Legislação de Trânsito

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1 Legislação de Trânsito Crimes Professor Leandro Macedo

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3 Legislação de Matéria Trânsito Aula XX CRIMES Introdução Estudaremos a seguir o tema Crimes de Trânsito. O conhecimento deste tema é de grande relevância no estudo da legislação de trânsito. O aluno deseja uma aula de Direito Penal, mas não a terá, vamos trabalhar o tema com a profundidade necessária para que você compreenda as questões sobre crimes de trânsito comentando cada um dos artigos do CTB. Natureza jurídica dos crimes de trânsito Os crimes de trânsito ora são classificados como crimes de dano ora como crimes de perigo. Dano é alteração de um bem, sua diminuição ou destruição; a restrição ou sacrifício de um interesse jurídico. Perigo é a probabilidade de dano, não a simples possibilidade (Heleno Cláudio Fragoso, Direção perigosa, Revista de Direito penal, 13-14:145, Rio de janeiro, jan./jun.1974). Ainda quanto aos crimes de perigo, sob aspecto objetivo, constitui o conjunto de circunstâncias que possam fazer surgir o dano; subjetivamente, é integrado pelo juízo do julgador sobre a probabilidade de dano, calcado na experiência daquilo que normalmente acontece em determinadas situações e circunstâncias. (Heleno Claudio Fragoso, lições de direito penal; a nova parte geral, 8. ed., Rio de janeiro, Forense, 1985, p.173, n.142). Na legislação de trânsito, mais especificamente no capítulo dos crimes de trânsito, encontramos crimes de dano, apenas os culposos, previstos nos arts. 302 e 303, que se referem aos homicídios culposos e lesão corporal culposa, e encontramos também crimes de perigo, previstos nos arts. 304 ao 312, ora de perigo em concreto ora de perigo em abstrato, em ambos os casos sempre dolosos. O perigo concreto é aquele que precisa ser comprovado, isto é, deve ser demonstrada a situação de risco corrida pelo bem juridicamente protegido. O policial presente na situação de perigo irá reconhecê-lo por uma valoração subjetiva da probabilidade de superveniência de um dano, como excesso de velocidade, trânsito com veículos sobre calçadas. Nos crimes de perigo em abstrato ou presumido juris et de jure, a situação de perigo não precisa ser provada, pois a lei contenta-se com a simples prática da ação que pressupõe perigosa. Para Guilherme de Souza Nucci, crime de trânsito é a denominação dada aos delitos cometidos na direção de veículos automotores, desde que sejam de perigo abstrato ou concreto bem como de dano, desde que o elemento subjetivo constitua culpa. Não se admite a nomenclatura 3

4 de crime de trânsito para o crime de dano, cometido com dolo. Portanto, aquele que utiliza seu veículo para, propositadamente, atropelar e matar seu inimigo comete homicídio e não simples crime de trânsito; e mais continua o ilustre mestre: constitui-se de perigo abstrato a figura típica penal cuja probabilidade de ocorrência do dano (perigo) é presumida pelo legislador, independendo de prova no caso concreto. Exemplo: entregar direção de veículo automotor a pessoa não habilitada (art. 310) é crime de perigo abstrato. Basta a prova da conduta e presume-se o perigo. Por outro lado, considera-se crime de perigo concreto a figura típica que, fazendo previsão da conduta, exige prova da efetiva probabilidade de dano a bem jurídico tutelado. Exemplo: dirigir veículo automotor sem estar devidamente habilitado, gerando perigo de dano (art. 309). É indispensável que a acusação, além de descrever na denúncia ou queixa a conduta (dirigir o veículo), faça menção à concreta possibilidade de dano (invadindo a contramão ou subindo na calçada e quase atingindo pedestres, por exemplo). Parte Geral Vamos estudar nesse tópico as disposições do CTB que tratam da Parte Geral dos Crimes de Trânsito. Art Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber. Vamos fracionar o dispositivo acima fazendo os comentários pertinentes: i) Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código esta parte do dispositivo nos informa que o CTB, quando trata dos crimes de trânsito, apenas refere-se a veículos automotores. Não pode o aluno imaginar que aquele que atropela uma pessoa conduzindo uma bicicleta ou uma carroça não será penalizado. Será sim! Mas com fundamento no Código Penal (CP) e não no CTB. ii) aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber Vamos estabelecer uma sequência na aplicação da lei, pois aqui deve ser observado o princípio da especialidade: Em se tratando de crimes de trânsito aplica-se em primeiro lugar o CTB, devendo o CP e o CPP preencher suas lacunas. Dos onze (11) delitos de trânsito previstos no CTB, pelo menos oito (08) são crimes de menor potencial ofensivo (possuem pena máxima até dois (02) anos). Os crimes de menor potencial ofensivo são regulamentados pela Lei 9.099/95. Nesta lei temos um procedimento judicial sumário (Termo Circunstanciado de Ocorrência TCO) e um processo penal super veloz, com uma série de possibilidades, acordos ou transações para evitar o transtorno de sofrer uma condenação criminal. Este processo ocorre no JECRIM (Juizado especial criminal). 4

5 Legislação de Trânsito Crimes Prof. Leandro Macedo É oportuno lembrar que uma infração penal de maior potencial tem como regra a investigação via inquérito policial (procedimento administrativo mais detalhado que o TCO) e este será encaminhado a Vara Criminal pelo Ministério Público no oferecimento da denúncia. O artigo 302 trata de um crime em que não há a aplicação da Lei 9.099/95. 1º Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver: (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº , de 2008) I sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência; (Incluído pela Lei nº , de 2008) II participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente; (Incluído pela Lei nº , de 2008) III transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros por hora). (Incluído pela Lei nº , de 2008) 2º Nas hipóteses previstas no 1o deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a investigação da infração penal. (Incluído pela Lei nº , de 2008) Os dispositivos, inseridos pela Lei Seca (11.705/08) tratam basicamente da lesão corporal culposa no trânsito. Vamos a sua análise: Pela pena prevista no artigo 303 (Lesão corporal culposa praticada na direção de veículo automotor), em regra, temos um crime de menor potencial ofensivo pena de 06 meses a 02 anos. Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de Veja os dispositivos da lei 9099/95: Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas. O que devemos saber sobre eles? 5

6 i) Composição dos danos civis o suposto autor do fato pode se compor com a vítima, mostrando que quer reparar o dano através de uma indenização! ii) Transação penal aqui não há reparação civil, esta é proposta pelo Ministério Público com a finalidade de substituir a pena e evitar o andamento do processo. Somente ocorre após a impossibilidade da composição civil dos danos. iii) Necessidade de representação o autor da lesão corporal culposa responderá somente se a vítima ou seu representante legal, manifestar-se positivamente nesse sentido. Veja a parte final do artigo 291: Não se aplica a Lei 9.099/95 se o agente estiver: (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº , de 2008) I sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência o dispositivo fala de influência de álcool, podendo neste caso ser apurado mediante todas as provas admitidas no direito, inclusive a testemunhal. II participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente; (Incluído pela Lei nº , de 2008) trata-se do condutor que já estava cometendo o crime de racha (art. 308) e que machuca alguém devendo perder as benesses da Lei 9.099/95. Este condutor não tem mais direito a composição civil dos danos, tampouco a transação penal. III transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros por hora). (Incluído pela Lei nº , de 2008) o aluno não pode confundir este dispositivo com a infração do artigo 218 do CTB. Aqui, quando uma via tem como velocidade máxima 80 Km/h, se o condutor atropela com velocidade acima de 130 km/h há aplicação do dispositivo. As informações relevantes sobre o disposto são as seguintes: Ainda que não se aplique os dispositivos da Lei 9.099/95 (arts. 74, 76 e 88), a Lesão Corporal Culposa combinada com os três incisos acima deve ser processada e julgada no JECRIM. No entanto, deverá ser instaurado inquérito policial para a investigação da infração penal. Como a Lesão Corporal Culposa tem pena máxima de 02 anos (limite de aplicação da Lei 9.099/95), caso ele esteja combinada com qualquer circunstância aumentativa de pena (artigo 302, 1º) ela deixará de ser crime de menor potencial ofensivo. Art A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode ser imposta isolada ou cumulativamente com outras penalidades (o dispositivo foi alterado pela Lei /14). Vamos fracionar o dispositivo e analisá-lo: i) A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor tem-se aqui a aplicação de uma pena restritiva de direitos, que atinge tanto o condutor habilitado (suspensão) quanto o inabilitado (proibição). Lembre-se que esta pena está relacionada a licença para dirigir veículo automotor. 6

7 Legislação de Trânsito Crimes Prof. Leandro Macedo ii) pode ser imposta isolada ou cumulativamente com outras penalidades esta pena pode, em tese, ser aplicada só (isolada) ou junto com outras penas (cumulativamente). Art A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos. 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será intimado a entregar à autoridade judiciária, em quarenta e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação penal, estiver recolhido a estabelecimento prisional. Vamos analisar o disposto de forma detalhada: i) O caput do artigo 293 faz menção ao prazo que o juiz pode aplicar a pena. Na fixação deste prazo o juiz deve adotar os mesmos critérios de fixação da pena privativa de liberdade: analisa as circunstâncias judiciais e fixa uma pena em concreto, depois considera as atenuantes e agravantes, e por fim pondera as circunstâncias aumentativas e diminutivas de pena. ii) Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será intimado a entregar à autoridade judiciária, em quarenta e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação duas informações devem ser extraídas deste dispositivo: primeiro, em regra, esta pena privativa de liberdade deve ser aplicada após o trânsito em julgado. A segunda informação relevante é que o réu será intimado a entregar à autoridade judiciária, em quarenta e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. E se não entregar a habilitação no prazo previsto acima? Responderá pelo artigo 307 do CTB! iii) A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação penal, estiver recolhido a estabelecimento prisional preocupado em dar eficácia a aplicação da pena, esta apenas começa a sua contagem no momento em que o condenado passa, efetivamente, a ter acesso a veículos automotores. Quando o condenado a privativa de liberdade colocar o pé na rua inicia- se a contagem. Art Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a garantia da ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público ou ainda mediante representação da autoridade policial, decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção. Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou a medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento do Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito suspensivo. Vamos fracionar o dispositivo que trata da possibilidade de medida acautelatória imposta contra o condutor HABILITADO ou INABILITADO que praticou crime. 7

8 i) Em qualquer fase da investigação ou da ação penal esta medida pode ser decretada durante o inquérito policial por representação do delgado (autoridade policial) ou durante o processo penal por requerimento do MP. ii) havendo necessidade para a garantia da ordem pública o criminoso contumaz (reiterado) é o alvo deste dispositivo. A possibilidade de ocorrência de novos acidentes seria um bom objeto de fundamentação para o juiz decretar a medida cautelar, preservando com isso a ordem pública. iii) possibilidade de recurso Da decisão que decretar a suspensão ou a medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento do Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito suspensivo. Então quem pode recorrer? O indiciado (inquérito policial) ou réu (processo penal). O MP. E quem não pode recorrer? A autoridade policial. Art A suspensão para dirigir veículo automotor ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação será sempre comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho Nacional de Trânsito CONTRAN, e ao órgão de trânsito do Estado em que o indiciado ou réu for domiciliado ou residente. A fim de propiciar uma efetiva fiscalização sobre a imposição feita pelo JUIZ, deve este comunicar com os órgãos de trânsito a fim de que esta restrição seja colocada no prontuário do condutor criminoso. O que acontece com o condutor que violar a suspensão imposta pelo juiz? Responde por outro crime, previsto no artigo 307 do CTB. Art Se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz aplicará a penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo das demais sanções penais cabíveis. (Redação dada pela Lei nº , de 2008) Temos neste dispositivo a chamada reincidência específica: cometer crimes previstos no CTB. Aquele que comete um crime de trânsito e na sequência outro crime qualquer não está abraçado por este dispositivo. O interessante aqui é a palavra deverá o juiz não pode o juiz decidir se aplica ou não a pena! Observe que esta possibilidade aplica-se apenas ao condutor criminoso e habilitado. Este artigo não faz menção a proibição de se obter a permissão. O mais interessante é que existe a possibilidade de um condutor ter contra si a imposição da pena de suspensão ainda que o delito praticado por ele não possua esta previsão. Imagine um condutor que tenha sido condenado por omissão de socorro no trânsito (art. 304), e que 8

9 Legislação de Trânsito Crimes Prof. Leandro Macedo após isso volta a delinquir: pratica o crime de afastar-se do local do acidente para fugir a responsabilidade civil (art. 305). No exemplo citado, nenhum dos dois crimes possuem previsto a pena de suspensão, mas ainda assim, na reincidência o juiz é obrigado a aplicá-la. Art A penalidade de multa reparatória consiste no pagamento, mediante depósito judicial em favor da vítima, ou seus sucessores, de quantia calculada com base no disposto no 1º do art. 49 do Código Penal, sempre que houver prejuízo material resultante do crime. 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do prejuízo demonstrado no processo. 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50 a 52 do Código Penal. 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa reparatória será descontado. Vamos aproveitar a oportunidade e falar das multas mencionadas em nossa Legislação de Trânsito. O tema multa torna-se relevante em virtude da confusão feita por muitos candidatos, uma vez que no CTB existe a previsão de três tipos de multa, de naturezas diferentes, uma de natureza civil, outra de natureza penal e também uma de natureza administrativa. Vejamos cada uma delas: i) Multa administrativa A multa administrativa é uma sanção a ser imposta pela autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via, onde tenha ocorrido uma infração de trânsito. Poderíamos defini-la também como uma receita de natureza não tributária de arrecadação vinculada, uma vez que tem destino certo, previsto no art. 320 do CTB, que nos informa que a receita arrecadada com a cobrança das multas de transito será aplicada, exclusivamente, em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de transito. Vale lembrar que, 5% do total da receita de multa arrecadada pelo país, são destinados ao FUNSET (fundo nacional de segurança e educação para o trânsito), que é administrado pelo DENATRAN. ii) Multa reparatória É uma multa de natureza civil, indenizatória, e exigida no juízo penal, é na verdade uma antecipação de um ressarcimento, imposta pelo juiz da esfera penal, após reclamação da vítima ou seus sucessores. Para que multa reparatória seja torne exigível é necessária à ocorrência de um crime de trânsito, já que é aplicada no juízo penal, e também um dano material, apenas este é indenizável a título de multa reparatória. Perceba que o destino da multa reparatória é diferente do destino da multa administrativa, pois esta vai para o Estado e aquela é paga a vítima ou a seus sucessores. Convém ressaltar que o valor da multa reparatória terá como limite o do prejuízo demonstrado no processo, porém se posteriormente a vítima se achar insatisfeita com o valor pago, poderá ainda reclamar o mesmo objeto, a mesma indenização, na esfera cível, recebendo evidentemente apenas a diferença. A forma de pagamento está prevista no Código Penal, entre seus arts. 49 e 52, devendo ser paga em dia-multa, a ser fixado pelo juiz, sendo que um dia multa, não pode ser inferior a um 9

10 trigésimo do maior salário- mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 vezes esse salário. A multa deve ser paga dentro de 10 dias depois de transitada em julgada a sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais, inclusive mediante desconto no vencimento ou salário, sendo que o desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do condenado e da sua família. Cabe ressaltar que será suspensa a execução da pena de multa, se sobrevém ao condenado doença mental. iii) Multa penal A pena de multa, também conhecida como pena pecuniária, é uma sanção penal, consistente na imposição ao condenado da obrigação de pagar ao fundo penitenciário determinada quantia em dinheiro, calculada na forma de dias-multa, atingindo o patrimônio do condenado. A pena de multa, conforme prevista no CTB, pode ser cominada e aplicada cumulativamente com a pena privativa de liberdade, a exemplo do seu art. 306, quando trata do crime de embriaguez, prevendo em seu preceito secundário a pena de detenção de 6 meses a 3 anos, suspensão e multa, ou ainda de forma alternativa, com a pena de prisão, a exemplo do crime de omissão de socorro, previsto no art. 304, cominando pena de detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Quando a multa é punição única (comum na lei de contravenções penais) ou nos casos em que ela encontra-se cumulada com a pena de prisão, ao magistrado, no caso de condenação, será obrigatória a sua aplicação, sob pena de ferir o princípio da legalidade ou da inderrogabilidade da pena. Nos casos em que a pena de multa estiver prevista de forma alternativa com a pena privativa de liberdade, o juiz, terá uma discricionariedade, conforme o art. 59, inc. I, do Código Penal, para escolher entre uma ou outra, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime. Art São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo cometido a infração: I com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano patrimonial a terceiros; II utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas; III sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação; IV com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do veículo; V quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros ou de carga; VI utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos nas especificações do fabricante; VII sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres. 10

11 Legislação de Trânsito Crimes Prof. Leandro Macedo O legislador do CTB fez a previsão de circunstâncias agravantes e aumentativas de pena em crime de trânsito, nos arts. 298 e 302, 1º. Porém, os aumentativos de pena aplicam-se apenas ao homicídio culposo e a lesão corporal culposa, e as agravantes aplicam-se a todos os delitos. As agravantes deverão ser consideradas na 2ª fase da fixação da pena (art. 68 do CP) em relação às penas privativas de liberdade, multa e de suspensão ou proibição de se obter a permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor. Saiba ainda que as circunstâncias agravantes não serão consideradas quando constituírem elementar, qualificadora ou causa de aumento de pena do delito em espécie. Caso contrário, haveria bis in idem. Veja quadro resumo abaixo: Agravantes I com dano potencial duas ou mais pessoas; II veículo sem placas ou adulteradas; III sem possuir habilitação; IV habilitação de categoria diferente V transporte de passageiro ou carga VI características adulteradas VII faixa de pedestre Aumento de pena I sem possuir habilitação; II transporte de passageiros; III faixa de pedestre ou calçada; IV omissão de socorro Art Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela. Deve o aluno desde já prender-se a informação que o dispositivo trata de acidentes de trânsito de que resulte vítima, ou seja, do artigo 302 e 303 do CTB (homicídio culposo e lesão corporal culposa). Na segunda parte do dispositivo temos a informação de que não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela (à vítima) as informações que devem ser extraídas do exposto: 1º Em se tratando de crimes dolosos, de trânsito ou não, a prisão em flagrante é uma regra. 2º Ocorrendo homicídio culposo e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor aplica-se o dispositivo apenas se o condutor prestar pronto e integral socorro à vítima. O socorro deve ser prestado de pronto, de imediato, exceto se houver risco pessoal para o condutor. Não pode o condutor ficar de "blá, blá, blá" em seu celular e depois socorrer. 11

12 Tome cuidado, pois o risco patrimonial não pode ser alegado pelo condutor, como a possibilidade de sujar o banco de seu carro de sangue ou de o motor de seu carro está vazando água e poder fundir! O socorro também deve ser integral, ou seja, a vítima deve ser levada até o hospital e não próximo a ele. Parte especial Art Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor: Penas detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Art Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor: Penas detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. A redação do art. 302 não é das melhores, haja vista o núcleo do tipo ser descrito como praticar, quando na verdade é matar ou causar a morte culposamente, o mesmo se aplicando ao artigo 303 do CTB. Deixando as impropriedades de lado, neste delito temos uma série de circunstâncias que devem estar presentes para que sejam aplicados os arts. 302 e 303 do CTB. Perceba que não basta que seja homicídio ou lesão corporal, a conduta deve ser culposa, em seguida o tipo nos informa que não basta que o fato ocorra no trânsito, tem que estar na direção de veículo automotor, e por fim, não basta que seja qualquer veículo, uma vez que tem que ser automotor. Sendo assim, considere a seguinte situação hipotética, onde um pedestre desrespeite a sinalização e seja atropelado por um motociclista que esteja conduzindo corretamente o seu veículo e este venha ao solo, sofrendo lesões corporais. Já que a imprudência foi do pedestre, é certo que ele deve ser responsabilizado criminalmente. Agora, por qual crime, lesão corporal culposa do CTB ou do CP? Ora, o pedestre não estava na direção de veículo automotor, portanto sujeito à legislação comum, embora o fato tenha ocorrido no trânsito. Conclui-se, portanto, que o CTB somente tem aplicação a quem esteja no comando dos mecanismos de controle e velocidade de um veículo automotor. Desta forma comete crime culposo, previsto no CTB, aquele que não quis o resultado (dolo direto); aquele que não assumiu o risco de produzi-lo (dolo eventual), desrespeitando uma norma de circulação e conduta, seja por negligência, imprudência ou imperícia. Considerações sobre o art. 302 do CTB Proteção jurídica: A vida. Sujeito ativo: O condutor. 12

13 Legislação de Trânsito Crimes Prof. Leandro Macedo Sujeito passivo: qualquer pessoa. Elemento objetivo: causar a morte na direção de veículo automotor de forma culposa. Elemento subjetivo: A culpa em sentido estrito, ou seja, causada por negligência, imprudência ou imperícia. Consumação e tentativa: o resultado morte consuma o delito, ainda que em via particular. Não há tentativa em razão de ser o crime culposo. Perdão judicial: Existe duas correntes quanto à possibilidade ou não da aplicação do perdão judicial, que antes da vigência do CTB, era cabível. Rui Stoco e Damásio optaram pela não aplicação partindo para uma interpretação mais literal, onde com o veto do art. 300 do CTB, que previa o perdão, e por não constar na Parte Geral do CP, tornaria este inaplicável. Entretanto, cabe salientar que o CP em sua Parte Especial também consta a possibilidade nas normas gerais, desta forma seria aplicável o perdão, esta é a corrente que nos parece mais adequada. Nas palavras de José Carlos Gobbis Pagliuca: Ademais, se no CP a regra é destinada exatamente para o crime culposo, como não utilizá-lo para outro, previsto em lei extravagante, mas com o mesmo conteúdo axiológico? Doutra banda, seria ilógico se admitir o perdão pela morte culposa que não no trânsito, e afastá-la quando desse evento, porque se sabe historicamente, que tal instituto se aplicava, exatamente, aos crimes do volante, compartilha deste posicionamento o grande mestre Luís Flávio Gomes. Arrependimento posterior: O CP em seu art. 16 nos informa que nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário, a pena será reduzida de um a dois terços, sofrendo esta redução de pena se torna aplicável ao homicídio culposo o art. 89 da Lei 9.099/1995, que trata da suspensão condicional do processo. Compensação de culpas: não há de se falar em compensação de culpas, no referido delito, uma vez que estamos falando de bens indisponíveis, e esta é a regra no direito penal, pois a conduta que se amolde ao tipo há de se punida. Nas palavras do insuspeitável mestre Guilherme se Souza Nucci: é sabido que, em Direito Penal, não se pode cogitar de compensação de culpas. Ilustrando, se o motorista de um veículo, imprudentemente, atropela e causa lesão corporal em um passante que, por seu lado, atravessou a rua de forma negligente, inexiste viabilidade para absolvição do motorista unicamente porque ambos os envolvidos estavam errados. Não se trata de dívida civil, onde se faz a compensação, mas de crime. Assim, no exemplo ofertado, caso o motorista também se machuque, é possível, em tese, a punição tanto deste quanto do pedestre, pois os dois deram causa à figura típica prevista no art. 302 da Lei 9.503/1997. A situação é diversa se a culpa for exclusiva da vítima. É óbvio que, nessa hipótese, deve-se absolver o motorista. Conferir: TACRIM-SP (extinto Tribunal de Alçada Criminal, absorvido pelo Tribunal de Justiça): Motorista que, ao efetuar conversão proibida à esquerda, interceptou a trajetória da motocicleta da vítima, a qual, além de não possuir a necessária habilitação, pilotava em estado de embriaguez, com o farol apagado e sem usar capacete. Absolvição. Admissibilidade. (...) apesar de inexistir compensação de culpas em Direito Penal, as circunstâncias indicam que o acidente ocorreu por responsabilidade exclusiva da vítima fatal (AP , 3.ª C., rel. Fábio Gouveia, ,v.u.). Indispensabilidade do laudo: por não se tratar de crime de menor potencial ofensivo, faz-se mister a preservação do local para que haja trabalho da perícia especializada. Nesse sentido: TJDF: É notório que a Lei 9.099/1995 dispensa o exame de corpo delito nos crimes de pequena potencialidade ofensiva, sendo suficiente prova da materialidade, para o oferecimento da 13

14 denúncia, boletim médico ou documento equivalente. Entretanto, não se pode considerar o homicídio culposo de trânsito como crime dessa natureza, razão pela qual é de se reconhecer a necessidade do laudo definitivo (Ap APR,1.ª T., rel. Lecir Manoel da Luz, , v.u., DJU ,p.60). Considerações sobre o art. 303 do CTB As lesões corporais estão previstas no art. 129 do CP e seus parágrafos, havendo agravamento do delito á medida que aumenta o nível das lesões, o que não ocorre no CTB. Impende observar que a pena na lesão corporal culposa de trânsito, ainda que leve, é mais branda que a sua modalidade dolosa prevista no art. 129, 6, havendo um nítido descompasso do legislador entre as condutas delituosas e as sanções aplicadas. Proteção jurídica: a saúde e a incolumidade física. Sujeito ativo: O condutor. Sujeito passivo: qualquer pessoa. Elemento objetivo: causar lesão à saúde ou a integridade física na direção de veículo automotor de forma culposa. Elemento subjetivo: A culpa em sentido estrito, ou seja, causada por negligência, imprudência ou imperícia. Consumação e tentativa: consuma-se com o resultado lesão a saúde ou a integridade física, ainda que em via particular. Não há tentativa em razão de ser o crime culposo. Art Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública: Penas detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave. Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves. Quanto à omissão de socorro três considerações são necessárias, para que seja esgotado o tema omissão de socorro. Vejamos cada uma delas: 1ª Condutor não envolvido no acidente que se omite Devemos entender como condutor não envolvido aquele que está passando pelo local. Imagine que este condutor presencie uma cena onde uma pessoa precisasse de socorro, e este se omitisse. Será que responderia com fulcro no art. 304 do CTB? Evidente que não, uma vez que o 304 requer condutor envolvido, o condutor responderia com base no art. 135 do Código Penal. 2ª Condutor envolvido, causador do acidente, culposamente, que se omite Note que este condutor praticou, antes da omissão de socorro um homicídio culposo ou uma lesão 14

15 Legislação de Trânsito Crimes Prof. Leandro Macedo corporal culposa na direção de veículo automotor, em virtude do exposto, a omissão de socorro, configura apenas, uma circunstância aumentativa de pena do delito, não subsistindo como crime autônomo. Enfim, na situação exposta o crime cometido ou é 302 ou 303 do CTB com aumentativo de pena. 3ª Condutor envolvido, que não é considerado culpado pelo acidente, que se omite Apenas nesta situação é que se aplica o art. 304 do CTB. Finalmente, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves, incide a aplicação do art. 304 do CTB. Considerações sobre o art. 304 do CTB Proteção jurídica: a incolumidade física Sujeito ativo: O condutor envolvido no acidente e que o provocou sem culpa, pois caso seja o culpado o crime ou é do 302 ou do 303. Sujeito passivo: qualquer pessoa. Elemento objetivo: o delito tem a forma omissa pura: o verbo deixar dá a ideia de nada fazer típico desse tipo de delito. Elemento subjetivo: o crime é doloso, ou seja, exige o conhecimento da necessidade de socorro. Consumação e tentativa: consuma-se com o pensamento consolidado, com a vontade de não socorrer diretamente ou de não solicitar auxílio a quem possa fazê-lo. Não há tentativa em crime omissivo próprio, pois é impossível tentar o que não se começou a fazer. Art Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída: Penas detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Não se pode confundir o delito acima exposto com a omissão de socorro do art. 304 do CTB, uma vez que aqui o bem jurídico tutelado é a administração da justiça e, na omissão de socorro, o bem jurídico tutelado é a vida, a saúde ou a integridade física. Desta forma, existe a possibilidade de se cometer o crime de afastar-se do local, em acidente com vítima, sem, contudo cometer a omissão de socorro. Basta que, por exemplo, o condutor envolvido leve a vítima até um hospital e lá a deixe sem se identificar para fugir da responsabilidade penal. Note que ainda que em um primeiro momento não tenha ocorrido crime, como no caso de acidentes envolvendo apenas danos materiais, é possível que o condutor que fuja do local do acidente seja responsabilizado com base no 305, se o seu objetivo, é fugir a responsabilidade pela batida, ou melhor, de impedir que a justiça ocorra. 15

16 Considerações sobre o art. 305 do CTB Proteção jurídica: a administração da justiça, através da identificação da autoria. Sujeito ativo: O condutor envolvido no acidente. Sujeito passivo: o Estado. Elemento objetivo: é o afastar-se, que indica a obstrução ao bom andamento da justiça, uma vez que lhe faltaria o autor. É a vontade deliberada de impedir que tanto a justiça civil quanto a penal ocorra. Impede o tipo que o condutor exerça seu primeiro lampejo de não autoincriminar-se: fuga, por isso de constitucionalidade contestável. Elemento subjetivo: o crime é doloso, com a finalidade específica de não ser identificado. Consumação e tentativa: consuma-se com o afastamento, mesmo que depois seja capturado. É possível a tentativa, pois se pode tentar sair do local e ser impedido. Art Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei nº , de 2012) Penas detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. 1º As condutas previstas no caput serão constatadas por: (Incluído pela Lei nº , de 2012) I concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou (Incluído pela Lei nº , de 2012) II sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora. (Incluído pela Lei nº , de 2012) 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova. (Redação dada pela Lei nº , de 2014) 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo. (Redação dada pela Lei nº , de 2014) Este artigo sofreu alteração pela Lei /2014. Sendo assim, três considerações devem ser feitas sobre o dispositivo: a) A primeira consideração a ser feita é que o crime da embriaguez deixou de ser um crime de perigo em concreto para ser um crime de perigo em abstrato, antes para consumação do delito era necessário que o condutor estivesse ziguezagueando, transitando sobre calçadas, roletando cruzamentos, ou seja, atentando objetivamente contra incolumidade 16

17 Legislação de Trânsito Crimes Prof. Leandro Macedo pública. Com a alteração, ainda que esteja conduzindo adequadamente, se tiver acima dos índices permitidos para embriaguez, será enquadrado no art. 306 do CTB. b) Perceba que o crime caracteriza-se nas hipóteses previstas 1º. O inciso II fala em sinais que indiquem alteração da capacidade psicomotora. O CONTRAN definiu esses sinais por meio da Res. 432/13: Relato do condutor: a. Envolveu-se em acidente de trânsito; b. Declara ter ingerido bebida alcoólica, sim ou não (Em caso positivo, quando); c. Declara ter feito uso de substância psicoativa que determine dependência, sim ou não (Em caso positivo, quando); Sinais observados pelo agente fiscalizador: a. Quanto à aparência, se o condutor apresenta: i. Sonolência; ii. Olhos vermelhos; iii. ômito; iv. Soluços; v. Desordem nas vestes; vi. Odor de álcool no hálito. b. Quanto à atitude, se o condutor apresenta: i. Agressividade; ii. Arrogância; iii. Exaltação; iv. Ironia; v. Falante; vi. Dispersão. c. Quanto à orientação, se o condutor: i. sabe onde está; ii. sabe a data e a hora. d. Quanto à memória, se o condutor: i. sabe seu endereço; ii. lembra dos atos cometidos; e. Quanto à capacidade motora e verbal, se o condutor apresenta: 17

18 i. Dificuldade no equilíbrio; ii. Fala alterada; Considerações sobre o art. 306 do CTB Proteção jurídica: a incolumidade pública. Sujeito ativo: O condutor, embora possível a participação daquele que induz. Sujeito passivo: a coletividade. Elemento objetivo: é a condução sob efeito de álcool ou substância entorpecente, ainda que devidamente, por tratar-se de crime de perigo em abstrato. Elemento subjetivo: o crime é doloso, existindo, portanto, a vontade de pôr em risco a sociedade, ou pelo menos, assumindo o risco de pô-la em risco. Trata-se de crime de perigo em abstrato com perigosidade real, sendo assim, aquele que dirige embriagado e atenta contra a incolumidade pública comete este crime. Consumação e tentativa: consuma-se com a condução, sendo admissível a tentativa, quando, por exemplo, o carro não funciona. Art Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor imposta com fundamento neste Código: Penas detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proibição. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo estabelecido no 1º do art. 293, a permissão para dirigir ou a Carteira de Habilitação. O que está sendo punido, verdadeiramente, é a desobediência à ordem judicial, de forma específica. Num primeiro momento, viola-se a ordem, ou seja, a suspensão imposta, se o condutor dirige após a aplicação desta pela autoridade judiciária; em outro momento, quando o condutor deixa de entregar a CNH em 48 horas, após imposição da pena pelo magistrado, há também violação ao art. 307 do CTB. Por fim, para maior controle da imposição da pena imposta pelo juiz, pelos agentes de trânsito, temos as seguintes as seguintes previsões, no art. 295 do CTB e no art. 41 da Resolução 168/2004 do CONTRAN: Art A suspensão para dirigir veículo automotor ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação será sempre comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho Nacional de Trânsito CONTRAN, e ao órgão de trânsito do Estado em que o indiciado ou réu for domiciliado ou residente. Art. 41. A Base Índice Nacional de Condutores BINCO conterá um arquivo de dados onde será registrada toda e qualquer restrição ao direito de dirigir e de obtenção da ACC e da CNH, que será atualizado pelos órgãos ou entidade executivo de trânsito do Estado e do Distrito Federal. 18

19 Legislação de Trânsito Crimes Prof. Leandro Macedo 3º A suspensão do direito de dirigir ou a proibição de se obter a habilitação, imputada pelo Poder Judiciário, será registrada na BINCO. Considerações sobre o art. 307 do CTB Proteção jurídica: a Administração da justiça, ou nas palavras de José Carlos Gobbis Pagluica: a autoridade do Estado. Sujeito ativo: O condutor que desobedecer a suspensão aplicada pelo Juiz. Cabe observar que Damásio E. Jesus entende que a violação a suspensão aplicada pela autoridade de trânsito também constitui o crime do 307. Ousamos a discordar do ilustre mestre uma vez que em momento algum foi mencionada a referida suspensão, embora ambas tenha o mesmo efeito prático, tem nomenclaturas diferentes, e mais a remissão feita pelo legislador no parágrafo único do art. 307 ao art. 293 do CTB, que se refere exclusivamente a suspensão penal, aplicada pelo juiz. Sujeito passivo: O Estado. Elemento objetivo: é a violação a ordem imposta, no caput de forma comissiva e no parágrafo único de forma omissiva. Elemento subjetivo: o crime é doloso exigindo o conhecimento da pena imposta. Consumação e tentativa: consuma-se com a condução a conduta de violar, sendo admissível a tentativa, quando, por exemplo, é impedido de ligar as chaves. No que se refere a conduta de deixar de entregar consuma-se após o prazo de 48 horas, sendo inadmissível a tentativa. Art Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada: (Redação dada pela Lei nº , de 2014) Penas detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. (Redação dada pela Lei nº , de 2014) 1º Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão corporal de natureza grave, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo. (Incluído pela Lei nº , de 2014) 2º Se da prática do crime previsto no caput resultar morte, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo. (Incluído pela Lei nº , de 2014) Neste delito, diferentemente da infração de trânsito prevista no art. 174 do CTB, pune-se o apenas os condutores e não os promotores do evento, uma vez que não têm uma ingerência direta no resultado lesivo. Para configuração deste tipo penal devem estar presentes alguns requisitos, como: veículo automotor, via pública, e a possibilidade superveniente de dano objetivamente descrita. 19

20 O sujeito passivo deste delito é a coletividade e, de forma secundária, a pessoa exposta a risco em virtude da disputa. Como os eventos corrida, disputa ou competição explicitados no caput do art. 308 do CTB, pressupõem a participação de pelo menos 2 (dois) veículos, devemos entendê-lo como um crime de concurso necessário. Em virtude da alteração desse artigo através da Lei nº /14, o crime de "racha" que tem como consequência a lesão corporal grave ou morte, o responsável pelo crime será punido com mais rigor, como se observa nos 1º e 2º deste artigo. Por fim, é possível responsabilizar os promotores do evento na condição de partícipes, conforme art. 29 do CP. Considerações sobre o art. 308 do CTB Proteção jurídica: a incolumidade pública ou privada. Sujeito ativo: Os condutores participantes, sendo possível a participação daquele que promove o evento, dos co-pilotos, e todos aqueles que fazem com que o evento aconteça. Cabe observar que para que haja concurso é necessário o vínculo psicológico entre condutor e partícipe. Sujeito passivo: a coletividade, e de maneira secundária os outros pilotos, e as pessoas que podem sofrer lesão em virtude da competição. Elemento objetivo: é a participação na via pública de competição não autorizada. Elemento subjetivo: o crime é doloso, existindo, portanto o conhecimento do risco em potencial a incolumidade pública ou privada. Consumação e tentativa: consuma-se com a participação no evento, sendo possível a tentativa se frustrada a competição ou mesmo a direção, antes do seu início. Art Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida permissão para dirigir ou habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano: Penas detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Para a ocorrência do delito do art. 309 do CTB, alguns elementos são essenciais, em primeiro lugar, deve haver condução de veículo automotor, em segundo lugar é crime de via pública, e em terceiro lugar é crime de perigo em concreto, e por fim o condutor deve ser inabilitado ou estar cassado. Sendo assim, basta que o agente conduza veículo automotor, em via pública, sem a devida permissão para dirigir ou habilitação e, de forma anormal, irregular, de modo a atingir o nível de segurança de trânsito, que é o objeto jurídico tutelado pelo dispositivo. Matéria tormentosa na doutrina e jurisprudência, a respeito se o art. 32 da Lei de Contravenções Penais teria ou não sido revogado pelo art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro, uma vez que dirigir sem CNH além da infração de trânsito era tipificada como contravenção penal por ser uma infração penal de perigo em abstrato. 20

21 Legislação de Trânsito Crimes Prof. Leandro Macedo O tema encontra-se pacificado, em virtude do teor da Súmula 720 do Supremo Tribunal Federal: O art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro, que reclama decorra do fato perigo de dano, derrogou o art. 32 da Lei das Convenções Penais no tocante à direção sem habilitação em vias terrestres., posição divergente que pregávamos na 1ª edição desta obra. Considerações sobre o art. 309 do CTB Proteção jurídica: a incolumidade pública ou privada. Sujeito ativo: O condutor inabilitado ou cassado. Sujeito passivo: a coletividade. Elemento objetivo: é a condução do veículo na via publica. Elemento subjetivo: o crime é doloso, existindo, portanto o conhecimento do risco em potencial a incolumidade pública ou privada. Consumação e tentativa: consuma-se com a efetiva direção em via pública, sendo possível à tentativa se o veículo não pega ao tentar ligá-lo na via pública. Art Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor à pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança: Penas detenção, de seis meses a um ano, ou multa. O crime de permitir, entregar ou confiar, é uma crime de perigo em abstrato, punível apenas na modalidade dolosa, sendo, portanto, necessário que o magistrado avalie sempre os elementos subjetivos da conduta. Note que nos art. 163, 164 e 166 do CTB, temos a descrição das mesmas condutas previstas no art. 310 do CTB, passíveis de serem punidas administrativamente, onde algumas diferenças devem ser apontadas, para que possamos diferenciar a infração de trânsito da infração penal: a primeira diferença a ser apontada está nas autuações por cometimento de infrações de trânsito, onde os critérios adotados pelo agente autuador devem ser puramente objetivos, ou seja, não são valorados os elementos subjetivos dolo e culpa, já na tipificação do 310 pune-se a conduta praticada apenas na modalidade dolosa; a segunda diferença é quanto a avaliação das responsabilidade, onde, administrativamente, apenas serão punidos os proprietários dos veículos, que por força do art. 257 do CTB, são os responsáveis pela habilitação legal de seus condutores, porém, penalmente, o tratamento é outro, pois será punido quem efetivamente entregou a direção a pessoa inabilitada, ou seja, aquele que teve a vontade de praticar o delito, como um vendedor de uma agência de automóveis, por exemplo, que sabia que o provável comprador era inabilitado, e ainda assim entregou-lhe as chaves do veículo pertencente a pessoa jurídica agência de automóveis. Impende observar que o crime do art. 310 é crime de perigo em abstrato, não se exigindo para sua tipificação que o condutor inabilitado, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso dirija indevidamente. Caso o condutor dirija de maneira irregular poderá incidir sobre ele o 309 do CTB. 21

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