MUNICÍPIOS NORTE MINEIROS DE BAIXO IDH-M: UM OLHAR A PARTIR DE DADOS SECUNDÁRIOS

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1 ge MUNICÍPIOS NORTE MINEIROS DE BAIXO IDH-M: UM OLHAR A PARTIR DE DADOS SECUNDÁRIOS

2 MUNICÍPIOS MORTE MINEIROS DE BAIXO IDH-M: um olhar a partir de dados secundários

3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA - UFJV Reitor Professor Dr. Henrique Duque de Miranda Chaves Filho Vice - Reitor Professor José Luiz Rezende Pereira Pró-Reitora de Pesquisa Professora Drª. Marta Tavares D'Agosto CENTRO DE PESQUISAS SOCIAIS Diretor Professor Paulo Cesar Pontes Fraga Projeto 10Envolver Análise dos dados Gláucia Fialho Fonseca Janaina Sara Lawall Paulo Cesar Pontes Fraga Assistentes de pesquisa Ana Paula Alves da Cruz Luciana Andrade Sampaio Sheila Cristina Gonçalves CENTRO DE PESQUISAS SOCIAIS Campus Universitário / UFJF Juiz de Fora Minas Gerais - CEP.: Tel: (32) / 3122 / 3154 Home-page: / pesquisa.cps@ufjf.edu.brao

4 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES Reitor Professor João dos Reis Canela Vice-Reitora Professora Maria Ivete Soares de Almeida Pró-Reitor de Ensino Professor João Felício Rodrigues Neto Pró-Reitor de Pesquisa Professor Vicente Ribeiro Rocha Júnior Pró-Reitora de Extensão Professora Marina Ribeiro Queiróz Núcleo de Estudos, Pesquisas e Intervenções em Serviço Social NEPISS Professora MSc.Geusiani Pereira Silva e Nascimento Projeto 10Envolver equipe Norte de Minas Professora Drª Jussara Machado Jardim Professora MSc.Tathiane Paraiso da Silva Professora MSc.Geusiani Pereira Silva e Nascimento Estagiário de Serviço Social Weslley Ribeiro Carvalho Pimenta Campus Universitário Professor Darcy Ribeiro Avenida Rui Braga, s/n - Vila Mauricéia - CEP Montes Claros/MG - (38)

5 LISTA DE FIGURAS Figura 1.1. Delimitação territorial do município de Bonito de Minas Figura 1.2. Indicação espacial dos municípios Bonito de Minas, Januária, Montes Claros e Belo Horizonte Figura 1.3. Foto aérea de Bonito de Minas (parcial) Figura 2.1. Delimitação territorial do município de Fruta de Leite Figura 2.2. Indicação espacial dos municípios Fruta de Leite, Salinas e Belo Horizonte Figura 2.3. Imagem aérea de Fruta de Leite (parcial) Figura 3.1. Delimitação territorial do município de Gameleiras: Figura 3.2. Indicação espacial dos municípios Gameleiras, Janaúba, Montes Claros e Belo Horizonte Figura 3.3. Foto aérea de Gameleiras (parcial) Figura 4.1. Delimitação territorial do município de Indaiabira Figura 4.2. Indicação espacial dos municípios Indaiabira, Salinas, Montes Claros e Belo Horizonte Figura 4.3. Foto aérea de Indaiabira (parcial) Figura 5.1. Delimitação territorial do município de Pai Pedro Figura 5.2. Indicação espacial dos municípios Pai Pedro, Janúba, Montes Claros e Belo Horizonte Figura 5.3. Foto aérea de Pai Pedro (parcial) Figura 6.1. Indicação Espacial dos Municípios 10Envolver e Belo Horizonte

6 LISTA DE TABELAS Tabela 1.1. População residente por sexo: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Tabela 1.2. Percentual da população residente segundo situação do domicílio: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Tabela 1.3. Percentual da população rural composta por homens: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Tabela 1.4. Distribuição percentual dos domicílios particulares permanentes por situação: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Tabela 1.5. Distribuição percentual da população por faixa etária: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Tabela 1.6. Distribuição percentual da população por cor / raça: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Tabela 1.7. Indicativos sobre as situações de vulnerabilidade social em Bonito de Minas (2013) Tabela 1.8. Indicativo do acesso aos serviços públicos básicos em Bonito de Minas (em %) 1991 a Tabela 1.9. Frota de veículos circulantes em Bonito de Minas Tabela Dados gerais sobre meio ambiente em Bonito de Minas Tabela Pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas (em %): Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Tabela Índice de Desenvolvimento Familiar e seus componentes em Bonito de Minas Tabela Distribuição percentual da população por tipo de deficiência: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Tabela Identificação da população com algum grau de dificuldade físico-motora e/ou deficiências de Bonito de Minas Tabela Equipamentos e dados gerais sobre segurança pública em Bonito de Minas Tabela 2.1. População residente por sexo: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Tabela 2.2. Percentual da população residente segundo situação do domicílio: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite

7 Tabela 2.3. Percentual da população rural composta por homens: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Tabela 2.4. Distribuição percentual dos domicílios particulares permanentes por situação: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Tabela 2.5. Distribuição percentual da população por faixa etária: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Tabela 2.6. Distribuição percentual da população por cor / raça: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Tabela 2.7. Frota de veículos circulantes em Fruta de Leite Tabela 2.8. Dados gerais sobre meio ambiente em Fruta de Leite Tabela 2.9. Pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas (em %): Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Tabela Índice de Desenvolvimento Familiar e seus componentes em Fruta de Leite Tabela Indicativos sobre as situações de vulnerabilidade social existentes em Fruta de Leite (2013) Tabela Distribuição percentual da população por tipo de deficiência: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Tabela Identificação da população com algum grau de dificuldade físico-motora e/ou deficiências de Fruta de Leite Tabela Ocupação da população de 18 anos ou mais - Fruta de Leite - MG Tabela Equipamentos e dados gerais sobre segurança pública em Fruta de Leite Tabela 3.1. População residente por sexo: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Tabela 3.2. Percentual da população residente segundo situação do domicílio: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Tabela 3.3. Percentual da população rural composta por homens: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Tabela 3.4. Distribuição percentual dos domicílios particulares permanentes por situação: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Tabela 3.5. Distribuição percentual da população por faixa etária: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras

8 Tabela 3.6. Distribuição percentual da população por cor / raça: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Tabela Indicadores de Habitação - Gameleiras - MG Tabela 3.8. Frota de veículos circulantes em Gameleiras Tabela 3.9. Dados gerais sobre meio ambiente em Gameleiras Tabela Pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas (em %): Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Tabela Índice de Desenvolvimento Familiar e seus componentes em Gameleiras Tabela Indicativos das situações de Vulnerabilidade Social - Gameleiras - MG Tabela Distribuição percentual da população por tipo de deficiência: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Tabela Ocupação da população de 18 anos ou mais - Gameleiras - MG Tabela Equipamentos e dados gerais sobre segurança pública em Gameleiras Tabela 4.1. População residente por sexo: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Tabela 4.2. Percentual da população residente segundo situação do domicílio: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Tabela 4.3. Percentual da população rural composta por homens: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Tabela 4.4. Distribuição percentual dos domicílios particulares permanentes por situação: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Tabela 4.5. Distribuição percentual da população por faixa etária: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Tabela 4.6. Indicadores de esperança de vida ao nascer e taxa de envelhecimento Tabela 4.7. Distribuição percentual da população por cor / raça: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Tabela 4.8.Frota de veículos circulantes em Indaiabira Tabela 4.9. Dados gerais sobre meio ambiente em Indaiabira

9 Tabela Pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas (em %): Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Tabela Índice de Desenvolvimento Familiar e seus componentes em Indaiabira Tabela Vulnerabilidade social Tabela Distribuição percentual da população por tipo de deficiência: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Tabela Equipamentos e dados gerais sobre segurança pública em Indaiabira Tabela 5.1. População residente por sexo: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Tabela 5.2. Percentual da população residente segundo situação do domicílio: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Tabela 5.3. Percentual da população rural composta por homens: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Tabela 5.4. Distribuição percentual dos domicílios particulares permanentes por situação: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Tabela 5.5. Distribuição percentual da população por faixa etária: Brasil, MinasGerais e Pai Pedro Tabela 5.6. Distribuição percentual da população por cor / raça: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Tabela 5.7.Frota de veículos circulantes em Pai Pedro Tabela 5.8. Dados gerais sobre meio ambiente em Pai Pedro Tabela 5.9. Pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas (em %): Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Tabela Índice de Desenvolvimento Familiar e seus componentes em Pai Pedro Tabela Distribuição percentual da população por tipo de deficiência: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Tabela 5.12 Equipamentos e dados gerais sobre segurança pública em Pai Pedro

10 LISTA DE QUADROS Quadro 1.1. Dados gerais sobre infraestrutura e saneamento em Bonito de Minas (em %) Quadro 1.2. Dados gerais sobre educação em Bonito de Minas Quadro 1.3. IDEB de Bonito de Minas Quadro 1.4. Dados gerais sobre a Biblioteca Municipal em Bonito de Minas Quadro 1.5. Dados gerais sobre a gestão da assistência social em Bonito de Minas Quadro 1.6. Dados sobre famílias, CadUnico e Bolsa Família em Bonito de Minas Quadro 1.7. Mapa de Pobreza e Desigualdade do Conjunto dos Municípios Brasileiros e de Bonito de Minas Quadro 1.8. Indicativos de renda, pobreza e desigualdade em Bonito de Minas a Quadro 1.9. Porcentagem da Renda Apropriada por Estratos da População - Bonito de Minas - MG Quadro Existência de conselhos municipais em Bonito de Minas Quadro Dados gerais sobre situação da saúde em Bonito de Minas Quadro Dados gerais sobre saúde - atenção básica - em Bonito de Minas Quadro Taxa de mortalidade infantil e Número de óbitos infantis em Bonito de Minas Quadro Dados gerais sobre renda e emprego em Bonito de Minas 2000 e Quadro Grandes grupos ocupacionais Quadro Grandes grupos ocupacionais por remuneração média e número de postos em Bonito de Minas e Quadro Ocupação da população de 18 anos ou mais - Bonito de Minas MG ( ) Quadro Produtos da lavoura temporária em Bonito de Minas

11 Quadro Dados sobre produção pecuária em Bonito de Minas Quadro Capacidade de aplicação da lei em Bonito de Minas Quadro 2.1. Dados gerais sobre infraestrutura e saneamento em Fruta de Leite (em %) Quadro 2.2. Dados gerais sobre educação: em Fruta de Leite Quadro 2.3. IDEB de Fruta de Leite Quadro 2.4. Dados gerais sobre a Biblioteca Municipal em Fruta de Leite Quadro 2.5. Dados gerais sobre a gestão da assistência social em Fruta de Leite Quadro 2.6. Dados sobre famílias, CadUnico e Bolsa Família em Fruta de Leite Quadro 2.7. Identificação do número de atendidos pelos benefícios sociais da Política de Assistência Social em Fruta de Leite agosto de Quadro 2.8. Resultados do Acompanhamento Quadro 2.9. Mapa de Pobreza e Desigualdade do Conjunto dos Municípios Brasileiros e de Fruta de Leite Quadro Conselhos municipais existentes em Fruta de Leite Quadro Dados gerais sobre situação da saúde em Fruta de Leite Quadro Dados gerais sobre saúde - atenção básica - em Fruta de Leite Quadro Taxa de mortalidade infantil e Número de óbitos infantis em Fruta de Leite Quadro Dados gerais sobre renda e emprego em Fruta de Leite 2000 e Quadro Grandes grupos ocupacionais Quadro Grandes grupos ocupacionais por remuneração média e número de postos em Fruta de Leite e Quadro Produção agrícola na lavoura permanente em Fruta de Leite

12 Quadro Produção agrícola na lavoura temporária em Fruta de Leite Quadro Dados sobre produção pecuária em Fruta de Leite Quadro Capacidade de aplicação da lei em Fruta de Leite Quadro 3.1. Dados gerais sobre infraestrutura e saneamento em Gameleiras (em %) Quadro 3.2. Dados gerais sobre educação em Gameleiras Quadro 3.3. IDEB Gameleiras Quadro 3.4. Dados gerais sobre a Biblioteca Municipal em Gameleiras Quadro 3.5. Dados gerais sobre a gestão da assistência social em Gameleiras Quadro 3.6. Dados sobre famílias, CadUnico e Bolsa Família em Gameleiras Quadro 3.7. Mapa de Pobreza e Desigualdade do Conjunto dos Municípios Brasileiros e de Gameleiras Quadro 3.8. Conselhos municipais existentes em Gameleiras Quadro 3.9. Dados gerais sobre situação da saúde em Gameleiras Quadro Dados gerais sobre saúde - atenção básica - em Gameleiras Quadro Taxa de mortalidade infantil e Número de óbitos infantis em Gameleiras Quadro Dados gerais sobre renda e emprego em Gameleiras 2000 e Quadro Grandes grupos ocupacionais Quadro Grandes grupos ocupacionais por remuneração média e número de postos em Gameleiras e Quadro Produção agrícola na lavoura permanente em Gameleiras Quadro Produção agrícola na lavoura temporária em Gameleiras Quadro Dados sobre produção pecuária em Gameleiras

13 Quadro Capacidade de aplicação da lei em Gameleiras Quadro 4.1. Dados gerais sobre infraestrutura e saneamento em Indaiabira(em %) Quadro 4.2. Dados gerais sobre educação emindaiabira Quadro 4.3.Dados gerais sobre a Biblioteca Municipal em Indaiabira Quadro 4.4. Dados gerais sobre a gestão da assistência social em Indaiabira Quadro 4.5.Dados sobre famílias, CadUnico e Bolsa Família em Indaiabira Quadro 4.6. Mapa de Pobreza e Desigualdade do Conjunto dos Municípios Brasileiros e de Indaiabira Quadro 4.7. Conselhos municipais existentes em Indaiabira Quadro 4.8. Dados gerais sobre situação da saúde em Indaiabira Quadro 4.9. Dados gerais sobre saúde - atenção básica - em Indaiabira Quadro Taxa de mortalidade infantil e Número de óbitos infantis em Indaiabira Quadro Dados gerais sobre renda e emprego em Indaiabira 2000 e Quadro Grandes grupos ocupacionais Quadro Grandes grupos ocupacionais por remuneração média e número de postos em Indaiabira e Quadro Produção agrícola na lavoura permanente em Indaiabira Quadro Produção agrícolana lavoura temporária em Indaiabira Quadro Dados sobre produção pecuária em Indaiabira Quadro 4.17.Capacidade de aplicação da lei em Indaiabira Quadro 5.1. Dados gerais sobre infraestrutura e saneamento em Pai Pedro (em %) Quadro 5.2. Dados gerais sobre educação em Pai Pedro

14 Quadro 5.3. Dados gerais sobre a Biblioteca Municipal em Pai Pedro Quadro 5.4. Dados gerais sobre a gestão da assistência social em Pai Pedro Quadro 5.5.Dados sobre famílias, CadUnico e Bolsa Família em Pai Pedro Quadro 5.6. Mapa de Pobreza e Desigualdade do Conjunto dos Municípios Brasileiros e de Pai Pedro Quadro 5.7. Conselhos municipais existentes em Pai Pedro Quadro 5.8. Dados gerais sobre situação da saúde em Pai Pedro Quadro 5.9. Dados gerais sobre saúde - atenção básica - em Pai Pedro Quadro Taxa de mortalidade infantil e Número de óbitos infantis em Pai Pedro Quadro Dados gerais sobre renda e emprego em Pai Pedro 2000 e Quadro Grandes grupos ocupacionais Quadro Grandes grupos ocupacionais por remuneração média e número de postos em Pai Pedro e Quadro Produção agrícola na lavoura permanente em Pai Pedro Quadro Produção agrícola na lavoura temporária em Pai Pedro Quadro Dados sobre produção pecuária em Pai Pedro Quadro Capacidade de aplicação da lei Pai Pedro Quadro 6.1. Crescimento da frota de veículos circulantes nos municípios 10Envolver 2005 e Quadro 6.2. Taxa de mortalidade por homicídio na população total nos municípios 10Envolver 2010 (por 100 mil habitantes) Quadro 6.3. Dados gerais sobre renda e emprego nos municípios 10Envolver

15 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1.1. População masculina (em %): Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Gráfico 1.2. População rural (em %): Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Gráfico 1.3. Distribuição percentual da população residente na área rural por sexo: Bonito de Minas Gráfico 1.4. Distribuição percentual dos domicílios particulares permanentes por situação: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Gráfico 1.5. Média de moradores em domicílios particulares ocupados (Pessoas): Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Gráfico 1.6. Distribuição da população por número de moradores em domicílios particulares ocupados (em %): Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Gráfico 1.7. Distribuição percentual da população por faixa etária: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Gráfico 1.8. Distribuição percentual da população por cor/raça ( Branca e Parda ): Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Gráfico 1.9. Crescimento da frota de veículos circulantes em Bonito de Minas Gráfico Percentual de pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Gráfico Pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas por FAIXA ETÁRIA (em %): Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Gráfico Percentual da população com pelo menos nível superior (graduação) concluído: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas

16 Gráfico Indicadores que compõem o Mapa de Pobreza e Desigualdade: Bonito de Minas e Conjunto dos Municípios Brasileiros Gráfico Evolução da Taxa de mortalidade infantil: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Gráfico Distribuição percentual da população por tipo de deficiência: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Gráfico IDH-M de municípios mineiros selecionados Gráfico Composição do PIB a preços correntes em Bonito de Minas 2010 (em mil reais) Gráfico Evolução do número de postos de trabalho em Bonito de Minas 2008 e 2011 (três grup0s com maior número de postos em 2011) Gráfico 2.1. População masculina (em %): Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Gráfico 2.2. População rural (em %): Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Gráfico 2.3. Distribuição percentual da população residente na área rural por sexo: Fruta de Leite Gráfico 2.4. Distribuição percentual dos domicílios particulares permanentes por situação: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Gráfico 2.5. Média de moradores em domicílios particulares ocupados (Pessoas): Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Gráfico 2.6. Distribuição da população por número de moradores em domicílios particulares ocupados (em %): Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Gráfico 2.7. Distribuição percentual da população por faixa etária: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Gráfico 2.8. Distribuição percentual da população por cor/raça ( Branca e Parda ): Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Gráfico 2.9. Crescimento da frota de veículos circulantes em Fruta de Leite

17 Gráfico Percentual de pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Gráfico Pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas por FAIXA ETÁRIA (em %): Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Gráfico Percentual da população com pelo menos nível superior (graduação) concluído: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Gráfico Indicadores que compõem o Mapa de Pobreza e Desigualdade: Fruta de Leite e Conjunto dos Municípios Brasileiros Gráfico Evolução da Taxa de mortalidade infantil: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Gráfico Distribuição percentual da população por tipo de deficiência: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Gráfico IDH-M de municípios mineiros selecionados Gráfico Composição do PIB a preços correntes em Fruta de Leite 2010 (em mil reais) Gráfico Evolução do número de postos de trabalho em Fruta de Leite e 2011 (três grupos com maior número de postos em 2011) Gráfico 3.1. População masculina (em %): Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Gráfico 3.2. População urbana (em %): Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Gráfico 3.3. Distribuição percentual da população residente na área rural por sexo: Gameleiras Gráfico 3.4. Média de moradores em domicílios particulares ocupados (Pessoas): Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Gráfico 3.5. Distribuição da população por número de moradores em domicílios particulares ocupados (em %): Brasil, Minas Gerais e Gameleiras

18 Gráfico 3.6. Distribuição percentual da população por faixa etária: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Gráfico 3.7. Distribuição percentual da população por cor/raça ( Branca, Parda e Preta ): Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Gráfico 3.8. Dados gerais sobre infraestrutura e saneamento em Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Gráfico 3.9. Crescimento da frota de veículos circulantes em Gameleiras Gráfico Percentual de pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Gráfico Pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas por FAIXA ETÁRIA (em %): Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Gráfico Percentual da população com pelo menos nível superior (graduação) concluído: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Gráfico Indicadores que compõem o Mapa de Pobreza e Desigualdade: Gameleiras e Conjunto dos Municípios Brasileiros Gráfico Evolução da Taxa de mortalidade infantil: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras 2007 e Gráfico Distribuição percentual da população por tipo de deficiência: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Gráfico IDH-M de municípios mineiros selecionados Gráfico Composição do PIB a preços correntes em Gameleiras 2010 (em mil reais) Gráfico Evolução do número de postos de trabalho em Gameleiras 2008 e 2011 (três grupos com maior número de postos em 2011) Gráfico 4.1. População masculina (em %): Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Gráfico 4.2.População urbana (em %): Brasil, Minas Gerais e Indaiabira

19 Gráfico 4.3.Distribuição percentual da população residente na área rural por sexo: Indaiabira Gráfico 4.4. Distribuição percentual dos domicílios particulares permanentes por situação: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Gráfico 4.5. Média de moradores em domicílios particulares ocupados (Pessoas): Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Gráfico 4.6. Distribuição da população por número de moradores em domicílios particulares ocupados (em %):Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Gráfico 4.7. Distribuição percentual da população por faixa etária: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Gráfico 4.8. Distribuição percentual da população por cor/raça ( Branca, Parda e Preta ):Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Gráfico 4.9.Dados gerais sobre infraestrutura e saneamento em Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Gráfico 4.10.Crescimento da frota de veículos circulantes em Indaiabira Gráfico 4.11.Percentual de pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Gráfico Pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas por FAIXA ETÁRIA (em %): Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Gráfico Percentual da população com pelo menos nível superior (graduação) concluído: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Gráfico Fluxo Escolar por Faixa Etária Indaiabira Gráfico Indicadores que compõem o Mapa de Pobreza e Desigualdade: Indaiabirae Conjunto dos Municípios Brasileiros Gráfico Evolução da Taxa de mortalidade infantil: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira 2007, 2008 e Gráfico Distribuição percentual da população por tipo de deficiência: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Gráfico IDH-M de municípios mineiros selecionados

20 Gráfico Composição do PIBa preços correntes em Indaiabira 2010 (em mil reais) Gráfico Evolução do número de postos de trabalho em Indaiabira 2008 e 2011 (três grupos com maior número de postos em 2011) Gráfico 5.1. População masculina (em %): Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Gráfico 5.2. População urbana (em %): Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Gráfico 5.3.Distribuição percentual da população residente na área rural por sexo: Pai Pedro Gráfico 5.4. Distribuição percentual dos domicílios particulares permanentes por situação: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Gráfico 5.5. Média de moradores em domicílios particulares ocupados (Pessoas): Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Gráfico 5.6. Distribuição da população por número de moradores em domicílios particulares ocupados (em %):Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Gráfico 5.7. Distribuição percentual da população por faixa etária: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Gráfico 5.8. Distribuição percentual da população por cor/raça ( Branca, Parda e Preta ): Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Gráfico 5.9.Dados gerais sobre infraestrutura e saneamento em Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Gráfico 5.10.Crescimento da frota de veículos circulantes em Pai Pedro Gráfico Percentual de pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Gráfico Pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas por FAIXA ETÁRIA (em %): Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Gráfico Percentual da população com pelo menos nível superior (graduação) concluído: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro

21 Gráfico Indicadores que compõem o Mapa de Pobreza e Desigualdade: Pai Pedroe Conjunto dos Municípios Brasileiros Gráfico 5.15 Taxa de extrema pobreza dos moradores de Pai Pedro Gráfico Evolução da Taxa de mortalidade infantil: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Gráfico Distribuição percentual da população por tipo de deficiência: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Gráfico IDH-M de municípios mineiros selecionados Gráfico Composição do PIBa preços correntes em Pai Pedro 2010 (em mil reais) Gráfico Evolução do número de postos de trabalho em Pai Pedro 2008 e 2011 (três grupos com maior número de postos em 2011) Gráfico 6.1. Crescimento da população municipal: municípios 10Envolver Gráfico 6.2. Distribuição da população por situação do domicílio (urbano, rural) Brasil, Minas Gerais e conjunto dos municípios 10Envolver, Gráfico 6.3. Média de moradores em domicílios particulares ocupados (Pessoas): Brasil, Minas Gerais e municípios 10Envolver Gráfico 6.4. Percentual da população com até 17 anos de idade: Brasil, Minas Gerais e municípios 10Envolver Gráfico 6.5. Percentual de pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas: Brasil, Minas Gerais e municípios 10Envolver Gráfico 6.6. Percentual da população com pelo menos nível superior (graduação) concluído: Brasil, Minas Gerais e municípios 10Envolver Gráfico 6.7. Percentual de famílias com perfil CadUnico no municípios 10Envolver

22 Gráfico 6.8. Percentual de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família nos municípios 10Envolver Gráfico 6.9. Índice de Desenvolvimento Familiar nos municípios 10Envolver Gráfico Taxa de mortalidade infantil: Brasil, Minas Gerais e municípios 10Envolver

23 SUMÁRIO INTRODUÇÃO BONITO DE MINAS BREVE HISTÓRICO E LOCALIZAÇÃO DADOS GERAIS SOBRE DEMOGRAFIA, FAMÍLIAS E DOMICÍLIOS COMPOSIÇÃO POPULACIONAL FAMÍLIAS E DOMICÍLIOS INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES EDUCAÇÃO CULTURA E ESPORTES ASSISTÊNCIA, PARTICIPAÇÃO E ORGANIZAÇÃO SOCIAL ASSISTÊNCIA SOCIAL PARTICIPAÇÃO E ORGANIZAÇÃO SOCIAL SAÚDE ECONOMIA, EMPREGO E FINANÇAS... 58

24 1.8. SEGURANÇA PÚBLICA FRUTA DE LEITE BREVE HISTÓRICO E LOCALIZAÇÃO DADOS GERAIS SOBRE DEMOGRAFIA, FAMÍLIAS E DOMICÍLIOS COMPOSIÇÃO POPULACIONAL FAMÍLIAS E DOMICÍLIOS INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES EDUCAÇÃO CULTURA E ESPORTES ASSISTÊNCIA, PARTICIPAÇÃO E ORGANIZAÇÃO SOCIAL ASSISTÊNCIA SOCIAL PARTICIPAÇÃO E ORGANIZAÇÃO SOCIAL SAÚDE ECONOMIA, EMPREGO E FINANÇAS SEGURANÇA PÚBLICA GAMELEIRAS

25 3.1. BREVE HISTÓRICO E LOCALIZAÇÃO DADOS GERAIS SOBRE DEMOGRAFIA, FAMÍLIAS E DOMICÍLIOS COMPOSIÇÃO POPULACIONAL FAMÍLIAS E DOMICÍLIOS INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES EDUCAÇÃO CULTURA E ESPORTES ASSISTÊNCIA SOCIAL, PARTICIPAÇÃO E ORGANIZAÇÃO SOCIAL ASSISTÊNCIA SOCIAL PARTICIPAÇÃO E ORGANIZAÇÃO SOCIAL SAÚDE EMPREGO, ECONOMIA E FINANÇAS SEGURANÇA PÚBLICA INDAIABIRA BREVE HISTÓRICO E LOCALIZAÇÃO DADOS GERAIS SOBRE DEMOGRAFIA, FAMÍLIAS E DOMICÍLIOS

26 COMPOSIÇÃO POPULACIONAL FAMÍLIAS E DOMICÍLIOS INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES EDUCAÇÃO CULTURA E ESPORTES ASSISTÊNCIA, ORGANIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL ASSISTÊNCIA SOCIAL PARTICIPAÇÃO E ORGANIZAÇÃO SOCIAL SAÙDE ECONOMIA, EMPREGO E FINANÇAS SEGURANÇA PÚBLICA PAI PEDRO BREVE HISTÓRICO E LOCALIZAÇÃO DADOS GERAIS SOBRE DEMOGRAFIA, FAMÍLIAS E DOMICÍLIOS COMPOSIÇÃO POPULACIONAL FAMÍLIAS E DOMICÍLIOS

27 5.3. INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES EDUCAÇÃO CULTURA E ESPORTES ASSISTÊNCIA, PARTICIPAÇÃO E ORGANIZAÇÃO SOCIAL ASSISTÊNCIA SOCIAL PARTICIPAÇÃO E ORGANIZAÇÃO SOCIAL SAÚDE ECONOMIA, EMPREGO E FINANÇAS SEGURANÇA PÚBLICA CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS

28 INTRODUÇÃO 27

29 INTRODUÇÃO O presente relatório é um produto do Projeto 10Envolver, iniciativa da Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Sociais (CIMOS) e a Escola Institucional do Ministério Público, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais / Faculdade de Direito, a Universidade Federal de Juiz de Fora / Centro de Pesquisas Sociais, a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, a Universidade Estadual de Montes Claros e a Fundação Universidade de Itaúna, com objetivo de estreitar relações com os dez municípios mineiros de menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) Bertópolis, Bonito de Minas, Crisólita, Fruta de Leite, Gameleiras, Indaiabira, Monte Formoso, Novo Oriente de Minas, Pai Pedro e Setubinha para posterior articulação e promoção de ações que cooperem com o desenvolvimento humano e social, com a participação e o empoderamento das populações locais. Tal produto, sob responsabilidade do Centro de Pesquisas Sociais da Universidade Federal de Juiz de Fora, apresenta alguns dados sobre os municípios em estudo com intuito de auxiliar na identificação da situação socioeconômica da população residente em cada município. Optou-se por apresentar cada município em separado e nas considerações finais algumas observações e relações entre eles.destaca-se que a Equipe do Projeto 10envolver do Norte de Minas contribuiu com análises de dados coletados em pesquisa primária e também dados divulgados por órgãos oficiais de pesquisas sociais. Foi construída uma estrutura única para a apresentação de cada um dos cinco municípios do Norte de Minas, qual seja: breve histórico e localização; dados gerais sobre demografia, famílias e domicílios; educação, cultura e esportes; assistência, participação e organização social; saúde; economia, emprego e finanças; e, segurança pública. No primeiro item, Breve histórico e localização, apresenta-se brevemente a origem do município e sua localização a partir de informações disponibilizadas pelo IBGE Cidades. Em Dados gerais sobre demografia, famílias e domicílios, é possível verificar o panorama geral da composição populacional e das condições de vida no município, inclusive de infraestrutura. No item seguinte, Educação, cultura e esportes apresenta-se a situação educacional e o acesso a equipamentos de cultura e esportes por parte da população local. Em seguida, são apresentados dados gerais sobre assistência, participação e organização social. O quinto item apresenta de forma sintética informações sobre saúde. A seguir apresentam-se a situação econômica e dados sobre segurança pública. E por fim, são apresentadas as considerações parciais acompanhadas de recomendações de necessidade de complementação e aprofundamento da análise. Cabe, por fim, registrar que de maneira geral, os municípios brasileiros, principalmente os de pequeno porte, não têm experiência consolidada em armazenamento de dados. Sendo assim, para este trabalho, o acesso a dados secundários confiáveis tornou-se uma atividade demasiadamente longa. Frente às dificuldades de se acessar os dados municipais, optou-se por trabalhar com fontes reduzidas e já consolidadas 28

30 em análises socioeconômicas como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através dos Censos Demográficos e IBGE Cidades; a Fundação João Pinheiro, através do Índice Mineiro de Responsabilidade Social IMRS/FJP; o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a partir do Atlas do Desenvolvimento Humano de 2013; e, não menos importantes, as contribuições dos relatórios dinâmicos coordenados pelo PNUD e disponibilizados pelo Portal Objetivos do Milênio (ODM). 29

31 BONITO DE MINAS 30

32 1. BONITO DE MINAS 1.1. BREVE HISTÓRICO E LOCALIZAÇÃO Bonito de Minas, município localizado ao norte de Minas Gerais a uma distância de 50 km de Januária, 218 km de Montes Claros e 642 km de Belo Horizonte, tem sua origem ligada ao povoado chamado Lagoa do Barro, fundado por João Gasparino Pimenta em 1937, às margens do rio Borrachudo. O povoado era utilizado como ponto para o repouso dos tropeiros que vinham de Goiás rumo, principalmente, a Montes Claros. Em 1939 inicia-se, efetivamente, a povoação e por iniciativa de Saulo Pimenta de Carvalho, é construída a primeira igreja do povoado, a Igreja do Bom Jesus. De acordo com o IBGE, Bonito de Minas, município de pequeno porte, ocupa uma extensão de 3.904,9 km² e, em 2010 tinha uma população de habitantes e uma densidade demográfica de 2,48 habitantes por Km². Conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano de 2003 (ano base 2000), apenas quatro municípios mineiros apresentavam IDH-M inferior ao seu, que era de 0,58 (os municípios com IDH inferior eram Pai Pedro, Indaiabira, Monte Formoso e Setubinha). Sua economia concentra-se, principalmente, na agricultura, pecuária e serviços gerais. Aspectos que serão tratados a seguir. Em maio de 1976 o povoado é elevado a distrito de Januária pela Lei nº E em abril de 1977 é instalado o distrito de Bonito, mesmo ano em que foi também instalado o Cartório de Registro Civil e inaugurado o posto de saúde Bernardo Gomes Pimenta. Apenas em dezembro de 1995 há emancipação do distrito, após plebiscito (consulta popular), que no referido ano passou à categoria de município. Bonitenses e visitantes acreditam que o nome do município está relacionado ao cenário apresentado pelo olhar ao horizonte que o cerca, lugar de beleza natural e encanto. 31

33 Figura 1.1. Delimitação territorial do município de Bonito de Minas. Figura 1.2. Indicação espacial dos municípios Bonito de Minas, Januária, Montes Claros e Belo Horizonte. Fonte: Google.com.br. Fonte: Google Earth. 32

34 Figura 1.3. Foto aérea de Bonito de Minas (parcial). Fonte: Google Earth. 33

35 1.2. DADOS GERAIS SOBRE DEMOGRAFIA, FAMÍLIAS E DOMICÍLIOS Composição populacional Muitos municípios brasileiros de pequeno porte têm apresentado um crescimento negativo da população residente nos últimos anos. Uma das explicações para este fenômeno relaciona-se à baixa dinâmica econômica de tais municípios e a consequente dificuldade de acesso a emprego e renda. Tendo em vista a baixa dinâmica econômica, parte da população, principalmente jovens e adultos, deixa o município em busca de maior oportunidade de emprego. Bonito de Minas não acompanha essa tendência, no entanto, isso não significa que a população do município não sofra com problemas referentes a emprego e renda. De acordo com os últimos censos demográficos a população residente no município apresentou crescimento positivo de 23% entre 2000 e Na última década, a população saltou de habitantes para 9.673, sendo homens (51,64%) e mulheres (48,36%). Em grande parte dos municípios brasileiros a composição da população segundo o sexo apresenta uma pequena vantagem quanto ao número de mulheres. Ou seja, mesmo que em pequena diferença, há mais mulheres que homens. Fenômeno que se repete no conjunto dos municípios de Minas Gerais e do Brasil. Bonito de Minas, por sua vez, apresenta-se como uma exceção. Quanto a esse tipo de distribuição (por sexo), é possível identificar nos Censos de 2000 e 2010 uma pequena diferença numérica positiva para os homens (51,58% de homens em 2000 e 51,64% em 2010). No entanto, a diferença é pequena e permite afirmar que existe um equilíbrio entre os sexos. O dado apenas chama atenção por se diferenciar do encontrado para o Brasil e Minas Gerais nos últimos recenseamentos. A tabela a seguir apresenta estes dados em números e em percentuais. Tabela 1.1. População residente por sexo: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Região Nº % Sexo geográfica Brasil Minas Gerais Bonito de Minas Total ,00 100,00 Homens ,22 48,97 Mulheres ,78 51,03 Total ,00 100,00 Homens ,47 49,2 Mulheres ,53 50,8 Total ,00 100,00 Homens ,58 51,64 Mulheres ,42 48,36 Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e

36 Gráfico 1.1. População masculina (em %): Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas ,0 domicílio segue o padrão brasileiro e de Minas Gerais, qual seja: mais homens que mulheres residindo em áreas rurais. 50,0 40,0 49,22 49,47 51,58 48,97 49,20 51,64 Gráfico 1.2. População rural (em %): Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas ,0 30,0 80,0 81,94 77,16 20,0 70,0 60,0 10,0 50,0 0,0 Brasil Minas Gerais Bnito de Minas Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e Outro aspecto interessante da composição populacional de Bonito de Minas refere-se à distribuição segundo a situação do domicílio (urbano/rural). Essa distribuição chama atenção por também se distanciar, significativamente, do verificado para o Brasil e Minas Gerais. Em 2010, mais de 75% da população do município residia em área rural, enquanto que os dados encontrados para Brasil e Minas Gerais não atingiam 16%. Já a distribuição dos habitantes segundo sexo por situação do 40,0 30,0 18,75 18,00 20,0 15,64 14,71 10,0 0,0 Brasil Minas Gerais Bonito de Minas Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e

37 Tabela 1.2. Percentual da população residente segundo situação do domicílio: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Região geográfica Urbano Rural Urbano Rural Brasil 81,25 18,75 84,36 15,64 Minas Gerais 82,00 18,00 85,29 14,71 Bonito de Minas 18,06 81,94 22,84 77,16 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Gráfico 1.3. Distribuição percentual da população residente na área rural por sexo: Bonito de Minas 2010 Homens; 52,68 Apesar da redução do contingente populacional rural de Bonito de Minas, entre os anos de 2000 a 2010, verifica-se que essa população ainda é majoritária nesse município de grande extensão territorial. Há que se considerar que muitas comunidades rurais são muito distantes da sede municipal, e essa situação se torna mais complexa quando se observa o difícil trajeto, realizado em estradas arenosas para se chegar até elas. Conforme constatado por pesquisadores do Projeto 10envolver, muitas famílias não têm acesso a bens, direitos e serviços públicos que, possivelmente, atenderiam as suas necessidades vitais. Tabela 1.3. Percentual da população rural composta por homens: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Região geográfica Brasil 51,39 52,62 Minas Gerais 51,52 53,19 Bonito de Minas 51,76 52,68 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Mulheres; 47,32 Fonte: IBGE, Censo Demográfico Famílias e Domicílios Em 2010, o Censo Demográfico identificou domicílios particulares permanentes em Bonito de Minas. Quanto à situação dos domicílios (localização em área urbana ou rural), Bonito de Minas apresenta maior número de domicílios localizados em área rural, situação inversa à verificada para o 36

38 Brasil e Minas Gerais. O processo de urbanização acelerada experimentado pelo país, que hoje resulta em mais de 85% dos domicílios em áreas urbana, não se repetiu em Bonito de Minas, que em 2010 se deparava com 74,30% dos domicílios particulares permanentes em área rural. Com esse percentual de domicílios localizados em área rural, fica evidente a necessidade de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento rural e o fortalecimento da agricultura familiar. Cabe, ainda, ressaltar que, quanto à situação dos domicílios (localização em área urbana / área rural), Bonito de Minas está entre os 149 municípios mineiros com mais de 50% dos domicílios particulares permanentes situados em área rural. Entre 2000 e 2010 houve um acréscimo no número de domicílios na área urbana e uma leve queda no número de domicílios na área rural. Tal crescimento, uma tendência nacional, pode trazer preocupações quando não acompanhado do aumento da produtividade rural e do surgimento de novos postos de trabalhos na zona urbana. Tabela 1.4. Distribuição percentual dos domicílios particulares permanentes por situação: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Região geográfica Urbana Rural Urbana Rural Brasil 83,35 16,65 85,87 14,13 Minas Gerais 83,26 16,74 86,05 13,95 Bonito de Minas 19,61 80,39 25,70 74,30 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Gráfico 1.4. Distribuição percentual dos domicílios particulares permanentes por situação: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas ,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 85,87 86,06 Fonte: IBGE, Censo Demográfico ,13 13,95 25,7 74,3 Brasil Minas Gerais Bonito de Minas Urbana Rural A média de moradores em domicílios particulares ocupados em Bonito de Minas é superior à verificada para o Brasil e Minas Gerais. No entanto, na última década todos apresentam a mesma tendência: queda. Como é possível identificar no gráfico a seguir, a queda na média de moradores por domicilio no município na última década foi mais acentuada que em Minas e Brasil. 37

39 Gráfico 1.5. Média de moradores em domicílios particulares ocupados (Pessoas): Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Gráfico 1.6. Distribuição da população por número de moradores em domicílios particulares ocupados (em %): Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas ,5 90,0 5,0 80,0 79,02 79,5 4,95 70,0 63,5 4,5 60,0 4,0 3,76 4,23 50,0 40,0 3,5 3,0 3,72 3,31 3, Brasil Minas Gerais Bonito de Minas Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Outro dado importante a ser ressaltado, refere-se ao número de moradores por domicílio. De acordo com o Censo 2010, 10,88% dos domicílios particulares ocupados em Bonito de Minas tinham apenas 1 morador e 25,61% tinham 6 ou mais moradores. Quando comparado aos demais municípios em estudo, verificase que Bonito de Minas e Setubinha apresentam maior número de domicílios com 6 moradores ou mais (ultrapassa 25%). 30,0 20,0 10,0 0,0 12, ,88 8,79 7,51 25,61 1 morador 2 a 5 moradores 6 moradores ou mais Fonte: IBGE, Censo Demográfico Brasil Minas Gerais Bonito de Minas Ainda sobre os domicílios, os dados sobre a condição da ocupação chamam atenção quanto ao elevado número de domicílios reconhecidos por seus moradores como Próprios : unidades (90,13%); 4,08% (93 unidades) foram identificados como Alugado ; e, 5,26% (120 unidades) como Cedido. Ressalta-se que o percentual de imóveis residenciais próprios é o mais alto dentre os 10 municípios objetos de estudo 38

40 do Projeto 10Envolver. O percentual de imóveis (domicílios) próprios é superior ao identificado para Brasil e Minas Gerais (aproximadamente 70%) e que produz reflexos positivos no orçamento familiar. A distribuição etária da população revela um quadro comum a várias cidades brasileiras com IDH mais baixo, percentual significativo de pessoas com até 17 anos economicamente não ativas. Dado que se distancia do verificado para Minas Gerais e Brasil. Enquanto Minas e Brasil apresentam 27.75% e 29,52% respectivamente da população nessa faixa etária, Bonito de Minas apresenta 38,2%. Ou seja, 10% a mais de pessoas nesta faixa. Certamente isso produz impactos, inclusive financeiros, nas políticas públicas para crianças e adolescentes. Consequentemente, o município apresenta menor percentual da população na idade adulta (aqui considerada de 25 a 59 anos), quando comparado ao Brasil e Minas Gerais. O percentual de idosos (60 anos ou mais) não representa destaque. Apesar de maior que o verificado para o Brasil, ele se aproxima do encontrado para Minas Gerais. Enquanto o Índice de envelhecimento apresentou crescimento na última década, passando de 19,8 em 2000 para 29,7 em 2010 (FJP), a Razão de dependência apresentou queda, saindo de 59,6 em 2000 e chegando a 52,2 em Tabela 1.5. Distribuição percentual da população por faixa etária: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Faixa etária Brasil Minas Gerais Bonito de Minas a 4 anos 9,65 7,24 9,03 6,51 13,00 8,40 5 a 9 anos 9,76 7,85 9,40 7,30 12,60 10,70 10 a 17 anos 16,53 14,43 16,14 13,94 22,40 19,10 18 e 24 anos 13,75 12,52 13,68 12,29 11,90 13,51 25 a 39 anos 23,04 24,50 23,14 24,07 16,50 19,00 40 a 49 anos 11,35 13,02 11,89 13,62 8,70 9,60 50 a 59 anos 7,37 9,66 7,65 10,49 6,40 7,80 60 a 69 anos 4,82 5,95 5,18 6,42 4,90 5,90 70 anos ou mais 3,73 4,84 3,90 5,38 3,60 5,99 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / A tabela e o gráfico a seguir ilustram bem a distribuição etária. 39

41 Gráfico 1.7. Distribuição percentual da população por faixa etária: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas ,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 29,52 27,75 38,20 48,18 47,18 36,40 12,52 13,51 12,29 11,8 10,79 11,89 Até 17 anos De 18 a 24 anos De 25 a 59 anos 60 anos ou mais Fonte: IBGE, Censo Demográfico Brasil Minas Gerais Bonito de Minas Tabela 1.6. Distribuição percentual da população por cor / raça: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas 2010 Cor / Raça Brasil Minas Gerais Bonito de Minas Branca 47,51 45,06 13,82 Preta 7,52 9,22 8,78 Amarela 1,10 0,96 1,51 Parda 43,42 44,58 75,89 Indígena 0,43 0,16 - Sem declaração 0,02 0,01 - Total 100,00 100,00 100,00 Fonte: IBGE, Censo Demográfico Destaca-se em Bonito de Minas, a existência de oito comunidades remanescentes de quilombolas denominadas: Campo Redondo, Ilha do Retiro, Ilha Valerinho, Lapinha, Ressaca, Tamboril, Tapera e Buriti das Mulatas (CEDEFES 1 ).Tais dados justificam os percentuais de população branca, parda e negra desse município, divulgados pelo IBGE. As vulnerabilidades sociais de Bonito de Minas foram verificadas principalmente nas populações negra e parda. Em relação à cor / raça, os dados apresentam distribuição diversa da encontrada para Brasil e Minas. Mais de 70% da população do município autodeclara-se Parda, enquanto para as demais regiões aqui tratadas o percentual não atinge 50%. Outro dado que chama atenção, é a diferença entre os percentuais de Branca, 13,82% em Bonito de Minas e mais de 45% no Brasil e Minas Gerais. 1 Disponível em: < 40

42 Gráfico 1.8. Distribuição percentual da população por cor/raça ( Branca e Parda ): Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas ,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 47,51 45,06 43,42 44,58 Branca 13,82 Fonte: IBGE, Censo Demográfico Parda Brasil Minas Gerais Bonito de Minas 75,89 Outros dados importantes a serem analisados se referem às situações de vulnerabilidade social apontadas pelo Atlas do Desenvolvimento Humano de A Tabela 1.7 apresenta os dados dos últimos relatórios:1991,2000,2010 de Bonito de Minas. Tabela 1.7. Indicativos sobre as situações de vulnerabilidade social em Bonito de Minas (2013) Crianças e Jovens Mortalidade infantil 55,10 44,60 21,20 % de crianças de 4 a 5 anos fora da escola - 76,08 75,15 % de crianças de 6 a 14 anos fora da escola 33,87 9,66 6,97 % de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham e são vulneráveis à pobreza - 23,63 32,89 % de mulheres de 10 a 14 anos que tiveram filhos 0,00 0,95 0,00 % de mulheres de 15 a 17 anos que tiveram filhos 4,58 2,40 13,07 Taxa de atividade - 10 a 14 anos (%) - 15,28 20,54 Família % de mães chefes de família sem fundamental completo e com filhos menores de 15 anos 9,55 10,07 23,07 % de pessoas em domicílios vulneráveis à pobreza e dependentes de idosos 5,79 15,42 7,42 % de crianças extremamente pobres 76,89 78,10 47,76 Trabalho e Renda % de vulneráveis à pobreza 94,34 91,04 78,09 % de pessoas de 18 anos ou mais sem fundamental completo e em ocupação informal - 89,06 71,66 Condição de Moradia % de pessoas em domicílios com abastecimento de água e esgotamento sanitário inadequados Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano (2013); Pnud, Ipea e FJP 24,90 3,83 5,22 Esses dados sobre as vulnerabilidades sociais do segmento infanto juvenil, e outros sobre as categorias Família; Trabalho e Renda e Condições de Moradia, indicam algumas demandas que merecem maior atenção dos gestores municipais para o seu enfrentamento, para que tais situações não se agravem ao pondo de serem identificadas como de risco social e ambiental. 41

43 Apesar de o índice de mortalidade infantil, o de crianças e jovens fora da escola ter diminuído para os anos apresentados,o índice de jovens vulneráveis a pobreza aumentou, e também aumentou o número de mulheres jovens que tiveram filhos INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE Outras informações importantes e que devem ser levadas em consideração neste primeiro momento de identificação das principais características do município refere-se à infraestrutura disponível e ao meio ambiente. Dados sobre a infraestrutura geral nos permitem uma visão mais próxima da real qualidade de vida da população residente em termos de acesso à habitação e serviços básicos como energia elétrica, água, saneamento, transporte entre outros. Em se tratando de município com mais de 70% dos domicílios em área rural, os dados apresentados no quadro a seguir não chegam a ser uma surpresa. No entanto, não é possível passar por eles sem um estranhamento. De acordo com o IMRS/FJP, a prestadora responsável pelo abastecimento de água no município é a COPASA. Praticamente todos os domicílios da área urbana e aproximadamente 11% dos domicílios na área rural são atendidos pelo abastecimento oferecido pela prestadora (COPASA). Mas chamam atenção os elevados percentuais de domicílios que não acessam água por rede geral ou poço/nascente na propriedade (quase 60%) e que não possuem banheiro/sanitário exclusivo do domicílio (47,63%). Informações importantes que indicam a necessidade de maior investimento em infraestrutura, saneamento e controle da qualidade da água utilizada para consumo residencial, inclusive por questões de saúde pública. 42

44 Por outro lado, o percentual de domicílios com acesso a energia elétrica indica um aspecto positivo, mais de 90% deles têm acesso a este serviço. Segundo o IMRS/FJP haviam em ligações residenciais de energia elétrica no município. Quadro 1.1. Dados gerais sobre infraestrutura e saneamento em Bonito de Minas (em %) 2010 Dado 2010 Domicílios com acesso a abastecimento de água por rede geral 33,38 Domicílios com acesso a abastecimento de água por poço ou nascente na propriedade Domicílios com acesso a abastecimento de água por outra forma 59,39 Domicílios com acesso a energia elétrica 91,01 Domicílios atendidos com sistema de esgotamento sanitário rede geral 0,09 Domicílios atendidos com sistema de esgotamento sanitário fossa 50,27 Domicílios com existência de banheiro ou sanitário de uso exclusivo do domicílio 52,37 Domicílios atendidos por sistema de coleta de lixo 23,64 Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Percentuais calculados a partir de um total de domicílios. O Atlas do Desenvolvimento Humano de 2013 apresenta os seguintes indicativos sobre o acesso populacional à água encanada, à energia elétrica e à coleta do lixo, entre os anos de 1991 a 2010: Tabela 1.8. Indicativo do acesso aos serviços públicos básicos em Bonito de Minas (em %) 1991 a 2010 Dado % da população em domicílios com água encanada 4,22 21,22 40,61 % da população em domicílios com energia elétrica 9,88 52,79 89,67 % da população em domicílios com coleta de lixo. *Somente para população urbana. 17,60 90,08 90,70 7,24 A frota de veículos em Bonito de Minas apresentou crescimento nos últimos anos. Situação que não difere da verificada na maioria dos municípios brasileiros. O crescimento no número de automóveis e motocicletas entre 2005 e 2012 chama atenção. Como indica a tabela a seguir, o número automóveis saltou de 9 para 88 (quase 10 vezes maior) e o de motocicletas passou de 65 em 2005 para 375 em Tabela 1.9. Frota de veículos circulantes em Bonito de Minas Veículo Automóvel Caminhão Caminhão trator Caminhonete Camioneta Micro-ônibus Motocicleta Motoneta Ônibus Trator de rodas Utilitário Outros Total Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Dados de 2008 não disponíveis. Fonte: Altas do Desenvolvimento Humano (2013) Pnud, Ipea e FJP. 43

45 Gráfico 1.9. Crescimento da frota de veículos circulantes em Bonito de Minas ,0 601,0 501,0 401,0 301,0 201,0 101,0 1, Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Dados de 2008 não disponíveis Automóvel Motocicleta Total de veídulos Tabela Dados gerais sobre meio ambiente em Bonito de Minas 2010 Dado Percentual Percentual de áreas de proteção integral 3,26 a 0,24 Percentual de áreas de uso sustentável 85,53 Percentual de cobertura vegetal por mata atlântica 0,15 Percentual de cobertura vegetal por flora nativa 57,61 Percentual de cobertura vegetal por reflorestamento 0,96 Percentual de áreas indígenas 0,00 Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Destaca-se que em campo verificou-se que houve a implantação do Conselho Municipal de Meio Ambiente no município e o mesmo tem maior representação da sociedade civil. A presente instância desenvolve suas atribuições desde Os dados apresentam ainda que Bonito de Minas possui o Fundo Municipal de Meio Ambiente, entretanto., nos últimos 12 meses, o município não contou com recursos específicos para o desenvolvimento da sações na área ambiental. Sobre o meio ambiente, foi possível identificar o percentual de cobertura vegetal por flora nativa (57,61) e de áreas de uso sustentável (85,53). Esses e os demais dados apresentados no quadro a seguir devem ser constatados quando da visita da equipe de pesquisa ao município. É importante registrar que dados sobre degradação ambiental deverão ser observados quando da(s) visita(s) ao município. 44

46 1.4. EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES Educação Como é sabido, a educação (escolarização da população) é um importante componente do cálculo do IDH. Os dados sobre educação em Bonito de Minas ganham destaque por apresentar percentuais de acesso, frequência e alfabetização inferiores aos encontrados para o país e para o estado. Primeiramente, chama atenção o percentual de pessoas com 5 anos ou mais de idade não alfabetizadas. Como é possível verificar no gráfico a seguir, na última década houve queda no percentual de analfabetos, reforçando o esforço de enfrentamento local deste problema. Mas, ainda assim, o município apresenta percentual significativamente superior de pessoas analfabetas ao verificado para o Brasil e Minas Gerais. Gráfico Percentual de pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas ,0 36,0 31,0 26,0 21,0 38,3 25,54 16,0 15,7 11,0 6,0 13,3 10,53 8,55 1, Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Brasil Minas Gerais Bonito de Minas 45

47 Esse dado merece detalhamento para melhor compreensão do problema. Tanto em 2000 quanto em 2010, Bonito de Minas apresentou percentual superior de não alfabetizados em todas as faixas etárias quando comparado ao Brasil e Minas Gerais. É importante registrar que 5,1% da população em idade regular para frequentar a escola, principalmente o ensino fundamental (5 a 14 anos), não eram alfabetizadas em Apesar de apresentar uma queda de 50% de 2000 para 2010, esse percentual ainda é elevado. Mas cabe registrar que, geralmente, o processo de alfabetização para a maioria das crianças, principalmente àquelas que acessam a escola pública, se inicia aos 6 anos de idade. Gráfico Pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas por FAIXA ETÁRIA (em %): Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas ,0 10,0 8,0 6,0 5,1 10,37 7,8 É importante ainda destacar que 20% das pessoas com 5 anos ou mais de idade não alfabetizadas se encontravam na faixa etária de 5 a 14 anos. Outro percentual que chama atenção no município é o de adultos entre 30 a 59 anos que também não são alfabetizados, 10,37%. Estes dados devem ser levados em consideração quando da elaboração de políticas educacionais especificas para crianças, jovens e adultos. 4,0 2,0 0,0 2,81 3,86 3,31 3,06 3,05 2,26 1,74 0,81 0,43 De 5 a 14 anos De 15 a 29 anos De 30 a 59 anos 60 anos ou mais Brasil Minas Gerais Bonito de Minas Tabela Pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas (em %): Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Faixa etária Brasil Minas Gerais Bonito de Minas De 5 a 14 anos 5,62 2,81 4,28 1,74 11,84 5,1 De 15 a 29 anos 1,83 0,81 1,05 0,43 5,11 2,26 De 30 a 59 anos 3,25 3,86 2,71 3,06 8,98 10,37 60 anos ou mais n.d. 3,05 n.d. 3,31 n.d. 7,8 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Nota: n.d. = não disponível Fonte: IBGE, Censo Demográfico

48 Os dados sobre pessoas com pelo menos nível superior (graduação) concluído reforçam a baixa escolaridade e a necessidade de se investir na escolarização da população. Enquanto no Brasil e em Minas Gerais esse percentual ultrapassa 6%, em Bonito de Minas não atinge 3%. Gráfico Percentual da população com pelo menos nível superior (graduação) concluído: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas ,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 7,06 6,85 2,49 Brasil Minas Gerais Bonito de Minas Fonte: IBGE, Censo Demográfico O quadro a seguir apresenta dados gerais sobre educação como número de matrículas, de docentes e de escolas identificados no município em Cabe registrar que todas as matrículas, em todos os níveis, são em escolas públicas. Quadro 1.2. Dados gerais sobre educação em Bonito de Minas 2009 Dado Unidade Número Matrículas - Ensino fundamental matrícula Matrículas - Ensino médio matrícula 246 Matrículas - Ensino pré-escolar matrícula 148 Docentes - Ensino fundamental docente 141 Docentes - Ensino médio docente 32 Docentes - Ensino pré-escolar docente 14 Escolas - Ensino fundamental escola 23 Escolas - Ensino médio escola 1 Escolas - Ensino pré-escolar escola 2 Fonte: IBGE Cidades. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica IDEB, de Bonito de Minas/MG, é apresentado pelo Ministério da Educação MEC a partir das metas projetadas e o resultado observado em cada ano de referência. Em 2007, por exemplo, a meta para o IDEB deste município, para os anos iniciais (4ª série/5º ano) era de 3.3, mas só foi alcançado 3.2 nessas escalas. Já a meta projetada para os anos finais (8ª série / 9º ano) era de 2.3 e foi superada pelo indicador obtido de 2.7. No espaço temporal de 2009 a 2011, tem-se o seguinte indicativo de metas projetadas e resultados obtidos do IDEB de Bonito de Minas para os anos iniciais e finais: 47

49 Ano de referência Anos iniciais (4ª série/5º ano) Anos finais (8ª série / 9º ano) Fonte: MEC/INEP (2013) Quadro 1.3. IDEB de Bonito de Minas 2009 Meta projetada Resultado obtido Meta projetada Resultado obtido Todas as metas projetadas para os anos de 2009 e 2011 foram alcançadas, quando os dados apresentados acima são comparados. Esse indicativo é positivo, pois revela que o desempenho dos alunos no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica SAEB e na Prova Brasil foram muito bons. Para o ano de 2013, indica-se a meta de 4.3 para as séries iniciais e de 3.1 para as finais Cultura e Esportes Sobre cultura e esportes, poucos dados secundários foram encontrados para incrementar a presente análise. As informações identificadas referem-se à gestão, participação popular e existência de equipamento. De acordo com o Índice Mineiro de Responsabilidade Social, desenvolvido pela Fundação João Pinheiro (FJP), em Bonito de Minas, em se tratando de organização e gestão, a área cultural apresentava mais avanços que a área de esportes. No ano de 2010 existia no município Conselho de Patrimônio Cultural e Conselho Municipal de Cultura. O órgão gestão de cultura, apesar de apresentar baixo grau de estruturação, era a Secretaria em conjunto com outras instituições. O único equipamento de cultura existente identificado pelo referido Índice em 2010 no município foi Biblioteca; outros como museu, teatro, cinema, centro cultural e banda de música inexistiam. De acordo com o Índice, em 2010 a Biblioteca municipal permitia ao leitor acesso à internet, aspecto positivo no tocante à inclusão digital. O quadro a seguir apresenta dados gerais sobre acervo, número de leitores e serviços prestados pela Biblioteca. Quadro 1.4. Dados gerais sobre a Biblioteca Municipal em Bonito de Minas Acervo (livros, revistas, etc.) 5 a 10 mil exemplares Número de leitores por mês 216 Média mensal de empréstimos 68 Acesso à internet para o leitor Número de funcionários Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Nota: n.d. = não disponível. Segundo esta mesma fonte (IMRS/FJP), não existia em Bonito de Minas no ano de 2010 Conselho Municipal de Esporte ou Turismo. Também não foi identificada por esta fonte informação sobre a existência de equipamentos de esporte. Sim n.d. 48

50 1.5. ASSISTÊNCIA, PARTICIPAÇÃO E ORGANIZAÇÃO SOCIAL Assistência Social A assistência social é um aspecto importantíssimo a ser pensado quando o assunto é município de baixo IDH. Geralmente, esses municípios têm um significativo percentual da população com renda e escolaridade baixas e, consequentemente, mais pessoas expostas aos riscos sociais. Municípios com estas características devem estar atentos às políticas públicas, nacionais e estaduais, de assistência, e cada vez mais aprimorar os serviços de assistência social para atender as demandas da população. Entre os principais mecanismos de enfrentamento dos problemas de assistência social por parte dos municípios estão a previsão orçamentária para esta função (assistência social) e elaboração de política municipal de assistência. Bonito de Minas, em 2010, não contava com nenhum desses mecanismos de auxílio ao enfrentamento dos problemas referentes à assistência. Aspecto negativo em se tratando de município de baixo IDH e significativo percentual da população em risco social. Os dados sobre a gestão da assistência social dizem muito da capacidade de atendimento e apoio que o município pode oferecer à população menos abastada economicamente. Em Bonito de Minas, no ano de 2010, a gestão do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) era básica e, segundo o Índice Mineiro de Responsabilidade Social (FJP), o município contava com 1 Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) para os atendimentos à população. Quadro 1.5. Dados gerais sobre a gestão da assistência social em Bonito de Minas 2010 Nº Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) cadastrados 1 Gestão do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) Nº de assistentes sociais atuando na Assistência Social 8 Nº de funcionários da Assistência Social 8 Existência de previsão orçamentária para a função Assistência Social Existência de Política Municipal de Assistência Social Sistema de gestão e controle social atuante (0 a 6) 4 Sistema de garantia de direitos atuante (0 a 6) 3 Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Básica Conforme dados atualizados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS) o município de Bonito de Minas, de fato, encontra-se em porte pequeno, contando com os serviços da proteção básica em uma unidade de referência. Os serviços desenvolvidos no CRAS do município verificados em campo são: PAIF, Projovem Adolescente, Equipe volante e serviços de convivência e/ou domiciliar. Os dados do IMRS/FJP indicam que, para o ano de 2010, em Bonito de Minas os índices de Cobertura qualificada do Cadastro Único (CadUnico), Atualização do CadUnico e Gestão descentralizada municipal do Programa Bolsa Família, ambos variando de 0 a 1, eram de 0,92, 0,87 e 0,85 respectivamente. Ainda de acordo com o IMRS/FJP, o índice de Não Não 49

51 Institucionalização da assistência social, que varia de 0 a 28, era de 22 e o Índice Municipal de Desenvolvimento dos CRAS, que varia de 0 a 10, era de 9. Aspecto adicional com relação à qualidade de vida das pessoas pertencentes à famílias de baixa renda refere-se ao recebimento de benefícios sociais. Apesar das críticas, já existem diferentes estudos apontando os reflexos positivos, incluindo aí uma pequena (mas consistente) parcela de desconcentração na renda promovida por programas de transferência de renda, ainda que, é quase unanimidade, haja um horizonte determinado para alguns programas. De todos, o destaque vai para o Bolsa Família, do Governo Federal. Trata-se de um programa de transferência que associa basicamente educação (freqüência à escola) e combate à fome. Este programa é construído por cadastro local e as informações são repassadas ao governo central que disponibiliza diretamente ao beneficiário um valor em espécie. Por definição, trata-se ainda de um programa focalizado em indivíduo / famílias em patamar de renda bem definido para pobreza e extrema pobreza. Os percentuais de famílias com perfil CadUnico e de beneficiárias do Programa Bolsa Família ajudam a dimensionar a situação de pobreza, de qualidade de vida e bem estar social de uma determinada população. Os percentuais verificados para Bonito de Minas chamam atenção e preocupam por serem elevados, ambos ultrapassando 50%, superiores a média nacional. Os demais municípios em estudo também apresentaram estes percentuais elevados. Quadro 1.6. Dados sobre famílias, CadUnico e Bolsa Família em Bonito de Minas 2010 Total de famílias identificadas no município (Censo 2010) Total famílias beneficiárias do Programa Bolsa família % famílias beneficiárias do Programa Bolsa família 56,21 Total famílias com perfil CadUnico % famílias com perfil CadUnico 67,21 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010; Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Quanto aos dados de 2012, o Relatório de Informações Sociais elaborado pela Secretaria de Avaliação e Gestão da Informações do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, indica que haviam famílias cadastradas no CadUnico, sendo com renda per capita de até ½ salário mínimo e com renda per capita de até R$140,00. Conforme o Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS/FJP), em 2010 foram transferidos R$ ,00 para as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família no município. Dentre os municípios em estudo, Bonito de Minas ficou em terceiro lugar no ranking dos que mais receberam transferências do Programa, em primeiro lugar ficou Setubinha (R$ ,00) e em segundo Novo Oriente de Minas (R$ ,00). Valores que certamente impactaram positivamente no município, dinamizando o comércio e a economia local. Ainda sobre benefícios de transferência de renda, destaca-se o Benefício da Prestação Continuada (BPC), disponível para idosos e deficientes de famílias de baixa renda. Em 2010, haviam em Bonito de Minas 51 beneficiários do BPC-Deficientes 50

52 e 15 do BPC-Idoso. Esses benefícios contabilizaram R$ ,00 no mesmo ano. (Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro) Os dados que constituem o Mapa da pobreza e desigualdade dos municípios brasileiros, disponibilizado pelo IBGE Cidades, corroboram a situação preocupante indicada anteriormente. A incidência de pobreza, proporção de pessoas que vivem com até R$ 70,00 de rendimento domiciliar per capita ao mês, verificada para Bonito de Minas em 2003 era de 70,92%. Superior ao identificado para o conjunto dos municípios brasileiros. Quadro 1.7. Mapa de Pobreza e Desigualdade do Conjunto dos Municípios Brasileiros e de Bonito de Minas 2003 Bonito de Municípios Indicador Unidade Minas brasileiros Incidência da Pobreza 70,92 52,27 % Limite inferior da Incidência de Pobreza Limite superior da Incidência de Pobreza 58,41 47,62 % 83,43 56,92 % Incidência da Pobreza Subjetiva 76,78 55,91 % Limite inferior da Incidência da Pobreza Subjetiva Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva 66,08 51,27 % 87,48 60,56 % Índice de Gini 0,4 0,49... Limite inferior do Índice de Gini 0,35 0,46... Limite superior do Índice de Gini 0,46 0,53... Fonte: IBGE Cidades. O gráfico a seguir demonstra que todos os indicadores que compõem o Mapa da Pobreza em Bonito de Minas são superiores os identificados para o conjunto dos municípios brasileiros. Aspecto negativo e que reforça a situação difícil em que vive grande parte da população do município. Gráfico Indicadores que compõem o Mapa de Pobreza e Desigualdade: Bonito de Minas e Conjunto dos Municípios Brasileiros ,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 70,92 52,27 Incidência da Pobreza Fonte: IBGE Cidades. 83,43 56,92 Limite superior da Incidência de Pobreza Bonito de Minas 76,78 55,91 Incidência da Pobreza Subjetiva Municípios brasileiros 87,48 60,56 Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva O Censo 2010 detectou que a incidência de pobreza era maior nos municípios de porte médio (10 mil a 50 mil habitantes). Os dados por município para este ano não estavam disponíveis até o final da elaboração deste relatório. Mas, cabe registrar que enquanto a proporção de pessoas que viviam com até R$70,00 de rendimento domiciliar per capita era, em média, 6,3% no 51

53 Brasil, nos municípios de 10 mil a 20 mil habitantes esse percentual era o dobro (13,7%), com metade da população nesses municípios vivendo com até ½ salário mínimo per capita. Já nas cidades com população superior a 500 mil habitantes, menos de 2% viviam com até R$70,00 per capita e cerca de ¼ das pessoas viviam com até ½ salário mínimo de rendimento domiciliar per capita 2 Conforme dados do Censo Demográfico 2010, no município, a taxa de extrema pobreza da população era de 54,67% enquanto a do Estado de Minas Gerais era de 24.66% e a do Brasil de 30,33%. Apreende-se que Bonito de Minas, tem sido marcado fortemente pelas expressões da questão social e encontra-se em situação intensamente desfavorável em comparação com o estado ou país. O censo 2010 sinaliza claramente a expressiva desigualdade social instaurada no Brasil. Segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano de 2013, a renda per capita média de Bonito de Minas cresceu 165,32% nas últimas duas décadas, passando de R$73,74 em 1991 para R$85,69 em 2000 e R$195,65 em A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010) passou de 69,85% em 1991 para 64,17% em 2000 e para 35,66% em Para maiores informações consultar sítio do IBGE - < 19&id_pagina=1?>. Quadro 1.8. Indicativos de renda, pobreza e desigualdade em Bonito de Minas a 2010 Renda, Pobreza e Desigualdade - Bonito de Minas - MG Renda per capita (em R$) 73,74 85,69 195,65 % de extremamente pobres 69,85 64,17 35,66 % de pobres 89,30 81,07 56,14 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano (2013); Pnud, Ipea e FJP Com relação a porcentagem da renda apropriada por estratos da população indica-se os 20% mais ricos de Bonito de Minas detinham, em 2010, cerca de 59,43% da riqueza desse município enquanto que, nessa mesma proporção, os 20% mais pobres apropriavam apenas 1,45% da renda produzida. Quadro 1.9. Porcentagem da Renda Apropriada por Estratos da População - Bonito de Minas - MG % mais pobres 5,24 0,00 1,45 40% mais pobres 14,26 0,02 6,68 60% mais pobres 26,19 8,83 18,54 80% mais pobres 44,76 29,44 40,57 20% mais ricos 55,24 70,56 59,43 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano (2013); Pnud, Ipea e FJP Cabe ainda registrar o Índice de Desenvolvimento Familiar (IDF), indicador sintético que mede o grau de desenvolvimento das famílias possibilitando apurar o grau de vulnerabilidade de cada família do CADÚNICO, bem como analisar um grupo de famílias ou mesmo o total de famílias do município. O índice varia de 0 a 1, quanto mais próximo de 1 melhores as condições da família 3 3 Para mais informações vide: < 52

54 (). Como é possível identificar na tabela abaixo, os componentes que mais comprometem o IDF em Bonito de Minas são: Acesso ao trabalho, Acesso ao conhecimento e Disponibilidade de recursos. Tabela Índice de Desenvolvimento Familiar e seus componentes em Bonito de Minas Índice e seus componentes Índice Índice de Desenvolvimento Familiar (IDF) 0.50 Vulnerabilidade 0.70 Acesso ao conhecimento 0.31 Acesso ao trabalho 0.23 Disponibilidade de recursos 0.33 Desenvolvimento infantil 0.93 Condição Habitacional 0.50 Fonte: Relatórios de Informações Sociais / SAGI / MDS. O Índice de Desenvolvimento Familiar de Bonito de Minas de 0.50 indica a fragilidade das condições de vida no município. Quando os demais componentes são analisados vê-se o quanto é preciso investir para que o acesso ao conhecimento, ao trabalho, entre os fatores como as condições habitacionais tenham incrementos significativos e qualitativos nos territórios Participação e Organização Social Outro dado importante que deve ser olhado com cuidado nas cidades em estudo, refere-se à organização e à participação social. Estes dados importam quando o que se pretende é aumentar o grau de empoderamento popular, um dos objetivos do Projeto 10Envolver. Os conselhos municipais são espaços de participação que ganharam força com a instituição da Constituição de A seguir apresenta-se um quadro com a existência de conselhos no município. Quadro Existência de conselhos municipais em Bonito de Minas 2010 Conselho Assistência Social Conselho Tutelar Saúde Meio Ambiente Habitação Gestor do Programa Bolsa Família Crianças e Adolescentes Segurança Pública (este não havia sido marcado como existente...) Segurança Alimentar Direito dos Idosos Defesa dos Direitos de Pessoas Deficientes Desenvolvimento Rural Direitos da Mulher Política Urbana ou de Desenvolvimento Urbano Transporte Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Existência Como é possível verificar no quadro acima, em termos quantitativos, o município apresenta um significativo número de conselhos, sete. Contudo, há que se verificar a expressividade e a capacidade de controle social dos mesmos. De maneira geral, em termos de Brasil, sabe-se que ainda há muito por fazer para aumentar e incentivar a participação popular e o acompanhamento, por parte da população local, no debate e na implementação de políticas públicas. Observe-se que em Bonito de Minas não há Conselho de Desenvolvimento Rural, aspecto Sim Não 53

55 preocupante em se tratando de município com mais de 70% dos domicílios particulares permanentes localizados em área rural SAÚDE Em se tratando de saúde, os dados identificados como relevantes para esta análise referem-se à atenção básica, mortalidade e equipamentos. Em 2009 o único estabelecimento de saúde existente no município era público municipal, vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e equipado para atendimento ambulatorial (com atendimento médico em especialidades básicas) e odontológico (não equipado para internações). (Fonte: IBGE Cidades) Os dados gerais sobre a situação da saúde em Bonito de Minas não se distanciam muito do encontrado para os demais municípios com baixo IDH. Dos aspectos positivos vale ressaltar a taxa 0 (zero) encontrada para mortalidade por causas externas (acidentes de transporte e homicídios) e a reduzida proporção de internações por doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado (dados referentes ao ano de 2010). 54

56 Quadro Dados gerais sobre situação da saúde em Bonito de Minas 2010 Taxa bruta de mortalidade 3,2 (por mil habitantes) Taxa bruta de mortalidade padronizada 2,46 (por mil habitantes) Taxa de mortalidade por acidente de transporte da população de (por 100 mil 0 15 a 29 anos habitantes) Taxa de mortalidade por homicídio na população total 0 (por 100 mil habitantes) Taxa de mortalidade por homicídio da população de 15 a 29 anos 0 (por 100 mil habitantes) Mortalidade proporcional da população idosa (60 anos ou mais) 61,29 (%) Notificação de óbito por raiva humana transmitida por cão ou gato 0 Nº Proporção de nascidos vivos com baixo peso 11,00 (%) Proporção de internações por doenças relacionadas ao 0,47 (%) saneamento ambiental inadequado Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Dos dados sobre atenção básica (apresentados no quadro a seguir) chamam atenção os referentes à proporção da população atendida pelo Programa de Saúde da Família (PSF) e a cobertura vacinal de tríplice viral da população de 1 ano de idade, ambos inferiores à maioria dos municípios em estudo. Quadro Dados gerais sobre saúde - atenção básica - em Bonito de Minas 2010 Proporção da população atendida pelo PSF 89,17 % Meses de cobertura do PSF 12 Meses Proporção de nascidos vivos cujas mães realizaram 7 ou mais consultas de pré-natal 42,40 % Cobertura vacinal de tetravalente em menores de 1 ano 100,00 % Cobertura vacinal contra poliomielite em menores de 1 ano 100,00 % Cobertura vacinal de tríplice viral da população de 1 ano de idade 83,06 % Cobertura vacinal em campanha contra influenza da população de 60 anos ou mais Proporção de óbitos por causas mal definidas sem assistência médica 9,68 % 94,99 % Proporção de óbitos por causas mal definidas 3,23 % Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Ainda sobre saúde, é importante destacar dados referentes à mortalidade infantil. O número de óbitos de menores de um ano de idade na população residente em determinado espaço geográfico reflete, de maneira geral, as condições de desenvolvimento socioeconômico e infraestrutura ambiental, bem como o acesso e a qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde materna e da população infantil. Como é possível verificar no quadro a seguir, em 2009 Bonito de Minas apresentou uma elevada Taxa de Mortalidade Infantil, superior a 50 por mil habitantes, valor que na classificação da taxa é considerado alto (a critério de comparação, nesse mesmo ano a Taxa para o Brasil era de 16,8 e para Minas Gerais 16,98). Em 2010 e 2011 verifica-se queda significativa na Taxa municipal. A queda permitiu que o município fosse classificado como Taxa média (entre 49 e 21 por mil habitantes), mas manteve-se superior à apresentada por Minas Gerais e Brasil. 55

57 Quadro Taxa de mortalidade infantil e Número de óbitos infantis em Bonito de Minas Ano Taxa de mortalidade infantil Nº de óbitos infantis , , , , ,26 3 Fonte:Ministério da Saúde / DATASUS / Pacto pela Saúde, Gráfico Evolução da Taxa de mortalidade infantil: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas ,0 51,0 41,0 55,17 De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano de 2013, a mortalidade infantil em Bonito de Minas reduziu 52% entre os anos 2000 a Esse indicativo, de mortalidade infantil, incorpora os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas. Para tanto, esforça-se para que esse índice brasileiro esteja abaixo de 17,9 óbitos por mil nascidos em ,0 21,0 11,0 1,0 25,21 20,01 17,56 17,38 16,8 15,97 17,4 16,98 16,16 13,79 12,50 Brasil Minas Gerais Bonito de Minas Fonte:Ministério da Saúde / DATASUS / Pacto pela Saúde, Os dados sobre os tipos de deficiências não apresentam surpresas e se aproximam dos verificados para o Brasil e Minas Gerais. Cabe registrar que 24,2% da população apresentavam pelo menos uma das deficiências investigadas pelo Censo 2010 (visual, auditiva, motora, mental/intelectual). A tabela a seguir, ilustra isso. 56

58 Tabela Distribuição percentual da população por tipo de deficiência: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas Minas Bonito de Tipo de deficiência Brasil Gerais Minas Pelo menos uma das deficiências investigadas 23,91 22,62 24,20 Deficiência visual - não consegue de modo algum 0,27 0,23 0,18 Deficiência visual - grande dificuldade 3,18 3,02 3,56 Deficiência visual - alguma dificuldade 15,31 13,79 14,70 Deficiência auditiva - não consegue de modo algum 0,18 0,17 0,26 Deficiência auditiva - grande dificuldade 0,94 1,02 1,30 Deficiência auditiva - alguma dificuldade 3,97 3,93 4,93 Deficiência motora - não consegue de modo algum 0,39 0,40 0,30 Deficiência motora - grande dificuldade 1,94 2,06 1,42 Deficiência motora - alguma dificuldade 4,63 4,57 5,67 Mental / Intelectual 1,37 1,53 1,66 Nenhuma dessas deficiências 76,06 77,36 75,80 Sem declaração 0,03 0,02 - Fonte: IBGE Cidades. Com relação às vulnerabilidades afeitas à população, estima-se que em Bonito de Minas exista um total de pessoas com algum tipo de deficiência, seja ela auditiva, motora, visual ou mental/intelectual. A tabela 6, exposta a seguir, contextualiza melhor o que foi anunciado: Tabela Identificação da população com algum grau de dificuldade físico-motora e/ou deficiências de Bonito de Minas Tipo de deficiências Alguma dificuldade Especificação/grau de impedimento Grande dificuldade Não consegue de modo algum Total de pessoas com alguma deficiência Auditiva Motora Visual Mental / intelectual Fonte: IBGE, Censo Demográfico / Total geral

59 Gráfico Distribuição percentual da população por tipo de deficiência: Brasil, Minas Gerais e Bonito de Minas ECONOMIA, EMPREGO E FINANÇAS Um dos principais índices que ajudam a entender o desenvolvimento humano e social de uma determinada localidade é o IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal). Tendo por base o ano de 2000, Bonito de Minas ocupava o 5º pior lugar no ranking do IDH-M dos municípios mineiros (0,580). É importante atentar para dois aspectos importantes do IDH-M no município: os três subíndices que compõem o IDH-M (Renda, Longevidade e Educação) são baixos, mesmo apresentando crescimento no período entre 1991 e 2000; o IDHM-Renda tem impacto significativo no índice final do município, sendo este subíndice o menor dos três componentes (nos dez municípios em estudo). Alguns dados já apresentados ajudam a explicar/entender o baixo IDH municipal. Fonte: IBGE Cidades. 58

60 Gráfico IDH-M de municípios mineiros selecionados 2000 Gráfico Composição do PIB a preços correntes em Bonito de Minas 2010 (em mil reais) Setubinha Monte Formoso Indaiabira 0,568 0,570 0, , , Pai Pedro 0, ,0 Bonito de Minas 0,580 Gameleiras 0, ,0 Novo Oriente de Minas Bertópolis 0,582 0, , Fruta de Leite 0, , Crisólita 0, Poços de Caldas 0,4 0,841 0,0 Serviços Agropecuária Indústria Produtos líquidos de subsídios Obs.: Municípios selecionados: 10 menores IDH-M e maior IDH-M de Minas Gerais. Fonte:Atlas do Desenvolvimento Humano / PNUD, Conforme informações do IBGE Cidades, o Produto Interno Bruto (PIB) de Bonito de Minas em 2010 era R$ ,00 e o PIB per capita R$3.931,57. O destaque em sua composição era para o setor de serviços, com R$ ,00, seguido da Agropecuária (R$ ,00), Indústria (R$ ,00) e Impostos sobre produtos líquidos de subsídios (R$ ,00), todos a preços correntes. Fonte: IBGE Cidades. Entre os 10 municípios em estudo pelo Projeto 10Envolver, segundo o IMRS/FJP, Bonito de Minas apresentava em 2010 uma renda per capita de R$279,20 - segundo menor valor entre os 10 municípios em estudo. Apesar do baixo valor da renda per capta, o município apresentou a maior taxa de crescimento 59

61 dessa renda entre os anos 2000 e 2010 (também entre os 10 municípios em estudo), 182,45%. Quadro Dados gerais sobre renda e emprego em Bonito de Minas 2000 e 2010 Renda per capita (R$ de ago) 2000 FJP 98,89 Renda per capita (R$ de dez) 2010 FJP 279,20 Empregados do setor formal (pessoas) FJP 368 Taxa de emprego no setor formal (%) FJP 6,6 Rendimento médio no setor formal (R$ de dez/2010 / empregado) FJP 769,75 Rendimento per capita no setor formal (R$ de dez/2010 / habitante) FJP 29,28 Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento domiciliar, por situação do domicílio Urbana 1.364,72 (R$) IBGE Cidades Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento domiciliar, por situação do domicílio Rural 702,21 (R$) IBGE Cidades Fonte: IBGE Cidades; Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Conforme o Boletim de Informações Sociais Dinâmica das Ocupações Formais segundo RAIS - Principais ocupações formais do público BSM, elaborado pela Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que divulga dados municipais, no período de 2008 e 2011, a quantidade de vagas no mercado formal aumentou em 145 postos. A maior elevação concentrouse no Grupo 5 - Trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados, 86 postos. As ocupações formais com maior número de postos em 2011 no município eram as compostas pelos grupos 3 e 5 (com 148 e 163 postos respectivamente). As remunerações mais altas estavam concentradas nos grupos 1 e 2. Em particular, cabe destacar a variação de 5564,26% na remuneração média no Grupo 3 - Técnicos de nível médio e a remuneração média de R$ 2.477,58 pertencente ao Grupo 1 - Membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e de empresas e gerentes em Grupo 1 Ocupação Quadro Grandes grupos ocupacionais Membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e de empresas e gerentes 2 Profissionais das ciências e das artes 3 Técnicos de nível médio 4 Trabalhadores de serviços administrativos 5 Trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados 6 Trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca 7 Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais 8 Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais 9 Trabalhadores em serviços de reparação e manutenção Fonte: Boletim Relatórios de Informações Sociais Dinâmica das Ocupações Formais segundo RAIS - Principais ocupações formais do público BSM / SAGI / MD 60

62 Quadro Grandes grupos ocupacionais por remuneração média e número de postos em Bonito de Minas e 2011 Remuneração Postos Remuneração Postos Variação da Grupo média em 2008 em 2008 média em 2011 em 2011 Remuneração , , ,29% , % 3 16, , ,26% 4 92, , ,15% 5 118, , ,64% 6 451, , ,46% 7 125, , ,40% % ,8 17 -% Fonte: Boletim Relatórios de Informações Sociais Dinâmica das Ocupações Formais segundo RAIS - Principais ocupações formais do público BSM / SAGI / MDS. Um significativo aspecto deve ser destacado tendo em vista a perspectiva de gênero. Segundo dados do Portal ODM 4, havia maior representação das mulheres em relação a inserção no mercado de trabalho. A participação da mesma no mercado formal era de 55,3% em O percentual em 2011 do rendimento feminino em relação ao masculino era de 105,4% independentemente do nível de escolaridade. Entre os de nível superior o percentual é ainda maior, passa para 83%. 4 Disponível em:< em: 01 set Gráfico Evolução do número de postos de trabalho em Bonito de Minas 2008 e 2011 (três grup0s com maior número de postos em 2011) 181,0 161,0 141,0 121,0 101,0 81,0 61,0 41,0 21,0 1, Postos em 2008 Postos em 2011 Grupo 5 Grupo 3 Grupo 4 De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano de 2013, entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais - economicamente ativa - passou de 60,92% em 2000 para 56,45% em Já a taxa de desocupação - população economicamente ativa, mas desocupada - passou de 8,77% em 2000 para 9,06% em 2010, conforme sinaliza o Quadro 17, apresentado a seguir: 61

63 Quadro Ocupação da população de 18 anos ou mais - Bonito de Minas MG ( ) Taxa de atividade 60,92 56,45 Taxa de desocupação 8,77 9,06 Grau de formalização dos ocupados - 18 anos ou mais 11,38 22,28 Nível educacional dos ocupados % dos ocupados com fundamental completo 6,92 28,43 % dos ocupados com médio completo 3,62 16,88 Rendimento médio % dos ocupados com rendimento de até 1 s.m. 90,82 71,28 % dos ocupados com rendimento de até 2 s.m. 97,32 94,91 Fonte: Pnud, Ipea e FJP Os dados publicizados ainda sinalizam que no ano de 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais, 59,81% trabalhavam no setor agropecuário, 0,47% na indústria extrativa, 0,83% na indústria de transformação, 3,76% no setor de construção, 0,54% nos setores de utilidade pública, 6,58% no comércio e 23,76% no setor de serviços (ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO, 2013). Os principais produtos da lavoura permanente em 2011 foram: coco-da-baía (27 mil frutos produzidos) e limão (8 toneladas produzidas). Já os produtos da lavoura temporária neste mesmo ano foram: arroz, cana-de-açúcar, feijão, mandioca e milho (vide produção no quadro a seguir). Quadro Produtos da lavoura temporária em Bonito de Minas Produto Quantidade produzida Arroz (em casca) Cana-de-açúcar Feijão (em grão) Mandioca Milho (em grão) Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Produção em toneladas. O quadro anterior, que apresenta a produção da lavoura temporária, nos permite identificar que a produção de cana-deaçúcar e mandioca é mais recente no município (2010 e 2011), enquanto a produção de arroz, feijão e milho tem registro desde 2004 pelo IBGE Cidades. É importante atentar também para a constante queda na quantidade produzida de arroz e feijão. Quanto à produção pecuária, é possível identificar que 6 dos 10 produtos identificados no município apresentaram aumento na produção de 2010 para 2011 (destacados no quadro a seguir). Aspecto positivo, inclusive por se tratar de produtos alimentícios, e que merece atenção para que o crescimento se mantenha constante. 62

64 Quadro Dados sobre produção pecuária em Bonito de Minas Quantidade produzida Produto Unidade Bovinos cabeças Eqüinos cabeças Suínos cabeças Caprinos cabeças Galos, frangas, frangos e pintos cabeças Galinhas cabeças Vacas ordenhadas cabeças Leite de vaca Mil litros Ovos de galinha Mil dúzias Mel de abelha Kg Fonte: IBGE Cidades. 63

65 1.8. SEGURANÇA PÚBLICA Segurança pública representa hoje uma das principais preocupações da população brasileira, sejam de cidades pequenas, médias ou grandes. Mas cabe atentar que em muitos municípios a sensação de insegurança é também um problema que merece atenção. Sendo assim, dados sobre segurança pública devem ser considerados quando o que se pretende é fortalecer a organização social, promover o empoderamento e melhorar a qualidade de vida da população local. Dados gerais sobre equipamentos de segurança pública e capacidade de aplicação da lei identificados pelo Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS/FJP) e apresentados a seguir, indicam certa precariedade em Bonito de Minas, seja em equipamentos ou em capacidade de aplicação da lei. De acordo com o Índice, em 2010 haviam 1.934,6 habitantes por policial militar, número elevado se comparado a outros municípios. No ranking das 10 cidades em estudo, Bonito de Minas ocupa o 10º lugar e em 9º ficou Setubinha com habitantes por policial militar. Quanto ao número de habitantes por promotor da comarca, entre os 10 municípios em estudo, Bonito de Minas ocupa a 9ª posição com ,38 habitantes por promotor. Em último ficou Pai Pedro com ,75 habitantes por promotor. Quadro Capacidade de aplicação da lei em Bonito de Minas 2010 Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro Obs.: n.d. informação não disponível Tabela Equipamentos e dados gerais sobre segurança pública em Bonito de Minas 2010 Equipamento / Dado Situação Existência de delegacia de Polícia Civil Existência de delegacia de proteção a criança e ao adolescente Existência de delegacia de polícia especializada no atendimento à mulher Existência de guarda municipal Existência de unidade prisional Dado Nº Número de habitantes por policial militar 1.934,60 Número de policiais militares 5 Número de habitantes por policial civil Número de policiais civis Número de habitantes por juiz na comarca Número de habitantes por promotor na comarca ,38 Número de habitantes por defensor público na comarca Existência de unidade de internação de adolescentes infratores Taxa de armas apreendidas (por cem mil habitantes) 671,97 Taxa de detidos em crimes violentos (%) 0 Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. n.d. n.d. n.d. n.d. Não Não Não Não Não Não 64

66 FRUTA DE LEITE 65

67 2. FRUTA DE LEITE 2.1. BREVE HISTÓRICO E LOCALIZAÇÃO Fruta de Leite localiza-se no Norte de Minas Gerais a uma distância de 47 km de Salinas e 613 km de Belo Horizonte. Sua altitude é 900 m e o clima semiárido. Figura 2.1. Delimitação territorial do município de Fruta de Leite. A cidade tem este nome pela presença em sua vegetação de uma grande quantidade de uma fruta comestível adocicada chamada fruta de leite. Sua emancipação ocorreu no dia 12 de dezembro de 1995 e a padroeira da cidade é Santa Izabel. Quem nasce em Fruta de Leite é fruta de leitense. O distrito foi criado pela Lei Municipal nº1435, em 1993, subordinado ao município de Salinas. Tornou-se um município pela Lei Estadual nº 12030, de 1995, desmembrando-se desse. Sua sede atual é no distrito de Fruta de Leite e data de Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído do distrito sede. De acordo com o IBGE, Fruta de Leite, município de pequeno porte, ocupa uma área territorial de 762,785 km² e, em 2010 tinha uma população de habitantes e uma densidade demográfica de 7,79 habitantes por Km². Conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano de 2003 (ano base 2000), apenas oito municípios mineiros apresentavam IDH-M inferior ao seu, que atingiu apenas 0,586. Sua economia concentra-se, principalmente, na agricultura, pecuária e serviços gerais. Aspectos que serão tratados a seguir. Fonte: Google.com.br. 66

68 Figura 2.2. Indicação espacial dos municípios Fruta de Leite, Salinas e Belo Horizonte. Figura 2.3. Imagem aérea de Fruta de Leite (parcial). Fonte: Google Earth. Fonte: Google Earth. 67

69 2.2. DADOS GERAIS SOBRE DEMOGRAFIA, FAMÍLIAS E DOMICÍLIOS Composição populacional Muitos municípios brasileiros de pequeno porte têm apresentado um crescimento negativo da população residente nos últimos anos. Uma das explicações para este fenômeno relaciona-se à baixa dinâmica econômica de tais municípios e a consequente dificuldade de acesso a emprego e renda. Considerando a baixa dinâmica econômica, e os poucos atrativos municipais, parte da população, principalmente jovens e adultos, deixa o município em busca de mais oportunidades. Para autores como Camarano e Abramovay (1999, p.24), o campo e o urbano se interagem muito mais na contemporaneidade. Sendo assim, só resta saber se esta abertura dará lugar a laços construtivos e interativos ou se levará à desagregação do tecido social existente hoje no meio rural. Na última década ( ) o IBGE identificou crescimento negativo na população municipal. De acordo com os dois últimos censos demográficos a população residente no município caiu de habitantes para 5.940, uma redução de 12,4%, situação que merece atenção. Em grande parte dos municípios brasileiros a composição da população segundo o sexo apresenta uma pequena vantagem quanto ao número de mulheres. Ou seja, mesmo que em pequena diferença, há mais mulheres que homens. Fenômeno que se repete no conjunto dos municípios de Minas Gerais e do Brasil. Fruta de Leite, por sua vez, apresenta-se como uma exceção. Quanto a esse tipo de distribuição (por sexo), é possível identificar nos Censos de 2000 e 2010 uma pequena diferença numérica positiva para os homens (50,14% de homens em 2000 e 50,91% em 2010). No entanto, a diferença é mínima e permite afirmar que existe um equilíbrio entre os sexos. O dado apenas chama atenção por se diferenciar do encontrado para o Brasil e Minas Gerais nos últimos recenseamentos. A tabela a seguir apresenta estes dados em números e em percentuais. Tabela 2.1. População residente por sexo: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Região Nº % Sexo geográfica Brasil Minas Gerais Total ,00 100,00 Homens ,22 48,97 Mulheres ,78 51,03 Total ,00 100,00 Homens ,47 49,2 Mulheres ,53 50,8 Total ,00 100,00 Fruta de Leite - MG Homens ,14 50,91 Mulheres ,86 49,09 Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e

70 Gráfico 2.1. População masculina (em %): Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite ,0 50,0 40,0 30,0 49,22 49,47 48,97 49,2 50,14 50,91 constatações: o maior contingente populacional de Fruta de Leite está mesmo no meio rural. E é nesse lugar que buscam estratégias para melhoria de sua condição de vida. Já a distribuição dos habitantes segundo sexo por situação do domicílio segue o padrão brasileiro e de Minas Gerais, qual seja: mais homens que mulheres residindo em áreas rurais. Gráfico 2.2. População rural (em %): Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite ,0 90,0 20,0 80,0 10,0 70,0 60,0 69,87 65,72 0,0 Brasil Minas Gerais Fruta de Leite Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e Outro aspecto interessante da composição populacional de Fruta de Leite refere-se à distribuição segundo a situação do domicílio (urbano/rural). Essa distribuição chama atenção por também se distanciar, significativamente, do verificado para o Brasil e Minas Gerais. Em 2010, mais de 65% da população do município residia em área rural, enquanto que os dados encontrados para Brasil e Minas Gerais não atingiam 16%. As investigações sociais realizadas in loco confirmam tais 50,0 40,0 30,0 18,75 18,00 20,0 15,64 14,71 10,0 0,0 Brasil Minas Gerais Fruta de Leite Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e

71 Tabela 2.2. Percentual da população residente segundo situação do domicílio: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Região geográfica Urbano Rural Urbano Rural Brasil 81,25 18,75 84,36 15,64 Minas Gerais 82,00 18,00 85,29 14,71 Fruta de Leite 30,13 69,87 34,28 65,72 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / A partir da Tabela 2.2 registra-se uma redução de 4,5% da população que reside no meio rural, entre os anos de 2000 a 2010, e um aumento da população urbana equivalente a 4,15%, nesse mesmo período de referência. Ao analisar a Tabela 2.3 e o Gráfico 2.3, respectivamente, percebe-se, também, o crescimento e predominância do número de homens nesses territórios. Tabela 2.3. Percentual da população rural composta por homens: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Região geográfica Brasil 51,39 52,62 Minas Gerais 51,52 53,19 Fruta de Leite 50,67 52,15 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Gráfico 2.3. Distribuição percentual da população residente na área rural por sexo: Fruta de Leite 2010 Mulheres; 47,85 Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e Famílias e Domicílios Homens; 52,15 Em 2010, o Censo Demográfico identificou domicílios particulares permanentes em Fruta de Leite. Quanto à situação dos domicílios (localização em área urbana ou rural), Fruta de Leite apresenta uma situação inversa à verificada para o Brasil e Minas Gerais, com mais municípios localizados em área rural. O processo de urbanização acelerada experimentado pelo país, que hoje resulta em mais de 85% dos domicílios em áreas 70

72 urbana, não impactou diretamente o município, que em 2010 se deparava com 61,81% dos domicílios particulares permanentes em área rural. Com esse percentual de domicílios localizados em área rural, fica evidente a necessidade de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento rural e o fortalecimento da agricultura familiar. Cabe, ainda, ressaltar que, quanto à situação dos domicílios (localização em área urbana / área rural), Fruta de Leite está entre os 149 municípios mineiros com mais de 50% dos domicílios particulares permanentes situados em área rural. acompanhando com atenção para se evitar diminuição e precariedade da infraestrutura e da rede de serviços e, consequentemente, queda na qualidade de vida. Tabela 2.4. Distribuição percentual dos domicílios particulares permanentes por situação: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Região geográfica Urbana Rural Urbana Rural Brasil 83,35 16,65 85,87 14,13 Minas Gerais 83,26 16,74 86,05 13,95 Fruta de Leite 34,24 65,76 38,19 61,81 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Aqui, atenta-se para a irregularidade fundiária existente no município que ainda não possui legislação, plano ou programa municipal específico que dispõe sobre essa situação. De acordo com o Relatório Dinâmico de Fruta de Leite/MG, sob a direção do PNUD 5 a proporção de moradores, em 2010, com acesso ao direito de propriedade (própria ou alugada) atingia 94,5%. O hiato existente revela que a permanência dessa situação irregular inviabiliza a legalização da posse da terra e o acesso, principalmente, de produtores rurais, a vários direitos e benefícios sociais. De 2000 para 2010 verificou-se um aumento no número de domicílios particulares permanentes (1.472 em 2000 e em 2010). Esse crescimento foi maior na área urbana, onde em 2000 haviam quinhentos e quatro domicílios e em 2010 seiscentos e seis (aumento de 20%). Crescimento que deve ser 5 Disponível em:< em: 01 set

73 Gráfico 2.4. Distribuição percentual dos domicílios particulares permanentes por situação: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite 2010 Gráfico 2.5. Média de moradores em domicílios particulares ocupados (Pessoas): Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite ,0 90,0 85,87 86,06 4,8 80,0 4,6 4,57 70,0 60,0 61,81 4,4 4,2 50,0 40,0 38,19 30,0 20,0 14,13 13,95 10,0 0,0 Brasil Minas Gerais Fruta de Leite Urbana Rural Fonte: IBGE, Censo Demográfico ,0 3,8 3,6 3,4 3,2 3,0 3,76 3,73 3,72 3,31 3, Brasil Minas Gerais Fruta de Leite A média de moradores em domicílios particulares ocupados em Fruta de Leite, apesar de superior à encontrada para Brasil e Minas Gerais, apresentou queda na última década (4,57 em 2000 e 3,73 em 2010). Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Outro dado a ser ressaltado, refere-se ao número de moradores por domicílio. De acordo com o Censo 2010, 12,98% dos domicílios particulares ocupados no município tinham apenas 1 morador e 17,96% tinham 6 ou mais moradores. Quando comparado aos demais municípios em estudo, verifica-se que 72

74 Fruta de Leite é um dos cinco que apresentam mais de 15% dos domicílios com seis ou mais moradores. Gráfico 2.6. Distribuição da população por número de moradores em domicílios particulares ocupados (em %): Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite ,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 12,18 13,00 12,98 79,02 79,50 69,07 8,79 7,51 17,96 domicílios reconhecidos por seus moradores como Próprios : 89,04% (1.413 unidades); 4,41% (70 unidades) foram identificados como Alugado ; e, 6,11% (97 unidades) como Cedido. Ressalta-se que o percentual de imóveis residenciais próprios é um dos mais altos dentre os 10 municípios objetos de estudo do Projeto 10Envolver e superior ao identificado para Brasil e Minas Gerais (aproximadamente 70%) e que produz reflexos positivos no orçamento familiar. O município apresenta menor percentual da população na idade adulta (aqui considerada de 25 a 59 anos), quando comparado ao Brasil e Minas Gerais. O percentual de idosos (60 anos ou mais) identificado foi de 12,86, próximo ao identificado para Minas (11,80%) e Brasil (10,79%). Enquanto o Índice de envelhecimento apresentou crescimento na última década, passando de 18,7 em 2000 para 34,2 em 2010 (FJP), a Razão de dependência apresentou queda, saindo de 58,8 em 2000 e chegando a 54,7 em A concessão de benefícios sociais, como o BPC, se tratando da população idosa, pode ser um fator explicativo nesse sentido. 0,0 1 morador 2 a 5 moradores 6 moradores ou mais Fonte: IBGE, Censo Demográfico Brasil Minas Gerais Fruta de Leite Ainda sobre os domicílios, os dados sobre a condição da ocupação chamam atenção quanto ao elevado número de 73

75 A tabela e o gráfico a seguir ilustram bem a distribuição etária. Tabela 2.5. Distribuição percentual da população por faixa etária: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Faixa etária Brasil Minas Gerais Fruta de Leite a 4 anos 9,65 7,24 9,03 6,51 12,26 9,48 5 a 9 anos 9,76 7,85 9,40 7,30 12,45 10,59 10 a 17 anos 16,53 14,43 16,14 13,94 22,49 18,46 18 e 24 anos 13,75 12,52 13,68 12,29 12,75 12,12 25 a 39 anos 23,04 24,50 23,14 24,07 14,15 18,05 40 a 49 anos 11,35 13,02 11,89 13,62 9,22 9,07 50 a 59 anos 7,37 9,66 7,65 10,49 7,36 9,38 60 a 69 anos 4,82 5,95 5,18 6,42 5,58 6,73 70 anos ou mais 3,73 4,84 3,90 5,38 3,73 6,13 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Os indicativos da tabela 5 permitem afirmar que 50,65% da população de Fruta de Leite é composta pelo segmento infanto juvenil (pessoas de 0 a 24 anos). O percentual equivalente à população adulta (de 25 a 59 anos) é de 36,5% enquanto o da população com 60 anos ou mais é de 13,46%. Sinaliza-se a importância de políticas públicas para a proteção e garantia de direitos sociais da parcela para todos os cidadãos, principalmente para a parcela que hoje é majoritária e que tenderá, para as futuras décadas, para o envelhecimento. Gráfico 2.7. Distribuição percentual da população por faixa etária: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite ,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 29,52 27,75 38,53 12,52 12,29 12,12 48,18 47,18 36,50 12,86 11,8 10,79 Até 17 anos De 18 a 24 anos De 25 a 59 anos 60 anos ou mais Fonte: IBGE, Censo Demográfico Brasil Minas Gerais Fruta de Leite Em relação à cor / raça, os dados apresentam distribuição diversa da encontrada para Brasil e Minas. Mais de 65% da população do município autodeclara-se Parda, enquanto para as demais regiões aqui tratadas (Brasil e Minas Gerais) o percentual não atinge 50%. O percentual de Branca também chama atenção por se distanciar do encontrado para Brasil e Minas Gerais (ver tabela e gráfico a seguir). 74

76 Tabela 2.6. Distribuição percentual da população por cor / raça: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite 2010 Cor / Raça Brasil Minas Gerais Fruta de Leite Branca 47,51 45,06 22,52 Preta 7,52 9,22 7,68 Amarela 1,10 0,96 1,32 Parda 43,42 44,58 68,43 Indígena 0,43 0,16 0,06 Sem declaração 0,02 0,01 - Total 100,00 100,00 100,00 Fonte: IBGE, Censo Demográfico Gráfico 2.8. Distribuição percentual da população por cor/raça ( Branca e Parda ): Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite ,0 70,0 60,0 50,0 47,51 45,06 43,42 44,58 68,43 Não se tem registro da existência de populações tradicionais indígenas ou comunidades quilombolas no município de Fruta de Leite, conforme listagem disponibilizada pelo CEDEFES e por Organizações não governamentais diversas 6. 40,0 30,0 20,0 10,0 22,52 0,0 Branca Parda Fonte: IBGE, Censo Demográfico Brasil Minas Gerais Fruta de Leite 6 Para consulta a relação de comunidades quilombolas do Estado de Minas Gerais consultar o site: < 75

77 2.3. INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE Outras informações importantes e que devem ser levadas em consideração neste primeiro momento de identificação das principais características do município refere-se à infraestrutura disponível e ao meio ambiente. Dados sobre a infraestrutura geral nos permitem uma visão mais próxima da real qualidade de vida da população residente em termos de acesso à habitação e serviços básicos como energia elétrica, água, saneamento, transporte entre outros. Sobre os serviços básicos que cercam a questão da habitação, pode-se verificar certa precariedade no município e, consequentemente, a urgência de expansão e melhorias. Em se tratando de município com mais de 60% dos domicílios em área rural, os dados apresentados no quadro a seguir não chegam a ser uma surpresa. No entanto, não é possível passar por eles sem um estranhamento. Praticamente todos os domicílios da área urbana e aproximadamente 12% dos domicílios na área rural têm acesso à água via rede geral. Mas chamam atenção os elevados percentuais de domicílios que não acessam água por rede geral ou poço/nascente na propriedade (45,31%) e que não possuem banheiro/sanitário exclusivo do domicílio (28,35%). A inexistência de coleta de esgoto via rede geral merece destaque. Informações importantes que indicam a necessidade de maior investimento em infraestrutura, saneamento e controle da qualidade da água utilizada para consumo residencial, inclusive por questões de saúde pública. Por outro lado, o percentual de domicílios com acesso a energia elétrica indica um aspecto positivo, mais de 90% deles têm acesso a este serviço. Quadro 2.1. Dados gerais sobre infraestrutura e saneamento em Fruta de Leite (em %) 2010 Dado 2010 Domicílios com acesso a abastecimento de água por rede geral 45,31 Domicílios com acesso a abastecimento de água por poço ou nascente na propriedade Domicílios com acesso a abastecimento de água por outra forma 45,31 Domicílios com acesso a energia elétrica 94,83 Domicílios atendidos com sistema de esgotamento sanitário rede geral 0,06 Domicílios atendidos com sistema de esgotamento sanitário fossa 69,81 Domicílios com existência de banheiro ou sanitário de uso exclusivo do domicílio 71,65 Domicílios atendidos por sistema de coleta de lixo 29,99 Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Percentuais calculados a partir de um total de domicílios. Nas questões de vulnerabilidade social apontadas pelo Atlas do Desenvolvimento Humano de 2013, a porcentagem de pessoas em domicílios com abastecimento de água e esgotamento sanitário inadequados aparece como um importante indicativo dessa realidade. Em Fruta de Leite acusava-se, no ano 2000, a ocorrência de 36,38% de pessoas em domicílios nessas situações, enquanto que em 2010, situa-se a redução desses percentuais para 12,54% (PNUD, Atlas do Desenvolvimento Humano, 2013). A frota de veículos em Fruta de Leite apresentou crescimento de 298% entre os anos de 2005 a Chama atenção o aumento no número de automóveis e motocicletas. Como indica a tabela 9,39 76

78 a seguir, o número automóveis saltou de 65 em 2005 para 178 em 2012 e o de motocicletas passou de 137 para 445. Tabela 2.7. Frota de veículos circulantes em Fruta de Leite Veículo Automóvel Caminhão Caminhão trator Caminhonete Camioneta Micro-ônibus Motocicleta Motoneta Ônibus Trator de rodas Utilitário Outros Total de Veículos Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Dados de 2008 não disponíveis. Gráfico 2.9. Crescimento da frota de veículos circulantes em Fruta de Leite ,0 701,0 601,0 501,0 401,0 301,0 201,0 101,0 1, Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Dados de 2008 não disponíveis Automóvel Motocicleta Total de veídulos Poucos dados secundários sobre o meio ambiente e degradação ambiental foram localizados,. Por meio da Tabela 2.8, apresentada a seguir, tem-se um indicativo das áreas de proteção existentes e percentagens de cobertura da vegetação desse município. 77

79 2.4. EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES Tabela 2.8. Dados gerais sobre meio ambiente em Fruta de Leite 2010 Dado Percentual Percentual de áreas de proteção integral 0,00 Percentual de áreas de uso sustentável 0,00 Percentual de cobertura vegetal por mata atlântica 0,00 Percentual de cobertura vegetal por flora nativa 45,41 Percentual de cobertura vegetal por reflorestamento 1,46 Percentual de áreas indígenas 0,00 Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Em termos gerais sabe-se que, desde 2008, o município não realiza licenciamento ambiental de impacto local conforme publicizam os dados e informações apresentadas pelo PNUD (2013) no Relatório Dinâmico de Fruta de Leite (Portal ODM, 2013). Ainda com base nesse documento identificam-se a escassez de recursos hídricos e os desmatamentos como algumas das ocorrências de degradação ambiental impactantes em seu território e nas condições de vida da população EDUCAÇÃO Como é sabido, a educação (escolarização da população) é um importante componente do cálculo do IDH. Os dados sobre educação em Fruta de Leite ganham destaque por apresentar percentuais de acesso, frequência e alfabetização inferiores aos encontrados para o país e para o estado. Primeiramente, chama atenção o percentual de pessoas com 5 anos ou mais de idade não alfabetizadas. Como é possível verificar no gráfico a seguir, na última década houve queda no percentual de analfabetos, reforçando o esforço de enfrentamento local deste problema. Mas, ainda assim, o município apresenta percentual significativamente superior de pessoas analfabetas ao verificado para o Brasil e Minas Gerais. 78

80 Gráfico Percentual de pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite ,0 36,0 31,0 26,0 21,0 16,0 11,0 6,0 1,0 15,7 13,3 38,95 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / ,9 10,53 8,55 Brasil Minas Gerais Fruta de Leite Esse dado merece detalhamento para melhor compreensão do problema. Tanto em 2000 quanto em 2010, Fruta de Leite apresentou percentual superior de não alfabetizados em todas as faixas etárias quando comparado ao Brasil e Minas Gerais. É importante registrar que 5,24% da população em idade regular para frequentar a escola, principalmente o ensino fundamental (5 a 14 anos), não eram alfabetizadas em Apesar de apresentar uma queda entre 2000 e 2010, esse percentual ainda é elevado. Mas cabe registrar que, geralmente, o processo de alfabetização para a maioria das crianças, principalmente àquelas que acessam a escola pública, se inicia aos 6 anos de idade. É importante ainda destacar que 16,95% das pessoas com 5 anos ou mais de idade não alfabetizadas se encontravam na faixa etária de 5 a 14 anos. Outro percentual que chama atenção no município é o de adultos entre 30 a 59 anos que também não são alfabetizados, 13,18%. Estes dados devem ser levados em consideração quando da elaboração de políticas educacionais especificas para crianças, jovens e adultos. Tabela 2.9. Pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas (em %): Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite Faixa etária Brasil Minas Gerais Fruta de Leite De 5 a 14 anos 5,62 2,81 4,28 1,74 10,14 5,24 De 15 a 29 anos 1,83 0,81 1,05 0,43 4,19 1,82 De 30 a 59 anos 3,25 3,86 2,71 3,06 10,54 13,18 60 anos ou mais n.d. 3,05 n.d. 3,31 n.d. 10,67 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Nota: n.d. = não disponível. 79

81 Gráfico Pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas por FAIXA ETÁRIA (em %): Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite ,0 13,18 Os dados sobre pessoas com pelo menos nível superior (graduação) concluído reforçam a baixa escolaridade e a necessidade de se investir na escolarização da população. Enquanto no Brasil e em Minas Gerais esse percentual ultrapassa 6%, em Fruta de Leite é pouco mais de 1%. 12,0 10,0 10,67 Gráfico Percentual da população com pelo menos nível superior (graduação) concluído: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite ,0 6,0 5,24 8,0 7,06 6,85 4,0 2,0 2,81 1,74 1,82 0,81 0,43 3,86 3,06 3,31 3,05 7,0 6,0 5,0 0,0 De 5 a 14 anos De 15 a 29 anos De 30 a 59 anos 60 anos ou mais 4,0 Fonte: IBGE, Censo Demográfico Brasil Minas Gerais Fruta de Leite 3,0 2,0 1,33 1,0 0,0 Brasil Minas Gerais Fruta de Leite Fonte: IBGE, Censo Demográfico

82 O quadro a seguir apresenta dados gerais sobre educação como números de matrículas, de docentes e de escolas identificados no município em Cabe registrar que todas as matrículas, em todos os níveis, são em escolas públicas. Quadro 2.2. Dados gerais sobre educação: em Fruta de Leite 2009 Dado Unidade Número Matrículas - Ensino fundamental matrícula Matrículas - Ensino médio matrícula 221 Matrículas - Ensino pré-escolar matrícula 66 Docentes - Ensino fundamental docente 84 Docentes - Ensino médio docente 21 Docentes - Ensino pré-escolar docente 8 Escolas - Ensino fundamental escola 9 Escolas - Ensino médio escola 1 Escolas - Ensino pré-escolar escola 1 Fonte: IBGE Cidades. A distorção idade-série é outra dimensão importante a ser analisada. Indica-se que há 43,2% de defasagem entre as pessoas que chegam até o ensino médio. Isso quer dizer que a distorção aumenta na medida em que se avança nos níveis de ensino. No ensino fundamental, particularmente, estima-se que 12,9% dos alunos estejam com idade superior à recomendada para as séries iniciais (1º ao 5º ano) enquanto 43,7% é apontado para as séries finais (6º ao 9º ano) (PNUD / Portal ODM, 2013). Demarca-se, nesse contexto, o significado social de ações políticas como do Pacto Nacional pela Alfabetização na idade certa, do Governo Federal, operacionalizado nos municípios. O IDEB de Fruta de Leite também apresentou variações consideráveis entre 2009 a Ano de referência Anos iniciais (4ª série/5º ano) Anos finais (8ª série / 9º ano) Fonte: MEC/INEP (2013) Quadro 2.3. IDEB de Fruta de Leite 2009 Meta projetada Resultado obtido Meta projetada Resultado obtido Ao combinar os resultados da avaliação do rendimento escolar às notas dos alunos obtidas no exame Prova Brasil, o IDEB de Fruta de Leite, para os anos iniciais, o inseriu na 1.772ª posição entre os brasileiros. Nessa mesma correlação, o Índice obtido para as séries finais o colocou na 5.305ª posição. Verifica-se, por meio dos dados apresentados no quadro 3 que as metas projetadas foram alcançadas, no ano de 2009, somente nas séries iniciais. Em 2011, o IDEB foi positivo em ambos os anos (iniciais e finais) da educação básica. Cabe sinalizar que a meta projetada para 2013 é de 4.4 para as séries iniciais e de 3.5 para as finais. Tais informações indicam que os resultados foram melhores, mais exitosos, nos primeiros anos de escolarização das crianças/adolescentes do ensino fundamental do que os obtidos 81

83 nas séries que se seguem. Cabe ressaltar que a variação do IDEB é de 0 a Cultura e Esportes Sobre cultura e esportes, poucos dados secundários foram encontrados para incrementar o presente relatório. As informações identificadas referem-se à gestão, participação popular e existência de equipamento. Quadro 2.4. Dados gerais sobre a Biblioteca Municipal em Fruta de Leite 2010 Acervo (livros, revistas, etc.) 10 mil a 20 mil exemplares Número de leitores por mês 189 Média mensal de empréstimos 95 Acesso à internet para o leitor Sem informação Número de funcionários 5 Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Segundo esta mesma fonte (IMRS/FJP), não foi identificada a existência de equipamentos de esporte. De acordo com o Índice Mineiro de Responsabilidade Social, desenvolvido pela Fundação João Pinheiro (IMRS/FJP), em Fruta de Leite, em se tratando de organização e gestão, a área cultural é mais estruturada que a área de esportes. Em 2010 existia no município Conselho de Patrimônio Cultural e Conselho Municipal de Cultura e o Órgão Gestor de Cultura era a própria Secretaria de Cultura. Nesse mesmo ano não havia Conselho Municipal de Esporte. O único equipamento de cultura existente identificado pelo referido Índice em 2010 no município foi a Biblioteca Municipal (outros como museu, teatro, cinema, centro cultural e banda de música inexistiam). O quadro a seguir apresenta dados gerais sobre acervo, número de leitores e serviços prestados pela Biblioteca municipal. 82

84 2.5. ASSISTÊNCIA, PARTICIPAÇÃO E ORGANIZAÇÃO SOCIAL Assistência Social Mesmo não compondo diretamente o indicador, a assistência social é um aspecto importantíssimo a ser pensado quando o assunto é município de baixo IDH. Geralmente, esses municípios têm um significativo percentual da população com renda e escolaridade baixas e, consequentemente, mais pessoas expostas aos riscos sociais. Municípios com estas características devem estar atentos às políticas públicas socioassistenciais nacionais e estaduais, e cada vez mais aprimorar os serviços de assistência social para atender as demandas da população. Destaca-se que entre os principais mecanismos de enfrentamento dos problemas de assistência social por parte dos municípios estão a previsão orçamentária para essa função (assistência social) e elaboração de Política Municipal de Assistência Social. Os dados sobre a gestão da assistência social dizem muito da capacidade de atendimento e apoio que o município pode oferecer à população menos abastada economicamente. Fruta de Leite se classifica como um município de pequeno porte I, considerando o seu contingente populacional e área de abrangência. De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento Social (2013), sistematizadas pela Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (SAGI), por meio dos relatórios da política de proteção social básica, o nível de habilitação da gestão da política municipal de Assistência Social de Fruta de Leite é básica. O Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) é o único equipamento público que legitima esse tipo de proteção social básica tendo previsão da capacidade de atendimento de até 500 famílias / ano, conforme dispositivos da NOB-SUAS de Quanto aos pisos previstos pela Política de Assistência Social tem-se o Piso Básico Variável,I ligado ao Projovem Adolescente, que até julho de 2013, era responsável pelo cofinanciamento de 02 (dois) coletivos juvenis com capacidade de atendimento de até 50 jovens. O Piso Básico Variável II diz respeito ao cofinanciamento dos serviços de convivência social dentro ou fora do domicílio. Até julho de 2013, um total de 679 famílias que contavam com a presença de crianças e/ou idosos com renda per capita familiar de até ½ salário mínimo foi atendido. A única equipe volante do CRAS, ligada ao único CRAS existente em Fruta de Leite, é cofinanciada por meio do Piso Básico Variável III. Como se pode observar, grande parte dessas informações estão sintetizadas no quadro 5, apresentado abaixo: 83

85 Quadro 2.5. Dados gerais sobre a gestão da assistência social em Fruta de Leite 2010 Nº Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) cadastrados 1 Gestão do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) Nº de assistentes sociais atuando na Assistência Social 1 Nº de funcionários da Assistência Social 3 Existência de previsão orçamentária para a função Assistência Social Existência de Política Municipal de Assistência Social Sistema de gestão e controle social atuante (0 a 6) 3 Sistema de garantia de direitos atuante (0 a 6) 4 Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Básica Os dados do IMRS/FJP indicam que, para o ano de 2010, em Fruta de Leite os Índices de Cobertura Qualificada do Cadastro Único (CadUnico), Atualização do CadUnico e Gestão Descentralizada Municipal do Programa Bolsa Família, ambos variando de 0 a 1, eram de 1, 0,62 e 0,85 respectivamente. Ainda de acordo com o IMRS/FJP, o Índice de Institucionalização da assistência social, que varia de 0 a 28, era de 26 e o Índice Municipal de Desenvolvimento dos CRAS, que varia de 0 a 10, era de 4. Aspecto adicional com relação à qualidade de vida das pessoas pertencentes à família de baixa renda refere-se ao recebimento de benefícios sociais. Apesar das críticas, já existem diferentes estudos apontando os reflexos positivos, incluindo aí uma pequena (mas consistente) parcela de desconcentração na renda promovida por programas de transferência de renda, ainda que, é quase unanimidade, haja um horizonte determinado para alguns programas. Entre todos, o destaque vai para o Bolsa Família, do Governo Federal. Trata-se de um programa de Não Sim transferência que associa basicamente educação (frequência à escola) e combate à fome. Este programa é construído por cadastro local e as informações são repassadas ao governo central que disponibiliza diretamente ao beneficiário um valor em espécie. Por definição, trata-se ainda de um programa focalizado em indivíduo / famílias em patamar de renda bem definido para pobreza e extrema pobreza. Os percentuais de famílias com perfil CadUnico e de beneficiárias do Programa Bolsa Família ajudam a dimensionar a situação de pobreza, de qualidade de vida e bem estar social de uma determinada população. Os percentuais verificados para Fruta de Leite chamam atenção e preocupam por serem elevados, ambos ultrapassando 60%, superiores a média nacional. Fruta de Leite ocupa o primeiro lugar no ranking dos municípios em estudo quanto aos percentuais de famílias com perfil CadUnico e de beneficiárias do Programa Bolsa Família. Em segundo lugar está Bertópolis. Quadro 2.6. Dados sobre famílias, CadUnico e Bolsa Família em Fruta de Leite 2010 Total de famílias identificadas no município (Censo 2010) Total famílias beneficiárias do Programa Bolsa família 935 % famílias beneficiárias do Programa Bolsa família 63,2 Total famílias com perfil CadUnico % famílias com perfil CadUnico 91,8 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010; Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. 84

86 De acordo com o relatório de informações sistematizado pelo MDS (2013), em setembro de 2013, 895 famílias eram beneficiárias do Programa Bolsa Família, sendo que o valor total de recursos financeiros pagos em benefícios às famílias ,00 nesse mesmo período de referência. Quanto aos dados de 2013 o Relatório de Informações Sociais elaborado pela Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, indica que haviam famílias cadastradas no CadUnico, sendo com renda per capita de até ½ salário mínimo e com renda per capita de até R$140,00. Conforme o Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS/FJP), em 2010 foram transferidos R$ ,00 para as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família no município. Valor que certamente causou impactos positivos no município, dinamizando o comércio e a economia local. O Programa Bolsa Família concede quatro tipos de benefícios 7 (básico, variável, variável vinculado ao adolescente e o variável de caráter extraordinário) aos atendidos, de acordo com a renda per capita familiar que indica a posição da família frente à extrema pobreza. No mês de agosto de 2013 registrou-se a seguinte realidade quanto ao recebimento de benefícios sociais básicos e variáveis por segmentos populacionais de Fruta de Leite: Quadro 2.7. Identificação do número de atendidos pelos benefícios sociais da Política de Assistência Social em Fruta de Leite agosto de 2013 Tipo de benefício atendidos Benefício Básico 857 Benefícios Variáveis Benefício Variável Jovem 192 Benefício Variável Nutriz - BVN 9 Benefício Variável Gestante BVG 4 Benefício de Superação da Extrema Pobreza - BSP 318 Fonte: MDS (2013) Ainda sobre benefícios de transferência de renda, destaca-se o Benefício da Prestação Continuada (BPC), disponível para idosos e deficientes de famílias de baixa renda. Em 2010, havia em Fruta de Leite 19 beneficiários do BPC-Deficientes e 8 do BPC-Idoso. Esses benefícios contabilizaram R$ ,00 no mesmo ano 8.. Se considerarmos o contingente populacional de pessoas com deficiências, por exemplo, verifica-se que a demanda atendida ainda está aquém da existente. De acordo com informações sintetizadas em agosto de 2013, no relatório do Programa Bolsa Família e Cadastro Único de Fruta de Leite, infere-se os seguintes resultados do acompanhamento das condicionalidades sociais por parte de outros setores públicos. 7 Para maiores informações sobre esses benefícios consultar o site < 8 Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. 85

87 Quadro 2.8. Resultados do Acompanhamento Setores responsáveis pelo Beneficiários acompanhados acompanhamento Educação Saúde Fonte: MDS (2013) 815 pessoas (06 a 15 anos) 93 (16 a 17 anos) 67 (com frequência abaixo da exigida) 841 famílias 1 gestante c/ pré natal em dia 459 crianças acompanhadas 455 crianças com vacinação em dia Os dados que constituem o Mapa da pobreza e desigualdade dos municípios brasileiros, disponibilizado pelo IBGE Cidades, corroboram a situação preocupante indicada anteriormente. A incidência de pobreza, proporção de pessoas que vivem com até R$ 70,00 de rendimento domiciliar per capita ao mês, verificada para Fruta de Leite em 2003 era de 71,45%. Superior ao identificado para o conjunto dos municípios brasileiros. Quadro 2.9. Mapa de Pobreza e Desigualdade do Conjunto dos Municípios Brasileiros e de Fruta de Leite 2003 Municípios Indicador Fruta de Leite Unidade brasileiros Incidência da Pobreza 71,45 52,27 % Limite inferior da Incidência de Pobreza Limite superior da Incidência de Pobreza 62,12 47,62 % 80,79 56,92 % Incidência da Pobreza Subjetiva 75,38 55,91 % Limite inferior da Incidência da Pobreza Subjetiva Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva 66,55 51,27 % 84,21 60,56 % Índice de Gini 0,41 0,49... Limite inferior do Índice de Gini 0,37 0,46... Limite superior do Índice de Gini 0,45 0,53... Fonte: IBGE Cidades. O gráfico a seguir demonstra que todos os indicadores que compõem o Mapa da Pobreza em Fruta de Leite são superiores aos identificados para o conjunto dos municípios brasileiros. 86

88 Gráfico Indicadores que compõem o Mapa de Pobreza e Desigualdade: Fruta de Leite e Conjunto dos Municípios Brasileiros 2003 Já nas cidades com população superior a 500 mil habitantes, menos de 2% viviam com até R$70,00 per capita e cerca de ¼ das pessoas vivia com até ½ salário mínimo de rendimento domiciliar per capita 9 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 71,45 52,27 80,79 56,92 75,38 55,91 84,21 60,56 Cabe ainda registrar o Índice de Desenvolvimento Familiar (IDF), indicador sintético que mede o grau de desenvolvimento das famílias possibilitando apurar o grau de vulnerabilidade de cada família do CADÚNICO, bem como analisar um grupo de famílias ou mesmo o total de famílias do município. O índice varia de 0 a 1, quanto mais próximo de 1 melhores as condições da família 10 Como é possível identificar na tabela a seguir, os componentes que mais comprometem o IDF em Fruta de Leite são os mesmos verificados em Bonito de Minas: Acesso ao trabalho, Acesso ao conhecimento e Disponibilidade de recursos. 0,0 Incidência da Pobreza Fonte: IBGE Cidades. Limite superior da Incidência de Pobreza Fruta de Leite Incidência da Pobreza Subjetiva Municípios brasileiros Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva O Censo 2010 detectou que a incidência de pobreza era maior nos municípios de porte médio (10 mil a 50 mil habitantes). Os dados por município para este ano não estavam disponíveis até o final da elaboração deste relatório. Mas; cabe registrar que enquanto a proporção de pessoas que viviam com até R$70,00 de rendimento domiciliar per capita era, em média, 6,3% no Brasil, nos municípios de 10 mil a 20 mil habitantes esse percentual era o dobro (13,7%), com metade da população nesses municípios vivendo com até ½ salário mínimo per capita. Tabela Índice de Desenvolvimento Familiar e seus componentes em Fruta de Leite Índice e seus componentes Índice Índice de Desenvolvimento Familiar (IDF) 0,50 Vulnerabilidade 0,70 Acesso ao conhecimento 0,23 Acesso ao trabalho 0,15 Disponibilidade de recursos 0,37 Desenvolvimento infantil 0,94 Condição Habitacional 0,60 Fonte: Relatórios de Informações Sociais / SAGI / MDS. 9 Para mais informações consultar sítio do IBGE - < 19&id_pagina=1> 10 Para mais informações vide: < 87

89 O Atlas do Desenvolvimento Humano de 2013 sintetiza os seguintes indicativos de vulnerabilidade social existentes em Fruta de Leite: Tabela Indicativos sobre as situações de vulnerabilidade social existentes em Fruta de Leite (2013) Crianças e Jovens Mortalidade infantil 45,10 38,40 19,50 % de crianças de 4 a 5 anos fora da escola - 81,95 65,11 % de crianças de 6 a 14 anos fora da escola 49,50 10,90 5,29 % de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham e são vulneráveis à pobreza - 37,82 18,52 % de mulheres de 10 a 14 anos que tiveram filhos 0,00 0,00 0,75 % de mulheres de 15 a 17 anos que tiveram filhos 3,23 2,99 7,01 Taxa de atividade - 10 a 14 anos (%) - 3,48 14,23 Família % de mães chefes de família sem fundamental completo e com filhos menores de 15 anos % de pessoas em domicílios vulneráveis à pobreza e dependentes de idosos 17,44 20,86 22,86 12,64 7,73 5,41 % de crianças extremamente pobres 76,47 68,47 26,68 Trabalho e Renda % de vulneráveis à pobreza 96,38 89,60 69,76 % de pessoas de 18 anos ou mais sem fundamental completo e em ocupação informal - 85,22 68,86 Condição de Moradia % de pessoas em domicílios com abastecimento de água e esgotamento sanitário inadequados Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano (2013); Pnud, Ipea e FJP 16,43 36,38 12, Participação e Organização Social Outro dado importante que deve ser olhado com cuidado nas cidades em estudo, refere-se à organização e à participação social. Estes dados importam quando o que se pretende é aumentar o grau de empoderamento popular, um dos objetivos do Projeto 10Envolver. Os conselhos municipais são espaços de participação que ganharam força com a instituição da Constituição de A seguir apresenta-se um quadro com a existência de conselhos no município. Quadro Conselhos municipais existentes em Fruta de Leite 2010 Conselho Assistência Social Conselho Tutelar Conselho de Alimentação Escolar Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente Defesa dos Direitos dos idosos Habitação Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural Meio Ambiente Saúde Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro e complementação com dados de pesquisa direta feita pelos Pesquisadores do Projeto 10envolver no município (2013). 88

90 2.6. SAÚDE Em se tratando de saúde, os dados identificados como relevantes para esta análise referem-se à atenção básica, mortalidade e equipamentos. Em 2009 existiam no município dois estabelecimentos de saúde, todos vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Ambos equipados para atendimento ambulatorial (com atendimento médico em especialidades básicas) e odontológico. Nenhum deles estava equipado para internações 11. Os dados gerais sobre a situação da saúde em Fruta de Leite não se distanciam muito do encontrado para os demais municípios com baixo IDH. Entre os aspectos positivos vale ressaltar a pequena proporção de internações por doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado e entre os negativos a elevada taxa de mortalidade por acidente de transporte da população de 15 a 29 anos (dados referentes ao ano de 2010). Quadro Dados gerais sobre situação da saúde em Fruta de Leite 2010 Taxa bruta de mortalidade 8,08 por mil habitantes) Taxa bruta de mortalidade padronizada 7,03 por mil habitantes) Taxa de mortalidade por acidente de transporte da população de por 100 mil 192, a 29 anos habitantes) Taxa de mortalidade por homicídio na população total 0 por 100 mil habitantes) Taxa de mortalidade por homicídio da população de 15 a 29 anos 0 por 100 mil habitantes) Mortalidade proporcional da população idosa (60 anos ou mais) 45,83 % Proporção de nascidos vivos com baixo peso 10 % Notificação de óbito por raiva humana transmitida por cão ou gato 0 Nº Proporção de internações por doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado 0,96 % Proporção de internações por doenças de veiculação hídrica 0,96 % Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Dos dados sobre atenção básica (apresentados no quadro a seguir) chama atenção o referente à proporção de nascidos vivos cujas mães realizaram sete ou mais consultas de prénatal. Certamente esse atendimento pode e deve ser ampliado 11 Fonte: IBGE Cidades 89

91 Quadro Dados gerais sobre saúde - atenção básica - em Fruta de Leite Proporção da população atendida pelo PSF 100,00 % Meses de cobertura do PSF 12 Meses Proporção de nascidos vivos cujas mães realizaram 7 ou mais consultas de pré-natal 61,00 % Cobertura vacinal de tetravalente em menores de 1 ano 100,00 % Cobertura vacinal contra poliomielite em menores de 1 ano 100,00 % Cobertura vacinal de tríplice viral da população de 1 ano de idade 100,00 % Cobertura vacinal em campanha contra influenza da população de 60 anos ou mais Proporção de óbitos por causas mal definidas sem assistência médica 78,47 % n.d. % Proporção de óbitos por causas mal definidas 8,33 % Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Nota: n.d. = não disponível. Quadro Taxa de mortalidade infantil e Número de óbitos infantis em Fruta de Leite Ano Taxa de mortalidade infantil Nº de óbitos infantis , , ,31 1 Fonte: Ministério da Saúde / DATASUS / Pacto pela Saúde, Gráfico Evolução da Taxa de mortalidade infantil: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite ,0 25,0 29,70 Ainda sobre saúde, é importante destacar dados referentes à mortalidade infantil. O número de óbitos de menores de um ano de idade na população residente em determinado espaço geográfico reflete, de maneira geral, as condições de desenvolvimento socioeconômico e infraestrutura ambiental, bem como o acesso e a qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde materna e da população infantil. De 2010 para 2011 verificou-se queda significativa na Taxa de Mortalidade Infantil municipal. Há que se registrar que em município pequeno, de população reduzida, uma pequena mudança no número de óbitos interfere diretamente no valor da taxa. Portanto, é preciso acompanhar de perto tanto a evolução desta quanto do número de óbitos infantis. 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 16,8 16,16 15,97 16,98 10,31 Brasil Minas Gerais Fruta de Leite Fonte:Ministério da Saúde / DATASUS / Pacto pela Saúde,

92 De maneira geral, os dados sobre os tipos de deficiências em Fruta de Leite não apresentam surpresas e, apesar de superiores, não se distanciam significativamente dos encontrados para Minas Gerais e Brasil. Cabe registrar que 15,68% da população apresentava pelo menos uma das deficiências investigadas pelo Censo 2010 (visual, auditiva, motora, mental/intelectual), inferior ao verificado para Minas e Brasil. A tabela e o gráfico a seguir, ilustram a situação. Gráfico Distribuição percentual da população por tipo de deficiência: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite ,0 25,0 20,0 15,0 23,91 22,62 15,68 15,31 13,79 Tabela Distribuição percentual da população por tipo de deficiência: Brasil, Minas Gerais e Fruta de Leite 2010 Minas Fruta de Tipo de deficiência Brasil Gerais Leite Pelo menos uma das deficiências investigadas 23,91 22,62 15,68 Deficiência visual - não consegue de modo algum 0,27 0,23 0,07 Deficiência visual - grande dificuldade 3,18 3,02 0,98 Deficiência visual - alguma dificuldade 15,31 13,79 9,34 Deficiência auditiva - não consegue de modo algum 0,18 0,17 0,12 Deficiência auditiva - grande dificuldade 0,94 1,02 0,59 Deficiência auditiva - alguma dificuldade 3,97 3,93 3,71 Deficiência motora - não consegue de modo algum 0,39 0,40 0,09 Deficiência motora - grande dificuldade 1,94 2,06 0,56 Deficiência motora - alguma dificuldade 4,63 4,57 5,63 Mental / Intelectual 1,37 1,53 1,33 Nenhuma dessas deficiências 76,06 77,36 84,32 Sem declaração 0,03 0,02 - Fonte: IBGE, Censo Demográfico ,0 5,0 0,0 Pelo menos uma das deficiências investigadas 9,34 Deficiência visual - alguma dificuldade Fonte: IBGE, Censo Demográfico ,97 3,93 3,71 Deficiência auditiva - alguma dificuldade 5,63 4,63 4,57 Deficiência motora - alguma dificuldade Brasil Minas Gerais Fruta de Leite 1,37 1,53 1,33 Mental / Intelectual Sobre a mensuração do contingente populacional de Fruta de Leite/MG, com algum tipo de deficiência/fragilidades, conseguiuse apontar algumas estimativas de 2010 a esse respeito: 91

93 Tabela Identificação da população com algum grau de dificuldade físico-motora e/ou deficiências de Fruta de Leite Tipo de deficiências Alguma dificuldade Especificação/grau de impedimento Grande dificuldade Não consegue de modo algum Total de pessoas com alguma deficiência Auditiva Motora Visual Mental / intelectual - 79 Fonte: IBGE, Censo Demográfico / Total geral Por meio da tabela 2.13 identifica-se um expressivo grau de dificuldades/fragilidades de visão, e/ou deficiência visual, de 617 residentes de Fruta de Leite-MG. Em termos gerais cerca de pessoas possuem algum tipo de dificuldade e/ou deficiência que provoca inúmeros impedimentos audios-visuais, mentais ou motores. Além de demandar políticas públicas específicas, esse contingente é expressivo quando comparado, principalmente, ao tamanho da população desse município (5.940 / CENSO 2010/IBGE) ECONOMIA, EMPREGO E FINANÇAS Entre os índices que ajudam a entender o desenvolvimento humano e social de uma determinada localidade está o IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal). Tendo por base o ano de 2000, Fruta de Leite, juntamente com Crisólita, apresentava 9º pior IDH-M dos municípios mineiros (0,586). É importante atentar para dois aspectos importantes do IDH-M no município: os três subíndices que compõem o IDH-M (Renda, Longevidade e Educação) são baixos, mesmo apresentando crescimento no período entre 1991 e 2000; o IDHM-Renda tem impacto significativo no índice final do município, sendo este subíndice o menor dos três componentes (nos dez municípios em estudo). Alguns dados já apresentados ajudam a explicar/entender o baixo IDH municipal. 92

94 Gráfico IDH-M de municípios mineiros selecionados 2000 Gráfico Composição do PIB a preços correntes em Fruta de Leite 2010 (em mil reais) Setubinha 0, ,0 Monte Formoso 0,570 Indaiabira 0, , Pai Pedro 0,575 Bonito de Minas Gameleiras 0,580 0, ,0 Novo Oriente de Minas 0,582 Bertópolis Fruta de Leite Crisólita 0,585 0,586 0, ,0 5000, Poços de Caldas 0,4 0,841 Obs.: Municípios selecionados: 10 menores IDH-M e maior IDH-M de Minas Gerais. Fonte:Atlas do Desenvolvimento Humano / PNUD, Conforme informações do IBGE Cidades, o Produto Interno Bruto (PIB) de Fruta de Leite em 2010 era R$ ,00 e o PIB per capita R$5.371,59. O destaque em sua composição era para o setor de serviços, com R$ ,00, seguido da Agropecuária (R$ ,00), Indústria (R$ ,00) e Impostos sobre produtos líquidos de subsídios (R$ ,00), todos a preços correntes. 0,0 Fonte: IBGE Cidades. Serviços Agropecuária Indústria Produtos líquidos de subsídios Entre os 10 municípios em estudo pelo Projeto 10Envolver, segundo o IMRS/FJP, Fruta de Leite apresentava em 2010 uma renda per capita de R$312,23 - sexto menor valor entre os 10 municípios em estudo. Apesar do baixo valor da renda per capta, o município apresentou a segunda maior taxa de crescimento dessa renda entre os anos 2000 e 2010 (também entre os 10 municípios em estudo), 178,26%

95 Quadro Dados gerais sobre renda e emprego em Fruta de Leite 2000 e 2010 Renda per capita em 2000 (R$ de dez) FJP 112,21 Renda per capita em 2010 (R$ de dez) FJP 312,23 Empregados do setor formal (pessoas) FJP 335 Taxa de emprego no setor formal (%) FJP 9,90 Rendimento médio no setor formal (R$ de dez/2010 / empregado) FJP 941,33 Rendimento per capita no setor formal (R$ de dez/2010 / habitante) FJP 53,09 Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento domiciliar, por situação do domicílio Urbana 806,43 (R$) IBGE Cidades Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento domiciliar, por situação do domicílio Rural 1.110,77 (R$) IBGE Cidades Fonte: IBGE Cidades; Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Conforme o Boletim de Informações Sociais Dinâmica das Ocupações Formais segundo RAIS - Principais ocupações formais do público BSM, elaborado pela Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que divulga dados municipais, no período de 2008 e 2011, a quantidade de vagas no mercado formal diminuiu em 08 postos. Esta informação denuncia a precariedade econômica no município. Este tipo de situação poderá contribuir para crescimento negativo da população, na medida em que parcela da população economicamente ativa não consegue emprego no município em que reside. Apesar da baixa de postos de trabalho no município, o grupo que apresentou maior elevação foi o Grupo 2 Profissionais das ciências e das artes, 16 postos. As ocupações formais com maior número de postos em 2011 no município eram as compostas pelos grupos 3 e 5 (com 59 e 131 postos respectivamente). As remunerações mais altas estavam concentradas nos grupos 2 e 4. Em particular, cabe destacar a variação de 63,44% na remuneração média no Grupo 7 - Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais e a remuneração média de R$ 1.343,05 pertencente ao Grupo 2 - Profissionais das ciências e das artes em Grupo 1 Ocupação Quadro Grandes grupos ocupacionais Membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e de empresas e gerentes 2 Profissionais das ciências e das artes 3 Técnicos de nível médio 4 Trabalhadores de serviços administrativos 5 Trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados 6 Trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca 7 Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais 8 Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais 9 Trabalhadores em serviços de reparação e manutenção Fonte: Boletim Relatórios de Informações Sociais Dinâmica das Ocupações Formais segundo RAIS - Principais ocupações formais do público BSM / SAGI / MDS. 94

96 Quadro Grandes grupos ocupacionais por remuneração média e número de postos em Fruta de Leite e 2011 Remuneração Postos Remuneração Postos Variação da Grupo média em 2008 em 2008 média em 2011 em 2011 Remuneração 1 944, , ,71% 2 865, , ,13% 3 449, , ,37% 4 536, , ,41% 5 410, , ,22% 6 604, , ,05% 7 480, , ,44% 8 00, , % 9 00, , % Fonte: Boletim Relatórios de Informações Sociais Dinâmica das Ocupações Formais segundo RAIS - Principais ocupações formais do público BSM / SAGI / MDS. Gráfico Evolução do número de postos de trabalho em Fruta de Leite e 2011 (três grupos com maior número de postos em 2011) 161,0 141,0 121,0 101,0 81,0 61,0 41,0 21, ,0 Postos em 2008 Postos em 2011 Grupo 5 Grupo 3 Grupo 2 Fonte: Boletim Relatórios de Informações Sociais Dinâmica das Ocupações Formais segundo RAIS - Principais ocupações formais do público BSM / SAGI / MDS. Sobre a taxa de atividade da população de 18 anos ou economicamente ativa é possível afirmar que obteve um significativo aumento de 40,63% para 65,09%, entre os anos de 2000 a 2010, respectivamente. Já a taxa de desocupação reduziu de 15,57% para 6,52% nesses mesmos anos de referência. Em síntese, tem-se a seguinte realidade em Fruta de Leite: 95

97 Tabela Ocupação da população de 18 anos ou mais - Fruta de Leite - MG Descrição Taxa de atividade 40,63 65,09 Taxa de desocupação 15,57 6,52 Grau de formalização dos ocupados - 18 anos ou mais 33,47 32,77 Nível educacional dos ocupados % dos ocupados com fundamental completo 9,95 24,14 % dos ocupados com médio completo 5,78 13,59 Rendimento médio % dos ocupados com rendimento de até 1 s.m. 80,93 64,09 % dos ocupados com rendimento de até 2 s.m. 93,46 95,99 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humanos (20130; Pnud, Ipea e FJP Ainda sinaliza o Atlas do Desenvolvimento Humano de 2013 que no ano de 2010, 64,37% das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais trabalhavam no setor agropecuário, enquanto que 0,32% estavam inseridos na indústria extrativa, 1,23% na indústria de transformação, 4,86% no setor de construção, 0,10% nos setores de utilidade pública, 2,23% no comércio e 24,25% no setor de serviços. Os principais produtos da lavoura permanente em 2011 foram a banana, café, coco-da-baía, laranja, limão, manga e tangerina. Já os produtos da lavoura temporária neste mesmo ano foram o amendoim, arroz, cana-de-açúcar, feijão, mamona, mandioca e milho (vide produção no quadro a seguir). Quadro Produção agrícola na lavoura permanente em Fruta de Leite Produto Banana Café Coco-da-baía Laranja Limão Manga Tangerina Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Produção em toneladas. Quadro Produção agrícola na lavoura temporária em Fruta de Leite Produto Amendoim Arroz (em casca) Cana-de-açúcar Feijão (em grão) Mamona Mandioca Milho (em grão) Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Produção em toneladas. 96

98 A produção pecuária merece atenção por apresentar queda na maioria dos produtos. Apenas Bovinos, Equinos e Ovinos apresentaram aumento na produção. O quadro a seguir apresenta a situação. Quadro Dados sobre produção pecuária em Fruta de Leite Quantidade produzida Produto Unidade Asininos cabeças Bovinos cabeças Caprinos cabeças Equinos cabeças Galinhas cabeças Galos, frangas, frangos e pintos cabeças Leite de vaca Mil litros Leite de vaca Mil Reais Muares cabeças Ovinos cabeças Ovos de galinha - produção Mil dúzias Suínos cabeças Vacas ordenhadas cabeças Fonte: IBGE Cidades. 97

99 2.8. SEGURANÇA PÚBLICA Segurança pública representa hoje uma das principais preocupações da população brasileira, sejam de cidades pequenas, médias ou grandes. Mas cabe atentar que em muitos municípios a sensação de insegurança é também um problema que merece atenção. Sendo assim, dados sobre segurança pública devem ser considerados quando o que se pretende é fortalecer a organização social, promover o empoderamento e melhorar a qualidade de vida da população local. Dados gerais sobre equipamentos de segurança pública e capacidade de aplicação da lei identificados pelo Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS/FJP) e apresentados a seguir, indicam que ainda há muito o que se fazer em Fruta de Quadro Capacidade de aplicação da lei em Fruta de Leite 2010 Dado Nº Número de habitantes por policial militar 990 Número de policiais militares 6 Número de habitantes por policial civil Número de policiais civis Número de habitantes por juiz na comarca Número de habitantes por promotor na comarca Número de habitantes por defensor público na comarca Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Obs.: n.d. informação não disponível. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. Leite, seja no tocante a equipamentos ou capacidade de aplicação da lei. De acordo com o Índice, em 2010 haviam 990 habitantes por policial militar. No ranking das 10 cidades em estudo, Fruta de Leite ocupa o segundo lugar, em primeiro está Bertópolis com 643 habitantes por policial militar e em 10º está Bonito de Minas com 1935 habitantes por policial militar. Não foram identificadas informações sobre o número de habitantes por policiais civis, promotor, defensor e juiz da comarca. Tabela Equipamentos e dados gerais sobre segurança pública em Fruta de Leite 2010 Equipamento / Dado Existência de delegacia de Polícia Civil Existência de delegacia de proteção a criança e ao adolescente Existência de delegacia de polícia especializada no atendimento à mulher Existência de guarda municipal Existência de unidade prisional Existência de unidade de internação de adolescentes infratores Situação Taxa de armas apreendidas (por cem mil habitantes) 488,22 Taxa de detidos em crimes violentos (%) 0 Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Não Não Não Não Não Não 98

100 GAMELEIRAS 99

101 3. GAMELEIRAS 3.1. BREVE HISTÓRICO E LOCALIZAÇÃO Gameleiras localiza-se no norte de Minas Gerais a uma distância de 137 km de Janaúba, 270 km de Montes Claros e 691 km de Belo Horizonte. Gameleiras surgiu, ao que tudo indica, a partir de um grupo de pessoas que construiu casas próximas a fim de facilitar a solução de problemas comuns. Assim, teve início a povoação do município, que se localiza às margens do riacho que desce da Serra Central e que recebeu o mesmo nome Rio Gameleiras. A área que hoje constitui o Município de Gameleiras pertencia ao município de Boa Vista do Tremedal, que inicialmente chamouse Brejo dos Mártires. Em 1911, compunha-se de 8 distritos. Em 1923, de acordo com a Lei Estadual 843, o município sede passou a chamar-se simplesmente Tremedal, com 5 distritos. Nessa divisão administrativa, o distrito de Brejo dos Mártires aparece pela primeira vez com o nome de Gameleiras. O município foi emancipado através da Lei Estadual nº , em Foi administrado pelo prefeito de Monte Azul até 1996, quando o primeiro prefeito do município foi eleito. De acordo com o IBGE, Gameleiras, município de pequeno porte, ocupa uma extensão de 1.733,203 km² e, em 2010 tinha uma população de habitantes e uma densidade demográfica de 2,97 habitantes por Km². Conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano de 2003 (ano base 2000), apenas cinco municípios mineiros apresentavam IDH-M inferior ao seu, que era de 0,581. Sua economia concentra-se, principalmente, na agricultura, pecuária e serviços. Aspectos que serão tratados a seguir. Figura 3.1. Delimitação territorial do município de Gameleiras: Fonte: Google.com.br. 100

102 Figura 3.2. Indicação espacial dos municípios Gameleiras, Janaúba, Montes Claros e Belo Horizonte. Figura 3.3. Foto aérea de Gameleiras (parcial). Fonte: Google Earth. Fonte: Google Earth. 101

103 3.2. DADOS GERAIS SOBRE DEMOGRAFIA, FAMÍLIAS E DOMICÍLIOS Composição populacional Muitos municípios brasileiros de pequeno porte têm apresentado um crescimento negativo da população residente nos últimos anos. Uma das explicações para este fenômeno relaciona-se à baixa dinâmica econômica de tais municípios e a consequente dificuldade de acesso a emprego e renda. Tendo em vista o baixo dinamismo econômico, parte da população, principalmente jovens e adultos, deixa o município em busca de maior oportunidade de emprego. Na última década ( ) o IBGE identificou crescimento negativo na população municipal. De acordo com os dois últimos censos demográficos a população residente no município caiu de habitantes para 5.139, uma redução de 2,4%, situação que merece atenção. Em grande parte dos municípios brasileiros a composição da população segundo o sexo apresenta uma pequena vantagem quanto ao número de mulheres. Ou seja, mesmo que em pequena diferença, há mais mulheres que homens, fenômeno que se repete no conjunto dos municípios de Minas Gerais e do Brasil. Gameleiras, por sua vez, apresenta-se como uma exceção. Quanto a esse tipo de distribuição (por sexo), é possível identificar nos Censos de 2000 e 2010 uma leve diferença numérica positiva para os homens (50,83% de homens em 2000 e 51,06% em 2010). No entanto, a diferença é pequena e permite afirmar que existe um equilíbrio entre os sexos. O dado apenas chama atenção por se diferenciar do encontrado para o Brasil e Minas Gerais nos últimos recenseamentos. A tabela a seguir apresenta estes dados em números e em percentuais. Brasil Tabela 3.1. População residente por sexo: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Região geográfica Minas Gerais Gameleiras - MG Sexo Nº % Total ,00 100,00 Homens ,22 48,97 Mulheres ,78 51,03 Total ,00 100,00 Homens ,47 49,20 Mulheres ,53 50,8 Total ,00 100,00 Homens ,83 51,06 Mulheres ,17 48,94 Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e

104 Gráfico 3.1. População masculina (em %): Brasil, Minas Gerais e Gameleiras ,0 encontrados para Brasil e Minas Gerais não atingiam 16%. Já a distribuição dos habitantes segundo sexo por situação do domicílio segue o padrão brasileiro e de Minas Gerais, qual seja: mais homens que mulheres residindo em áreas rurais. 50,0 49,22 49,47 48,97 49,2 50,83 51,06 40,0 Gráfico 3.2. População urbana (em %): Brasil, Minas Gerais e Gameleiras ,0 100,0 20,0 10,0 90,0 80,0 70,0 82,00 81,25 85,29 84,36 0,0 Brasil Minas Gerais Gameleiras ,0 50,0 40,0 Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e ,0 27,50 Outro aspecto interessante da composição populacional de Gameleiras refere-se à distribuição segundo a situação do domicílio (urbano/rural). Essa distribuição chama atenção por também se distanciar, significativamente, do verificado para o Brasil e Minas Gerais. Em 2010, mais de 70% da população do município residia em área rural, enquanto que os dados 20,0 16,25 10,0 0, Brasil Minas Gerais Gameleiras Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e

105 Tabela 3.2. Percentual da população residente segundo situação do domicílio: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Região geográfica Urbano Rural Urbano Rural Brasil 81,25 18,75 84,36 15,64 Minas Gerais 82,00 18,00 85,29 14,71 Gameleiras 16,25 83,75 27,50 72,50 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Gráfico 3.3. Distribuição percentual da população residente na área rural por sexo: Gameleiras 2010 Homens; 51,74 Assim como foi evidenciado em outros municípios destaca-se o expressivo contingente populacional que reside na zona rural do município de Gameleiras. Considerando a precária condição de vida e a parca existência de empregos na cidade sinaliza-se a importância de políticas públicas e sociais que incrementem o IDHM e promovam o qualitativo acesso da população a bens, direitos, serviços públicos e às oportunidades sociais motivadoras da permanência do homem no campo. Mulheres; 48,26 Fonte: IBGE, Censo Demográfico Tabela 3.3. Percentual da população rural composta por homens: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Região geográfica Brasil 51,39 52,62 Minas Gerais 51,52 53,19 Gameleiras 50,61 51,74 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Famílias e Domicílios Em 2010, o Censo Demográfico identificou domicílios particulares permanentes em Gameleiras. Quanto à situação dos domicílios (localização em área urbana ou rural), Gameleiras apresenta maior número de domicílios localizados em área rural, situação inversa à verificada para o Brasil e Minas Gerais. O processo de urbanização acelerada experimentado pelo país, que hoje resulta em mais de 85% dos domicílios em 104

106 áreas urbana, não se repetiu em Gameleiras, que em 2010 se deparava com praticamente 72% dos domicílios particulares permanentes em área rural. Com esse percentual de domicílios rurais, fica evidente a necessidade de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento rural e o fortalecimento da agricultura familiar. Gráfico 3.4. Distribuição percentual dos domicílios particulares permanentes por situação: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras ,0 90,0 85,87 86,06 Cabe, ainda, ressaltar que, quanto à situação dos domicílios (localização em área urbana / área rural), Gameleiras está entre os 149 municípios mineiros com mais de 50% dos domicílios particulares permanentes situados em área rural. 80,0 70,0 60,0 71,93 Entre 2000 e 2010 houve um acréscimo no número de domicílios tanto na área urbana, quanto na área rural. O crescimento de domicílios na área urbana, uma tendência nacional, pode trazer preocupações quando não acompanhado do aumento da produtividade rural e do surgimento de novos postos de trabalhos na zona urbana. 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 14,13 13,95 28,07 Tabela 3.4. Distribuição percentual dos domicílios particulares permanentes por situação: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Região geográfica Urbana Rural Urbana Rural Brasil 83,35 16,65 85,87 14,13 Minas Gerais 83,26 16,74 86,05 13,95 Gameleiras 16,43 83,57 28,07 71,93 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / ,0 Fonte: IBGE, Censo Demográfico Brasil Minas Gerais Gameleiras Urbana A média de moradores em domicílios particulares ocupados em Gameleiras é superior à verificada para o Brasil e Minas Gerais. No entanto, na última década todos apresentam a mesma tendência: queda. Como é possível identificar no gráfico a seguir, a queda na média de moradores por domicilio no município na última década foi mais acentuada que em Minas e Brasil. Rural 105

107 Gráfico 3.4. Média de moradores em domicílios particulares ocupados (Pessoas): Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Gráfico 3.5. Distribuição da população por número de moradores em domicílios particulares ocupados (em %): Brasil, Minas Gerais e Gameleiras ,6 4,4 4,2 4,39 90,0 80,0 79,02 79,50 79,04 4,0 70,0 3,8 3,6 3,4 3,76 3,72 3,46 3,31 60,0 50,0 40,0 30,0 3,2 3,0 3, Brasil Minas Gerais Gameleiras 20,0 10,0 0,0 12,18 13,00 11,19 8,79 9,76 7,51 1 morador 2 a 5 moradores 6 moradores ou mais Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Outro dado importante a ser ressaltado, refere-se ao número de moradores por domicílio. De acordo com o Censo 2010, 11,19% dos domicílios particulares ocupados em Gameleiras tinham apenas 1 morador e 9,76% tinham 6 ou mais moradores. Valores próximos aos identificados para Minas Gerais e Brasil. Fonte: IBGE, Censo Demográfico Brasil Minas Gerais Gameleiras Sobre a condição da ocupação, chama atenção o percentual de domicílios reconhecidos por seus moradores como Cedidos : 11,39% (168 unidades). Ressalta-se que o percentual de imóveis cedidos é o 4º mais elevado dentre os 10 municípios objetos de estudo do Projeto 10Envolver. Situação que merece atenção por, muitas vezes, refletir insegurança quanto acesso à 106

108 moradia. Os domicílios identificados como Próprios somaram unidades (84,2%, superior ao identificado para Brasil e Minas Gerais aproximadamente 70%) e os Alugados 64 unidades (4,34%). Ao despertar atenção e preocupação esses dados apontam a necessidade de promover políticas de regularização fundiária em Gameleiras que, em 2010, tinha mais de 10% de sua população residindo em situação irregular. De acordo com informações disponibilizadas no Relatório Dinâmico desse município (PNUD, Portal ODM, 2013), desde o ano de 2008 foram identificados inúmeros loteamentos irregulares, mas nenhuma política de regularização fundiária foi construída com vistas a resolver o problema. A distribuição etária da população revela um quadro comum a várias cidades brasileiras com IDH mais baixo, percentual significativo de pessoas com até 17 anos economicamente não ativas. Dado que se distancia do verificado para Minas Gerais e Brasil. Enquanto Minas e Brasil apresentam 27,75% e 29,52% respectivamente da população nessa faixa etária, Gameleiras apresenta 32,03%. Certamente isso produz impactos, inclusive financeiros, nas políticas públicas para crianças e adolescentes. Consequentemente, o município apresenta menor percentual da população na idade adulta (aqui considerada de 25 a 59 anos), quando comparado ao Brasil e Minas Gerais. O percentual de idosos (60 anos ou mais) identificado foi de 11,89, próximo ao identificado para Minas (11,80%) e Brasil (10,79%). Enquanto o Índice de envelhecimento apresentou crescimento na última década, passando de14,6 em 2000 para 37,3 em 2010 (FJP), a Razão de dependência apresentou queda, saindo de 54,8 em 2000 e chegando a 38,7 em A tabela e o gráfico a seguir ilustram bem a distribuição etária. Tabela 3.5. Distribuição percentual da população por faixa etária: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Faixa etária Brasil Minas Gerais Gameleiras a 4 anos 9,65 7,24 9,03 6,51 9,71 7,07 5 a 9 anos 9,76 7,85 9,40 7,30 12,65 7,45 10 a 17 anos 16,53 14,43 16,14 13,94 21,41 17,51 18 e 24 anos 13,75 12,52 13,68 12,29 14,16 12,9 25 a 39 anos 23,04 24,50 23,14 24,07 18, a 49 anos 11,35 13,02 11,89 13,62 9,88 12,32 50 a 59 anos 7,37 9,66 7,65 10,49 6,67 9,87 60 a 69 anos 4,82 5,95 5,18 6,42 4,05 6,97 70 anos ou mais 3,73 4,84 3,90 5,38 2,85 4,92 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 /

109 Gráfico 3.6. Distribuição percentual da população por faixa etária: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras 2010 as iniciativas políticas específicas para esse município, tais como escolas e o atendimento advindo das políticas de saúde e da assistência social. 60,0 50,0 48,18 47,18 43,19 Como é possível verificar na tabela a seguir, os dados municipais referentes à cor / raça não apresentam diferenças significativas quando comparados aos encontrados para Brasil e Minas Gerais. 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 29,52 32,03 27,75 12,52 12,2912,90 11,8 11,89 10,79 Até 17 anos De 18 a 24 anos De 25 a 59 anos 60 anos ou mais Brasil Minas Gerais Gameleiras Tabela 3.6. Distribuição percentual da população por cor / raça: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras 2010 Cor / Raça Brasil Minas Gerais Gameleiras Branca 47,51 45,06 41,64 Preta 7,52 9,22 3,37 Amarela 1,10 0,96 1,06 Parda 43,42 44,58 53,93 Indígena 0,43 0,16 - Sem declaração 0,02 0,01 - Total 100,00 100,00 100,00 Fonte: IBGE, Censo Demográfico Fonte: IBGE, Censo Demográfico Outra especificidade de Gameleiras reside na existência de uma comunidade quilombola em seu território. Segundo informações disponibilizadas pelo CEDEFES 12 (2013), essa comunidade tradicional é identificada por Lagoa dos Mártires, o que explica 12 Para acesso à relação de comunidades quilombolas existentes em Minas Gerais consultar o site < 108

110 Gráfico 3.7. Distribuição percentual da população por cor/raça ( Branca, Parda e Preta ): Brasil, Minas Gerais e Gameleiras ,0 53, INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE Outras informações importantes e que devem ser levadas em consideração neste primeiro momento de identificação das principais características do município refere-se à infraestrutura disponível e ao meio ambiente. 50,0 40,0 47,51 45,06 41,64 43,42 44,58 Dados sobre a infraestrutura geral nos permitem uma visão mais próxima da real qualidade de vida da população residente em termos de acesso à habitação e serviços básicos como energia elétrica, água, saneamento, transporte entre outros. 30,0 20,0 10,0 0,0 7,52 9,22 Branca Parda Preta Fonte: IBGE, Censo Demográfico Brasil Minas Gerais Gameleiras Destaca-se, também, a importância de iniciativas diversas com vistas a trabalhar com toda a população de Gameleiras, a questão da raça/cor; do sentimento de pertencimento e a valorização das culturas existentes. 3,37 Sobre os serviços básicos que cercam a questão da habitação, pode-se verificar certa precariedade no município e, consequentemente, a urgência de expansão e melhorias. Em se tratando de município com mais de 70% dos domicílios em área rural, os dados apresentados no quadro a seguir não chegam a ser uma surpresa. No entanto, não é possível passar por eles sem um estranhamento. Praticamente todos os domicílios da área urbana e aproximadamente 75% dos domicílios na área rural têm acesso à água via rede geral. Mas chamam atenção os elevados percentuais de domicílios que não possuem banheiro/sanitário exclusivo do domicílio (18,03%) e a inexistência de coleta de esgoto via rede geral. Informações importantes que indicam a necessidade de maior investimento em infraestrutura, saneamento e controle da qualidade da água utilizada para consumo residencial, inclusive por questões de saúde pública. 109

111 Por outro lado, o percentual de domicílios com acesso a energia elétrica indica um aspecto positivo, mais de 95% deles têm acesso a este serviço. Segundo o IMRS/FJP haviam em ligações residenciais de energia elétrica no município. Quadro 3.1. Dados gerais sobre infraestrutura e saneamento em Gameleiras (em %) 2010 Dado 2010 Domicílios com acesso a abastecimento de água por rede geral 82,03 Domicílios com acesso a abastecimento de água por poço ou nascente na propriedade Domicílios com acesso a abastecimento de água por outra forma 8,41 Domicílios com acesso a energia elétrica 97,15 Domicílios atendidos com sistema de esgotamento sanitário rede geral 0,14 Domicílios atendidos com sistema de esgotamento sanitário fossa 81,22 Domicílios com existência de banheiro ou sanitário de uso exclusivo do domicílio 81,97 Domicílios atendidos por sistema de coleta de lixo 25,02 Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Percentuais calculados a partir de um total de domicílios. A síntese apresentada pelo Atlas do Desenvolvimento Humano de 2013 indica a seguinte realidade de Gameleiras: Tabela Indicadores de Habitação - Gameleiras - MG 5, % da população em domicílios com água encanada 18,73 45,45 87,73 % da população em domicílios com energia elétrica 39,54 91,31 96,73 % da população em domicílios com coleta de lixo. *Somente para população urbana. Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano (2013); Pnud, Ipea e FJP 0,00 32,82 70,51 Indica-se que a porcentagem de domicílios que tiveram acesso aos serviços públicos como de água encanada, energia elétrica e coleta urbana de lixo aumentaram significativamente entre os anos de 1991 a No entanto, ressalta-se que a água encanada acessível à população não passa por nenhum tipo de tratamento, ou seja, da mesma forma que sai dos reservatórios e barragem ela chega até as residências. Não sendo tratada, aumentam-se as probabilidade de doenças ou infecções. Gráfico 3.8. Dados gerais sobre infraestrutura e saneamento em Brasil, Minas Gerais e Gameleiras ,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 82,85 86,28 82,03 Domicílios com acesso a abastecimento de água por rede geral Fonte: IBGE Cidades. 98,73 99,29 Domicílios com acesso a energia elétrica 97,15 55,45 75,37 0,14 Domicílios atendidos com sistema de esgotamento sanitário rede geral 97,35 98,75 81,97 Domicílios com existência de banheiro ou sanitário de uso exclusivo do domicílio Brasil Minas Gerais Gameleiras 87,63 87,40 25,02 Domicílios atendidos por sistema de coleta de lixo 110

112 A frota de veículos em Gameleiras apresentou crescimento nos últimos anos. Situação que não difere da verificada na maioria dos municípios brasileiros. O crescimento no número de automóveis e motocicletas entre 2005 e 2012 chama atenção. Como indica a tabela a seguir, o número de automóveis saltou de 48 para 175 (um aumento de 265%) e o de motocicletas passou de 283 em 2005 para 513 em 2012 (aumento de aproximadamente 80%). Tabela 3.8. Frota de veículos circulantes em Gameleiras Veículo Automóvel Caminhão Caminhão trator Caminhonete Camioneta Micro-ônibus Motocicleta Motoneta Ônibus Trator de rodas Utilitário Outros Total Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Dados de 2008 não disponíveis. Gráfico 3.9. Crescimento da frota de veículos circulantes em Gameleiras ,0 801,0 701,0 601,0 501,0 401,0 301,0 201,0 101,0 1, Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Dados de 2008 não disponíveis Automóvel Motocicleta Total Esse é um indicativo a ser considerado no processo de elaboração do Plano Diretor de Gameleiras. Mesmo não sendo de cunho obrigatório, considerando o tamanho de sua população, reforça-se a sua necessidade para melhor planejamento do espaço urbano e de sua maior acessibilidade Sobre o meio ambiente, foi possível identificar o percentual de áreas de proteção integral (12,5), cobertura vegetal por mata 111

113 atlântica (0,28) e de cobertura vegetal por flora nativa (63,23). Esses e outros dados sobre degradação ambiental deverão ser observados quando da(s) visita(s) da equipe do Projeto ao município EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES Educação Tabela 3.9. Dados gerais sobre meio ambiente em Gameleiras 2010 Dado Percentual Percentual de áreas de proteção integral 12,5 Percentual de áreas de uso sustentável 0,0 Percentual de cobertura vegetal por mata atlântica 0,28 Percentual de cobertura vegetal por flora nativa 63,23 Percentual de cobertura vegetal por reflorestamento 0,0 Percentual de áreas indígenas 0,0 Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. O Relatório Dinâmico de Gameleiras, disponibilizado pelo Portal ODM (PNUD, 2013), sinaliza ocorrências ambientais impactantes para esse município, desde o ano de Dentre estas situam-se os sérios problemas de escassez de água, até pelos prolongamentos dos períodos de estiagem; as queimadas; desmatamentos e a ocorrência de atividades agrícolas e pecuárias que também degradam o meio ambiente. Apesar do município possuir um Conselho Municipal de Meio Ambiente, e de contar com recursos específicos para a área ambiental nos últimos 12 meses, até pela existência de Fundo Municipal de Meio Ambiente, não se conseguiu identificar como o orçamento é aplicado nessa área. Como é sabido, a educação (escolarização da população) é um importante componente do cálculo do IDH. Os dados sobre educação em Gameleiras ganham destaque por apresentar percentuais de acesso, frequência e alfabetização inferiores aos encontrados para o país e para o estado. Primeiramente, chama atenção o percentual de pessoas com 5 anos ou mais de idade não alfabetizadas. Como é possível verificar no gráfico a seguir, na última década houve queda no percentual de analfabetos, reforçando o esforço de enfrentamento local deste problema. Mas, ainda assim, o município apresenta percentual significativamente superior de pessoas analfabetas ao verificado para o Brasil e Minas Gerais 112

114 Gráfico Percentual de pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras ,0 Apesar de apresentar queda de 2000 para 2010, ainda é preciso e possível diminuir um pouco mais. Mas, cabe registrar que, geralmente, o processo de alfabetização para a maioria das crianças, principalmente àquelas que acessam a escola pública, se inicia aos 6 anos de idade. 31,0 26,0 32,73 É importante ainda destacar que 9,37% das pessoas com 5 anos ou mais de idade não alfabetizadas se encontravam na faixa etária de 5 a 14 anos. 21,0 16,0 11,0 6,0 1,0 22,63 15,7 13,3 10,53 8, Brasil Minas Gerais Gameleiras Tabela Pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas (em %): Brasil, Minas Gerais e Gameleiras Faixa etária Brasil Minas Gerais Gameleiras De 5 a 14 anos 5,62 2,81 4,28 1,74 9,58 2,17 De 15 a 29 anos 1,83 0,81 1,05 0,43 2,99 0,91 De 30 a 59 anos 3,25 3,86 2,71 3,06 9,58 11,26 60 anos ou mais n.d. 3,05 n.d. 3,31 n.d. 8,30 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Nota: n.d. = não disponível. Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Esse dado merece detalhamento para melhor compreensão do problema. Tanto em 2000 quanto em 2010, Gameleiras apresentou percentual superior de não alfabetizados em diversas faixas etárias quando comparado ao Brasil e Minas Gerais. É importante registrar que 2,17 da população em idade regular para frequentar a escola, principalmente o ensino fundamental (5 a 14 anos), não eram alfabetizadas em

115 Gráfico Pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas por FAIXA ETÁRIA (em %): Brasil, Minas Gerais e Gameleiras ,0 10,0 8,0 11,26 8,3 Os dados sobre pessoas com pelo menos nível superior (graduação) concluído reforçam a baixa escolaridade e a necessidade de se investir na escolarização da população. Enquanto no Brasil e em Minas Gerais esse percentual ultrapassa 6%, em Gameleiras não atinge 3%. Gráfico Percentual da população com pelo menos nível superior (graduação) concluído: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras ,0 8,0 7,06 6,85 7,0 4,0 2,0 2,81 2,17 1,74 0,81 0,91 0,43 3,86 3,06 3,31 3,05 6,0 5,0 0,0 De 5 a 14 anos De 15 a 29 anos De 30 a 59 anos 60 anos ou mais 4,0 Brasil Minas Gerais Gameleiras Fonte: IBGE, Censo Demográfico ,0 2,0 2,39 No Atlas do Desenvolvimento Humano de 2013 é possível identificar que 36,64% da população de 18 anos ou mais de idade tinha completado o ensino fundamental no ano de 2010, enquanto apenas 25,18% concluiu o ensino médio. Esses mesmos dados reforçam o entendimento de que nos últimos vinte anos, a taxa de analfabetismo dessa população de 18 anos ou mais diminuiu em 17,71%, e isso é um indicativo positivo. 1,0 0,0 Brasil Minas Gerais Gameleiras Fonte: IBGE, Censo Demográfico

116 O quadro a seguir apresenta dados gerais sobre educação como número de matrículas, de docentes e de escolas identificados no município em Cabe registrar que todas as matrículas, em todos os níveis, são em escolas públicas. Quadro 3.2. Dados gerais sobre educação em Gameleiras 2009 Dado Unidade Número Matrículas - Ensino fundamental Matrícula 879 Matrículas - Ensino médio Matrícula 369 Matrículas - Ensino pré-escolar Matrícula 133 Docentes - Ensino fundamental Docente 85 Docentes - Ensino médio Docente 31 Docentes - Ensino pré-escolar Docente 13 Escolas - Ensino fundamental Escola 12 Escolas - Ensino médio Escola 2 Escolas - Ensino pré-escolar Escola 6 Fonte: IBGE Cidades. Com relação ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica IDEB, verifica-se a sua variação e o não cumprimento de várias metas projetadas, seja para os anos iniciais como também para os anos finais, conforme aponta o Quadro 3.3, exposto a seguir: Ano de referência Anos iniciais (4ª série/5º ano) Anos finais (8ª série / 9º ano) Fonte: MEC/INEP (2013) Quadro 3.3. IDEB Gameleiras Meta Resultado projetada obtido Meta projetada Resultado obtido Em 2007, o município conseguiu superar apenas as metas projetadas do IDEB para os anos/séries iniciais (de 3.0 para 4.4). Isso quer dizer que essa progressão não foi percebida no IDEB afeito às séries finais (3.6 para 3.4), nesse mesmo ano de referência. Em 2011, segundo o Ministério da Educação (2013), essa situação se repete, ou seja, somente as metas do IDEB para os anos iniciais foram alcançadas (3.8 para 4.9). Assim sendo verifica-se a necessidade de melhoria da política educacional de Gameleiras principalmente direcionadas para os adolescentes e jovens que, muitas vezes, não obtêm resultados positivos nas avaliações tomadas como base. Cabe destacar que para o ano de 2013, a meta projetada para as séries iniciais é de 4.0 e para os anos finais é de Cultura e Esportes Sobre cultura e esportes, poucos dados secundários foram encontrados para incrementar a presente análise. As informações identificadas referem-se à gestão, participação popular e existência de equipamento. 115

117 De acordo com o Índice Mineiro de Responsabilidade Social, desenvolvido pela Fundação João Pinheiro (FJP), em Gameleiras, em se tratando de organização e gestão, a área cultural e a área de esportes apresentavam baixa estrutura. No ano de 2010 o município não contava com nenhum dos conselhos na área, quais sejam, Conselho de Patrimônio Cultural e Conselho Municipal de Cultura. O único equipamento de cultura existente identificado pelo referido Índice em 2010 no município foi a Biblioteca Municipal (outros como museu, teatro, cinema, centro cultural e banda de música inexistiam). De acordo com o Índice, em 2010 a Biblioteca municipal não permitia ao leitor acesso à internet, aspecto negativo quanto à inclusão digital. O quadro a seguir apresenta dados gerais sobre acervo, número de leitores e serviços prestados pela Biblioteca municipal. Quadro 3.4. Dados gerais sobre a Biblioteca Municipal em Gameleiras 2010 Acervo (livros, revistas, etc.) 1 a 3 mil exemplares Número de leitores por mês 100 Média mensal de empréstimos 200 Acesso à internet para o leitor Número de funcionários Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Nota: n.d. = informação não disponível Segundo esta mesma fonte (IMRS/FJP), não existia em Gameleiras no ano de 2010 Conselho Municipal de Esporte ou Turismo. Também não foi identificada por esta fonte informação sobre a existência de equipamentos de esporte. Não n.d ASSISTÊNCIA SOCIAL, PARTICIPAÇÃO E ORGANIZAÇÃO SOCIAL Assistência Social A assistência social é um aspecto importantíssimo a ser pensado quando o assunto é município de baixo IDH. Geralmente, esses municípios têm um significativo percentual da população com renda e escolaridade baixas e, consequentemente, mais pessoas expostas aos riscos sociais. Municípios com estas características devem estar atentos às políticas públicas, nacionais e estaduais, de assistência, e cada vez mais aprimorar os serviços de assistência social para atender as demandas da população. Entre os principais mecanismos de enfrentamento dos problemas de assistência social por parte dos municípios estão a previsão orçamentária para esta função (assistência social) e elaboração de Política Municipal de Assistência. Segundo o IMRS/FJP, Gameleiras contava em 2010 com esses dois mecanismos de auxílio ao enfrentamento dos problemas referentes à assistência. Aspecto positivo em se tratando de município com baixo IDH-M. 116

118 Os dados sobre a gestão da assistência social dizem muito da capacidade de atendimento e apoio que o município pode oferecer à população menos abastada economicamente. De acordo com informações publicizadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social MDS, por meio dos relatórios da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação SAGI (2013), o nível de habilitação da Política de Assistência Social de Gameleiras no Sistema Único de Assistência Social (SUAS) é considerada como básica, sendo o município classificado como de pequeno porte I, conforme o seu contingente populacional apresentado no último Censo de 2010, pelo IBGE. Sendo de gestão básica e o município classificado como de pequeno porte I, identifica-se a existência de apenas 01 Centro de Referência em Assistência Social CRAS cofinanciado. Sinaliza o MDS/SAGI (2013) que esse equipamento público social, responsável pela referência da política de proteção social básica nos territórios, tem a capacidade de atendimento de 667 famílias ano, conforme dispositivos da NOB/SUAS. No total de famílias referenciadas ano tem-se a estimativa de atendimentos/acompanhamentos realizados/registrados. A previsão de repasse anual para funcionamento do CRAS é de R$ ,00 (MDS/SAGI, 2013). No município existem 02 coletivos do Projovem Adolescente cofinanciados a partir do Piso Básico Variável I, com capacidade de atendimento de 50 jovens em cada um desses grupos. Temse o indicativo de 397 famílias referenciadas pelos serviços de convivência viabilizados a partir do Piso Variável II. Estas famílias são atendidas por contarem com crianças e/ou idosos entre os seus membros e por ter renda familiar/per capita de até ½ salário mínimo. A política de proteção social de Gameleiras ainda é legitimada pela atuação de 01 equipe volante, também cofinanciada pelo Piso Básico Variável III, que atende famílias inseridas no CadÚnico, beneficiárias do Bolsa Família, situadas em comunidades mais distantes da sede do município. Os dados do IMRS/FJP indicam que, para o ano de 2010, em Gameleiras os índices de Cobertura qualificada do Cadastro Único (CadUnico), Atualização do CadUnico e Gestão descentralizada municipal do Programa Bolsa Família, ambos variando de 0 a 1, eram de 1, 0,83 e 0,95 respectivamente. Ainda de acordo com o IMRS/FJP, o índice de Institucionalização da Assistência Social, que varia de 0 a 28, era de 26 e o Índice Municipal de Desenvolvimento dos CRAS, que varia de 0 a 10, era de 8. Quadro 3.5. Dados gerais sobre a gestão da assistência social em Gameleiras 2010 Nº Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) cadastrados 1 Gestão do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) Nº de assistentes sociais atuando na Assistência Social 1 Básica Nº de funcionários da Assistência Social 67 Existência de previsão orçamentária para a função Assistência Social Existência de Política Municipal de Assistência Social Sistema de gestão e controle social atuante (0 a 6) 3 Sistema de garantia de direitos atuante (0 a 6) 3 Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Gameleiras também conta com 01 (um) Centro de Referência Especializado em Assistência Social CREAS, com capacidade Sim Sim 117

119 de 50 atendimentos mensais de indivíduos e/ou famílias que tiveram os seus direitos ameaçados, violados ou que cumprem medidas protetivas e socioeducativas. Esse é um fator positivo, se comparado com a realidade de outros municípios atendidos pelo Projeto 10envolver que não contam com existência desse equipamento público social, que viabiliza a proteção social especial para a população. Aspecto adicional com relação à qualidade de vida das pessoas pertencentes à famílias de baixa renda refere-se ao recebimento de benefícios sociais. Apesar das críticas, já existem diferentes estudos apontando os reflexos positivos, incluindo aí uma pequena (mas consistente) parcela de desconcentração na renda promovida por programas de transferência de renda, ainda que, é quase unanimidade, haja um horizonte determinado para alguns programas. Entre todos, o destaque vai para o Bolsa Família, do Governo Federal. Trata-se de um programa de transferência que associa basicamente educação (frequência à escola) e combate à fome. Este programa é construído por cadastro local e as informações são repassadas ao governo central que disponibiliza diretamente ao beneficiário um valor em espécie. Por definição, trata-se ainda de um programa focalizado em indivíduo / famílias em patamar de renda bem definido para pobreza e extrema pobreza. Os percentuais de famílias com perfil CadÚnico e o número de beneficiárias do Programa Bolsa Família ajudam a dimensionar a situação de pobreza, de qualidade de vida e bem estar social de uma determinada população.. Quadro 3.6. Dados sobre famílias, CadUnico e Bolsa Família em Gameleiras Total de famílias identificadas no município (Censo 2010) Total famílias beneficiárias do Programa Bolsa família (2009) * 768 % famílias beneficiárias do Programa Bolsa família n.d. Total famílias com perfil CadUnico % famílias com perfil CadUnico 77,7 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010; Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Nota: * Total de famílias beneficiárias do Programa Bolsa família no ano de 2010 não disponível. De acordo com o Relatório de Informações elaborado pela Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o total de famílias gameleirenses inscritas no Cadastro Único, em maio de 2013, era de Desse total, cerca de 969 famílias tinham renda per capita familiar de até R$70,00; se enquadravam no perfil das famílias com renda per capita familiar de até R$ 140,00 e com renda per capita até meio salário mínimo 13. No mês de setembro de 2013, um total de 888 famílias foram beneficiadas pela transferência direta de renda advinda do Programa Bolsa Família (PBF). O número de atendimento indica uma cobertura de 115,5% do contingente de famílias pobres existentes no município de Gameleiras. A média dos valores recebidos pelos beneficiários, neste mês de referência, é de R$ 159,30 e o valor total transferido pelo Governo Federal em benefícios às famílias atendidas foi de R$ ,00 (SAGI/MDS, 2013). 13 Para outras análises consultar o relatório de informações do Programa Bolsa Família e Cadastro Único de Gameleiras/MG, disponível no site < aplicacoes.mds.gov.br/sagi/riv3/geral/relatorio.php>. 118

120 Sobre o cumprimento das condicionalidades infere-se, com base nos dados e informações sistematizadas pela SAGI/MDS, referentes ao mês de maio de 2013, que 92,95% das crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos, que corresponde a um total de 593 alunos, foram acompanhados em termos de frequência escolar. Já entre os jovens de 16 e 17 anos, esse percentual foi de 81,82%, resultando em 117 jovens acompanhados. Em junho de 2013, 84,43% das famílias beneficiárias (que corresponde a 678 famílias) foram acompanhadas pelo setor saúde, no cumprimento das condicionalidades. Ainda sobre benefícios de transferência de renda, destaca-se o Benefício da Prestação Continuada (BPC), disponível para idosos e deficientes de famílias de baixa renda. Considerando o mês de agosto de 2013, acusou-se a existência de 31 pessoas com deficiências e de apenas 01 idoso ambos beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (SAGI/MDS (2013) 14. A concessão desses benefícios contabilizaram um montante de R$ ,00 mensais repassado pelo Governo Federal. Os dados que constituem o Mapa da pobreza e desigualdade dos municípios brasileiros, disponibilizado pelo IBGE Cidades, corroboram a situação preocupante indicada anteriormente. A incidência de pobreza, proporção de pessoas que vivem com até R$ 70,00 de rendimento domiciliar per capita ao mês, verificada para Gameleiras em 2003 era de 57,7%, superior ao identificado para o conjunto dos municípios brasileiros. Quadro 3.7. Mapa de Pobreza e Desigualdade do Conjunto dos Municípios Brasileiros e de Gameleiras 2003 Municípios Indicador Gameleiras Unidade brasileiros Incidência da Pobreza 57,70 52,27 % Limite inferior da Incidência de Pobreza Limite superior da Incidência de Pobreza 46,72 47,62 % 68,68 56,92 % Incidência da Pobreza Subjetiva 64,04 55,91 % Limite inferior da Incidência da Pobreza Subjetiva Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva 55,96 51,27 % 72,11 60,56 % Índice de Gini 0,44 0,49... Limite inferior do Índice de Gini 0,38 0,46... Limite superior do Índice de Gini 0,50 0,53... Fonte: IBGE Cidades. O gráfico a seguir demonstra que alguns dos indicadores que compõem o Mapa da Pobreza em Gameleiras são superiores aos identificados para o conjunto dos municípios brasileiros. Aspecto negativo e que reforça a situação difícil em que vive grande parte da população do município. 14 Informações disponíveis no site < ral/index.php>. 119

121 Gráfico Indicadores que compõem o Mapa de Pobreza e Desigualdade: Gameleiras e Conjunto dos Municípios Brasileiros 2003 Já nas cidades com população superior a 500 mil habitantes, menos de 2% viviam com até R$70,00 per capita e cerca de ¼ das pessoas vivia com até ½ salário mínimo de rendimento domiciliar per capita 15 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 57,7 52,27 68,68 56,92 64,04 55,91 72,11 60,56 Segundo informações publicizadas pelo Atlas do Desenvolvimento Humano de 2013, o Índice de Gini de Gameleiras, no ano de 2010, era de 0,50, enquanto que a porcentagem de pessoas extremamente pobres era de 22,37% e de pobres era de 43,87%. Esse indicativo revela a carência da população e incita maiores reflexões e ações sobre as vulnerabilidades sociais a ela atinentes. 20,0 10,0 0,0 Incidência da Pobreza Fonte: IBGE Cidades. Limite superior da Incidência de Pobreza Gameleiras Incidência da Pobreza Subjetiva Municípios brasileiros Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva O Censo 2010 detectou que a incidência de pobreza era maior nos municípios de porte médio (10 mil a 50 mil habitantes). Os dados por município para este ano não estavam disponíveis até o final da elaboração deste relatório. Mas cabe registrar que enquanto a proporção de pessoas que viviam com até R$70,00 de rendimento domiciliar per capita era, em média, 6,3% no Brasil, nos municípios de 10 mil a 20 mil habitantes esse percentual era o dobro (13,7%), com metade da população nesses municípios vivendo com até ½ salário mínimo per capita. Cabe ainda registrar o Índice de Desenvolvimento Familiar (IDF), indicador sintético que mede o grau de desenvolvimento das famílias possibilitando apurar o grau de vulnerabilidade de cada família do CadUnico, bem como analisar um grupo de famílias ou mesmo o total de famílias do município. O índice varia de 0 a 1, quanto mais próximo de 1 melhores as condições da família (para mais informações vide: Como é possível identificar na tabela a seguir, os componentes que mais comprometem o IDF em Gameleiras são: Acesso ao trabalho, Acesso ao conhecimento e Disponibilidade de recursos. 15 Para mais informações consultar sítio do IBGE - < oticia=2019&id_pagina=1>. 120

122 Tabela Índice de Desenvolvimento Familiar e seus componentes em Gameleiras 2010 Índice e seus componentes Índice Índice de Desenvolvimento Familiar (IDF) 0,57 Vulnerabilidade 0,75 Acesso ao conhecimento 0,32 Acesso ao trabalho 0,20 Disponibilidade de recursos 0,46 Desenvolvimento infantil 0,97 Condição Habitacional 0,72 Fonte: Relatórios de Informações Sociais / SAGI / MDS. No Atlas do Desenvolvimento Humano de 2013, também, é possível visualizar a seguinte síntese das situações de vulnerabilidade social existentes em Gameleiras: Tabela Indicativos das situações de Vulnerabilidade Social - Gameleiras - MG Crianças e Jovens Mortalidade infantil 49,80 35,50 19,00 % de crianças de 4 a 5 anos fora da escola - 40,62 8,75 % de crianças de 6 a 14 anos fora da escola 20,64 6,45 1,08 % de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham e são vulneráveis à pobreza - 16,89 21,90 % de mulheres de 10 a 14 anos que tiveram filhos 0,00 0,00 1,94 % de mulheres de 15 a 17 anos que tiveram filhos 5,65 3,61 1,74 Taxa de atividade - 10 a 14 anos (%) - 25,34 7,40 Família % de mães chefes de família sem fundamental completo e com filhos menores de 15 anos 7,42 17,05 12,24 % de pessoas em domicílios vulneráveis à pobreza e dependentes de idosos 5,44 7,27 4,03 % de crianças extremamente pobres 71,10 54,48 33,75 Trabalho e Renda % de vulneráveis à pobreza 95,31 88,51 64,82 % de pessoas de 18 anos ou mais sem fundamental completo e em ocupação informal - 80,04 60,04 Condição de Moradia % de pessoas em domicílios com abastecimento de água e esgotamento sanitário inadequados Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano (2013); Pnud, Ipea e FJP 15,59 11,99 4, Participação e Organização Social Outro dado importante que deve ser olhado com cuidado nas cidades em estudo, refere-se à organização e à participação social. Estes dados importam quando o que se pretende é 121

123 aumentar o grau de empoderamento popular, um dos objetivos do Projeto 10Envolver. Os conselhos municipais são espaços de participação que ganharam força com a instituição da Constituição de O quadro a seguir apresenta os conselhos municipais identificados pelo IMRS/FJP. Eles são apenas cinco, o que implica em redução das possibilidades de participação da população. Chama-nos a atenção a ausência do Conselho Gestor do Programa Bolsa Família. Há que se verificar in loco essa informação, além da expressividade e a capacidade de controle social dos identificados pelo IMRS/FJP. De maneira geral, em termos de Brasil, sabe-se que ainda há muito por fazer para aumentar e incentivar a participação popular e o acompanhamento, por parte da população local, no debate e na implementação de políticas públicas.. Quadro 3.8. Conselhos municipais existentes em Gameleiras 2010 Assistência Social Conselho Tutelar Crianças e Adolescentes Meio Ambiente Saúde Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro SAÚDE Em se tratando de saúde, os dados identificados como relevantes para esta análise referem-se à atenção básica, mortalidade e equipamentos. Em 2009 existiam no município seis estabelecimentos de saúde, todos vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Quatro deles estavam equipados para atendimento ambulatorial com médicos em especialidades básicas, um para atendimento médico em outras especialidades e cinco para atendimento ambulatorial com atendimento odontológico. Nenhum deles estava equipado para internações. (Fonte: IBGE Cidades) Os dados gerais sobre a situação da saúde em Gameleiras não se distanciam muito do encontrado para os demais municípios com baixo IDH. Dos aspectos positivos vale ressaltar a taxa 0 (zero) encontrada para mortalidade por acidentes de transporte 122

124 Quadro 3.9. Dados gerais sobre situação da saúde em Gameleiras 2010 Taxa bruta de mortalidade 3,5 Taxa bruta de mortalidade padronizada 2,81 Taxa de mortalidade por acidente de transporte da população de 15 a 29 anos Taxa de mortalidade por homicídio na população total 19,46 Taxa de mortalidade por homicídio da população de 15 a 29 anos 0 0 (por mil habitantes) (por mil habitantes) (por 100 mil habitantes) (por 100 mil habitantes) (por 100 mil habitantes) Mortalidade proporcional da população idosa (60 anos ou mais) 55,56 (%) Notificação de óbito por raiva humana transmitida por cão ou gato n.d. Nº Proporção de nascidos vivos com baixo peso 6,3 (%) Proporção de internações por doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado n.d. (%) Proporção de internações por doenças de veiculação hídrica n.d. (%) Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Quanto aos dados sobre atenção básica (apresentados no quadro a seguir) é importante destacar a proporção de nascidos vivos cujas mães realizaram 7 ou mais consultas de pré-natal, 73,50 segunda maior entre os dez municípios em estudo (em primeiro está Indaiabira com 77,30%). Quadro Dados gerais sobre saúde - atenção básica - em Gameleiras 2010 Proporção da população atendida pelo PSF 100,00 % Meses de cobertura do PSF 12 Meses Proporção de nascidos vivos cujas mães realizaram 7 ou mais consultas de pré-natal 73,50 % Cobertura vacinal de tetravalente em menores de 1 ano 100,00 % Cobertura vacinal contra poliomielite em menores de 1 ano 97,42 % Cobertura vacinal de tríplice viral da população de 1 ano de idade 98,62 % Cobertura vacinal em campanha contra influenza da população de 60 anos ou mais Proporção de óbitos por causas mal definidas sem assistência médica 82,38 % 28,00 % Proporção de óbitos por causas mal definidas 28,00 % Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Ainda sobre saúde, é importante destacar dados referentes à mortalidade infantil. O número de óbitos de menores de um ano de idade na população residente em determinado espaço geográfico reflete, de maneira geral, as condições de desenvolvimento socioeconômico e infraestrutura ambiental, bem como o acesso e a qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde materna e da população infantil. De 2007 para 2010 verificou-se significativa queda na Taxa de Mortalidade Infantil municipal, aspecto positivo. 123

125 Quadro Taxa de mortalidade infantil e Número de óbitos infantis em Gameleiras Ano Taxa de mortalidade infantil Nº de óbitos infantis , n.d. n.d n.d. n.d , n.d. n.d. Fonte: Ministério da Saúde / DATASUS / Pacto pela Saúde, ,0 25,0 20,0 15,0 Gráfico Evolução da Taxa de mortalidade infantil: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras 2007 e ,01 15,97 17,4 16,16 28,99 15,87 10,0 5,0 0,0 Brasil Minas Gerais Gameleiras Fonte:Ministério da Saúde / DATASUS / Pacto pela Saúde, Os dados sobre os tipos de deficiências não apresentam surpresas e, apesar de levemente superiores, se aproximam dos verificados para o Brasil e Minas Gerais. Cabe registrar que 21,87% da população apresentavam pelo menos uma das deficiências investigadas pelo Censo 2010 (visual, auditiva, motora, mental/intelectual). A tabela a seguir, ilustra isso. 124

126 Tabela Distribuição percentual da população por tipo de deficiência: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras 2010 Minas Tipo de deficiência Brasil Gameleiras Gerais Pelo menos uma das deficiências investigadas 23,91 22,62 21,87 Deficiência visual - não consegue de modo algum 0,27 0,23 0,07 Deficiência visual - grande dificuldade 3,18 3,02 2,08 Deficiência visual - alguma dificuldade 15,31 13,79 12,56 Deficiência auditiva - não consegue de modo algum 0,18 0,17 0,63 Deficiência auditiva - grande dificuldade 0,94 1,02 1,07 Deficiência auditiva - alguma dificuldade 3,97 3,93 4,99 Deficiência motora - não consegue de modo algum 0,39 0,40 0,23 Deficiência motora - grande dificuldade 1,94 2,06 1,77 Deficiência motora - alguma dificuldade 4,63 4,57 4,86 Mental / Intelectual 1,37 1,53 1,71 Nenhuma dessas deficiências 76,06 77,36 78,13 Sem declaração 0,03 0,02 - Fonte: IBGE Cidades. Gráfico Distribuição percentual da população por tipo de deficiência: Brasil, Minas Gerais e Gameleiras ,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 23,91 22,62 21,87 Pelo menos uma das deficiências investigadas 15,31 13,79 12,56 Deficiência visual - alguma dificuldade 3,97 3,93 4,99 4,63 4,57 4,86 Deficiência auditiva - alguma dificuldade Deficiência motora - alguma dificuldade Brasil Minas Gerais Gameleiras 1,37 1,53 1,71 Mental / Intelectual Fonte: IBGE Cidades. 125

127 3.7. EMPREGO, ECONOMIA E FINANÇAS Gráfico IDH-M de municípios mineiros selecionados 2000 Um dos principais índices que ajudam a entender o desenvolvimento humano e social de uma determinada localidade é o IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal). Tendo por base o ano de 2000, Gameleiras apresentava o sexto pior IDH-M de Minas Gerais (0,581). É importante atentar para dois aspectos importantes do IDH-M no município: os três subíndices que compõem o IDH-M (Renda, Longevidade e Educação) são baixos (inferiores a 0,7), mesmo apresentando crescimento no período entre 1991 e 2000; o IDHM-Renda tem impacto significativo no índice final do município, sendo este subíndice o menor dos três componentes (nos dez municípios em estudo). Alguns dados já apresentados ajudam a explicar/entender o baixo IDH municipal. Setubinha Monte Formoso Indaiabira Pai Pedro Bonito de Minas Gameleiras Novo Oriente de Minas Bertópolis Fruta de Leite Crisólita 0,568 0,570 0,571 0,575 0,580 0,581 0,582 0,585 0,586 0,586 Poços de Caldas 0,841 0,4 Obs.: Municípios selecionados: 10 menores IDH-M e maior IDH-M de Minas Gerais. Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano / PNUD, Conforme informações do IBGE Cidades, o Produto Interno Bruto (PIB) de Gameleiras em 2010 era R$ ,00 e o PIB per capita R$ O destaque em sua composição era para o setor de serviços, com R$ ,00, seguido da Agropecuária (R$ ,00), Indústria (R$ ,00) e Impostos sobre produtos líquidos de subsídios (R$ ,00), todos a preços correntes. 126

128 Gráfico Composição do PIB a preços correntes em Gameleiras 2010 (em mil reais) 25000, , , ,0 5000,0 0,0 Fonte: IBGE Cidades Serviços Agropecuária Indústria Produtos líquidos de subsídios Entre os 10 municípios em estudo pelo Projeto 10Envolver, segundo o IMRS/FJP, Gameleiras apresentava em 2010 uma renda per capita de R$311,48 - quinto menor valor entre os 10 municípios em estudo. Apesar do baixo valor da renda per capta, o município apresentou a quarta maior taxa de crescimento dessa renda entre os anos 2000 e 2010 (também entre os 10 municípios em estudo), 132,93%. 621 Quadro Dados gerais sobre renda e emprego em Gameleiras 2000 e 2010 Renda per capita (R$ de ago) 2000 FJP 133,72 Renda per capita (R$ de dez) 2010 FJP 311,48 Empregados do setor formal (pessoas) FJP 186 Taxa de emprego no setor formal (%) FJP 5,5 Rendimento médio no setor formal (R$ de dez/2010 / empregado) FJP 866,42 Rendimento per capita no setor formal (R$ de dez/2010 / habitante) FJP 31,36 Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento domiciliar, por situação do domicílio Urbana 1.272,27 (R$) IBGE Cidades Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento domiciliar, por situação do domicílio Rural 775,68 (R$) IBGE Cidades Fonte: IBGE Cidades; Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Conforme o Boletim de Informações Sociais Dinâmica das Ocupações Formais segundo RAIS - Principais ocupações formais do público BSM, elaborado pela Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que divulga dados municipais, no período de 2008 e 2011, a quantidade de vagas no mercado formal aumentou em 51 postos. A maior elevação concentrou-se no grupo 4 - Trabalhadores de serviços administrativos, 20 postos. As ocupações formais com maior número de postos em 2011 no município eram as compostas pelos grupos 4, 2 e 3 (com 90, 39 e 31 postos respectivamente). As remunerações mais altas estavam concentradas nos grupos 2, 1 e 9. Em particular, cabe destacar a variação de 102,46% na remuneração média no Grupo 6 - Trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca - e a remuneração média de R$ 1.193,58 pertencente ao Grupo 2 - Profissionais das ciências e das artes em

129 Grupo 1 Ocupação Quadro Grandes grupos ocupacionais Membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e de empresas e gerentes 2 Profissionais das ciências e das artes 3 Técnicos de nível médio 4 Trabalhadores de serviços administrativos 5 Trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados 6 Trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca 7 Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais 8 Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais 9 Trabalhadores em serviços de reparação e manutenção Fonte: Boletim Relatórios de Informações Sociais Dinâmica das Ocupações Formais segundo RAIS - Principais ocupações formais do público BSM / SAGI / MDS. Quadro Grandes grupos ocupacionais por remuneração média e número de postos em Gameleiras e 2011 Remuneração Postos Remuneração Postos Variação da Grupo média em 2008 em 2008 média em 2011 em 2011 Remuneração 1 731, , ,74% 2 627, , ,30% 3 537, , ,42% 4 554, , ,74% 5 436, , ,91% 6 436, , ,46% 7 576, , ,65% % 9 508, , ,68% Fonte: Boletim Relatórios de Informações Sociais Dinâmica das Ocupações Formais segundo RAIS - Principais ocupações formais do público BSM / SAGI / MDS. 128

130 Gráfico Evolução do número de postos de trabalho em Gameleiras 2008 e 2011 (três grupos com maior número de postos em 2011) 101,0 91,0 81,0 71,0 61,0 51,0 41,0 31,0 21,0 11,0 1, Postos em 2008 Postos em 2011 Grupo 4 Grupo 2 Grupo 3 Fonte: Boletim Relatórios de Informações Sociais Inclusão Produtiva / SAGI / MDS. O Atlas do Desenvolvimento Humano de 2013 sinaliza que a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais - economicamente ativa - passou de 61,74% em 2000 para 63,24% em Já a taxa de desocupação indicou redução de 12,40% para 8,64% nesse mesmo período de referência Tabela Ocupação da população de 18 anos ou mais - Gameleiras - MG Taxa de atividade 61,74 63,24 Taxa de desocupação 12,40 8,64 Grau de formalização dos ocupados - 18 anos ou mais 14,90 18,11 Nível educacional dos ocupados % dos ocupados com fundamental completo 16,96 42,17 % dos ocupados com médio completo 3,89 28,77 Rendimento médio % dos ocupados com rendimento de até 1 s.m. 91,02 71,70 % dos ocupados com rendimento de até 2 s.m. 97,85 93,89 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano (2013); Pnud, Ipea e FJP Registra-se que no ano de 2010, cerca de 53,05% das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais trabalhavam no setor agropecuário, enquanto que 0,99% na indústria extrativa, 2,46% na indústria de transformação, 5,20% no setor de construção, 0,94% nos setores de utilidade pública, 6,53% no comércio e 29,10% no setor de serviços (PNUD, 2013). A produção agrícola da lavoura permanente em 2011 foi composta pelos seguintes produtos: banana, coco-da-baía, laranja, limão, mamão e manga. A produção da lavoura temporária teve maior número de produtos, um total de 15, sendo os principais o arroz, a cana-de-açúcar, o feijão, e a mandioca. Produção, permanente e temporária, apresentada nos quadros a seguir. 129

131 Quadro Produção agrícola na lavoura permanente em Gameleiras Produto Banana Coco-da-baía Laranja Limão Mamão Manga Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Produção em toneladas. Quadro Produção agrícola na lavoura temporária em Gameleiras Produto Abacaxi Algodão herbáceo (em caroço) Alho Amendoim (em casca) Arroz (em casca) Batata-doce Cana-de-açúcar Cebola Fava (em grão) Feijão (em grão) Mamona (bagaço) Mandioca Melancia Milho (em grão) Sorgo granífero (em grão) Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Produção em toneladas. No quadro anterior é possível identificar que na lavoura temporária a produção da mamona é a mais recente no município, iniciada em Arroz, fava, feijão, mamona, mandioca, melancia, milho e sorgo granífero apresentaram queda na produção de 2010 para Outros seis produtos mantiveram a produção estável. O produto que apresentou maior crescimento na produção entre 2004 e 2011 foi a cana-deaçúcar e os que apresentaram maior queda foram algodão e milho. 130

132 Quanto à produção pecuária, é possível identificar que 8 dos 13 produtos identificados no município apresentaram redução da produção de 2004 para 2011 (destacados no quadro a seguir). O produto que apresentou maior redução na produção no período de 2004 a 2011 foi Equinos e o que apresentou maior aumento foi Caprinos. Quadro Dados sobre produção pecuária em Gameleiras Quantidade produzida Produto Unidade Asininos cabeças Bovinos cabeças Caprinos cabeças Equinos cabeças Galinhas cabeças Galos, frangas, frangos e pintos cabeças Leite de vaca - produção Mil litros Mel de Abelha - produção Kg Muares cabeças Ovinos cabeças Ovos de galinha Mil dúzias Suínos cabeças Vacas ordenhadas cabeças Fonte: IBGE Cidades. 131

133 3.8. SEGURANÇA PÚBLICA Segurança pública representa hoje uma das principais preocupações da população brasileira, sejam de cidades pequenas, médias ou grandes. Mas cabe atentar que em muitos municípios a sensação de insegurança é também um problema que merece atenção. Sendo assim, dados sobre segurança pública devem ser considerados quando o que se pretende é fortalecer a organização social, promover o empoderamento e melhorar a qualidade de vida da população local. Quadro Capacidade de aplicação da lei em Gameleiras 2010 Dado Nº Número de habitantes por policial militar 1.027,8 Número de policiais militares 5 Número de habitantes por policial civil Número de policiais civis Número de habitantes por juiz na comarca Número de habitantes por promotor na comarca Número de habitantes por defensor público na comarca Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Obs.: n.d. = informação não disponível. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. Dados gerais sobre equipamentos de segurança pública e capacidade de aplicação da lei identificados pelo Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS/FJP) e apresentados a seguir, indicam certa precariedade em Gameleiras, seja em equipamentos ou em capacidade de aplicação da lei. De acordo com o Índice, em 2010 haviam 1.027,8 habitantes por policial militar, número elevado se comparado a outros municípios. No ranking das 10 cidades em estudo, Gameleiras ocupa o 3º lugar, em 10º ficou Bonito de Minas com 1.934,6 habitantes por policial militar e em 1º Bertópolis com 624,57. Tabela Equipamentos e dados gerais sobre segurança pública em Gameleiras 2010 Equipamento / Dado Existência de delegacia de Polícia Civil Existência de delegacia de proteção a criança e ao adolescente Existência de delegacia de polícia especializada no atendimento à mulher Existência de guarda municipal Existência de unidade prisional Existência de unidade de internação de adolescentes infratores Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Obs.: n.d. = informação não disponível. Situação Taxa de armas apreendidas (por cem mil habitantes) 622,69 Taxa de detidos em crimes violentos (%) 0 Não Não Não Não Não n.d. 132

134 INDAIABIRA 133

135 4. INDAIABIRA 4.1. BREVE HISTÓRICO E LOCALIZAÇÃO Indaiabira, município localizado ao norte de Minas Gerais a uma distância de 91 km de Salinas, 306 km de Montes Claros e 728 km de Belo Horizonte, teve início com uma fazenda denominada Palmeiras do Bom-Fim em Com a doação de terrenos de seu extenso território, a fazenda se transformou em um lugarejo denominado Coqueiros, pelo Decreto Estadual nº 148 em 1938, que eventualmente tornou-se uma Vila com o nome de Indaiabira. Em 1939, a Vila passa a ser um Distrito pertencente ao Município de Rio Pardo de Minas até Pelo Decreto-Lei estadual nº 1058, de 1943, o distrito de Coqueiros passou a denominar-se Indaiabira e o município de Rio Pardo tornou-se Rio Pardo de Minas. Sob o mesmo decreto acima citado o distrito de Indaiabira perdeu parte do seu território para o novo município de São João do Paraíso. Em 1995, desmembra-se de Rio Pardo de Minas e é elevado à categoria de município, com sede instalada no antigo distrito de Indaiabira em Dois anos depois, o distrito de Barra de Alegria é anexado ao município de Indaiabira. Em 2003, o município é constituído desses dois distritos. De acordo com o IBGE, Indaiabira,município de pequeno porte, ocupa uma extensão de 1.004,149 km² e, em 2010tinha uma população de habitantes e uma densidade demográfica de 7,30 habitantes por Km². Conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano de 2003 (ano base 2000), o IDH-M era de 0,571 e apenas dois municípios mineiros apresentavam esse índice inferior ao seu, Monte Formoso e Setubinha. Sua economia concentra-se, principalmente, na agricultura, pecuária e serviços. Aspectos que serão tratados a seguir. Fonte: Google.com.br. Figura 4.1. Delimitação territorial do município de Indaiabira. 134

136 Figura 4.2. Indicação espacial dos municípios Indaiabira, Salinas, Montes Claros e Belo Horizonte. Figura 4.3. Foto aérea de Indaiabira (parcial). Fonte: Google Earth. Fonte: Google Earth. 135

137 4.2. DADOS GERAIS SOBRE DEMOGRAFIA, FAMÍLIAS E DOMICÍLIOS Composição populacional Muitos municípios brasileiros de pequeno porte têm apresentado um crescimento negativo da população residente nos últimos anos. Uma das explicações para este fenômeno relaciona-se à baixa dinâmica econômica de tais municípios e a consequente dificuldade de acesso a emprego e renda. Tendo em vista o baixo dinamismo econômico, parte da população, principalmente jovens e adultos, deixa o município em busca de maior oportunidade de emprego. Na última década ( ) o IBGE identificou crescimento negativo na população municipal. De acordo com os dois últimos censos demográficos a população residente no município caiu de habitantes para 7.330, uma redução de 1,3%, situação que merece atenção. Em grande parte dos municípios brasileiros a composição da população segundo o sexo apresenta uma pequena vantagem quanto ao número de mulheres, ou seja, mesmo que em pequena diferença, há mais mulheres que homens. Fenômeno que se repete no conjunto dos municípios de Minas Gerais e do Brasil. Indaiabira, por sua vez, apresenta-se como uma exceção. Quanto a esse tipo de distribuição (por sexo), é possível identificar nos Censos de 2000 e 2010 uma leve diferença numérica positiva para os homens (51,6% de homens em 2000 e 50,95% em 2010). No entanto, a diferença é pequena e permite afirmar que existe um equilíbrio entre os sexos. O dado apenas chama atenção por se diferenciar do encontrado para o Brasil e Minas Gerais nos últimos recenseamentos.a tabela a seguir apresenta estes dados em números e em percentuais. Tabela 4.1. População residente por sexo: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Região Nº % Sexo geográfica Brasil Minas Gerais Indaiabira - MG Total ,00 100,00 Homens ,22 48,97 Mulheres ,78 51,03 Total ,00 100,00 Homens ,47 49,20 Mulheres ,53 50,80 Total ,00 100,00 Homens ,60 50,95 Mulheres ,40 49,05 Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e

138 Gráfico 4.1. População masculina (em %): Brasil, Minas Gerais e Indaiabira ,0 distribuição dos habitantes segundo sexo por situação do domicílio, segue o padrão brasileiro e de Minas Gerais, qual seja: mais homens que mulheres residindo em áreas rurais. 50,0 49,22 49,47 51,6 50,95 48,97 49,2 40,0 Gráfico 4.2.População urbana (em %): Brasil, Minas Gerais e Indaiabira ,0 100,0 90,0 82,00 85,29 20,0 80,0 70,0 81,25 84,36 10,0 60,0 0,0 Brasil Minas Gerais Indaiabira 50,0 40,0 37, ,0 Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e ,0 10,0 16,61 Outro aspecto interessante da composição populacional de Indaiabira refere-se à distribuição segundo a situação do domicílio (urbano/rural). Essa distribuição chama atenção por também se distanciar, significativamente, do verificado para o Brasil e Minas Gerais. Em 2010, mais de 60% da população do município residia em área rural, enquanto que os dados encontrados para Brasil e Minas Gerais não atingiam 16%,.Já a 0, Brasil Minas Gerais Indaiabira Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e

139 Tabela 4.2. Percentual da população residente segundo situação do domicílio: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Região geográfica Urbano Rural Urbano Rural Brasil 81,25 18,75 84,36 15,64 Minas Gerais 82,00 18,00 85,29 14,71 Indaiabira 16,61 83,39 37,41 62,59 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Gráfico 4.3.Distribuição percentual da população residente na área rural por sexo: Indaiabira 2010 Homens; 52,44 Tabela 4.3. Percentual da população rural composta por homens: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Região geográfica Brasil 51,39 52,62 Minas Gerais 51,52 53,19 Indaiabira 51,91 52,44 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Mulheres; 47,56 Fonte: IBGE, Censo Demográfico Famílias e Domicílios Em 2010, o Censo Demográfico identificou domicílios particulares permanentes em Indaiabira. Quanto à situação dos domicílios (localização em área urbana ou rural), Indaiabira apresenta maior número de domicílios localizados em área rural, situação inversa à verificada para o Brasil e Minas Gerais. O processo de urbanização acelerada experimentado pelo país, que hoje resulta em mais de 85% dos domicílios em áreas urbanas, não se repetiu em Indaiabira, que em 2010 se 138

140 deparava com mais de 60% dos domicílios particulares permanentes em área rural. Com esse percentual de domicílios rurais, fica evidente a necessidade de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento rural e o fortalecimento da agricultura familiar. Cabe, ainda, ressaltar que, quanto à situação dos domicílios (localização em área urbana / área rural),indaiabira está entre os 149 municípios mineiros com mais de 50% dos domicílios particulares permanentes situados em área rural, apesar do acréscimo no número de domicílios na área urbana e queda na área rural entre 2000 e O crescimento de domicílios na área urbana, uma tendência nacional, pode trazer preocupações quando não acompanhado do aumento da produtividade rural e do surgimento de novos postos de trabalhos na zona urbana. Gráfico 4.4. Distribuição percentual dos domicílios particulares permanentes por situação: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira ,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 85,87 86,06 39,92 60,08 20,0 14,13 13,95 Tabela 4.4. Distribuição percentual dos domicílios particulares permanentes por situação: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Região geográfica Urbana Rural Urbana Rural Brasil 83,35 16,65 85,87 14,13 Minas Gerais 83,26 16,74 86,05 13,95 Indaiabira 17,14 82,86 39,92 60,08 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / ,0 0,0 Fonte: IBGE, Censo Demográfico Brasil Minas Gerais Indaiabira Urbana A média de moradores em domicílios particulares ocupados em Indaiabira é superior à verificada para o Brasil e Minas Gerais. No entanto, na última década todos apresentam a mesma tendência: queda.como é possível identificar no gráfico a seguir, a queda na média de moradores por domicilio no município na última década foi mais acentuada do que em Minas e Brasil. Rural 139

141 Gráfico 4.5. Média de moradores em domicílios particulares ocupados (Pessoas): Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Gráfico 4.6. Distribuição da população por número de moradores em domicílios particulares ocupados (em %):Brasil, Minas Gerais e Indaiabira ,6 4,4 4,48 90,0 80,0 79,02 79,50 75,05 4,2 70,0 4,0 60,0 3,8 3,6 3,76 3,72 3,77 50,0 40,0 30,0 3,4 3,2 3,31 3,23 20,0 10,0 12,18 13,00 8,90 8,79 7,51 16,05 3, ,0 1 morador 2 a 5 moradores 6 moradores ou mais Brasil Minas Gerais Indaiabira Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Outro dado importante a ser ressaltado, refere-se ao número de moradores por domicílio. De acordo com o Censo 2010, 8,9% dos domicílios particulares ocupados em Indaiabira tinham apenas 1 morador e 16,05% tinham 6 ou mais moradores. Esse último, superior ao identificado para Minas Gerais e Brasil. Fonte: IBGE, Censo Demográfico Brasil Minas Gerais Indaiabira Sobre a condição da ocupação, chama atenção o elevado número de domicílios reconhecidos por seus moradores como Próprios, unidades (88,94%); 78 unidades (4,01%) foram identificados como Alugado ; e, 133 unidades (6,84%) como Cedido. O percentual de imóveis (domicílios) próprios é superior ao identificado para Brasil e Minas Gerais 140

142 (aproximadamente 70%) e produz reflexos positivos no orçamento familiar. A distribuição etária da população revela um quadro comum a várias cidades brasileiras com IDH mais baixo, percentual significativo de pessoas com até 17 anos economicamente não ativas. Dado que se distancia do verificado para Minas Gerais e Brasil. Enquanto Minas e Brasil apresentam 27,75% e 29,52% respectivamente da população nessa faixa etária, Indaiabira apresenta 34,1%. Certamente isso produz impactos, inclusive financeiros, nas políticas públicas para crianças e adolescentes. Consequentemente, o município apresenta menor percentual da população na idade adulta (aqui considerada de 25 a 59 anos), quando comparado ao Brasil e Minas Gerais.O percentual de idosos (60 anos ou mais) identificado foi de 12,65, próximo ao identificado para Minas (11,80%) e Brasil (10,79%). Enquanto o Índice de envelhecimento apresentou crescimento na última década, passando de 20,5 em 2000 para 39,5 em 2010 (FJP), a Razão de dependência apresentou queda, saindo de 55,2 em 2000 e chegando a 46,7 em Tabela 4.5. Distribuição percentual da população por faixa etária: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Faixa etária Brasil Minas Gerais Indaiabira a 4 anos 9,65 7,24 9,03 6,51 11,6 6,84 5 a 9 anos 9,76 7,85 9,40 7,30 12,55 8,59 10 a 17 anos 16,53 14,43 16,14 13,94 19,59 18,67 18 e 24 anos 13,75 12,52 13,68 12,29 12,33 12,1 25 a 39 anos 23,04 24,50 23,14 24,07 18,06 20,01 40 a 49 anos 11,35 13,02 11,89 13,62 9,47 11,65 50 a 59 anos 7,37 9,66 7,65 10,49 7,3 9,47 60 a 69 anos 4,82 5,95 5,18 6,42 5,41 6,9 70 anos ou mais 3,73 4,84 3,90 5,38 3,69 5,75 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / A tabela e o gráfico a seguir ilustram bem a distribuição etária. 141

143 Gráfico 4.7. Distribuição percentual da população por faixa etária: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira ,0 50,0 48,18 47,18 Tabela 4.6. Indicadores de esperança de vida ao nascer e taxa de envelhecimento 2010 Probabilidade de Esperança de vida ao Taxa de sobrevivência até 60 nascer envelhecimento anos Brasil Indaiabria ,0 30,0 20,0 10,0 34,10 29,52 27,75 12,52 12,2912,10 41,13 11,8 12,65 10,79 Fonte: PNUD, 2010 Ainda quanto a estrutura etária do município, o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil demonstra que entre 2000 e 2010, a razão de dependência 16 de Indaiabira passou de 73,72% para 55,89% e a taxa de envelhecimento evoluiu de 6,06% para 9,00%.Entre 1991 e 2000, a razão de dependência foi de 83,68% para 73,72%, enquanto a taxa de envelhecimento evoluiu de 4,66% para 6,06% (PNUD, 2010). 0,0 Até 17 anos De 18 a 24 anos De 25 a 59 anos 60 anos ou mais Fonte: IBGE, Censo Demográfico Brasil Minas Gerais Indaiabira Considerando a esperança de vida ao nascer e a taxa de envelhecimento, o Atlas de desenvolvimento humano apresenta os seguintes dados: Em relação à cor / raça, os dados apresentam distribuição diferente da encontrada para Brasil e Minas. Mais de 60% da população do município autodeclara-se Parda, enquanto para as demais regiões aqui tratadas o percentual não atinge 50%. Outro dado que chama atenção, é a diferença entre os percentuais de Branca, 31,54% em Indaiabira e mais de 45% no Brasil e Minas Gerais. 16 A razão de dependência segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil é o percentual da população de menos de 15 anos e da população de 65 anos e mais (população dependente) em relação à população de 15 a 64 anos (população potencialmente ativa). 142

144 Tabela 4.7. Distribuição percentual da população por cor / raça: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira 2010 Cor / Raça Brasil Minas Gerais Indaiabira Branca 47,51 45,06 31,54 Preta 7,52 9,22 3,92 Amarela 1,10 0,96 0,08 Parda 43,42 44,58 64,47 Indígena 0,43 0,16 - Sem declaração 0,02 0,01 - Total 100,00 100,00 100,00 Fonte: IBGE, Censo Demográfico Gráfico 4.8. Distribuição percentual da população por cor/raça ( Branca, Parda e Preta ):Brasil, Minas Gerais e Indaiabira ,0 60,0 50,0 47,51 45,06 43,42 44,58 64,47 40,0 30,0 31,54 20,0 10,0 7,52 9,22 3,92 0,0 Branca Parda Preta Fonte: IBGE, Censo Demográfico Brasil Minas Gerais Indaiabira Importante ressaltar, ainda, que de acordo com o CEDEFES, o Norte de Minas conta com uma das maiores áreas de concentração de comunidades quilombolas de Minas Gerais. No município de Indaiabira são duas comunidades quilombolas denominadas de Fazenda Brejo Grande e Brejo Grande, reconhecida em 24 de março de 2006 (data de publicação no 143

145 Diário Oficial da União). Tais comunidades requerem uma atenção especial, pois assim como muitas outras comunidades, a morosidade nos processos de titulação das terras e a falta de reconhecimento por parte do Estado, no que tange às lutas e especificidades dessa população,têm sido os maiores desafios dessas comunidades INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE Outras informações importantes e que devem ser levadas em consideração neste primeiro momento de identificação das principais características do município, refere-se à infraestrutura disponível e ao meio ambiente. Dados sobre a infraestrutura geral nos permitem uma visão mais próxima da real qualidade de vida da população residente em termos de acesso à habitação e serviços básicos como energia elétrica, água, saneamento, transporte entre outros. Sobre os serviços básicos que cercam a questão da habitação, pode-se verificar certa precariedade no município e, consequentemente, a urgência de expansão e melhorias. De acordo com o IMRS/FJP, a prestadora responsável pelo abastecimento de água no município é a COPASA. O Censo 2010 indica que 98,71% dos domicílios da área urbana têm acesso à água por rede geral e apenas 3% dos domicílios na área rural têm esse acesso. Chama atenção o percentual de domicílios atendidos por sistema de coleta de lixo (40,23%). Informações importantes que indicam a necessidade de maior investimento em infraestrutura e saneamento, inclusive por questões de saúde pública. Por outro lado, o percentual de domicílios com acesso a energia elétrica indica um aspecto positivo, mais de 90% deles têm acesso a este serviço. 144

146 Quadro 4.1. Dados gerais sobre infraestrutura e saneamento em Indaiabira(em %) 2010 Dado 2010 Domicílios com acesso a abastecimento de água por rede geral 52,52 Domicílios com acesso a abastecimento de água por poço ou nascente na propriedade 19,24 Domicílios com acesso a abastecimento de água por outra forma 28,24 Domicílios com acesso a energia elétrica 93,47 Domicílios atendidos com sistema de esgotamento sanitário rede geral 14,35 Domicílios atendidos com sistema de esgotamento sanitário fossa 69,34 Domicílios com existência de banheiro ou sanitário de uso exclusivo do domicílio 88,58 Domicílios atendidos por sistema de coleta de lixo 40,23 Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Percentuais calculados a partir de um total de domicílios. Gráfico 4.9.Dados gerais sobre infraestrutura e saneamento em Brasil, Minas Gerais e Indaiabira ,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 82,85 86,28 52,52 98,73 99,29 98,75 93,47 97,35 88,58 55,45 75,37 14,35 87,40 87,63 40,23 0,0 Domicílios com acesso a abastecimento de água por rede geral Domicílios com acesso a energia elétrica Domicílios atendidos com sistema de esgotamento sanitário rede geral Domicílios com existência de banheiro ou sanitário de uso exclusivo do domicílio Domicílios atendidos por sistema de coleta de lixo Brasil Minas Gerais Indaiabira Fonte: IBGE Cidades. A frota de veículos em Indaiabira apresentou crescimento nos últimos anos. Situação que não difere da verificada na maioria dos municípios brasileiros. O crescimento no número de automóveis e motocicletas entre 2005 e 2012 chama atenção. Como indica a tabela a seguir, o número de automóveis saltou 145

147 de 5 para 238 e o de motocicletas passou de 458 em 2005 para 794 em 2012 (aumento superior a 200%). Gráfico 4.10.Crescimento da frota de veículos circulantes em Indaiabira ,0 Tabela 4.8.Frota de veículos circulantes em Indaiabira Veículo Automóvel Caminhão Caminhão trator Caminhonete Camioneta Micro-ônibus Motocicleta Motoneta Ônibus Trator de rodas Utilitário Outros Total de Veículos Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Dados de 2008 não disponíveis. 1201,0 1001,0 801,0 601,0 401,0 201,0 1, Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Dados de 2008 não disponíveis. Automóvel Motocicleta Total de Veículos

148 Sobre o meio ambiente, foi possível identificar o percentual de cobertura vegetal por flora nativa (50,79) e de cobertura vegetal por reflorestamento (3,66). Esses e outros dados sobre degradação ambiental deverão ser observados quando da(s) visita(s) da equipe do Projeto ao município. Tabela 4.9. Dados gerais sobre meio ambiente em Indaiabira 2010 Dado Percentual Percentual de áreas de proteção integral 0,0 Percentual de áreas de uso sustentável 0,0 Percentual de cobertura vegetal por mata atlântica 0,55 Percentual de cobertura vegetal por flora nativa 50,79 Percentual de cobertura vegetal por reflorestamento 3,66 Percentual de áreas indígenas 0,0 Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. 4.4.EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES Educação Como é sabido, a educação (escolarização da população) é um importante componente do cálculo do IDH. Os dados sobre educação em Indaiabira ganham destaque por apresentar percentuais de acesso, frequência e alfabetização inferiores aos encontrados para o país e para o estado. Primeiramente, chama atenção o percentual de pessoas com 5 anos ou mais de idade não alfabetizadas. Como é possível verificar no gráfico a seguir, na última década houve queda no percentual de analfabetos, reforçando o esforço de enfrentamento local deste problema. Mas, ainda assim, o município apresenta percentual significativamente superior de pessoas analfabetas ao verificado para o Brasil e Minas Gerais. 147

149 Gráfico 4.11.Percentual de pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira ,0 36,0 31,0 37,75 É importante ainda destacar que 11,65% das pessoas com 5 anos ou mais de idade não alfabetizadas se encontravam na faixa etária de 5 a 14 anos. Outro percentual que chama atenção no município é o de adultos entre 30 a 59 anos que também não são alfabetizados, 12,84%. Estes dados devem ser levados em consideração quando da elaboração de políticas educacionais especificas para crianças, jovens e adultos. 26,0 21,0 16,0 11,0 6,0 1,0 27,89 15,7 13,3 10,53 8, Brasil Minas Gerais Indaiabira Tabela Pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas (em %): Brasil, Minas Gerais e Indaiabira Faixa etária Brasil Minas Gerais Indaiabira De 5 a 14 anos 5,62 2,81 4,28 1,74 9,62 3,25 De 15 a 29 anos 1,83 0,81 1,05 0,43 4,59 1,58 De 30 a 59 anos 3,25 3,86 2,71 3,06 9,81 12,84 60 anos ou mais n.d. 3,05 n.d. 3,31 n.d. 10,22 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Nota: n.d. = informação não disponível. Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Esse dado merece detalhamento para melhor compreensão do problema. Tanto em 2000 quanto em 2010, Indaiabira apresentou percentual superior de não alfabetizados em todas as faixas etárias quando comparado ao Brasil e Minas Gerais. É importante registrar que 3,25% da população em idade regular para freqüentar a escola, principalmente o ensino fundamental (5 a 14 anos), não eram alfabetizadas em

150 Gráfico Pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas por FAIXA ETÁRIA (em %): Brasil, Minas Gerais e Indaiabira 2010 Gráfico Percentual da população com pelo menos nível superior (graduação) concluído: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira ,0 12,0 12,84 8,0 7,0 7,06 6,85 10,0 10,22 6,0 8,0 5,0 6,0 4,0 4,0 2,0 0,0 2,81 1,74 3,25 1,58 0,81 0,43 3,86 3,06 3,31 3,05 De 5 a 14 anos De 15 a 29 anos De 30 a 59 anos 60 anos ou mais Fonte: IBGE, Censo Demográfico Brasil Minas Gerais Indaiabira Os dados sobre pessoas com pelo menos nível superior (graduação) concluído reforçam a baixa escolaridade e a necessidade de se investir na escolarização da população. Enquanto no Brasil e em Minas Gerais esse percentual ultrapassa 6%, em Indaiabira não atinge 3%. 3,0 2,0 1,0 0,0 2,09 Brasil Minas Gerais Indaiabira Fonte: IBGE, Censo Demográfico O quadro a seguir apresenta dados gerais sobre educação como número de matrículas, de docentes e de escolas identificados no município em Cabe registrar que todas as matrículas, em todos os níveis, são em escolas públicas. 149

151 Quadro 4.2. Dados gerais sobre educação emindaiabira 2009 Dado Unidade Número Matrículas - Ensino fundamental matrícula Matrículas - Ensino médio matrícula 390 Matrículas - Ensino pré-escolar matrícula 193 Docentes - Ensino fundamental docente 124 Docentes -Ensino médio docente 47 Docentes -Ensino pré-escolar docente 15 Escolas - Ensino fundamental escola 13 Escolas -Ensino médio escola 3 Escolas -Ensino pré-escolar escola 8 Fonte: IBGE Cidades. Os dados preliminares do censo (2013) e as informações do Atlas de Desenvolvimento humano revelam que o município de Indaiabira) tem apresentado uma crescente no fluxo escolar nas séries iniciais da educação infantil (Creche e pré-escola), no ensino fundamental e médio. O gráfico abaixo apresenta os dados sobre esse fluxo por faixa etária. Gráfico Fluxo Escolar por Faixa Etária Indaiabira Fonte: PNUD, IPEA e FJP Cultura e Esportes Sobre cultura e esportes, poucos dados secundários foram encontrados para incrementar a presente análise. As informações identificadas referem-se à gestão, participação popular e existência de equipamento. 150

152 De acordo com o Índice Mineiro de Responsabilidade Social, desenvolvido pela Fundação João Pinheiro (FJP), em Indaiabira, em se tratando de organização e gestão, a área cultural e a área de esportes apresentavam baixa estrutura. No ano de 2010 existia no município apenas Conselho Municipal de Cultura. A mesma fonte identificou a existência de Banda de Música e de Biblioteca Municipal (outros como museu, teatro, cinema, centro cultural não foram identificados pelo IMRS/FJP). Não foi identificada informação sobre a existência de equipamentos de esporte. O quadro a seguir apresenta dados gerais sobre acervo, número de leitores e serviços prestados pela Biblioteca municipal. Quadro 4.3.Dados gerais sobre a Biblioteca Municipal em Indaiabira 2010 Acervo (livros, revistas, etc.) 3 a 5 mil exemplares Número de leitores por mês 30 Média mensal de empréstimos Acesso à internet para o leitor Número de funcionários Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Nota: n.d. = informação não disponíve n.d. n.d. n.d ASSISTÊNCIA, ORGANIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL Assistência Social A assistência social é um aspecto importantíssimo a ser pensado quando o assunto é município de baixo IDH. Geralmente, esses municípios têm um significativo percentual da população com renda e escolaridade baixas e, consequentemente, mais pessoas expostas aos riscos sociais. Municípios com estas características devem estar atentos às políticas públicas, nacionais e estaduais, de assistência, e cada vez mais aprimorar os serviços de assistência social para atender as demandas da população. Entre os principais mecanismos de enfrentamento dos problemas de assistência social por parte dos municípios estão a previsão orçamentária para esta função (assistência social) e elaboração de Política Municipal de Assistência. Indaiabira contava em 2010 com esse primeiro mecanismo de auxílio ao enfrentamento dos problemas referentes à assistência: previsão orçamentária. Os dados sobre a gestão da assistência social dizem muito da capacidade de atendimento e apoio que o município pode oferecer à população menos abastada economicamente. Em Indaiabira, no ano de 2010, a gestão do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) era básica e, segundo o Índice Mineiro de Responsabilidade Social (FJP), o município contava 151

153 com 1Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) para os atendimentos à população. Quadro 4.4. Dados gerais sobre a gestão da assistência social em Indaiabira Nº Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) cadastrados 1 Gestão do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) Nº de assistentes sociais atuando na Assistência Social 2 Básica Nº de funcionários da Assistência Social 14 Existência de previsão orçamentária para a função Assistência Social Existência de Política Municipal de Assistência Social Sistema de gestão e controle social atuante (0 a 6) 4 Sistema de garantia de direitos atuante (0 a 6) 3 Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Os dados do IMRS/FJP indicam que, para o ano de 2010, em Indaiabira os índices de Cobertura qualificada do Cadastro Único (CadUnico), Atualização do CadUnico e Gestão Descentralizada Municipal do Programa Bolsa Família, ambos variando de 0 a 1, eram de 1, 0,78 e 0,9, respectivamente. Ainda de acordo com o IMRS/FJP, o índice de Institucionalização da Assistência Social, que varia de 0 a 28, era de 22 e o Índice Municipal de Desenvolvimento dos CRAS, que varia de 0 a 10, era de 4. Aspecto adicional com relação à qualidade de vida das pessoas pertencentes à famílias de baixa renda refere-se ao recebimento de benefícios sociais. Apesar das críticas, já existem diferentes estudos apontando os reflexos positivos, incluindo aí uma pequena (mas consistente) parcela de desconcentração na renda promovida por programas de transferência de renda, Sim Não ainda que, é quase unanimidade, haja um horizonte determinado para alguns programas. Entre todos, o destaque vai para o Bolsa Família, do Governo Federal. Trata-se de um programa de transferência que associa basicamente educação (frequência à escola) e combate à fome. Este programa é construído por cadastro local e as informações são repassadas ao governo central que disponibiliza diretamente ao beneficiário um valor em espécie. Por definição, trata-se ainda de um programa focalizado em indivíduo / famílias em patamar de renda bem definido para pobreza e extrema pobreza. Os percentuais de famílias com perfil CadUnico e de beneficiárias do Programa Bolsa Família ajudam a dimensionar a situação de pobreza, de qualidade de vida e bem estar social de uma determinada população. Os percentuais verificados para Indaiabira chamam atenção e preocupam por serem elevados. Os demais municípios em estudo também apresentaram estes percentuais elevados. Quadro 4.5.Dados sobre famílias, CadUnico e Bolsa Família em Indaiabira Total de famílias identificadas no município (Censo 2010) Total famílias beneficiárias do Programa Bolsa família 893 % famílias beneficiárias do Programa Bolsa família 46,9 Total famílias com perfil CadUnico % famílias com perfil CadUnico 76,1 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010; Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro 152

154 Quanto aos dados de 2012, o Relatório de Informações Síntese dos Programas Sociais elaborado pela Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, indica que haviam famílias cadastradas no CadUnico, sendo com renda per capita de até ½ salário mínimo e com renda per capita de até R$140,00. Conforme o Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS/FJP), em 2010 foram transferidos R$ ,00 para as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família no município. Valor que certamente causou impactos positivos nos municípios, dinamizando o comércio e a economia local. Ainda sobre benefícios de transferência de renda, destaca-se o Benefício da Prestação Continuada (BPC), disponível para idosos e deficientes de famílias de baixa renda. Em 2010, haviam em Indaiabira 29 beneficiários do BPC (21 referentes ao BPC-Deficientes e 8 ao BPC-Idoso). Esses benefícios contabilizaram R$ ,00 no mesmo ano 17. entre os dez municípios em estudo, Indaiabira apresentava o menor percentual de incidência de pobreza. Quadro 4.6. Mapa de Pobreza e Desigualdade do Conjunto dos Municípios Brasileiros e de Indaiabira 2003 Municípios Indicador Indaiabira Unidade brasileiros Incidência da Pobreza 49,30 52,27 % Limite inferior da Incidência de Pobreza Limite superior da Incidência de Pobreza 37,54 47,62 % 61,05 56,92 % Incidência da Pobreza Subjetiva 57,05 55,91 % Limite inferior da Incidência da Pobreza Subjetiva Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva 49,15 51,27 % 64,95 60,56 % Índice de Gini 0,38 0,49... Limite inferior do Índice de Gini 0,34 0,46... Limite superior do Índice de Gini 0,42 0,53... Fonte: IBGE Cidades. Os dados que constituem o Mapa da pobreza e desigualdade dos municípios brasileiros, disponibilizado pelo IBGE Cidades, corroboram a situação preocupante indicada anteriormente. A incidência de pobreza, proporção de pessoas que vivem com até R$ 70,00 de rendimento domiciliar per capita ao mês, verificada para Indaiabira em 2003 era de 49,30%, inferior ao identificado para o conjunto dos municípios brasileiros. Cabe registrar que 17 Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. 153

155 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 Gráfico Indicadores que compõem o Mapa de Pobreza e Desigualdade: Indaiabirae Conjunto dos Municípios Brasileiros ,3 52,27 Incidência da Pobreza Fonte: IBGE Cidades. 61,05 56,92 Limite superior da Incidência de Pobreza Indaiabira 57,05 55,91 Incidência da Pobreza Subjetiva Municípios brasileiros 64,95 60,56 Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva Pode-se identificar que apesar do município possuir a menor incidência de pobreza dentre os demais municípios pesquisados, tem-se que levar em consideração os grandes índices de desigualdade social existente. Segundo o portal ODM a participação dos 20% mais pobres da população na renda passou de 6,3%, em 1991, para 3,2%, em 2000, aumentando ainda mais os níveis de desigualdade. Em 2000, a participação dos 20% mais ricos era de 52,0%, ou 16 vezes superior à dos 20% mais pobres. O Censo 2010 detectou que a incidência de pobreza era maior nos municípios de porte médio (10 mil a 50 mil habitantes). Cabe registrar que enquanto a proporção de pessoas que viviam com até R$70,00 de rendimento domiciliar per capita era, em média, 6,3% no Brasil, nos municípios de 10 mil a 20 mil habitantes esse percentual era o dobro (13,7%), com metade da população nesses municípios vivendo com até ½ salário mínimo per capita. Já nas cidades com população superior a 500 mil habitantes, menos de 2% viviam com até R$70,00 per capita e cerca de ¼ das pessoas vivia com até ½ salário mínimo de rendimento domiciliar per capita 18. Em Indaiabira, identifica-se que a renda per capita média cresceu 119,28% nas últimas duas décadas, passando de R$130,85, em 1991, para R$146,20, em 2000, e R$286,93, em A taxa média anual de crescimento foi de 11,73% no primeiro período e 96,26% no segundo. A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010) passou de 28,89% em 1991 para 39,37% em 2000 e para 13,97% em 2010 (PNUD). Cabe ainda registrar o Índice de Desenvolvimento Familiar (IDF), indicador sintético que mede o grau de desenvolvimento das famílias possibilitando apurar o grau de vulnerabilidadede cada família do CadUnico, bem como analisar um grupo de famílias ou mesmo o total de famílias do município. O índice varia de 0 a 18 Para mais informações consultar sítio do IBGE - < 19&id_pagina=1>. 154

156 1, quanto mais próximo de 1 melhores as condições da família 19. Como é possível identificar na tabela a seguir, os componentes que mais comprometem o IDF em Indaiabira são: Acesso ao trabalho, Acesso ao conhecimento e Disponibilidade de recursos. Tabela Índice de Desenvolvimento Familiar e seus componentes em Indaiabira Índice e seus componentes Índice Índice de Desenvolvimento Familiar (IDF) 0,50 Vulnerabilidade 0,75 Acesso ao conhecimento 0,23 Acesso ao trabalho 0,07 Disponibilidade de recursos 0,34 Desenvolvimento infantil 0,93 Condição Habitacional 0,65 Fonte: Relatórios de Informações Sociais / SAGI / MDS. Quanto a vulnerabilidade social o Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil aponta que o município em 2010 encontra-se com 63,60 % de vulneráveis a pobreza, 22,69% de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham e são vulneráveis a pobreza e 4,90% de pessoas em domicílios vulneráveis à pobreza e dependentes de idosos. A tabela 4.12 traz mais alguns indicadores quanto a vulnerabilidade social do município de Indaiabira. Fonte: PNUD, IPEA, FJP Tabela Vulnerabilidade social Participação e Organização Social Outro dado importante que deve ser olhado com cuidado nas cidades em estudo, refere-se à organização e à participação social. Estes dados importam quando o que se pretende é aumentar o grau de empoderamento popular, um dos objetivos do Projeto 10Envolver. Os conselhos municipais são espaços de participação que ganharam força com a instituição da Constituição de A seguir apresenta-se um quadro com a existência de conselhos no município. 19 Para mais informações vide: < 155

157 Quadro 4.7. Conselhos municipais existentes em Indaiabira 2010 Assistência Social Conselho Tutelar Crianças e Adolescentes Gestor do Programa Bolsa Família Habitação Meio Ambiente Saúde Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Como é possível verificar no quadro anterior, em termos quantitativos, o município apresenta um significativo número de conselhos, sete. Contudo, há que se verificar a expressividade e a capacidade de controle social dos mesmos. De maneira geral, em termos de Brasil, sabe-se que ainda há muito por fazer para aumentar e incentivar a participação popular e o acompanhamento, por parte da população local, no debate e na implementação de políticas públicas SAÙDE Em se tratando de saúde, os dados identificados como relevantes para esta análise referem-se à atenção básica, mortalidade e equipamentos. Em 2009 existiam no município cinco estabelecimentos de saúde, todos vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e equipados para atendimento ambulatorial com atendimento médico em especialidades básicas e dois para atendimento odontológico. Nenhum deles estava equipado para internações. (Fonte: IBGE Cidades) Os dados gerais sobre a situação da saúde em Indaiabira não se distanciam do encontrado para os demais municípios com baixo IDH. Dos aspectos positivos, vale ressaltar as seguintes taxas: Taxa de mortalidade por acidentes de transporte da população de 15 a 29 anos e a Taxa de mortalidade por homicídio da população de 15 a 29 anos, ambas 0 (zero). 156

158 Quadro 4.8. Dados gerais sobre situação da saúde em Indaiabira 2010 Taxa bruta de mortalidade 4,5 (por mil habitantes) Taxa bruta de mortalidade padronizada 3,79 (por mil habitantes) Taxa de mortalidade por acidente de transporte da população de (por 100 mil 0 15 a 29 anos habitantes) Taxa de mortalidade por homicídio na população total 13,64 (por 100 mil habitantes) Taxa de mortalidade por homicídio da população de 15 a 29 anos 0 (por 100 mil habitantes) Mortalidade proporcional da população idosa (60 anos ou mais) 51,52 (%) Notificação de óbito por raiva humana transmitida por cão ou gato n.d. Nº Proporção de nascidos vivos com baixo peso 9,3 (%) Proporção de internações por doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado n.d. (%) Proporção de internações por doenças de veiculação hídrica n.d. (%) Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Obs.: n.d. = informação não disponível. Quanto aos dados sobre atenção básica (apresentados no quadro a seguir) é importante ressaltar aspectos positivos como a quase universalização da cobertura vacinal em menores de 1 ano. Outro dado que chama atenção é a Proporção de óbitos por causas mal definidas, quinta mais elevada entre os municípios em estudo. Quadro 4.9. Dados gerais sobre saúde - atenção básica - em Indaiabira 2010 Proporção da população atendida pelo PSF 100,00 % Meses de cobertura do PSF 12 Meses Proporção de nascidos vivos cujas mães realizaram 7 ou mais consultas de pré-natal 77,30 % Cobertura vacinal de tetravalente em menores de 1 ano 100,00 % Cobertura vacinal contra poliomielite em menores de 1 ano 100,00 % Cobertura vacinal de tríplice viral da população de 1 ano de idade 96,18 % Cobertura vacinal em campanha contra influenza da população de 60 anos ou mais Proporção de óbitos por causas mal definidas sem assistência médica 83,14 % 18,18 % Proporção de óbitos por causas mal definidas 24,24 % Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Ainda sobre saúde, é importante destacar dados referentes à mortalidade infantil. O número de óbitos de menores de um ano de idade na população residente em determinado espaço geográfico reflete, de maneira geral, as condições de desenvolvimento socioeconômico e infraestrutura ambiental, bem como o acesso e a qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde materna e da população infantil. De 2010 para 2011 verificou-se aumento na Taxa de Mortalidade Infantil municipal. Cabe atentar para o fato de que análises sobre o aumento ou queda da taxa de mortalidade infantil em populações pequenas como a de Indaiabira devem ter cautela e levar em consideração outras variáveis, pois a ocorrência de uma ou duas mortes ao ano pode alterar significativamente a taxa. 157

159 É importante destacar quanto a saúde infantil as consultas prénatais que estão diretamente ligadas as taxas de mortalidade. O Portal ODM revela que quanto maior o número de consultas pré-natais, maior a garantia de uma gestação e parto seguros,.a proporção de gestantes sem acompanhamento pré-natal, em 2011, neste município, foi de 0,0%. As gestantes com 7 ou mais consultas foram 82,6%.Em 2011, no Município, 100,0% dos nascidos vivos tiveram seus partos assistidos por profissionais qualificados de saúde. Quadro Taxa de mortalidade infantil e Número de óbitos infantis em Indaiabira Ano Taxa de mortalidade infantil Nº de óbitos infantis , , , ,98 2 Fonte: Ministério da Saúde / DATASUS / Pacto pela Saúde, ,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 Gráfico Evolução da Taxa de mortalidade infantil: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira 2007, 2008 e ,01 17,56 15,97 17,4 17,38 16,16 28,57 34,88 Brasil Minas Gerais Indaiabira ,33 Fonte:Ministério da Saúde / DATASUS / Pacto pela Saúde, Outros dados importantes quanto a saúde do município são os referentes aos casos de AIDS e os casos de doenças transmissíveis por mosquitos, presente no Relatório Dinâmico dos municípios do Portal ODM. No município, entre 2001 e 2011, houve 36 casos de doenças transmitidas por mosquitos, dentre os quais nenhum caso confirmado de malária e nenhum caso confirmado de febre amarela. Destaca-se o fato dos 36 casos confirmados serem de leishmaniose e nenhuma 158

160 notificação de dengue. O Município não teve nenhum caso de AIDS diagnosticado até 2012 (Portal ODM). Os dados sobre os tipos de deficiências não apresentam surpresas e se aproximam dos verificados para o Brasil e Minas Gerais. Cabe registrar que 21,78% da população apresentavam pelo menos uma das deficiências investigadas pelo Censo 2010 (visual, auditiva, motora, mental/intelectual). A tabela a seguir, apresenta a situação. Tabela Distribuição percentual da população por tipo de deficiência: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira 2010 Minas Tipo de deficiência Brasil Indaiabira Gerais Pelo menos uma das deficiências investigadas 23,91 22,62 21,78 Deficiência visual - não consegue de modo algum 0,27 0,23 0,42 Deficiência visual - grande dificuldade 3,18 3,02 2,86 Deficiência visual - alguma dificuldade 15,31 13,79 12,95 Deficiência auditiva - não consegue de modo algum 0,18 0,17 0,3 Deficiência auditiva - grande dificuldade 0,94 1,02 1,64 Deficiência auditiva - alguma dificuldade 3,97 3,93 4,18 Deficiência motora - não consegue de modo algum 0,39 0,40 0,21 Deficiência motora - grande dificuldade 1,94 2,06 1,32 Deficiência motora - alguma dificuldade 4,63 4,57 4,86 Mental / Intelectual 1,37 1,53 1,27 Nenhuma dessas deficiências 76,06 77,36 78,22 Sem declaração 0,03 0,02 - Fonte: IBGE Cidades. Gráfico Distribuição percentual da população por tipo de deficiência: Brasil, Minas Gerais e Indaiabira ,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 23,91 22,62 21,78 Pelo menos uma das deficiências investigadas Fonte: IBGE Cidades. 15,31 13,79 12,95 Deficiência visual - alguma dificuldade 3,97 3,93 4,18 Deficiência auditiva - alguma dificuldade 4,63 4,57 4,86 Deficiência motora - alguma dificuldade Brasil Minas Gerais Indaiabira 1,37 1,53 1,27 Mental / Intelectual 159

161 4.7. ECONOMIA, EMPREGO E FINANÇAS Gráfico IDH-M de municípios mineiros selecionados 2000 Um dos principais índices que ajudam a entender o desenvolvimento humano e social de uma determinada localidade é o IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal). Tendo por base o ano de 2000, Indaiabira apresentava o terceiro pior IDH-M de Minas Gerais (0,571). É importante atentar para dois aspectos importantes desse índice no município: os três subíndices que compõem o IDH-M (Renda, Longevidade e Educação) são baixos, mesmo apresentando crescimento no período entre 1991 e 2000; o IDHM-Renda tem impacto significativo no índice final do município, sendo este subíndice o menor dos três componentes (nos dez municípios em estudo). Alguns dados já apresentados ajudam a explicar/entender o baixo IDH municipal. Setubinha Monte Formoso Indaiabira Pai Pedro Bonito de Minas Gameleiras Novo Oriente de Minas Bertópolis Fruta de Leite Crisólita 0,568 0,570 0,571 0,575 0,580 0,581 0,582 0,585 0,586 0,586 Poços de Caldas 0,841 0,4 Obs.: Municípios selecionados: 10 menores IDH-M e maior IDH-M de Minas Gerais. Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano / PNUD, Conforme informações do IBGE Cidades, o Produto Interno Bruto (PIB) de Indaiabira em 2010 era R$ ,00 e o PIB per capita R$4.916,24. O destaque em sua composição era para o setor de serviços, com R$ ,00, seguido da Agropecuária (R$ ,00), Indústria (R$ ,00) e Impostos sobre produtos líquidos de subsídios (R$ ,00), todos a preços correntes. 160

162 Gráfico Composição do PIBa preços correntes em Indaiabira 2010 (em mil reais) 25000, , , , Quadro Dados gerais sobre renda e emprego em Indaiabira 2000 e 2010 Renda per capita (R$ de ago) 2000 FJP 148,98 Renda per capita (R$ de dez) 2010 FJP 337,40 Empregados do setor formal (pessoas) FJP 436 Taxa de emprego no setor formal (%) FJP 9,60 Rendimento médio no setor formal (R$ de dez/2010 / empregado) FJP 940,85 Rendimento per capita no setor formal (R$ de dez/2010 / habitante) FJP 50,02 Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento domiciliar, por situação do domicílio Urbana 1.077,56 (R$) IBGE Cidades Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento domiciliar, por situação do domicílio Rural 1.180,07 (R$) IBGE Cidades Fonte: IBGE Cidades; Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. 5000,0 0,0 Fonte: IBGE Cidades Serviços Agropecuária Indústria Produtos líquidos de subsídios Entre os 10 municípios em estudo pelo Projeto 10Envolver, segundo o IMRS/FJP, Indaiabira apresentava em 2010 uma renda per capita de R$337,40 sétimo menor valor entre os 10 municípios em estudo. Apesar do baixo valor da renda per capta, o município apresentou a quinta maior taxa de crescimento dessa renda entre os anos 2000 e 2010 (também entre os 10 municípios em estudo), 134,8%. 791 Conforme o Boletim de Informações Sociais Dinâmica das Ocupações Formais segundo RAIS - Principais ocupações formais do público BSM, elaborado pela Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que divulga dados municipais, no período de 2008 e 2011,a quantidade de vagas no mercado formal aumentou em 273 postos. A maior elevação concentrouse no Grupo 3 Técnicos de nível médio, 112 postos. As ocupações formais com maior número de postos em 2011 no município eram as compostas pelos grupos 3, 5 e 7 (com 161, 125 e 101 postos respectivamente). As remunerações mais altas estavam concentradas nos grupos 9, 2, 8 e 1. Em particular, cabe destacar a variação de 75,25% na remuneração média no Grupo 9 - Trabalhadores em serviços de 161

163 reparação e manutenção, com remuneração média de R$ 1.774,99. Grupo 1 Ocupação Quadro Grandes grupos ocupacionais Membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e de empresas e gerentes 2 Profissionais das ciências e das artes 3 Técnicos de nível médio 4 Trabalhadores de serviços administrativos 5 Trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados 6 Trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca 7 Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais 8 Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais 9 Trabalhadores em serviços de reparação e manutenção Fonte: Boletim Relatórios de Informações Sociais Dinâmica das Ocupações Formais segundo RAIS - Principais ocupações formais do público BSM / SAGI / MDS. Quadro Grandes grupos ocupacionais por remuneração média e número de postos em Indaiabira e 2011 Remuneração Postos Remuneração Postos Variação da Grupo média em 2008 em 2008 média em 2011 em 2011 Remuneração , , ,56% , , ,97% 3 712, , ,77% 4 640, , ,25% 5 479, , ,45% 6 617, , ,45% 7 621, , ,26% 8 724, , ,44% , , ,25% Fonte: Boletim Relatórios de Informações Sociais Dinâmica das Ocupações Formais segundo RAIS - Principais ocupações formais do público BSM / SAGI / MDS. 162

164 Gráfico Evolução do número de postos de trabalho em Indaiabira 2008 e 2011 (três grupos com maior número de postos em 2011) 6,82% no comércio e 23,91% no setor de serviços. Percebe-se, portanto, que por ser um município com predominância rural, mais da metade da população trabalha no setor agropecuário, constituída em sua maior parte por pequenos agricultores. 181,0 161,0 141,0 121,0 101,0 81,0 61,0 41,0 21,0 1, Postos em 2008 Postos em 2011 Grupo 3 Grupo 5 Grupo 7 No quadro a seguir é possível identificar que na lavoura permanente a produção de banana, laranja, limão, manga e tangerina manteve-se constante de 2010 para Apenas a produção de café apresentou crescimento. Entre 2004 e 2011 o produto que apresentou maior crescimento na produção foi o café. Quadro Produção agrícola na lavoura permanente em Indaiabira Produto Banana Café Laranja Limão Manga Tangerina Fonte: Boletim Relatórios de Informações Sociais Dinâmica das Ocupações Formais segundo RAIS - Principais ocupações formais do público BSM / SAGI / MDS. Destaca-se, segundo o atlas de Desenvolvimento Humano, em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais, 54,18% trabalhavam no setor agropecuário, 0,21% na indústria extrativa, 4,42% na indústria de transformação, 5,57% no setor de construção, 0,30% nos setores de utilidade pública, Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Produção em toneladas. 163

165 Quadro Produção agrícolana lavoura temporária em Indaiabira Produto Arroz (em casca) Cana-deaçúcar Feijão (em grão) Mamona (bagaço) Mandioca Melancia Milho (em grão) Tomate Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Produção em toneladas. Sugestão:No quadro anterior é possível identificar que na lavoura temporária a produção da mamona aconteceu somente no ano de 2007 e de melancia em 2004 e 2005.Todos os produtos apresentaram queda na produção entre 2010 e 2011,O produto que apresentou maior crescimento foi a cana-de-açúcar e o que apresentou maior queda foi o tomate. 164

166 Quanto à produção pecuária, é possível identificar que 5 dos 13 produtos identificados no município apresentaram redução da produção de 2004 para 2011 (destacados no quadro a seguir). O produto que apresentou maior crescimento na produção no período de 2004 a 2011 foi bovinos e o que apresentou maior queda foi muares. Cabe destacar que a produção de mel de abelha aconteceu apenas no ano de Quadro Dados sobre produção pecuária em Indaiabira Quantidade produzida Produto Unidade Asininos cabeças Bovinos cabeças Caprinos cabeças Eqüinos cabeças Galinhas cabeças Galos, frangas, frangos e pintos cabeças Leite de vaca Mil litros Mel de Abelha Kg Muares cabeças Ovinos cabeças Ovos de galinha Mil dúzias Suínos cabeças Vacas ordenhadas cabeças Fonte: IBGE Cidades. 165

167 3.8. SEGURANÇA PÚBLICA Segurança pública representa hoje uma das principais preocupações da população brasileira, seja de cidades pequenas, médias ou grandes. Mas cabe atentar que em muitos municípios a sensação de insegurança é também um problema que merece atenção. Sendo assim, dados sobre segurança pública devem ser considerados quando o que se pretende é fortalecer a organização social, promover o empoderamento e melhorar a qualidade de vida da população local. de Responsabilidade Social (IMRS/FJP) e apresentados a seguir, indicam precariedade em Indaiabira, seja em equipamentos ou em capacidade de aplicação da lei. De acordo com o Índice, em 2010 haviam habitantes por policial militar, número elevado se comparado a outros municípios. No ranking das 10 cidades em estudo, Indaiabira ocupa o 6º lugar, em 10º ficou Bonito de Minas com 1.934,6 habitantes por policial militar e em 1º Bertópolis com 624,57. Dados gerais sobre equipamentos de segurança pública e capacidade de aplicação da lei identificados pelo Índice Mineiro Quadro 4.17.Capacidade de aplicação da lei em Indaiabira 2010 Dado Nº Número de habitantes por policial militar Número de policiais militares 5 Número de habitantes por policial civil Número de policiais civis Número de habitantes por juiz na comarca Número de habitantes por promotor na comarca Número de habitantes por defensor público na comarca Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Obs.: n.d.= informação não disponível. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. Tabela Equipamentos e dados gerais sobre segurança pública em Indaiabira 2010 Equipamento / Dado Situação Existência de delegacia de Polícia Civil Não Existência de delegacia de proteção a criança e ao adolescente Não Existência de delegacia de polícia especializada no atendimento à mulher Não Existência de guarda municipal Não Existência de unidade prisional Não Existência de unidade de internação de adolescentes infratores Não Taxa de armas apreendidas (por cem mil habitantes) Taxa de detidos em crimes violentos (%) 5 Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro 166

168 PAI PEDRO 167

169 5. PAI PEDRO 5.1.BREVE HISTÓRICO E LOCALIZAÇÃO Pai Pedro localiza-se no norte de Minas Gerais a uma distância de 68 km de Janaúba, 201 km de Montes Claros e 622 km de Belo Horizonte. De acordo com o IBGE, Pai Pedro, município de pequeno porte, ocupa uma extensão de 839,805 km² e, em 2010 tinha uma população de habitantes e uma densidade demográfica de 7,07 habitantes por Km². Conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano de 2003 (ano base 2000), o IDH-M era de 0,575 e apenas três municípios mineiros apresentavam esse índice inferior ao seu. Sua economia concentra-se, principalmente, na agricultura, pecuária e serviços gerais. Aspectos que serão tratados a seguir Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído do distrito sede. Figura 5.1. Delimitação territorial do município de Pai Pedro. A povoação da sede do município de Pai Pedro foi incentivada por sua proximidade com o Rio Serra Branca e a chegada da estrada de ferro, com a inauguração de uma estação em 10/09/1947. Distrito criado com a denominação de Pai Pedro, pela lei estadual nº 6769, de , subordinado ao município de Porteirinha. Elevado à categoria de município com a denominação de Pai Pedro, pela lei estadual nº 12030, de , desmembrado de Porteirinha. Sede no antigo distrito de Pai Pedro. Constituído do distrito sede. Instalado em Fonte: Google.com.br. 168

170 Figura 5.2. Indicação espacial dos municípios Pai Pedro, Janúba, Montes Claros e Belo Horizonte. Figura 5.3. Foto aérea de Pai Pedro (parcial). Fonte: Google Earth. Fonte: Google Earth. 169

171 5.2. DADOS GERAIS SOBRE DEMOGRAFIA, FAMÍLIAS E DOMICÍLIOS Composição populacional Muitos municípios brasileiros de pequeno porte têm apresentado um crescimento negativo da população residente nos últimos anos. Uma das explicações para este fenômeno relaciona-se à baixa dinâmica econômica de tais municípios e a consequente dificuldade de acesso a emprego e renda. Tendo em vista a baixa dinâmica econômica, parte da população, principalmente jovens e adultos, deixa o município em busca de maior oportunidade de emprego. Pai Pedro apresentou um crescimento positivo da população muito pequeno entre 2000 e 2010, apenas 1,7%, passando de habitantes para Em grande parte dos municípios brasileiros a composição da população segundo o sexo apresenta uma pequena vantagem quanto ao número de mulheres, ou seja, mesmo que em pequena diferença, há mais mulheres que homens. Fenômeno que se repete no conjunto dos municípios de Minas Gerais e do Brasil. Pai Pedro, por sua vez, apresenta-se como uma exceção. Quanto a esse tipo de distribuição (por sexo), é possível identificar nos Censos de 2000 e 2010 uma leve diferença numérica positiva para os homens (51,39% de homens em 2000 e 50,96% em 2010). No entanto, a diferença é pequena e permite afirmar que existe um equilíbrio entre os sexos. O dado apenas chama atenção por se diferenciar do encontrado para o Brasil e Minas Gerais nos últimos recenseamentos.a tabela a seguir apresenta estes dados em números e em percentuais. Tabela 5.1. População residente por sexo: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Região Nº % Sexo geográfica Brasil Minas Gerais Pai Pedro Total ,00 100,00 Homens ,22 48,97 Mulheres ,78 51,03 Total ,00 100,00 Homens ,47 49,20 Mulheres ,53 50,8 Total ,00 100,00 Homens ,39 50,96 Mulheres ,61 49,04 Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e

172 Gráfico 5.1. População masculina (em %): Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro ,0 população residir na área rural, o Atlas de Desenvolvimento Humano (2013) apresenta que nas últimas duas décadas, a taxa de urbanização cresceu 40,37%. 50,0 40,0 30,0 49,22 49,47 51,39 50,96 48,97 49,2 Já a distribuição dos habitantes segundo sexo por situação do domicílio segue o padrão brasileiro e de Minas Gerais, qual seja, mais homens que mulheres residindo em áreas rurais. Gráfico 5.2. População urbana (em %): Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro ,0 20,0 90,0 82,00 85,29 10,0 80,0 70,0 81,25 84,36 0,0 Brasil Minas Gerais Pai Pedro Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e Outro aspecto interessante da composição populacional de Pai Pedro refere-se à distribuição segundo a situação do domicílio (urbano/rural). Essa distribuição chama atenção por também se distanciar, significativamente, do verificado para o Brasil e Minas Gerais. Em 2010, quase71% da população do município residia em área rural, enquanto que os dados encontrados para Brasil e Minas Gerais não atingiam 16%.Apesar da maior parte da 60,0 50,0 40,0 30,0 27,3 29,47 20,0 10,0 0, Brasil Minas Gerais Pai Pedro Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e

173 Tabela 5.2. Percentual da população residente segundo situação do domicílio: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Região geográfica Urbano Rural Urbano Rural Brasil 81,25 18,75 84,36 15,64 Minas Gerais 82,00 18,00 85,29 14,71 Pai Pedro 27,30 72,70 29,47 70,53 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Gráfico 5.3.Distribuição percentual da população residente na área rural por sexo: Pai Pedro 2010 Homens; 51,52 Tabela 5.3. Percentual da população rural composta por homens: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Região geográfica Brasil 51,39 52,62 Minas Gerais 51,52 53,19 Pai Pedro 51,60 51,52 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Mulheres; 48,48 Fonte: IBGE, Censo Demográfico Famílias e Domicílios Em 2010, o Censo Demográfico identificou domicílios particulares permanentes em Pai Pedro. O processo de urbanização acelerada experimentado pelo país, que hoje resulta em mais de 85% dos domicílios em áreas urbana, não impactou diretamente o município, que em 2010 se deparava com 66,79% dos domicílios particulares permanentes em área rural. Com esse percentual de domicílios localizados em área 172

174 rural, fica evidente a necessidade de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento rural e o fortalecimento da agricultura familiar. Cabe, ainda, ressaltar que, quanto à situação dos domicílios (localização em área urbana / área rural),pai Pedro está entre os 149 municípios mineiros com mais de 50% dos domicílios particulares permanentes situados em área rural. Tabela 5.4. Distribuição percentual dos domicílios particulares permanentes por situação: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Região geográfica Urbana Rural Urbana Rural Brasil 83,35 16,65 85,87 14,13 Minas Gerais 83,26 16,74 86,05 13,95 Pai Pedro 30,76 69,27 33,21 66,79 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Gráfico 5.4. Distribuição percentual dos domicílios particulares permanentes por situação: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro ,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 85,87 86,06 66,79 40,0 33,21 30,0 20,0 14,13 13,95 10,0 0,0 Brasil Minas Gerais Pai Pedro Urbana Rural Fonte: IBGE, Censo Demográfico

175 A média de moradores em domicílios particulares ocupados em Pai Pedro é superior à verificada para o Brasil e Minas Gerais. No entanto, na última década todos apresentam a mesma tendência: queda. Como é possível identificar no gráfico a seguir, a queda na média de moradores por domicilio no município na última década foi mais acentuada que em Minas e Brasil. Gráfico 5.5. Média de moradores em domicílios particulares ocupados (Pessoas): Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro ,4 4,2 4,0 4,32 Outro dado importante a ser ressaltado, refere-se ao número de moradores por domicílio. De acordo com o Censo 2010, 12,42% dos domicílios particulares ocupados em Pai Pedro tinham apenas 1 morador e 13,03% tinham 6 ou mais moradores. Esse último, superior ao identificado para Minas Gerais e Brasil. Gráfico 5.6. Distribuição da população por número de moradores em domicílios particulares ocupados (em %):Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro ,0 80,0 70,0 60,0 50,0 79,02 79,50 74,55 3,8 3,76 40,0 3,6 3,72 3,62 30,0 3,4 3,31 20,0 10,0 12,18 13,00 12,42 8,79 7,51 13,03 3,2 3,23 0,0 1 morador 2 a 5 moradores 6 moradores ou mais 3, Brasil Minas Gerais Pai Pedro Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Fonte: IBGE, Censo Demográfico Brasil Minas Gerais Pai Pedro 174

176 Sobre a condição da ocupação, chama atenção o percentual de domicílios reconhecidos por seus moradores como Cedidos : 9,79% (160 unidades). Ressalta-se que o percentual de imóveis cedidos é o 6º mais elevado dentre os 10 municípios objetos de estudo do Projeto 10Envolver. Situação que merece atenção por, muitas vezes, refletir insegurança quanto acesso à moradia. Os domicílios identificados como Próprios somaram unidades (83,12%, superior ao identificado para Brasil e Minas Gerais aproximadamente 70%) e os Alugados 59 unidades (3,61%). A distribuição etária da população revela um quadro comum a várias cidades brasileiras com IDH mais baixo, percentual significativo de pessoas com até 17 anos economicamente não ativas. Dado que se distancia do verificado para Minas Gerais e Brasil. Enquanto Minas e Brasil apresentam 27,75% e 29,52% respectivamente da população nessa faixa etária, Pai Pedro apresenta 34,86%. Certamente isso produz impactos, inclusive financeiros, nas políticas públicas para crianças e adolescentes. Consequentemente, o município apresenta menor percentual da população na idade adulta (aqui considerada de 25 a 59 anos), quando comparado ao Brasil e Minas Gerais.O percentual de idosos (60 anos ou mais) identificado foi de 10,88, próximo ao identificado para Minas (11,80%) e Brasil (10,79%). A tabela e o gráfico a seguir ilustram bem a distribuição etária. Tabela 5.5. Distribuição percentual da população por faixa etária: Brasil, MinasGerais e Pai Pedro Faixa etária Brasil Minas Gerais Pai Pedro a 4 anos 9,65 7,24 9,03 6,51 10,94 7,47 5 a 9 anos 9,76 7,85 9,40 7,30 12,71 9,17 10 a 17 anos 16,53 14,43 16,14 13,94 20,83 18,22 18 e 24 anos 13,75 12,52 13,68 12,29 13,54 12,57 25 a 39 anos 23,04 24,50 23,14 24,07 18,53 21,94 40 a 49 anos 11,35 13,02 11,89 13,62 10,07 10,87 50 a 59 anos 7,37 9,66 7,65 10,49 6,21 8,88 60 a 69 anos 4,82 5,95 5,18 6,42 4,58 5,59 70 anos ou mais 3,73 4,84 3,90 5,38 2,60 5,29 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 /

177 Gráfico 5.7. Distribuição percentual da população por faixa etária: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro ,0 entre 2000 e 2010, a razão de dependência de Pai Pedro passou de 71,48% para 53,73% e a taxa de envelhecimento evoluiu de5,06% para 7,53%. Entre 1991 e 2000, a razão de dependência foi de 94,50% para 71,48%, enquanto a taxa de envelhecimento evoluiu de 4,01% para 5,06%. 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 29,52 27,75 34,86 12,52 12,29 12,57 48,18 47,18 41,69 11,8 10,79 10,88 Até 17 anos De 18 a 24 anos De 25 a 59 anos 60 anos ou mais Fonte: IBGE, Censo Demográfico Brasil Minas Gerais Pai Pedro Importante ressaltar ainda o grau de dependência da população jovem e adulta em relação aos idosos. Sabe-se que em municípios de pequeno porte por não haver tantas oportunidades de trabalho e geração de renda, muitos acabam dependentes dos familiares aposentados. Segundo o PNUD, Em relação à cor / raça, os dados apresentam distribuição diferente da encontrada para Brasil e Minas. Quase 70% da população do município autodeclara-se Parda, enquanto para as demais regiões aqui tratadas o percentual não atinge 50%. Outro dado que chama atenção, é a diferença entre os percentuais de Branca, 16,37% em Pai Pedro e mais de 45% no Brasil e Minas Gerais. Tabela 5.6. Distribuição percentual da população por cor / raça: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro 2010 Cor / Raça Brasil Minas Gerais Pai Pedro Branca 47,51 45,06 16,37 Preta 7,52 9,22 14,73 Amarela 1,10 0,96 0,75 Parda 43,42 44,58 68,03 Indígena 0,43 0,16 0,12 Sem declaração 0,02 0,01 - Total 100,00 100,00 100,00 Fonte: IBGE, Censo Demográfico

178 Gráfico 5.8. Distribuição percentual da população por cor/raça ( Branca, Parda e Preta ): Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro ,0 70,0 60,0 50,0 47,51 45,06 43,42 44,58 68,03 Importante ressaltar que a população pai pedrense em sua extensa área rural possui várias comunidades quilombolas, a CEDEFES reconhece pelo menos nove comunidades que fazem parte do grande Gurutuba, são elas: Barra do Pacui / Gurutubanos; Picada / Gurutubanos; Salinas I / Gurutubanos; Salinas II / Gurutubanos; Salinas IV / Gurutubanos; Salinas V / Gurutubanos; Salinas VI / Gurutubanos; São Domingos e Taperinha / Gurutubanos. O Gurutuba foi reconhecido em 2004 pela Fundação Cultural dos Palmares, publicado no Diário Oficial da União nº43, de 4 de março de Tais comunidades tem demandado maior infraestrutura, abastecimento de água potável, saneamento básico e maior atenção em relação ao acesso a educação e saúde, principalmente. 40,0 30,0 20,0 10,0 16,37 7,52 9,22 14,73 0,0 Branca Parda Preta Fonte: IBGE, Censo Demográfico Brasil Minas Gerais Pai Pedro 177

179 5.3. INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE Outras informações importantes e que devem ser levadas em consideração neste primeiro momento de identificação das principais características do município refere-se à infraestrutura disponível e ao meio ambiente. Dados sobre a infraestrutura geral nos permitem uma visão mais próxima da real qualidade de vida da população residente em termos de acesso à habitação e serviços básicos como energia elétrica, água, saneamento, transporte entre outros. Sobre os serviços básicos que cercam a questão da habitação, pode-se verificar certa precariedade no município e, consequentemente, a urgência de expansão e melhorias. De acordo com o IMRS/FJP, a prestadora responsável pelo abastecimento de água no município é a COPASA. O Censo 2010 indica que 98,71% dos domicílios da área urbana têm acesso à água por rede geral e 29,30% dos domicílios na área rural têm esse acesso. Quadro 5.1. Dados gerais sobre infraestrutura e saneamento em Pai Pedro (em %) 2010 Dado 2010 Domicílios com acesso a abastecimento de água por rede geral 52,35 Domicílios com acesso a abastecimento de água por poço ou nascente na propriedade Domicílios com acesso a abastecimento de água por outra forma 41,65 Domicílios com acesso a energia elétrica 96,39 Domicílios atendidos com sistema de esgotamento sanitário rede geral 0,18 Domicílios atendidos com sistema de esgotamento sanitário fossa 79,57 Domicílios com existência de banheiro ou sanitário de uso exclusivo do domicílio 81,04 Domicílios atendidos por sistema de coleta de lixo 34,80 Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Percentuais calculados a partir de um total de domicílios. 5,99 O percentual de domicílios com acesso a energia elétrica indica um aspecto positivo, mais de 90% deles têm acesso a este serviço. Segundo o IMRS/FJP haviam em ligações residenciais de energia elétrica no município. 178

180 Gráfico 5.9.Dados gerais sobre infraestrutura e saneamento em Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro ,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 86,28 82,85 52,35 Domicílios com acesso a abastecimento de água por rede geral Fonte: IBGE Cidades. 98,73 99,29 97,35 98,75 96,39 Domicílios com acesso a energia elétrica 55,45 75,37 0,18 Domicílios atendidos com sistema de esgotamento sanitário rede geral 81,04 Domicílios com existência de banheiro ou sanitário de uso exclusivo do domicílio Brasil Minas Gerais Pai Pedro 87,63 87,40 34,80 Domicílios atendidos por sistema de coleta de lixo A frota de veículos em Pai Pedro apresentou crescimento nos últimos anos. Situação que não difere da verificada na maioria dos municípios brasileiros. O crescimento no número de automóveis e motocicletas entre 2005 e 2012 chama atenção. Como indica a tabela a seguir, o número de automóveis saltou de 63 para 165 (um aumento de 162%) e o de motocicletas passou de 212 em 2005 para 632 em 2012 (aumento de 198%). Tabela 5.7.Frota de veículos circulantes em Pai Pedro Veículo Automóvel Caminhão Caminhão trator Caminhonete Camioneta Micro-ônibus Motocicleta Motoneta Ônibus Trator de rodas Utilitário Outros Total de Veículos Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Dados de 2008 não disponíveis. 179

181 Gráfico 5.10.Crescimento da frota de veículos circulantes em Pai Pedro ,0 901, , , , , , , , , , Sobre o meio ambiente, foi possível identificar o percentual de cobertura vegetal por flora nativa (49,14). Esse e outros dados sobre degradação ambiental deverão ser observados quando da(s) visita(s) da equipe do Projeto ao município. Tabela 5.8. Dados gerais sobre meio ambiente em Pai Pedro 2010 Dado Percentual Percentual de áreas de proteção integral 0,00 Percentual de áreas de uso sustentável 0,00 Percentual de cobertura vegetal por mata atlântica 0,16 Percentual de cobertura vegetal por flora nativa 49,14 Percentual de cobertura vegetal por reflorestamento 0,00 Percentual de áreas indígenas 0,00 Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Fonte: IBGE Cidades. Obs.: Dados de 2008 não disponíveis. Automóvel Motocicleta Total de Veículos 180

182 5.4. EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES Educação Como é sabido, a educação (escolarização da população) é um importante componente do cálculo do IDH. Os dados sobre educação em Pai Pedro ganham destaque por apresentar percentuais de acesso, frequência e alfabetização inferiores aos encontrados para o país e para o estado. Gráfico Percentual de pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro ,0 36,0 31,0 26,0 36,69 27,55 Primeiramente, chama atenção o percentual de pessoas com 5 anos ou mais de idade não alfabetizadas. Como é possível verificar no gráfico a seguir, na última década houve queda no percentual de analfabetos, reforçando o esforço de enfrentamento local deste problema. Mas, ainda assim, o município apresenta percentual significativamente superior de pessoas analfabetas ao verificado para o Brasil e Minas Gerais. 21,0 16,0 11,0 6,0 1,0 15,7 13,3 10,53 8, Brasil Minas Gerais Pai Pedro Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Esse dado merece detalhamento para melhor compreensão do problema. Tanto em 2000 quanto em 2010, Pai Pedro apresentou percentual superior de não alfabetizados em todas as faixas etárias quando comparado ao Brasil e Minas Gerais. É importante registrar que 3,47% da população em idade regular para frequentar a escola, principalmente o ensino fundamental (5 a 14 anos), não eram alfabetizadas em Apesar de 181

183 apresentar queda de 2000 para 2010, esse percentual ainda é elevado. Mas cabe registrar que, geralmente, o processo de alfabetização para a maioria das crianças, principalmente àquelas que acessam a escola pública, se inicia aos 6 anos de idade. Gráfico Pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas por FAIXA ETÁRIA (em %): Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro ,0 13,27 É importante ainda destacar que 12,59% das pessoas com 5 anos ou mais de idade não alfabetizadas se encontravam na faixa etária de 5 a 14 anos. Outro percentual que chama atenção no município é o de adultos entre 30 a 59 anos que também não são alfabetizados, 13,27%. Estes dados devem ser levados em consideração quando da elaboração de políticas educacionais especificas para crianças, jovens e adultos. 12,0 10,0 8,0 6,0 9,09 Tabela 5.9. Pessoas de 5 anos ou mais de idade NÃO alfabetizadas (em %): Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro Faixa etária Brasil Minas Gerais Pai Pedro De 5 a 14 anos 5,62 2,81 4,28 1,74 9,57 3,47 De 15 a 29 anos 1,83 0,81 1,05 0,43 4,92 1,71 De 30 a 59 anos 3,25 3,86 2,71 3,06 10,86 13,27 60 anos ou mais n.d. 3,05 n.d. 3,31 n.d. 9,09 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / Nota: n.d. = não disponível. 4,0 2,0 0,0 2,81 1,74 3,47 0,81 0,43 1,71 3,86 3,06 3,31 3,05 De 5 a 14 anos De 15 a 29 anos De 30 a 59 anos 60 anos ou mais Fonte: IBGE, Censo Demográfico Brasil Minas Gerais Pai Pedro Os dados sobre pessoas com pelo menos nível superior (graduação) concluído reforçam a baixa escolaridade e a necessidade de se investir na escolarização da população. Enquanto no Brasil e em Minas Gerais esse percentual ultrapassa 6%, em Pai Pedro não atinge 3%. 182

184 Gráfico Percentual da população com pelo menos nível superior (graduação) concluído: Brasil, Minas Gerais e Pai Pedro ,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 7,06 6,85 2,85 Brasil Minas Gerais Pai Pedro Fonte: IBGE, Censo Demográfico O quadro a seguir apresenta dados gerais sobre educação como número de matrículas, de docentes e de escolas identificados no município em Cabe registrar que todas as matrículas, em todos os níveis, são em escolas públicas. Quadro 5.2. Dados gerais sobre educação em Pai Pedro 2009 Dado Unidade Número Matrículas - Ensino fundamental matrícula Matrículas - Ensino médio matrícula 336 Matrículas - Ensino pré-escolar matrícula 119 Docentes - Ensino fundamental docente 92 Docentes -Ensino médio docente 39 Docentes -Ensino pré-escolar docente 7 Escolas - Ensino fundamental escola 8 Escolas -Ensino médio escola 1 Escolas -Ensino pré-escolar escola 3 Fonte: IBGE Cidades. Em 2010, 30,80% da população de 18 anos ou mais de idade tinha completado o ensino fundamental e 17,58% o ensino médio. Em Minas Gerais, 51,43% e 35,04% respectivamente. Esse indicador carrega uma grande inércia, em função do peso das gerações mais antigas e de menos escolaridade (PNUD). Atualmente, os dados têm comprovado que pela maior facilidade de acesso aos estudos e pela sua reconhecida importância, a taxa de analfabetismo da população de 18 anos ou mais diminuiu 30,83% nas últimas décadas Cultura e esportes Sobre cultura e esportes, poucos dados secundários foram encontrados para incrementar a presente análise. As informações identificadas referem-se à gestão, participação popular e existência de equipamento. 183

185 De acordo com o Índice Mineiro de Responsabilidade Social, desenvolvido pela Fundação João Pinheiro (FJP), em Pai Pedro, em se tratando de organização e gestão, a área cultural e a área de esportes apresentavam baixa estrutura. Para o ano de 2010 não foram identificadas informações sobre a existência de conselhos nessas áreas (Conselho de Patrimônio Cultural, Conselho Municipal de Cultura e Conselho Municipal de Esporte ou Turismo) e de equipamentos de esporte. O único equipamento de cultura existente identificado pelo referido Índice em 2010 no município foi a Biblioteca municipal (outros como museu, teatro, cinema, centro cultural e banda de música inexistiam). De acordo com o Índice, em 2010 a Biblioteca municipal não permitia ao leitor acesso à internet, aspecto negativo quanto à inclusão digital. O quadro a seguir apresenta dados gerais sobre acervo, número de leitores e serviços prestados pela Biblioteca municipal. Quadro 5.3. Dados gerais sobre a Biblioteca Municipal em Pai Pedro 2010 Acervo (livros, revistas, etc.) Até mil exemplares Número de leitores por mês 7 Média mensal de empréstimos 11 Acesso à internet para o leitor Número de funcionários 2 Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Nota: n.d. = informação não disponível. Não 5.5. ASSISTÊNCIA, PARTICIPAÇÃO E ORGANIZAÇÃO SOCIAL Assistência Social A assistência social é um aspecto importantíssimo a ser pensado quando o assunto é município de baixo IDH. Geralmente, esses municípios têm um significativo percentual da população com renda e escolaridade baixas e, consequentemente, mais pessoas expostas aos riscos sociais. Municípios com estas características devem estar atentos às políticas públicas, nacionais e estaduais, de assistência, e cada vez mais aprimorar os serviços de assistência social para atender as demandas da população. Entre os principais mecanismos de enfrentamento dos problemas de assistência social por parte dos municípios estão a previsão orçamentária para esta função (assistência social) e elaboração de Política Municipal de Assistência Social. Pai Pedro contava em 2010 com esse último mecanismo de auxílio ao enfrentamento dos problemas referentes à assistência: Política Municipal de Assistência. Os dados sobre a gestão da assistência social dizem muito da capacidade de atendimento e apoio que o município pode oferecer à população menos abastada economicamente. Em Pai Pedro, no ano de 2010, a gestão do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) era básica e, segundo o Índice Mineiro de Responsabilidade Social (FJP), o município contava 184

186 com 1 Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) para os atendimentos à população. Quadro 5.4. Dados gerais sobre a gestão da assistência social em Pai Pedro 2010 Nº Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) cadastrados 1 Gestão do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) Básica Nº de assistentes sociais atuando na Assistência Social 2 Nº de funcionários da Assistência Social 31 Existência de previsão orçamentária para a função Assistência Social Não Existência de Política Municipal de Assistência Social Sim Sistema de gestão e controle social atuante (0 a 6) 5 Sistema de garantia de direitos atuante (0 a 6) 4 Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. Os dados do IMRS/FJP indicam que, para o ano de 2010, em Pai Pedro os índices de Cobertura qualificada do Cadastro Único (CadUnico), Atualização do CadUnico e Gestão descentralizada municipal do Programa Bolsa Família, ambos variando de 0 a 1, eram de 1, 0,82 e 0,89 respectivamente. Ainda de acordo com o IMRS/FJP, o índice de Institucionalização da Assistência Social, que varia de 0 a 28, era de 25 e o Índice Municipal de Desenvolvimento dos CRAS, que varia de 0 a 10, era de 8. Aspecto adicional com relação à qualidade de vida das pessoas pertencentes à famílias de baixa renda refere-se ao recebimento de benefícios sociais. Apesar das críticas, já existem diferentes estudos apontando os reflexos positivos, incluindo aí uma pequena (mas consistente) parcela de desconcentração na renda promovida por programas de transferência de renda, ainda que, é quase unanimidade, haja um horizonte determinado para alguns programas. Entre todos, o destaque vai para o Bolsa Família, do Governo Federal. Trata-se de um programa de transferência que associa basicamente educação (freqüência à escola) e combate à fome. Este programa é construído por cadastro local e as informações são repassadas ao governo central que disponibiliza diretamente ao beneficiário um valor em espécie. Por definição, trata-se ainda de um programa focalizado em indivíduo / famílias em patamar de renda bem definido para pobreza e extrema pobreza. Os percentuais de famílias com perfil CadUnico e de beneficiárias do Programa Bolsa Família ajudam a dimensionar a situação de pobreza, de qualidade de vida e bem estar social de uma determinada população. Os percentuais verificados para Pai Pedro chamam atenção e preocupam por serem elevados, ambos ultrapassando 50%, superiores a média nacional. Os demais municípios em estudo também apresentaram estes percentuais elevados. Quadro 5.5.Dados sobre famílias, CadUnico e Bolsa Família em Pai Pedro 2010 Total de famílias identificadas no município (Censo 2010) Total famílias beneficiárias do Programa Bolsa família 795 % famílias beneficiárias do Programa Bolsa família 51,2 Total famílias com perfil CadUnico % famílias com perfil CadUnico 80,0 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010; Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro. 185

187 O Relatório de Informações Síntese dos Programas Sociais elaborado pela Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, indica que em março de 2013 haviam famílias cadastradas no CadUnico, sendo com renda per capita de até ½ salário mínimo e com renda per capita de até R$140,00. Conforme o Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS/FJP), em 2010 foram transferidos R$ ,00 para as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família no município. Valor que certamente causou impactos positivos nos municípios, dinamizando o comércio e a economia local. Ainda sobre benefícios de transferência de renda, destaca-se o Benefício da Prestação Continuada (BPC), disponível para idosos e deficientes de famílias de baixa renda. Em 2010, haviam em Pai Pedro 11 beneficiários do BPC (8 referentes ao BPC-Deficientes e 3 ao BPC-Idoso). Esses benefícios contabilizaram R$ ,00 no mesmo ano. (Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social, Fundação João Pinheiro) Quadro 5.6. Mapa de Pobreza e Desigualdade do Conjunto dos Municípios Brasileiros e de Pai Pedro 2003 Municípios Indicador Pai Pedro Unidade brasileiros Incidência da Pobreza 50,63 52,27 % Limite inferior da Incidência de Pobreza Limite superior da Incidência de Pobreza 36,02 47,62 % 65,24 56,92 % Incidência da Pobreza Subjetiva 57,12 55,91 % Limite inferior da Incidência da Pobreza Subjetiva Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva 47,51 51,27 % 66,72 60,56 % Índice de Gini 0,35 0,49... Limite inferior do Índice de Gini 0,31 0,46... Limite superior do Índice de Gini 0,39 0,53... Fonte: IBGE Cidades. Os dados que constituem o Mapa da pobreza e desigualdade dos municípios brasileiros, disponibilizado pelo IBGE Cidades, corroboram a situação preocupante indicada anteriormente. A incidência de pobreza, proporção de pessoas que vivem com até R$ 70,00 de rendimento domiciliar per capita ao mês, verificada para Pai Pedro em 2003 era de 50,63%, pouco abaixo do identificado para o conjunto dos municípios brasileiros. 186

188 Gráfico Indicadores que compõem o Mapa de Pobreza e Desigualdade: Pai Pedroe Conjunto dos Municípios Brasileiros 2003 Gráfico 5.15 Taxa de extrema pobreza dos moradores de Pai Pedro ,0 70,0 60,0 50,0 50,63 52,27 65,24 56,92 57,12 55,91 66,72 60,56 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 Incidência da Pobreza Limite superior da Incidência da Pobreza Limite superior Incidência de Pobreza Subjetiva Incidência da Pobreza Subjetiva Pai Pedro Municípios brasileiros Fonte: IBGE Cidades. O Censo 2010 detectou que a incidência de pobreza era maior nos municípios de porte médio (10 mil a 50 mil habitantes)..conforme dados do Censo Demográfico 2010, no município, a taxa de extrema pobreza da população era de 44,29%. Fonte:IBGE, Censo Demográfico 2010 Segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil,a renda per capita média de Pai Pedro cresceu 167,48% nas últimas duas décadas, passando de R$76,24, em 1991, para R$144,09, em 2000, e R$203,93, em A taxa média anual de crescimento foi de 89,00% no primeiro período e 41,53% no 187

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