Semana da Segurança do Doente: Quedas. FACTORES DE RISCO medicamentos. Dr. Victor Gomes
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- Nelson Rios Castro
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1 Quedas FACTORES DE RISCO medicamentos Dr. Victor Gomes
2 Ponto prévio Cartaz Procedimento Multissectorial Prevenção e Monitorização das Quedas em Ambiente Hospitalar SDO.104 (Novo) Os parâmetros de Registo no Sistema de Gestão de Risco
3 Quedas: o maior síndrome relacionado com a idade, que envolve os sistemas musculo esquelético e o cardio -vascular Goldman & Ausielo, Cecil Medicin, 23rd Edition
4 Qual a dimensão do problema? Só cerca de metade dos idosos hospitalizados como resultado de uma queda estarão vivos um ano depois
5 Qual a dimensão do problema? Acidentes são a 5ª causa de morte nas pessoas acima dos 65 anos 2/3 destes acidentes são quedas
6 Qual a dimensão do problema? Quedas são a principal causa de morbilidade na população geriátrica
7 Como principal factor predisponente: A diminuição da massa muscular tornando as quedas a principal causa de morte acidental das pessoas idosas no domicilio
8 A maioria das quedas tem no entanto causas multifactoriais Raramente um único factor predisponente
9 Factores de Risco: Causas Internas Causas Extrínsecas Factores Ambientais
10 Causas Internas: sensoriais por perda visual, auditiva e do equilíbrio cerebrais envolvendo alterações motoras e sensoriais cognitivas, de decisão e ou de coordenação quadros confusionais, demenciais e de depressão doenças cardiovasculares, respiratórias e metabólicas
11 e patologia músculo-esquelética como: fraqueza muscular global, das cinturas e m. inf diminuição da força de preensão osteoporose d. reumatologicas osteoartropatias patologia do pé
12 Causas Extrínsecas : Medicamentosas o risco aumenta com mais de 4 medicamentos em simultâneo
13 na prescrição medicamentosa há grupos farmacológicos com claro risco acrescentado: Hipnóticos Relaxantes musculares Anti-hipertensores Diuréticos Anti-depressivos tricíclicos Anti-psicoticos
14 Factores Ambientais: São de ordem estrutural e organizativa
15 tem a ver com o espaço utilizado e as suas características mas sobretudo com o modo : como o organizamos como o mantemos
16 como o organizamos em função das características especificas dos doentes a que se destina e de como mantemos, sustentamos e adaptamos o espaço ao longo do tempo
17 Organização do espaço: Dimensões globais e espaços livres Características das camas, cadeiras, mesas, grades, degraus, Iluminação Piso e pavimento adequado Casas de banho pensadas e adequadas
18 mas também: Linearidade dos circuitos e trajectos Barras de apoio e cores direccionais Manutenção de um ciclo, aparente, dia-noite Preservação de referências com o exterior (relógio, TV, imprensa, ) Visitas liberalizadas mas acompanhadas e adequadamente controladas
19 E acima de tudo: Adequada relação inter pessoal não esquecendo quem ele é não lhe reduzindo a autonomia
20 Afinal que doentes temos no hospital?
21 FAIXAS ETÁRIAS - MEDICINA INTERNA CHLC 2012 CHLC M2-3 M2-1 M1-2 M1-4 M4 Totalmed % Total Med idade> % % % % % % % < % %
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23 Doentes com alto risco de queda 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% Med 1-2 Med 1-4 Med Med Med Med Med / Derm Med 4 Pneum Área Medicina 0,0% Med 1-2 Med 1-4 Med Med Med Med Med / Derm Med 4 Pneum Área Medicina
24 Avaliação do Risco 120,0% 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 0,0% Med 1-2 Med 1-4 Med Med Med Med Med / Derm Med 4 Pneum Área Medicina Med 1-2 Med 1-4 Med Med Med Med Med / Derm Med 4 Pneum Área Medicina
25 Doentes com risco de queda com evidencia de plano de prevenção 100,0% 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Med 1-2 Med 1-4 Med Med Med Med Med / Derm Med 4 Pneum Área Medicina Med 1-2 Med 1-4 Med Med Med Med Med / Derm Med 4 Pneum Área Medicina
26 Quedas relatadas Nenhuma lesão Lesão ligeira Lesão moderada Lesão severa Lesão - morte estado de saúde tratamento ambientais outros cama cadeira(ão) maca IS escada/degrau Transp /outro cadeira higiene cadeira de rodas chinelo equipamento clínico / apoio mesa apoio/ref mesa operat sistema soro outro
27 Série dos Is: Imobilidade Instabilidade Incontinência Intelectual envelhecimento Infecção Incapacidade de visão/audição Irritabilidade do cólon Isolamento/depressão Inanição/má nutrição Insolvência Iatrogenese Imunodeficiência Impotência Kane, Robert L., Essential of Clinical Geriatrics, pág.12 e 13
28 Avaliação de um doente que cai tem de incluir: Circunstancias que rodearam a queda Patologias do doente História de quedas anteriores Estado de consciência e capacidade cognitiva Visão e audição Sistema musculo - esquelético e
29 terapêutica em curso: - iniciada na admissão - que fazia antes de modo regular - aquela que abruptamente pode ter sido suspensa
30 duas evidencias surgiram: A poli patologia e a consequente poli medicação tornaram a tarefa extremamente difícil A percepção das especificidades fisiopatológicas dos idosos obrigaram a rever conceitos
31 em 1991 nos EUA : foi publicada uma primeira sistematização de medicamentos considerados de risco ou inadequados para os doentes idosos
32 designava-se: Explicit criteria for determining medication use in nursing home residents Dr. Mark Beers e col. UCLA Division of Geriatric Medicine Arch. Intern. Med. 1991; 151:
33 estes critérios foram sucessivamente revistos em 1997 e em 2003 Definindo primeiro: Prescrição Potencialmente Inapropriada Dividida depois em: Dependente ou Não do diagnóstico
34 em 2009 O Departamento de Geriatria da Universidade de Cork, Irlanda, reviu e adaptou os critérios à prática e medicação usada na Europa
35 definindo: STOPP e START criteria STOPP - screening tool of older persons prescriptions START - screening tool to alert to right treatment
36 STOPP / START critérios: Não pretendem substituir um julgamento clínico baseado em critérios de experiencia e conhecimento Devem ser entendidos como apoio de rotina há terapia farmacológica Devem ser revistos cada 3 anos
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41 em 2012 há uma revisão que conclui que no idoso hospitalizado as quedas: são a principal causa de lesões relacionadas com morte A causa mais comum de lesões não fatais A principal causa de admissões pelo trauma
42 10% das quedas fatais ocorreram em ambiente hospitalar 50% estima-se que tenha sido o aumento de quedas em ambiente hospitalar entre 2001 e 2008: Development of a Risk Assessment Tool for Falls Prevention in Hospital Inpatients Based on the Medication Appropraiteness Index (MAI) and Modified Beer s Criteria, INNOVATIONS in pharmacy, 2012, Vol.3, No. 1, Article 73
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44 Resumo dos medicamentos mais implicados: Benzodiazepinas Fenotiazinas Antidepressivos Antihipertensores Anticonvulsivantes Diuréticos
45 Alterações terapêuticas: Há um risco aumentado de quedas nos 3 dias prévios e nos 7 dias subsequentes há introdução ou alteração de drogas psicotrópicas de 13,4 para 18,4/ 1000 pessoas dia. Alterações na medicação são sinal de agravamento do quadro clínico Drugs and falls, J.Am.Geriartric Soc.1999
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48 Prescrição inapropriada e polimedicação estão entre os principais factores de risco para as quedas E são factores de risco modificáveis
49 Recomendações devem envolver: Suspensão de medicamentos Redução de doses Substituir por outros com menos riscos Monitorizar valores laboratoriais
50 Especially with older patients, the expression of the problem may not be a good clue to the etiology. Robert L. Kane and, Essentials of Clinical Geriatrics, Fith edition 2004
51 ( ) Há uns meses mandei pintar a casa. Ora, para pintar as paredes com estantes, os pintores retiraram delas todos os livros ( ) voltando, depois, a colocá-los no lugar. Eu disse no lugar? Deveria ter dito apenas voltando a colocá-los pois o lugar perdeu-se para sempre. Agora, quando procuro um livro, onde antes o encontrava de olhos fechados, dou sempre com outro ( ) Manuel António Pina, Notícias Magazine, 11 de Setembro 2012
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