças competente que a requerimento do executado autorize a substituição

Leia mais

Lei n. o 64/2014 26-08-2014

Lei n. o 64/2014 26-08-2014 Lei n. o 64/2014 26-08-2014 Assunto: Aprova o regime de concessão de crédito bonificado à habitação a pessoa com deficiência e revoga os Decretos-Leis n. os 541/80, de 10 de novembro, e 98/86, de 17 de

Leia mais

RECOMENDAÇÃO N.º 6/ B / 2004 [art.º 20.º, n.º 1, alínea b), da Lei n.º 9/91, de 9 de Abril]

RECOMENDAÇÃO N.º 6/ B / 2004 [art.º 20.º, n.º 1, alínea b), da Lei n.º 9/91, de 9 de Abril] Número: 6/B/2004 Data: 25-03-2004 Entidade visada: Secretária de Estado da Administração Pública Assunto: Curso de Estudos Avançados em Gestão Pública. Promoção a técnico superior de 1.ª classe. Processo:

Leia mais

Novas regras na habitação

Novas regras na habitação Novas regras na habitação PUBLICADO NA EDIÇÃO IMPRESSA SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2013 POR JM A lei n.º 59/2012, de novembro, cria salvaguardas para os mutuários de crédito à habitação e altera o decreto-lei

Leia mais

Secção II 1* Fundos e sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional

Secção II 1* Fundos e sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional Secção II 1* Fundos e sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional Artigo 102.º Objecto É aprovado o regime especial aplicável aos fundos de investimento imobiliário para arrendamento

Leia mais

O REGIME DE EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012

O REGIME DE EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012 27 de Fevereiro de 2012 O REGIME DE EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012 Introdução O Decreto-Lei n.º 32/2012, de 13 de Fevereiro, que regula a execução do Orçamento do Estado para 2012, aprovado

Leia mais

FI CHA DOUTRINÁRIA. Diploma: Código do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis/Estatuto dos Benefícios Fiscais

FI CHA DOUTRINÁRIA. Diploma: Código do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis/Estatuto dos Benefícios Fiscais FI CHA DOUTRINÁRIA Diploma: Código do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis/Estatuto dos Benefícios Fiscais Artigo: Assunto: 49.º EBF Fundos de Investimento Imobiliário e Isenção de

Leia mais

SUBSÍDIO DE DESEMPREGO

SUBSÍDIO DE DESEMPREGO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO Recentemente foi publicado o Decreto-Lei n.º 220/2006 de 3 de Novembro, o qual alterou o quadro legal de reparação da eventualidade do desemprego dos trabalhadores por conta de outrem.

Leia mais

Decreto-Lei n.º 255/99 de 7 de Julho- Versão27-08-2013. Texto consolidado com as alterações introduzidas pela Lei 5/2013 (texto sublinhado a amarelo)

Decreto-Lei n.º 255/99 de 7 de Julho- Versão27-08-2013. Texto consolidado com as alterações introduzidas pela Lei 5/2013 (texto sublinhado a amarelo) Decreto-Lei n.º 255/99 de 7 de Julho- Versão27-08-2013 Texto consolidado com as alterações introduzidas pela Lei 5/2013 (texto sublinhado a amarelo) Capítulo I Disposições Gerais Artigo 1º Âmbito 1. O

Leia mais

CIRCULAR N/REFª: 01/15 DATA: 05/01/2015. Assunto: NRAU. Exmos. Senhores,

CIRCULAR N/REFª: 01/15 DATA: 05/01/2015. Assunto: NRAU. Exmos. Senhores, CIRCULAR N/REFª: 01/15 DATA: 05/01/2015 Assunto: NRAU Exmos. Senhores, Junto se envia para conhecimento, informação relativa ao Novo Regime do Arrendamento Urbano, conforme resultante da alteração pela

Leia mais

Extinção da empresa por vontade dos sócios

Extinção da empresa por vontade dos sócios Extinção da empresa por vontade dos sócios A dissolução de uma sociedade por deliberação dos sócios pode fazer-se de várias formas, designadamente de forma imediata, com liquidação simultânea, com partilha,

Leia mais

Pº R.P. 71/2008 SJC-CT

Pº R.P. 71/2008 SJC-CT Pº R.P. 71/2008 SJC-CT Aditamento a alvará de loteamento Ampliação de área de lote por redução da área do domínio público municipal Título para registo. DELIBERAÇÃO Relatório: O Município de. requisitou

Leia mais

PREÇOS MAIS BARATOS E TRANSPARENTES NA COMPRA DE CASA

PREÇOS MAIS BARATOS E TRANSPARENTES NA COMPRA DE CASA PREÇOS MAIS BARATOS E TRANSPARENTES NA COMPRA DE CASA 31 de Julho de 2008 O Ministério da Justiça esclarece o seguinte: 1. Na generalidade das situações, os preços do registo predial diminuíram em comparação

Leia mais

APOSENTAÇÃO, FÉRIAS, FALTAS E LICENÇAS

APOSENTAÇÃO, FÉRIAS, FALTAS E LICENÇAS ADENDA AO APOSENTAÇÃO, FÉRIAS, FALTAS E LICENÇAS Páginas 19 O artigo 1.º foi revogado pela Lei n.º 60/2005, de 29 de Dezembro: São revogados o artigo 1.º do Estatuto da Aposentação, aprovado pelo Decreto-Lei

Leia mais

PARECER N.º 45/CITE/2011

PARECER N.º 45/CITE/2011 PARECER N.º 45/CITE/2011 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível a trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do n.º 5 do artigo

Leia mais

REGULAMENTO DE TAXAS E PROPINAS APLICÁVEIS AOS ESTUDOS E CURSOS DA UNIVERSIDADE DE AVEIRO

REGULAMENTO DE TAXAS E PROPINAS APLICÁVEIS AOS ESTUDOS E CURSOS DA UNIVERSIDADE DE AVEIRO REGULAMENTO DE TAXAS E PROPINAS APLICÁVEIS AOS ESTUDOS E CURSOS DA UNIVERSIDADE DE AVEIRO A regulamentação existente na Universidade de Aveiro em matéria de propinas encontra-se relativamente dispersa,

Leia mais

Publicado no Diário da República n.º 22, I série, de 2 de Fevereiro. Decreto Presidencial n.º 28/11 de 2 de Fevereiro

Publicado no Diário da República n.º 22, I série, de 2 de Fevereiro. Decreto Presidencial n.º 28/11 de 2 de Fevereiro Publicado no Diário da República n.º 22, I série, de 2 de Fevereiro Decreto Presidencial n.º 28/11 de 2 de Fevereiro Considerando que o Executivo tem vindo a atribuir maior importância à renovação do sistema

Leia mais

P.º 110.SJC.GCS/2010

P.º 110.SJC.GCS/2010 PARECER: DESPACHO: P.º 110.SJC.GCS/2010 ASSUNTO: Disposição transitória do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 20/2008, de 31 de Janeiro. 1. O Senhor Chefe do Gabinete de Sua Excelência, o Secretário de Estado

Leia mais

Decreto-Lei n.º 349/98, de 11 de Novembro, Estabelece o regime jurídico de concessão de crédito à habitação própria

Decreto-Lei n.º 349/98, de 11 de Novembro, Estabelece o regime jurídico de concessão de crédito à habitação própria 1/34 Decreto-Lei n.º 349/98, de 11 de Novembro, Estabelece o regime jurídico de concessão de crédito à habitação própria JusNet 216/1998 Link para o texto original no Jornal Oficial (DR N.º 261, Série

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Código do Imposto do Selo Verba 17.2 da TGIS

FICHA DOUTRINÁRIA. Código do Imposto do Selo Verba 17.2 da TGIS Diploma: Artigo: Assunto: Código do Imposto do Selo Verba 17.2 da TGIS FICHA DOUTRINÁRIA Isenção do imposto do selo prevista na parte final do n.º 1 do artigo 8.º do Estatuto Fiscal Cooperativo Processo:

Leia mais

Meritíssimo Conselheiro Presidente do Tribunal Constitucional R-1870/11 (A6)

Meritíssimo Conselheiro Presidente do Tribunal Constitucional R-1870/11 (A6) Meritíssimo Conselheiro Presidente do Tribunal Constitucional R-1870/11 (A6) O Provedor de Justiça, no uso da competência prevista no artigo 281.º, n.º 2, alínea d), da Constituição da República Portuguesa,

Leia mais

7322 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o 288 15 de Dezembro de 2000 MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

7322 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o 288 15 de Dezembro de 2000 MINISTÉRIO DAS FINANÇAS 7322 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o 288 15 de Dezembro de 2000 Thar ceann Rialtas na héireann: For the Government of Ireland: Per il Governo della Repubblica italiana: Declaração comum relativa ao

Leia mais

Município de Valpaços

Município de Valpaços Município de Valpaços Regulamento Municipal de Atribuição de Apoios às Freguesias Preâmbulo A Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro aprovou o regime jurídico das autarquias locais, o estatuto das entidades

Leia mais

Ministério da Administração do Território

Ministério da Administração do Território Ministério da Administração do Território A Lei Da Nacionalidade Lei N.º 01/05 De 01 de Julho Tornando se necessário proceder a alterações das principais regras sobre a atribuição, aquisição e perda da

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO DO CONSELHO COORDENADOR DA AVALIAÇÃO DO MUNICÍPIO DE LAGOA - AÇORES

REGULAMENTO INTERNO DO CONSELHO COORDENADOR DA AVALIAÇÃO DO MUNICÍPIO DE LAGOA - AÇORES REGULAMENTO INTERNO DO CONSELHO COORDENADOR DA AVALIAÇÃO DO MUNICÍPIO DE LAGOA - AÇORES Ao abrigo do disposto na alínea a) do n.º 2 do artigo 68.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei

Leia mais

No Site do Instituto de Registos e Notariado (www.irn.mj.pt) poderão obter se os Contactos dos Serviços de Registo Predial.

No Site do Instituto de Registos e Notariado (www.irn.mj.pt) poderão obter se os Contactos dos Serviços de Registo Predial. VAI PERMUTAR A SUA CASA? PRESTE ATENÇÃO AO SEGUINTE! As normas da compra e venda são aplicáveis aos outros contratos onerosos pelos quais se alienam bens ou se estabeleçam encargos sobre eles, na medida

Leia mais

Regulamento Municipal de Apoio ao Cooperativismo

Regulamento Municipal de Apoio ao Cooperativismo Regulamento Municipal de Apoio ao Cooperativismo Considerando a necessidade de apoiar a criação e a consolidação de cooperativas residentes no concelho. Considerando a necessidade de incentivar a expansão

Leia mais

PARECERES Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados

PARECERES Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados CONSULTA N.º 52/2008 Artigo 91º do Estatuto da Ordem dos Advogados QUESTÃO A Senhora Dra.... vem solicitar que o emita parecer sobre uma questão relacionada com o âmbito de aplicação do dever consagrado

Leia mais

Perguntas Frequentes sobre a Rede de Apoio ao Consumidor Endividado

Perguntas Frequentes sobre a Rede de Apoio ao Consumidor Endividado Perguntas Frequentes sobre a Rede de Apoio ao Consumidor Endividado A Direção-Geral do Consumidor (DGC) apresenta um conjunto de respostas às perguntas suscitadas com maior frequência. Em caso de dúvida,

Leia mais

CONTRATO INTERADMINISTRATIVO DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA FREGUESIA DE EM MATÉRIA DE

CONTRATO INTERADMINISTRATIVO DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA FREGUESIA DE EM MATÉRIA DE CONTRATO INTERADMINISTRATIVO DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA FREGUESIA DE EM MATÉRIA DE No dia?? de????? de 2015, no Departamento de Administração Geral da Câmara Municipal de Guimarães, perante mim,?????????????????????,

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 9º; 18º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 9º; 18º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA 9º; 18º Condomínios de imóveis Processo: nº 2773, despacho do SDG dos Impostos, substituto legal do Director - Geral, em 2011-12-15. Conteúdo: Tendo por

Leia mais

REGULAMENTO DE COMPENSAÇÕES POR NÃO CEDÊNCIA DE TERRENOS PARA EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS VERDES PÚBLICOS DECORRENTE DA APROVAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS

REGULAMENTO DE COMPENSAÇÕES POR NÃO CEDÊNCIA DE TERRENOS PARA EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS VERDES PÚBLICOS DECORRENTE DA APROVAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS REGULAMENTO DE COMPENSAÇÕES POR NÃO CEDÊNCIA DE TERRENOS PARA EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS VERDES PÚBLICOS DECORRENTE DA APROVAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS 1. O Regulamento referente à compensação pela não

Leia mais

2- Com o devido respeito, esta é uma falsa questão. Senão vejamos:

2- Com o devido respeito, esta é uma falsa questão. Senão vejamos: Pº CP 3/06 DSJ-CT: Desjudicialização - Processo especial de justificação - Acção declarativa comum para reconhecimento do direito de propriedade - Competência material dos julgados de paz CONSULTA: Parecer

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 9º; 18º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 9º; 18º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA 9º; 18º. Intermediação - em crédito à habitação; leasing imobiliário; conta empréstimo; crédito automóvel; produtos estruturados; leasing equipamentos e

Leia mais

AQUISIÇÃO, ARRENDAMENTO E ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS

AQUISIÇÃO, ARRENDAMENTO E ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS SEMINÁRIO SOBRE AS REGRAS DE EXECUÇÃO DO OGE/2010 E NORMAS E PROCEDIMENTOS A CUMPRIR NO ÂMBITO DO INVENTÁRIO DOS BENS DO ESTADO (IGBE) 14 de Abril de 2010 Apresentação da AQUISIÇÃO, ARRENDAMENTO E ALIENAÇÃO

Leia mais

TRATAMENTO FISCAL DE PARTILHA POR DIVÓRCIO

TRATAMENTO FISCAL DE PARTILHA POR DIVÓRCIO Antas da Cunha LAW FIRM TRATAMENTO FISCAL DE PARTILHA POR DIVÓRCIO I) MAIS-VALIAS A mais-valia consiste na diferença entre o valor de aquisição (que pode ser gratuita ou onerosa) e o valor de realização

Leia mais

Gouvijovem. Programa de Apoio à Fixação de Jovens no Concelho de Gouveia. Regulamento

Gouvijovem. Programa de Apoio à Fixação de Jovens no Concelho de Gouveia. Regulamento Gouvijovem Programa de Apoio à Fixação de Jovens no Concelho de Gouveia Regulamento Gouvijovem Programa de Apoio à Fixação de Jovens no Concelho de Gouveia Regulamento Preâmbulo O Concelho de Gouveia vem

Leia mais

REGULAMENTO DE SÓCIOS (Artigo 4º dos Estatutos) ADMISSÃO DE SÓCIO EFECTIVO

REGULAMENTO DE SÓCIOS (Artigo 4º dos Estatutos) ADMISSÃO DE SÓCIO EFECTIVO REGULAMENTO DE SÓCIOS (Artigo 4º dos Estatutos) ADMISSÃO DE SÓCIO EFECTIVO Artigo 1º (Disposições estatutárias) 1. Poderão filiar-se na Associação como sócios efectivos quaisquer empresas, singulares ou

Leia mais

Regime de qualificações nos domínios da construção urbana e do urbanismo Perguntas e respostas sobre a inscrição/renovação da inscrição

Regime de qualificações nos domínios da construção urbana e do urbanismo Perguntas e respostas sobre a inscrição/renovação da inscrição Regime de qualificações nos domínios da construção urbana e do urbanismo Perguntas e respostas sobre a inscrição/renovação da inscrição 1. Quais as instruções a seguir pelos técnicos que pretendam exercer

Leia mais

REGULAMENTO MUNICIPAL PARA EMPRÉSTIMO OU COMPARTICIPAÇÃO NA AQUISIÇÃO DE MANUAIS ESCOLARES NOTA JUSTIFICATIVA:

REGULAMENTO MUNICIPAL PARA EMPRÉSTIMO OU COMPARTICIPAÇÃO NA AQUISIÇÃO DE MANUAIS ESCOLARES NOTA JUSTIFICATIVA: REGULAMENTO MUNICIPAL PARA EMPRÉSTIMO OU COMPARTICIPAÇÃO NA AQUISIÇÃO DE MANUAIS ESCOLARES NOTA JUSTIFICATIVA: Considerando que, decorrente da imposição da lei fundamental, incumbe ao Estado assegurar

Leia mais

M U N I C Í P I O D E V A L E N Ç A C ÂM ARA MUNIC I PAL

M U N I C Í P I O D E V A L E N Ç A C ÂM ARA MUNIC I PAL REGULAMENTO MUNICIPAL DE MEDIDAS DE APOIO SOCIAL A FAMÍLIAS CARENCIADAS DO CONCELHO DE VALENÇA Preâmbulo A atual situação económica tem provocado o aumento das situações de desemprego e como tal um elevado

Leia mais

Legislação e tributação comercial

Legislação e tributação comercial 6. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 6.1 Conceito Na terminologia adotada pelo CTN, crédito tributário e obrigação tributária não se confundem. O crédito decorre da obrigação e tem a mesma natureza desta (CTN, 139).

Leia mais

Incentivos à contratação

Incentivos à contratação Incentivos à contratação A empresa poderá beneficiar de incentivos quando pretende contratar novos trabalhadores. Os incentivos de que as empresas podem usufruir quando contratam novos trabalhadores podem

Leia mais

Aspetos legislativos, no domínio sócio-laboral

Aspetos legislativos, no domínio sócio-laboral Aspetos legislativos, no domínio sócio-laboral Lei n.º 53/2011, de 14 de outubro, que procede à segunda alteração ao Código do Trabalho, aprovado em anexo à Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, estabelecendo

Leia mais

ESTATUTO DO TRABALHADOR-ESTUDANTE. Lei n.º 99/2003, de 27 de Agosto (Aprova o Código do Trabalho)

ESTATUTO DO TRABALHADOR-ESTUDANTE. Lei n.º 99/2003, de 27 de Agosto (Aprova o Código do Trabalho) ESTATUTO DO TRABALHADOR-ESTUDANTE Lei n.º 99/2003, de 27 de Agosto (Aprova o Código do Trabalho) Artigo 17.º (Trabalhador-estudante) O disposto nos artigos 81.º e 84.º do Código do Trabalho assim como

Leia mais

PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE VENDA DE LOTES DE TERRENO PARA AS NOVAS ZONAS E LOTEAMENTOS INDUSTRIAIS. Nota justificativa

PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE VENDA DE LOTES DE TERRENO PARA AS NOVAS ZONAS E LOTEAMENTOS INDUSTRIAIS. Nota justificativa PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE VENDA DE LOTES DE TERRENO PARA AS NOVAS ZONAS E LOTEAMENTOS INDUSTRIAIS Nota justificativa A criação de novas Zonas e loteamentos Industriais tem como principal finalidade

Leia mais

DECRETO-LEI N.º 51/2007, DE 7 DE MARÇO, ALTERADO PELO DECRETO-LEI N.º 88/2008,

DECRETO-LEI N.º 51/2007, DE 7 DE MARÇO, ALTERADO PELO DECRETO-LEI N.º 88/2008, DECRETO-LEI N.º 51/2007, DE 7 DE MARÇO, ALTERADO PELO DECRETO-LEI N.º 88/2008, DE 29 DE MAIO E PELO DECRETO-LEI N.º 192/2009, DE 17 DE AGOSTO Regula as práticas comerciais das instituições de crédito no

Leia mais

Decreto-Lei nº 27/2001, de 3 de Fevereiro

Decreto-Lei nº 27/2001, de 3 de Fevereiro Diploma consolidado Decreto-Lei nº 27/2001, de 3 de Fevereiro A aquisição de habitação própria constitui um importante motivo de poupança das famílias. Todavia, os efeitos sobre a procura interna da expansão

Leia mais

PARECER N.º 185/CITE/2013

PARECER N.º 185/CITE/2013 PARECER N.º 185/CITE/2013 I OBJETO A CITE recebeu um pedido de parecer sobre o assunto referido em epígrafe. A Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) tem por missão prosseguir a igualdade

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Processo:

FICHA DOUTRINÁRIA. Processo: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: CIVA Artigo: 6º Assunto: Transportes intracomunitários de bens F055 2005163 despacho do SDG dos Impostos, em substituição do Director- Geral, em 15-05-06 Conteúdo: 1. A questão

Leia mais

REGULAMENTO DO REGISTO COMERCIAL. Portaria 657-A/2006, de 29 de Junho

REGULAMENTO DO REGISTO COMERCIAL. Portaria 657-A/2006, de 29 de Junho (Não dispensa a consulta do Diário da República) REGULAMENTO DO REGISTO COMERCIAL Portaria 657-A/2006, de 29 de Junho CAPÍTULO I Suporte e processo de registo SECÇÃO I Suportes de registo Artigo 1.º Instrumentos

Leia mais

PLANO DE PORMENOR DO DALLAS FUNDAMENTAÇÃO DA DELIBERAÇÃO DE DISPENSA DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL

PLANO DE PORMENOR DO DALLAS FUNDAMENTAÇÃO DA DELIBERAÇÃO DE DISPENSA DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL FUNDAMENTAÇÃO DA DELIBERAÇÃO DE DISPENSA DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL Deliberação da Reunião Câmara Municipal de 29/11/2011 DIRECÇÃO MUNICIPAL DE URBANISMO DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE PLANEAMENTO URBANO DIVISÃO

Leia mais

REGULAMENTO DOS ESTATUTOS S ESPECIAIS

REGULAMENTO DOS ESTATUTOS S ESPECIAIS HOMOLOGADO 18 de Janeiro de 2008 O Presidente do Conselho Directivo (Paulo Parente) ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM DO PORTO REGULAMENTO DOS ESTATUTOS S ESPECIAIS Artigo 1.º Âmbito 1) O presente regulamento

Leia mais

Regulamento de Atribuição do Título de Especialista Escola Superior de Educação João de Deus. na ESE João de Deus

Regulamento de Atribuição do Título de Especialista Escola Superior de Educação João de Deus. na ESE João de Deus Escola Superior de Educação João de Deus de Atribuição do Título de Especialista Escola Superior de Educação João de Deus na ESE João de Deus O Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, aprovado

Leia mais

REGISTO COMERCIAL. Isabel Quinteiro. Adjunta da Conservadora na Conservatória do Registo Predial e Comercial de Montemor-o-Velho

REGISTO COMERCIAL. Isabel Quinteiro. Adjunta da Conservadora na Conservatória do Registo Predial e Comercial de Montemor-o-Velho REGISTO COMERCIAL Isabel Quinteiro Adjunta da Conservadora na Conservatória do Registo Predial e Comercial de Montemor-o-Velho Outubro de 2010 Introdução IRN, IP É um instituto público integrado na administração

Leia mais

ESTATUTO DO TRABALHADOR-ESTUDANTE

ESTATUTO DO TRABALHADOR-ESTUDANTE ESTATUTO DO TRABALHADOR-ESTUDANTE Data de emissão Janeiro 2005 Data de revisão Janeiro 2005 Autor GabIGT Acesso Público ÍNDICE Págs. 1. Quem é considerado trabalhador estudante? 3 2. Como se pode beneficiar

Leia mais

Lei nº 37/81, de 3 de Outubro

Lei nº 37/81, de 3 de Outubro Lei nº 37/81, de 3 de Outubro TÍTULO I Atribuição, aquisição e perda da nacionalidade CAPÍTULO I Atribuição da nacionalidade Artigo 1.o Nacionalidade originária 1 São portugueses de origem: a) Os filhos

Leia mais

ESTATUTO DOS BENEFÍCIOS FISCAIS. Decreto-Lei n.º 215/89, de 1 de Julho (Revisto pelo Decreto-Lei n.º 198/2001, de 3 de Julho)

ESTATUTO DOS BENEFÍCIOS FISCAIS. Decreto-Lei n.º 215/89, de 1 de Julho (Revisto pelo Decreto-Lei n.º 198/2001, de 3 de Julho) ESTATUTO DOS BENEFÍCIOS FISCAIS Decreto-Lei n.º 215/89, de 1 de Julho (Revisto pelo Decreto-Lei n.º 198/2001, de 3 de Julho) Artigo 2.º Conceito de benefício fiscal e de despesa fiscal e respectivo controlo

Leia mais

Lei n.º 1/2005 de 10 de Janeiro.

Lei n.º 1/2005 de 10 de Janeiro. Lei n.º 1/2005 de 10 de Janeiro. Regula a utilização de câmaras de vídeo pelas forças e serviços de segurança em locais públicos de utilização comum A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea

Leia mais

DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872

DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872 DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872 Revista em Março de 2009 Entidades Municipais, Intermunicipais e Metropolitanas ÍNDICE Parágrafos INTRODUÇÃO 1 8 OBJECTIVO 9 FUNÇÕES EQUIVALENTES AO COMPROMISSO DO REVISOR

Leia mais

7. PROTOCOLO RELATIVO AOS PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES DA UNIÃO EUROPEIA

7. PROTOCOLO RELATIVO AOS PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES DA UNIÃO EUROPEIA 16.12.2004 PT Jornal Oficial da União Europeia C 310/261 7. PROTOCOLO RELATIVO AOS PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES DA UNIÃO EUROPEIA AS ALTAS PARTES CONTRATANTES, CONSIDERANDO QUE, ao abrigo do artigo III 434.

Leia mais

ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS

ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS Mantido pelo acórdão nº 34/10, de 17/12/10, proferido no recurso nº 14/10 Não transitado em julgado ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS Processo nº 187/2010 I OS FACTOS 1. O Município de Gondomar remeteu,

Leia mais

INSTITUTO PORTUGUÊS DE ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING DE LISBOA. Regulamento de provas de avaliação da capacidade para a frequência dos maiores de 23 anos

INSTITUTO PORTUGUÊS DE ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING DE LISBOA. Regulamento de provas de avaliação da capacidade para a frequência dos maiores de 23 anos INSTITUTO PORTUGUÊS DE ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING DE LISBOA Diário da República, 2.ª série N.º 186 26 de Setembro de 2006 Regulamento n.º 184/2006 Regulamento de provas de avaliação da capacidade para

Leia mais

Financiamento de Planos de Benefícios de Saúde através de Fundos de Pensões

Financiamento de Planos de Benefícios de Saúde através de Fundos de Pensões PROJECTO DE NORMA REGULAMENTAR Financiamento de Planos de Benefícios de Saúde através de Fundos de Pensões O Decreto-Lei n.º 12/2006, de 20 de Janeiro - que estabelece o regime jurídico da constituição

Leia mais

Regulamento Cursos de Pós Graduação

Regulamento Cursos de Pós Graduação A Associação Amigos da Grande Idade (AAGI) é uma entidade de direito privado, sem fim lucrativos, tendo por isso capacidade para desenvolver em colaboração com o Instituto Superior de Línguas e Administração

Leia mais

Caso Prático 2. O Ministro de Estado e das Finanças aprovou o seguinte despacho:

Caso Prático 2. O Ministro de Estado e das Finanças aprovou o seguinte despacho: Caso Prático 2 O Ministro de Estado e das Finanças aprovou o seguinte despacho: 1 O Instituto de Informática deve adquirir 200 servidores da marca ZXZ, por forma a garantir o correcto armazenamento do

Leia mais

REGULAMENTO DO CONSELHO DA COMUNIDADE DO ACES ALENTEJO CENTRAL 2

REGULAMENTO DO CONSELHO DA COMUNIDADE DO ACES ALENTEJO CENTRAL 2 REGULAMENTO DO CONSELHO DA COMUNIDADE DO ACES ALENTEJO CENTRAL 2 O Decreto-Lei n.º 28/2008 publicado em Diário da República, 1ª série, Nº 38, de 22 de Fevereiro de 2008, que criou os agrupamentos de Centros

Leia mais

REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS PELO MUNÍCIPIO DE MORA. Nota justificativa

REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS PELO MUNÍCIPIO DE MORA. Nota justificativa REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS PELO MUNÍCIPIO DE MORA Nota justificativa A prossecução do interesse público municipal concretizado, designadamente através de políticas de desenvolvimento cultural,

Leia mais

Regulamento de inventario e cadastro do património da Câmara de Vila Nova de Cerveira Nota justificação

Regulamento de inventario e cadastro do património da Câmara de Vila Nova de Cerveira Nota justificação Regulamento de inventario e cadastro do património da Câmara de Vila Nova de Cerveira Nota justificação Para cumprimento do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 51.º e alíneas d). f) e g) do n.º 2

Leia mais

Regulamento relativo à manutenção e inspecção de ascensores, monta-cargas, escadas mecânicas e tapetes rolantes da Câmara Municipal da Trofa

Regulamento relativo à manutenção e inspecção de ascensores, monta-cargas, escadas mecânicas e tapetes rolantes da Câmara Municipal da Trofa Regulamento relativo à manutenção e inspecção de ascensores, monta-cargas, escadas mecânicas e tapetes rolantes da Câmara Municipal da Trofa Aprovado em reunião de Câmara de 12 de Setembro de 2003 e em

Leia mais

formalizada por escritura pública de compra e venda, de 28 de Novembro de, entre a 1.ª Ré e os 2ºs Réus;

formalizada por escritura pública de compra e venda, de 28 de Novembro de, entre a 1.ª Ré e os 2ºs Réus; 1 Pº R. P. 170/2008 SJC-CT: Registo de acção de preferência pedido de cancelamento do registo de aquisição a favor do comprador e do registo de aquisição a favor de terceiro adquirente. DELIBERAÇÃO 1.

Leia mais

Ofício-Circulado 60009, de 21/05/1999 - Direcção de Serviços de Justiça Tributária

Ofício-Circulado 60009, de 21/05/1999 - Direcção de Serviços de Justiça Tributária Ofício-Circulado 60009, de 21/05/1999 - Direcção de Serviços de Justiça Tributária PLANOS PRESTACIONAIS - DEC-LEI Nº 124/96 REDUÇÃO DA TAXA DE JUROS DE MORA VINCENDOS CONSTITUIÇÃO DE GARANTIAS - DEC-LEI

Leia mais

Requisitos do Contrato de Arrendamento

Requisitos do Contrato de Arrendamento Requisitos do Contrato de Arrendamento Tendo sido aprovado o Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), pela Lei n.º 6/2006, de 27 de Fevereiro, importa publicar os diplomas necessários à sua completa

Leia mais

REGULAMENTO DO FUNDO DE GREVE E SOLIDARIEDADE

REGULAMENTO DO FUNDO DE GREVE E SOLIDARIEDADE REGULAMENTO DO FUNDO DE GREVE E SOLIDARIEDADE DIRECÇÃO DEZEMBRO DE 2009 REGULAMENTO DO FUNDO DE GREVE E SOLIDARIEDADE SECÇÃO I CONSTITUIÇÃO, UTILIZAÇÃO, GESTÃO E DESTINO DO FUNDO Artigo 1. Constituição

Leia mais

REGULAMENTO PARA A CREDITAÇÃO DA FORMAÇÃO. Artigo 1º Objectivo e âmbito

REGULAMENTO PARA A CREDITAÇÃO DA FORMAÇÃO. Artigo 1º Objectivo e âmbito REGULAMENTO PARA A CREDITAÇÃO DA FORMAÇÃO Artigo 1º Objectivo e âmbito 1. O presente Regulamento estabelece as normas relativas aos processos de creditação no ISCIA para efeitos do disposto no artigo 45.º

Leia mais

Município de Gouveia. Programa de apoio à criação de emprego no Concelho de Gouveia

Município de Gouveia. Programa de apoio à criação de emprego no Concelho de Gouveia Programa de apoio à criação de emprego no Concelho de Gouveia (Regulamento) Preâmbulo A promoção do desenvolvimento económico no Concelho de Gouveia está intimamente ligada à implementação de medidas de

Leia mais

REGULAMENTO DE CREDITAÇÃO DE FORMAÇÃO ACADÉMICA, OUTRA FORMAÇÃO E DE EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

REGULAMENTO DE CREDITAÇÃO DE FORMAÇÃO ACADÉMICA, OUTRA FORMAÇÃO E DE EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL REGULAMENTO DE CREDITAÇÃO DE FORMAÇÃO ACADÉMICA, OUTRA FORMAÇÃO E DE EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Preâmbulo No seguimento da terceira alteração ao Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março, introduzida pelo Decreto-Lei

Leia mais

Regime Jurídico da Concessão de Crédito à Habitação

Regime Jurídico da Concessão de Crédito à Habitação Regime Jurídico da Concessão de Crédito à Habitação Aprovado pelo Decreto-Lei n o 349/98, de 11 de Dezembro. O presente diploma entrou em vigor no dia imediato ao da sua publicação. A presente versão,

Leia mais

Recomendação n.º 8 /B/2004 [art.º 20.º, n.º 1, alínea b), da Lei n.º 9/91, de 9 de Abril]

Recomendação n.º 8 /B/2004 [art.º 20.º, n.º 1, alínea b), da Lei n.º 9/91, de 9 de Abril] Número: 8/B/2004 Data: 17-06-2004 Entidade visada: Ministra da Justiça Assunto: Código das Custas Judiciais Prazo de validade dos cheques. Decreto n.º 12 487, de 14 de Outubro de 1926 Prazo de reclamação

Leia mais

REGULAMENTO DE BENEFÍCIOS do Montepio Geral Associação Mutualista Título II DISPOSIÇÕES PARTICULARES - MODALIDADES INDIVIDUAIS

REGULAMENTO DE BENEFÍCIOS do Montepio Geral Associação Mutualista Título II DISPOSIÇÕES PARTICULARES - MODALIDADES INDIVIDUAIS Artigo 1.º (Definições e Interpretação) 1. Nesta Secção, os termos e expressões iniciados por maiúsculas têm o significado que lhes é atribuído no Título VI (Glossário) do Regulamento. 2. Em caso de conflito

Leia mais

FORMALIDADES PARA CRIAÇÃO DE EMPRESAS TIPOS DE SOCIEDADES

FORMALIDADES PARA CRIAÇÃO DE EMPRESAS TIPOS DE SOCIEDADES Associação Nacional de Jovens Empresários APOIO JURÍDICO FORMALIDADES PARA CRIAÇÃO DE EMPRESAS TIPOS DE SOCIEDADES ANJE - Associação Nacional de Jovens Empresários Casa do Farol Rua Paulo Gama s/n 4169-006

Leia mais

PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS E NÃO FINANCEIROS. Nota justificativa

PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS E NÃO FINANCEIROS. Nota justificativa PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS E NÃO FINANCEIROS Nota justificativa A prossecução do interesse público municipal nas áreas da cultura, da acção social, das actividades

Leia mais

REGULAMENTO DO CONSELHO FISCAL

REGULAMENTO DO CONSELHO FISCAL REGULAMENTO DO CONSELHO FISCAL O presente instrumento regulamenta a composição, exercício da competência, deveres, funcionamento e serviços de apoio do Conselho Fiscal da Sonae SGPS, SA. COMPOSIÇÃO 1.

Leia mais

REGULAMENTO MUNICIPAL DE EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE DE ARRUMADOR DE AUTOMÓVEIS

REGULAMENTO MUNICIPAL DE EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE DE ARRUMADOR DE AUTOMÓVEIS REGULAMENTO MUNICIPAL DE EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE DE ARRUMADOR DE AUTOMÓVEIS (Aprovado na 24ª Reunião Ordinária de Câmara Municipal realizada em 16 de Dezembro de 2003, na 2ª Reunião da 5ª Sessão Ordinária

Leia mais

Por despacho do Presidente da Assembleia da República de 26 de Julho de 2004, foi aprovado

Por despacho do Presidente da Assembleia da República de 26 de Julho de 2004, foi aprovado Regulamento dos Estágios da Assembleia da República para Ingresso nas Carreiras Técnica Superior Parlamentar, Técnica Parlamentar, de Programador Parlamentar e de Operador de Sistemas Parlamentar Despacho

Leia mais