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1 O perfil de quem fez O exame em 2006 mais de 10 milhões de avaliados exemplar do professor

2 R e v i s ta d o E N E M

3 Expediente Revista do ENEM Coordenação Geral Assessoria de Comunicação do Ministério da Educação Revisão Suely Gehre Edição de Texto Elaina Daher sumário 05. Apresentação 06. Entrevista: Reynaldo Fernandes Transparência total. Informação, um direito de todos 10. Mais de 10 milhões de avaliados apresentação Prezado professor, Este ano realizaremos a 10ª edição do ENEM. Nesses dez anos, crescemos muito. De cerca de 200 mil inscrições em 1997, saltamos para cerca de 4 milhões no ano passado. A expectativa é de que, neste ano, o número de inscritos seja ainda maior. Crescemos em qualidade também. Conseguimos chegar a municípios, a comunidades indígenas e quilombolas. Chegamos também aos presídios na convicção de que a educação pode ser o fator decisivo de ressocialização de detentos. enem@inep.gov.br Fala Brasil Redação vale metade da nota editorial Hoje, o ENEM está consolidado e sua importância é inquestionável. A utilização como critério de seleção para o ProUni e o excelente desempenho que os alunos beneficiários do ProUni estão apresentando comprovam a robustez do ENEM como instrumento de avaliação. INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Esplanada dos Ministérios, Bloco L, Anexos I e II, 4º andar, CEP Brasília-DF Brasil 14. Nada de decoreba 16. Ações do MEC para o ensino médio 18. Malícias e estratégias 20. Reconstruindo sonhos 22. Uma odisséia de muitos Ulisses 25. Receita do sucesso 26. E eu dizia: Ainda é cedo 27. Universidade Nova 28. Um bom exemplo 30. Portas abertas 32. Na onda do Orkut Professores ajudam a elaborar pauta A Revista do ENEM é dirigida aos professores de ensino médio de escolas públicas e privadas de todo o País. É feita uma edição por ano, que é distribuída no início do período de abertura das inscrições ao ENEM. Nas edições anteriores, a elaboração da pauta foi feita na expectativa de atender aos interesses dos professores. Neste ano, decidimos fazer diferente: convidamos professores de escolas de ensino médio para elaborarem, conosco, a pauta da revista. Por mera questão de praticidade, foram convidados exclusivamente professores de Brasília das redes pública e privada. Compareceram à reunião 32 professores. Acreditamos que, com essa contribuição, chegamos mais perto do que, efetivamente, os professores do ensino médio desejam saber sobre o ENEM. A revista que você tem em mãos é, na medida do possível, a realização da pauta que foi definida a partir dessa reunião. Buscamos responder às questões que nos foram apresentadas, mostrando os caminhos para esclarecer as dúvidas que eles manifestaram. Registramos, aqui, nosso agradecimento pela participação desses educadores. Vale ressaltar que a categoria docente é aquela que sempre se faz presente quando o Brasil clama por mudanças. Essas qualidades são reconhecidas pelas universidades. Hoje, quase 500 instituições de educação superior usam o ENEM como único critério, como critério alternativo ou como agregador de pontos para acesso à educação superior. Nessas instituições, as notas do ENEM não podem, em nenhuma hipótese, atrapalhar. Se ela for diminuir a média que o estudante alcançou no vestibular, tem que ser ignorada. Neste momento em que a Andifes discute o acesso às vagas das universidades federais, o ENEM mais uma vez se apresenta como opção consistente. Sabemos que educação é um binômio: aluno e professor. Tudo o que for feito por governos e especialistas só fará sentido se tiver, como foco, dois atores: aluno e professor. Esta revista é para ajudar o professor a estimular os alunos a que tenham bom desempenho. Porque reconhecemos o valor, a importância dos professores, ratificamos nossa confiança no trabalho dos responsáveis diretos pela educação brasileira. O ENEM é uma alternativa para o jovem, sobretudo para aquele que tem opções limitadas. É gratuito, é voluntário e é a única possibilidade para pleitear uma bolsa pelo ProUni. Atenciosamente, Fernando Haddad Ministro da Educação R e v i s ta d o E N E M R e v i s ta d o E N E M

4 entrevista transparência total informação, um direito de todos Reynaldo Fernandes, Presidente do INEP Quando conclui o ensino médio, o aluno carrega a bagagem que adquiriu desde o primeiro ano Então, o exame avalia o desempenho do aluno, da escola, serve para o ingresso na universidade, tem variadas funções? RF Todos esses mecanismos partem da avaliação do aluno. A prova avalia o aluno. O estudante tem uma referência para si, mas a universidade usa porque quer selecionar os melhores alunos. Se o ENEM avalia bem o estudante, serve para a universidade. Se os pais querem escolher a escola, eles vão optar pela escola em que os alunos vão bem. O resultado não deve ser atribuído só à escola, pois quando conclui o ensino médio o aluno traz consigo toda a bagagem que adquiriu desde o primeiro ano escolar. Por que divulgar os resultados do ENEM por escola? RF É uma coisa importante. No mundo inteiro, as avaliações começaram de forma amostral e a partir dos anos 80 com divulgação por escola e com divulgação pública para responsabilização, rendição de contas, transparência. Na verdade, serve para pressionar o sistema, mobilizar os pais pela melhoria do ensino. Evidentemente, não tem muito sentido comparar, por exemplo, uma escola de elite do Distrito Federal com uma escola da periferia ou de uma cidade-satélite. A divulgação serve para comparar escolas com o mesmo público. Se duas escolas têm o mesmo público, carente ou não, aquela escola que apresentar melhor resultado pode sinalizar uma coisa diferente. Isso pode ser uma indicação importante para os pais, para os alunos e para os dirigentes dessas escolas. Estudos internacionais mostram que a prática da avaliação, quando feita de forma sistemática, tende a melhorar o desempenho dos estudantes. O INEP não faz ranking. Nós divulgamos os resultados de todas as escolas por município e ordem alfabética O que é o ENEM? Reynaldo Fernandes O ENEM é um exame de final do ensino médio, voluntário para os alunos. Podem fazer os que estão concluindo e aqueles que já concluíram. Para que serve o ENEM? RF É uma referência, uma auto-avaliação para o estudante. É usado como elemento importante de ingresso na universidade. Muitas instituições utilizam o ENEM sozinho ou em conjunto com seus vestibulares. Hoje, mais de 400 instituições usam de alguma forma o exame nos seus processos seletivos. Nos últimos anos, o ENEM é usado também para avaliar o desempenho dos sistemas de ensino. Divulgamos por estado e por escola. Quando o ENEM foi criado, não era feita nenhuma divulgação de resultados, apenas tornada pública a média nacional. Depois foi divulgada a média por estado e, em 2005, por escola. Como será a divulgação dos resultados de 2007? RF No início, o número de estudantes que faziam a prova era muito pequeno, então para divulgar por estado e por escola era muito difícil. Hoje, praticamente metade dos alunos que concluem o ensino médio fazem a prova no ano que concluem. Isso já nos permitiu divulgar os dados por estado e, depois, por escola. Divulgamos as médias referentes aos alunos concluintes, não incluímos os egressos. Essa divulgação atende ao princípio da transparência e da prestação de contas. A idéia é manter a divulgação. R e v i s ta d o E N E M R e v i s ta d o E N E M

5 entrevista Reynaldo Fernandes, Presidente do INEP E como será em 2007? RF A divulgação de resultados é uma determinação do INEP para todos os dados gerados aqui: transparência total, divulgação de tudo. A idéia de guardar dados por medo que as pessoas possam interpretar errado não é um bom procedimento para um órgão produtor de estatísticas e avaliações. No caso do ENEM, o INEP faz ranking de melhores escolas? RF Não faz ranking de nenhum tipo de avaliação, nem do ENEM e nem de qualquer outra pesquisa. Nós divulgamos os resultados de todas as escolas por município e por ordem alfabética. Evidentemente que, ao acessar os resultados, as pessoas podem colocar em ordem decrescente, da mais alta à mais baixa, e fazer o ranking, e isso nós não podemos impedir. A única forma de impedir seria não divulgando os dados. Isso nós não faremos. Mas, repito, o INEP não faz ranking, aliás, do ENEM são divulgadas várias notas: da prova objetiva, da redação, as duas juntas. Quando alguém faz um ranking é responsabilidade de quem o produziu, não do INEP. A divulgação das melhores escolas valoriza os professores, estimula os alunos, mobiliza a comunidade escolar? De que forma? RF Existem várias formas. Na verdade, o que importa é comparar a escola em que você está com as escolas próximas. A gente sabe que não só a escola, mas a trajetória do aluno e o perfil sociocultural dele são muito importantes. Isso se sabe desde os anos 60 (do século 20), porque todas as pesquisas sobre educação mostram que a família e o local onde reside são muito importantes. Não adianta pegar crianças da periferia do Rio de Janeiro, por exemplo, e colocá-las nas melhores escolas e achar que elas terão o desempenho das que estão lá. Não vai acontecer. Mas nós vemos que escolas que recebem estudantes das mesmas comunidades têm umas melhores e outras piores. Isso é que suscita uma reflexão e a necessidade de perguntar ao diretor da escola que está com bons índices o que a comunidade escolar produziu ali para ter resultados tão expressivos do ponto de vista social e de rendimento. A educação só muda a História quando tem uma mobilização geral dos governos, da comunidade, dos pais. A idéia de não revelar dados não é um bom procedimento para um órgão produtor de estatísticas e avaliações o que vale é a informação? RF É a informação. Basicamente, as pessoas tomam decisão com base nas informações que têm. Quanto mais informação nós fornecermos, mais chances as instituições e as pessoas terão de fazer boas escolhas. As avaliações nunca são perfeitas, mas nosso papel é tentar melhorar os instrumentos de coleta para ter, cada vez mais, informações mais confiáveis. Melhorar as informações, divulgá-las, não recolhê-las. No mundo das pesquisas médicas, por exemplo, não teríamos nenhum medicamento se qualquer efeito colateral fosse motivo para parar os testes. A divulgação serve para comparar escolas que têm o mesmo público Como o senhor vê a repercussão da divulgação dos dados coletados pelo INEP? RF É fundamental que instituições, mídia, governos, pessoas tenham informações para decidir como sociedade livre, aberta, democrática. Isso já aconteceu no passado com as pesquisas eleitorais. Tinha gente contra, que alegava manipulação. As pesquisas não pararam, foram aprimoradas, se adotou a margem de erro. Hoje estamos acostumados com elas, não se discute mais proibir pesquisa. No caso das pesquisas educacionais, tem um grupo que ainda resiste, mas no geral a aceitação é muito boa. Um levantamento recente mostrou que 70% dos pais de alunos apóiam a divulgação das coletas. O ENEM é um instrumento para diagnosticar a qualidade do ensino. Em dez anos de realização do exame, ele reflete melhora ou piora do ensino médio? RF Ele tem várias funções e também serve como diagnóstico. Agora, o ENEM não é um bom instrumento para comparar no tempo. Para isso nós temos o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica). A prova do ENEM, mesmo que se deseje manter o mesmo grau de dificuldade, muda um pouco de ano para ano. Se cai a nota dos alunos num ano, fica difícil dizer se eles aprenderam menos ou se, simplesmente, a nota foi menor porque a prova foi mais difícil. No Saeb nós temos mecanismos para controlar e manter o nível de dificuldade da prova. O Saeb é um instrumento para se ver a evolução no tempo. O ENEM serve para ter uma relação entre aqueles que fizeram a prova no mesmo ano. Como o INEP avalia os dez anos do ENEM? RF São dez anos de sucesso. Ele começou com 200 mil inscritos e chegou em 2006 com mais de 3 milhões de inscritos. É um grande sucesso e veio para ficar. É uma proposta democrática que, no correr dos anos, foi ampliada e hoje vai onde o aluno está: nas prisões, nos hospitais, atende pessoas com deficiência. A prova avalia a formação geral do estudante, é interdisciplinar e os alunos gostam. É fundamental que instituições, mídias, governos, pessoas, tenham informações para decidir como sociedade livre A educação só muda a História quando consegue mobilizar toda a sociedade R e v i s ta d o E N E M R e v i s ta d o E N E M

6 aniversário do enem Mais de 10 milhões de avaliados municípios onde é aplicado o Enem: 1998 a O ENEM já avaliou, ao longo de nove anos, mais de 10 milhões de pessoas Na edição do ENEM de 2006, foram avaliados estudantes. Provavelmente, quando o Exame foi criado, em 1998, nem as previsões mais otimistas poderiam imaginar que, em sua nona edição, o número de participantes seria 2.409% maior que o registrado naquela ocasião: O fato de todos os participantes fazerem a prova de uma só vez, em um mesmo dia, torna o ENEM o maior programa de avaliação do mundo. No total, em seus nove primeiros anos de existência, o Exame já avaliou pessoas, concluintes ou egressas do ensino médio. Mas se o total de participantes das nove edições do ENEM impressiona, o destaque fica por conta das provas aplicadas em 2005 e Em cada uma dessas edições, o número de participantes superou os 2 milhões: em 2005 foram e, em 2006, Em 2007 o ENEM será aplicado em municípios. Este ano, o ENEM será aplicado em municípios Mas o ENEM não é grande apenas nos números de inscritos e participantes. No ano passado, a prova foi aplicada em 800 municípios e, em 2007, esse total alcançará 1.331, ou seja, 24% das cidades existentes no Brasil. Em 1998, a prova foi aplicada em 184 municípios. Portanto, em nove edições, verifica-se um aumento de 724% no número de municípios onde ocorre o ENEM (veja o gráfico). Para realizar todo o trabalho de logística que o ENEM exige, é necessário um pelotão. Somente na aplicação do ENEM 2006 participaram cerca de 299 mil funcionários do consórcio responsável pela logística do Exame (formado pela Fundação Cesgranrio e pelo Cesp/Unb). Contabilizados ainda o pessoal dos Correios, os professores escalados para a correção de redações e a equipe técnica que trabalha na finalização dos relatórios, esse total salta para mais de 300 mil pessoas. número De participantes e inscritos no Enem: 1998 a 2006 TOTAL Participantes inscritos R e v i s ta d o E N E M R e v i s ta d o E N E M

7 A PROVA Redação vale metade da nota o objetivo maior é aferir habilidades e competências O Exame consiste em uma prova com 63 questões objetivas de múltipla escolha e uma redação. Além de verificar o desenvolvimento de competências fundamentais ao exercício pleno da cidadania, o ENEM é importante para a auto-avaliação do estudante e para possibilitar sua participação em programas governamentais como o Programa Universidade para Todos (ProUni). E o que fazer para se sair bem no ENEM? Na opinião do professor Lino de Macedo, titular de Psicologia do Desenvolvimento, do Instituto de Psicologia da USP, e um dos criadores do exame, o candidato precisa ler bem as questões da prova, trabalhar com o raciocínio, não ter medo de assumir que aquela questão é a certa, ter tranqüilidade e confiança. Precisa se articular de modo inteligente. O professor Lino lembra que o ensino médio fecha o ciclo da educação básica, devolve o jovem para a vida, preocupação menos sentida antes dessa fase. É aí que entra mais do que nunca a necessidade de esse jovem melhorar suas competências e habilidades, palavras de sentido próximo, mas distinto. Para ter competência preciso ser habilidoso, mas não basta ter habilidade para ser competente, comenta o professor. A competência é para pensar, escrever, tomar decisões, argumentar, para enfrentar situações-problema, comparar, classificar. Habilidade é para se trabalhar em grupo, esperar a vez, falar, expor. Qualidades muito presentes no ENEM. O objetivo maior da escola deve ser formar o cidadão, mas ela ficou voltada para o ensino das disciplinas. A idéia do ENEM é recuperar a proposta primeira, na opinião do professor Lino. Dicas para se dar bem na redação na hora da prova 1 ler os textos (verbais e não-verbais) motivadores com atenção. 2 Respeitar o tema e partir dos textos motivadores para desenvolver os argumentos da redação. 3 Produção do texto: escrever na modalidade escrita da Língua Portuguesa padrão, evitando gírias. 4 escrever em prosa dissertativa. Não pode ser narrativa, poesia ou diálogo. 5 escrever no mínimo 15 linhas. Não há um número máximo de linhas, mas a redação deve ocupar apenas uma página. 6 escrever com letra legível. 7 escrever com caneta. 8 fazer um rascunho da redação e revisá-lo antes de passar a limpo. Competências avaliadas na redação Para Lino de Macedo, participante deve ter tranqüilidade e confiança na hora da prova I Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. II Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. III selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. IV demonstrar conhecimento dos mecanismos lingüísticos necessários para a construção da argumentação. V elaborar proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. Antes da prova: Ler não só literatura, mas também jornais e revistas ao longo da formação no ensino médio, para saber o que está acontecendo e refletir criticamente sobre os fatos. A competência de leitura está ligada a todas as áreas do conhecimento e não exclusivamente à Língua Portuguesa. Todas as provas anteriores do ENEM estão disponíveis na página eletrônica: A redação: Além das 63 questões objetivas, o ENEM inclui a produção de uma redação. O aluno não deve deixar de fazê-la, pois ela faz parte do processo de avaliação. Quem pretende pleitear uma vaga pelo ProUni tem que ter claro: a redação vale metade da nota. A correção: A redação só é corrigida se tiver estrutura de dissertação, mais de quinze linhas, respeitar o tema proposto, estiver legível, não tiver identificação do autor e for escrita com caneta. Se não respeitar qualquer um desses critérios, é contabilizada como nota zero. O professor Reginaldo Pinto de Carvalho, da Universidade de São Paulo, que coordenou a correção das redações do ENEM entre 1998 e 2005, cita alguns exemplos de problemas que levaram provas a não serem corrigidas em anos anteriores, ou seja, contaram como zero na média final do ENEM. Na prova de 2005, o tema proposto foi Trabalho infantil no Brasil, e alguns participantes descreveram suas experiências de vida. Ou seja, produziram textos narrativos e não dissertativos, e por isso suas provas não foram corrigidas. No ano de 2004, uma charge que fazia parte dos textos propostos não foi compreendida por alguns participantes e o desenvolvimento da redação ficou comprometido. Em 2003, alguns participantes escreveram, aleatoriamente, sobre o Programa Fome Zero, fugindo do tema proposto (violência). Levaram zero na prova. Avaliada por dois professores, a redação recebe notas de 1 a 4 para cada uma das cinco competências avaliadas, a partir das quais é calculada uma média geral. Se houver diferença acentuada entre as duas notas, um terceiro avaliador lê a redação e define o valor final. 12 R e v i s ta d o E N E M R e v i s ta d o E N E M

8 A prova privilegia o raciocínio. É importante que o participante saiba utilizar o conhecimento Dentro dessas cinco competências, foram estabelecidas 21 habilidades. Das 63 questões do ENEM, cada três questões avaliam uma dessas 21 habilidades. São elas: O CONTEÚDO Competências e habilidades A prova do ENEM mede cinco competências. Nas 63 questões objetivas, o aluno é estimulado a provar que pode: I dominar linguagens II compreender fenômenos III enfrentar situações-problema IV construir argumentação V elaborar proposta O Exame Nacional do Ensino Médio consiste em uma prova objetiva, de múltipla escolha, de 63 questões, e em uma redação. Ambas são feitas no mesmo dia. O conteúdo da prova objetiva do ENEM é o mesmo conteúdo do ensino médio aquele estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais. Portanto, não existe um programa específico para a prova, como não existe um livro didático próprio, mas há alguns pontos que devem ser levados em conta: Nada de decoreba: a prova do ENEM não cobra capacidade de memorização, ela busca medir o raciocínio. Portanto, o que vale é a aplicação, na vida cotidiana, do conhecimento adquirido na vida escolar. Interdisciplinaridade: na vida real, os fenômenos não são divididos. Essas divisões de conteúdo em isso é Língua Portuguesa, isso é Geografia, aquilo é Biologia só existem para facilitar a transmissão de conhecimentos. O que se espera é que o aluno possa juntar os conhecimentos adquiridos nas várias matérias para elaborar propostas e apresentar soluções aos problemas apresentados. Funcionalidade: espera-se que o aluno que concluiu a educação básica tenha um conjunto de informações que o capacitem a interferir no universo onde ele vive. Dessa forma, a educação deve ser funcional, ou seja, deve ter aplicação na vida real. 1-Identificar variáveis Dada a descrição discursiva ou por ilustração de um experimento ou fenômeno, de natureza científica, tecnológica ou social, identificar variáveis relevantes e selecionar os instrumentos necessários para a realização ou interpretação do mesmo. 2-Compreender gráficos Em um gráfico cartesiano de variável socioeconômica ou técnico-científica, identificar e analisar valores das variáveis, intervalos de crescimento ou decréscimo e taxas de variação. 3-Identificar tendências Dada uma distribuição estatística de variável social, econômica, física, química ou biológica, traduzir e interpretar as informações disponíveis, ou reorganizá-las, objetivando interpolações ou extrapolações. 4-Transformar linguagens Dada uma situação-problema, apresentada em uma linguagem de determinada área do conhecimento, relacioná-la com sua formulação em outras linguagens ou vice-versa. 5-Relacionar escola literária e contexto A partir da leitura de textos literários consagrados e de informações sobre concepções artísticas, estabelecer relações entre eles e seu contexto histórico, social, político ou cultural, inferindo as escolhas dos temas, gêneros discursivos e recursos expressivos dos autores. 6-Conhecer as funções da linguagem Com base em um texto, analisar as funções da linguagem, identificar marcas de variantes lingüísticas de natureza sociocultural, regional, de registro ou de estilo, e explorar as relações entre as linguagens coloquial e formal. 7-Entender as transformações de energia Identificar e caracterizar a conservação e as transformações de energia em diferentes processos de sua geração e uso social, e comparar diferentes recursos e opções energéticas. 8-Compreender o ambiente Analisar criticamente, de forma qualitativa ou quantitativa, as implicações ambientais, sociais e econômicas dos processos de utilização dos recursos naturais, materiais ou energéticos. 9-Entender a importância da água Compreender o significado e a importância da água e de seu ciclo para a manutenção da vida, em sua relação com as condições socioambientais, sabendo quantificar variações de temperatura e mudanças de fase em processos naturais e de intervenção humana. 10-Entender as transformações biológicas e geológicas no tempo Utilizar e interpretar diferentes escalas de tempo para situar e descrever transformações na atmosfera, biosfera, hidrosfera e litosfera, origem e evolução da vida, variações populacionais e modificações no espaço geográfico. 11-Identificar padrões nos seres vivos Diante da diversidade da vida, analisar, do ponto de vista biológico, físico ou químico, padrões comuns nas estruturas e nos processos que garantem a continuidade e a evolução dos seres vivos. 12-Interpretar indicadores de saúde Analisar fatores socioeconômicos e ambientais associados ao desenvolvimento, às condições de vida e saúde de populações humanas, por meio da interpretação de diferentes indicadores. 13-Valorizar a biodiversidade Compreender o caráter sistêmico do planeta e reconhecer a importância da biodiversidade para a preservação da vida, relacionando condições do meio e intervenção humana. 14-Conhecer formas geométricas Diante da diversidade de formas geométricas planas e espaciais, presentes na natureza ou imaginadas, caracterizá-las por meio de propriedades, relacionar seus elementos, calcular comprimentos, áreas ou volumes e utilizar o conhecimento geométrico para leitura, compreensão e ação sobre a realidade. 15-Calcular probabilidades Reconhecer o caráter aleatório de fenômenos naturais ou não e utilizar, em situações-problema, processos de contagem, representação de freqüências relativas, construção de espaços amostrais, distribuição e cálculo de probabilidades. 16-Conhecer as formas de poluição Analisar, de forma qualitativa ou quantitativa, situações-problema referentes a perturbações ambientais, identificando fonte, transporte e destino dos poluentes, reconhecendo suas transformações; prever efeitos nos ecossistemas e no sistema produtivo e propor formas de intervenção para reduzir e controlar os efeitos da poluição ambiental. 17-Entender processos industriais Na obtenção e produção de materiais e de insumos energéticos, identificar etapas, calcular rendimentos, taxas e índices, e analisar implicações sociais, econômicas e ambientais. 18-Entender a diversidade cultural Valorizar a diversidade dos patrimônios etnoculturais e artísticos, identificando-os em suas manifestações e representações em diferentes sociedades, épocas e lugares. 19-Confrontar diferentes pontos de vista Confrontar interpretações diversas de situações ou fatos de natureza histórico-geográfica, técnico-científica, artístico-cultural ou do cotidiano, comparando diferentes pontos de vista, identificando os pressupostos de cada interpretação e analisando a validade dos argumentos utilizados. 20-Comparar processos Comparar processos de formação socioeconômica, relacionando-os com seu contexto histórico e geográfico. 21-Compreender fatos histórico-geográficos Dado um conjunto de informações sobre uma realidade histórico-geográfica, contextualizar e ordenar os eventos registrados, compreendendo a importância dos fatores sociais, econômicos, políticos e/ou culturais. 14 R e v i s ta d o E N E M R e v i s ta d o E N E M

9 DISTRIBUIÇÃO DE LIVROS Ações do mec para o ensino médio professores vão receber orientações Curriculares Contribuir para o diálogo entre professor e escola sobre a prática docente. Esse é o principal objetivo da coleção Orientações Curriculares para o Ensino Médio (3 volumes), que chegará a todos os professores desse nível na rede pública ainda este semestre. O MEC mandou confeccionar uma nova tiragem do material, com 200 mil exemplares de cada um dos três livros: Linguagem, Código e suas Tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias; e Ciências Humanas e suas Tecnologias. O Ministério enviou a coleção, no final do ano passado, às escolas públicas de nível médio do Brasil e às secretarias estaduais de educação. Contudo, a tiragem inicial de exemplares não foi suficiente para atender à demanda. Os livros, nas cores azul, verde e laranja, trazem um conjunto de reflexões para alimentar a prática docente. Os fascículos envolvem componentes curriculares, sugestões de metodologia e temas relevantes para o ensino. Apresentam diferentes áreas do conhecimento de forma contextualizada. Desde conhecimentos de língua portuguesa, literatura, espanhol e educação física a filosofia, biologia e matemática, por exemplo. Pensar a escola, a partir de sua realidade, privilegiando o trabalho coletivo é também objetivo da coleção. As Orientações Curriculares para o Ensino Médio foram elaboradas a partir de ampla discussão com equipes técnicas das secretarias estaduais de educação, professores, especialistas do MEC e de universidades, em seminários regionais e nacionais. Agora, depois da coleção entregue, o MEC está subsidiando seminários nos estados para aprofundar o debate com os professores. Bahia, Rio Grande do Norte, Amapá, Mato Grosso e Paraíba já realizaram os encontros. Para 2007, estão planejados nos estados do Espírito Santo, Amazonas, Rio de Janeiro e Goiás. Pela primeira vez na história do livro didático do País, estudantes e professores de todas as séries do ensino médio da rede pública vão receber livros de história e química distribuídos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC). Em junho, o catálogo impresso com a resenha desses livros será entregue às escolas. A escolha será feita pela internet, no sítio do MEC. A distribuição será feita em 2008 quando, além dos cerca de 7,2 milhões de livros de história e de química, serão repostos 2,3 milhões de livros de português, matemática e biologia. Ainda em 2008, o FNDE vai adquirir e distribuir todos os manuais do professor de geografia e física aprovados pelo MEC para escolas do ensino médio. São 17 mil exemplares de cada um dos 14 títulos de geografia e seis títulos de física. A decisão permitirá que os professores tenham maior contato com diversos títulos de livros de uma mesma disciplina e apoio para prepararem aulas. No ano seguinte, 2009, todos os alunos receberão os livros de geografia e física, completando o ciclo do programa. alunos receberão livros de história e química Universalização Implantado em 2004, o Programa Nacional do Livro Didático do Ensino Médio (PNLEM) atendeu, no ano seguinte, 1,3 milhão de alunos da primeira série do ensino médio de escolas das regiões Norte e Nordeste. Em 2006, o programa universalizou a distribuição de livros didáticos de português e matemática para alunos das três séries do nível médio de 13,2 mil escolas do País, beneficiando 7,2 milhões de alunos, com exceção dos estudantes das redes estaduais de Minas Gerais e Paraná, onde as secretarias de educação desenvolvem programas próprios. Ainda em 2006, professores de espanhol ganharam uma gramática e um livro daquela língua. E este ano, pela primeira vez, o PNLEM distribuiu livros de biologia para alunos e professores do ensino médio das escolas públicas. Depois da distribuição de livros de história, começará em 2008 a escolha dos livros didáticos das demais disciplinas para o ensino médio. Cada professor da rede pública receberá uma coleção das Orientações Curriculares A íntegra da coleção pode ser vista no sítio Já foi universalizada a distribuição de livros didáticos de português e matemática para o ensino médio 16 R e v i s ta d o E N E M R e v i s ta d o E N E M

10 CAPACITAÇÃO malícias e estratégias A procura pelo ENEM se reflete na organização pedagógica dos cursinhos e séries finais do ensino médio a crescente procura pelo Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) se reflete na organização pedagógica de cursinhos e séries finais do ensino médio em algumas escolas do País. No pré-vestibular ALUB, em Brasília, os estudantes do cursinho e de escolas públicas do Distrito Federal estão sendo beneficiados. Segundo a gerente pedagógica do curso, Silvane Friebel, professores da instituição estão fazendo palestras em várias escolas da cidade para conscientizar alunos e educadores sobre a importância do ENEM como mais uma oportunidade de ingresso no ensino superior. Falamos para os alunos não perderem a oportunidade que o ENEM oferece de entrar na universidade, através do ProUni ou pelo processo de seleção de algumas universidades federais, diz. Instituições de ensino preparam alunos para o ENEM Cursinhos estão oferecendo aulas para resolver provas antigas do ENEM As provas do ENEM apresentam uma visão global dos conteúdos Falamos para os alunos não perderem a oportunidade que o ENEM oferece Para os candidatos do pré-vestibular, o ALUB oferece aulas para resolver e discutir provas antigas do ENEM. Além disso, disponibiliza na sua página eletrônica algumas edições do ENEM, com questões gabaritadas e comentadas. As provas do ENEM são parecidas com as da Universidade de Brasília (UnB), porque apresentam interdisciplinaridade e uma visão global dos conteúdos, analisa Friebel. Criado há sete anos, o ALUB tem hoje mais de seis mil alunos. Na rede de cursinhos pré-vestibular comunitários Educafro (Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes), especialistas em educação estão apresentando aos professores do curso as estratégias do ENEM como instrumento de acesso ao ensino superior. De acordo com o diretor executivo da entidade, Frei David, os educadores aprendem o mecanismo de avaliação adotado no ENEM para repassá-lo aos alunos, de forma que eles fiquem mais preparados para fazer o exame. Mostramos aos professores as malícias e estratégias do ENEM para que eles repassem esses segredos aos candidatos, explica. A Educafro é uma rede de pré-vestibulares que atende atualmente estudantes carentes de São Paulo. Na avaliação de Frei David, o ENEM é uma excelente oportunidade de ingresso na universidade quando avalia a capacidade do aluno, e não apenas seu conhecimento. Em Curitiba, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Educação Dom Bosco vai realizar até julho um fórum de debates sobre a filosofia de trabalho do ENEM com professores de todas as escolas do município. Segundo a supervisora científica do órgão, Nair Lobo Pacheco, o encontro vai reunir especialistas em educação para apresentar aos educadores como funciona o processo de seleção proposto pelo ENEM. A idéia é que os professores aprendam o funcionamento do ENEM para trabalhar essa questão em sala de aula com os alunos, adianta. A rede Dom Bosco atua em Curitiba com três colégios, uma faculdade e um cursinho pré-vestibular. 18 R e v i s ta d o E N E M R e v i s ta d o E N E M

11 PREPARAÇÃO RECONSTRUINDO Cursinhos comunitários preparam estudantes pobres O Os cursinhos comunitários pré-vestibular, que existem desde 1987 e hoje somam cerca de 2,2 mil iniciativas em todo o País, incluíram a preparação para o ENEM entre seus objetivos. Antes da criação do ProUni, em 2005, a grande preocupação desses cursinhos era garantir que seus alunos, provenientes de escolas públicas, fossem aprovados nos vestibulares das universidades públicas. Mas a exigência de uma nota mínima do ENEM como critério para concorrer às bolsas do ensino superior redirecionou a preparação. Instituição civil ligada ao Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras), que milita pela inclusão de negros no ensino superior, a Educafro inaugurou seu primeiro cursinho em Hoje, são 255 cursinhos preparatórios nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal, atendendo mais de 15 mil alunos pobres e negros. Segundo Frei David Raimundo dos Santos, o pioneirismo da Educafro foi voltar-se radicalmente aos pobres, onde a contribuição de cada aluno é estabelecida entre R$ 7,00 e R$ 17,5 (respectivamente 2% e 5% do salário mínimo). Esses recursos financiam despesas com água, luz e passagem para os professores, que atuam como voluntários. A preparação dos alunos da Educafro nos 184 cursinhos do estado de São Paulo para o ENEM inclui, além das disciplinas de Português, Física, Química e Matemática do pré-vestibular, debates relacionando SONHOS os conteúdos do ensino médio com a vivência dos alunos, trabalhos de campo e discussão sobre direitos humanos. Os alunos passam por uma formação intensiva onde aprendem sobre o histórico do exame, discutem educação transversal, fazem provas e simulados, discutem estratégias e diferença entre memorização e capacidade. Para Frei David, as três primeiras edições do ENEM valorizaram a experiência de vida dos participantes o que faz diferença no acesso dos pobres ao ensino superior porque avaliaram sua capacidade, e não apenas o conhecimento. Somos radicalmente contra métodos que gravam conhecimento, porque estão ligados ao poder econômico e são fontes de grandes distorções. Ele considera como o grande erro da maioria das universidades públicas a medição do conhecimento nos seus processos de seleção, o que exclui os pobres. O ideal, para ele, seria que as universidades públicas adotassem o ENEM como primeiro método de seleção. A dupla ENEM e ProUni está reconstituindo sonhos, afirma Frei David. Sua expectativa de que a criação do programa de bolsas integrais e parciais para universidades particulares celebraria o fim dos cursinhos pré-vestibular comunitários não se confirmou. Acontece o contrário: alunos que terminaram o ensino médio há muitos anos querem se preparar para o ENEM e iniciar um curso superior. A caminho da educação superior Desde fevereiro de 2007, Taís Silva de Sousa, 18 anos, estuda no cursinho pré-vestibular da Educafro do núcleo Palmeiras, no município de Suzano, Grande São Paulo. Ela diz que muitos conteúdos escolares estão sendo vistos por ela pela primeira vez no pré-vestibular. Sem o cursinho da Educafro, eu não teria como me preparar para o ENEM, pois meus pais não teriam como pagar um privado, diz Taís. O ENEM vai abrir muitas portas para mim, diz ela, que quer cursar universidade pública, mas ainda não definiu qual curso. Para Frei David, a vantagem do ENEM é que ele valoriza a experiência de vida do participante Há, hoje, no Brasil, cerca de cursinhos comunitários De auxiliar de enfermagem a enfermeira Magnólia Dias Cardoso, 29 anos, natural do Vale do Jequitinhonha/MG, é aluna do curso de Enfermagem de uma instituição de ensino privada na capital de São Paulo, desde Terminou o ensino médio em 1997 e fez um curso de auxiliar de enfermagem. Somente em 2003 fez o prévestibular da Educafro em Belo Horizonte/MG e, aos 24 anos de idade, fez a prova do ENEM em 2004: Foi meio complicada, a prova tinha muitos gráficos, o que me salvou foi a redação. Sua média foi de 47 pontos, o suficiente para conseguir uma bolsa do ProUni para o curso que havia escolhido. Na época do cursinho, trabalhava de dia e estudava à noite. A Educafro foi o ponto-chave para seu bom desempenho na prova do ENEM: Estávamos nos preparando para faculdades públicas e privadas. A estudante de enfermagem não mede esforços para estudar e trabalhar, mesmo morando longe da faculdade. Como todos os bolsistas do ProUni, precisa ter um aproveitamento alto nos estudos para manter a bolsa. Todo mundo está fazendo o ENEM, é a oportunidade para o pobre entrar na faculdade, diz Magnólia. Sobre seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), a estudante diz que seu objetivo é trabalhar na periferia, em Unidades Básicas de Saúde. Graças ao ENEM e ao ProUni, ela está quase atingindo seu objetivo. Magnólia se forma em Todo mundo está fazendo o ENEM. É a oportunidade para o pobre entrar na faculdade Com o diploma na mão O ENEM é um avião que faz a gente viajar, diz Solange Campos, hoje com 47 anos, trabalhando em São Paulo numa grande rede de hotéis após se formar no curso superior de Gastronomia como bolsista do ProUni. Só fui efetivada porque tenho diploma, afirma com um sorriso de satisfação, dentro da cozinha do Novotel de Santana, Zona Norte da capital. Ela trabalha na parte de garde manger, ou preparação de saladas, canapés e frios. Olha onde eu estava e onde eu estou, como a gente cresce! Numa idade de difícil inserção no mercado de trabalho, Solange apostou nos estudos e conquistou seu espaço. Seus pais cursaram apenas até o segundo ano do ensino fundamental; de seus nove irmãos, ela é a única com nível superior. Solange freqüentou o cursinho pré-vestibular da Educafro no Jaçanã, Zona Norte da capital, e resolveu prestar o ENEM para testar seu nível de conhecimento. Já contava 44 anos de idade. Tirei uma média razoável 53 e aos 45 anos eu estava na faculdade. Hoje, três de seus quatro filhos, que também passaram pelo cursinho pré-vestibular, estão cursando uma faculdade: Administração, Engenharia Mecânica e Educação Física. Sem estudo, a gente não vai a lugar nenhum, afirma Solange, que não se cansa de divulgar o ENEM e o ProUni para colegas e conhecidos. Hoje ela estuda inglês e planeja conhecer o Novotel da África do Sul. 20 R e v i s ta d o E N E M R e v i s ta d o E N E M

12 PERFIL DO PARTICIPANTE O perfil de quem fez o ENEM 2006 revela o esforço na trajetória da escolarização básica Concluir o Ensino Médio é uma vitória Uma odisséia de muitos Ulisses Se o ENEM 2006 tivesse um rosto, ele seria o de uma mulher jovem, solteira, sem filhos, que trabalha desde a adolescência, tem pais menos instruídos que ela, não tem automóvel ou computador em casa. Mas a maior de todas as edições do Exame Nacional do Ensino Médio não tem um único semblante. Sua cara tem a soma dos 2,7 milhões de sonhos daqueles que cruzaram com dificuldade a linha de chegada dos onze anos da educação básica e, com o certificado do ensino médio na mão, sonham ir além. Universo O ENEM 2006 registrou um total de inscritos. Compareceram à prova, de acordo com as empresas aplicadoras, estudantes. Destes, 87,24% entregaram o questionário socioeconômico, totalizando respostas. Dos quase 128 milhões de brasileiros com 17 anos ou mais, passa de 86 milhões os que não concluíram o ensino médio. Concluir o ensino médio já é uma vitória conquistada pelos participantes do ENEM 2006, e com esforço: eles são jovens, do ensino público em esmagadora maioria, baixa renda familiar. Ultrapassaram as muitas pedras no meio do caminho narrado por Carlos Drummond de Andrade. Muitos já haviam deixado os bancos escolares em anos anteriores. Começaram a trabalhar cedo, boa parte ainda antes dos 14 anos. Formam uma legião de peregrinos que conseguiram chegar ao topo dos 32% de brasileiros de mesma faixa etária e em mesma condição escolar. Completaram uma odisséia que os levou muito além do que os pais jamais foram e a maioria deles sem repetir um único ano sequer. Fotografia 3X4 62,66% dos participantes do ENEM 2006 são mulheres 85,23% são solteiros 84,22% não têm filhos 43,07% se declararam de cor branca 39,90% se declararam de cor parda 12,56% se declararam negros 3,48% se declararam amarelos 0,99% se declarou indígena 51,51% têm até 19 anos 29,36% têm 26 anos ou mais 82,84% declararam ter cursado ou estar cursando o ensino médio somente em escola pública No meio do caminho tinha uma pedra Ainda que os participantes sejam predominantemente adolescentes, entre eles há mais de 700 mil pessoas acima dos 26 anos, muitos que já haviam completado o ensino médio antes e compraram o desafio de encarar novamente uma prova. Aliás, os participantes já egressos do ensino médio superam os concluintes, representando 52,14% do universo total de participantes. Pouco mais da metade declarou ter até 19 anos e, entre os concluintes e os já formados, mais de 80% cursou todo o ensino médio na rede pública. ENEM para quê 71,37% dos participantes declararam ter feito o ENEM para entrar na faculdade ou conseguir pontos para o vestibular 17,94% para testar conhecimentos e capacidade de raciocínio 10,25% para conseguir um emprego ou saber se estão preparados para o mundo do trabalho 0,44% não sabia Em 2004, o motivo mais apontado era testar conhecimentos e capacidade de raciocínio (44,68%), seguido por entrar na faculdade (42,73%). Em 2005 o principal motivo já era entrar na faculdade, apontado por uma maioria absoluta de 67,05% Os participantes do ENEM são, na maioria, adolescentes A baixa renda na família é outra pedra ultrapassada no decorrer dos estudos, até chegar ao ENEM. Quase 40 mil avaliados declararam não ter renda familiar nenhuma (1,59%), e praticamente 400 mil (16,08%) afirmaram viver em famílias cuja renda mensal não ultrapassa 360 reais. A faixa de renda familiar mais freqüente é a de um a dois salários mínimos (declarada por 37,58%), seguida pela faixa que vai de dois a cinco mínimos (31,26%). Acima de 10 salários mínimos estão apenas 4,74% dos casos, sendo que poucos 0,33% têm renda superior a 50 salários. Trabalho e esforço Mais de 60% dos jovens que fizeram o ENEM 2006 declararam trabalhar ou já ter trabalhado e, entre os que trabalharam durante o ensino médio, a idade de início da atividade remunerada foi igual ou inferior a 16 anos para 62,83%. Outros 18,58% informaram nunca ter trabalhado, mas procuram emprego. As estatísticas ainda apontam os mais de 380 mil participantes que começaram a exercer atividade remunerada antes dos 14 anos. Mesmo com cada pedra no caminho, a maioria dos jovens do ENEM 2006 (72,60%) levou oito anos ou menos para concluir o ensino fundamental, ou seja, nunca repetiu de ano no decorrer da 1ª à 8ª série. Em relação ao ensino médio, 84,88% dos jovens declararam que nunca foram reprovados. Pais e filhos Do universo de participantes, mais de 2,2 milhões (93,66%) já ultrapassaram a escolaridade de seus pais e mães. Somente 16,3% dos pais conseguiram chegar à meta atingida pelos filhos, a do ensino médio concluído. Outros 5,85% dos pais foram além, completando algum curso superior, e 1,81% fez pós-graduação. Boa parte dos pais conseguiu ir apenas até a 4ª série do ensino fundamental (35,08%), ou no máximo chegar à 8ª (16,13%). A condição de pai sem qualquer estudo foi apontada por 9,10% dos estudantes. A situação das mães é praticamente a mesma. Os dados revelam ainda que a maior parte dos participantes do ENEM 2006 (24,87%) é de filhos de pais comerciários, bancários, profissionais da área de transportes ou outros serviços. Há também significativos 21,55% que contaram ter pais trabalhando na agricultura, campo, fazenda ou pesca. Em relação às mães, a maior parte delas trabalha em atividades no lar (27,69%), seguida pelas que trabalham como domésticas (15,94%). Registra-se, também, que 7,03% das mães não trabalham. 22 R e v i s ta d o E N E M R e v i s ta d o E N E M

13 Muito mais do que os pais conseguiram 9,10% dos participantes afirmaram que o pai não estudou 35,08% afirmaram que o pai estudou da 1ª à 4ª série do ensino fundamental 16,13% afirmaram que o pai estudou da 5ª à 8ª série do ensino fundamental 5,43% afirmaram que o pai tem o ensino médio incompleto 16,13% afirmaram que o pai tem até o ensino médio completo 2,71% afirmaram que o pai tem ensino superior incompleto 5,85% afirmaram que o pai tem ensino superior completo 1,81% afirmou que o pai tem pós-graduação 7,76% não souberam informar Muito além da maioria Entre os vitoriosos e à margem da maioria, através do ENEM também podemos ver os rostos de quem cumpriu a mesma trajetória com esforço ainda maior. Das estatísticas de quem fez a maior prova do País aparece, insistente, gente que encontrou pelo caminho muito mais pedras que flores. PERFIL DO PARTICIPANTE Mais de 60% dos participantes do ENEM trabalham ou já trabalharam Mais de 70% dos jovens que fizeram o ENEM 2006 tiveram, como principal motivação, a conquista de uma vaga em curso superior. Menos de 6% dos pais concluíram uma faculdade BOM DESEMpENHO RECEITA DO SUCESSO Pesquisas mostram que dedicação de alunos e professores faz a diferença A divulgação dos resultados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) apontou escolas públicas com bom desempenho. Ao lado do já esperado sucesso das escolas técnicas e militares que fazem seleção para ingresso e, com isso, garantem os melhores alunos o resultado do ENEM 2006 apresentou surpresas, entre elas, uma escola rural. A escola rural Frida Reckziegel, localizada no município de Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul, obteve o oitavo melhor desempenho entre as escolas públicas nacionais. A vice-diretora da escola, Maria Angélica Scherer, salienta que, apesar das dificuldades enfrentadas por alunos de escola rural, o papel do professor e do aluno no processo de aprendizagem é fator preponderante nos bons resultados do processo educativo. E os alunos, ali, se dedicaram muito. Na análise de Maria Angélica, o fato de serem, em sua maioria, filhos de agricultores e terem visto na escola a oportunidade de cursarem o ensino médio na própria região, sem precisar se deslocar para os grandes centros, justificam sua dedicação. Outro fator determinante é que esta foi a primeira turma reduzida, com apenas 15 alunos, o que aumentou a atenção dos professores e o atendimento individualizado, completou Maria Angélica. Não pode ser desprezado ainda o fato de a região Sul servir de modelo para outras regiões brasileiras no quesito Educação. Sem repetência 72,60% declararam nunca ter repetido ano no ensino fundamental, e 84,88% afirmaram não ter repetido nenhuma série do ensino médio 15,06% repetiram um ano no ensino fundamental, e 10,52% foram reprovados uma única vez no ensino médio 5,70% disseram ter repetido duas séries no ensino fundamental, e 2,18% foram reprovados duas vezes no ensino médio 2,80% repetiram três anos no ensino fundamental, e 0,74% no ensino médio 3,04% repetiram mais que três séries do ensino fundamental, e 1,69% no ensino médio São quase 550 mil os participantes que moram em casas localizadas em ruas não asfaltadas (22,6% dos participantes), mais de 283 mil que não têm rádio em casa (11,69%) e quase 100 mil sem geladeira (4,05%). Nas cadeiras da prova do ENEM 2006 estiveram também quase 96 mil jovens sem água encanada (3,95% do total) e mais de 35 mil sem acesso à luz elétrica (1,45%). Outros quase 58 mil (2,38%) não tinham em casa o bem de consumo que é paixão nacional: a televisão. Extracurricular Foi perguntado aos participantes sobre a realização de atividades ou cursos (língua estrangeira, computação ou informática, preparatório para o vestibular, artes plásticas, esportes, outros) fora da escola durante o ensino médio. Em geral, os participantes informaram não para as diferentes opções, à exceção do curso de computação ou informática, quando 56,98% responderam sim. Unidos ao time do ENEM 2006, esses estudantes dividem com todos os outros um objetivo bem claro: chegar ainda mais longe. Mais de 70% de todos os participantes declararam ter feito o ENEM para conseguir entrar na faculdade, enquanto menos de 18% deram como motivo a oportunidade de testar conhecimentos e 10% quiseram saber se estão preparados para o mundo do trabalho. E quem conseguiu seguir caminho com tanta pedra só poderia mesmo saber muito bem o que quer: apenas 0,44% dos mais de 2,7 milhões que fizeram o ENEM declarou ter feito a prova sem saber por qual motivo. Bens de consumo 71,98% dos participantes não têm acesso à internet em casa 65,91% não têm computador em casa 61,28% não têm automóvel em casa 41,37% não têm máquina de lavar 35,10% não têm telefone fixo 34,97% não têm TV ou DVD Fonte: A base para traçar o perfil dos participantes do ENEM 2006 é o questionário socioeconômico que eles respondem, com 223 perguntas sobre seus interesses, família, trabalho e estudos. Os dados sobre escolaridade da população brasileira são da Pnad/IBGE, de Odisséia é um poema atribuído ao grego Homero e data provavelmente do século VIII a.c. A obra narra as viagens e aventuras do herói Ulisses, dez anos depois de lutar na Guerra de Tróia. A primeira fase traz os acontecimentos que afastam o herói de casa, forçado pelas dificuldades criadas pelo deus Poseidon, para depois retornar vitorioso ao lar sob a proteção da deusa Atena. Ulisses é um dos heróis favoritos de Homero e aparece como um homem perspicaz, bom conselheiro e bravo guerreiro. É um vitorioso, como o jovem brasileiro que, apesar de todas as adversidades, conclui o ensino médio. Atenção do professor e atendimento individualizado são apontados como fator de melhoria É CAMPEÃO! Raphael Rodrigues Mata, 18 anos, estudou no Colégio Militar de Salvador (BA). Obteve nota máxima na redação e sua média final foi de 96,03 pontos. Agora é estudante do ITA Instituto Tecnológico da Aeronáutica. Eu atribuo o bom resultado ao ensino do colégio, somado ao meu próprio esforço. Não basta ter boas condições de estudo, é preciso ir além para ter as melhores notas. Minha rotina de estudos foi normal. Acompanhava as aulas regulares e, depois, estudava o conteúdo. Não aprendi sozinho, claro, a escola deu uma boa base. Os professores deram o primeiro passo e eu continuei o que eles começaram. 24 R e v i s ta d o E N E M R e v i s ta d o E N E M

14 recomeço E eu dizia: AINDA É CEDO Participantes com mais de 30 anos enfrentam as provas evolução Alternativa de acesso à Educação Superior Quem defende um novo projeto para a universidade considera o ENEM bom instrumento Eles estão cada vez mais presentes no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). A maioria já tem mais de 30 anos de idade, tendo concluído esse nível de ensino há mais tempo. O que eles têm em comum? A certeza de que nunca é tarde para testar os conhecimentos escolares, começar um novo curso superior e, assim, iniciar uma nova etapa em suas vidas acadêmicas e profissionais. Eles são os egressos do ensino médio que, a cada ano, aumentam as estatísticas de participação no ENEM. Em 2006, por exemplo, de acordo com o questionário socioeconômico respondido pelos participantes, 29,36% deles tinham mais de 26 anos. É o caso de Álvaro César Giansanti, 48 anos, que concluiu o ensino médio em 1975 (nível educacional que, na época, era chamado de 2º grau ou colegial), tendo estudado sempre em escolas públicas. Cursou a faculdade de História, na Universidade de São Paulo USP, e Pedagogia, em escolas particulares. O último curso formal especialização em Educação foi concluído em 2001, também na USP. Giansanti lembra que começou a trabalhar como professor de História ainda em 1984 e, desde então, só esteve fora de sala de aula por dois anos. Hoje ocupa o cargo de diretor do Colégio Fecap, em São Paulo. Ele lembra que um dos motivos que o levaram a participar do ENEM 2006 foi por considerar o Exame um meio de conhecer mais detalhadamente as necessidades dos estudantes. Além disso, eu desejava avaliar se estava atualizado em relação às habilidades e competências avaliadas pelo ENEM, para poder trabalhá-las melhor junto aos meus alunos, complementa. O bom desempenho contribuiu para a volta de Giansanti à faculdade, onde desde 2001 participava apenas de cursos rápidos de especialização. Graças ao resultado que obtive no ENEM 2006, fui aprovado no vestibular da Universidade de São Paulo USP, na faculdade de Direito, onde ingressei este ano, conta. Nunca é tarde para testar os conhecimentos escolares, começar um novo curso superior e iniciar uma nova etapa O interesse em um novo curso superior também foi o motivo pelo qual o dentista Daniel Villela Gorga, 32 anos, resolveu participar do ENEM Ele é formado em Odontologia pela Universidade de São Paulo (USP), desde 1997, especialista em Ortodontia pela Sociedade Paulista de Ortodontia (SPO) e em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela FUNDECTO (USP). Gorga, que também é professor convidado do curso de especialização de ortodontia da SPO, pretende prestar vestibular no final de 2007 e decidiu fazer o ENEM para somar pontos. Ele já realizou o Exame outras duas vezes. Para se preparar para o ENEM 2006, baseou-se na leitura de revistas e jornais, além de assistir aos noticiários de televisão para se manter atualizado. Um dos motivos que levaram Luiz Paulo Serrano, de 50 anos, a realizar o ENEM 2006 foi sua filha, de 17 anos, que iniciava o 3º ano do ensino médio no Colégio Marista em Vila Velha (ES) e pretendia entrar para UFES (1ª opção) ou UFV (2ª opção) em Engenharia Ambiental. A nota do exame do ENEM ajuda na pontuação geral dos vestibulares para os quais ela estava se preparando e nós iniciamos os estudos juntos, lembra. Ele conta que acabou decidindo fazer também o vestibular da UFES para Ciência da Computação. Luiz Paulo formou-se em Engenharia Química pela UFRJ no final de A participação dos egressos é aplaudida por quem é concluinte do ensino médio. É o caso de Tuany Oguro Tabosa, 17 anos, que também participou do ENEM 2006, só que como concluinte. Para os egressos do ensino médio, o ENEM é um exame que ajuda aqueles que querem entrar em boas faculdades, tanto por acréscimo de notas, como por projetos governamentais, como o ProUni, diz. Ela considera o exame também um instrumento de auto-avaliação, que mostra como o participante está em relação a outras pessoas que têm a mesma escolaridade. Transformar o ENEM no principal instrumento de avaliação para a entrada na universidade. A proposta é defendida pelo reitor Naomar Monteiro de Almeida Filho, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), mas dentro de um projeto maior: a criação da Universidade Nova, onde o aluno primeiro faz um bacharelado interdisciplinar, com aprendizagem nas grandes áreas do conhecimento, durante três anos, e que vale como pré-graduação. O ENEM tem um perfil que identifica potencial, talento, capacidade interpretativa, competência, habilidade, muito mais do que memorização, do que informação acumulada, diz a minuta do anteprojeto da Universidade Nova, que tem a adesão de 17 universidades federais. O documento explica que, para entrar no bacharelado interdisciplinar, o aluno precisa ser inteligente, competente, estudioso, capaz de se expressar e de se formar no âmbito da cultura universitária. O reitor Naomar Monteiro lembra que o ENEM é um exame nacional. Não se baseia na memorização. Mede a potencialidade do candidato. Mas defende mudanças no exame. Precisa ganhar estabilidade e estar sob a coordenação técnica das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Na sua avaliação, o ENEM não tem um padrão temporário de comparação. A natureza, o grau de dificuldade, a própria concentração de temas de perguntas muda muito. Os reitores ligados à Universidade Nova querem ainda a volta do Conselho Técnico do ENEM (Cotenem), formado por representantes das universidades e responsável pela qualidade de conteúdo da seleção. Na opinião do presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Paulo Speller, reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o ENEM é importante instrumento de avaliação dentro de uma política que privilegia a avaliação nos vários níveis da educação básica. Tem relação direta com a aspiração dos jovens que querem entrar na universidade. Hoje, muitas universidades, como a UFMT, abrem possibilidade de melhoria da nota do candidato com pontuação do ENEM, observa. Paulo Speller destaca que a abrangência do exame é ampla e vem crescendo, sobretudo depois que ele se tornou gratuito. Quem faz hoje o ENEM? É quem quer ir para a universidade ou se auto-avaliar, observa. Paulo Speller comenta que usar o ENEM como forma de avaliação para o acesso ao ensino superior é uma possibilidade, mas diz que para isso são necessários ajustes. Entende como fundamental, por exemplo, a presença de representações das universidades no conselho do exame. A minuta do anteprojeto de criação da Universidade Nova, com comentários a respeito do uso do ENEM para o acesso ao ensino superior, está no sítio Naomar Monteiro, reitor da UFBA e idealizador da Universidade Nova Paulo Speller, reitor da UFMT e presidente da Andifes 26 R e v i s ta d o E N E M R e v i s ta d o E N E M

15 reserva de vagas Um bom exemplo Universidade de Vassouras reserva 30% das vagas para seleção pelo ENEM O tempo, no entanto, mostrou o acerto da experiência: os alunos que foram selecionados pelo ENEM têm tido desempenho superior aos demais. A próreitora de Desenvolvimento Institucional da Severino Sombra, Therezinha Coelho de Souza, reforça a defesa de sua colega pelo ENEM. A prova do ENEM é muito bem elaborada, afirma. A professora Iara Circe conseguiu convencer sua universidade a reservar vagas para acesso pelo ENEM Na Universidade Severino Sombra, a utilização das notas do ENEM funciona da seguinte maneira: 30% das vagas dos cursos mais concorridos Medicina, Enfermagem e Fisioterapia são reservadas para uso exclusivo do ENEM. Nos demais cursos, são reservadas 50% das vagas. Dois anos após a criação do ENEM, a professora Iara Circe Mana Coutinho, da Universidade Severino Sombra, de Vassouras (RJ), conseguiu vencer uma batalha titânica: sua proposta de reserva de 30% das vagas da Universidade para alunos selecionados pelo ENEM foi aprovada. Desde o ano 2000 é assim que estão sendo selecionados 30% dos estudantes da instituição. A reação da comunidade foi enorme, lembra a professora, sobretudo com relação ao curso de Medicina. De uma tacada só, 24 vagas para o curso mais concorrido da instituição deixaram de ser preenchidas pelo sistema seletivo tradicional, o vestibular. O pessoal da Saúde brigou muito, dizendo que o ENEM não avalia. A seleção pelo ENEM é anterior ao vestibular. O aluno se inscreve para essa primeira seleção e, não sendo aprovado por esse sistema, automaticamente está inscrito para o processo seletivo tradicional. Dessa forma, o aluno concorre duas vezes, pagando uma única taxa. Para concorrer às vagas reservadas, no entanto, o estudante terá que ter aproveitamento, no ENEM, superior a 70% o ponto de corte este ano foi de 88,92. A nota utilizada é a média aritmética entre prova objetiva e redação. Desde o início deste ano, a instituição conta com outros 79 alunos selecionados pelo ENEM: são os beneficiários do ProUni, que têm bolsa total ou parcial. 28 R e v i s ta d o E N E M R e v i s ta d o E N E M

16 inclusão Quilombolas A possibilidade de realizar o sonho de ter acesso ao ensino superior. É dessa forma que o diretor da Escola Estadual Pilar de Goiás, João Machado de Azevedo, descreve a expectativa dos seus quarenta alunos quilombolas que vão participar do Enem A escola, localizada no município de Pilar de Goiás (GO), não desenvolve nenhuma atividade especial para a prova. Preparamos nossos alunos para o mercado. Preparamos para continuarem sua caminhada. E as avaliações fazem parte desse processo, por isso não há preparação especial, disse. Azevedo enfatizou ainda que o desempenho dos alunos no ENEM é satisfatório e muitos são aprovados em vestibular e em concursos públicos. O município de Pilar de Goiás tem 3 mil habitantes e está a 360 km da capital federal. Já a Escola Estadual Antônio Delfino Pereira, localizada em Campo Grande (MS), realizou, no ano passado, a pedido dos alunos, um curso preparatório para o ENEM. Nas aulas, que aconteciam aos sábados, os alunos tinham a oportunidade de tirar dúvidas e melhorar o seu desempenho na prova. Marinete Nogueira da Silva Terra, diretora da escola há dois anos, não sabe ainda se este ano haverá reforço. Vai depender dos alunos, disse. Mas, para ela, os alunos, em especial os da classe de Educação de Jovens e Adultos (EJA), estão com desempenho bem abaixo da média. A professora de matemática disse que os alunos vão precisar de uma recuperação de aprendizagem, revelou. Na escola de Marinete são 154 alunos matriculados no ensino médio, 22 no ensino regular e 132 na EJA. Esses são alguns dos exemplos de escolas quilombolas que participarão, este ano, da avaliação do ensino médio realizada pelo Ministério da Educação. São escolas que funcionam em áreas remanescentes de quilombo. Termo este explicado pela Associação Brasileira de Antropologia como grupos que desenvolveram práticas de resistência na manutenção e reprodução de seus modos de vida característicos num determinado lugar. O Centro de Geografia e Cartografia Aplicada da Universidade de Brasília (UnB) identificou, em 2005, comunidades quilombolas espalhadas por todo o País, que vivem em regiões de difícil acesso e, em sua maioria, à margem de qualquer apoio ou proteção governamental. Segundo o Censo Escolar de 2006, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), são 19 escolas quilombolas com ensino médio, distribuídas em nove estados do país: Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Sergipe e São Paulo. Portas abertas O ENEM é aplicado em todas as escolas indígenas de nível médio Indígenas A ampliação da oferta de ensino médio para a população indígena e a aplicação democrática do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) fornecem a essa parcela da população a oportunidade de mensurar a qualidade da educação básica que recebem e aumentar as chances de acesso ao ensino superior e aos cursos profissionalizantes pós-médios. Cada vez mais, o Exame tem se tornado uma modalidade alternativa ou complementar aos processos seletivos de cursos de terceiro grau. A oferta de bolsas em instituições de ensino superior privadas pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) é outra porta de acesso ao diploma que tem o ENEM como chave. Para concorrer às bolsas do programa, dedicado a jovens de baixa renda provenientes da rede pública, é necessário ter nota mínima de 45 pontos no exame. O ENEM é aplicado em todas as escolas indígenas brasileiras de ensino médio da rede pública. Ao contrário das demais escolas dedicadas a esta etapa de ensino, em que o exame só é realizado naquelas com mais de mil alunos, a aplicação é regra para aqueles estabelecimentos voltados às comunidades remanescentes de quilombolas e indígenas. A ampliação do quantitativo de jovens indígenas que fazem a prova se dá por conta do forte crescimento da oferta de ensino médio às comunidades indígenas. Dados do Censo Escolar 2006, pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Anísio Teixeira (Inep/MEC), registram um aumento da ordem de 3 mil alunos nesta etapa de ensino em relação à estatística do ano anterior. De 2002 a 2006, o crescimento é ainda mais significativo: o número de escolas indígenas de ensino médio pulou de 18 para 100, de acordo com o Censo Escolar. O ENEM é novidade para os 19 formandos da primeira turma de 3 0 ano da Escola Estadual Indígena Guilhermina da Silva, que fica no município sulmato-grossense de Anastácio. De acordo com a diretora da escola, Sarita de Oliveira Andrade, o interesse dos garotos pelo exame é grande, e o maior atrativo é a utilização da nota como substituta do processo seletivo para os cursos de graduação nas universidades estadual e federal de Mato Grosso do Sul. Conquistar vagas do ProUni também é o foco de muitos alunos, na avaliação de Guilhermina. Ela conta que os professores procuram preparar os estudantes e trabalhar em sala de aula as questões de provas anteriores. Já a diretora da Escola Estadual Indígena Índio Ajuricaba, da capital de Roraima, Rosinéia Raposo Felipe, aponta um outro fator que desperta a vontade dos alunos em participar da avaliação, que é aferir a qualidade do ensino que receberam e o desejo de alcançar o diploma de terceiro grau. Para ela, o resultado do exame deveria ser cada vez mais utilizado como meio de acesso dos estudantes indígenas aos cursos de graduação. O secretário da Escola Estadual Indígena de Ensino Médio Integral Guateka - Marçal de Souza, em Dourados (MS), Daniel Barbosa, diz que no ano passado todos os concluintes do ensino médio de sua escola se inscreveram para realizar a prova. Segundo ele, a principal motivação dos alunos é chegar à faculdade. Mais uma vez, o programa de bolsas Prouni é um chamariz porque a renda da comunidade é muito baixa. A universidade estadual utiliza a nota do ENEM como um dos elementos classificatórios no processo seletivo, acrescenta Daniel. 30 R e v i s ta d o E N E M R e v i s ta d o E N E M

17 internautas Os enemzistas criaram 220 comunidades Ano que vem... Outra prova da ligação dos estudantes com a eficaz integração que o Orkut proporciona aos seus usuários são as manifestações para o ENEM Já existem quatro comunidades. Todas com a mesma intenção: estreitar a relação das pessoas com interesse em participar da prova que será só daqui a um ano. Lá, os participantes já debatem sobre redação, métodos de ensino e dúvidas sobre inscrições. O ENEM rompeu as barreiras das escolas e invadiu o maior site de relacionamento do mundo, o Orkut. Uma febre no Brasil, os internautas daqui representam a maioria dos usuários de toda a rede. Nada menos que 73,8% de todo o tráfego, ou seja, 23 milhões de brasileiros possuem perfis no Orkut. Em segundo lugar está a Índia, com 16,1%, e logo depois os Estados Unidos, com 2,7%, de acordo com os dados da Alexa Traffic Rankings. A composição do site é simples. O Orkut é formado por membros e comunidades como são chamados os grupos que reúnem pessoas com afinidades em comum. Mais de dois meses antes das inscrições do Exame serem abertas, já haviam sido criadas 15 comunidades, exclusivas, sobre o ENEM Juntas, elas concentram integrantes. Esse número deve aumentar com a proximidade das inscrições e, sobretudo, com a realização da prova, como ocorreu nos anos passados. Os orkuteiros até já inventaram um apelido para os participantes do Exame, são os enemzistas. O novo canal de comunicação escolhido pelos participantes do Exame se destaca pela interatividade direta que, aliada à rapidez e agilidade da internet, permite uma discussão aberta e ampla sobre o assunto. As dúvidas e os questionamentos são expostos para todos debaterem. Por meio do fórum espaço dentro da comunidade a que qualquer usuário tem acesso os integrantes conversam, trocam idéias, experiências e até pedem sugestões de materiais didáticos, como livros. Enfrentando o ENEM comunidades relacionadas ENEM 2007 Comunidade Indígena do ENEM ENEM 2007 vale Bolsa para PROUNI ENEM (OFICIAL) 2007 Ih, nem vem, foi graças ao ENEM comunidades No Orkut, qualquer usuário pode criar quantas comunidades desejar. Hoje são mais de 220 só sobre o ENEM. Por elas, estão cadastradas cerca de pessoas. O teor das comunidades varia. Vai desde o apoio e o incentivo à realização do exame até as comunidades que são caracterizadas pela irreverência, como a Fiz meu CPF por causa do ENEM, com membros. Portal ENEM Grupo de Estudo para o ENEM Nas comunidades do ENEM 2007, é feito um convite interessante. Os futuros participantes do Exame pedem a colaboração de todos, inclusive a dos professores, para que se otimizem os debates e a troca de conhecimentos. 32 R e v i s ta d o E N E M R e v i s ta d o E N E M

18

19 Calendário 14 de maio a 15 de junho: Inscrições Até 17 de agosto: Recebimento do cartão de confirmação de inscrição 26 de agosto: Realização da prova 2ª quinzena de novembro: Recebimento do Boletim Individual de Resultados

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