Exame de Direito das Sucessões COD. LM /2016-2

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1 INSTRUÇÕES: 1. Este exame divide-se em duas partes sendo uma de ordem prática e outra de ordem teórica. 2. Para solução da parte PRÁTICA a(o) estudante deverá eleger um dos casos práticos apresentados e sobre ele definir a sucessão, ou seja, apontar o quanto caberá (ou não caberá) aos herdeiros e legatários presentes na narrativa. - Deverá ainda esboçar um mapa da partilha, identificando (destacando) o quantum corresponde a parte disponível e indisponível (onde houver) e a razão de ser este montante e não outro, o quantum se distribuiu a título de quota legítima, quota legitimária ou liberalidade a cada herdeiro, bem como o total arrecadado por cada um. - Pode-se utilizar de valores e/ou frações e/ou percentuais. - Além disso, deverá elaborar um correspondente texto justificando as operações efetuadas, é dizer, explicitando o raciocínio jurídico sucessório desenvolvido e apontando a razão e o fundamento legal da forma da partilha, com acréscimo de outras informações pertinentes à compreensão do tratamento legal dado ao caso. Essa questão terá o peso de 13 (treze) valores. 3. Para solução da parte TEÓRICA o estudante deverá eleger uma das temáticas apresentadas e proceder a uma abordagem dissertativa em, no mínimo 15 e no máximo 30 linhas. Tenha em vista apresentar uma resposta objetiva, entretanto, com a maior abrangência do conteúdo e uma coerente construção textual, de modo que da redação se possa identificar a presença de seguro conhecimento do assunto. Essa questão terá o peso de 6 (seis) valores. 4. É facultada a consulta exclusivamente ao vigente Código Civil, em exemplar sem comentários ou anotações. 5. A mera transcrição de artigos da lei civil não será levada em consideração para efeito de avaliação. 6. Solicita-se esforço caligráfico. 7. É reservado o montante de 1 (um) valor para composição da nota a título de avaliação sistêmica e global do exame. Votos de Boa Prova! SOBRE ESSE ESPELHO DE EXAME 1) Dissertação: indica-se alguns dos aspetos importantes a serem considerados elaboração do texto dissertativo. Trata-se de abordagens possíveis levando-se em conta o limite de linhas que foi imposto. 2) Questões práticas: são indicados a solução sucessória que resultará no mapa da partilha; igualmente é apresentada uma abordagem possível (abordagem ideal) do raciocínio usado na construção desse mesmo mapa. Página 1 de 12

2 1. Aceitação, Repúdio e Alienação da Herança PONTOS DE ABORDAGEM: - Características: Pessoalidade (outorga conjugal, responsabilidades parentais), Individualidade, Transmissibilidade, Incondicionalidade, Fracionalidade, Anulabilidade, Forma, Efeitos, Prazo. Aceitação a benefício do inventário e aceitação pura e simples. 2. Direito de Representação em matéria sucessória PONTOS DE ABORDAGEM: - noção (suceder por representação e suceder por direito próprio), abrangência (aplicação à sucessão legítima, legitimária e testamentária com os limites desta) e extensão; possibilidade de afastamento da representação pelo autor da herança, alcance (prémorte e comoriência), diferença em relação à transmissão do direito de suceder e co-relação dessa hipótese com o repúdio e a aceitação da herança do representado. 3. Colação, Inoficiosidade e Redução das Liberalidades PONTOS DE ABORDAGEM: - Colação e imputação: diferenças. Obrigação de colacionar e pena de sonegação. Pessoas obrigadas a proceder a colação. Conceito de inoficiosidade. Procedimento da redução da liberalidades 4. Sucessão Legítima e Sucessão Legitimária: diferenças e aplicações: efetivação do direito à legítima (ou, cálculo da legítima) PONTOS DE ABORDAGEM: Limitação da disponibilidade patrimonial - fundamento. Concomitância das modalidades de sucessão. Comprometimento da parte disponível pelo excesso do adiantamento da legtítima. A reserva de 1/4 em benefício do cônjuge sobrevivo. 5. Capacidade Sucessória: indignidade e deserdação PONTOS DE ABORDAGEM: - âmbito de aplicação de uma e outra; necessidade ou não da declaração de indignidade e posse de bens da herança e a reforma legal; indignidade de direito de representação: fundamentos; possibilidade de reabilitação e simples previsão testamentária; Página 2 de 12

3 QUESTÃO PRÁTICA 1 ARNALDO Morreu no ano de 1999 deixando bens no valor de e dívidas no valor de Sobreviveram-lhe os seguintes familiares: - Bernardo, seu irmão germano; - Carlos, irmão uterino, filho do primeiro casamento de sua mãe; - Rodrigo, filho de seu irmão Bernardo a quem doara um bem avaliado em no ano de 1998; - Sandra, Teresa e Patrícia, filhas de Duarte, seu irmão pré-falecido em 1995, sendo este irmão nascido da relação extramatrimonial de seu pai. Por testamento ARNALDO atribuíra metade da sua herança a um seu amigo de nome Xavier, e um quarto da herança ao irmão Duarte, tendo declarado que se este não quisesse ou não pudesse aceitar, tal quota deveria reverter para Bernardo. Supondo que Teresa repudiou a herança, proceda à respectiva partilha. RESPOSTA: Por força do que dispõe o artigo 2024 do vigente Código Civil Português, com a morte de Arnaldo abre-se a sua sucessão com a consequente devolução dos bens que lhe pertenciam. Ante a inexistência da 1a e 2a classe de sucessíveis, o caso narrado aponta para uma sucessão na linha colateral do 2 e 3 graus (artigo 2133, c ) e aponta para, c) SUCESSÃO LEGÍTIMA (não havendo herdeiros legitimários) e, d) SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA (dada a existência de testamento), com possível atração dos institutos: e) DIREITO DE REPRESENTAÇÃO (face a notícia da existência de irmão pré-morto do autor da herança), f) DIREITO DE ACRESCER (face a notícia de repúdio por parte de um dos herdeiros). g) OCORRÊNCIA DE SUBSTITUIÇÃO (face a previsão testamentária desse instituto) tudo conforme análise seguinte: Proceda-se, inicialmente ao pagamento das dívidas da herança, posto que no caso presente não há que se proceder ao cálculo da legítima, procedimento que é reservado exclusivamente para a sucessão legitimária, é dizer, sucessão com a presença de herdeiros cuja quota hereditária é reservada por lei, acarretando a indisponibilidade de parte do património. Em outras palavras a existência de cônjuge, descendentes e ascendentes do autor da herança aponta para a presença de herdeiros legitimários a quem, por força de lei, é reservada uma dada quota da herança, variável esta de acordo com a conformação familiar do falecido (é dizer, a existência de cônjuges e Página 3 de 12

4 descendentes ou cônjuge e ascendentes ou, inexistência de cônjuge e existência um ou mais de um descendentes, enfim, conforme o número, qualidade e concomitância dos familiares, será a quota disponível do autor da herança), e que encontra diversos fundamentos tendo todos, como pano de fundo comum, a salvaguarda do interesse da família mais próxima. A presente sucessão, entretanto, passa-se exclusivamente na linha colateral de 2 (irmãos) e 3 (filhos de irmão) graus e, portanto, apenas a sucessão legítima, além da testamentária. O fato de passar-se a sucessão na espécie legítima implica dizer que cada chamado nessa qualidade (com essa designação) terá direito a uma parte igual a dos demais, com exceções muito bem delimitadas na lei, precisamente com relação a quota devida aos representantes dos herdeiros que não puderem ou não quiserem receber, e ao quinhão devido aos colaterais ligados ao autor da herança por apenas uma linha de parentesco (paterna ou materna), sendo o que ocorrerá precisamente na sucessão de Arnaldo posto possuir um irmão germano, um irmão uterino e um irmão consanguíneo. Procede-se, num primeiro momento ao pagamento das dívidas da herança, de modo que dos relicta da ordem de subtraem-se as dívidas da ordem de , restando Observe-se, por oportuno, que é desse valor é que se obterá a correspondente a metade (1/2) da herança para contemplar Xavier - pagar-lhe a deixa testamentária, e o um quarto (1/4) para contemplar Duarte ou seu substituto, Bernardo, dado que s dívidas do falecido preferem o cumprimento das deixas testamentárias (devem ser pagas em primeiro lugar), segundo dispõe o n.2 do artigo 2070 do Código Civil Português. Assim, 1/2 da herança a ser deferida como deixa testamentária à Xavier, corresponde a e, 1/4 da herança a ser deferida a Duarte ou em substituição à Bernardo corresponde a , de forma que, do total de restam na herança a serem partilhados na forma da sucessão legítima, contemplando os herdeiros legítimos do falecido que são: Bernardo, Carlos e Sandra, Teresa e Patrícia em representação de Duarte, irmão pré-morto. A representação, instituto sucessório por meio do qual os descendentes de um herdeiro ou legatário é chamado a ocupar a posição daquele que não pode ou não quis aceitar a herança ou o legado, alcança a linha colateral até o 2 grau, ou seja, em benefício dos descendentes de irmão do falecido. Não se estende para além do 2 grau colateral, mas alcança a descendência até onde existir. A sucessão de Arnaldo, como já foi dito, guarda ainda uma ordem de consideração importante para o desate da partilha, visto que ele possuía um irmão germano (Bernardo), um irmão uterino (Carlos) e um irmão consanguíneo (Duarte), fato que interfere no quinhão hereditário de cada Página 4 de 12

5 um de modo que, o irmão germano recebe o dobro do quinhão de cada um dos outros (art ). Sendo assim, dos restantes caberá à Bernardo , à Carlos e à Duarte caberia que serão partilhados entre suas três representantes, cabendo a cada uma 3.333,33. Como, entretanto, Teresa repudiou a herança, a sua parte acrescerá à de suas irmãs Sandra e Patrícia no importe de 1.666, 66 cada uma. A Bernardo caberá ainda a deixa testamentária no valor de , benefício que recebe em substituição ao falecido irmão Duarte que, por isso mesmo ficou impedido de aceitar. Tratandose de sucessão legítima que se passa no 2 grau colateral é total a liberdade de testar do autor da herança e, a possibilidade de fazer substituir um contemplado por outro também lhe é conferida por lei (art ), impondo-se essa vontade declarada em testamento ao direito de representação que, eventualmente teriam os(as) filhos(as) de Duarte. MAPA DA PARTILHA Herdeira(o) Quinhão hereditário Acrescer Deixa Testamentária TOTAL IND. Bernardo irmão/direto/test 20,000 40,000 60,000 Carlos irmão/direto 10,000 10,000 Sandra sobrinha/repres 3,333 1,666 5,000 Teresa sobrinha/ repúdio 0 Patrícia sobrinha/repres 3,333 1,666 5,000 Rodrigo (*) doação recebida sem interesse para essa sucessão 0 Xavier herdeiro restamentário 80,000 80,000 TOTAL GERAL 160,000 (*) Rodrigo nada recebe da herança. A doação recebida não tem relevância para a sucessão do doador, nesse caso. Página 5 de 12

6 QUESTÃO PRÁTICA 2 ANTÓNIO faleceu no ano de 2002, tendo-lhe sobrevivido o cônjuge Berta, os filhos Carlos e Daniel, e o neto Francisco, filho de Carlos. Em 1995 ANTÓNIO fizera uma doação ao filho Carlos, no valor de , com dispensa da colação. Em 1996 fizera uma doação ao neto Francisco, no valor de Em 1998 fizera doação à Berta, no valor de ANTÓNIO deixara bens no valor de , e dívidas no valor de 5.000, Em testamento, deixou expresso sua vontade de que toda sua quota disponível, ou o que restasse dela, revertesse em proveito do primo Manoel, que é pai do infante Pedro. Manuel, entretanto, foi declarado homicida de ANTÓNIO. Daniel repudiou a herança. RESPOSTA (paradigma): Por força do que dispõe o artigo 2024 do vigente Código Civil Português, com a morte de António abre-se a sua sucessão com a consequente devolução dos bens que lhe pertenciam. O caso narrado aponta para uma sucessão na linha reta descendente e: a) LEGITIMÁRIA (face a presença de herdeiros legitimários, nomeadamente o cônjuge Berta e os descendentes de António: Carlos, Daniel e Francisco a quem, por força de lei, é reservada uma dada quota da herança, variável esta de acordo com a conformação familiar do falecido (é dizer, a existência de cônjuges e descendentes ou, cônjuge e ascendentes ou, inexistência de cônjuge e existência um ou mais de um descendente, enfim, é de acordo com o número, qualidade e concomitante existência dos familiares que será definida a quota disponível para autor da herança), e que encontra diversos fundamentos, tendo todos como pano de fundo comum, a salvaguarda do interesse da família mais próxima. Assim, a existência de herdeiros legitimários limita o poder de disposição gratuita do autor da herança - prática de atos de liberalidade - em vida ou para depois da morte. b) LEGÍTIMA (sobre o remanescente da herança, após pagas as quotas legitimárias) e, c) TESTAMENTÁRIA (dada a existência de testamento), com possível atração dos institutos: d) DO CÁLCULO DA LEGÍTIMA (necessário face a existência de herdeiros legitimários, sendo este o modo pelo qual se calcula a quota legitimária global, ou legitima objetiva, para daí fixar-se a quota legitimária individual ou subjetiva, verificando-se ainda se as liberalidades praticadas em vida pelo autor da herança ultrapassam ou se limitam a esse montante), e) DA COLAÇÃO (face às doações realizadas em vida pelo autor da herança), Página 6 de 12

7 f) DA REDUÇÃO DAS LIBERALIDADES FEITAS EM VIDA (caso se apure que as doações feitas pelo autor da herança ultrapassaram a quota disponível apurada com o cálculo da legítima), g) DA EXCLUSÃO POR INDIGNIDADE (ante a notícia de ato típico de indignidade praticado pelo herdeiro testamentário), h) DA REPRESENTAÇÃO (face a notícia da existência de descendentes de herdeiro testamentário autor de ato de indignidade), i) DO DIREITO DE ACRESCER (face a notícia de repúdio por parte de um dos herdeiros legitimários). tudo conforme análise seguinte: Proceda-se, inicialmente, ao cálculo da legítima a partir dos dados narrados, atendendo-se aos Relicta (plural de relictum, palavra que indica os bens existentes no património do autor da sucessão à data da sua morte) ao valor dos bens doados (designado pelo nome de donata ou donatum), as despesas sujeitas à colação e as dívidas da herança. Registe-se, por oportuno que todas as doações feitas pelo autor da herança são relevantes para o cálculo da legítima, sejam aquelas feitas a herdeiros legitimários - presuntivos herdeiros ou não -, sejam aquelas feitas a outros parentes ou a estranhos. Isto porque a quota legitimária é abrangente de todas as liberalidades realizadas e não apenas aquelas em favor de herdeiros legitimearios. Registe-se ainda que a ordem dos fatores a ser considerada nesse cálculo passa por dois distintos entendimentos doutrinários, defendido um deles pela Escola de Lisboa e outro pela Escola de Coimbra. Para a primeira (Escola de Lisboa), as liberalidades devem responder pelo passivo da herança, razão pela qual ao relictum deve somar-se o donatum para só depois subtraírem-se as dívidas da herança. Já para a escola de Coimbra o donatum não responde pelo passivo, e sua inclusão na herança no momento de calcular-se a legítima destina-se, exclusivamente a proteger a quota legitimária dos herdeiros legitimários e não os credores. * nesse pormenor o estudante poderia optar por uma ou outra das teses e simplesmente continuar a seguir o raciocínio a partir dela, notadamente porque essas posições doutrinárias assumem real importância quando a herança é deficitária, o que não acontece no caso em questão. Página 7 de 12

8 Seguindo o entendimento da Escola de Coimbra passa-se ao cálculo da legítima abatendo-se ao valor dos bens deixados ( ), o valor das dívidas da herança (5.000 ), acrescendo-se ao resultado o valor das doações realizadas no total de ( ), obtendo-se o total de Deste valor, dois terços (2/3), ou seja , corresponde ao valor da legítima global/objetiva; e o um terço (1/3) restante corresponde a quota disponível, isto é, A legítima global, no valor , será distribuída por entre os herdeiros legitimários de acordo com a regra da divisão por cabeça, prevista no art. 2136, aplicável ex vi do art. 2157, ambos do Código Civil. Assim, cada herdeiro legitimário terá direito a receber a título de sucessão legítima. Já a essa altura, duas ordens de considerações são relevantes: 1a) Quando há concorrência entre descendentes e cônjuge, a quota deste não pode ser inferior a uma quarta parte da herança, ex vi do artigo 2139, 1. Entretanto, não há necessidade de aplicação dessa regra ao caso presente tendo em vista que a divisão a ser feita é inferior e não superior a quarta parte garantida/reservada por lei ao cônjuge; 2a) Uma vez que Daniel repudiou a herança, irá operar o direito de acrescer a favor dos demais herdeiros que com ele foram chamados, nos precisos termos do artigo 2137, 2 c.c Estes artigos conferem o direito de acrescer em favor dos sucessíveis da mesma classe quando inexistente o direito de representação. Com efeito, tivesse Daniel algum descendente, este arrecadaria a quota que lhe viesse a ser atribuída, posto que a representação precede o acrescer, como se depreende o artigo Anote-se, por oportuno, que tanto o cônjuge sobrevivo Berta, quanto Carlos, irmão do repudiante Daniel serão beneficiados com o acréscimo. Diferentemente se passariam as coisas se o concurso sucessório se desse entre o cônjuge sobrevivo e os ascendentes de António, caso quaisquer deles ascendentes repudiasse a herança. Nesse caso, aplicar-seia a regra específica do artigo 2143, acrescendo a parte(s) do repudiante(s) somente entre os demais ascendentes, e não também ao cônjuge. Feito o cálculo da legítima cabe agora proceder ao pagamento aos herdeiros legitimários, considerando-se o instituto da colação e da possível redução de liberalidades. Página 8 de 12

9 A colação é um procedimento sucessório que objetiva igualar a partilha dos herdeiros legitimários, e se efetua, como regra, é dizer, de acordo com a lei, imputando-se o valor que os bens doados ou a importância das despesas sujeitas a colação (art ) tiverem à data da abertura da sucessão, na quota hereditária. Essa imputação resulta do fato de se considerar que as doações feitas aos descendentes implicam em adiantamento da sua parte na herança - adiantamento da legítima. Excepcionalmente, quer dizer, por manifestação expressa do autor da herança (no ato da liberalidade ou em testamento), o donatário pode ser dispensado da colação, caso em que a doação que lhe tiver sido feita será imputada na parte disponível da herança. Colacionar implica, a um só tempo, informar a existência da doação ou das despesas recebidas e imputar (descontar) na quota hereditária, exceto se o autor da herança houver dispensado o donatário da colação. Dispensar da colação não significa dispensar de informar a doação, posto que esta será sempre indispensável ao cálculo da legítima (com a exceção de, nesse caso, a coisa que tiver perecido em vida do autor da sucessão por facto não imputável ao donatário - art ). Outrossim, dispensar significa precisamente evitar a imputação do valor doado na quota hereditária, em outras palavras, significa que o autor da sucessão tem clara intenção de beneficiar o donatário na parte da herança que lhe é disponível. No caso narrado, António (autor da herança) havia feito três doações, sendo uma em 1995 a Carlos, no valor de , com dispensa da colação, outra em 1996 ao neto Francisco, no valor de , e finalmente em 1998 fizera doação ao seu cônjuge Berta, no valor de Para melhor solução da partilha cabe antes resolver as seguintes questões: 1) A parte disponível da herança comporta a doação feita a Carlos e a Francisco? 2) Carlos e Francisco estão obrigados a proceder a colação? Onde será imputada a doação feita a Francisco, neto do autor da herança? 3) Berta, na qualidade de cônjuge está obrigada a colacionar? A doação feita ao cônjuge será imputada na quota disponível ou indisponível? Sabemos que António dispunha de 1/3 de seu património para a prática de liberalidades, correspondente (conforme apurado com o cálculo da legítima) a Esse valor comporta a liberalidade feita a Carlos com dispensa da colação/imputação, restando, portanto, na parte disponível. A segunda doação fora feita ao neto Francisco no exato importe do remanescente da parte disponível, ou seja, Francisco, posto sustentasse a qualidade de herdeiro legitimário do Página 9 de 12

10 avó António, não era, à data da doação recebida presuntivo herdeiro, é dizer, a existência de seu pai o retirava, naquele momento, da vocação sucessória e, por esta razão, ainda que viesse a suceder representando o pai Carlos, a doação a ele feita não seria imputada na sua quota hereditária e sim na quota disponível. Com essas doações já se esgotou a parte disponível da herança de António ( a Carlos a Francisco = da parte disponível), de modo que já se antevê que a última doação feita ao cônjuge Berta no importe de configura-se como doação inoficiosa sujeita, portanto, à redução. Contudo, cabe a esse respeito uma importante ordem de consideração a saber: - não fosse o caso da doação feita ao cônjuge configurar-se como doação inoficiosa, teria ela obrigação de proceder à imputação da mesma na sua quota hereditária? A esse respeito perfilam-se, pelo menos duas hipóteses de resolução. Uma que diz que, a rigor (nos termos da lei), o cônjuge não está sujeito à colação (imputação) da doação que lhe tenha sido feita. Tivesse sido intenção do legislador da Reforma do Código Civil de 1977 sujeitar o cônjuge à colação, esta ordem estaria expressa na lei; muito antes pelo contrário, a Reforma de 1977 deu ao cônjuge um tratamento diferenciado relativamente aos descendentes, colocando-o numa posição sucessória distinta, claramente mais avantajada. Outra corrente entende que não há qualquer fundamento jurídico que sustente a situação de extremo privilégio do cônjuge em comparação com os descendentes no que respeita à colação/ imputação das doações por este recebida, sendo que em casos como tais depara-se com flagrantes desequilíbrios, razão pela qual, ainda que a lei silencie, baseados nos princípio gerais de direito e de justiça deve-se considerar que também o cônjuge está sujeito à colação quando não o haja dispensado o próprio autor da herança. [* nesse ponto o estudante poderia optar por qualquer das correntes, entretanto ] No caso em análise, como logo se percebe, a doação feita à Berta, cônjuge sobrevivo de António, foi a última doação feita, e além disso ultrapassa a parte disponível de modo que sofreria redução em tanto quanto fosse necessário para que a legítima fosse preenchida (no caso específico, a redução será na totalidade da doação feita, ). Por fim, cabe verificar o cumprimento da disposição testamentária deixada por António em favor do primo Manoel de toda sua quota disponível, ou o que restasse dela. Já se sabe que nada restou da quota disponível de António, integralmente distribuída em benefício do filho Carlos e do neto Francisco. Entretanto, cabem também aqui duas ordens de considerações: - se houvesse remanescente da herança, seria possível cumprir a disposição testamentária em benefício de Manoel? Caso não fosse possível, Pedro poderia representar seu pai? Página 10 de 12

11 Ora, como Manoel foi declarado homicida do autor da herança (art ), tornou-se incapaz de sucede-lo baseado na ideia de indignidade sucessória, fato que acarreta a inexistência da devolução da sucessão ao indigno. Em outras palavras, Manoel praticou ato típico previsto na alínea a do artigo 2034 do Código Civil Português tornando-se desmerecedor da sucessão patrimonial que António lhe destinara. Quanto a Pedro, filho do herdeiro testamentário excluído por indignidade, aponte-se que este não poderá representa-lo, posto que o n.2 do artigo 2037 da vigente lei civil limita o direito de representação dos descendentes do indigno quando se tratar de sucessão legal, não sendo cabível, portanto, na sucessão testamentária. Contudo, ainda que assim não fosse, atente-se que não há remanescente na herança capaz de suportar a previsão testamentária, de modo que ainda que Manoel não fosse indigno ou que Pedro pudesse representá-lo, faltaria património para cumprir a vontade do autor da herança. Em conclusão, conforme o mapa da partilha a seguir, a presente sucessão se passará da seguinte forma: 1) O cônjuge Berta sofrerá redução na totalidade da liberalidade que lhe fora conferida e receberá o montante de a título de quota legitimária e mais referente ao acréscimo de 1/2 da quota legitimária que caberia ao descendente Daniel que, por sua vez repudiou a herança, totalizando o montante de ) O descendente Carlos manterá a doação que lhe fora feita em vida pelo autor da herança no importe de e receberá o montante de a título de quota legitimária e mais referente ao acréscimo de 1/2 da quota legitimária que caberia ao descendente., totalizando o montante de ) Daniel, por sua vez repudiou a herança e por isso não receberá nada; 4) Francisco mantém a doação que receberá do avó no importe de ) Manoel é excluído da sucessão face a sua indignidade, e Pedro não é chamado a representálo por falta de previsão legal. Página 11 de 12

12 MAPA DA PARTILHA Herdeira(o) Quota Legitimária Acrescer Disponível (Doações, test) TOTAL IND. Berta (cônjuge) Carlos (filho) Daniel (filho) 20,000 10,000 30,000 20,000 10,000 20,000 50,000 20,000 repúdio Francisco (neto) 10,000 10,000 Manoel (testamentário) Pedro (filho herd. test.) 0 0 TOTAL GERAL 90,000 Página 12 de 12

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