Universidade de São Paulo FFCLRP Departamento de Biologia Programa de Pós-Graduação em Entomologia

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Universidade de São Paulo FFCLRP Departamento de Biologia Programa de Pós-Graduação em Entomologia"

Transcrição

1 Universidade de São Paulo FFCLRP Departamento de Biologia Programa de Pós-Graduação em Entomologia Levantamento de Eumeninae (Hymenoptera: Vespidae) em fragmentos florestais remanescentes de mata estacional semidecidual do noroeste paulista Otávio Laraia Capusso Dissertação apresentada à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Ciências, Área: Entomologia Ribeirão Preto-SP Setembro/ 2011

2 Otávio Laraia Capusso Levantamento de Eumeninae (Hymenoptera: Vespidae) em fragmentos florestais remanescentes de mata estacional semidecidual do noroeste paulista Dissertação apresentada à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Ciências, Área: Entomologia Orientador: Prof. Dr. Fernando Barbosa Noll Ribeirão Preto SP Setembro/2011

3 Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte Capusso, Otávio Laraia Levantamento de Eumeninae (Hymenoptera: Vespidae) em fragmentos florestais remanescentes de mata estacional semidecidual do noroeste paulista. Ribeirão Preto, p. : il. ; 30cm Dissertação de Mestrado, apresentada à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto/USP. Área de concentração: Entomologia. Orientador: Noll, Fernando Barbosa. 1. Degradação. 2. Diversidade de Eumeninae. 3. Sazonalidade.

4 AGRADECIMENTOS - Ao Professor Fernando Barbosa Noll por abrir as portas do meio acadêmico e pela oportunidade de realizar este mestrado. Pela amizade, sinceridade e confiança desde o começo do estágio em Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela bolsa concedida durante a realização do trabalho. - Ao Programa de Pós-Graduação em Entomologia pelo auxílio tanto financeiro quanto técnico. - A todos os amigos do Laboratório de Aculeata pela amizade e aos que me ajudaram durante as coletas e disciplinas: Bruno Gomes, Eduardo Fernando dos Santos, Getulio Tanaka, Raduan Soleman, Yuri Grandinete, Simony Lavezzo, Cíntia Lopes e Marjorie Silva. - A Bolívar Garcete-Barrett e principalmente a Marcel Hermes da UFPR-Curitiba, que me recebeu em sua residência e me ajudou na identificação do material. - Aos amigos Vinícius Vicentin e Marcelo Luizon por me acolherem em Ribeirão Preto durante as disciplinas do mestrado. - Ao amigo Eduardo Fernando dos Santos pelo auxílio na realização das análises estatísticas e também pelas sugestões durante a elaboração da dissertação. - Ao motorista José Paulo pela paciência e pelo transporte até os locais de coleta. - Aos meus pais e meu irmão pelo apoio e incentivo durante a realização do trabalho. - A todos meus amigos de São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e Ilha Solteira pelos inesquecíveis anos de convivência.

5 Resumo: A degradação florestal tem influência direta na dinâmica dos ecossistemas, interferindo de forma determinante na riqueza e diversidade das espécies ali existentes. As vespas têm uma parcela bastante importante no que diz respeito ao equilíbrio de um ecossistema, pois são predadoras e parasitóides de vários organismos, e há uma carência de estudos de levantamento, principalmente nas áreas degradadas do estado de São Paulo. O objetivo do presente estudo foi amostrar a riqueza e a abundância de Eumeninae nas áreas de Barretos, Bebedouro, Onda Verde e Pindorama, utilizando a metodologia de coleta ativa com líquido atrativo; e verificar a influência da Sazonalidade na captura destas vespas. Barretos foi a área mais rica com 23 espécies de Eumeninae, seguida por Pindorama com 20, Onda Verde com 16 e Bebedouro com 13. O maior índice de diversidade de Shannon-Wiener foi verificado em Barretos (H = 2,96) e o maior índice de Dominância de Simpson também foi verificado em Barretos (D= 0,93). A sazonalidade interfere na captura de Eumeninae assim como nos outros grupos de vespas. Na estação quente e úmida ocorreu uma maior captura das vespas durante o voo. A coleta ativa foi avaliada como mais eficiente na captura dos Eumeninae tendo em vista a comparação com outros trabalhos de levantamento. Nove espécies das 42 amostradas neste trabalho são registradas de maneira inédita para o Estado de São Paulo. Palavras-chave: Degradação. Diversidade de Eumeninae. Sazonalidade.

6 Abstract: Forest degradation has a direct influence on the dynamics of the ecosystems, interfering strongly on the richness and diversity of species. Wasps have a great importance part with regard to the balance of an ecosystem, because they are predators and parasitoids of several organisms, and there is a lack of survey studies, mainly at degraded areas in São Paulo State. The aim of this study was to sample the richness and abundance of Eumeninae in four areas of São Paulo State (Barretos, Bebedouro, Onda Verde and Pindorama), using the methodology of active collecting with attractive liquid, and the influence of seasonality in the capture of these wasps. Barretos was the Eumeninae richest area with 23 species, followed by Pindorama with 20 species, Onda Verde with 16 and Bebedouro with 13. The highest Shannon-Wiener diversity index was found in Barretos (H '= 2.96) and higher Simpson's dominance index was also observed in Barretos (D= 0.93). Seasonality affects the capture of Eumeninae as well as in other groups of wasps. In the hot and humid season occurred a greater capture of wasps during flight. The active collecting was more effective in the Eumeninae catching in order to compare with others survey methods. Nine of the 42 species sampled in this work are recorded in an unprecedented way for the São Paulo State. Keywords: Degradation, Diversity Eumeninae, Seasonality.

7 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Foto via satélite dos 4 fragmentos estudados...07 Figura 2. Curva da Riqueza de Eumeninae encontrada nos 4 fragmentos estudados...14 Figura 3. Número de indivíduos encontrados nas estações seca e úmida...14 Figura 4. Abundância encontrada em cada área com rarefação...20 Figura 5. Riqueza de espécies nas estações seca e úmida...22 Figura 6. Curva da riqueza encontrada nas estações seca e úmida obtida através da somatória da riqueza amostrada em todas as áreas...23 Figura 7. Abundância de todas as áreas nas estações seca e úmida...24 Figura 8. Riqueza total de espécies em cada fragmento amostrado...25 Figura 9. Dendrograma da Abundância utilizando o índice de Similaridade de Bray-Curtis...26 Figura 10. Modelo nulo da Abundância utilizando o índice de Similaridade de Bray-Curtis...27 Figura 11. Dendrograma da Abundância utilizando o índice de Similaridade de Jaccard...28 Figura 12. Modelo nulo da Abundância de espécies utilizando o índice de Similaridade de Jaccard...29 Figura 13.. Dendrograma da Abundância utilizando o índice de Similaridade de Morisita-Horn...30 Figura 9. Modelo nulo da Abundância utilizando o índice de Similaridade de Morisita-Horn...31 Figura 10. Dendrograma baseado na Presença e Ausência de espécies utilizando o índice de Similaridade de Bray-Curtis...32 Figura 11. Modelo nulo baseado na Presença e Ausência de espécies utilizando o índice de Similaridade de Bray-Curtis...33 Figura 12. Dendrograma baseado na Presença e Ausência de espécies utilizando o índice de Similaridade de Jaccard...34 Figura 13.. Modelo nulo baseado na Presença e Ausência de espécies utilizando o índice de Similaridade de Jaccard...35

8 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Evolução do desmatamento dos fragmentos de mata remanescentes no Estado de São Paulo...02 Tabela 2. Descrições das áreas de Estudo...06 Tabela 3. Todas as espécies de Eumaninae coletadas...13 Tabela 4. Teste de significância da abundância no inverno e no verão...15 Tabela 5. Índices ecológicos totais de cada área estudada...19 Tabela 6. Índices ecológicos comparados de cada área nas estações verão e inverno...21 Tabela 7. Novos Registros de espécies de Eumeninae para o Estado de São Paulo...38 Tabela 8. Dados comparativos de artigos de levantamento de Eumeninae feitos no Brasil...39 Tabela 9. Espécies de Eumeninae amostradas em todos os trabalhos obtidos na bibliografia levantada para a realização deste estudo...39/40/41

9 SUMÁRIO 1.Introdução Materiais e Metodos...06 Área de estudo...06 Metodologia...08 Tratamento dos dados Resultados e discussões...12 Espécies coletas...12 Índices ecológicos Comparação com outros trabalhos Conclusões Bibliografia...43 Webliografia

10 1. Introdução A degradação da vegetação nativa brasileira teve seu início logo na colonização do país, pelo fato desta ter sido totalmente de caráter exploratório. Essa degradação de ambientes naturais prosseguiu com o aumento populacional (urbanização) e construções de estradas, desenvolvimento da agropecuária somado à falta de interesse e preocupação com a conservação do meio ambiente até meados da década de setenta, bem como a má utilização dos recursos naturais (Futada, 2007). Nas florestas tropicais, a grande maioria das espécies é muito susceptível a processos de extinção. Na maioria dos casos relatados de fragmentação de florestas tropicais houve perda de espécies principalmente por meio da destruição do seu habitat, da urbanização ou alteração da vegetação nativa para o desenvolvimento da agricultura e/ou pecuária; redução do tamanho da população, inibição ou redução da migração, efeito de borda alterando o microclima principalmente em fragmentos menores, eliminação de espécies dependentes de outras já extintas (co-evolução), migração de espécies exóticas para as áreas desmatadas circundantes e, posteriormente, para o fragmento. Espécies raras e com pequena área de distribuição, assim como aquelas que necessitam de habitats muito amplos ou especializados, parecem mais suscetíveis aos efeitos da fragmentação (Turner, 1996). Pelo acima exposto, a conservação da biodiversidade representa um dos maiores desafios para os estudiosos da área. Uma das principais consequências dessas perturbações é a fragmentação de ecossistemas naturais. Na Mata Atlântica, por exemplo, a maior parte dos remanescentes florestais, especialmente em paisagens intensamente cultivadas, encontra-se na forma de pequenos fragmentos, altamente perturbados, isolados, pouco conhecidos e pouco protegidos (Viana, 1995). A constatação de que a maior parte da biodiversidade se encontra hoje localizada em pequenos fragmentos florestais, pouco estudados e historicamente marginalizados pelas iniciativas conservacionistas, aumenta o interesse do estudo nestas áreas. Se as previsões mais otimistas estiverem certas, os parques e reservas poderão responder pela manutenção de apenas 10% da cobertura natural dos ecossistemas tropicais (Gradwohl e Greenberg, 1991). A fragmentação introduz uma série de novos fatores na história evolutiva de populações naturais de plantas e animais. Essas mudanças afetam de forma diferenciada os parâmetros demográficos de mortalidade e natalidade de diferentes 1

11 espécies e, portanto, comprometem o dinamismo de ecossistemas (Schellas e Greenberg, 1997; Laurance e Bierregard, 1997). Tendo em vista estes processos que alteram a riqueza, a diversidade de espécies e a dinâmica de ecossistemas, os estudos de levantamento têm importâncias indiscutíveis, principalmente nas áreas de degradação avançada como ocorre em fragmentos de floresta do Estado de São Paulo (Tabela 1). Os estudos de levantamento se prestam para avaliar quais e quantas são as espécies remanescentes; além deste tipo de estudo abrir portas para estudos futuros, como o estudo da filogenia de um determinado grupo ou mesmo seu comportamento. Tabela 1 - Processo histórico do desmatamento no Estado de São Paulo. (S.O.S. Mata Atlântica e INPE, 1993). Ano Cobertura Florestal (%) Desmatamento/ano (%) Hymenoptera constitui uma das quatro ordens de insetos megadiversos, juntamente com Coleoptera, Diptera e Lepidoptera. Essa ordem compreende as vespas, abelhas e formigas e está envolvida na manutenção do equilíbrio e funcionamento da maioria dos ecossistemas naturais como, por exemplo, as abelhas, que têm um importante papel na polinização (Teixeira e Machado, 2000; Gimenes et. al., 2002). As formigas também têm sua importância no ecossistema, como por exemplo, no que diz respeito à simbiose e mutualismo com plantas (Fernández, 2003, Beattie, 1985; Rico-Gray & Oliveira, 2007). Já as vespas podem ser citadas pela importância na predação e por serem parasitóides de vários outros insetos (Amarante, 1999; Morato & Campos, 2000). Vespidae possui seis subfamílias monofiléticas viventes (Carpenter, 1981; Carpenter & Marques, 2001) e uma subfamília extinta (Carpenter & Rasnitsyn, 1990; Carpenter & Marques, 2001). Priorvespinae ocorria na África central, no período 2

12 Cretáceo, possuindo um gênero e seis espécies conhecidas. Já Euparagiinae, com um gênero e nove espécies conhecidas, ocorre atualmente na região Neártica. Stenogastrinae ocorre apenas nos trópicos orientais com oito gêneros e cinqüenta e três espécies (Carpenter & Marques, 2001). Três gêneros e seis espécies de Masarinae ocorrem no Brasil, sendo que uma espécie é endêmica. A tribo Gayellini inclui dois gêneros, Gayella e Paramasaris, que são encontrados na América Tropical. Esse gênero possui duas espécies que são encontradas no Brasil, P. richardsi e P. brasiliensis. Masarini possui 12 gêneros dos quais dois já foram encontrados no Brasil (van der Vecht & Carpenter, 1990; Gees, 1996; Gess, 1998): Ceramiopsis: gênero com uma espécie reconhecida (C. gestroi) e Trimeria, gênero com nove espécies das quais três foram registradas no Brasil e uma é endêmica no Brasil, T. americana (Carpenter & Marques, 2001). Polistinae, ainda segundo Carpenter & Marques (2001), possui 22 gêneros e 304 espécies, sendo que 106 são endêmicas no Brasil. Polistini possui um único gênero (Polistes), cosmopolita com mais de 200 espécies, sendo que 38 ocorrem no Brasil e 10 são endêmicas. Já Mischocyttarini é uma tribo exclusiva do Novo Mundo, com Mischocyttarus sendo o único gênero da tribo que possui 240 espécies das quais 117 ocorrem no Brasil e 78 são endêmicas. A tribo Epiponini compreende 20 gêneros e todos eles ocorrem no Brasil. Por fim, Eumeninae, que é o foco deste estudo, possui mais de espécies conhecidas e é dividida da seguinte maneira segundo Carpenter & Marques (2001): 31 gêneros e 277 espécies ocorrem no Brasil, sendo que dois gêneros e 85 espécies são endêmicos no Brasil. Alphamenes é um gênero com 6 espécies e três delas são exclusivas do Brasil. Ancistroceroides possui 30 espécies das quais 10 ocorrem no Brasil e sete são exclusivas. Ancistrocerus possui 6 espécies e uma delas (A. flavomarginatus) é encontrada no Brasil. Antezumia é um gênero monotípico (A. chalybea) que ocorre apenas no Brasil. Brachymenes é um gênero neotropical com duas espécies e uma delas ocorre no Brasil. Cephalastor possui duas espécies e ambas ocorrem no Brasil. Cyphomenes também possui duas espécies que ocorrem no Brasil. Eumenes é um gênero cosmopolita muito grande; no Brasil ocorrem 4 espécies e destas três pertencem ao subgênero Zeteumenoides. Hypalastoroides é um gênero também neotropical com 27 espécies e destas, 9 ocorrem no Brasil. Hypancistrocerus também ocorre no Brasil com 6 espécies e destas, 4 são endêmicas. Hypodynerus é um gênero principalmente de distribuição andina, mas uma espécie ocorre no Brasil. Laevimenes possui 2 espécies e uma delas tem registro no Brasil. Minixi possui 4 espécies e duas delas já foram encontradas no Brasil. Outro gênero bastante relevante 3

13 é Monobia com 30 espécies das quais 13 ocorrem no Brasil e, entre elas 3 são endêmicas. Montezumia possui 50 espécies e 27 delas ocorrem no Brasil e ainda 7 delas são endêmicas. Omicron é um gênero que possui 18 espécies no Brasil e destas, 4 são endêmicas. Pachodynerus é um gênero grande; no Brasil ocorrem 17 espécies das quais 3 são endêmicas. Pachymenes possui 13 espécies e destas, 9 foram registradas no Brasil. Pachyminixi é um gênero de poucas espécies que só apresenta uma espécie registrada no Brasil. Parancistrocerus é um gênero pouco estudado com várias espécies, dez ocorrem no Brasil e cinco são exclusivamente brasileiras. Pararhaphidoglossa é um gênero com 20 espécies, 11 de registro no Brasil e uma endêmica. Parazumia é um gênero pequeno, de duas espécies que ocorrem no Brasil e uma delas é endêmica. Pirhosigma é um pequeno gênero que no Brasil apresenta 3 espécies e uma delas é endêmica. Pseudacaromenes é um gênero com duas espécies e uma delas ocorre no Brasil. Pseudodynerus é outro gênero de poucas espécies; no Brasil já foram encontradas 7 espécies e desta, uma é endêmica. Santamenes é um gênero de 4 espécies e destas, 3 já foram capturas no Brasil. Stenodynerus é um gênero relativamente grande; no Brasil capturou-se 7 espécies das quais 5 são exclusivas. Stenonartonia é um pequeno grupo com três espécies encontradas no Brasil e duas delas endêmicas. Stenosigma é um pequeno gênero de 4 espécies, três delas encontradas no Brasil e uma delas endêmica. Zeta é um pequeno gênero de 4 espécies e uma delas (Z. argillaceum) ocorre no Brasil. E por fim, o gênero Zethus que possui aproximadamente 200 espécies das quais 84 ocorrem no Brasil e destas, 34 são endêmicas. A maioria dos eumenínios é provisionador massivo que nidifica em perfurações na madeira e outras cavidades tubulares pré-existentes; constroe suas células larvais de dentro para fora, com lama ou partes de folhas e consequentemente fecham as células com alimento para suas larvas que pode ser desde larvas de Lepidoptera (como Ancistrocerus), Coleoptera (Chrysomelidae e Curculionidae), como Symmorphus e até larvas de outros Eumeninae, como Symmorphus debilitatus, segundo Gathmann & Tscharntke (1999, apud Budriene, 2003). As vespas são facilmente capturadas em ninhos-armadilhas preparados artificialmente, tais como buracos perfurados em blocos de madeira, ou de feixes de junco oco ou ainda em tubos de plástico, facilitando o estudo da biologia do grupo (Cooper, 1953; Koerber & Medler, 1958; Collins & Jennings, 1984; Gathmann et. al., 1994). Alguns deles são agentes potencialmente úteis no controle biológico de insetos herbívoros, como os enroladores de folhas (Jennings & Houseweart, 1984; Collins & Jennings, 1987; Harris, 1994) ou larvas de besouros foliares (Smiley & Rank, 1986; Sears et. al., 2001). 4

14 A maioria dos Eumeninae é solitária e usa como ninho cavidades pré-existentes no substrato de plantas mortas e principalmente buracos de besouros xilófagos em troncos de árvores. Estas vespas dependem também das flores, servindo como fonte de alimento e também como uma cama de acasalamento para os adultos, e até como fonte de alimento para suas larvas, pois suas presas também dependem da presença de determinadas plantas. Por outro lado, as populações de vespas predadoras estão sob o controle de uma comunidade de parasitóides especializados e inquilinos. Estas interações complexas fornecem um modelo para estudos de interações tróficas (Sears et. al., 2001). Eles são conhecidos por serem sensíveis ao manejo e sucessão (Gathmann et. al., 1994), à diversidade e à fragmentação dos habitats (Morato, 2001; Steffan-Dewenter, 2002), ao impacto de origem antrópica e mudanças climáticas (Pekkarinen & Huldén, 1991). Vespas e abelhas solitárias que usam perfurações de outros animais xilófagos aceitam prontamente ninhos-armadilhas, facilitando assim seus estudos. Portanto, as comunidades de Hymenoptera que aceitam ninhosarmadilhas são consideradas bioindicadores promissores para mudanças ecológicas e qualidade do habitat e Eumeninae é uma delas (Tscharntke et. al., 1998). As vespas são muito importantes nos ecossistemas terrestres por causa do papel que exercem como predadores e parasitóides. Embora seja uma subfamília muito diversa, Eumeninae é pouco conhecida em vários aspectos. Por exemplo, os efeitos do desmatamento e da sucessão florestal sobre essas vespas têm sido muito pouco estudados no Brasil (p. ex., Morato, 2000; Morato & Campos, 2000; Morato, 2004). Além disso, pouco se sabe sobre sazonalidade nas populações desses Hymenoptera nas florestas tropicais. Por isso o objetivo geral deste trabalho foi realizar um levantamento da riqueza e da diversidade de Eumeninae em quatro fragmentos florestais no noroeste paulista. Como objetivos específicos, podemos destacar: Comparar as áreas no que diz respeito à riqueza e abundância de Eumeninae; Verificar se existe influência da sazonalidade na captura de Eumeninae nas estações úmida e seca, durante o voo; É importante ressaltar que o objetivo do presente estudo não foi generalizar os resultados obtidos para toda a área estudada, visto que o esforço para tal necessitaria um tempo que não é disponível para a realização de um mestrado, além de necessitar de outros tipos de técnicas de coleta. 5

15 2. Materiais e Métodos Área de Estudo Segundo Kronka et. al. (1993) o noroeste paulista é a região mais desmatada e fragmentada de todo o estado de São Paulo e também com menos áreas preservadas. Além disso, essa vegetação, que é caracterizada como Floresta Estacional Semidecidual e Cerrado, ocupa apenas 4% da sua área original, e vem sendo substituída por pastagens, culturas diversas ou áreas urbanas (SMA/IF, 2005). Como parte do projeto temático Fauna e flora de fragmentos florestais remanescentes no Noroeste Paulista: base para estudos de conservação da biodiversidade (Programa BIOTA-Fapesp), o presente trabalho foi realizado em quatro dos fragmentos estudados no Projeto BIOTA-Fapesp, referentes às áreas de P9 (Pindorama), G6 (Onda Verde), G7 (Barretos) e G8 (Bebedouro) (Necchi et. al., in press), descritas na Tabela 2. Tabela 2- Tamanho, localização e nome da fazenda das quatro áreas estudadas (Barretos, Pindorama, Onda Verde e Bebedouro). Perímetro (m) Área (ha) Latitude Longitude Nome da fazenda BARRETOS ,62 597,33-20, ,4921 Vista Bonita PINDORAMA 7.877,8 111,9-21, ,5504 Estação experimental ONDA VERDE , ,2-20, ,14 47 Fischer BEBEDOURO ,6 397,0-20, ,3226 Córrego dos Bois As respectivas áreas de estudo: Pindorama, Barretos, Bebedouro e Onda Verde (Figura 1), foram assim escolhidas baseadas em levantamentos anteriores à realização do presente estudo. Esse levantamento prévio foi realizado também em outros fragmentos estudados no projeto BIOTA-Fapesp (Necchi et. al., in press), como os referentes às cidades de Magda, Matão e Palestina, contudo não foi constatada a presença da subfamília foco do estudo ou quando a presença foi constatada, verificouse um número bastante reduzido de Eumeninae, portanto essas áreas foram 6

16 descartadas e o material coletado não foi incluído nas análises devido às coletas terem sido realizadas sem o rigor técnico descrito na metodologia. Figura 1. Foto de satélite dos fragmentos de Onda Verde, Barretos, Bebedouro e Pindorama estudados neste trabalho, com uma indicação em vermelho para o local de coleta em cada fragmento. 7

17 Metodologia As coletas foram realizadas nas estações úmida (dezembro, janeiro e fevereiro) e seca (junho, julho e agosto) que são bem definidas para a região (INPE, 2009). As coletas começaram a ser realizadas em junho de 2009 (inverno) e terminaram em fevereiro de 2011 (verão). Foram feitas coletas em duas estações de inverno e duas estações de verão. Foram realizadas coletas ativas com puçás entomológicos (Azevedo-Filho e Prates-Junior 2000) ao longo das bordas dos fragmentos. Na borda ocorrem tanto espécies exclusivas do fragmento, como exclusivas da matriz de entorno, além de espécies que ocupam apenas essa região de transição entre os dois habitats (ecótone) devido à disponibilidade de novos habitats e micro-habitats, (Risser, 1995). Diniz e Kitayama (1998) também relataram uma maior riqueza de espécies na região da borda do fragmento, pois segundo os autores, algumas vespas sociais podem nidificar em um ambiente e forragear em outro em busca de material de construção do ninho ou de presas. A maior luminosidade na borda facilita a localização visual das mesmas e o interior oferece material para construção dos ninhos na borda (Raveret Richter, 2000). Em cada área foi selecionado um transecto de duzentos metros contínuos, utilizando-se a metodologia proposta por Noll & Gomes (2009). Este transecto foi assim selecionado devido à incidência da luz do sol, pois como já citado, facilita a visualização das vespas; portanto, foi escolhido um transecto onde a incidência da luz fosse bastante forte ao longo de todo o período de coleta que variou das 11h00 até as 15h00; procurou-se escolher um transecto com arbustos de folhagens densas e largas para que o líquido não fosse borrifado no chão e sim na vegetação; e também procurou-se borrifar o líquido próximo aos aparatos florais de árvores e arbustos presentes nos fragmentos estudados pois é sabido que as vespas são visitantes florais frequentes, embora não sejam boas polinizadoras (Gadagkar, 1991; Hermes & Köhler, 2006; Aguiar & Santos, 2007). Ao longo deste transecto foi feita uma divisão em dez pontos separados por aproximadamente vinte metros um do outro; em cada ponto foi borrifada uma solução de aproximadamente vinte litros de água com dois quilos e meio de açúcar mais duzentos e cinquenta gramas de sal na vegetação da borda. Após essa borrifação utilizando-se um pulverizador costal, realizou-se a coleta ativa em cada ponto por aproximadamente dez minutos por ponto. Após isso, o procedimento de borrifação se repetia e a coleta era feita novamente (este procedimento completo foi contabilizado nas análises como sendo uma coleta). É importante ressaltar que ao 8

18 longo do estudo percebeu-se que o líquido aparentemente não se fazia tão eficaz no que diz respeito à atração dos Eumeninae, pois os mesmos eram capturados durante o voo rasante, onde havia terra ou em flores circunvizinhas ao local borrifado; poucos indivíduos foram capturados pousados nas folhas borrifadas com o líquido atrativo. Porém a metodologia foi mantida para padronizar o estudo e seguir o mesmo método ao longo de todo o trabalho. A identificação foi realizada no laboratório de Aculeata no Departamento de Zoologia e Botânica da Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho campus de São José do Rio Preto-SP, e boa parte do material também foi identificado no Centro Politécnico UFPR, campus de Curitiba PR, utilizando chaves de identificação para os gêneros e espécies de Eumeninae propostas por Fernández (2006), Carpenter (2001, 2002) e Carpenter & Garcette-Barret (2002). 9

19 Tratamento estatístico dos dados As análises estatísticas foram realizadas com o programa R Project for Statistical Computing, utilizando o pacote vegan. O índice de Shannon-Wiener foi escolhido para a comparação da diversidade entre as áreas. Já para a análise da dominância foi escolhido o índice de Simpson. A equitabilidade (uniformidade) das áreas ficou por conta do índice de Pielou. A similaridade das áreas foi comparada utilizando os índices de Jaccard, Morisita-Horn e Bray-Curtis. A significância foi medida através do índice de Kruskal-Wallis e do Teste T. O índice de Shannon-Wiener assume que os indivíduos são amostrados aleatoriamente em uma comunidade e todas as espécies estão representadas na amostra (Pielou, 1975; Magurran, 2004). Já o índice de dominância de Simpson descreve se há ou não espécies dominantes na amostra. O Índice varia de 0 a 1 e quanto mais próximo de 1 maior a dominância de espécies na área, ou seja, este índice dá a probabilidade de dois indivíduos capturados aleatoriamente pertencerem à mesma espécie (Magurran, 2004). O Índice de Uniformidade de Pielou é um índice de equitabilidade ou uniformidade, em que a uniformidade refere-se ao padrão de distribuição dos indivíduos entre as espécies (Magurran, 2004). O coeficiente de Jaccard agrupa as áreas baseado na presença ou ausência de espécies (análise qualitativa) e também foi usado para agrupar as áreas utilizando a abundância de cada uma (análise quantitativa) (Legendre e Legendre, 1998). O índice de Morisita-Horn agrupa as áreas baseado na abundância relativa de espécies (Krebs, 1989) e independe do tamanho da amostra ou da diversidade de espécies (Wolda, 1981). E o índice de Bray-Curtis também foi usado nas análises quantitativas e qualitativas interpretando os dados semimetricamente (Legendre e Legendre, 1998). Por fim, os índices de Kruskal-Wallis e o Teste T foram usados para a significância. Kruskal-Wallis é um índice não-paramétrico que mostra se as diferenças de coletas de indivíduos (abundância) entre as áreas foram ou não significantes, ou seja, mostra se ouve diferença relevante (significativa) entre o número de indivíduos coletados (Legendre e Legendre, 1998), neste trabalho utilizado para comparar a significância da abundância de indivíduos nas estações de inverno e de verão. O teste T também foi usado para o mesmo fim, porém é um teste paramétrico. Os testes nãoparamétricos são extremamente interessantes para análises de dados qualitativos e exigem poucos cálculos, portanto são aplicáveis para análise de pequenas amostras (n 10

20 < 30). O teste paramétrico, mesmo não sendo o mais indicado para este tipo de análise, foi feito para que houvesse uma segunda análise de significância, embora seja conhecido que não é largamente utilizado nas estatísticas com baixo número de amostras (Fonseca & Martins, 1996). 11

21 3. Resultados e discussões Espécies amostradas Foram coletados, 155 indivíduos de 42 espécies (Tabela 3) de Eumeninae ao longo deste estudo (nove delas registradas de maneira inédita para o Estado de São Paulo (Tabela 7)) nas 4 áreas estudadas (Barretos, Bebedouro, Onda Verde e Pindorama). A curva da riqueza total (somando todas as áreas em todas as estações) está representada na Figura 2. Pelo comportamento da reta é possível inferir que a riqueza não foi amplamente amostrada, pois ela não se estabilizou até o fim das amostragens. Embora seja possível notar uma ligeira estabilidade no fim da curva não é possível inferir que a curva se estabilizou, pois ela aponta um possível aumento, o que nos leva a sugerir que se aumentar o número de amostras, aumentará a riqueza; portanto é muito provável que existam mais espécies do que foi amostrado. O fragmento estudado pertencente à cidade de Pindorama (Estação Experimental de Pindorama) foi o mais abundante com 59 indivíduos coletados, distribuídos em 20 espécies, sendo que 30 indivíduos foram coletados na estação seca (de junho a agosto) e 29 na úmida (de dezembro a fevereiro). Já o fragmento de Bebedouro que fica na fazenda Córrego dos bois, foi o que apresentou uma menor ocorrência com apenas 18 indivíduos distribuídos em 13 espécies. Na estação seca foram coletados 4 indivíduos e na estação úmida 14 indivíduos. No fragmento de Onda Verde (Fazenda Fischer) foram registrados 45 indivíduos distribuídos em 16 espécies. No verão coletou-se 37 indivíduos e no inverno 8 indivíduos. Por fim, no fragmento correspondente à cidade de Barretos localizado na fazenda Vista Bonita foi registrada a maior riqueza de espécies; foram coletados 33 indivíduos distribuídos em 23 espécies. Na estação seca foram registrados 11 indivíduos e na chuvosa, 22; dados sintetizados na figura 3. 12

22 Tabela 3. Eumeninae coletados nas áreas de Barretos, Bebedouro, Pindorama e Onda Verde, ao longo de dois anos de coletas nas estações seca e úmida (de junho a agosto e de dezembro a fevereiro respectivamente) de junho de 2009 a fevereiro de Espécie Número de indivíduos Alphamenes campanulatus 2 Alphamenes sp1 10 Ancistroceroides venustus 1 Ancistroceroides sp 1 Cephalastor rufosuffusus* 1 Hypalastoroides brasiliensis 28 Hypalastoroides aff. paraguayensis 1 Hypancistrocerus advena 4 Hypancistrocerus coxalis 4 Hypancistrocerus reflectorius 11 Minixi brasilianum 4 Minixi suffusum 7 Monobia aurata* 1 Montezumia azurescens 1 Montezumia nigriceps 1 Montezumia pelágica 3 Omicron criticum* 1 Omicron opifex* 1 Omicron spegazzinii 9 Omicron tuberculatum 14 Omicron sp1 1 Omicron sp2 1 Pachodynerus guadulpensis 2 Pachodynerus nasidens 2 Pachodynerus reticulatus* 1 Pachymenes bipartitus 1 Pachymenes ghilianii 6 Pachymenes laeviventris 1 Pararhaphidoglossa gibbiventris 1 Parazumia paranensis* 1 Santamenes novarae 3 Stenodynerus suffusus 5 Stenonartonia apicipennis 2 Zethus carinatus 1 Zethus cylindricus 9 Zethus fuscus* 3 Zethus hilarianus 2 Zethus lobulatus* 1 Zethus miscogaster 1 Zethus aff. sessilis 4 Zethus sichelianus* 1 Zethus smithii 1 * Espécies com registro inédito para o Estado de São Paulo.

23 Figura 2. Curva da riqueza de espécies de Eumeninae encontradas nas áreas de Barretos, Bebedouro, Onda Verde e Pindorama, em coletas realizadas entre junho de 2009 e fevereiro de 2011 nas estações seca (de junho a agosto) e úmida (de dezembro a fevereiro) de cada ano. Figura 3. Número total de indivíduos coletados em cada área amostrada (Barretos, Bebedouro, Onda Verde e Pindorama) separados por estações: inverno seco (junho a agosto) e Verão úmido (dezembro a fevereiro). 14

24 Observando a Figura 3 é possível verificar que houve uma relativa diferença entre as abundâncias no verão e no inverno, como era esperado por análises prévias de literatura disponível (ex. Assis & Camillo, 1997). Além disso, houve no inverno, algumas coletas cuja captura de Eumeninae foi nula. Por outro lado não foi verificada significância desta diferença nem no teste paramétrico (Teste T), nem no teste não-paramétrico (Kruskal-Wallis). Como mostrado na tabela 4, esses dados podem não ter sido significantes devido ao baixo número de amostras realizadas ou atribuída ao baixo número de indivíduos coletados. Tabela 4. Testes paramétrico e não-paramétrico aplicados para a verificação da significância de diferenças entre as abundâncias amostradas nas estações de inverno e verão (de 2009 a 2011) nas áreas de Barretos, Bebedouro, Onda Verde e Pindorama. Teste T (paramétrico) Teste Kruskal-Wallis (não-paramétrico) Chi-squared 1,31 Chi-squared 7,78 Grau de liberdade 44,52 Grau de liberdade 5 p-value 0,19 p-value 0,17 A área onde pode se observar maior diferença nas abundâncias amostradas foi observada na área referente ao município de Onda Verde, onde no inverno foram capturados apenas 8 indivíduos e no verão, 37; esse fragmento foi o maior amostrado neste estudo e também foi a área menos uniforme segundo o índice de Pielou, o que nos leva a inferir que nesta área se encontram as espécies mais afetadas pela variação climática. A área onde houve menor diferença entre as abundâncias e coincidentemente também foi a única que apresentou maior abundância no inverno do que no verão, foi a área referente à Pindorama que foi de apenas 1 indivíduo (29 no verão e 30 no inverno); essa diferença pode estar ligada a uma série de fatores que podem estar relacionados, porém serão necessários estudos futuros para que se conclua com maior exatidão. Na cidade de Pindorama o estudo foi realizado em uma Estação Experimental, portanto não existe tanta influência da degradação humana como cortes clandestinos de árvores, caça ou predação de qualquer natureza, influência de culturas variadas, ação de agrotóxicos. Outro motivo bastante relevante que pode ser colocado é a presença de uma represa bastante próxima ao local de coleta que pode ser vista como uma fonte de água para os insetos. Podemos ainda citar que Pindorama foi a única reserva de Floresta nativa consideravelmente pequena analisada neste estudo (todas as outras áreas tem quase 400ha ou mais e a área de 15

25 Pindorama tem apenas pouco mais de 100ha). Portanto é possível sugerir que nesta área as espécies são menos sensíveis às variações climáticas. Índices Ecológicos O índice de Shannon-Wiener mostrou que a área com maior diversidade foi o fragmento de Barretos, corroborando com o que foi verificado no projeto BIOTA- Fapesp nas análises feitas após as coletas de Hymenoptera utilizando-se da metodologia de Malaise (Noll et. al., in press). O fragmento estudado de Barretos também apresentou o maior índice de dominância de Simpson e a maior riqueza de espécies entre as quatro áreas analisadas. A área mais abundante (número de indivíduos) foi a área correspondente à cidade de Pindorama. Segundo a análise florística do projeto BIOTA-Fapesp (Necchi et. al., in press) foi possível avaliar as áreas de acordo com sua degradação e foi constatado que as áreas de Pindorama e Barretos estão com nível médio de degradação, por outro lado, os fragmentos referentes às cidades de Onda Verde e Bebedouro estão com alto nível de degradação. Então é possível concluir que a maior riqueza e a maior abundância se fazem presentes nas áreas mais preservadas (Barretos e Pindorama). Muitos dos resultados obtidos no presente estudo corroboram com os resultados obtidos no projeto BIOTA-fapesp, para analises de Hymenoptera, como a similaridade das áreas de Barretos e Pindorama estarem bastante aproximadas no dendrograma de composição faunística de Hymenoptera de todas as áreas estudadas no projeto BIOTA-fapesp. Outro dado bastante coincidente entre os dois estudos foi a alta riqueza observada no fragmento de Barretos (Noll et. al., in press). Contudo não é possível sugerir que este padrão seja seguido por todos os grupos de animais estudados pelo projeto BIOTA-fapesp (Necchi et. al., in press). As algas aerofíticas e as cianobactérias têm uma distribuição similar com a distribuição verificada no estudo das vespas nas quatro áreas estudadas (Barretos, Bebedouro, Onda Verde e Pindorama), pois a área mais rica entre as quatro estudadas foi a área de Barretos, seguida da área de Pindorama (Lemes-da-Silva et. al., in press). Já na análise da ictiofauna verificou-se uma maior riqueza na estação chuvosa (Ferreira & Casatti, in press) corroborando com os dados observados para as vespas, porém no caso da ictiofauna a abundância não foi maior na estação chuvosa como observado para Eumeninae. A anurofauna embora apresente a maior riqueza de 16

26 espécies no fragmento referente à cidade de Pindorama (que no caso dos eumenínios foi a segunda maior riqueza), aproximou as cidades de Onda Verde e Pindorama no índice de similaridade (Rossa-Feres et. al., in press), como observado no padrão obtido para as análises de Eumeninae do presente trabalho. No caso das macroalgas, a área mais diversa analisada no Projeto BIOTA- Fapesp (Almeida et. al., in press) foi Onda Verde e Bebedouro, com duas espécies em cada localidade, contrariando os resultados obtidos no presente estudo, cujas áreas citadas foram as de menor riqueza observada. Analisando as briófitas, é possível notar que a distribuição das espécies destes vegetais também não corrobora com os dados verificados no presente estudo para vespas, já que no caso das briófitas as áreas mais diversas foram Onda Verde, seguida de Bebedouro, além disso, o índice de Jaccard utilizado para a aproximação das áreas, indicou certa aproximação da área de Bebedouro com a área de Pindorama (Peralta, in press), que no estudo das vespas apresentado no presente trabalho ocorre o oposto. No caso das samambaias estudadas no projeto BIOTA-fapesp (Prado & Hirai, in press) a comparação não foi possível por que os dados das áreas estudadas no presente trabalho não foram apresentados. Os basidiomicetos estudados por Gugliotta et. al. (in press) também não corroboram com os estudos observados para as vespas já que a similaridade das áreas, baseada na presença e ausência de espécies aproximou a área de Pindorama com a de Onda Verde e no presente estudo a área mais aproximada de Pindorama foi a área de Bebedouro. A análise florística (plantas superiores) das mesmas quatro áreas estudadas mais uma vez não corrobora com os estudos observados para as vespas deste trabalho, já que o maior índice de Shannon-Wiener para a flora foi observado em Pindorama, e no caso das vespas, observado em Barretos. E com o índice da dominância de Simpson também ocorreu o mesmo (Ranga, et. al., in press). Na análise apresentada para os invertebrados planctônicos e fitófilos do projeto BIOTAfapesp (Castilho-Noll et. al., in press) foi possível verificar que na maioria dos organismos analisados a área de Pindorama foi a área mais diversa estudada e Barretos uma das menos diversas contrariando o observado para os Eumeninae do presente estudo; outro índice contrário ao estudo dos eumenínios apresentado neste trabalho foi a riqueza apresentada sazonalmente, que neste trabalho a riqueza da estação chuvosa foi maior do que a riqueza observada na estação seca, e no caso dos microcrustáceos ocorreu o oposto, na estação úmida foi observada uma riqueza menor tanto na região litorânea quanto na região pelágica das áreas analisada. Já na análise dos insetos aquáticos foi possível verificar que a área mais diversa e abundante foi a área de Bebedouro (dentre as quatro áreas foco do presente estudo), seguida pela 17

27 área de Onda Verde (Bispo et. al., in press), mais uma vez não corroborando com o observado para os eumenínios que apresentaram a menor riqueza exatamente na área de Bebedouro, seguida pela área de Onda Verde. Para a acarofauna a área mais diversa foi a área de Onda Verde, seguida pela área de Bebedouro (Demite et. al., in press), não condizendo com o observado para as vespas. Para os répteis estudados no projeto BIOTA-fapesp (Pereira e Sawaya, in press) a maior diversidade foi obtida em Onda Verde, seguida de Barretos e a menor diversidade foi observada em Pindorama não estabelecendo nenhuma relação com os dados obtidos para as vespas estudadas no presente trabalho onde a área referente à Onda Verde foi a segunda menos rica em espécies e a área de Pindorama foi a mais abundante e a segunda mais rica em espécies. Por fim, a avifauna levantada no projeto BIOTA-fapesp (Bispo et. al., in press) obteve uma maior diversidade na cidade de Bebedouro (que para os Eumeninae foi a área menos diversa), mais uma vez não corroborando com os dados observados para as vespas estudadas no presente trabalho. O fragmento analisado neste presente trabalho com menor índice de diversidade foi o de Onda Verde que coincidentemente também apresentou o menor índice de dominância e a menor uniformidade de todas as áreas, o que pode significar que ali se encontram as espécies mais afetadas pela variação climática. Já o índice de Simpson que mostra a dominância em cada área, mostrou que a dominância de uma espécie sobre as outras é bastante grande em todas as áreas, porém no fragmento de Barretos existe uma dominância muito alta sendo o fragmento mais heterogêneo estudado no que diz respeito à dominância. Todas essas informações estão sintetizadas na tabela 5. 18

28 Tabela 5. Índices de Diversidade, Dominância, Abundância, Riqueza, Rarefação (com Desvio Padrão) e Significância encontrados com o valor total da coleta de Eumeninae nas áreas de Barretos, Onda Verde, Pindorama e Bebedouro, nas estações seca (de junho a agosto) e chuvosa (de dezembro a fevereiro) de 2009 a Barretos Onda Verde Pindorama Bebedouro Shannon Wiener (H ) 2,96 1,86 2,60 2,47 Simpson (D) 0,93 0,68 0,90 0,90 Abundância (indivíduos) Equitabilidade (Pielou) 0,94 0,67 0,87 0,94 Riqueza (espécies) Rarefação (desvio padrão) 12,11 (1,22) 7,05 (1,45) 9,39 (1,40) 11,44 (0,77) Kruskal Wallis (grau de liberdade); p 2 (2); 0,37 2 (2); 0,37 2 (2); 0,37 1 (1); 0,31 Observando as análises de rarefação e desvio padrão é possível inferir que houve diferença na abundância entre as quatro áreas estudadas no período de Verão, com exceção da área estudada na cidade de Pindorama. Porém no Inverno é possível ver uma maior diferença, o que é bastante relevante tendo em vista o baixo número de amostras. O fragmento amostrado de Pindorama apresentou uma grande diferença na abundância de inverno em vista às outras áreas estudadas que é um sinal de que as espécies naquela área são muito pouco afetadas pela variação climática (Figura 4). 19

29 Figura 4. Abundância (com Rarefação) de Eumeninae coletados nas áreas estudadas referente às cidades de Barretos, Bebedouro, Onda Verde e Pindorama, nos períodos de Inverno (junho a agosto) e Verão (dezembro a fevereiro) de 2009 a Ainda tratando da análise da influência sazonal, na maioria das áreas estudadas, ocorreu maior captura de Eumeninae durante o voo no verão, como mostrado na Figura 3. A única exceção foi a área de Pindorama, onde no número total de indivíduos (abundância) foi praticamente o mesmo para o inverno (30) e para o verão (29). Porém ocorreu uma diferença maior no número de espécies (riqueza). Esse fato pode ser explicado por algumas razões já discutidas. No que se diz respeito à abundância de indivíduos em todas as áreas ocorreu uma maior captura na estação úmida e quente, com exceção do fragmento de Pindorama, o que já era esperado por análise prévia de literatura como verificado no Projeto BIOTA fapesp intitulado Fauna e flora de fragmentos florestais remanescentes no Noroeste Paulista: base para estudos de conservação da biodiversidade (Noll et. al., in press) na análise de Hymenoptera, também mostrado na tabela 6. Em relação à riqueza de espécies também se verificou uma maior riqueza no verão em todas as áreas com exceção do fragmento de Pindorama, que se verificou o dobro de espécies no inverno (figura 5). 20

30 Tabela 6. Índices comparativos de Diversidade, Dominância, Abundância, Riqueza e rarefação (com desvio padrão) obtidos pela coleta de Eumeninae nas estações de verão (dezembro a fevereiro) e inverno (junho a agosto) de 2009 e Área Shannon-Wiener (H ) Simpson (D) Abundância (indivíduos) Riqueza (espécies) Rarefação (desvio padrão) Barretos Onda Verde Verão 2,81 Verão 1,73 Inverno 1,67 Inverno 1,38 Verão 0,93 Verão 0,68 Inverno 0,79 Inverno 0,68 Verão 22 Verão 37 Inverno 11 Inverno 8 Verão 18 Verão 13 Inverno 6 Inverno 5 Verão 10,71 (0,86) Verão 5,67 (1,30) Inverno 6,00 (0) Inverno 5,00 (0) Pindorama Bebedouro Verão 1,89 Verão 2,20 Inverno 2,70 Inverno 1,38 Verão 0,82 Verão 0,87 Inverno 0,91 Inverno 0,75 Verão 29 Verão 14 Inverno 30 Inverno 4 Verão 9 Verão 10 Inverno 18 Inverno 4 Verão 6,08 (1,02) Verão 8,97 (0,66) Inverno 9,37 (1,15) Inverno 4,00 (0) Ainda que tenha ocorrido uma inversão de riqueza de espécies no fragmento de Pindorama (coletou-se mais espécies no inverno do que no verão diferentemente de todas as outras áreas) não é possível inferir que houve influência da sazonalidade na captura de Eumeninae nesta área, pois as curvas de inverno e verão se sobrepõem nas primeiras coletas como mostrado na figura 5. Portanto seriam precisos novos estudos na área para detalhar mais essa dinâmica. Por outro lado a figura 6 mostra os valores totais das riquezas coletadas no inverno e no verão, e nesse caso é possível inferir que a riqueza nas duas estações foi relevantemente diferente. Coletou-se mais no verão do que no inverno como já visto em outros trabalhos realizados com Eumeninae (ex. Assis & Camillo, 1997) e também com vespas sociais (ex. Sousa & Prezoto, 2006). E diferentemente das curvas de riqueza observadas na área de Pindorama no inverno e no verão, as curvas de riqueza total entre as áreas no inverno e no verão não se sobrepõem em nenhum momento, permitindo uma conclusão de que no verão é possível coletar uma maior riqueza de espécies do que no inverno. 21

31 Figura 5. Riqueza de espécies de Eumeninae encontrada nas quatro áreas estudadas (Barretos, Bebedouro, Onda Verde e Pindorama). A figura mostra ainda o paralelo da riqueza encontrada nas mesmas áreas no inverno (de junho a agosto) e no verão (de dezembro a fevereiro) dos anos de 2009 a

32 Figura 6. Curvas indicando a riqueza total obtida através da somatória das riquezas amostradas em todas as áreas estudadas (Barretos, Bebedouro, Onda Verde e Pindorama) no inverno (de junho a agosto) de 2009 e 2010 e no verão (de dezembro a fevereiro) 2009/2010 e 2010/2011. No que se diz respeito à abundância geral das áreas também é possível inferir que a abundância é maior no verão do que no inverno (Verão 66% e inverno 34%), como representado na figura 7. No verão coletou-se quase o dobro de indivíduos do que no inverno. 23

33 Figura 7. Abundância total obtida através da somatória de todos os indivíduos capturados em todas as áreas deste estudo (Barretos, Bebedouro, Onda Verde e Pindorama) nas estações de inverno (de junho a agosto) de 2009 até o verão (de dezembro a fevereiro) de 2010/2011. Comparando as quatro áreas analisadas e sobrepondo a riqueza total nelas obtida, não é possível inferir qualquer diferença de riqueza entre elas, haja visto que as curvas de todas as áreas se sobrepõem quase em sua totalidade, com exceção das curvas que representam a riqueza obtida nas áreas de Onda Verde e Pindorama, onde é possível afirmar que a riqueza das duas áreas é relativamente diferente, pois as duas curvas se comportam da mesma forma porém não se sobrepõem em nenhum momento. Além disso, ocorreu nas últimas coletas de cada área uma tendência à estabilidade o que mostra que a riqueza nessas áreas foi relativamente bem amostrada quando comparada à curva que descreve a riqueza da área de Barretos. No fragmento estudado em Barretos, embora ainda seja a área mais diversa, é possível inferir que a riqueza ali presente é possivelmente maior do que a riqueza que foi amostrada, analisando o comportamento da curva referente ao fragmento, mostrada na figura 8. 24

34 Figura 8. Riqueza de Eumeninae encontrada em cada fragmento amostrado neste estudo (Barretos, Bebedouro, Onda Verde e Pindorama) ao longo de dois anos (a partir do inverno (de junho a agosto) de 2009 até o verão (de dezembro a fevereiro) de 2010/2011). Os testes de similaridade de Bray-Curtis, Jaccard e Morisita-Horn, utilizando a abundância como uma variável relevante da análise (análise quantitativa), aproximaram Barretos de Bebedouro (foram as áreas menos abundantes amostradas neste estudo), a área de Onda Verde ficou próxima às áreas de Barretos e Bebedouro e por fim a área de Pindorama aproximada das outras três áreas. É importante ressaltar que essa não é a única variável presente na análise (Figuras 9, 11 e 13). Os modelos nulos de cada teste foram calculados para uma maior segurança nas análises, apresentados em sequência de seu respectivo teste (Figuras 10, 12 e 14). De acordo com Connor e Simberloff (1986), não existe forma mais eficaz de avaliar a consistência das teorias ecológicas sem ser utilizando os modelos nulos. Estes modelos são de fato, uma tentativa de simular uma situação controle no caso das ciências experimentais, possibilitando assim um maior poder de comparação com os dados obtidos na amostragem. No caso do presente trabalho, os modelos nulos foram comparados aos modelos observados para avaliarmos se as áreas amostradas foram aproximadas ao acaso ou não. 25

ARTIGO. Contribuição aos estudos dos Vespidae ocorrentes no estado do Rio Grande do Sul (Insecta, Hymenoptera)

ARTIGO. Contribuição aos estudos dos Vespidae ocorrentes no estado do Rio Grande do Sul (Insecta, Hymenoptera) Revista Brasileira de Biociências Brazilian Journal of Biosciences Instituto de Biociências UFRGS ARTIGO ISSN 1980-4849 (on-line) / 1679-2343 (print) Contribuição aos estudos dos Vespidae ocorrentes no

Leia mais

FRAGMENTOS FLORESTAIS

FRAGMENTOS FLORESTAIS FRAGMENTOS FLORESTAIS O que sobrou da Mata Atlântica Ciclos econômicos 70% da população Menos de 7,4% e mesmo assim ameaçados de extinção. (SOS Mata Atlânitca, 2008) REMANESCENTES FLORESTAIS MATA ATLÂNTICA

Leia mais

Formigas: a vida abaixo de nossos pés. Paulo Eduardo Bueno de Camargo*, Sérgio Nascimento Stampar

Formigas: a vida abaixo de nossos pés. Paulo Eduardo Bueno de Camargo*, Sérgio Nascimento Stampar 19 Formigas: a vida abaixo de nossos pés Paulo Eduardo Bueno de Camargo*, Sérgio Nascimento Stampar Departamento de Ciências Biológicas. Faculdade de Ciências e Letras. Univ Estadual Paulista. UNESP- Câmpus

Leia mais

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ RELATÓRIO TÉCNICO Nº 39 2012 COORDENAÇÃO

Leia mais

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ RELATÓRIO TÉCNICO Nº 39 2012 COORDENAÇÃO

Leia mais

ESTRUTURA DO HÁBITAT E A DIVERSIDADE DE INVERTEBRADOS

ESTRUTURA DO HÁBITAT E A DIVERSIDADE DE INVERTEBRADOS ESTRUTURA DO HÁBITAT E A DIVERSIDADE DE INVERTEBRADOS Discentes: Geraldo Freire, Letícia Gomes, Pamela Moser, Poliana Cardoso e João Victor de Oliveira Caetano Orientador: Nicolas Monitora: Mariângela

Leia mais

BIODIVERSIDADE ECOLOGIA FLORESTAL

BIODIVERSIDADE ECOLOGIA FLORESTAL BIODIVERSIDADE Prof. Dr. Israel Marinho Pereira imarinhopereira@gmail.com Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri UFVJM Laboratório de Ecologia Florestal Restauração de Ecosistemas-LAEFRE

Leia mais

DIVERSIDADE DE COLEOPTEROS DE SOLO EM TRÊS FITOFISIONOMIAS NO CAMPUS DA UNIJUI, IJUÍ/RS 1

DIVERSIDADE DE COLEOPTEROS DE SOLO EM TRÊS FITOFISIONOMIAS NO CAMPUS DA UNIJUI, IJUÍ/RS 1 DIVERSIDADE DE COLEOPTEROS DE SOLO EM TRÊS FITOFISIONOMIAS NO CAMPUS DA UNIJUI, IJUÍ/RS 1 Lílian Corrêa Costa Beber 2, Andressa Palharini 3, Vidica Bianchi 4. 1 Pesquisa desenvolvida durante o componente

Leia mais

Efeito de estratégias de manejo em plantio de eucalipto sobre a ocorrência de aves. Camila Cristiane Isabella

Efeito de estratégias de manejo em plantio de eucalipto sobre a ocorrência de aves. Camila Cristiane Isabella Efeito de estratégias de manejo em plantio de eucalipto sobre a ocorrência de aves Camila Cristiane Isabella Introdução Matriz: Área heterogênea Unidades de não-habitat que apresentam condições mais ou

Leia mais

Fragmentação. Umberto Kubota Laboratório de Interações Inseto Planta Dep. Zoologia IB Unicamp

Fragmentação. Umberto Kubota Laboratório de Interações Inseto Planta Dep. Zoologia IB Unicamp Fragmentação Umberto Kubota ukubota@gmail.com Laboratório de Interações Inseto Planta Dep. Zoologia IB Unicamp Fragmentação ou Mosaicos Naturais Fragmentação Processo no qual um habitat contínuo é dividido

Leia mais

Influência do movimento animal e conectividade espacial sobre redes de polinização

Influência do movimento animal e conectividade espacial sobre redes de polinização Influência do movimento animal e conectividade espacial sobre redes de polinização Bárbara Rodrigues Tatiana Machado Movimento Movimento Polinizadores Contexto Paisagem Paisagem % de floresta Fahrig et

Leia mais

ANÁLISE QUANTITATIVA DOS FRAGMENTOS FLORESTAIS NO ENTORNO DA RESERVA BIOLOGICA DE UNA-BA (REBIO)

ANÁLISE QUANTITATIVA DOS FRAGMENTOS FLORESTAIS NO ENTORNO DA RESERVA BIOLOGICA DE UNA-BA (REBIO) ANÁLISE QUANTITATIVA DOS FRAGMENTOS FLORESTAIS NO ENTORNO DA RESERVA BIOLOGICA DE UNA-BA (REBIO) Matheus Santos Lobo ¹, Bárbara Savina Silva Santos², Fernando Silva Amaral ³, Crisleide Aliete Ribeiro 4,Michelle

Leia mais

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 27 SUCESSÃO ECOLÓGICA

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 27 SUCESSÃO ECOLÓGICA BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 27 SUCESSÃO ECOLÓGICA Alterações nas condições ambientais Substrato aberto Organismos se estabelecem Novos organismos se estabelecem Estabilização da comunidade e das condições

Leia mais

Poço Grande, Município de Ouro Verde do Oeste, Paraná. Daniela Mondardo, Aline Uhlein, Deise D. Castagnara, Felipe Guilherme

Poço Grande, Município de Ouro Verde do Oeste, Paraná. Daniela Mondardo, Aline Uhlein, Deise D. Castagnara, Felipe Guilherme Diagnóstico da Fragmentação Florestal na Microbacia Córrego Poço Grande, Município de Ouro Verde do Oeste, Paraná Daniela Mondardo, Aline Uhlein, Deise D. Castagnara, Felipe Guilherme Klein, Armin Feiden,

Leia mais

ESTOCAGEM DE PRESAS EM VESPAS DO GÊNERO POLYBIA

ESTOCAGEM DE PRESAS EM VESPAS DO GÊNERO POLYBIA ESTOCAGEM DE PRESAS EM VESPAS DO GÊNERO POLYBIA Kamylla Balbuena Michelutti 1,2 ; Eva Ramona Pereira Soares 2,3 ; Dayana Alves da Silva Cunha²; William Fernando Antonialli Junior 2 UE/PGRN-Caixa Postal

Leia mais

COMPARAÇÃO DA DIVERSIDADE DE ANUROS ENTRE AMBIENTES DE AGRICULTURA TECNIFICADA E PRESERVADO NA PLANÍCIE DO RIO ARAGUAIA, TOCANTINS.

COMPARAÇÃO DA DIVERSIDADE DE ANUROS ENTRE AMBIENTES DE AGRICULTURA TECNIFICADA E PRESERVADO NA PLANÍCIE DO RIO ARAGUAIA, TOCANTINS. COMPARAÇÃO DA DIVERSIDADE DE ANUROS ENTRE AMBIENTES DE AGRICULTURA TECNIFICADA E PRESERVADO NA PLANÍCIE DO RIO ARAGUAIA, TOCANTINS. Nanini Castilhos de Rabelo e Sant Anna 1 ; Adriana Malvásio 2 1 Aluno

Leia mais

Biomas / Ecossistemas brasileiros

Biomas / Ecossistemas brasileiros GEOGRAFIA Biomas / Ecossistemas brasileiros PROF. ROGÉRIO LUIZ 3ºEM O que são biomas? Um bioma é um conjunto de tipos de vegetação que abrange grandes áreas contínuas, em escala regional, com flora e fauna

Leia mais

COMPORTAMENTO POPULACIONAL DE CUPIÚBA (GOUPIA GLABRA AUBL.) EM 84 HA DE FLORESTA DE TERRA FIRME NA FAZENDA RIO CAPIM, PARAGOMINAS, PA.

COMPORTAMENTO POPULACIONAL DE CUPIÚBA (GOUPIA GLABRA AUBL.) EM 84 HA DE FLORESTA DE TERRA FIRME NA FAZENDA RIO CAPIM, PARAGOMINAS, PA. COMPORTAMENTO POPULACIONAL DE CUPIÚBA (GOUPIA GLABRA AUBL.) EM 84 HA DE FLORESTA DE TERRA FIRME NA FAZENDA RIO CAPIM, PARAGOMINAS, PA. HIRAI, Eliana Harumi ; CARVALHO, João Olegário Pereira de. INTRODUÇÃO

Leia mais

COMPOSIÇÃO FAUNÍSTICA DE UM FRAGMENTO FLORESTAL E DE UM CAFEZAL ADJACENTE.

COMPOSIÇÃO FAUNÍSTICA DE UM FRAGMENTO FLORESTAL E DE UM CAFEZAL ADJACENTE. COMPOSIÇÃO FAUNÍSTICA DE UM FRAGMENTO FLORESTAL E DE UM CAFEZAL ADJACENTE. Alice dos R. FORTES ; Elenice Apª FORTES ; Guilherme dos A. NASCIMENTO ; Ricardo H. CARVALHO ; Leda G. FERNANDES. RESUMO São poucos

Leia mais

ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL BARREIRO RICO TANQUÃ-RIO PIRACICABA

ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL BARREIRO RICO TANQUÃ-RIO PIRACICABA Proposta de Criação ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL BARREIRO RICO TANQUÃ-RIO PIRACICABA 372ª REUNIÃO PLENÁRIA DO CONSEMA 13/11/18 Biota-Fapesp Biota-Fapesp Biota-Fapesp ESTAÇÃO ECOLÓGICA BARREIRO RICO, ASPE

Leia mais

ESTUDO PRELIMINAR DA FAUNA DE HYMENOPTERA DA APA DO RIO PANDEIROS, NORTE DE MINAS GERAIS

ESTUDO PRELIMINAR DA FAUNA DE HYMENOPTERA DA APA DO RIO PANDEIROS, NORTE DE MINAS GERAIS 6ª Jornada Científica e Tecnológica e 3º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 04 e 05 de novembro de 2014, Pouso Alegre/MG ESTUDO PRELIMINAR DA FAUNA DE HYMENOPTERA DA APA DO RIO PANDEIROS, NORTE

Leia mais

LISTA DE FIGURAS Figura 1. Área de estudo constituída pelo lago Jaitêua e sua réplica, o lago São Lourenço, Manacapuru, Amazonas, Brasil...

LISTA DE FIGURAS Figura 1. Área de estudo constituída pelo lago Jaitêua e sua réplica, o lago São Lourenço, Manacapuru, Amazonas, Brasil... LISTA DE FIGURAS Figura 1. Área de estudo constituída pelo lago Jaitêua e sua réplica, o lago São Lourenço, Manacapuru, Amazonas, Brasil...21 Figura 2. Abundância relativa das ordens de peixes coletadas

Leia mais

LEVANTAMENTO DE ARTRÓPODES EM TRÊS FITOFISIONOMIAS DA MATA DO SILVA, MUNICÍPIO DE CHIAPETTA, RIO GRANDE DO SUL 1

LEVANTAMENTO DE ARTRÓPODES EM TRÊS FITOFISIONOMIAS DA MATA DO SILVA, MUNICÍPIO DE CHIAPETTA, RIO GRANDE DO SUL 1 LEVANTAMENTO DE ARTRÓPODES EM TRÊS FITOFISIONOMIAS DA MATA DO SILVA, MUNICÍPIO DE CHIAPETTA, RIO GRANDE DO SUL 1 Jéssica Taíse Sost Kogler 2, Lílian Corrêa Costa Beber 3, Vidica Bianchi 4, Vanessa Ribeiro

Leia mais

DIVERSIDADE E DINÂMICA POPULACIONAL DE FORMIGAS EM UM FRAGMENTO DO CERRADO NO SUL DO ESTADO DO TOCANTINS

DIVERSIDADE E DINÂMICA POPULACIONAL DE FORMIGAS EM UM FRAGMENTO DO CERRADO NO SUL DO ESTADO DO TOCANTINS DIVERSIDADE E DINÂMICA POPULACIONAL DE FORMIGAS EM UM FRAGMENTO DO CERRADO NO SUL DO ESTADO DO TOCANTINS Domingos Rodrigo Silva Lopes 1 ; Danival José de Souza 2 1 Aluno do Curso de Engenharia Florestal;

Leia mais

25 a 28 de novembro de 2014 Câmpus de Palmas

25 a 28 de novembro de 2014 Câmpus de Palmas COMPARAÇÃO DA DIVERSIDADE, DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DE ANUROS ENTRE AMBIENTES DE AGRICULTURA TECNIFICADA, URBANO E PRESERVADO NAS PLANÍCIES DOS RIOS TOCANTINS E ARAGUAIA, TOCANTINS. Nanini Castilhos

Leia mais

EFICIÊNCIA DE ISCAS-ODORES NA COLETA DE EUGLOSSINI (HYMENOPTERA, APIDAE) Mayla Gava¹, Luceli de Souza²

EFICIÊNCIA DE ISCAS-ODORES NA COLETA DE EUGLOSSINI (HYMENOPTERA, APIDAE) Mayla Gava¹, Luceli de Souza² EFICIÊNCIA DE ISCAS-ODORES NA COLETA DE EUGLOSSINI (HYMENOPTERA, APIDAE) Mayla Gava¹, Luceli de Souza² 1 Graduanda em Ciências Biológicas Licenciatura, Universidade Federal do Espírito Santo/Departamento

Leia mais

IV Seminário de Iniciação Científica

IV Seminário de Iniciação Científica INFLUÊNCIA DA SAZONALIDADE CLIMÁTICA NA MIRMECOFAUNA EM AMBIENTES DO CERRADO. Elaine Ferreira de Oliveira 1,4 ; Ronaldo Angelini 2,4 ; Luciano Roberto Passos Lozi 3,4. 1 Bolsista PIBIC/CNPq 2 Pesquisador-

Leia mais

ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DE UM TRECHO FLORESTAL NA PORÇÃO SUL AMAZÔNICA, QUERÊNCIA MT

ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DE UM TRECHO FLORESTAL NA PORÇÃO SUL AMAZÔNICA, QUERÊNCIA MT ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DE UM TRECHO FLORESTAL NA PORÇÃO SUL AMAZÔNICA, QUERÊNCIA MT Yhasmin Mendes de Moura, Lênio Soares Galvão, João Roberto dos Santos {yhasmin, lenio, jroberto}@dsr.inpe.br

Leia mais

FITOSSOCIOLOGIA DE FRAGMENTOS FLORESTAIS DE DIFERENTES IDADES EM DOIS VIZINHOS, PR, BRASIL

FITOSSOCIOLOGIA DE FRAGMENTOS FLORESTAIS DE DIFERENTES IDADES EM DOIS VIZINHOS, PR, BRASIL FITOSSOCIOLOGIA DE FRAGMENTOS FLORESTAIS DE DIFERENTES IDADES EM DOIS VIZINHOS, PR, BRASIL 1 Priscyla Vanessa Antonelli 1,2*, Daniela Aparecida Estevan 3 [orientadora], Marcielli Aparecida Borges dos Santos

Leia mais

Avaliação de métodos de classificação para o mapeamento de remanescentes florestais a partir de imagens HRC/CBERS

Avaliação de métodos de classificação para o mapeamento de remanescentes florestais a partir de imagens HRC/CBERS http://dx.doi.org/10.12702/viii.simposfloresta.2014.131-592-1 Avaliação de métodos de classificação para o mapeamento de remanescentes florestais a partir de imagens HRC/CBERS Juliana Tramontina 1, Elisiane

Leia mais

USO DE NINHOS ARTIFICIAIS COMO METODOLOGIA PARA VERIFICAR A TAXA DE PREDAÇÃO DE NINHOS EM DOIS AMBIENTES: BORDA E INTERIOR DE MATA

USO DE NINHOS ARTIFICIAIS COMO METODOLOGIA PARA VERIFICAR A TAXA DE PREDAÇÃO DE NINHOS EM DOIS AMBIENTES: BORDA E INTERIOR DE MATA USO DE NINHOS ARTIFICIAIS COMO METODOLOGIA PARA VERIFICAR A TAXA DE PREDAÇÃO DE NINHOS EM DOIS AMBIENTES: BORDA E INTERIOR DE MATA Ivonete Batista Santa Rosa Gomes 1 Mariluce Rezende Messias 2 Resumo:

Leia mais

Bioindicadores são fatores bióticos empregados para o reconhecimento de condições (passadas, presentes ou futuras) de ecossistemas.

Bioindicadores são fatores bióticos empregados para o reconhecimento de condições (passadas, presentes ou futuras) de ecossistemas. Insetos como Indicadores de Qualidade Ambiental William Costa Rodrigues Dr. em Agronomia - Entomologista Breve Histórico Bioindicadores são fatores bióticos empregados para o reconhecimento de condições

Leia mais

-ECOLOGIA APLICADA. Espécies símbolos. Prevenção da Poluição. Conservação de áreas. Preservação da diversidade genética bbbb

-ECOLOGIA APLICADA. Espécies símbolos. Prevenção da Poluição. Conservação de áreas. Preservação da diversidade genética bbbb -ECOLOGIA APLICADA * É o estudo dos efeitos causados pelo homem nos sistemas ecológicos, e o consequente manejo desses sistemas e recursos em benefício da sociedade. Espécies símbolos Questões Prevenção

Leia mais

Macroinvertebrados de solo em fragmentos florestais, Londrina-PR

Macroinvertebrados de solo em fragmentos florestais, Londrina-PR 92 Embrapa Soja. Docurifentos, 276 Macroinvertebrados de solo em fragmentos florestais, Londrina-PR Vanesca Korasaki 1 ' 2; George Gardner Brown 2; José Lopes 3; Amarildo Pasinit; Sabrina bionizio PereiraU.

Leia mais

AVALIAÇÃO DE ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO NAS FAZENDAS BARRA LONGA E CANHAMBOLA

AVALIAÇÃO DE ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO NAS FAZENDAS BARRA LONGA E CANHAMBOLA CEDOC 47.412 CONSULTA PÚBLICA AVALIAÇÃO DE ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO NAS FAZENDAS BARRA LONGA E CANHAMBOLA RESUMO EXECUTIVO 2018 ÍNDICE 1. APRESENTAÇÃO... 2 2. DURATEX FLORESTAL LTDA... 2 3. CERTIFICAÇÃO

Leia mais

USO DA ANÁLISE FAUNÍSTICA DE INSETOS NA AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

USO DA ANÁLISE FAUNÍSTICA DE INSETOS NA AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL USO DA ANÁLISE FAUNÍSTICA DE INSETOS NA AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL S. SILVEIRA NETO 1,2 ; R.C. MONTEIRO 2 ; R.A. ZUCCHI 1,2 ; R.C.B. de MORAES 2 2 Departamento de Entomologia, ESALQ/USP, C.P. 9, CEP

Leia mais

4ª Jornada Científica e Tecnológica e 1º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 16, 17 e 18 de outubro de 2012, Muzambinho MG

4ª Jornada Científica e Tecnológica e 1º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 16, 17 e 18 de outubro de 2012, Muzambinho MG 4ª Jornada Científica e Tecnológica e 1º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 16, 17 e 18 de outubro de 2012, Muzambinho MG Diversidade de Insetos em Plantas Epífitas no Instituto Federal do Sul De

Leia mais

Disciplinas Obrigatórias

Disciplinas Obrigatórias Disciplinas Obrigatórias Meio Ambiente, Ciência e Sociedade A natureza e os seus diferentes sentidos. Saber, ciência e epistemologia. Natureza e cultura.a importância das ciências naturais na leitura positivista

Leia mais

Diversidade da entomofauna em um plantio experimental de eucalipto (Eucalyptus) no estado de Sergipe

Diversidade da entomofauna em um plantio experimental de eucalipto (Eucalyptus) no estado de Sergipe SCIENTIA PLENA VOL. 8, NUM. 4 2012 www.scientiaplena.org.br Diversidade da entomofauna em um plantio experimental de eucalipto (Eucalyptus) no estado de Sergipe L. C. Paz 1 ; D. A. F. G. Castaneda 1 ;

Leia mais

9. Formações vegetais. Páginas 02 à 23.

9. Formações vegetais. Páginas 02 à 23. 9. Formações vegetais Páginas 02 à 23. Formação e distribuição da vegetação ECOSSISTEMAS Ambientes formados pela relação entre seres vivos e não vivos que interagem entre si, dando suporte ao desenvolvimento

Leia mais

BIE-212: Ecologia Licenciatura em Geociências e Educação Ambiental. Comunidades I

BIE-212: Ecologia Licenciatura em Geociências e Educação Ambiental. Comunidades I BIE-212: Ecologia Licenciatura em Geociências e Educação Ambiental Comunidades I Programa Introdução Módulo I: Organismos Módulo II: Populações Módulo III: Comunidades - Padrões espaciais - Padrões temporais

Leia mais

RESUMOS COM RESULTADOS ARTIGOS COMPLETOS (RESUMOS)

RESUMOS COM RESULTADOS ARTIGOS COMPLETOS (RESUMOS) 127 RESUMOS COM RESULTADOS... 128 ARTIGOS COMPLETOS (RESUMOS)... 133 RESUMOS COM RESULTADOS 128 ESTUDO DA ENTOMOFAUNA EM REGIÃO DE TRANSIÇÃO DE MATA E CERRADO COM AUXÍLIO DE ARMADILHAS PITFALL EM PRESIDENTE

Leia mais

TÍTULO: A INFLUÊNCIA DA FRAGMENTAÇÃO DE HABITATS E PERDA DA BIODIVERSIDADE: ESTUDO DE CASO DA MATA DOS MACACOS EM SANTA FÉ DO SUL - SP.

TÍTULO: A INFLUÊNCIA DA FRAGMENTAÇÃO DE HABITATS E PERDA DA BIODIVERSIDADE: ESTUDO DE CASO DA MATA DOS MACACOS EM SANTA FÉ DO SUL - SP. TÍTULO: A INFLUÊNCIA DA FRAGMENTAÇÃO DE HABITATS E PERDA DA BIODIVERSIDADE: ESTUDO DE CASO DA MATA DOS MACACOS EM SANTA FÉ DO SUL - SP. CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ECOLOGIA

Leia mais

Estudo do efeito borda em fragmentos da vegetação nativa na bacia hidrográfica do Córrego do Jacu Queimado (SP)

Estudo do efeito borda em fragmentos da vegetação nativa na bacia hidrográfica do Córrego do Jacu Queimado (SP) Estudo do efeito borda em fragmentos da vegetação nativa na bacia hidrográfica do Córrego do Jacu Queimado (SP) Effect of study border fragments of native vegetation in the basin of Córrego do Jacu Queimado

Leia mais

UTILIZAÇÃO DE ARMADILHAS PET PARA CAPTURA DE INSETOS EM AULA PRÁTICA NO IFPB - CAMPUS CAMPINA GRANDE

UTILIZAÇÃO DE ARMADILHAS PET PARA CAPTURA DE INSETOS EM AULA PRÁTICA NO IFPB - CAMPUS CAMPINA GRANDE UTILIZAÇÃO DE ARMADILHAS PET PARA CAPTURA DE INSETOS EM AULA PRÁTICA NO IFPB - CAMPUS CAMPINA GRANDE José Adeildo de Lima Filho (1); Camila de Brito Batista (2); Maryana Pereira da Silva (3); Ana Beatriz

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA EXAME DE CONHECIMENTOS EM ECOLOGIA DOUTORADO ECOLOGIA TERRESTRE

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA EXAME DE CONHECIMENTOS EM ECOLOGIA DOUTORADO ECOLOGIA TERRESTRE Instruções 1. Responda às questões de maneira clara, lógica e fundamentada na teoria ecológica. 2. Responda às questões a caneta, nas folhas de resposta fornecidas. 3. A prova está dividida em três partes.

Leia mais

PROGRAMAS DE RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE MATAS CILIARES E DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

PROGRAMAS DE RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE MATAS CILIARES E DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS PROGRAMAS DE RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE MATAS CILIARES E DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS PRADs realidade desde a sua fundação, porem sem foco da restauração dos ambientes naturais; 1990 convênio entre

Leia mais

Anais 5º Simpósio de Gestão Ambiental e Biodiversidade (21 a 23 de junho 2016) RISCO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS NO PARQUE NACIONAL DA SERRA DOS ÓRGAOS

Anais 5º Simpósio de Gestão Ambiental e Biodiversidade (21 a 23 de junho 2016) RISCO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS NO PARQUE NACIONAL DA SERRA DOS ÓRGAOS RISCO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS NO PARQUE NACIONAL DA SERRA DOS ÓRGAOS João Flávio Costa dos Santos 1 ; Sidney Geraldo Silveira Velloso 1 ; Bruno Araújo Furtado de Mendonça 2 ( 1 Universidade Federal de

Leia mais

FAUNA EDÁFICA DO SOLO AFETADA PELA OCUPAÇÃO DO SOLO 1 FAUNA EDÁFICA DO SOLO AFETADA PELA OCUPAÇÃO DO SOLO

FAUNA EDÁFICA DO SOLO AFETADA PELA OCUPAÇÃO DO SOLO 1 FAUNA EDÁFICA DO SOLO AFETADA PELA OCUPAÇÃO DO SOLO FAUNA EDÁFICA DO SOLO AFETADA PELA OCUPAÇÃO DO SOLO 1 FAUNA EDÁFICA DO SOLO AFETADA PELA OCUPAÇÃO DO SOLO Scheila Andrieli Silveira Bones 2, Daiane Karina Grellmann 3, Jocieli Caroline Steinhaus 4, Letícia

Leia mais

BOLETIM CLIMATOLÓGICO TRIMESTRAL DA ESTAÇÃO METEOROLÓGICA DO IAG/USP - SON PRIMAVERA -

BOLETIM CLIMATOLÓGICO TRIMESTRAL DA ESTAÇÃO METEOROLÓGICA DO IAG/USP - SON PRIMAVERA - BOLETIM CLIMATOLÓGICO TRIMESTRAL DA ESTAÇÃO METEOROLÓGICA DO IAG/USP - SON 2012 - - PRIMAVERA - Seção Técnica de Serviços Meteorológicos Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas Universidade

Leia mais

BIOMAS. Professora Débora Lia Ciências/Biologia

BIOMAS. Professora Débora Lia Ciências/Biologia BIOMAS Professora Débora Lia Ciências/Biologia BIOMAS - Aquáticos Mares e oceanos Talássicos São as regiões com a maior variedade de vida do planeta, nem as florestas tropicais igualam-se às regiões litorâneas;

Leia mais

EFICIÊNCIA DA ARMADILHA ETANÓLICA NA CAPTURA DE COLEOPTERA EM ECOSSISTEMAS DA FLORESTA NACIONAL DO ARARIPE-FLONA

EFICIÊNCIA DA ARMADILHA ETANÓLICA NA CAPTURA DE COLEOPTERA EM ECOSSISTEMAS DA FLORESTA NACIONAL DO ARARIPE-FLONA EFICIÊNCIA DA ARMADILHA ETANÓLICA NA CAPTURA DE COLEOPTERA EM ECOSSISTEMAS DA FLORESTA NACIONAL DO ARARIPE-FLONA Cicero Antonio Mariano dos Santos 1 Francisco Roberto de Azevedo 2 Eridiane de Silva Moura

Leia mais

Fitossociologia e Diversidade

Fitossociologia e Diversidade Fitossociologia e Diversidade Fitossociologia Fitossociologia é um processo relacionado a métodos de reconhecimento e definição de comunidades de plantas. Phyto significa planta e sociologia grupos ou

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre. Processo de Seleção de Mestrado 2015 Questões Gerais de Ecologia

Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre. Processo de Seleção de Mestrado 2015 Questões Gerais de Ecologia Questões Gerais de Ecologia a. Leia atentamente as questões e responda apenas 3 (três) delas. identidade (RG) e o número da questão. 1. Como a teoria de nicho pode ser aplicada à Biologia da Conservação?

Leia mais

TÍTULO: LEVANTAMENTO DE BRIÓFITAS NA VEGETAÇÃO DO MUNICÍPIO DE BAURU-SP

TÍTULO: LEVANTAMENTO DE BRIÓFITAS NA VEGETAÇÃO DO MUNICÍPIO DE BAURU-SP Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: LEVANTAMENTO DE BRIÓFITAS NA VEGETAÇÃO DO MUNICÍPIO DE BAURU-SP CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA:

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS CIÊNCIAS

LISTA DE EXERCÍCIOS CIÊNCIAS LISTA DE EXERCÍCIOS CIÊNCIAS P1-4º BIMESTRE 6º ANO FUNDAMENTAL II Aluno (a): Turno: Turma: Unidade Data: / /2016 HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Compreender o conceito de bioma. Reconhecer fatores bióticos

Leia mais

Mil Madeiras Preciosas ltda. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PC-007/2007

Mil Madeiras Preciosas ltda. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PC-007/2007 Mil Madeiras Preciosas ltda. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PC-007/2007 Versão: 02 Atividade: IDENTIFICAÇÃO E MONITORAMENTO DE AAVC Data de Criação: 29/08/2007 Data de Revisão: 03/08/2017 Metodologia voltada

Leia mais

Avaliação florística e estrutural da floresta de conservação de solo e água da Empresa Florestal Integral Guanacahabibes, Cuba

Avaliação florística e estrutural da floresta de conservação de solo e água da Empresa Florestal Integral Guanacahabibes, Cuba http://dx.doi.org/10.12702/viii.simposfloresta.2014.228-387-1 Avaliação florística e estrutural da floresta de conservação de solo e água da Empresa Florestal Integral Guanacahabibes, Cuba Ouorou G. M.

Leia mais

Projetos Intervales. Modificado de:

Projetos Intervales. Modificado de: Projetos Intervales Modificado de: http://www.geografia.fflch.usp.br/mapas/atlas_intervales/oparque.html 1. Variação da diversidade de aracnídeos ao longo de um gradiente altitudinal no Parque Estadual

Leia mais

VISITANTES FLORAIS E POTENCIAIS POLINIZADORES DE ORA-PRO-NOBIS (Pereskia aculeata) NA REGIÃO DE INCONFIDENTES, MG

VISITANTES FLORAIS E POTENCIAIS POLINIZADORES DE ORA-PRO-NOBIS (Pereskia aculeata) NA REGIÃO DE INCONFIDENTES, MG VISITANTES FLORAIS E POTENCIAIS POLINIZADORES DE ORA-PRO-NOBIS (Pereskia aculeata) NA REGIÃO DE INCONFIDENTES, MG Douglas de O. PRETO 1 ; Evando L. COELHO 2 RESUMO A espécie difundida no Brasil como ora-pro-nobis

Leia mais

EFEITO DA URBANIZAÇÃO SOBRE A FAUNA DE INSETOS AQUÁTICOS DE UM RIACHO DE DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

EFEITO DA URBANIZAÇÃO SOBRE A FAUNA DE INSETOS AQUÁTICOS DE UM RIACHO DE DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL EFEITO DA URBANIZAÇÃO SOBRE A FAUNA DE INSETOS AQUÁTICOS DE UM RIACHO DE DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL Joab Pires Santana 1 ; Emerson Machado de Carvalho 2 1 Graduando do curso de Ciências Biológicas e

Leia mais

Ocorrência de Ninhos de Abelhas sem Ferrão (Hymenoptera, Apidae, Meliponini) no Centro Urbano das Cidades de Petrolina, PE e Juazeiro, BA

Ocorrência de Ninhos de Abelhas sem Ferrão (Hymenoptera, Apidae, Meliponini) no Centro Urbano das Cidades de Petrolina, PE e Juazeiro, BA Ocorrência de Ninhos de Abelhas sem Ferrão (Hymenoptera, Apidae, Meliponini) 23 Ocorrência de Ninhos de Abelhas sem Ferrão (Hymenoptera, Apidae, Meliponini) no Centro Urbano das Cidades de Petrolina, PE

Leia mais

VALOR AMBIENTAL DA BIODIVERSIDADE

VALOR AMBIENTAL DA BIODIVERSIDADE VALOR AMBIENTAL DA BIODIVERSIDADE BIOLOGIA DA CONSERVAÇÃO Estudo científico de como preservar a diversidade da vida. # Análise das causas de ameaça e extinção. # Produção de medidas que visem preservar

Leia mais

Mata Atlântica Floresta Pluvial Tropical. Ecossistemas Brasileiros

Mata Atlântica Floresta Pluvial Tropical. Ecossistemas Brasileiros Mata Atlântica Floresta Pluvial Tropical Ecossistemas Brasileiros https://www.youtube.com/watch?v=ee2ioqflqru Sub-regiões biogeográficas endemismo de aves, borboletas e primatas Mata das Araucárias (Ombrófila

Leia mais

IC II Sala 11. Aula 6. Turma: 2015/1 Profª. Larissa Bertoldi

IC II Sala 11. Aula 6. Turma: 2015/1 Profª. Larissa Bertoldi IC II Sala 11 Aula 6 Turma: 2015/1 Profª. Larissa Bertoldi larabertoldi@gmail.com Biologia da Conservação Conservar a biodiversidade significa proteger a as formas de vida que se manifestam em toda biosfera.

Leia mais

Prof. Dr. Francisco Soares Santos Filho (UESPI)

Prof. Dr. Francisco Soares Santos Filho (UESPI) Prof. Dr. Francisco Soares Santos Filho (UESPI) Por que um biólogo precisa saber Bioestatística? ou Para que serve a bioestatística na Biologia? Aplicações mais comuns Área de saúde: definição de políticas

Leia mais

Influência do efeito de borda na riqueza de formigas em Cerradão

Influência do efeito de borda na riqueza de formigas em Cerradão Influência do efeito de borda na riqueza de formigas em Cerradão Danilo Fortunato, João Victor Caetano, Lauana Nogueira, Pamela Moser, Simone Reis, Taric Plaza Orientador do projeto: Reginaldo Constantino

Leia mais

5 Floresta Atlântica

5 Floresta Atlântica 5 Floresta Atlântica Danilo Sette de Almeida SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros ALMEIDA, DS. Floresta Atlântica. In: Recuperação ambiental da Mata Atlântica [online].3rd ed. rev. and enl. Ilhéus,

Leia mais

William Soares Medeiros Professor de Biologia

William Soares Medeiros Professor de Biologia COLÉGIO UBM PROJETO AMBIENTAL GAIA MONITORAMENTOO AMBIENTAL DE FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA NO CAMPUS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA William Soares Medeiros Professor de Biologia Barra Mansa/RJ

Leia mais

Alexandrina Pujals Ana Carolina Pitta Letícia Araujo Raphael de Oliveira Silva

Alexandrina Pujals Ana Carolina Pitta Letícia Araujo Raphael de Oliveira Silva Importância da estimativa de qualidade da matriz para modelagem de distribuição de espécies em paisagens tropicais complexas: uma análise com pequenos mamíferos de Mata Atlântica Alexandrina Pujals Ana

Leia mais

Redução de área Isolamento Efeito de borda. Fragmentação de Habitats. Fragmentação de Habitats. Biogeografia de ilhas (MacArthur & Wilson, 1963, 1967)

Redução de área Isolamento Efeito de borda. Fragmentação de Habitats. Fragmentação de Habitats. Biogeografia de ilhas (MacArthur & Wilson, 1963, 1967) Fragmentação de Habitats Fragmentação de Habitats Ampla porção contínua de habitat, reduzida em área e dividida em pedaços; Matriz e fragmentos Conseqüências da fragmentação Redução de área Isolamento

Leia mais

Região Nordestina. Cap. 9

Região Nordestina. Cap. 9 Região Nordestina Cap. 9 Divisão Regional -IBGE Eles têm características semelhantes. As primeiras divisões regionais propostas para o país, eram baseadas apenas nos aspectos físicos, ou seja, ligados

Leia mais

Estrutura populacional e distribuição espacial de Qualea grandiflora Mart., em área de transição no Piauí

Estrutura populacional e distribuição espacial de Qualea grandiflora Mart., em área de transição no Piauí http://dx.doi.org/10.12702/viii.simposfloresta.2014.251-661-2 Estrutura populacional e distribuição espacial de Qualea grandiflora Mart., em área de transição no Piauí Najara M. Fontenele 1, Elifabia N.

Leia mais

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Embrapa Amazônia Oriental Belém, PA 2015 FENOLOGIA REPRODUTIVA DO CUMARU (Dipteryx

Leia mais

LEVANTAMENTO DA COLEOPTEROFAUNA POR ARMADILHA DE SOLO E COLETA ATIVA NA MATA DO IFSULDEMINAS - CÂMPUS MUZAMBINHO

LEVANTAMENTO DA COLEOPTEROFAUNA POR ARMADILHA DE SOLO E COLETA ATIVA NA MATA DO IFSULDEMINAS - CÂMPUS MUZAMBINHO LEVANTAMENTO DA COLEOPTEROFAUNA POR ARMADILHA DE SOLO E COLETA ATIVA NA MATA DO IFSULDEMINAS - CÂMPUS MUZAMBINHO Fiulyan F. C. COHENE 1 ; Paulo H. REZENDE 2 ; Jaqueline C. FUNAYAMA 3 ; Isabel R. do V.

Leia mais

Delineamento amostral de estudos de fauna

Delineamento amostral de estudos de fauna I ENCONTRO SOBRE A FAUNA SILVESTRE NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL ESTADUAL Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo Delineamento amostral de estudos de fauna Marcos Vinícius Carneiro Vital http://marcosvital.wordpress.com/

Leia mais

6ª Jornada Científica e Tecnológica e 3º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 04 e 05 de novembro de 2014, Pouso Alegre/MG

6ª Jornada Científica e Tecnológica e 3º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 04 e 05 de novembro de 2014, Pouso Alegre/MG 6ª Jornada Científica e Tecnológica e 3º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 04 e 05 de novembro de 2014, Pouso Alegre/MG DADOS PRELIMINARES DA BIODIVERSIDADE DE VESPAS SOCIAIS (HYMENOPTERA: VESPIDAE)

Leia mais

Diversidade e dispersão das espécies lenhosas em áreas de cerrado sensu stricto, no período de 1996 a 2011, após supressão da vegetação em 1988

Diversidade e dispersão das espécies lenhosas em áreas de cerrado sensu stricto, no período de 1996 a 2011, após supressão da vegetação em 1988 http://dx.doi.org/10.12702/viii.simposfloresta.2014.145-654-1 Diversidade e dispersão das espécies lenhosas em áreas de cerrado sensu stricto, no período de 1996 a 2011, após supressão da vegetação em

Leia mais

LEVANTAMENTO DA ENTOMOFAUNA EM CULTURA DE EUCALIPTO E VEGETAÇÃO RASTEIRA NO MUNICÍPIO DE IVINHEMA (MS) UTILIZANDO ARMADILHA DE SOLO PITFALL

LEVANTAMENTO DA ENTOMOFAUNA EM CULTURA DE EUCALIPTO E VEGETAÇÃO RASTEIRA NO MUNICÍPIO DE IVINHEMA (MS) UTILIZANDO ARMADILHA DE SOLO PITFALL LEVANTAMENTO DA ENTOMOFAUNA EM CULTURA DE EUCALIPTO E VEGETAÇÃO RASTEIRA NO MUNICÍPIO DE IVINHEMA (MS) UTILIZANDO ARMADILHA DE SOLO PITFALL Leonardo dos Santos Marques Gomes 1 ; João Cloves Stanzani Dutra

Leia mais

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Embrapa Belém, PA 2014 DIVERSIDADE DE ESPÉCIES E SUA ABUNDÂNCIA EM UMA FLORESTA

Leia mais

ESTUDO DE CONECTIVIDADE

ESTUDO DE CONECTIVIDADE ESTUDO DE CONECTIVIDADE PRESERVAÇÃO DO VERDE DE FORMA INTELIGENTE Fabiana Vita Lopes Assessora jurídico-ambiental Anglogold Ashanti Localização NOVA LIMA SEDE Estudo de Conectividade Um pensamento diferentre...

Leia mais

ENCCEJA RESUMO. O que é biodiversidade. Biodiversidade. Natureza 1. Ponto crítico

ENCCEJA RESUMO. O que é biodiversidade. Biodiversidade. Natureza 1. Ponto crítico O que é biodiversidade RESUMO Biodiversidade A biodiversidade é a variedade de seres no planeta terra. Sua importância está na variedade de relações ecológicas que podem ser criadas, na disponibilidade

Leia mais

O MÉTODO DOS QUADRATS

O MÉTODO DOS QUADRATS O MÉTODO DOS QUADRATS UM ESTUDO INTRODUTÓRIO O método dos quadrats, também conhecido por método das parcelas, é um dos procedimentos mais usados para o levantamento por amostragem da diversidade vegetal

Leia mais

CADERNO DE EXERCÍCIOS

CADERNO DE EXERCÍCIOS GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO Disciplina: Ecologia de Ecossistema e da Paisagem

Leia mais

Portaria CBRN 01/2015

Portaria CBRN 01/2015 SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE COORDENADORIA DE BIODIVERSIDADE E RECURSOS NATURAIS Portaria CBRN 01/2015 Estabelece o Protocolo de Monitoramento de Projetos de Restauração Ecológica O Coordenador de Biodiversidade

Leia mais

Classificação e ordenação de um povoamento florestal atingido pelo fogo

Classificação e ordenação de um povoamento florestal atingido pelo fogo Classificação e ordenação de um povoamento Flora Martins Eng. florestal, mestranda em sensoriamento remoto florarvm@dsr.inpe.br V Congreso Forestal Latinoamericano 18-21 Octubre 2011 Introdução Diante

Leia mais

Anais 5º Simpósio de Gestão Ambiental e Biodiversidade (21 a 23 de junho 2016)

Anais 5º Simpósio de Gestão Ambiental e Biodiversidade (21 a 23 de junho 2016) FAUNA DO SOLO EM DIFERENTES ESTÁGIOS DE SUCESSÃO FLORESTAL NA RESERVA BIOLÓGICA UNIÃO, RIO DAS OSTRAS, RJ Ana Paula Ferreira Santos da Costa 1 ; Fábio Souto Almeida² ( 1 Graduanda em Gestão Ambiental,

Leia mais

BIOLOGIA FLORAL DA PAPOULA-DA- CALIFÓRNIA (Eschscolzia californica Cham., PAPAVERACEAE)

BIOLOGIA FLORAL DA PAPOULA-DA- CALIFÓRNIA (Eschscolzia californica Cham., PAPAVERACEAE) BIOLOGIA FLORAL DA PAPOULA-DA- CALIFÓRNIA (Eschscolzia californica Cham., PAPAVERACEAE) Eugênio Santos de Morais * Ana Paula Gonçalves * Luciana Moreno * Raquel Carminati Pavan * Silvia Pereira * Rodolfo

Leia mais

Os OITO Elementos da Restauração. Sergius Gandolfi LERF/LCB/ESALQ/USP

Os OITO Elementos da Restauração. Sergius Gandolfi LERF/LCB/ESALQ/USP Os OITO Elementos da Restauração Sergius Gandolfi LERF/LCB/ESALQ/USP COEXISTÊNCIA ENTRE ECOSSISTEMAS NATURAIS E AGROECOSSISTEMAS 1.Diagnóstico 2.Prescrição = Terapias / Cirurgias 3.Acompanhamento O primeiro

Leia mais

Renascimento de florestas

Renascimento de florestas Renascimento de florestas regeneração na era do desmatamento Robin L. Chazdon SUMÁRIO 1. Percepções sobre florestas tropicais e regeneração natural... 15 1.1 Visão cíclica das florestas... 15 1.2 A resiliência

Leia mais

Título: Levantamento da comunidade de abelhas sem ferrão em Euterpe edulis Martius (Palmae) na Mata Atlântica no município de Maquiné RS.

Título: Levantamento da comunidade de abelhas sem ferrão em Euterpe edulis Martius (Palmae) na Mata Atlântica no município de Maquiné RS. Título: Levantamento da comunidade de abelhas sem ferrão em Euterpe edulis Martius (Palmae) na Mata Atlântica no município de Maquiné RS. Autores: Mariana Francisca Arreguy Focaccia (1) & Milton de Souza

Leia mais

Biodiversidade: Conceitos gerais e estudos sobre a coexistência

Biodiversidade: Conceitos gerais e estudos sobre a coexistência Biodiversidade: Conceitos gerais e estudos sobre a coexistência Por que a diversidade biológica é tão alta em florestas tropicais? Uma visão pessoal e uma experiência pessoal Biodiversidade alta significa

Leia mais

Árvores Plantadas. e Biodiversidade. Fauna: por que é tão importante protegê-la? Foto: Klabin/ Zig Koch

Árvores Plantadas. e Biodiversidade. Fauna: por que é tão importante protegê-la? Foto: Klabin/ Zig Koch Árvores Plantadas e Biodiversidade Fauna: por que é tão importante protegê-la? Foto: Klabin/ Zig Koch Representatividade O Brasil abriga a maior biodiversidade do planeta. Sua imensidão territorial, seus

Leia mais

PRISCILA GUIMARÃES DIAS¹ ALICE FUMI KUMAGAI²

PRISCILA GUIMARÃES DIAS¹ ALICE FUMI KUMAGAI² Acta Biol. Par., Curitiba, 40 (1-2): 33-37. 2011. 33 Abundância e Sazonalidade de Bittacidae (Mecoptera) em Duas Áreas de Conservação em Minas Gerais, Brasil Abundance and Sazonality of Bittacidae (Mecoptera)

Leia mais

Categoria Trabalho Acadêmico / Resumo Expandido Eixo Temático - (Saúde, Saneamento e Meio Ambiente)

Categoria Trabalho Acadêmico / Resumo Expandido Eixo Temático - (Saúde, Saneamento e Meio Ambiente) Categoria Trabalho Acadêmico / Resumo Expandido Eixo Temático - (Saúde, Saneamento e Meio Ambiente) Titulo do Trabalho OCORRÊNCIA DE DIPTEROS MUSCÓIDES NO JARDIM MORADA DO SOL, NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE

Leia mais

BIOLOGIA PROF(A). MARCUS ALVARENGA

BIOLOGIA PROF(A). MARCUS ALVARENGA BIOLOGIA PROF(A). MARCUS ALVARENGA // QUESTÃO 01 - (Ufrgs 2016) Os ecossistemas naturais terrestres passam por mudanças através da sucessão ecológica. Em relação a esse processo, é correto afirmar que

Leia mais

RESISTÊNCIA A PRAGAS EM PROGÊNIES DE SERINGUEIRA PROVENIENTES DOS CLONES IAC 15, IAC 35, IAC 41, IAN 873, GT 1, PB 217 e PB 252

RESISTÊNCIA A PRAGAS EM PROGÊNIES DE SERINGUEIRA PROVENIENTES DOS CLONES IAC 15, IAC 35, IAC 41, IAN 873, GT 1, PB 217 e PB 252 RESISTÊNCIA A PRAGAS EM PROGÊNIES DE SERINGUEIRA PROVENIENTES DOS CLONES IAC 15, IAC 35, IAC 41, IAN 873, GT 1, PB 217 e PB 252 Marques, J 1, 2,* ; Vieira, M. R. 1,3, Moraes, M. L. T. 1,4, Oikawa, C. T.

Leia mais

Monitorização da biodiversidade de artrópodes e flora

Monitorização da biodiversidade de artrópodes e flora Monitorização da biodiversidade de artrópodes e flora 2012 BIODIVINE objectivos Perceber o impacto da paisagem na biodiversidade Perceber se a presença de elementos naturais na paisagem (diversidade da

Leia mais

Diversidade biológica e diversidade de paisagens em montados

Diversidade biológica e diversidade de paisagens em montados Diversidade biológica e diversidade de paisagens em montados F. Rego, S. Dias, & S. Mesquita F. Fernandez-Gonzalez Departamento de Ciencias Ambientales. Facultad de Ciencias del Medio Ambiente. Universidade

Leia mais

Padrões de desmatamento e seus efeitos sobre paisagem e a biodiversidade: existem padrões não-lineares?

Padrões de desmatamento e seus efeitos sobre paisagem e a biodiversidade: existem padrões não-lineares? Padrões de desmatamento e seus efeitos sobre paisagem e a biodiversidade: existem padrões não-lineares? Padrões de desmatamento e limiares Padrões de transformação da paisagem (desmatamento) Padrões de

Leia mais