DIRECTIVAS EUROPEIAS Atmosferas explosivas ATEX 94/9/CE
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- Natália Pinho Gomes
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1 DIRECTIVS EUROPEIS tmosferas explosivas TEX 94/9/CE INTRODUÇÃO infl amação acidental de um ambiente contendo grandes quantidades de gás, vapores, fumos e/ou poeiras podem originar uma explosão. Foram tomadas medidas a nível internacional para evitar quaisquer danos materiais e perdas de vidas humanas. Estas medidas visam principalmente as indústrias químicas e petroquímicas, ou de outras onde se possam formar atmosferas perigosas quer seja pela produção, transformação, transporte ou armazenamento de produtos infl amáveis. brangem igualmente instalações onde pó combustível é produzido nos processos de pulverização e granolização (moagem, crivagem). LGUMS DEFINIÇÕES O que é uma atmosfera em risco de explosão? B Para que uma explosão seja desencadeada é necessário que se reúnam elementos: B C O oxigénio do ar = Sempre presente O combustível (gás, vapores ou poeiras) Uma fonte de inflamação: parelhos / instalações eléctricas ou todas as fontes de calor Uma faísca ou uma chama viva não são as únicas fontes de uma explosão. Uma elevação de temperatura de superfície de um aparelho pode provocar uma explosão se ultrapassar os valores de temperatura de inflamação do gás ou da mistura de várias substâncias. O que é um ambiente explosivo? Suprimindo apenas um dos factores: é eliminado todo o risco C É uma atmosfera susceptível de se tornar explosivo (o perigo existe em estado potencial) devido a falhas de disfunções de uma instalação: fugas, rupturas de canalizações, variações térmicas, etc... O que é um ambiente gasoso ou poeirento explosivo? É um ambiente constituído por uma mistura de ar, sob as condições atmosféricas, e de substâncias inflamáveis sob forma de gás, vapores ou poeiras, no qual, após inflamação, a combustão se propaga ao conjunto da mistura não queimada. (Definição segundo Directiva 999/9/CE). Qual a diferença fundamental que existe entre um ambiente gasoso e poeirento? É a densidade. densidade dos gases e vapores é aproximadamente 000 vezes inferior à das poeiras. Os gases dispersam-se no ar por convecção e por difusão, formando um ambiente homogéneo. Dado que as poeiras são muito mais pesadas do que o ar, têm tendência a assentarem relativamente rápido. Quais as particularidades de um ambiente explosivo poeirento? Trata-se de um ambiente onde 4 condições estão reunidas: - poeira deve ser inflamável (tamanho da partícula < 0, mm, em geral) - atmosfera deve conter um oxidante (geralmente oxigénio, mesmo em pequena quantidade) - s poeiras devem estar em suspensão (a explosão resulta da combustão muito rápida das poeiras no oxigénio do ar). - concentração das poeiras deve estar dentro dos limites da explosão (regra geral, o limite inferior de explosão é cerca de 50 g/m). V080-
2 directiva TEX 94/9/CE - DIRECTIVS EUROPEIS OS OBJECTIVOS D DIRECTIV TEX 94/9/CE (TEX = para Tmosferas EXplosivas) Garantir a livre circulação dos produtos abrangidos em todo o território da União Europeia. Eliminar os entraves aos intercâmbios segundo a nova abordagem impondo a definição das exigências essenciais quanto à segurança e à saúde para garantir um nível de protecção elevado (anexo II da Directiva 94/9/CE). Estabelecer uma directiva única para o equipamento de minas e superfície. largar a portaria das regulamentações nacionais estabelecendo, pela primeira vez, as exigências essenciais de segurança e saúde para: - os aparelhos não eléctricos em ambientes explosivos (EN 46- (00)); - os aparelhos destinados a ser utilizados em contacto com poeiras, tais como sistemas de segurança; - os dispositivos destinados a ser utilizados fora de ambientes explosivos, necessários ou que contribuam para o funcionamento seguro dos aparelhos e dos sistemas de protecção. QUIS S OBRIGÇÕES QUE O FBRICNTE TEM SOB EST DIRECTIV? O fabricante é o único responsável pela conformidade do seu produto com as directivas aplicáveis. Deve assegurar: - a conformidade do produto com a directiva (emissão de um certificado de conformidade); - a concepção e construção do produto mediante as exigências essenciais de saúde e segurança; - o respeito pelos procedimentos de avaliação da conformidade do produto. DT EFECTIV D PLICÇÃO Em de Julho 00, todos os produtos colocados no mercado na União Europeia deverão estar em conformidade com a directiva 94/9/CE. Para os materiais já instalados, não é obrigatória a sua substituição por material conforme a directiva TEX. E OS PRODUTOS NO PERÍODO DE TRNSIÇÃO? té 0 de Junho de 00, a velha abordagem pode ser ainda aplicada, contudo: - não inclui as zonas de risco (unicamente definidas pelo CEI); - não requer a marcação CE; - não tem em conta ambientes poeirentos; - é aplicável só em equipamentos eléctricos abrangidos pelas normas standard EN 5004 a pós 0 de Junho de 00, obrigatória a conformidade com a directiva TEX para poder circular na União Europeia, somente a nova abordagem é válida e tem em conta: - s zonas de riscos (Ver Secção 0, V000 páginas 4 e 5), - Marcação CE (Ver Secção 0, V000 página 6), - s atmosferas poeirentas (EN 508), - s normas CENELEC harmonizadas para o material eléctrico EN 5004 (edição ) e seguintes (Ver Secção 0, V000 páginas 0 a ), - s normas EN 46 para o material não eléctrico. V080-
3 Organismos de normalização - DIRECTIVS EUROPEIS COOPERÇÃO CEI / CENELEC norma principal CENELEC EN 5004 (Regras gerais) para o material colocado em ambientes explosivos foi publicada, originalmente, em 977. Deriva das Publicações 79 do CEI. Desde então, estas duas organizações não cessaram de ampliar a sua cooperação. Os acordos bilaterais, assinados em Setembro de 996, têm como principal objectivo acelerar a elaboração das normas e sua publicação, consultando para tal as suas fontes internas e trabalhos em curso. QUIS SÃO OS ORGNISMOS? CEI Comissão Electrotécnica Internacional (CEI), criada em 906, tem sede em Genebra. comissão é actualmente composta por 4 comités nacionais. O seu propósito é favorecer a cooperação internacional para todas as questões de normalização, e todas as questões, tais como a certificação nos domínios da electricidade e da electrónica, e ainda promover o câmbio internacional. CEI colabora, entre outras, com a Organização Internacional de Normalização (ISO) desde 976. CENELEC O Comité Europeu de Normalização Electrotécnica (CENELEC) é uma organização técnica sediada em Bruxelas. É composta pelos Comités Electrotécnicos nacionais de 8 países europeus e 7 países filiados. O Comité tem como papel principal harmonizar as normas entre os países participantes, criando uma Norma Europeia EN comum a todos os países. Em 958, o processo da normalização teve início, e o nome CENELEC foi adoptado em 97 durante a expansão do Mercado Comum. No seio da CENELEC, o Comité Técnico está encarregue da preparação das normas do material eléctrico para ambientes explosivos. Os Comités nacionais são obrigados a colocar em aplicação estas normas. Comissão das Comunidades Europeias CEI CENELEC Comités Nacionais NORMS ELECTROTÉCNICS para a EUROP ssociação Europeia do Mercado Livre Participação de todas as partes interessadas O QUE É O CEN? Existe uma estreita cooperação entre o CEN (Comité Europeu de Normalização) e o CENELEC. O CEN constitui um fórum europeu no domínio da normalização não-electrotécnica, criando e organizando relações entre governos, organismos de estado, produtores, utilizadores, consumidores, sindicatos, etc. Esta pode ser realizada pelos seguintes meios: - Harmonização das normas nacionais publicadas, promoção das normas ISO; - Preparação das novas normas EN, desenvolvendo procedimentos para o reconhecimento mútuo dos resultados dos testes, etc. (Exemplo: s normas EN 46- a 8 para equipamento não eléctrico). QUIS S EVOLUÇÕES O NÍVEL NORMTIVO PR OS MBIENTES EXPLOSIVOS? O CENELEC e o CEN são responsáveis pelas novas directivas que visam a harmonização da legislação dos Estados-Membros da União Europeia. Datas importantes a reter: - Março 994: Criação da directiva 94/9/CE (agora denominada por TEX ou TEX 00) em substituição das directivas 76/7/CEE, 79/96/CEE, 8/0/CEE. Esta directiva forma a base da regulamentação actual relativa aos materiais eléctricos e não eléctricos para atmosferas explosivas. - partir de 996, transposição desta directiva nos Estados-Membros da União Europeia. Início do período transitório permitindo a adaptação progressiva do fabrico dos produtos conforme as exigências da directiva. - 0 Junho 00, fim do período transitório: Todos os produtos vendidos, a partir de de Julho de 00, na União Europeia devem estar em conformidade com as exigências de segurança e de saúde da Directiva 94/9/CE. (Ver página ) 0005PT-006/R0 V080-
4 Principais modos - DIRECTIVS EUROPEIS Quais os modos de protecção segundo EN para SCO/JOUCOMTIC? São os modos seguintes: Definições INVÓLUCRO NTIDEFLGRNTE É o modo de protecção mais utilizado. Permite o emprego de um material quase standard que se encerra num invólucro robusto e de construção bem definida. Principais características CONSTRUÇÃO norma EN 5008 define características principais para a construção do invólucro "d" a fim de tornar impossível a propagação de uma inflamação interna ao ambiente explosivo exterior: - o comprimento da junta antideflagrante L (em mm); - Interstício Máximo de Segurança i (em mm). junta plana junta cilíndrica junta de manguito c i d "d" Particularidades - Suporta uma explosão interna sem deformação permanente; - Garante que a inflamação não se transmite ao ambiente circundante; L L L = c + d O valor destas características depende da junta e do volume do invólucro, bem como os grupos de gás. Exemplo de valor de "i" para um comprimento mínimo da junta L =,5 mm e um volume 00 cm. I : 0,5 mm com juntas IIB : 0, mm com juntas II : 0, mm com juntas IIC : 0,5 mm com juntas - presenta em qualquer ponto exterior uma temperatura inferior à temperatura de inflamação do gás ou vapores circundantes. LIGÇÃO (por empanque certificado EEx d) corpo anel anilha 7 8 capacete serra-cabo (sob encomenda) "m" ENCPSULGEM É o modo de protecção mais recente reconhecido no seio da CENELEC. De fácil instalação, é adaptável a inúmeros produtos. CONSTRUÇÃO norma EN 5008 define que este modo de protecção deve ser sempre mantido, mesmo na presença de sobretensão ou corrente excessiva causadas por falhas eléctricas, tais como: - curto-circuito de qualquer componente; - bloqueio da electroválvula em circuito aberto. presença de um fusível, em alternativa, é necessária. temperatura máxima de superfície não deve ultrapassar a classe de temperatura certificada. bobina e os componentes eléctricos devem ser encapsulados dentro de um composto (exemplo: resina epoxi). Particularidades - Envolve-se num composto as peças eléctricas susceptíveis de inflamar o ambiente; - Garante que o ambiente explosivo não pode ser inflamado. LIGÇÃO Por cabos condutores embebidos num composto que asseguram uma estanquidade perfeita à penetração do ambiente explosivo. V080-4
5 Principais modos - DIRECTIVS EUROPEIS SEGURNÇ INTRÍNSEC Protecção baseada no facto que a inflamação de um ambiente explosivo não é possível sem um energia mínima. Qualquer circuito intrínseco é concebido para que esta energia não esteja disponível, quer em funcionamento normal, quer em caso de determinadas falhas. Como? - Por limitação da corrente máxima e da tensão sob vácuo; - Por limitação das acumulações de energia térmica ou eléctrica. Contrariamente aos outros modos de protecção aplicáveis aos componentes unitários, este aplica-se ao conjunto do respectivo circuito. Exemplo do circuito de segurança intrínseca: Zona não perigosa Definições Zona explosiva Características principais EM QUE É BSED EN 50 00? Grupos de explosão: idênticos ao modo "d", II-IIB-IIC. cumuladores de energia: s indutâncias e as capacidades podem, em abertura/fecho do circuito, libertar uma parte desta energia que se acrescenta ao potencial de inflamação já disponível. Um coeficiente de segurança é então aplicado. E os componentes? Distingue-se de entre o material cujas partes são todas intrínsecas, do material chamado associado, que inclui, algumas vezes, partes intrínsecas e não intrínsecas. DISPOSITIVOS DE LIMENTÇÃO ELÉCTRIC Barreira Consiste em limitar a potência eléctrica disponível num circuito com valores bem definidos. tensão é limitada pelos diodos Zener, enquanto que a intensidade é limitada pelas resistências (barreiras standard) ou por sistemas electrónicos (barreiras particulares). ssegura a separação entre o circuito de segurança intrínseca e não intrínseca, sem separação galvânica. Para que a barreira funcione correctamente é necessário que seja libertado um potencial de referência nulo (terra equipotencial). Esta solução é preferível para as interfaces (ver abaixo), que requerem uma terra comum. "i" mpli Regul. D Rv D EEx i Recept. ou captador U + - fusível diodos zener potencial zero (terra equipotencial ou terra malhada) E as zonas? dmite-se que certos componentes possam apresentar falhas (fiabilidade). Os componentes de segurança intrínseca são divididos em "ia" e "ib", segundo o número de falhas admissíveis e a colocação em zonas perigosas correspondentes: "ia" (zonas 0, e ) : falhas = segurança assegurada Separação galvânica (interface) Existem outros aparelhos de segurança intrínseca com separação galvânica para várias aplicações: - limentação-transmissores para conversores fios; - Transmissores; - Conversores: de temperatura, electropneumáticos I/P ou P/I; - Relés amplificadores; - Blocos de alimentação com separação galvânica. tensão U a aplicar à entrada duma interface é infeiror à U da barreira (U < U ) "ib" (zonas e ) : falhas = segurança assegurada U endereçamento filtragem lógica de comando isolamento galvânico (transformador) regulação da tensão de saída isolamento galvânico (opto-acoplador) e SEGURNÇ UMENTD Previne qualquer ocorrência duma fonte de infl a- mação acidental: faísca ou arcos. Como? - por materiais isolantes de qualidade; - por um grau de protecção mínimo IP 54; - por um invólucro com fecho especial sem risco de se desapertar; - por respeito das classes de temperatura; - por uma marcação e entrada de cabo conforme as normas. EM QUE É BSED EN 50 09? Grupo de explosão: I ou II; o grupo II compreende as subdivisões II-IIB-IIC. Classe de temperatura: temperatura que deve ser considerada é a do ponto mais quente de todo o aparelho e não a temperatura exterior como no caso do encapsulado antideflagrante. classificação da temperatura é idêntica ao modo de protecção "d". LIGÇÃO por empanque roscado certificado sempre fornecido montado no produto. V080-5
6 tmosferas explosivas - DIRECTIVS EUROPEIS SCO/JOUCOMTIC reserva o direito de modificar os seus produtos sem pré-aviso. V080-6
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