PROJETO DE LEI N 16 ô 72010

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Daniela Stachinski Cerveira
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1 fc ESTADO DA PARAÍBA CASA DE EPITÁCIO PESSOA Gabinete do Deputado Antônio Mineral PROJETO DE LEI N 16 ô (Do Deputado Antônio Mineral) SSfctf***^ \Jf!^aW-<x Dispõe sobre o recolhimento e a destinação final de pilhas e baterias usadas e dá outras providências. *> A Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba decreta: Artigo Io - Fica o Poder Executivo Estadual obrigado a criar sistemas de coleta locais com recipientes para recolhimento, transporte, depósito, armazenagem e destino final de pilhas comuns e alcalinas e baterias usadas. considera-se: Parágrafo único - Para os fins do disposto nesta Lei, I - bateria: conjunto de pilhas ou acumuladores recarregáveis interligados convenientemente; II - pilha: gerador eletroquímico de energia elétrica, mediante conversão geralmente irreversível de energia química; III - acumulador chumbo-ácido: acumulador no qual o material ativo das placas positivas é constituído por compostos de chumbo, e os das placas negativas essencialmente por chumbo, sendo o eletrolito uma solução de ácido sulfúrico; IV - pilhas e baterias portáteis: são consideradas pilhas e baterias portáteis aquelas utilizadas em telefonia, e equipamentos eletroeletrônicos, tais como jogos, brinquedos, ferramentas elétricas portáteis, informática, lanternas, equipamentos fotográficos, rádios, aparelhos de som, relógios, agendas eletrônicas, barbeadores, instrumentos de medição, de aferição, equipamentos médicos e outros. Artigo 2o - Fica proibido o descarte como lixo comum das pilhas e baterias supracitadas, sejam elas usadas ou não, nos termos da legislação em vigor.

2 Artigo 3o - 0 não cumprimento do dispositivo na presente lei sujeitará o infrator ao pagamento de multa estabelecida na legislação em vigor. Artigo 4o - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão à conta de dotações orçamentárias própria, suplementadas se necessário. Artigo 5o - Esta lei entra em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Sala das Sessões, em 25 de março de ^AmpmO MINERAL ^Dgputaclo Estadual r *.

3 .^Y-^- JUSTIFICATIVA: ( o A população brasileira está a cada dia mais sensibilizada com os problemas gerados pelo acúmulo de lixo produzido em nossa sociedade. A crescente falta de locais apropriados para a destinação do lixo, especialmente nos centros urbanos, e, sobretudo, os danos provocados ao meio ambiente por conta do descarte de materiais danosos, tais como metais pesados, vêm trazendo oportunos debates e discussões. Um ponto importante na questão do lixo está relacionado à destinação de pilhas e baterias. Uma Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), de número 0257/1999, estabelece que as pilhas e baterias compostas de níquel-cádmio, chumbo-ácido e oxido de mercúrio deverão, necessariamente, ser recolhidas pelos fabricantes e importadores, bem como pela rede de assistência técnica autorizada, encarregados de dar destinação adequada às pilhas e baterias usadas. Entretanto, as pilhas e baterias fabricadas a partir de 01 de janeiro de 2000, que atendem aos limites de composição de metais previstos na Resolução 0257/1999, têm como proibição tão somente a queima em instalações inadequadas e o lançamento a céu aberto, sendo permitida sua destinação em aterros sanitários comuns. São produzidas 800 milhões de pilhas comuns por ano no Brasil. Cerca de 7 milhões e 200 mil unidades de pilhas de níquel-metalhidreto e íon-lítio utilizadas em telefones celulares são negociados no país todos os anos. Este volume gera um considerável volume de lixo, que a despeito do cumprimento das normas ambientais, geram o lançamento de grande quantidade de metais pesados no meio ambiente. Estudos mostram que estes metais, longe de decomporem-se rapidamente, contaminam o solo e a água, e, consumidos por animais, contaminam também toda a cadeia alimentar que estes animais compõem, incluindo peixes, aves e mamíferos. Chegando ao homem, esses metais são de difícil eliminação pelo organismo, podendo causar diversos efeitos nocivos, tais como alergias de pele e respiratórias, náuseas, vômitos, diarréias, diminuição do apetite e do peso, dores de estômago e gosto metálico na boca, instabilidade emocional, acrescida de distúrbios do sono, inibiçao das células de defesa do organismo, bronquite e até mesmo danos ao sistema nervoso, edemas pulmonares, osteoporose e alguns tipos de câncer. Em consonância com a Lei de Crimes Ambientais, número 9.605/1998, que transforma em crime o lançamento de qualquer elemento degradante ao meio ambiente, entendeu que esta proposição vem oferecer ao cidadão do estado da Paraíba alternativa para o descarte de pilhas e baterias usadas, sem prejuízo ao meio ambiente e à saúde pública.

4 Esse descarte perigoso é proibido por lei desde 30 de junho de 1999, pela resolução 257 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). OBrasil é^o único país da América do Sul que regulamentou a fabricação, a venda e a destinação final de pilhas e baterias, mas a resolução não é cumprida corretamente. Neste sentido, elaboramos a presente proposição com o escopo de colocar pontos de recolhimento destes materiais nos terminais de ônibus para que a população contribua para a preservação do meio ambiente e de sua própria saúde. Pelo exposto, solicitamos o apoio dos nobres pares deste Parlamento para a rápida tramitação da referida proposição. Sala das Sessões, em 25 de março de O MINERAL do Estadual \p o 5 's<\ ^;idov^

5 ^ ^ ESTADO DA PARAÍBA Comissão de Constituição, Justiça e Redação PROJETO DE LEI n 1.684/2010 Dispõe sobre o recolhimento e a destinação final de pilhas e baterias usadas. E dá outras providencias. AUTOR: Dep. Antônio Mineral RELATOR: Dep. Romero Rodrigues PARECER J. ###// > I - RELATÓRIO A Comissão de Constituição, Justiça e Redação recebe para análise e parecer o Projeto de Lei n 1.684/2010, de autoria do Nobre Deputado Antônio Mineral, que dispõe sobre a destinação final de pilhas e baterias usadas. É o relatório

6 f-' ESTADO DA PARAÍBA Comissão de Constituição, Justiça e Redação \I ^ II - VOTO DO RELATOR Esta propositura visa proteger os consumidores obrigando a destinação ecologicamente correta do lixo eletrônico no entanto, todo este material se for descartado de qualquer forma, certamente colocará a saúde da população em risco. Isto posto é importante esclarecer que esta proposta legislativa não fere nenhuma norma infra constitucional, a própria Carta Magna Federal em seu artigo 24 disciplina que: Art. 24. Compete a União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valores, estético, histórico e paisagístico. E importante esclarecer que a própria Constituição Federal dispõe ainda em seu art.170 onde trata da Ordem Econômica e Financeira, e dos Princípios Gerais da Atividade Econômica que: Art A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos a existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: V - defesa do consumidor

7 ESTADO DA PARAÍBA Comissão de Constituição, Justiça e Redação' Nestas condições, ante ckv»2_ posicionamento desta relatoria é pela constitucionalidade, do Projeto de Lei n 1.684/2010. É o voto, Sala das Comissões, em 20 de abril DEP.\ ROMERO RODRIGUES Relator

8 ESTADO DA PARAÍBA Comissãode Constituição, Justiça e Redação III - PARECER DA COMISSÃO A Comissão de Constituição, Justiça e Redação adota e recomenda o parecer do Senhor Relator, pela constitucionalidade do Projeto de Lei n 1.684/2010. É o Parecer Sala das Comissões, em 20 de abril de DE^ZENÕBIO^^ÃNÕ PRESIDENTE DEP. GE1WASIO MAIA FILHO MEMBRO DEP. B MEMBRO MENDES reftdinaldo WANDERLEY 1EMBRO DEP. AR MEMBRO MONTEIRO DER. ROMERO RODRIGUE RELATOR DEP. JEOVÁ CAMPOS MEMBRO M. M$C?3z> PRtâlDMNTB i 3 ^eoie-tr TO Ç2a \>

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