UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - UFSCar. AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO DA MORADIA ESTUDANTIL DA UFSCar COM ÊNFASE NA QUALIDADE CONSTRUTIVA

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1 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - UFSCar CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO DA MORADIA ESTUDANTIL DA UFSCar COM ÊNFASE NA QUALIDADE CONSTRUTIVA Fernando Amorim de Souza São Carlos, 2010

2 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - UFSCar CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO DA MORADIA ESTUDANTIL DA UFSCar COM ÊNFASE NA QUALIDADE CONSTRUTIVA Fernando Amorim de Souza Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Gestão Pública do Departamento de Engenharia de Produção da UFSCar, como requisito parcial para obtenção do Título de Especialista. São Carlos, 2010

3 3 FERNANDO AMORIM DE SOUZA AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO DA MORADIA ESTUDANTIL DA UFSCar COM ÊNFASE NA QUALIDADE CONSTRUTIVA Orientador Prof. Dr. Luiz Antonio Nigro Falcoski

4 4 DEDICATÓRIA Aos meus filhos Matheus e Mariana

5 5 AGRADECIMENTOS À Maria Sylvia Carvalho de Barros, esposa e companheira na vida, pelo apoio e incentivo para a realização do Curso e deste trabalho. Aos colegas Rogério Fortunato Jr., José Cláudio Ferreira, Henrique Affonso de André Sobrinho e Roseli Ap. Francisco Barbosa, pelo companheirismo e apoio durante a realização do Curso. Ao colega Alex Elias Carlino, pelo apoio e colaboração fundamentais para a realização deste trabalho. Aos professores do Curso de Especialização em Gestão Pública, por compartilharem seus conhecimentos e suas experiências, contribuindo para meu crescimento pessoal e profissional. A toda a equipe da SRH Secretaria de Recursos Humanos da UFSCar, por tornarem essa conquista possível. A toda a equipe do DeSS Departamento de Serviço Social/PROACE Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis pela colaboração fundamental para que esse trabalho pudesse se concretizar. A todos os alunos residentes na Moradia Estudantil da UFSCar que responderam o questionário e possibilitaram, com sua participação, que os resultados desse trabalho fossem alcançados. Ao Prof. Dr. Luiz Antonio Nigro Falcoski pela orientação para a realização desse trabalho.

6 6 RESUMO Realizou-se Avaliação Pós-Ocupação (APO) das Edificações que compõem a Moradia Estudantil da UFSCar. A Moradia viabiliza a permanência dos alunos na universidade pública, sendo, assim um instrumento de democratização do ensino superior público e gratuito e deve atender estudantes de diferentes origens, vindos de diversas regiões, com costumes variados e que têm necessidades específicas relacionadas às atividades características da vida universitária. A avaliação das edificações é necessária para garantia de qualidade de projetos e para a utilização adequada de recursos públicos em ações de interesse social. A APO permite avaliar a qualidade das edificações de diferentes pontos de vista e verificar o atendimento das necessidades e o nível de satisfação dos usuários, além da avaliação de desempenho físico das edificações. Foram entrevistados 93 alunos residentes da Moradia Estudantil da UFSCar, por meio de questionário em formulário eletrônico on line. Além dos aspectos sócio-econômicos dos respondentes, foram coletadas as opiniões dos moradores em relação à infraestrutura, superestrutura e áreas livres em geral, avaliação dos sistemas construtivos e avaliação energética e de conforto ambiental das edificações. Foram também realizadas visitas à Moradia para verificação de manifestações patológicas existentes. Foram avaliados positivamente as instalações elétricas e hidráulicas, a iluminação natural e artificial, a ventilação da maior parte dos cômodos e a função social da Moradia. Foram avaliados negativamente a gestão da UFSCar, a segurança, a conservação das áreas comuns, o excesso de ruídos, a condição de conservação da infraestrutura de alguns Blocos, a ventilação dos banheiros e as condições das instalações para higienização das roupas. Concluiu-se que há necessidade de gestão mais eficiente por parte da UFSCar, bem como de investimentos para segurança, normatização do uso e da convivência, além de ações corretivas e maior cuidado na elaboração de novos projetos para uso como Moradia Estudantil. Palavras-chave: Moradia Estudantil; APO Avaliação pós-ocupação; Alojamento Estudantil.

7 7 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 LOCALIZAÇÃO DA MORADIA ESTUDANTIL DA UFSCAR NA ÁREA SUL DO CAMPUS SÃO CARLOS FIGURA 2 PLANTA BAIXA DOS MÓDULOS 3, 4 E 6 DA MORADIA ESTUDANTIL DA UFSCAR FIGURA 3 PLANTA BAIXA DO PAVIMENTO TIPO DO MÓDULO FIGURA 4 PLANTA BAIXA DO PAVIMENTO TÉRREO DO MÓDULO FIGURA 5 PLANTA BAIXA DO PAVIMENTO TIPO DO MÓDULO FIGURA 6 PLANTA BAIXA DO PAVIMENTO TÉRREO DO MÓDULO 8, COM APARTAMENTOS ADAPTADOS FIGURA 7 - PLANTA BAIXA DO PAVIMENTO TIPO DO MÓDULO FIGURA 8 VISTA AÉREA DO CAMPUS DA UFSCAR EM SÃO CARLOS, ÁREA SUL (CONJUNTO DE EDIFICAÇÕES DA MORADIA ESTUDANTIL EM PRIMEIRO PLANO) FIGURA 9 FACHADA DO MÓDULO FIGURA 10 FACHADA DO MÓDULO FIGURA 11 FACHADA DO MÓDULO FIGURA 12 FACHADA DO MÓDULO FIGURA 13 FACHADA DO MÓDULO FIGURA 14 FACHADA DO MÓDULO FIGURA 15 ÁREA EXTERNA DA MORADIA ESTUDANTIL FIGURA 16 ÁREA DE VIVÊNCIA FIGURA 17 CONDIÇÃO DE CONSERVAÇÃO DA ESCADA E DO CORRIMÃO DO MÓDULO FIGURA 18 INFILTRAÇÃO EM LAJE DE BLOCO DO MÓDULO FIGURA 19 PRESENÇA DE UMIDADE EM PAREDE DE BLOCO DO MÓDULO FIGURA 20 FORRO DANIFICADO COM EXPOSIÇÃO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA DE CHUVEIRO EM BLOCO DO MÓDULO FIGURA 21 PRESENÇA DE BOLOR EM FORRO DE BLOCO DO MÓDULO FIGURA 22 PINTURA DANIFICADA EM PAREDE EXTERNA DO MÓDULO FIGURA 23 PRESENÇA DE INFILTRAÇÃO EM PAREDE EXTERNA DO MÓDULO FIGURA 24 PISOS DANIFICADOS EM BANHEIRO DE BLOCO DO MÓDULO FIGURA 25 PISO SOLTO EM SALA DE BLOCO DO MÓDULO

8 8 LISTA DE QUADROS QUADRO 1 NÚMERO DE PAVIMENTOS, QUARTOS E VAGAS POR MÓDULO QUADRO 2 NÚMERO DE ENTREVISTADOS SEGUNDO A DISTÂNCIA DA CIDADE DE ORIGEM QUADRO 3 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DECORRENTES DE FALHAS DE PROJETO NAS EDIFICAÇÕES DA MORADIA ESTUDANTIL DA UFSCAR (ADAPTADO DE FORTES, 2009) QUADRO 4 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DECORRENTES DE FALHAS DE EXECUÇÃO NAS EDIFICAÇÕES DA MORADIA ESTUDANTIL DA UFSCAR (ADAPTADO DE FORTES, 2009) QUADRO 5 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DECORRENTES DE FALHAS DE EXECUÇÃO NAS EDIFICAÇÕES DA MORADIA ESTUDANTIL DA UFSCAR (ADAPTADO DE FORTES, 2009) QUADRO 6 SÍNTESE CONCLUSIVA DAS VARIÁVEIS AVALIADAS RESULTADOS E AÇÕES PARA MELHORIA... 79

9 9 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 DISTRIBUIÇÃO DE ENTREVISTADOS RESIDENTES NA MORADIA ESTUDANTIL, SEGUNDO SEXO GRÁFICO 2 NÚMERO DE ENTREVISTADOS SEGUNDO TEMPO DE RESIDÊNCIA NA MORADIA ESTUDANTIL DA UFSCAR, NO MOMENTO DA ENTREVISTA GRÁFICO 3 DISTRIBUIÇÃO DE ENTREVISTADOS SEGUNDO A QUANTIDADE DE COLEGAS COM QUEM DIVIDEM O QUARTO GRÁFICO 4 NÚMERO DE ENTREVISTADOS SEGUNDO A QUANTIDADE DE COLEGAS COM QUEM DIVIDEM O APARTAMENTO GRÁFICO 5 - NÚMERO DE ENTREVISTADOS SEGUNDO OPINIÃO A RESPEITO DO ASPECTO SEGURANÇA CONTRA ASSALTOS, ROUBOS OU INVASÕES GRÁFICO 6 - NÚMERO DE ENTREVISTADOS SEGUNDO A OPINIÃO SOBRE O ASPECTO SEGURANÇA CONTRA ACIDENTES NAS ESCADAS E ÁREAS COMUNS GRÁFICO 7 - NÚMERO DE ENTREVISTADOS SEGUNDO A OPINIÃO SOBRE A CONSERVAÇÃO DAS ÁREAS COMUNS GRÁFICO 8 NÚMERO DE ENTREVISTADOS SEGUNDO AVALIAÇÃO SOBRE A PRESENÇA INCÔMODA DE RUÍDOS INTERNOS E EXTERNOS AO EDIFÍCIO GRÁFICO 9 - NÚMERO DE ENTREVISTADOS SEGUNDO AVALIAÇÃO SOBRE A CONDIÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS GRÁFICO 10 NÚMERO DE ENTREVISTADOS SEGUNDO AVALIAÇÃO SOBRE A SUFICIÊNCIA DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS GRÁFICO 11 - NÚMERO DE ENTREVISTADOS SEGUNDO AVALIAÇÃO SOBRE O FUNCIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS GRÁFICO 12 DISTRIBUIÇÃO DOS ENTREVISTADOS SEGUNDO REGISTRO DE PROBLEMAS PRESENTES NOS BLOCOS EM QUE RESIDEM GRÁFICO 13 NÚMERO DE ENTREVISTADOS SEGUNDO AVALIAÇÃO SOBRE CONDIÇÃO DE ILUMINAÇÃO NATURAL E ARTIFICIAL NOS CÔMODOS DA MORADIA ESTUDANTIL GRÁFICO 14 NÚMERO DE ENTREVISTADOS SEGUNDO AVALIAÇÃO SOBRE TEMPERATURA AMBIENTE EM DIFERENTES ESTAÇÕES DO ANO GRÁFICO 15 NÚMERO DE ENTREVISTADOS SEGUNDO AVALIAÇÃO SOBRE CONDIÇÃO DE VENTILAÇÃO NOS DIFERENTES CÔMODOS... 71

10 10 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA REFERENCIAL TEÓRICO MORADIAS ESTUDANTIS AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO - APO A UFSCAR OBJETIVO OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS METODOLOGIA RESULTADOS E DISCUSSÃO ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS - PERFIL DA POPULAÇÃO ESTUDADA NÚMERO DE MORADORES POR UNIDADE HABITACIONAL ASPECTOS GERAIS DA MORADIA ESTUDANTIL QUALIDADE E CONSERVAÇÃO DA INFRA-ESTRUTURA OUTROS ASPECTOS CITADOS NOS DEPOIMENTOS CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICE 1 CORRESPONDÊNCIA ENVIADA AO DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL DA PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOS E ESTUDANTIS APÊNDICE 2 - QUESTIONÁRIO ELETRÔNICO PARA COLETA DE DADOS APÊNDICE 3 MENSAGEM ELETRÔNICA ENVIADA EM 29/10/2009 AOS ALUNOS BENEFICIÁRIOS DE BOLSA-MORADIA NO ANO DE APÊNDICE 4 MENSAGEM ELETRÔNICA ENVIADA EM 24/11/2009 AOS ALUNOS BENEFICIÁRIOS DE BOLSA-MORADIA NO ANO DE

11 11 1. INTRODUÇÃO A habitação corresponde a um espaço que proporciona aos seres humanos o atendimento de algumas necessidades básicas, entre elas segurança (abrigo e proteção), privacidade (independência, espaço pessoal), relações eficazes e criativas com a família, desempenho de atividades quotidianas domésticas (incluindo alimentação, necessidades sanitárias e de higiene, relações sociais seletivas e posse/consumo privado de bens e produtos) (BRANDÃO; HEINECK, 2003). A definição de habitação inclui os conceitos de casa (o ente físico, o invólucro que divide espaços internos e externos, a edificação) e de moradia (identificada com o modo de vida, os hábitos de uso e elementos que fazem a casa funcionar). Habitação compreende, então, a casa e a moradia integradas aos espaços e elementos urbanos (BASSO; MARTUCCI, 2002). Uma habitação é considerada de qualidade quando atende as necessidades de seus usuários. O conceito de qualidade está, portanto, associado ao desempenho satisfatório dos ambientes e da relação ambiente/comportamento (ROMÉRO; ORNSTEIN, 2003). De acordo com Fonseca e Rheingantz (2009), a importância, as implicações e os reflexos da interação entre o ser humano e o ambiente são pouco considerados por boa parte dos projetistas. Para os autores poucos são os profissionais de projeto que reconhecem e consideram as reais demandas e relações dos usuários dos ambientes que concebem. Tal dificuldade seria decorrente, além do fato de se trabalhar, em boa parte dos projetos, em ambientes impessoais e anônimos, da própria teoria da arquitetura, que mantém o foco na relação do arquiteto com o artefato que ele produz, reduzindo a importância das relações interpessoais e com o ambiente construído. Entretanto, apesar de sua importância, a qualidade do projeto não é a única condição que garante a qualidade da habitação. À qualidade técnica do projeto devem se aliar o controle de qualidade do sistema produtivo de materiais de construção e de execução da obra (BASSO; MARTUCCI, 2002).

12 12 Nos últimos anos, tem crescido o acesso às Universidades públicas por parte de indivíduos provenientes de classes economicamente desfavorecidas. Muitos desses estudantes são provenientes de cidades mais ou menos distantes daquelas em que pretendem estudar e têm necessidade de providenciar moradia no local de estudo. As Moradias Estudantis (Alojamentos), parte dos programas de atendimento aos estudantes mantidos por diversas instituições públicas de ensino, possibilitam a permanência do aluno na Universidade pelo período necessário à conclusão de seus estudos (LARANJO; SOARES, 2006). A moradia estudantil tem como função principal viabilizar a frequência a cursos universitários para alunos que não dispõem de recursos para se manterem nos locais em que estão instaladas as universidades. Colabora para a democratização do ensino superior e facilita a superação das adversidades sociais por aqueles que conseguem acesso a uma universidade pública. Entretanto, mais do que oferecer abrigo, a moradia torna-se um espaço de convivência que será utilizado de diversas maneiras e com diferentes objetivos, ao longo da permanência do estudante na Universidade (LARANJO; SOARES, 2006). A UFSCar, por meio do DeSS - Departamento de Serviço Social / PROACE Pró- Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis, oferece uma série de auxílios para a comunidade universitária, especialmente para os estudantes, incluindo programas com o objetivo de auxiliar e garantir a permanência dos alunos na Universidade. Entre estes programas está a Moradia Estudantil, que tem por finalidade receber o estudante que esteja regularmente matriculado na UFSCar, que não resida em São Carlos, Sorocaba e Araras e que comprove situação de carência sócio-econômica, viabilizar o acesso do estudante com dificuldades sócio-econômicas à Universidade, bem como promover seu entrosamento com os demais estudantes e com a comunidade universitária (UFSCar, 2009). Os estudantes, na condição de usuários das edificações destinadas à Moradia Estudantil, têm necessidades decorrentes de sua condição e do conjunto de suas atividades, que devem ser satisfeitas pelo edifício, para que o mesmo cumpra sua função (HINO; MELHADO, 1998). Muitos fatores podem influenciar a satisfação dos residentes em diferentes tipos de edificações. A avaliação desses fatores e a análise de seus determinantes podem contribuir de maneira significativa para que falhas sejam evitadas em projetos futuros (RHEINGANTZ et al, 1997).

13 13 2. JUSTIFICATIVA As ações de planejamento, projeto, produção e gestão do ambiente construído são mais eficientes e apresentam resultados de qualidade quando precedidos por procedimentos de avaliação e de controle de qualidade da edificação em relação às necessidades dos usuários. No Brasil, entretanto, tem-se observado a prática da produção arquitetônica sem que sejam priorizadas avaliações sistemáticas de seu desempenho (FALCOSKI, 1997). A adequação da edificação ao uso e às necessidades de seus moradores é sinônimo de qualidade habitacional. Os usuários se apropriam do espaço habitável para humanizá-lo, isto é, torná-lo adequado ao uso. Essa interação entre o usuário e o espaço tem o objetivo de moldar a habitação às necessidades e aos desejos de seus moradores. De fato, a inadequação e o não atendimento de algumas necessidades básicas podem até mesmo trazer danos à saúde física e mental, que incluem falta de conforto necessário ao repouso, aumento dos riscos de acidentes domésticos, frustrações, ansiedade e claustrofobia, além de danos físicos decorrentes da insalubridade, como ventilação insuficiente, incidência solar ou iluminação natural inadequadas (CÍRICO, 2001). O projeto de edificações para uso residencial não pode prescindir do envolvimento dos futuros moradores para garantir que seus desejos e suas pretensões sejam atendidos. Entretanto, o planejamento de edificações de múltiplas unidades padronizadas não permite tal contato ou o levantamento do que é essencial para cada um dos indivíduos que nelas residirão. Por esse motivo, os processos que permitem a investigação da qualidade e da adequação de imóveis concluídos às necessidades de seus moradores podem contribuir de forma importante para o sucesso de novos projetos (CÍRICO, 2001). O conhecimento dos problemas e dos defeitos mais comuns em edificações e de suas causas ajuda a reduzir a chance de que se cometam os mesmos erros em projetos e construções semelhantes. A Avaliação Pós-Ocupação - APO, diferentemente de outras metodologias de avaliação de desempenho, possibilita a verificação da qualidade dos espaços construídos após sua utilização efetiva, transformação e manutenção por parte dos moradores (FALCOSKI, 1997).

14 14 O crescimento da UFSCar tem exigido uma rápida ampliação da área construída em seus três campi, especialmente no campus de São Carlos, com implantação de um número elevado de diferentes edificações com usos diversificados. A ampliação inclui edificações destinadas à Moradia Estudantil, que integram um programa de interesse social que requer soluções arquitetônicas e construtivas de caráter repetitivo, com o objetivo de atender uma população heterogênea. Além disso, o ritmo acelerado de crescimento pode comprometer a qualidade final das obras construídas. Os processos de avaliação da adequação das edificações já implantadas às necessidades de utilização utilizando o método da Avaliação Pós Ocupação (APO) pode contribuir para os objetivos da Universidade, por permitir uma otimização dos trabalhos de projeto e construção e, dessa forma, da utilização dos recursos públicos de forma eficiente.

15 15 3. REFERENCIAL TEÓRICO 3.1. MORADIAS ESTUDANTIS Muitas universidades públicas brasileiras oferecem moradias para seus alunos. A implantação de grande parte delas ocorreu em resposta a reivindicações do movimento estudantil (UNICAMP, 2009; UFSM, 2009), embora outras tenham sido criadas por iniciativa filantrópica (UFSC, 2009). A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES) congrega 56 Instituições Federais de Ensino Superior de todos os Estados da Federação e no Distrito Federal e mantém Fórum Nacional de Pró-reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (FONAPRACE). A ANDIFES compreende a educação como um bem público e o conhecimento como um patrimônio social e, por isso, defende o acesso e a permanência universal à Educação Superior. Estudos realizados pelo FONAPRACE em 2004 demonstraram que o perfil dos alunos das IFES reproduz o perfil socioeconômico da sociedade brasileira. Os índices de evasão e retenção verificados no ensino superior foram identificados como resultado das dificuldades socioeconômicas de uma significativa parcela do segmento estudantil, justificando as ações assistenciais que permitem a inclusão social como fundamentais para a conclusão do curso, a melhoria do desempenho acadêmico e da qualidade de vida de estudantes carentes. As diretrizes para programas e projetos dessa natureza estão definidas no Plano Nacional de Assistência Estudantil, que ressalta que o local de moradia antes do ingresso do estudante na universidade é indicador de sua qualidade e condição de vida. As pesquisas realizadas pelo FONAPRACE apontam que mais de 30% dos estudantes deixam o contexto familiar quando ingressam na universidade, tendo necessidade de providenciar moradia em seu local de estudo e que aproximadamente 12% dos estudantes pertencem às categorias C, D e E e não residem com familiares ou em residências mantidas pelas famílias. Esses últimos constituem a demanda potencial por moradia estudantil (ANDIFES, 2007). Em pesquisa realizada com alunos de graduação residentes em uma moradia estudantil universitária na cidade de São Paulo, Laranjo e Soares (2006) constataram que os estudantes têm pouco conhecimento sobre a história da moradia. Esses alunos relataram que a

16 16 moradia estudantil viabilizava o acesso à universidade, apesar de encontrarem dificuldades na convivência coletiva. Segundo os moradores, havia uma visão negativa e preconceituosa sobre a moradia estudantil, provavelmente pela divulgação frequente de fatos conturbados ali ocorridos e pelo desconhecimento de sua importância para permitir a democratização e a permanência de estudantes pobres na universidade. Os alunos entrevistados relataram, ainda, falta de espírito coletivo e uma constante postura individualista por parte dos moradores, que enfrentavam o isolamento e a solidão, já que tinham dificuldades para retornar às suas casas com frequência. Informaram que existiam dificuldades para buscar solução para os problemas práticos da Moradia, já que havia excesso de liberdade e ausência de autoridade, além de um sentimento de que as regras não precisavam ser cumpridas, levando ao desrespeito ao espaço público (LARANJO; SOARES, 2006). Segundo Paiva e Mendes (2001), que realizaram um estudo com moradores da Casa do Estudante Universitário da UnB Universidade de Brasília, as moradias devem garantir maior privacidade aos estudantes. Residir em uma Moradia Estudantil permite a convivência de pessoas com diferentes origens, vindas de diferentes regiões e com costumes variados. Esse relacionamento, sabe-se de antemão, será por um tempo limitado, já que todos estarão ali, no máximo, pelo tempo necessário para a realização do curso. Além disso, a convivência tão próxima de pessoas com características individuais tão diferenciadas pode favorecer a ocorrência de conflitos. O espaço e sua organização, tanto quanto as suas formas de utilização, parecem influenciar a ocorrência desses conflitos (naturais até mesmo entre familiares) entre os que compartilham a moradia (PAIVA; MENDES, 2001). Os autores buscaram conhecer comportamentos e percepções de territorialidade dos estudantes. Territorialidade, para eles, envolve padrões de comportamento e atitudes mantidas por um indivíduo ou grupo baseado no controle percebido, empreendido ou efetivo sobre o espaço físico, objeto ou idéia, que pode envolver ocupações habituais, defesa, personalização e marcação deste território. Afirmam que um componente básico das interações entre os moradores está na demarcação dos limites interpessoais. Para isso, trabalharam com a classificação dos territórios em (a) primários controlados por indivíduos ou grupos, com ampla personalização e controle do espaço como o quarto, o escritório, a casa; (b) secundários em que o ocupante é mais um dos usuários do lugar; e (c) terciários públicos, abertos à comunidade e de uso livre. Para uma melhor convivência, a redução de conflitos e melhoria das relações interpessoais mais espaços primários devem ser garantidos. Esses espaços é que

17 17 permitem maior privacidade, uma vez que esta, se não é determinada pelo espaço físico, é bastante influenciada por ele. A falta de delimitação física clara nos espaços dos dormitórios estudados compromete a privacidade de seus moradores (PAIVA; MENDES, 2001). Outras necessidades também são importantes e devem ser consideradas na elaboração de projetos dessa natureza. Vilela Júnior (2003) realizou uma pesquisa qualitativa e exploratória e entrevistou moradores de diversas Moradias Estudantis, além de arquitetos que projetaram alguns dos edifícios escolhidos. O autor concluiu que os projetos desse tipo de edificação precisam avançar em três questões básicas: (a) a do convívio social, com áreas que promovam a necessária integração dos moradores; (b) a dos serviços, incluindo estrutura para atividades domésticas; e (c) a dos espaços específicos, com a implantação de áreas que supram as necessidades extraclasse dos moradores, como laboratórios, estúdios e ateliês (VILELA JUNIOR, 2003). A forma dos espaços construídos e seus usos estão incluídos no conceito de espacialização. As formas dos espaços determinam a maneira como serão utilizados, o modo como um fato social deve ocorrer. A espacialização refere-se, portanto, à forma físicoespacial de um acontecimento 1. Os espaços construídos devem, dessa forma, ser projetados de acordo com sua futura utilização. Entretanto, o atendimento às necessidades dos estudantes, no caso das Moradias Estudantis não é tão simples, pois projetistas precisam estabelecer meios para conhecê-las e até mesmo para viabilizar a participação dos usuários nos projetos. Quando se trata de projetos coletivos, essa não é uma tarefa fácil, pois deve envolver um grande número de indivíduos, que apresentam diferentes pontos de vista (que precisam ser compatibilizados e priorizados) e que não dominam o chamado código arquitetônico. Conhecendo as interações usuário/espaço - as espacializações - o arquiteto poderá formular soluções nas quais os usuários reconheçam suas necessidades (MALARD et al, 2002). Zancul e Fabrício (2008), em trabalho sobre a habitação estudantil na cidade de São Carlos, analisaram as principais inadequações no atendimento às necessidades 1 Um bom exemplo desse conceito está na sala de aula, cuja forma influencia claramente a dinâmica das atividades de ensino-aprendizagem que nela ocorrem.

18 18 habitacionais dos estudantes. Na avaliação dos autores, destacaram-se os problemas relacionados aos seguintes aspectos: áreas de serviço destinadas à higienização de roupas; áreas destinadas ao lazer; áreas de estacionamento; dimensionamento de instalações elétricas e lógicas para computadores e acesso à internet; espaço e mobiliário adequados para as atividades de estudo e leitura AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO - APO A APO pode ser considerada um processo sistematizado e rigoroso de avaliação de edifícios, depois de decorrido algum tempo de sua construção e ocupação. A metodologia busca focalizar os ocupantes do edifício e suas necessidades (RHEINGANTZ et al, 1997). A avaliação está intrinsecamente ligada ao conceito de qualidade. Este termo é conceituado como os aspectos do produto ou serviço que satisfazem as necessidades do usuário (ROMERO; ORNSTEIN, 2003). Qualidade é, dessa forma, a capacidade de satisfazer necessidades implícitas e explícitas (HINO; MELHADO, 1998). Está associado, portanto, ao desempenho satisfatório dos ambientes (ROMERO; ORNSTEIN, 2003). Por meio da APO, é possível avaliar o espaço a partir da compreensão das expectativas e necessidades das pessoas que o utilizam. Os resultados são importantes pois podem orientar o desenvolvimento de projetos futuros mais adequados, além de oferecerem suporte ao trabalho de projetistas em diversas fases da elaboração de uma proposta (BINS ELY et al, 2007). A metodologia permite melhorias de curto, médio e longo prazo. Em curto prazo, é possível identificar e solucionar problemas, aperfeiçoar o uso do espaço e melhorar a compreensão das conseqüências das decisões de projeto. Em médio prazo, permite flexibilidade e adaptação decorrentes da reciclagem de serviços/sistemas para novos usos, redução significativa nos custos e acompanhamento permanente do desempenho do edifício, por profissionais e usuários. Já em longo prazo, possibilita aperfeiçoamentos e otimização dos dados de projeto e quantificação das medições de desempenho do edifício (RHEINGANTZ et al, 1997) A UFSCar A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), fundada em 1968, possui três campi: o principal fica em São Carlos e os outros estão situados em Araras e Sorocaba, no

19 19 Estado de São Paulo. O campus de São Carlos tem 645 hectares de extensão, sendo 105 mil metros quadrados de área construída e possui toda a infra-estrutura necessária para o funcionamento adequado das atividades da Universidade (UFSCar, 2009b). A implantação do programa de Moradia Estudantil da UFSCar teve origem conturbada. Após infrutíferas tentativas da Universidade para obter recursos para a construção de um alojamento para os estudantes, em meados de 1985 um grupo de alunos ocupou seis salas de um prédio vazio, que aguardava a realização de obras para ser utilizado por um departamento acadêmico. Após inúmeras tentativas de negociação para a desocupação do prédio pelos alunos, optou-se pela realização de uma reforma no edifício ocupado, efetivandoo como Moradia Estudantil. A reforma, custeada com recursos próprios, foi realizada em 1987 e permitiu acomodar inicialmente 24 alunos (UFSCar, 1986). A PORTARIA GR Nº 453/03, de 08 de janeiro de 2003 normatiza o Programa Social para Discentes da UFSCar e tem por objetivo apoiar alunos com carência sócioeconômica devidamente comprovada, matriculados para obtenção de um primeiro diploma de graduação. O Programa prevê três diferentes tipos de apoio: a Bolsa-atividade (para auxiliar o discente em despesas necessárias para o desenvolvimento de suas atividades acadêmicas durante o período letivo), a Bolsa-alimentação (garante o direito a refeições gratuitas no restaurante universitário do respectivo campus, por até um ano) e a Bolsa-moradia (compreende o direito de o discente ocupar uma vaga em moradia estudantil nos campi da UFSCar ou, se necessário, em imóveis alugados sob responsabilidade da UFSCar e é outorgada por um período de até um ano). Qualquer das bolsas pode ser renovada a pedido dos alunos. Nas moradias estudantis, a UFSCar é responsável pelos gastos com serviços básicos de manutenção e mobiliários (UFSCar, 2003). Para a obtenção de bolsas previstas pelo Programa, o discente será submetido a um processo de avaliação sócio-econômica realizado pelo Departamento de Serviço Social da SAC (DeSS/PROACE) e deverá ser configurada situação de carência. As vagas disponíveis em edificações próprias são hoje insuficientes para o atendimento da demanda expressa pelos alunos, o que leva a Universidade a locar unidades habitacionais na área urbana do município para acomodar todos os que se inscrevem e são aprovados para o Programa.

20 20 Atualmente, o conjunto de edificações que compõem a Moradia Estudantil no interior da área do campus da Universidade está localizado na área Sul (Figura 1) e conta com seis edifícios (Módulos 3 a 9) construídos especialmente para esse fim, que oferecem um total de 477 vagas. No início de 2010 o edifício inicialmente ocupado pelos alunos (Módulo 1) foi demolido e o edifício denominado Módulo 2 foi temporariamente desocupado devido a uma obra em execução em suas proximidades. Figura 1 Localização da Moradia Estudantil da UFSCar na área Sul do campus São Carlos Os Módulos 3, 4 e 6 têm plantas semelhantes. Todos têm três pavimentos com três apartamentos (denominados Blocos) cada. Os primeiros oferecem 63 vagas cada (sete em cada Bloco) e o último, 81 vagas (nove em cada Bloco). A planta baixa do pavimento tipo está representada na Figura 2.

21 21 Figura 2 Planta baixa dos Módulos 3, 4 e 6 da Moradia Estudantil da UFSCar. O Módulo 5 também tem três pavimentos com três Blocos, mas com planta ligeiramente diferente dos anteriores. Esse Módulo oferece 81 vagas. A planta baixa do pavimento tipo está representada na Figura 3.

22 22 Figura 3 Planta baixa do pavimento tipo do Módulo 5. O Módulo 7 tem quatro pavimentos com três Blocos cada, sendo dois com três quartos e um com apenas dois quartos. Esse Módulo oferece 82 vagas (quatro Blocos com cinco vagas, dois com sete vagas e seis com oito vagas cada). As unidades habitacionais do pavimento térreo têm apenas dois banheiros (com área maior), diferente das unidades dos

23 23 pavimentos superiores (com três banheiros menores). As plantas baixas do pavimento térreo e do pavimento tipo estão representadas nas Figuras 4 e 5. Figura 4 Planta baixa do pavimento térreo do Módulo 7.

24 24 Figura 5 Planta baixa do pavimento tipo do Módulo 7. O Módulo 8 também tem quatro pavimentos, com características diferentes no pavimento térreo em relação aos pavimentos superiores. Esse Módulo oferece 105 vagas (dez Blocos com nove vagas e dois com oito vagas cada). As unidades habitacionais do pavimento térreo são adaptadas para receberem moradores com necessidades especiais. As plantas baixas do pavimento térreo e do pavimento tipo estão representadas nas Figuras 6 e 7.

25 Figura 6 Planta baixa do pavimento térreo do Módulo 8, com apartamentos adaptados. 25

26 26 Figura 7 - Planta baixa do pavimento tipo do Módulo 8. As características de cada Módulo em relação ao número de pavimentos, de quartos e de vagas oferecidas nos diferentes Blocos estão detalhadas no Quadro 1.

27 27 MÓDULO Quadro 1 Número de pavimentos, quartos e vagas por Módulo. Pavimentos 2 quartos Blocos 3 quartos Total Quarto 2 vagas Quartos Quarto 3 vagas Total Vagas Total A vista aérea da área Sul do campus com as edificações destinadas à Moradia Estudantil e as fachadas dos Módulos 3, 4, 5, 6, 7 e 8 estão representados nas Figuras 8 a 14. Figura 8 Vista aérea do campus da UFSCar em São Carlos, área Sul (conjunto de edificações da Moradia Estudantil em primeiro plano)

28 Figura 9 Fachada do Módulo 3 28

29 Figura 10 Fachada do Módulo 4 29

30 Figura 11 Fachada do Módulo 5 30

31 Figura 12 Fachada do Módulo 6 31

32 Figura 13 Fachada do Módulo 7 32

33 Figura 14 Fachada do Módulo 8 33

34 34 4. OBJETIVO 4.1. Objetivo Geral Avaliar a satisfação dos usuários com a qualidade das edificações destinadas à moradia estudantil na UFSCar campus São Carlos com ênfase nos aspectos da qualidade física e sua adequação às expectativas e necessidades dos moradores Objetivos Específicos Conhecer as condições de qualidade das edificações destinadas à Moradia Estudantil da UFSCar campus São Carlos, na opinião de seus moradores, por meio da verificação dos seguintes parâmetros: Aspectos construtivos (instalações prediais) e de conforto ambiental (iluminação, insolação, conforto térmico, ventilação natural e acústica); Necessidades de manutenção corretiva das instalações hidráulicas, elétricas, lógicas, de telefonia e de acabamento das unidades prediais.

35 35 5. METODOLOGIA Propôs-se realizar uma Avaliação Pós Ocupação (APO) das edificações que compõem a Moradia Estudantil da UFSCar campus São Carlos - com ênfase na qualidade dos aspectos construtivos e das instalações, segundo a opinião dos moradores. A APO faz uso de uma série de técnicas para diagnosticar, a partir de diferentes análises, os aspectos positivos e negativos do ambiente construído no decorrer do uso. Para isso podem ser consideradas as opiniões dos usuários, clientes, projetistas e dos próprios avaliadores. Nesse processo, é fundamental verificar o atendimento das necessidades e o nível de satisfação dos usuários, além da avaliação de desempenho físico das edificações. A APO desempenha, dessa forma, um papel realimentador fundamental no controle de qualidade de projetos complexos e para populações especiais (ROMERO; ORNSTEIN, 2003). Essa metodologia vem sendo utilizada, especialmente a partir da década de 60, na Europa e nos Estados Unidos, por equipes interdisciplinares, para avaliar não apenas aspectos específicos de desempenho físico das edificações, mas também padrões culturais, privacidade, territorialidade, personalização, apropriação e segurança, com ênfase no usuário dos ambientes (ROMERO; ORNSTEIN, 2003). Segundo Elali e Veloso (2004), a participação dos usuários para a APO é imprescindível, e os aspectos relacionados ao uso da edificação para abrigar o ser humano na realização de suas atividades constituem um dos focos principais. Para as autoras, sob a perspectiva da utilização, o ambiente construído deve ser avaliado em relação aos elementos físico/construtivos, funcionais e comportamentais inerentes à ocupação e aos aspectos econômico/financeiros, estético-visuais e contextuais/sócio-culturais. Salientam, entretanto, que embora não haja valorização especial de qualquer desses aspectos, destaca-se a importância da relação usos/usuários do ambiente, fundamentais à APO. Roméro e Ornstein (2003) listam vários dos aspectos abrangidos pelos diferentes fatores a serem avaliados na APO. Para esse trabalho, optou-se por destacar os mais significativos :

36 36 a) socioeconômicos: sexo, origem, tempo de moradia, faixa etária; b) infraestrutura, superestrutura e áreas livres em geral: segurança contra crimes nas unidades e nas áreas públicas da Moradia Estudantil; c) avaliação do(s) sistema(s) construtivo(s): infra-estrutura; superestrutura; alvenaria; cobertura e forros; pisos; revestimentos; caixilhos; vidros; pintura; impermeabilização; louças; metais; instalações hidrossanitárias; instalações elétricas; patologias em geral; d) avaliação energética e do conforto ambiental: avaliações específicas para cada tipo de cômodo, destacando-se iluminação natural e artificial, acústica, conforto térmico e ventilação. Inicialmente foi realizado levantamento bibliográfico para obtenção das bases teóricas e para nortear as definições necessárias à delimitação dos critérios de desempenho, dos instrumentos de coleta de dados e sua aplicação. Sendo esse trabalho, desenvolvido como requisito parcial para a conclusão do Curso de Especialização em Gestão Pública, de interesse institucional e havendo outro trabalho similar em desenvolvimento focando a mesma população-alvo, decidiu-se pela coleta de dados de forma conjunta, como forma de facilitar a obtenção dos resultados e de evitar uma dupla abordagem aos alunos residentes na Moradia Estudantil da UFSCar. Para a coleta de dados junto aos moradores, foi solicitado (APÊNDICE 1) e realizado um contato inicial com o DeSS/PROACE/UFSCar, ocasião em que foram expostos os objetivos e os planos do trabalho a ser realizado. Nessa ocasião, foi solicitado às Assistentes Sociais do Departamento o cadastro dos alunos residentes na Moradia Estudantil, para a organização da coleta de dados. As informações, contendo o número do Registro Acadêmico R.A. de cada um dos residentes na Moradia do campus de São Carlos foram enviadas pelo setor. Com esses números, foi possível construir uma lista com os endereços eletrônicos institucionais dos alunos, uma vez que tal endereço é padrão, composto exatamente pelo R.A. seguido do nome do servidor de correio eletrônico da UFSCar. A seguir, foi criada, na Internet, uma Conta do Google (apo.aloja.ufscar), cuja identidade (login) permitiu o acesso a vários serviços e ferramentas oferecidas gratuitamente

37 37 pelo sítio. Foram utilizados o endereço eletrônico (apo.aloja.ufscar@gmail.com) destinado exclusivamente ao contato com os alunos para a realização do trabalho e os serviços e ferramentas oferecidos pelo GoogleDocs, em que foi criada uma planilha eletrônica denominada Questionário. Vinculado a essa planilha, foi criado e editado um formulário com as questões destinadas à coleta de dados para a Avaliação a ser realizada. Esse formulário, contendo o questionário eletrônico estruturado (com questões cujas respostas podiam ser registradas em caixas de texto, multi-opções e menu suspenso), auto-aplicável, foi publicado no sítio de endereço no formato HTML Hyper Text Markup Language ou Linguagem de Marcação de Hipertexto (APÊNDICE 2). O questionário foi elaborado de forma que possibilitasse aferir o nível de satisfação dos usuários em relação às unidades de habitação, às áreas comuns dos edifícios, às áreas livres da Moradia Estudantil e aos recursos disponíveis. O instrumento contou com questões fechadas e abertas. A última questão foi elaborada com base na ferramenta wish poem poema dos desejos método desenvolvido por Henry Sanoff para avaliação de prédios escolares (SANOFF, 2001). Essa ferramenta favorece o pensamento exploratório global, estimulando os entrevistados a revelarem suas fantasias e desejos sobre o ambiente que está sendo avaliado. Solicita-se aos usuários que descrevam como seria o ambiente ideal para eles, por meio de uma questão aberta. O enunciado da questão PE uma frase que deve ser completada pelo entrevistado, no modelo Eu gostaria que a Moradia Estudantil... Essa ferramenta garante liberdade para que os usuários manifestem seus anseios fornecendo informações que podem ser relevantes sobre a adequação e a qualidade dos projetos e das construções (MACHADO et al, 2008; BRASILEIRO et al, 2004). Todos os alunos constantes do cadastro informado pelo DeSS/PROACE/UFSCar receberam uma mensagem eletrônica (APÊNDICE 3) apresentando a proposta, esclarecendo os objetivos do trabalho e solicitando sua colaboração. Todos foram convidados a responder o questionário eletrônico disponibilizado no sítio. A funcionalidade oferecida pelo GoogleDocs permitiu que as respostas digitadas nesse formulário pelos estudantes que participaram da coleta de dados fossem armazenadas em tempo real e compiladas na planilha eletrônica denominada Questionário. As respostas do formulário puderam ser visualizadas diretamente na planilha e ainda na forma de um

38 38 resumo (contendo os resultados e gráficos correspondentes) que permitiu verificar rapidamente quantos usuários preencheram o formulário e quais foram suas respostas. O perfil dos sujeitos a serem entrevistados no processo de avaliação - estudantes universitários, com acesso facilitado a computadores na própria instituição, familiarizados com as ferramentas e a linguagem da informática e com a Internet, detentores de endereços eletrônicos institucionais utilizados quotidianamente para a comunicação entre a Universidade e os discentes explica a opção pela utilização dessas ferramentas para coleta de dados. Essa opção também foi motivada pela facilidade de utilização, pela agilidade e pela provável maior adesão à participação, já que foi possível responder ao questionário no momento considerado mais adequado pelos alunos, sem a necessidade de visitas para entrevistas pessoais. Dauer et al (2009), listam aplicativos online utilizados no planejamento e na organização de pesquisas acadêmicas, entre eles os que funcionam como coletores e repositórios para a pesquisa e geradores alternativos (wiki, social bookmark), os editores online e os sistemas de apoio e de gerenciamento de processos e de comunicação. Segundo os autores, além de permitir um ambiente de produção colaborativa, conjuntos (suítes) de aplicativos de edição (e revisão) online facilitam muito o trabalho do pesquisador, permitem a otimização do processo e a economia de tempo. Concluem afirmando que o uso de aplicativos online combinados à metodologia de pesquisa científica (...) é uma abordagem flexível e alternativa para o processo científico em construção. A mensagem eletrônica foi enviada, no dia 29 de outubro de 2009, para um total de 498 estudantes. Foram recebidas 35 mensagens automáticas de resposta enviadas pelo servidor (Gmail) informando falha na entrega da mensagem. Essas falhas podem ser explicadas por reduzida capacidade de armazenamento das caixas de entrada dos endereços eletrônicos dos alunos contatados, por alguma possível incoerência na construção do endereço eletrônico (motivada talvez por informação incorreta enviada pelo R.A.) ou mesmo pela inativação de algum dos endereços contatados. Nos dias que se seguiram, as respostas registradas pelos alunos foram sendo registradas na planilha online. Nova mensagem (APÊNDICE 4) foi enviada a todos os 498 estudantes no dia 24 de novembro de 2009, agradecendo a colaboração daqueles que já tinham participado e novamente solicitando aos que ainda não tinham visitado o sítio do questionário, que o fizessem. Foram recebidas 29 mensagens automáticas de resposta enviadas pelo servidor (GMail) informando falha na

39 39 entrega da mensagem. Analisando-se os endereços de eletrônicos das mensagens automáticas recebidas em resposta à primeira e à segunda mensagem enviadas e excluindo-se os endereços duplicados, apurou-se que, do total de 498, 36 alunos não foram efetivamente contatados. Dessa forma, foram convidados a responder o questionário 462 moradores. O questionário foi mantido ativo on line (liberado para a inserção de respostas) até o dia 9 de dezembro de 2009, quando foi desativado, dando-se por encerrada a fase de coleta de dados após 41 dias do início do processo. Após essa data, os resultados obtidos foram analisados e comparados com a literatura, procedendo-se a redação do texto final e a conclusão do trabalho.

40 40 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram coletadas respostas de 93 alunos, correspondendo a 19% do total de moradores dos edifícios da Moradia Estudantil situados no interior do campus da UFSCar, na cidade de São Carlos. Essas respostas permitiram efetuar uma avaliação sobre a opinião dos moradores a respeito de uma série de aspectos das edificações, incluindo aspectos gerais, qualidade e conservação da infra-estrutura, disponibilidade de espaço, iluminação, conforto térmico e condições de convivência entre os moradores. Algumas das respostas referem-se a Blocos dos Módulos 1 e 2 que foram desocupados após a coleta de dados. Os resultados são apresentados a seguir Aspectos Socioeconômicos - Perfil da população estudada O grupo de estudantes que participou do levantamento de dados era composto por residentes de todos os Blocos e contava com moradores de 47 (78%) dos 60 apartamentos. Analisando-se separadamente por Blocos, constata-se que responderam ao questionário 21% dos moradores dos Blocos 3, 5 e 8; 20% dos moradores do Bloco 6; 17% dos moradores do Bloco 4 e 15% dos moradores do Bloco 7. Constatou-se pequena maioria (53%) de estudantes do sexo masculino, conforme demonstrado no Gráfico 1.

41 41 Gráfico 1 Distribuição de entrevistados residentes na Moradia Estudantil, segundo sexo. Entre os respondentes, 98% eram alunos de cursos de graduação, havendo apenas dois alunos regulares de cursos de Pós-Graduação (Mestrado). A grande maioria dos estudantes entrevistados declarou ter como origem variados municípios (96% do Estado de São Paulo e apenas 4% de outros estados brasileiros). A maioria dos entrevistados tem como origem cidades situadas a menos de 300 quilômetros de São Carlos, conforme demonstrado no Quadro 1. Quadro 2 Número de entrevistados segundo a distância da cidade de origem Distância da cidade de origem Estado de São Paulo Outros Estados TOTAIS < 99 km 20 (22%) 0 (0%) 20 (22%) 100 a 199 km 32 (36%) 0 (0%) 32 (34%) 200 a 299 km 27 (30%) 1 (25%) 28 (30%) 300 a 399 km 7 (8%) 1 (25%) 8 (9%) 400 a 499 km 3 (3%) 0 (0%) 3 (3%) > 500 km 0 (0%) 2 (50%) 2 (2%) TOTAIS 89 (100%) 4 (100%) 93 (100%)

42 42 Com relação ao tempo de residência, observou-se que a maior parte está na Moradia Estudantil há menos de três anos, destacando-se a quantidade significativa de novos moradores, que obtiveram vaga no ano de 2009, como pode ser verificado no Gráfico 2. Gráfico 2 Número de entrevistados segundo tempo de residência na Moradia Estudantil da UFSCar, no momento da entrevista Número de moradores por unidade habitacional Os estudantes entrevistados relataram, em sua maioria (69%), dividir o quarto em que residem com mais dois colegas, embora alguns (20%) tenham relatado residir apenas com mais um colega. Parcela menor (11%) relatou dividir o quarto com número maior que dois colegas. Os resultados estão demonstrados no Gráfico 3.

43 43 Gráfico 3 Distribuição de entrevistados segundo a quantidade de colegas com quem dividem o quarto. Quando perguntados a respeito do número de colegas com os quais residiam no mesmo apartamento, a maior parte (41%) informou residir com mais oito colegas. Parcelas significativas informaram residir com mais sete colegas (25%) e com menos do que 7 colegas (24%). Poucos informaram residir com mais nove colegas (10%) e apenas 1% afirmou residir com mais do que nove colegas. O Gráfico 4 demonstra os resultados para a questão. Gráfico 4 Número de entrevistados segundo a quantidade de colegas com quem dividem o apartamento.

44 44 Considerando-se os dados relativos às vagas disponibilizadas, observa-se que há uma discrepância entre algumas respostas obtidas e o número de vagas disponíveis. Há um número máximo de três vagas por quarto, embora 11% dos entrevistados tenham declarado dividir o quarto com mais do que dois colegas. Da mesma forma, há um número mínimo de cinco vagas e um número máximo de nove vagas por apartamento, embora parcela correspondente também a 11% tenha declarado residir com nove ou mais colegas no mesmo apartamento. Esses resultados confirmam a existência de superlotação em alguns apartamentos, assim como indícios da existência de vagas ociosas. Três dos entrevistados registraram depoimentos com queixas a respeito do assunto, na questão formulada de acordo com a ferramenta Poema dos Desejos, ao completarem a frase Eu gostaria que a Moradia Estudantil da UFSCar... :...que a fiscalização fosse mais acirrada por parte das assistentes sociais, para q os moradores não conseguissem tão facilmente esconder vagas ociosas....fosse melhor fiscalizada, tem muita faucatrua [sic]: gente que mora sozinho, gente que expulsa os outros moradores, gente que impõe regras para os outros, gente morando sem ter a bolsa e isso deveria ser melhor assistido pelas tais assistentes sociais. A gente não tem nenhum tipo de assistência depois que está lá dentro: pessoas são expulsas e maltratadas e tudo bem. fosse melhor...melhor na (...) distribuição dos alunos! fosse mais organizada no quesito de quem mora com quem. tivesse um acompanhamento para evitar moradores irregulares, tivesse um censo para definir as vagas internas e externas para o próximo ano ou local em blocos para permitir a migração 6.3. Aspectos gerais da moradia estudantil Os residentes foram questionados a respeito da segurança e conforto das edificações que compõem a Moradia Estudantil.

45 45 A Moradia Estudantil foi considerada pouco segura contra assaltos, roubos ou invasões pela maior parte dos entrevistados (52% classificaram a moradia como ruim ou péssima quanto a esse aspecto). Os resultados encontram-se detalhados no Gráfico 5. Gráfico 5 - Número de entrevistados segundo opinião a respeito do aspecto segurança contra assaltos, roubos ou invasões. Essa questão aparece em alguns depoimentos dos estudantes, completando a frase Eu gostaria que a Moradia Estudantil da UFSCar... : fosse mais segura. melhorasse (...) a segurança. tivesse mais segurança e menos bagunça fosse melhor...melhor na segurança (...)!..seguisse três princípios: 1 (...) 2 priorisar [sic] a segurança dos módulos, assim como de seus moradores; 3 (...)

46 46 melhorasse em vários aspectos, segurança principalmente, os alunos precisam da sensação de segurança de fato, e há uma disparidade enorme entre os novos prédios e os antigos, infelizmente. Por isso deveria haver uma atenção maior para com os prédios mais antigos. um outro motivo para isso [instalação de internet sem fio] seria que pessoas que tem notebook não ficariam mais expostas a assaltantes no centro de convivência, melhorando assim a segurança da moradia. fosse um lugar seguro e tranquilo para os alunos morarem tivesse uma portaria que controlasse a entrada de pessoas estranhas à moradia e tivesse os alambrados, que cercam a moradia, substituídos por cercas mais seguras. Um dos entrevistados alerta para a presença, na Moradia, de pessoas estranhas ao ambiente da Universidade, comprando e vendendo drogas, queixando-se da pouca interferência da UFSCar na questão: possuísse um programa de combate aos intorpecentes [sic], pois por muitas (vezes) eu me incomodo com o uso não somente pelo mau odor que deixa pelo módulo, como pela entrada de indivíduos não incluídos na universidade tanto para o consumo como venda e mesmo compra de intorpecentes [sic]. Pois é inegável que temos uma situação de tráfico, embora em pequena escala, que também envolve indivíduos da Moradia. (sobre privacidade): O tema da falta de segurança aparece também em uma resposta a outra questão A janela do meu quarto fica de frente à praça do alojamento (...). O medo maior é que tentem roubar alguma coisa.

47 47 A segurança contra acidentes nas escadas e áreas comuns também foi abordada. A maior parte dos entrevistados considerou essas áreas de segurança regular (45 %) e boa (32%). O Gráfico 6 detalha os resultados. Gráfico 6 - Número de entrevistados segundo a opinião sobre o aspecto segurança contra acidentes nas escadas e áreas comuns. aspecto. Nenhum comentário específico foi feito pelos entrevistados a respeito desse A conservação das áreas comuns aos edifícios que compõem a Moradia Estudantil do campus de São Carlos da UFSCar foi classificada de forma bastante variada pelos estudantes entrevistados, conforme pode ser verificado no Gráfico 7.

48 48 Gráfico 7 - Número de entrevistados segundo a opinião sobre a conservação das áreas comuns. Os depoimentos dos estudantes focaram mais o aspecto da higiene das áreas comuns, mas também foram citados problemas como a depredação das edificações e iluminação insuficiente, quando completaram a frase Eu gostaria que a Moradia Estudantil da UFSCar... : tivesse uma área externa (comum) mais limpa tivesse um pouco mais de disciplina em relação à área externa... tivesse limpeza periódica das escadas e áreas comuns; maior acompanhamento da universidade quanto à conservação dos prédios e depredação dos mesmos; melhoria de iluminação atrás do módulo 5, lixeiras próximas e maiores para acomodação do lixo; tivesse as áreas comuns (escadas, passeios, etc.) limpas com maior frequência. tivesse limpeza das escadas ao menos 4 vezes ao ano. As áreas externas comuns aos edifícios da Moradia Estudantil são compartilhadas por todos os moradores e compreendem as áreas de circulação (Figura 15) e a área de vivência (Figura 16). As escadas de acesso aos pavimentos superiores dos diferentes Módulos apresentam sinais de desgaste, assim como citado nos depoimentos (Figura 17).

49 Figura 15 Área externa da Moradia Estudantil 49

50 Figura 16 Área de vivência 50

51 Figura 17 Condição de conservação da escada e do corrimão do Módulo 4 51

52 52 Entre os problemas bastante abordados por estudantes entrevistados em seus comentários estava a questão do excesso de ruídos. Ruídos internos e externos ao edifício (Gráfico 8) foram classificados de forma negativa por 51% e 59% dos entrevistados, respectivamente. Gráfico 8 Número de entrevistados segundo avaliação sobre a presença incômoda de ruídos internos e externos ao edifício São bastante frequentes os depoimentos dos entrevistados referindo-se a excesso de ruídos, especialmente os provocados pelo comportamento dos próprios moradores. Os participantes registraram suas queixas principais a respeito completando a frase Eu gostaria que a Moradia Estudantil da UFSCar... : (...) ter maior controle dos moradores quanto às regras condominiais, por exemplo, questões de barulho durante as madrugadas, festinhas e confraternizações na sala de estudo e no centrinho. (por experiência própria, o barulho promovido por um módulo barulhento e por festinhas fora de hora, encomodam [sic] muito). fosse menos barulhenta.

53 53...que o isolamento acústico de um cômodo para outro e de um bloco para outro fosse melhor tanto para podermos estudar melhor e para durmir [sic] sem ter de recorrer a protetores auriculares; que tivéssemos uma sala só de estudo bem isolada acusticamente É comum que um estudante da moradia enfrente problemas para dormir (por causa do péssimo isolamento sonoro da construção) fosse menos barulhenta! E os moradores tivessem mais respeito com relação ao horário, pois as vezes são 2 ou 3 da manhã em dias durante a semana e há muito barulho e festas! tivesse um estatuto de convivência, com definição de horários para silêncio; tivesse um local para festas, evitando desentendimentos e barulho em blocos (festas são realizadas no centrinho ou nos blocos)... punisse os moradores que não respeitam o descanso/estudo dos outros moradores (fazendo muito barulho, inclusive a noite, tanto com música alta quanto com gritaria). fosse mais firme quanto à seleção de alunos, uma vez que muitos alunos que usam a moradia não respeitam os demais e ao invéz [sic] de usarem o ambiente para melhor aproveitamento do estudo, o utilizam para fazerem festas na madrugada toda. Acredito que se ouvesse [sic] repreensão poderia melhorar, uma vez que o bom senso não está sendo suficiente para termos silêncio em momentos necessários. fosse mais organizada e silenciosa... ninguém suporta tanta zona e festas diárias!!! Precisa de ordem!! fosse um lugar mais silencioso, onde todos se respeitassem e pudessem descansar melhor. (...) Gostaria que a estrutura do apartamento realmente remetesse a de um apartamento normal, tanto na disposição dos cômodos, como no isolamento acústico dos mesmos (...) tivesse um isolamento acústico entre os apartamentos e dentro desses. tivesse (...) um regulamento contra barulhos depois das 23 horas que fosse seguido pelos moradores...

54 54 fosse um lugar seguro e tranquilo para os alunos morarem, que respeitasse a Lei do silêncio e tivesse mais privacidade para os moradores. fosse feita voltada para os alunos estudarem, 7 pessoas numa casa minúscula é muito, deveria ter um quartinho de estudo em cada casa, e um melhor isolamento acústico, do 1º andar uma moeda caindo no chão do quarto do 2º andar dá pra escutar, imagina quando a galera fala alto. e que os índios não ficassem gritando a noite, na hora que os alunos que estão para estudar dormem 6.4. Qualidade e conservação da infra-estrutura Buscou-se conhecer a opinião dos participantes em relação à suficiência, qualidade e conservação de diversos aspectos da infraestrutura dos Blocos e Módulos da Moradia Instalações elétricas A maior parte (65%) dos entrevistados considerou a quantidade e disposição de interruptores e tomadas regulares, boas e ótimas. O funcionamento das instalações elétricas também foi considerado positivo pela maioria dos entrevistados (apenas 7% o classificaram como péssimo ou ruim). O Gráfico 9 detalha os resultados. Gráfico 9 - Número de entrevistados segundo avaliação sobre a condição das instalações elétricas

55 55 Apesar desse resultado positivo, 47% dos entrevistados informaram que têm necessidade de utilizar adaptadores e extensões Instalações hidráulicas A quantidade de equipamentos sanitários disponíveis nos banheiros dos apartamentos foi avaliada como suficiente pela maioria dos entrevistados (80%) apenas com relação aos lavatórios e aos vasos sanitários (Gráfico 10). Os chuveiros foram considerados suficientes por apenas 52% dos entrevistados. Gráfico 10 Número de entrevistados segundo avaliação sobre a suficiência das instalações sanitárias O funcionamento das instalações hidráulicas foi considerado positivo (regular, bom e ótimo) por 74% dos entrevistados, conforme pode ser observado no Gráfico 11.

56 56 Gráfico 11 - Número de entrevistados segundo avaliação sobre o funcionamento das instalações hidráulicas Entretanto, a conservação das instalações hidráulicas não foi avaliada de forma positiva, uma vez que 39% dos entrevistados referiram a ocorrência de mau-cheiro nos ralos, 31% relataram vazamento de água nas torneiras e 12% informaram a ocorrência de vazamento de água nos vasos sanitários. Os participantes registraram queixas específicas sobre a questão completando a frase Eu gostaria que a Moradia Estudantil da UFSCar... : (...) tivesse mais chuveiros (1 para nove é sacanagem), mais sanitários (dois para nove) reformasse os blocos antigos, pois a maioria dos blocos, a não ser os mais novos, possui somente um banheiro e isso torna o dia-a-dia complicado Conservação dos Blocos Os entrevistados foram questionados a respeito da presença de problemas e manifestações patológicas (modificações estruturais ou funcionais) na edificação, que poderiam representar sinais de defeitos estruturais decorrentes de fatores como a qualidade dos materiais, da mão de obra ou mesmo do desgaste decorrente da utilização.

57 57 Entre os problemas mais citados pelos entrevistados estavam as infiltrações, a presença de umidade nas paredes e forros e a pintura danificada nas paredes internas, conforme detalhado no Gráfico 12. Gráfico 12 Distribuição dos entrevistados segundo registro de problemas presentes nos Blocos em que residem Muitos depoimentos foram registrados pelos entrevistados em relação às condições de conservação da infra-estrutura dos Blocos. Completando a frase Eu gostaria que a Moradia Estudantil da UFSCar..., alguns simplesmente declaram a necessidade de reparos, especialmente dos Módulos mais antigos: No meu módulo (...) fosse consertado os pisos do bloco, pois a maioria está solta ou faltando....melhorasse a qualidade dos apartamentos mais antigos, eles já tem mais de 10 anos(...) As instalações elétricas e hidráulicas também precisam de melhora.

58 58 tivesse (...) uma reforma... Tivesse pintura nova dentro dos edifícios. que a UFSCar olhasse para os blocos mais antigos, como o meu, por exemplo, Bloco 1, onde agente [sic] não tem tomada no banheiro (...) destinasse um pouco da verba para reformar os módulos antigos, acabando com as infiltrações e maus cheiros. Também que resolvesse os problemas da construção civil que os blocos se encontram, todos e rapidamente. tentasse melhorar o modulo mais antigo, e não dificultasse tanto para consertar ou trocar os eletrodomésticos que tem vários problemas como o vazamento de gás. Muitos creditam a má conservação à baixa qualidade no processo construtivo: uma maior responsabilidade pelas construções feitas, pois são como qualquer outro prédio da Universidade; gostaria que houvesse material para que fossem consertados os problemas, que uma empresa não ficasse empurrando uma para outra. tivesse pudor ao economizar na construção dos módulos e priorizasse o bem estar dos moradores. É comum que um estudante abra mão de horas de estudo, toda semana, para ir reclamar sobre vazamento do gás encanado, infiltrações, mal [sic] funcionamento do aquecedor solar, etc. tivesse telhados que resistissem a chuvas com ventos um pouco mais fortes. Assim, o bloco em que moro não teria rachaduras no teto e goteiras. Outros registram parcela de responsabilidade dos próprios moradores, que não têm cuidado na utilização das instalações, contribuindo para a má conservação:...tivesse um contrato de cuidado e manutenção do bem conquistado (o apartamento). Os apartamentos são muito bons e o pessoal não está nem aí. Rabiscam paredes, furam, sujam, quebram coisas, colam coisas nas paredes recém pintadas, destroem um bem que é de todos e que meus pais e os pais de todos estão pagando. (...) Ninguém cuida e eu acho que deveria ter um contrato que deveria ser assinado pelo futuro morador e

59 59 quando ele fosse sair a casa deveria ser vistoriada e ele, no mínimo, trabalhar para reparar os danos causados. Os resultados encontrados são compatíveis com os dados apurados por Fortes (2009), em Relatório de Iniciação Científica realizada na UFSCar. Em seu trabalho, o autor buscou identificar as manifestações patológicas nos edifícios da Moradia Estudantil da Universidade por meio de vistoria e observação das construções, com identificação de falhas que prejudicam o desempenho das edificações em relação à estabilidade, estética e habitabilidade. O trabalho classificou as patologias identificadas como falhas de projeto (operações de construção mal executadas por falta de detalhamento, omissões ou equívocos de projeto, relativos aos materiais e às técnicas construtivas); falhas de execução (falta de controle dos serviços, omissão de alguma especificação que conste em projeto e falta de cumprimento da normalização técnica); falhas de qualidade dos materiais (elementos que independentemente da qualidade do projeto e/ou execução encontram-se deteriorados); e falhas decorrentes do uso/pós-uso (danos decorrentes da falta das ações necessárias à garantia do seu desempenho satisfatório ao longo do tempo). Do total das patologias encontradas na vistoria, 60% foram consideradas falhas de projeto; 30% falhas de execução e 10% decorrentes do uso/manutenção. Não foram encontradas patologias decorrentes de falhas de qualidade de materiais (FORTES, 2009). O autor observou que as manifestações patológicas, especialmente aquelas decorrentes de falhas de projeto, são mais freqüentes nos Módulos 3, 4, 5 e 6. Um único problema foi identificado em todos os módulos: o caimento invertido nos pisos (cimentado liso e/ou cerâmico), decorrente de falhas de execução. O Quadro 3 lista as manifestações patológicas descritas e classificadas pelo autor como decorrentes de falhas de projeto por Módulo.

60 60 Quadro 3 Manifestações patológicas decorrentes de falhas de projeto nas edificações da Moradia estudantil da UFSCar (adaptado de FORTES, 2009) Cobertura/ Fachada Manifestações patológicas descritas Ausência de calha no telhado ocasionando fissuras e bolores na parte inferior das fachadas do edifício. Ausência de pingadeiras e de peitoril Módulo 3 Módulo 4 Módulo 5 Módulo 6 Módulo 7 Módulo 8 Fissuras no revestimento de argamassa das paredes de fachada, ocasionando mapeamento dos blocos Fissuras horizontais nas paredes de fachada, localizadas na linha das lajes de cobertura Fissuras horizontais na região das vergas e contra vergas de portas e janelas Fachada/ Área Externa Fissuras verticais na região das vergas e contra-vergas de portas e janelas Ausência de calha no telhado ocasionando fissuras e bolores na parte inferior das fachadas do edifício. Bolores nas escadas ocasionadas pela exposição à chuva e a umidade Fissuras verticais nos panos das paredes de fachada, dividindo-a. Fissuras escalonadas nas fachadas das paredes junto a laje, ao piso térreo e a cobertura. Ausência de coxim originando possíveis fissuras Área Interna Mofo nas paredes da casa de banho e guarda roupas devido à umidade No Quadro 4 estão listadas as manifestações patológicas descritas e classificadas pelo autor como decorrentes de falhas de execução por Módulo. Quadro 4 Manifestações patológicas decorrentes de falhas de execução nas edificações da Moradia estudantil da UFSCar (adaptado de FORTES, 2009) Manifestações patológicas descritas Módulo 3 Módulo 4 Módulo 5 Módulo 6 Módulo 7 Módulo 8 Cobertura/ Fachada Fachada/ Área Externa Tubo de ventilação de esgoto interno ao ático, sem ultrapassar o telhado Destacamento no encontro entre paredes da fachada e calçada (recalque). Manchas esbranquiçadas devido à má hidratação da cal Eflorescências (formação de depósito salino) Caimento invertido nos pisos (cimentado liso e/ou cerâmico) Área Interna Infiltração de água nos tetos da cozinha e casa de banho Falhas no rejuntamento e impermeabilização junto ao ralo Irregularidades graduais nos revestimentos de pisos e paredes Instalações Ralos entupidos, provocando vazamento de água

61 61 No Quadro 5 estão listadas as manifestações patológicas descritas e classificadas pelo autor como decorrentes de falhas decorrentes do uso/manutenção por Módulo. Quadro 5 Manifestações patológicas decorrentes de falhas de execução nas edificações da Moradia Estudantil da UFSCar (adaptado de FORTES, 2009) Manifestações patológicas descritas Módulo 3 Módulo 4 Módulo 5 Módulo 6 Módulo 7 Módulo 8 Fachada/ Área Externa Corrosão das janelas exterior Destacamento do revestimento do piso cerâmico Área Interna Destacamento da pintura devido a umidade na parte inferior das paredes Instalações Vazamento nos sifões das pias de cozinha e casa de banho As Figuras 18 a 25 mostram exemplos de problemas (manifestações patológicas) nas áreas internas e externas dos Módulos que compõem a Moradia Estudantil da UFSCar. Figura 18 Infiltração em laje de Bloco do Módulo 3

62 Figura 19 Presença de umidade em parede de Bloco do Módulo 4 62

63 Figura 20 Forro danificado com exposição de instalação elétrica de chuveiro em Bloco do Módulo 5 63

64 Figura 21 Presença de bolor em forro de Bloco do Módulo 5 64

65 Figura 22 Pintura danificada em parede externa do Módulo 5 65

66 Figura 23 Presença de infiltração em parede externa do Módulo 5 66

67 Figura 24 Pisos danificados em banheiro de Bloco do Módulo 4. 67

68 Figura 25 Piso solto em sala de Bloco do Módulo 5 68

69 Iluminação Tanto as condições de iluminação natural quanto de iluminação artificial dos diferentes cômodos que integram os Blocos da Moradia estudantil da UFSCar foram bem avaliadas, tendo sido consideradas boas e ótimas pela maior parte dos entrevistados para a sala, os quartos e o banheiro. Somente a iluminação natural da cozinha foi classificada como regular pela maioria dos moradores. Uma análise das plantas baixas de diferentes Módulos permite perceber que os cômodos são normalmente pequenos e com janelas voltadas, muitas vezes, para pátios internos ou áreas de menor insolação, especialmente nas construções mais antigas. Entretanto, nota-se pelos resultados, que a iluminação artificial, bem dimensionada, compensa as falhas da iluminação natural, conforme detalhado no Gráfico 13. Gráfico 13 Número de entrevistados segundo avaliação sobre condição de iluminação natural e artificial nos cômodos da Moradia Estudantil Conforto térmico Os entrevistados foram questionados a respeito das condições que garantem conforto térmico aos moradores a temperatura no interior dos Blocos em diferentes estações

70 70 do ano (verão e inverno) e a ventilação nos diferentes cômodos (sala, quartos, cozinha e banheiro). A temperatura ambiente foi avaliada de forma quase semelhante no verão e no inverno. Nota-se uma melhor, ainda que de forma discreta, avaliação da temperatura no verão em relação à temperatura no inverno, conforme detalhado no Gráfico 14. Gráfico 14 Número de entrevistados segundo avaliação sobre temperatura ambiente em diferentes estações do ano. Já a ventilação nos diferentes cômodos foi bem avaliada pela maioria dos entrevistados para a sala, os quartos e a cozinha. Entretanto, a ventilação do banheiro foi considerada insatisfatória por 66% dos entrevistados, conforme demonstrado no Gráfico 15.

71 71 Gráfico 15 Número de entrevistados segundo avaliação sobre condição de ventilação nos diferentes cômodos Outros aspectos citados nos depoimentos Ao responder a última questão do instrumento de coleta de dados, os entrevistados foram estimulados e tiveram a oportunidade de registrar suas fantasias e desejos a respeito da Moradia Estudantil. Ao completar a frase Eu gostaria que a Moradia Estudantil da UFSCar..., os alunos abordaram diferentes aspectos de sua vivência como beneficiários do Programa de Bolsa Moradia da Universidade. Alguns utilizaram a oportunidade para simplesmente elogiar o Programa e a Moradia Estudantil. Outros reconhecem que são necessárias melhorias, mas ressaltam seu importante papel para permitir a permanência do aluno na Universidade: na verdade, acho que a moradia da UFSCar é muito boa, comparada com outras das quais tenho notícias. continuasse assim. não só porque preciso, mas por que é muito legal e a instalação ótima!!!!!

72 72 só tenho que agradecer, pois a moradia da UFSCar sempre me ajudou, sem ela não seria possível minha permanência na Universidade. pra mim está tudo ok todas as suas características são positivas. continuasse sendo esse lugar onde me sinto como em casa, porém com algumas pequenas modificações que podem fazer dela um lugar ainda melhor. (...) No mais eu acho o alojamento da UFSCar muito bom, acredito que se soubermos preservar aquilo que nos é emprestado e aprender a respeitar esse espaço não haverá problemas. continuasse melhorando como está fosse ainda mais confortável fosse um pouco maior, os quartos pelo menos, mas agradeço pelo que temos! fosse um exemplo para a comunidade acadêmica e uma prioridade da gestão administrativa da UFSCar. Sem dúvida são louváveis os esforços empenhados pelas últimas gestões para ampliar o acesso de camadas populares à Universidade, entretanto, quando o assunto é a permanência ainda precisamos melhorar muito. Com relação ao projeto arquitetônico das edificações, um entrevistado destacou o desejo de que fosse elaborado considerando as reais necessidades dos estudantes universitários: fosse pensada com base nas necessidades de conforto e paz que os estudantes carecem e precisam para estudar e ter boas noites de descanso. A Moradia deve ser realmente um lugar de morada, e não o termo passageiro que nos remetemos quando se fala "Aloja". Parecem que se esquecem [sic] que ficamos muito tempo longe de casa, que criamos uma segunda casa aqui. enfim, que a moradia se parecesse mais com uma moradia, não com um alojamento, que pressupõe que o estudante fique a maior parte do tempo fora de casa e só volte para dormir e comer.

73 73 Outros entrevistados registraram sua expectativa de que as opiniões por eles emitidas para esse estudo e em outras oportunidades sejam efetivamente consideradas pela Universidade para melhorar as condições de moradia e para que os novos projetos não repitam os erros e problemas encontrados nas edificações já existentes:... de fato levasse a sério o tempo dos alunos que foi gasto nas respostas deste questionário. levasse em conta estes questionários que tomou [sic] um certo período de tempo da vida dos estudantes da moradia...seguisse três princípios: (...) atender todas as necessidades dos moradores quanto às moradias, sempre que possível; e espero que todas as informações coletadas sejam de grande valia. (...) Por último... Eu gostaria que a moradia da UFSCar ouvissem [sic] nossas opiniões. Outro tema levantado foi o da preocupação com a sustentabilidade das edificações: tivesse uma boa forma de esquentar a água do chuveiro para não mais disperdissar [sic] muitos litros de água até que essa se esquente. que os chuveiros (que já são ótimos inclusive nos modelos) também tivessem a opção de aquecimento elétrico, ou seja, nos dias quentes pudéssemos usar o aquecimento solar com aquele modelo de chuveiro mesmo que é muito bom, e nos dias frios que aquecimento pudesse ser feito através de uma resistência elétrica derrepente [sic] poderiam ser dois chuveiros no mesmo banheiro, já que no inverno com certeza iremos sofrer. (...) Assim, eu gostaria que a Moradia Estudantil da UFSCar se tornasse um exemplo de sustentabilidade e formação político-humanizadora (com práticas ecológicas incorporadas desde os projetos dos prédios, gestão de resíduos, aproveitamento de energia e reuso de água, até as relações entre as pessoas, assistentes sociais e demais segmentos da universidade). Desta forma, acredito que a UFSCar fará jus ao Plano Nacional de Assistência Estudantil, garantindo ao estudante universitário um direito uma vez que se trata de relevante serviço público prestado ao país. Pois o estudante que vive ali é o mesmo que, desenvolvendo ciência e tecnologia, fazendo pesquisas e extensão,

74 74 representa a Universidade e contribui para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e sustentável. (desculpe ter escrito tanto, mas estou deixando a moradia e a UFSCar e sempre completei a frase a moradia que eu quero é...) construções mais sustentáveis (lembrar do aquecedor solar mau [sic] dimensionado e compra de chuveiros elétricos) Uma das dificuldades relatadas com maior freqüência e uma necessidade expressa por muitos dos entrevistados dizia respeito às condições para a higienização de suas roupas: tivesse mais maquinas para lavar roupas. Acredito que poderia melhorar algumas coisas, acho que a lavanderia poderia ser arrumada. Porém acho que não deveria colocar mais máquinas ou tanquinhos, pois as pessoas não contribuem e quebram. no meu módulo fosse implementado um tanque para que podamos [sic] lavar roupa tivesse melhores condições pra lavar roupa (tanquinho na lavanderia) melhorasse as lavanderias tivesse máquinas de lavar roupa! Mais uma lavanderia, e reparo nas máquinas quebradas. Foram construídas 2 lavanderias com 2 tanquinhos em cada. No ultimo ano criaram 2 módulos novos, e nenhuma outra lavanderia foi construída, ao contrário, 2 dos 4 tanquinhos estão quebrados, são 2 tanquinhos para aproximadamente 483 alunos (pelas minhas contas). Poderíamos também, ao invés de lavanderias coletivas (que não são uma por módulo mas na verdade, se não me engano 2 para 8 prédios com um número pequeno de tanquinhos, varais e tanques) tivéssemos uma lavanderia por módulo ou mesmo, o que seria ainda melhor, uma maquina de lavar roupas ou mesmo um tanquinho em cada apartamento (acaba que perdemos muito tempo lavando roupas na mão, disperdiçamos [sic] muita água e produtos de limpeza e nunca temos oportunidade de ultilizar [sic] os tanquinhos mecânicos das únicas duas lavanderias pois sempre estão em uso, muitas vezes pra lavar apenas

75 75 uma única peça de roupa, fora que não há espaço para estender as roupas para secar e temos que amarrar varais na frente das portas de entrada do apartamento); A lavanderia poderia também ser melhorada com máquinas novas para contemplar o aumento da demanda que ocorreu quando da mudança dos alunos que ocupavam o alojamento velho. tivesse uma lavanderia decente, com máquinas de lavar ou então centrífugas, para melhor secagem das roupas (com uma formação ou até punição e observação dos guardas) para que fossem bem cuidadas e não ficassem como estão hoje os tanquinhos (2 deles estão em péssimo estado, sendo que 1 está totalmente destruído); tivesse máquinas de lavar com centrífugas, tivesse mais varais, tivesse máquinas de lavar roupa cujo uso fosse monitorado; melhorasse a área de lavanderia, pois temos muitas máquinas estragadas e pouca manutenção e área de servisso [sic] maior também. De fato, como pode ser observado nas Figuras 9, 10, 13, 14 e 22, não apenas as instalações e equipamentos disponíveis para lavar as roupas são insuficientes, conforme relatado, mas a falta de espaço adequado para colocar as roupas lavadas para secar leva muitos moradores a pendurar varais nas áreas de circulação e acesso aos Blocos, expostas de maneira inadequada e sem segurança. Nesse aspecto, as queixas dos entrevistados corroboram os resultados encontrados por Zancul e Fabrício (2008), em trabalho realizado sobre imóveis destinados à moradia de estudantes nas imediações do campus da USP, na cidade de São Carlos, que apontou essa, entre outras, como uma das principais inadequações deste tipo de edificação. Finalmente, alguns entrevistados completaram a frase Eu gostaria que a Moradia Estudantil da UFSCar... com comentários genéricos, referentes à valorização da Moradia pela Universidade e pelos próprios moradores. tivesse mais atenção da Universidade.

76 76 fosse como a casa dos meus pais. fosse levada a sério! fosse vista como um lar para os alunos e não como um lugar onde eles apenas dormem fosse mais democrática na hora de resolver os problemas que ocorrem na moradia, não privilegiando os alunos de acordo com o período em que se encontram no curso. fosse um local que todos pudessem considerar como suas próprias casas realmente, e assim respeitassem todas as pessoas que moram na moradia e vivem as mesmas coisas na faculdade. fosse também residência do reitor, do prefeito universitário, do engenheiro da construção e todos que estejam envolvidos diretamente no planejamento, construção e administração da moradia estudantil. Somente assim as devidas providências podem ser tomadas com rapidez.

77 77 7. Conclusões A análise das respostas apresentadas pelos participantes do levantamento de dados e a observação da condição das edificações que compõem a Moradia Estudantil permitiram verificar os fatores avaliados de forma positiva ou de forma negativa. Foram avaliados positivamente: a quantidade e a disposição das instalações elétricas; a quantidade e o funcionamento das instalações hidráulicas (chuveiros, vasos sanitários e lavatórios); a iluminação natural e artificial das unidades habitacionais; a ventilação nas salas, quartos e cozinhas; a função social que a Moradia cumpre, ao permitir a permanência dos alunos na Universidade. Entretanto, foram avaliados negativamente: a gestão da distribuição e do controle de ocupação das vagas disponíveis pela UFSCar; a segurança contra roubos, assaltos e presença de pessoas estranhas, incluindo supostos traficantes de drogas; a conservação das áreas comuns e áreas externas aos edifícios; o excesso de ruídos incômodos, tanto internos quanto externos às edificações; a conservação das instalações hidráulicas, com presença relatada de mau cheiro nos ralos e vazamentos em torneiras e vasos sanitários; a condição de conservação da infraestrutura de alguns Blocos, que apresentam manifestações patológicas variadas, sendo as mais presentes as infiltrações, presença de umidade nas paredes e nos forros e paredes internas com pintura danificada;

78 78 a ventilação dos banheiros; as condições disponíveis para a higienização de suas roupas. Os aspectos positivos e negativos analisados permitem concluir que há problemas que merecem a atenção dos gestores da UFSCar. Entre eles estão a necessidade de: maior controle, por parte da Universidade, com relação à distribuição e ocupação das vagas destinadas à Moradia Estudantil, de forma a evitar casos de superlotação de Blocos e/ou da existência de vagas ociosas; investimentos e adoção de procedimentos com vistas a proporcionar aos moradores maior tranqüilidade com relação à segurança contra roubos, assaltos e presença de traficantes; normatização do comportamento e utilização de tecnologias construtivas que melhorem o isolamento acústico, visto que o excesso de ruídos é uma das principais queixas dos moradores; maior cuidado na manutenção das instalações hidráulicas, que apresentam problemas como mau cheiro nos ralos e vazamentos; ações corretivas nas edificações existentes e maior cuidado na elaboração de novos projetos, de forma a corrigir/evitar diversas manifestações patológicas (estruturais ou funcionais) observadas, melhorando as condições de ventilação, especialmente nos banheiros, e as áreas de serviço, destinadas à higienização de roupas; adoção, nos novos projetos e nas edificações já implantadas, de medidas que tornem a Moradia Estudantil sustentável, especialmente quanto ao melhor dimensionamento do aquecimento solar para os chuveiros (evitando o desperdício de água), com sugestões de instalação de chuveiros elétricos adicionais, para serem utilizados de forma alternativa nos períodos mais frios, além de medidas que permitam o reuso de água, o aproveitamento de energia e a gestão de resíduos.

79 79 O Quadro 6 mostra uma síntese conclusiva das variáveis avaliadas neste trabalho, bem como os resultados encontrados e as ações propostas para a melhoria das condições encontradas. Quadro 6 Síntese conclusiva das variáveis avaliadas resultados e ações para melhoria Fatores Avaliados Sócioeconômicos Sexo Variáveis verificadas Resultados/ Avaliação da maioria dos Moradores Diferença não significativa Ações para melhoria das condições avaliadas Origem Menos de 300 km - Tempo de moradia Menos de 3 anos - - Infraestrutura, superestrutura e áreas livres Conforto ambiental Outros fatores Segurança Insatisfeitos Controlar acesso e presença de estranhos Segurança contra acidentes Regular a satisfeitos - Conservação áreas comuns Ruídos internos e externos Insatisfeitos Insatisfeitos Higienizar mais frequentemente e maior cuidado dos moradores (depredação) Normatizar a convivência e melhorar isolamento acústico Instalações hidráulicas Satisfeitos Efetuar manutenções com maior frequência Instalações elétricas Satisfeitos Maior disponibilidade de tomadas Conservação edificações Insatisfeitos Maior qualidade no processo construtivo e maior cuidado por parte dos moradores Iluminação natural Satisfeitos Melhorar condições de iluminação natural Iluminação artificial Satisfeitos Melhorar condições de iluminação natural Conforto térmico Satisfeitos Melhorar ventilação dos banheiros Projeto arquitetônico Sustentabilidade Áreas de serviços Insatisfeitos Insatisfeitos Insatisfeitos Considerar reais necessidades dos estudantes (conforto, isolamento acústico, espaço) Dimensionar melhor o aquecimento solar, instalar chuveiros elétricos, reutilizar água Melhorar condições para lavar, secar e passar roupas

80 80 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDIFES. Plano Nacional de Assistência Estudantil. Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, Brasília, BASSO, A.; MARTUCCI, R.. Uma visão integrada da análise e avaliação de conjuntos habitacionais; aspectos metodológicos da pós ocupação e do desempenho tecnológico. In: Alex Kenya Abiko; Sheila Walbe Ornstein. (Org.). Inserção urbana e avaliação pós ocupação (APO) da habitação de interesse social. 1 ed. São Paulo: FAU-USP-Coletânea Habitare, 2002, v. 1, p BINS ELY, V. H. M.; CAVALCANTI, P. B.; BEGROW, A. P.; DENK, E. C. Avaliação pósocupação em Hospital da Universidade Federal de Santa Catarina. Ilha do Mel: Congresso de Iniciação Cientifica em Arquitetura e Urbanismo, Anais... Florianópolis: UFSC, BRANDÃO, D. Q.; HEINECK, L. F. M. Significado multidimensional e dinâmico do morar: compreendendo as modificações na fase de uso e propondo flexibilidade nas habitações sociais. Ambiente Construído (São Paulo), Porto Alegre, v. 3 (4), n. 4, p , BRASILEIRO, A.; DEZAN, M.; RHEINGANTZ, P.; DUARTE, C. Avaliação de desempenho das instalações internas do PROARQ utilizando wish poem. In: NUTAU Demandas Sociais, Inovações Tecnológicas e a Cidade. ANAIS...São Paulo: USP: NUTAU, CÍRICO, L. A. Por dentro do espaço habitável: uma avaliação ergonômica de apartamentos e reflexos nos usuários. Florianópolis: UFSC, DAUER, S; SATO, R.S.U.; HANNS, D.K. Um método de organização de etapas de pesquisa com aplicativos online. InfoDesign Revista Brasileira de Design da Informação n. 6, v.1, p , ELALI, G.A.; VELOSO, M. Estudos de avaliação pós-ocupação na pós-graduação: uma perspectiva para a incorporação de novas vertentes. In: NUTAU Demandas Sociais, Inovações Tecnológicas e a Cidade. ANAIS...São Paulo: USP: NUTAU, FALCOSKI, L. A. N. Análise Morfológica de Desempenho : Instrumentos Urbanísticos de Planejamento e Desenho Urbano. São Paulo: USP, FONSECA, J. F.; RHEINGANTZ, P. A. O ambiente está adequado? Prosseguindo com a discussão. Produção, São Paulo, v. 19, n. 3, p , set./dez FORTES, E. Estudo das manifestações patológicas nas edificações residenciais de estudantes numa instituição de ensino superior pública. São Carlos: UFSCar, HINO, M. K. ; MELHADO, S. B.. Melhoria da qualidade do projeto de empreendimentos habitacionais de interesse social utilizando o conceito de desempenho. In: CONGRESSO

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83 83 9. APÊNDICE 1 Correspondência enviada ao Departamento de Serviço Social da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis

84 84

85 10. APÊNDICE 2 - Questionário eletrônico para coleta de dados 85

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88 88

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92 APÊNDICE 3 Mensagem eletrônica enviada em 29/10/2009 aos alunos beneficiários de bolsa-moradia no ano de 2009

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