ANÁLISE DE VARIEDADES DO PORTUGUÊS: A INTRODUÇÃO DE NOVAS FORMAS PRONOMINAIS NA IMPRENSA - SÉCULOS XIX e XX

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1 LOPES, C. R. S., MACHADO, A. C. M., VIANNA, J. B. S. ANÁLISE DE VARIEDADES DO PORTUGUÊS: A INTRODUÇÃO DE NOVAS FORMAS PRONOMINAIS NA IMPRENSA - SÉCULOS XIX E XX In: III CONGRESSO INTERNACIONAL DA ABRALIN, 2003, RIO DE JANEIRO. ANAIS DO III CONGRESSO INTERNACIONAL DA ABRALIN., v.1. p ANÁLISE DE VARIEDADES DO PORTUGUÊS: A INTRODUÇÃO DE NOVAS FORMAS PRONOMINAIS NA IMPRENSA - SÉCULOS XIX e XX Célia Regina dos Santos Lopes (UFRJ) Ana Carolina Morito Machado (CNPq/PIBIC/UFRJ) Juliana Barbosa de Segadas Vianna (CNPq/PIBIC/UFRJ) 1 RESUMO: O objetivo do trabalho é identificar as formas pronominais utilizadas na imprensa brasileira entre os séculos XIX e XX. Análises recentes mostram, com base em resultados quantitativos, que a perda da perda da propriedade de identificar sujeitos nulos no português do Brasil iniciou-se como resultado da substituição de tu/vós pela forma você(s) a partir dos anos 30 (Duarte, 1993) e de nós por a gente nos anos 70 e 90 (Lopes, 1999,2003). PALAVRAS-CHAVE: PRONOMES PESSOAIS, PORTUGUÊS BRASILEIRO, SUJEITO NULO. ABSTRACT: The aim of this paper is to identify the pronominal forms found in the written press in Brazilian Portuguese (PB) between 19 th /20 th centuries. Some recent analyses have argued, on the basis of quantitative results, that the lost of property to identify null subjects in PB began as a result of the replacement of 1) tu/vós (you) by vocês (you) in the 30 s (Duarte, 1993) and 2) nós (we) by a gente (one) in the 70's and 90's(Lopes, 1999, 2003). KEY-WORDS: PERSONAL PRONOUNS, BRAZILIAN PORTUGUESE, NULL SUBJECT. 1. Introdução Ao traçar o percurso histórico de gente > a gente, Lopes (1999, 2003) afirma que tal processo de gramaticalização se iniciou, em português, a partir do século XVIII, mas foi no século XIX que uso efetivo de a gente como pronome se intensificou, principalmente, no português do Brasil. É também por essa época que você(s) originada igualmente de uma forma nominal -- invade o nosso sistema pronominal substituindo o pronome vós, tido como traço arcaizante e de desprestígio (Cintra, 1972, Lopes, 2001, 2003a; Silva & Barcia, 2002, 2002a; Lopes & Duarte, 2002). 1 A aluna Amanda Barcellos Taranto Silva participou no levantamento e na codificação dos dados utilizados no trabalho.

2 A partir dessas referências diacrônicas, pretende-se acompanhar mais detidamente tal percurso histórico em um corpus constituído por anúncios classificados e propagandas -- publicados na imprensa dos séculos XIX e XX. A amostra utilizada é parte do corpus do Projeto VARPORT (Análise Contrastiva de Variedades do Português) (Brandão, 2002) e inclui anúncios publicados em jornais cariocas distribuídos por três fases históricas no século XIX ( , , ) e quatro no século XX ( , , , ). O objetivo do trabalho é, pois, mapear cronologicamente a entrada na modalidade escrita das novas formas pronominalizadas (a gente/você), procurando, ainda, confirmar, ou não, as hipóteses levantadas em outros trabalhos sobre o tema: 1) a perda da propriedade de licenciar e identificar sujeitos nulos no português do Brasil iniciou-se com a substituição dos pronomes tu/vós pela forma você(s) a partir dos anos 30 e com um uso crescente da forma pronominal a gente em detrimento do emprego do pronome nós nos anos 70 (Duarte, 1993) e 2) a forma inovadora (a gente) suplanta a forma conservadora (nós), tornando-se mais freqüente da década 70 para a década de 90 entre os falantes cultos (Lopes, 1999, 2003). Para acompanhar a cronologia proposta, identificando em que fase história as novas formas pronominais disseminadas na oralidade começam a dar sinais na escrita, não basta realizar um levantamento de dados a partir da primeira ocorrência identificada de você ou de a gente, mas acompanhar diacronicamente quais foram as diferentes estratégias utilizadas nos anúncios para se referir ao leitor ou para referência ao próprio anunciante. Por essa razão, foram controlados, nessa fase preliminar da pesquisa, os diferentes recursos lingüísticos empregados para (in)determinar o sujeito: formas nominais de tratamento, o uso do imperativo, o emprego do se, verbo na terceira pessoa do plural, pronomes indefinidos e pronomes das diversas pessoas (tu/você, nós/a gente). Diversos trabalhos realizados com base em amostras de língua oral e um número menor com amostras de escrita (cf. Almeida, 1992, Cunha, 1993, Cavalcante, 1999, 2002, entre outros) identificaram as principais estratégias de indeterminação do sujeito utilizadas em português. As formas pronominais você, a gente, verbo na 3 a pessoa do plural e nós são, segundo tais estudos, as mais freqüentes na fala. O uso de se apresenta, nessa modalidade, baixos índices de ocorrência. Com base em textos escritos, particularmente nos extraídos da imprensa, há dois trabalhos que norteiam a perspectiva aqui adotada. Cavalcante (1999, 2002) analisa o fenômeno a partir de editoriais, matérias assinadas e crônicas de jornais cariocas do século XIX e XX. Nessa amostra, o clítico se é o recurso mais produtivo em todos períodos controlados, seguido pelo uso de nós que apresenta índices semelhantes ao se no primeiro período do século XIX ( ), mas entra em declínio nas fases subseqüentes. As outras estratégias identificadas pela autora (verbo na 3ª pessoa do plural (P6), a gente e você) apresentam baixa produtividade na imprensa carioca nos períodos controlados (índices de freqüência em torno de 10%). Duarte & Lopes (2002) analisaram as cartas de leitores e redatores de jornais brasileiros do século XIX e atestaram basicamente três estratégias (se, 3 a pessoa do plural (P6) e 1 a pessoa do plural). O uso de se estratégia mais comum -- e a primeira pessoa do plural estão em competição durante todo o século XIX com uma freqüência média de 45%. Diferentemente dos corpora escritos formais que foram utilizados nesses trabalhos, propõe-se, nessa fase preliminar da pesquisa, a identificação dos diferentes recursos lingüísticos para (in)determinar o sujeito em um tipo de texto jormalístico anúncios publicitários -- mais apelativo, de comunicação direta, quase interpelativa, aproximando-se da modalidade falada. 2. Análise dos resultados

3 2.1 As estratégias utilizadas nos anúncios cariocas séculos XIX e XX: Partindo dos pressupostos teóricos da Sociolingüística Quantitativa de base laboviana, submetemos um total de 724 dados ao pacote computacional de regras variáveis (Programas VARBRUL), que calcula as freqüências de cada fator postulado. A amostra analisada constitui parte do corpus do projeto VARPORT (Análise Contrastiva de Variedades do Português) (Brandão, 2002) e inclui anúncios classificados e publicitários publicados em jornais cariocas distribuídos por 7 fases históricas nos séculos XIX e XX. O número de ocorrências de cada estratégia identificada na amostra consta das tabelas a seguir. A primeira delas refere-se às diferentes fases do século XIX e a segunda agrega os dados do século XX, também distribuídos por períodos históricos. Estratégias Se Pron 2 Imp. Imp. F.N. Nós Vós P6 Inf. Utilizadas Indef. P3 P2 Trat TOTAL dos dados Tabela 1: Número de ocorrências das estratégias utilizadas nos anúncios do século XIX Estratégias utilizadas Você Imp P3 Se Nós Pron. Indef. Imp. P2 Vós F. N. Trat. Imp P1 P6 A gente Inf TOTAL dos dados Tabela 2: Número de ocorrências das estratégias utilizadas nos anúncios do século XX Sendo um dos nossos principais objetivos descrever as diferentes estratégias utilizadas em anúncios publicitários para fazer referência ao leitor ou ao anunciante, levantamos, nesta fase preliminar, todos os recursos localizados nos dois séculos controlados (XIX e XX). No século XIX, localizaram-se 8 diferentes recursos, os quais estão ilustrados nos exemplos a seguir: (1) Empresta-se dinheiro, adiantando-se o valor integral das prestações annuaes dos contratos da Perseverança Brazileira, por caução dos mesmos contratos; na caixa economica da referida associação, á rua do Ouvidor, 2 Abreviaturas utilizadas nas tabelas: Pron. Indef. = pronome indefinido; Imp.P3 = formas imperativas de terceira pessoa do singular; Imp.P2 = formas imperativas de segunda pessoa do singular; F.N. Trat. = formas nominais de tratamento; Imp. P1 = formas imperativas de primeira pessoa do plural; P6 = verbo na terceira pessoa do plural; Inf = verbo no infinitivo.

4 número 81 João F. Clapp, director-gerente. (Código no VARPORT - E-B- 83-Ja-021) (2) Quem quizer uma Carruagem Ingleza de 4 rodas, muito ligeira, com caixa amarela, lanternas de patente, forrada de pano côr de pérola, com almofadas de marroquim encarnado e com os seus arreio competentes falle com Jorge Thomaz standfast morador na Rua Direita Número 33, que tão bem tem huns poucos de Barris de Manteiga, e queijos da primeira qualidade para vender. (Código no VARPORT- E-B-81-Ja-013) (3) Annuncia-se a sahida do 2o. Tomo das Memórias Historicas do Rio de Janeiro por Monsenhor Pizarro para que possão os Senhores subscritores procurá-lo nos lugares, em que fizerão as suas Assignaturas. (Código no VARPORT - E-B-81-Ja-036) (4) Vende-se hum Piano forte muito bom, quem o quizer comprar, falle na rua Direita nas loges das cazas Número 15. (Código no VARPORT - E-B-81- Ja-023) (5) Lembramos ao corpo eleitoral da corte os nomes dos seguintes distinctos cidadãos para deputados á futura assembléa geral legislativa. Os seus serviços civicos honram por de mais importantes charecteres e estamos convencidos de que a nossa lembrança merecerá a devida acquiescencia dos respeitaveis senhores eleitores. (Código no VARPORT - E-B-82-Ja-070) (6) Porquanto, se pretendeis nutrir vigorosamente a vossos filhinhos com plena confiança de não arruinar-lhes os tenros intestinos, quizerdes comprar generos de 1.ª qualidade e baratissimos, fazei as vossas compras nos armazens da Companhia Cooperativa Popular, na Rua da Carioca número 75. (Código no VARPORT - E-B-83-Ja-069) (7) Curar as constipações e influenza em um a tres dias, com o A //línu//a Sali//wn, marca Coelho: em todas as pharmacias e drogarias. (Código no VARPORT - E-B-83-Ja-087) (8) Chapelaria do Globo Figueiredo & Irmão. Completo sortimento de chapeos para homens, meninos e meninas, tudo por preços resumidos. Recebem tudo directamente de Paris. (Código no VARPORT - E-B-83-Ja- 015) No século XX, além das estratégias já identificadas e apresentadas nos exemplos, localizaram-se, principalmente a partir dos anos 50, 100 casos de você(s). Interessante observar que só foram identificados dados do pronome vós, pleno ou nulo, nos anúncios levantados até 1949, evidenciando a hipótese que a substituição deu-se primeiramente

5 no plural. Contrariando as nossas expectativas, encontramos apenas um caso de a gente na última fase analisada ( ): (9) No Bingo Arpoador você encontra tudo o que precisa para garantir a sua diversão. (Código no VARPORT- E-B-94-Ja-012) (10) Você compra um PageNet, usa e, se depois de 4 meses você não estiver satisfeito, a gente compra o seu PageNet de volta. (Código no VARPORT- E-B-94-Ja-017) Curiosamente foram localizados na primeira e segunda fases do século XX, quatro ocorrências da forma nominal de tratamento Vossa Senhoria. (11) Porque V. S. não adquire, emquanto é tempo, um lote de terreno para a construcção de sua casa? (Código no VARPORT - E-B-92-Ja-001) 2.2 O percurso histórico das estratégias de (in)determinação em anúncios: Estratégias de (in)determinação em anúncios dos séculos XIX-XX no PB % Fases históricas Se Pron. Ind. Imp. F.Nom. Nós Você Vós Gráfico 1: Distribuição das estratégias mais recorrentes utilizadas em anúncios cariocas dos séculos XIX e XX Como se observa no gráfico 1, predominam nos anúncios, no início do século XIX (1ª fase), basicamente duas estratégias que apresentam índices de freqüência idênticos:

6 pronome indefinido, principalmente a forma quem, e o imperativo com 36%. O segundo recurso mais freqüente nessa fase é o se com 26%. A partir da segunda fase, há uma mudança abrupta no traçado das linhas, verifica-se uma ascendência significativa do se com 73% em oposição aos outros recursos que apresentam índices na faixa dos 10% (pronome indefinido 9%, formas nominais de tratamento 10%, imperativo 5% e nós 3%). Tal comportamento lingüístico se mantém estável até basicamente a primeira fase do século XX. É importante lembrar que no final do século XIX e início do XX, segundo Pagotto (1998), a norma culta brasileira sofre um processo de lusitanização. Os altos índices de se, a partir da segunda metade do século XIX, também aparecem nos resultados de Cavalcante (1999, 2002) e Duarte e Lopes (2002). O declínio no emprego do se 3 corresponde ao surgimento e crescimento de outras estratégias de (in)determinação do sujeito, pois entre o final do século XIX e início do XX, as formas de imperativo, o pronome nós e as formas nominais de tratamento tornam-se gradativamente recursos mais usuais, fato que se estende até meados do século XX ( ). Dessa fase em diante, implementa-se o uso de você, que emerge a partir de com 38% de freqüência alcançando 60% na última fase controlada. Observa-se que a entrada de você a partir dos anos 50 evidencia uma ruptura no comportamento identificado até então, uma vez que seu uso suplanta de maneira significativa as demais estratégias levantadas. Embora diversos trabalhos realizados, com base em outros corpora, tenham mostrado a intensificação do uso de você nos fins do século XIX (Lopes e Duarte, 2002) e a sua implementação em substituição ao tu/vós, a partir dos anos 30 (Duarte, 1993), nossos resultados mostram que o reflexo desse uso na imprensa, particularmente em anúncios publicitários, ocorre um pouco mais tarde. Tal implementação, entretanto, como se vê, dá-se de forma decisiva da segunda metade do século XX em diante, tornando-se a estratégia mais freqüente a partir de então nesse tipo de anúncio. É interessante observar também o uso do pronome nós que, após experimentar uma pequena elevação nas últimas duas fases do século XIX (3% dos usos entre os anos de 1841 e 1870 e 7% entre os anos de 1871e 1900), chega a seu ápice no primeiro quarto do século XX, obtendo 16% de freqüência. A partir dessa fase, o emprego de tal estratégia cai e passa a variar em torno de 5% a 10%. Embora tenha sido localizado apenas um dado de a gente, como mencionado anteriormente, faz-se necessário ressaltar sua presença justamente na última fase do século XX, confirmando assim a hipótese inicial de Lopes (1999, 2003) sobre o uso dessa forma inovadora entre as décadas de 70 e 90, pelo menos na fala culta carioca. É de fundamental relevância lembrar que considerável parte do corpus utilizado corresponde a anúncios publicitários, os quais eram menos freqüentes antes da década de 30 do século XX, devido ao pequeno grau de industrialização que experimentava o país e, como vimos, tal fato interferiu nos resultados relativos ao emprego do se. 2.3 O Português do Brasil como língua de sujeito pleno: os recursos de (in)determinação do sujeito nos dois períodos 3 Cabe ressaltar que o declínio surpreendente do se deveu-se principalmente à incidência significativa na amostra de anúncios publicitários no século XX. Numa fase posterior da pesquisa, será necessário analisarmos separadamente os anúncios publicitários dos classificados, nos quais a freqüência de se é praticamente categórica.

7 EXPRESSÃO DO PRONOME SUJEITO NO SÉCULO XIX Se Pron. Indef. Imp. F. N. Trat Nós Vós TOTAL Pleno % 1-1% 16-16% 1-1% 0-0% 102 Nulo % 0-0% 11-11% 3-3% 103 Tabela 3: Número de ocorrências das principais estratégias utilizadas e a forma de representação: século XIX EXPRESSÃO DO PRONOME SUJEITO NO SÉCULO XX Se Pron. Indef. Imp. F. N. Trat Nós Você Vós TOTAL Pleno % 1-1% 5-5% 4-4% 80-81% 0-0% 99 Nulo 0 2-1% % 1-1% 23-15% 18-12% 3-2% 154 Tabela 4: Número de ocorrências das principais estratégias utilizadas e a forma de representação: século XX As formas nominais e os pronomes indefinidos (sem marcas desinenciais) apresentam índices mais altos como sujeito pleno em ambos os séculos. As formas pronominais (com marcas flexionais de P4 e P5 4 ), por sua vez, aparecem predominantemente nulas nos dois períodos. É importante lembrar que o emprego do se apresenta-se em uma categoria particular porque é sempre considerado pleno. Com relação ao você pronominalizado, observa-se o predomínio do seu uso como sujeito preenchido (80%). É interessante observar que a marca flexional não deve ser interpretada como o único elemento favorecedor do preenchimento do sujeito, uma vez que no mapeamento cronológico do pronome nós, como pode ser visto no gráfico 2, constatamos um uso categoricamente nulo até 1949, quando começa também a aparecer como sujeito pleno. Tal resultado referenda a hipótese de Duarte (1993) de que o Português do Brasil está perdendo a propriedade de licenciar e identificar sujeitos nulos. Gráfico 2: Uso de nós e você como sujeito pleno em anúncios cariocas - Séculos XIX e XX % Nós 30 Você Séculos 4 Utiliza-se a terminologia de Camara Jr. (1970), P4 (primeira pessoa do plural) e P5 (segunda pessoa do plural).

8 4. Considerações Finais Em síntese observou-se, a partir de uma análise preliminar em anúncios cariocas dos séculos XIX e XX, que em termos cronológicos há, em princípio, três grandes momentos históricos: a) A partir do início do século XIX até a década de 40 do mesmo século, observouse o predomínio do uso de pronomes indefinidos e da forma de imperativo como as estratégias mais usuais de (in)determinação do sujeito e/ou de se referir ao leitor. b) Da metade do século XIX até meados do século XX, com a lusitanização da norma culta brasileira (Pagotto, 1998), verificou-se uma ascendência significativa do uso da partícula se em detrimento dos outros recursos encontrados. c) Na última fase, basicamente dos anos 50 em diante, observa-se que o uso de você como sujeito preenchido suplanta as demais estratégias identificadas nos anúncios publicitários, tornando-se o recurso mais freqüente em uma língua que gradativamente deixa de licenciar sujeitos nulos. 5. Referências bibliográficas: ALMEIDA, Maria Lúcia Leitão de. (1992). Sujeito indeterminado na fala. Rio de Janeiro. Tese de Doutorado em Lingüística Faculdade de Letras, UFRJ (mimeo.) BRANDÃO, Silvia Figueiredo et alii (2002). Corpora diacrônicos do Projeto Análise contrastiva de variedades do português (VARPORT) Rio de Janeiro, Página do projeto VARPORT na rede mundial de computadores. CAVALCANTE, Silvia Regina de O. (1999). A indeterminação do sujeito na escrita padrão: a imprensa carioca dos séculos XIX e XX. Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Letras, UFRJ, (mimeo.).. (2002) Formas de indeterminação na imprensa carioca dos séculos XIX e XX. In: ALKMIN, Tânia Maria (Org.) Para a História do Português Brasileiro Novos estudos. Vol. 3, São Paulo, Humanitas/FFLCH/USP, CINTRA, L. F. (1972) Sobre Formas de Tratamento na Língua Portuguesa. Lisboa, Livros Horizonte. CUNHA, Claudia de S. (1993). Indeterminação Pronominal do sujeito. Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Letras, UFRJ, (mimeo.) DUARTE, M. Eugênia L. (1993). Do pronome nulo ao pronome pleno: a trajetória do sujeito no português do Brasil. In: ROBERTS, I., KATO, M. A.(orgs.) Português Brasileiro: uma viagem diacrônica. Campinas, Ed. da UNICAMP. p

9 (1995) A perda do princípio Evite Pronome no português brasileiro. Tese de Doutorado, UNICAMP, Campinas, SP. & LOPES, Célia Regina dos Santos (2002). Realizaram, realizou-se ou realizamos...? As formas de indeterminação do sujeito em cartas de jornais do século XIX. In: Duarte, Maria Eugênia & CALLOU, Dinah. (Org.) Para a História do Português Brasileiro Notícias de corpora e outros estudos. Vol. 4. Rio de Janeiro, FAPERJ/Letras/UFRJ, p FARACO, Carlos Alberto (1996). O tratamento você em português: uma abordagem histórica. In: Fragmenta 13, Publicação do Curso de Pós-Graduação em Letras da UFPR. Curitiba, Editora da UFPR. LABOV, William (1994): Principles of Linguistic Change: Internal Factors, Oxford, Blackwell. LOPES, Célia Regina dos Santos (1999). A inserção de a gente no quadro pronominal do português: percurso histórico. Rio de Janeiro, Tese de Doutorado, Letras/UFRJ.. (2001). Processo evolutivo de Vossa Mercê > Você (português) e Vuestra Merced > Usted (espanhol). II Congresso Internacional da ABRALIN- Associação Brasileira de Lingüística. Fortaleza, publicação on-line (2003). A inserção de a gente no quadro pronominal do português. Frankfurt/Madri. Vervuert/Iberoamericana, vol. 18. (2003a) Vossa Mercê > você e Vuestra Merced > usted: o percurso evolutivo ibérico. Lingüística - publicação da ALFAL, vol. 14, (a sair). & DUARTE, Maria Eugênia Lamoglia. (2002) De Vossa Mercê a você : a pronominalização de nominais nos séculos XVIII e XIX. Comunicação apresentada no XVII Encontro Nacional da ANPOLL. Gramado, UFRS (a sair) MOLLICA, M. Cecília de M. & Braga, M. Luiza (orgs.) (2003) Introdução à Sociolingüística o tratamento da variação. São Paulo: Contexto. PAGOTTO, Emílio (1998). Norma e condescendência - ciência e pureza. In: Línguas e Instrumentos Lingüísticos, 2, RUMEU, Marcia Cristina de Britto (2001). Reflexões acerca da pronominalização de Vossa Mercê na língua portuguesa. Monografia apresentada no curso História da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Pós-Graduação em Letras Vernáculas/Faculdade de Letras da UFRJ, mimeo. SILVA, Andreza & BARCIA, Lucia Rosado (2002). O tratamento no teatro popular no Brasil e em Portugal dos séculos XVIII e XIX. Comunicação apresentada no L Encontro do GEL, São Paulo: USP. (2002a) Vossa mercê, você, vós ou tu? A flutuação de formas em cartas cariocas dos séculos XVIII e XIX. Ao Pé da Letra, Recife, 4(1) WEINREICH, U., LABOV, W. & HERZOG, M. I, (1968). Empirical foundations for a theory of language change. In: LEHMANN, W & MALKIEL, Y., ed. Directions for historical linguistics. Austin, University of Texas Press.

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