O Telescópio SOAR detecta o remanescente da explosão cósmica mais distante já vista até hoje, estabelecendo um novo recorde.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O Telescópio SOAR detecta o remanescente da explosão cósmica mais distante já vista até hoje, estabelecendo um novo recorde."

Transcrição

1 Comunicado à imprensa 12 de Setembro de :00 horas Sem embargo O Telescópio SOAR detecta o remanescente da explosão cósmica mais distante já vista até hoje, estabelecendo um novo recorde. Equipes de astrônomos brasileiros e norte americanos detectaram através dos telescópios SOAR e Gemini, nos quais o Brasil tem participação, o remanescente da explosão cósmica mais distante até hoje registrada e associada a um pulso de raios gama proveniente do limite observável do universo. A explosão, denominada GRB pelos astrônomos, foi vista no dia 4 de setembro e aconteceu a uma distância de aproximadamente 13 bilhões de anos luz da Terra e, portanto, em uma época na qual o universo tinha apenas 700 milhões de anos de idade. Isso faz com que o objeto que deu origem à explosão esteja entre os mais distantes já observados. Em comparação, o pulso de raiosgama que tinha o recorde de mais distante já detectado, detonou 1,1 bilhões de anos após o nascimento do universo. Além disso, o GRB é excepcional pela longa duração do pulso, de cerca de 200 segundos, enquanto a grande maioria de explosões semelhantes de outros objetos demora apenas uns 10 segundos. A explosão, cuja origem ainda não se entende muito bem, marca provavelmente a morte de uma estrela de alta massa e o nascimento de um buraco negro. A equipe científica, através de uma análise detalhada dos dados científicos, está tentando determinar melhor a natureza da estrela que explodiu. "Estamos em um território desconhecido", disse o Dr. Daniel Reichart, da Universidade da Carolina do Norte (UNC), Estados Unidos, que dirigiu a determinação da distância da explosão. Estamos, finalmente, começando a ver os remanescentes de alguns dos objetos mais velhos do universo. Só alguns quasares, os objetos que até há pouco tempo atrás tinham o recorde de serem os mais distantes do universo, têm sido descobertos em distâncias tão longínquas quanto GRB Porém, enquanto estes possuem buracos negros super massivos, com massas equivalentes à de milhões de vezes a massa do sol, o remanescente associado a GRB provém de uma única

2 estrela. Os astrônomos ficaram surpresos como o fato de uma única estrela poder gerar tanta energia, de forma que seja vista ao longo de todo o universo. Esta estrela primordial é talvez quimicamente diferente daquelas que existem na atualidade. O pulso de raios gama de curta duração, que sinaliza o evento explosivo, foi inicialmente detectado pelo satélite Swift da NASA. Swift enviou, em minutos, a localização do pulso a cientistas ao redor do mundo, para que os resíduos da explosão pudessem ser observados através de telescópios. O astrônomo brasileiro Eduardo Cypriano, trabalhando em coordenação com Reichard, foi o primeiro a detectar a luminosidade remanescente da explosão com o Observatório Austral para a Pesquisa em Astronomia (SOAR), no Cerro Pachón, Chile. Durante as noites seguintes, astrônomos do SOAR, e de outros observatórios do mundo, entre eles o Telescópio Gemini Sul, também no Cerro Pachón, coletaram dados adicionais para determinar a distância até a explosão através do desvio para o vermelho 1, obtendo um valor maior que 6. É importante mencionar que desvios para o vermelho de 2 se traduzem em distâncias de 10 bilhões de anos luz. Desvios de 5, em distâncias de aproximadamente 12 bilhões de anos luz. Inaugurado em abril de 2004, o telescópio SOAR de 4,1 m é uma parceria internacional entre o Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil, o Observatório Óptico Nacional de Astronomia dos Estados Unidos, a Universidade da Carolina do Norte, e a Universidade Estadual de Michigan. O Observatório Gemini de 8.2 m representa um consórcio internacional de sete países, do qual o Brasil é parceiro. Baseados nas medições do SOAR e a dos outros telescópios, a equipe liderada por Noboyuki Kawai, do Instituto de Tecnologia de Tóquio, confirmou a distância do remanescente e refinou a medida do desvio para o vermelho em 6.29, utilizando um espectrógrafo do telescópio Subaru (Mauna Kea, Havaí). A participação brasileira nessa descoberta foi muito importante, declara o Dr. Alberto Rodríguez Ardila, astrônomo do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), que gerencia a participação brasileira no SOAR. Não só as primeiras observações de GRB foram realizadas no SOAR, um telescópio no qual o Brasil participa como parceiro principal, como também elas foram realizadas pelo Dr. Eduardo Cypriano, membro da equipe de astrônomos brasileiros que o país tem permanentemente no Chile trabalhando para o desenvolvimento do observatório e providenciando suporte aos usuários brasileiros na coleta de observações, comenta Alberto. Estava realizando observações na noite do 04/09/2005 com o telescópio SOAR e um instrumento 1 Os astrônomos determinam as distâncias cósmicas através do desvio para o vermelho, ou a quantidade pela qual a luz emitida por um objeto é deslocada em direção à região vermelha (menos energética) do espectro eletromagnético durante seu longo caminho através do universo. Quanto maior a distância à fonte, maior o deslocamento.

3 que analisa radiação infravermelha chamado OSIRIS, quando recebi uma ligação de Reichart e Joshua Haislip (ambos da UNC), solicitando a observação de um alvo de oportunidade, o agora famoso GRB , declara Eduardo, bastante empolgado. Quando eles me contataram, aproximadamente três horas após a explosão, colaborei com o planejamento e obtenção das observações. A Elysandra Figueredo, brasileira e astrônoma do SOAR, também participou fornecendo imagens de calibração, o que permitiu a obtenção de resultados realmente rápidos. Ela vem colaborando junto com a equipe da UNC no processamento dos dados obtidos com o SOAR", relata Eduardo. Um pouco depois de ter coletado a primeira imagem, ficou claro que eles estavam obtendo resultados surpreendentes. A luminosidade remanescente da explosão era detectada nas imagens infravermelhas do SOAR, mas não nas imagens ópticas obtidas simultaneamente com outros telescópios. Isto sugeriu que a explosão deveria estar localizada a uma distância muito grande, adiciona Eduardo. Desenhamos o satélite Swift para procurar por explosões de raios gama provenientes dos limites do universo, disse o Dr. Neil Gehrels, do Centro de Vôos Espaciais Goddard, da NASA, em Greenbelt, Maryland, USA. Agora descobrimos uma e isso é fascinante. Pela primeira vez, podemos aprender acerca de estrelas individuais, próximas ao começo do universo. Certamente existem mais. A detecção de GRB confirma que estrelas de alta massa rivalizam com os quasares mais distantes e que provavelmente explosões estelares, talvez de estrelas ainda mais primordiais, podem ser estudadas combinando os dados do Swift com os de uma rede mundial de telescópios. A descoberta está sendo considerada como um avanço fundamental no estudo do universo primordial. Apesar de buscas exaustivas, poucos quasares foram observados em regiões tão longínquas, que nos remontam às épocas da formação das primeiras galáxias e estrelas. Porém, as explosões de raios gama podem ser mais comuns, de acordo com o Professor Donald Lamb, da Universidade de Chicago, que junto com Reichart previu a detecção de pulsos de raios gama muito distantes. Essas explosões proporcionam informação sobre quando e onde se formaram as primeiras estrelas e os elementos químicos que elas produzem quando explodem. Viajando através do universo, a luz dessas explosões também contém informação da matéria que ela atravessa, no seu caminho até nós. Ainda vamos nos divertir muito, disse Lamb. A detecção do remanescente óptico de GRB pelo SOAR e a determinação do desvio para o vermelho de 6.29 pelo telescópio Subaru faz desse objeto não só uma das mais importantes explosões cósmicas encontradas até hoje, mas também, uma poderosa ferramenta cosmológica para estudar o universo primordial, avalia o Dr. João Braga, especialista em pulsos de raios gama, do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) em São José dos Campos, SP.

4 Fico muito contente que o telescópio SOAR, neste início das suas operações científicas, tenha participado ativamente nessa descoberta importante, demonstrando o grande potencial científico do instrumento, afirma o Dr. Albert Bruch, Diretor do LNA. Confirmamos agora que os esforços e investimentos feitos para construí lo rendem resultados de impacto, e não tenho dúvidas de que a comunidade científica brasileira ainda irá se beneficiar muito do SOAR. Painel da esquerda, primeira imagem do remanescente de GRB050904, observada com o telescópio SOAR. O remanescente vai se tornando mais fraco nas noites posteriores, como pode ser visto nas das imagens da direita. Crédito: Dr. Daniel Reichard. Quem são os astrônomos brasileiros que participaram da descoberta de GRB ? Eduardo Cypriano (Observatório SOAR) Elysandra Figueredo (Observatório SOAR) Como posso entrar em contato com eles? Eduardo: cypriano@ctiosz.ctio,noao.edu Elysandra: figueredo@ctiosz.ctio.noao.edu Porque é importante divulgar esta descoberta? Porque o público brasileiro conhece apenas os resultados das pesquisas feitas por grupos de astrônomos de outros países. O Brasil é sócio do Observatório SOAR e sua participação é feita através de recursos públicos; o contribuinte tem o direito de estar a par de como esses recursos são empregados, dos resultados científicos das pesquisas assim financiadas e da relevância para a ciência brasileira. É importante que o público leigo saiba o que se faz em Astronomia no Brasil, que essa pesquisa é feita em nível de excelência altíssima, tanto em recursos tecnológicos e qualidade de céu como em recursos humanos; que o Brasil tem papel de destaque no cenário mundial justamente por seus pesquisadores renomados e suas pesquisas de ponta. Essas são as principais razões pelas quais damos extrema importância a este resultado, baseados em observações astronômicas com o SOAR.

5 CONTATO: Alberto Rodríguez Ardila MCT/Laboratório Nacional de Astrofísica Rua Estados Unidos, 154, Bairro das Nações Itajubá, MG, Brasil tel.: FAX: ou Web: e mail: aardila@lna.b r Texto elaborado com a colaboração de Giuliana Capistrano LNA.

Instrumentação Astronômica

Instrumentação Astronômica Instrumentação Astronômica O Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) é um órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com sede na cidade de Itajubá, no sul de Minas Gerais. Sua natureza

Leia mais

Observações com o Telescópio Subaru e o Satélite. CoRoT Revelam o Futuro do Sol. 17 de Maio, 2013

Observações com o Telescópio Subaru e o Satélite. CoRoT Revelam o Futuro do Sol. 17 de Maio, 2013 Observações com o Telescópio Subaru e o Satélite CoRoT Revelam o Futuro do Sol 17 de Maio, 2013 Uma equipe de astrônomos liderada pelo Dr José Dias do Nascimento (Departamento de Física Teórica e Experimental

Leia mais

Astronomia. O nosso Universo

Astronomia. O nosso Universo Astronomia O nosso Universo O sistema solar Distância entre a Lua e a Terra: 384.000 Km (aprox. 1 seg-luz Velocidade da luz (c) : 300.000 Km/s Distância média entre a Terra e o Sol: 146 milhões Km (aprox.

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 06: Instrumentos Astrofísicos

Astrofísica Geral. Tema 06: Instrumentos Astrofísicos umentos Astrofísicos Índice 1 Telescópios ópticos 2 Telescópios não-ópticos 3 Observatórios Astronômicos 4 Satélites 5 Outras fontes de informação astrofísica 6 Detectores 7 Bibliografia 2 / 50 Índice

Leia mais

O Lado Escuro do Universo

O Lado Escuro do Universo O Lado Escuro do Universo Thaisa Storchi Bergmann Departamento de Astronomia, Instituto de Física, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil Em 400 anos Telescópio Espacial Hubble (2.4m) Telescópio de Galileu (lente

Leia mais

Está inaugurada a novíssima era da astronomia de ondas gravitacionais

Está inaugurada a novíssima era da astronomia de ondas gravitacionais CLIPPING Veículo: Folha de S. Paulo Data: 17/02/2016 Pág: Online Está inaugurada a novíssima era da astronomia de ondas gravitacionais Em 1916, Albert Einstein previu, a partir da sua teoria da relatividade

Leia mais

Astrônomos descobrem sistema com 7 exoplanetas, e eles podem ter água

Astrônomos descobrem sistema com 7 exoplanetas, e eles podem ter água Astrônomos descobrem sistema com 7 exoplanetas, e eles podem ter água Maria Júlia Marques Do UOL, em São Paulo 22/02/2017 15h00 m n H { Ouvir texto J Imprimir F Comunicar erro "Não, nós não encontramos

Leia mais

Andrômeda 2.538.000 anos luz Galáxias Ativas têm em seu núcleo um buraco negro super massivo Ao contrário dos buracos negros resultantes da morte de estrelas, acredita-se que estes núcleos ativos

Leia mais

Grandes Telescópios e a Obtenção de Imagens Astronômicas

Grandes Telescópios e a Obtenção de Imagens Astronômicas Grandes Telescópios e a Obtenção de Imagens Astronômicas Existem basicamente dois tipos de telescópios: REFRATORES E REFLETORES. Todos os considerados GRANDES telescópios atualmente são do tipo REFLETOR,

Leia mais

Grandes estruturas no Universo. Roberto Ortiz EACH/USP

Grandes estruturas no Universo. Roberto Ortiz EACH/USP Grandes estruturas no Universo Roberto Ortiz EACH/USP A luz se propaga com velocidade finita. Portanto, quanto mais distante olhamos, há mais tempo foi gerada a imagem... Olhar para longe significa olhar

Leia mais

Departamento de Astronomia: Professor Eduardo Bica. Eduardo Bica é professor do Departamento de Astronomia da UFRGS desde 1990.

Departamento de Astronomia: Professor Eduardo Bica. Eduardo Bica é professor do Departamento de Astronomia da UFRGS desde 1990. Departamento de Astronomia: Professor Eduardo Bica Eduardo Bica é professor do Departamento de Astronomia da UFRGS desde 1990. Fig. 1: O Dr. Bica é professor e pesquisador do Departamento de Astronomia.

Leia mais

HISTÓRIA. presença no céu de objetos difusos. nebulosas + nebulosas espirais. Kant (~1755) : nebulosas espirais = nossa galáxia UNIVERSOS ILHA

HISTÓRIA. presença no céu de objetos difusos. nebulosas + nebulosas espirais. Kant (~1755) : nebulosas espirais = nossa galáxia UNIVERSOS ILHA HISTÓRIA Século XVIII presença no céu de objetos difusos nebulosas + nebulosas espirais Kant (~1755) : nebulosas espirais = nossa galáxia UNIVERSOS ILHA Distância desconhecida : não era possível verificar

Leia mais

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul FIS2001 - FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA 3.a PROVA 2011/2 NOME: TURMA:C I. ( 0,2 pontos cada) Nas questões

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 22: O Big Bang. Alexandre Zabot

Astrofísica Geral. Tema 22: O Big Bang. Alexandre Zabot Astrofísica Geral Tema 22: O Big Bang Alexandre Zabot Índice Modelos cosmológicos Expansão do universo Big Bang Evidências do Big Bang Bibliografia 1 30 Índice Modelos cosmológicos Expansão do universo

Leia mais

Curso de Iniciação à. Astronomia e Astrofísica. Observatório Astronómico de Lisboa. Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso. Janeiro e Junho de 2013

Curso de Iniciação à. Astronomia e Astrofísica. Observatório Astronómico de Lisboa. Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso. Janeiro e Junho de 2013 Curso de Iniciação à Astronomia e Astrofísica do Observatório Astronómico de Lisboa Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso Janeiro e Junho de 2013 Conteúdo Objectivos e Estrutura do Curso.............................

Leia mais

HISTÓRIA. presença no céu de objetos difusos. nebulosas + nebulosas espirais. Kant (~1755) : nebulosas espirais = nossa galáxia UNIVERSOS ILHA

HISTÓRIA. presença no céu de objetos difusos. nebulosas + nebulosas espirais. Kant (~1755) : nebulosas espirais = nossa galáxia UNIVERSOS ILHA HISTÓRIA Século XVIII presença no céu de objetos difusos nebulosas + nebulosas espirais Kant (~1755) : nebulosas espirais = nossa galáxia UNIVERSOS ILHA Distância desconhecida : não era possível verificar

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. FIS FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA 3.a PROVA /1

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. FIS FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA 3.a PROVA /1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul FIS2001 - FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA 3.a PROVA - 2007/1 NOME: 1. A figura abaixo é uma representação artística da Via Láctea, como apareceria vista

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 22: O Big Bang

Astrofísica Geral. Tema 22: O Big Bang ig Bang Índice 1 Modelos cosmológicos 2 Expansão do universo 3 Big Bang 4 Evidências do Big Bang 5 Bibliografia 2 / 31 Índice 1 Modelos cosmológicos 2 Expansão do universo 3 Big Bang 4 Evidências do Big

Leia mais

Astronomia Nunca tínhamos visto luz e ondas gravitacionais vindas da colisão de estrelas de neutrões. Ciência, 30/31

Astronomia Nunca tínhamos visto luz e ondas gravitacionais vindas da colisão de estrelas de neutrões. Ciência, 30/31 Astronomia Nunca tínhamos visto luz e ondas gravitacionais vindas da colisão de estrelas de neutrões Ciência, 30/31 Pela primeira vez, vimos tanto ondas gravitacionais como luz emitidas pela colisão de

Leia mais

12 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

12 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 12 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da Final Nacional PROVA TEÓRICA 5 de maio de 2017 Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões. Todas as respostas devem ser dadas

Leia mais

Quasares e Matéria Escura

Quasares e Matéria Escura Quasares e Matéria Escura Atila Costa, Ingrid Rais, Marcelo Diedrich, e Patrícia Gonçalves Seminário de Astronomia IFRS Novembro de 2013 Sumário Introdução...03 História...04 Radiotelescópios...06 Redshift...08

Leia mais

O que vamos estudar? O que é a Via Láctea? Sua estrutura Suas componentes

O que vamos estudar? O que é a Via Láctea? Sua estrutura Suas componentes A Via Láctea O que vamos estudar? O que é a Via Láctea? Sua estrutura Suas componentes A Via-Láctea Hoje sabemos que é a galáxia onde vivemos - Há 100 anos não sabíamos disso! - Difícil estudar estando

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 22: O Big Bang

Astrofísica Geral. Tema 22: O Big Bang ema 22: O Big Bang Outline 1 Modelos cosmológicos 2 Expansão do universo 3 Big Bang 4 Evidências do Big Bang 5 Bibliografia 2 / 29 Índice 1 Modelos cosmológicos 2 Expansão do universo 3 Big Bang 4 Evidências

Leia mais

Medindo a Distância da Supernova 1987A

Medindo a Distância da Supernova 1987A Medindo a Distância da Supernova 1987A Gabriel Armando Pellegatti Franco Universidade Federal de Minas Gerais Departamento de Física franco@fisica.ufmg.br Página 1 de 26 Nascimento de uma Supernova Página

Leia mais

Introdução a Astronomia...uma breve perspectiva do caminho que realizaremos durante o curso...

Introdução a Astronomia...uma breve perspectiva do caminho que realizaremos durante o curso... Introdução a Astronomia...uma breve perspectiva do caminho que realizaremos durante o curso... I- A Ciência Astronomia-Astrofísica II- Estrutura Hierárquica do Universo III- Escalas de Dimensões e Distâncias

Leia mais

Universidade da Madeira. A escala do Universo. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 26 de abril de 2017

Universidade da Madeira. A escala do Universo. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 26 de abril de 2017 A escala do Universo Laurindo Sobrinho 26 de abril de 2017 1 1 O Sistema Solar Universidade da Madeira 2 Sol Terra http://umbra.nascom.nasa.gov/sdac.html http://www.msss.com/earth/earth.html 700 000 Km

Leia mais

11 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

11 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 11 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da Final Nacional PROVA TEÓRICA 8 de abril de 2016 Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões. Todas as respostas devem ser dadas

Leia mais

Hubble completa 25 anos: veja lindas imagens feitas pelo telescópio

Hubble completa 25 anos: veja lindas imagens feitas pelo telescópio Uol - SP 24/04/2015-06:41 Hubble completa 25 anos: veja lindas imagens feitas pelo telescópio Da Redação 24.abril.2015 - Nesta sexta-feira (24) o Telescópio Espacial Hubble completa 25 anos. O telescópio

Leia mais

7 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

7 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 7 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da Eliminatória Regional 13 de Abril de 2012 15:00 (Portugal Continental e Madeira) 14:00 (Açores) Duração máxima 120 minutos Nota: Ler atentamente todas as

Leia mais

Espaço. 1. Universo. Ciências Físico-Químicas 7º Ano Nelson Alves Correia Escola Básica Manuel Figueiredo Agrupamento de Escolas Gil Paes

Espaço. 1. Universo. Ciências Físico-Químicas 7º Ano Nelson Alves Correia Escola Básica Manuel Figueiredo Agrupamento de Escolas Gil Paes Espaço 1. Universo Ciências Físico-Químicas 7º Ano Nelson Alves Correia Escola Básica Manuel Figueiredo Agrupamento de Escolas Gil Paes Corpos celestes 1.1 Distinguir vários corpos celestes. Estrela Astro

Leia mais

O Surgimento e Desenvolvimento De Uma Anã Branca

O Surgimento e Desenvolvimento De Uma Anã Branca UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FÍSICA Mestrado Profissional em Ensino de Física Vitor Cossich O Surgimento e Desenvolvimento De Uma Anã Branca IMAGEM: Concepção artística do sistema

Leia mais

Um consórcio internacional de cientistas anunciou nesta quinta-feira (11) a primeira

Um consórcio internacional de cientistas anunciou nesta quinta-feira (11) a primeira Experimento vê ondas gravitacionais, fenômeno previsto por Einstein Abalo no espaço e no tempo foi provocado por colisão de buracos negros. Fenômeno foi antecipado pela Teoria da Relatividade Geral, há

Leia mais

Ensino de Astronomia. Curso de extensão Ensino de Astronomia no ABC

Ensino de Astronomia. Curso de extensão Ensino de Astronomia no ABC Ensino de Astronomia Curso de extensão Ensino de Astronomia no ABC Astrofísico Russo A escala de Kardashev Teorizou sobre os tipos de civilização ao estudar o quasar CTA-102 (1964) Categorização das

Leia mais

Programa. Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos - IFSC

Programa. Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos - IFSC SFI 5800 Espectroscopia Física SCM5770 - Caracterização de Materiais por Técnicas de Espectroscopia Programa Prof. Dr. José Pedro Donoso

Leia mais

Ensino de Astronomia

Ensino de Astronomia Ensino de Astronomia História Aula III Astronomia moderna e a fronteira final Curso de extensão Ensino de Astronomia no ABC Não há como voltar ao passado. A escolha é o Universo ou o nada H. G. Wells Novas

Leia mais

Descoberta a fonte das misteriosas ondas de rádio no espaço

Descoberta a fonte das misteriosas ondas de rádio no espaço Descoberta a fonte das misteriosas ondas de rádio no espaço Date : 5 de Janeiro de 2017 Ondas de rádio que ninguém conseguia explicar têm sido um dos grandes quebra-cabeças da astronomia moderna, mas uma

Leia mais

4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova Final Nacional 5 de Junho de :00

4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova Final Nacional 5 de Junho de :00 4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova Final Nacional 5 de Junho de 2009 15:00 Duração máxima 120 minutos Leia atentamente todas as questões. A questão 1 é de escolha múltipla. Nas restantes questões

Leia mais

Os planetas Extrassolares

Os planetas Extrassolares Os planetas Extrassolares Daniel R. C. Mello Observatório do Valongo - UFRJ I Curso de extensão Introdução à Astronomia - 2017 Planetas Extrassolares Como esta aventura começou? Há um infinito número de

Leia mais

Universidade da Madeira. Introdução. à Astronomia. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 27 de outubro de 2012

Universidade da Madeira. Introdução. à Astronomia. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 27 de outubro de 2012 Introdução à Astronomia Laurindo Sobrinho 27 de outubro de 2012 1 1 O Sistema Solar http://sohowww.nascom.nasa.gov/data/realtime-images.html Universidade da Madeira A distância da Terra ao Sol é de aproximadamente

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 12: A morte das estrelas

Astrofísica Geral. Tema 12: A morte das estrelas orte das estrelas Índice 1 Evolução final 2 Morte estelar 3 Cadáveres estelares 4 Supernovas 5 Bibliografia 2 / 29 Índice 1 Evolução final 2 Morte estelar 3 Cadáveres estelares 4 Supernovas 5 Bibliografia

Leia mais

TÍTULO: FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS PARA ANÁLISES ESTATÍSTICAS DE GALÁXIAS INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

TÍTULO: FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS PARA ANÁLISES ESTATÍSTICAS DE GALÁXIAS INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 16 TÍTULO: FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS PARA ANÁLISES ESTATÍSTICAS DE GALÁXIAS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA SUBÁREA: COMPUTAÇÃO E INFORMÁTICA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS

Leia mais

Introdução a Astronomia

Introdução a Astronomia Introdução a Astronomia...uma breve perspectiva do caminho que realizaremos durante o curso e a necessidade da utilização de Unidades Especiais e Medidas Astronômicas... I- A Ciência Astronomia-Astrofísica

Leia mais

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da final nacional PROVA TEÓRICA 25 de maio de 2018 Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões. As primeiras 6 questões são de escolha

Leia mais

Desenvolvimento de Instrumentação Astronômica e Modernização da Infraestrutura Observacional Brasileira

Desenvolvimento de Instrumentação Astronômica e Modernização da Infraestrutura Observacional Brasileira Programa de Capacitação Institucional - PCI 2019 2023 Desenvolvimento de Instrumentação Astronômica e Modernização da Infraestrutura Observacional Brasileira Laboratório Nacional de Astrofísica / MCTIC

Leia mais

1.2.1 Espetros contínuos e descontínuos

1.2.1 Espetros contínuos e descontínuos 1.2.1 Espetros contínuos e descontínuos Adaptado pelo Prof. Luís Perna Luz: Radiação Eletromagnética A luz das estrelas, é radiação eletromagnética ou seja são ondas eletromagnéticas que se propagam pelo

Leia mais

A VIA-LÁCTEA PARTE I. a nossa Galáxia

A VIA-LÁCTEA PARTE I. a nossa Galáxia A VIA-LÁCTEA PARTE I a nossa Galáxia Definição: Uma galáxia é um conjunto de matéria estelar e interestelar - estrelas, gás, poeira, estrelas de nêutrons, buracos negros isolado no espaço e mantido junto

Leia mais

Galáxias peculiares e colisões de galáxias

Galáxias peculiares e colisões de galáxias Galáxias peculiares Quasares Radiogaláxias Colisões de galáxias Colisão da Via Láctea com M31 Galáxias peculiares e colisões de galáxias Gastão B. Lima Neto IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga101/ AGA 101

Leia mais

Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos

Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos Rogério Riffel riffel@ufrgs.br Núcleo Ativo de Galáxia

Leia mais

SÓ EU SEI O QUE VAI CAIR NA PROVA!

SÓ EU SEI O QUE VAI CAIR NA PROVA! O início de tudo E o que seria necessário para inventar o Universo? - Simples, um Big Bang. E o que seria um Big Bang? - O Big Bang (Grande expansão) é uma expressão utilizada pelos astrônomos para descrever

Leia mais

O que são exoplanetas?

O que são exoplanetas? Exoplanetas O que são exoplanetas? α Um exoplaneta (ou planeta extra-solar) é um planeta que orbita uma estrela que não seja o Sol e, portanto, pertence a um sistema planetário diferente do nosso. α Até

Leia mais

CURSO AVANÇADO EM ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA AS ORIGENS DAS GALÁXIAS. José Afonso MÓDULO CAOAL OG.

CURSO AVANÇADO EM ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA AS ORIGENS DAS GALÁXIAS. José Afonso MÓDULO CAOAL OG. CURSO AVANÇADO EM ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA DO OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA AS ORIGENS DAS GALÁXIAS MÓDULO CAOAL OG José Afonso Maio de 2013 Conteúdo Objectivos e Estrutura do Curso..............................

Leia mais

Introdução à Astrofísica. Lição 25 A Morte das Estrelas

Introdução à Astrofísica. Lição 25 A Morte das Estrelas Introdução à Astrofísica Lição 25 A Morte das Estrelas Nós já falamos a respeito da evolução das estrelas com massas próximas a do Sol. Vimos que no fim de suas vidas, essas estrelas formarão as nebulosas

Leia mais

capa O branco e o prata: o elegante prédio do Soar e o vizinho Gemini Sul, ao fundo 16 n março DE 2010 n PESQUISA FAPESP 169 ricardo zorzetto

capa O branco e o prata: o elegante prédio do Soar e o vizinho Gemini Sul, ao fundo 16 n março DE 2010 n PESQUISA FAPESP 169 ricardo zorzetto capa O branco e o prata: o elegante prédio do Soar e o vizinho Gemini Sul, ao fundo ricardo zorzetto 16 n março DE 2010 n PESQUISA FAPESP 169 Rumo às estrelas Instrumentos astronômicos feitos no Brasil

Leia mais

Das Galáxias à Energia Escura: Fenomenologia do Universo

Das Galáxias à Energia Escura: Fenomenologia do Universo Das Galáxias à Energia Escura: Fenomenologia do Universo Martín Makler ICRA/CBPF Fenomenologia Universo do Cosmólogo Teórico: Homogêneo e isotrópico Dominado por matéria/energia escura Universo do Astrônomo:

Leia mais

Arquitetura do Universo Nascimento e Estrutura do Universo

Arquitetura do Universo Nascimento e Estrutura do Universo Unidade 1 Arquitetura do Universo Nascimento e Estrutura do Universo s O Big Bang O Universo tem uma história! Uma história com cerca de 15 mil milhões de anos. Começou com o Big Bang, não tendo parado

Leia mais

INVESTIGAÇÃO DE EXPLOSÕES NO QUASAR. RELATÓRIO DE PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (PIBIC/CNPq/INPE)

INVESTIGAÇÃO DE EXPLOSÕES NO QUASAR. RELATÓRIO DE PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (PIBIC/CNPq/INPE) INVESTIGAÇÃO DE EXPLOSÕES NO QUASAR 3C273 RELATÓRIO DE PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (PIBIC/CNPq/INPE) Lia Camargo Corazza (Mackenzie, Bolsista PIBIC/CNPq) E-mail: lia.corazza@gmail.com Dr. Luiz Claudio

Leia mais

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal Tibério B. Vale Veja mais em: http://astro.if.ufrgs.br/estrelas/node14.htm Evolução Final das Estrelas O destino final

Leia mais

COSMOLOGIA II. Daniele Benício

COSMOLOGIA II. Daniele Benício COSMOLOGIA II Daniele Benício Relembrando da aula passada... COSMOLOGIA: É o ramo da Ciência que se dispõe a estudar e propor teorias sobre a origem, estrutura e evolução do Universo Evidências do Big

Leia mais

Indicadores de distancia extragalácticos e lei de Hubble. Capitulo Indicadores de Distancia:

Indicadores de distancia extragalácticos e lei de Hubble. Capitulo Indicadores de Distancia: Indicadores de distancia extragalácticos e lei de Hubble Capitulo 3 3.1.1 Indicadores de Distancia: A determinação de distancia as galáxias é um problema que ainda esta em aberto e de sua solução dependem

Leia mais

NOBEL DE FÍSICA APRESENTARÁ NO RIO RESULTADOS INÉDITOS SOBRE A MISTERIOSA MATÉRIA ESCURA

NOBEL DE FÍSICA APRESENTARÁ NO RIO RESULTADOS INÉDITOS SOBRE A MISTERIOSA MATÉRIA ESCURA COMUNICADO DE IMPRENSA No 2 Núcleo de Comunicação Social / CBPF [Para publicação imediata] O quê: Nobel de Física apresentará resultados inéditos sobre um dos maiores mistérios do universo, a matéria escura,

Leia mais

Telescópios. Paulo Lago IAG/USP

Telescópios. Paulo Lago IAG/USP Atmosfera da Terra Sítios de observação Fotometria Telescópios ópticos Características Físicas Tubos ópticos Montagens Telescópios com participação do Brasil Radiotelescópios Telescópios de Raios X Telescópios

Leia mais

Evolução Estelar II. Aglomerados estelares e o diagrama H-R

Evolução Estelar II. Aglomerados estelares e o diagrama H-R Evolução Estelar II Aglomerados estelares e o diagrama H-R Idéias básicas Testes de modelos e teorias de evolução estelar Problema: Evolução estelar ocorre numa escala de tempo de bilhões de anos Astrônomos

Leia mais

O que existe no Universo

O que existe no Universo Ciências Físico-Químicas - 7º ano O que existe no Universo M. Neli G. C. Cavaleiro M. Domingas Beleza O que existe no Universo? Universo Planetas Sol Via láctea Galáxias Estrelas Como sabemos o que existe?

Leia mais

O Universo no meu bolso. O Universo nebular. Grażyna Stasińska. No. 1. Observatório de Paris ES 001

O Universo no meu bolso. O Universo nebular. Grażyna Stasińska. No. 1. Observatório de Paris ES 001 O Universo no meu bolso O Universo nebular No. 1 ES 001 Grażyna Stasińska Observatório de Paris A nebulosa de Órion. Esta é a nebulosa mais brilhante do céu, e pode ser vista a olho nu. 2 Todos nós já

Leia mais

O Universo no meu bolso. O Universo nebular. Grażyna Stasińska. No. 1. Observatório de Paris ES 001

O Universo no meu bolso. O Universo nebular. Grażyna Stasińska. No. 1. Observatório de Paris ES 001 O Universo no meu bolso O Universo nebular No. 1 ES 001 Grażyna Stasińska Observatório de Paris Todos nós já vimos as estrelas à noite. Elas parecem tão isoladas na escuridão do céu! Mas isso é apenas

Leia mais

Astropartículas no LIP

Astropartículas no LIP Astropartículas no LIP detectar, electrões e núcleos, do H ao Fe, e neutrinos, e procurar a matéria escura 330 a 430 km, Estação Espacial Internacional 1.4 km, Observatório Pierre Auger -1.5 a -2.0 km,

Leia mais

Tópicos de Física Geral I Cosmologia: o que sabemos sobre a história do universo? Miguel Quartin

Tópicos de Física Geral I Cosmologia: o que sabemos sobre a história do universo? Miguel Quartin Tópicos de Física Geral I 2016 Cosmologia: o que sabemos sobre a história do universo? Miguel Quartin Instituto de Física, UFRJ Grupo: Astrofísica, Relatividade e Cosmologia (ARCOS) 1 Resumo do Seminário

Leia mais

Observar o Universo. astropartículas astronomia e física de partículas

Observar o Universo. astropartículas astronomia e física de partículas Observar o Universo astropartículas astronomia e física de partículas Sofia Andringa, LIP-Lisboa O que sabemos do Universo? São Tomé e Príncipe, Setembro 2009 Da Terra, vemos o Sol, a luz reflectida na

Leia mais

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal Rogério Riffel Veja mais em: http://astro.if.ufrgs.br/estrelas/node14.htm Evolução Final das Estrelas O destino final das

Leia mais

Capítulo 10 PESQUISAS EM ASTROFÍSICA NO INPE* Oswaldo Duarte Miranda**

Capítulo 10 PESQUISAS EM ASTROFÍSICA NO INPE* Oswaldo Duarte Miranda** Capítulo 10 PESQUISAS EM ASTROFÍSICA NO INPE* Oswaldo Duarte Miranda** * Revisado em junho de 2010 * * e-mail: oswaldo@das.inpe.br 10-1 10-2 PESQUISAS EM ASTROFÍSICA NO INPE LISTA DE FIGURAS...5 10.1 INTRODUÇÃO...7

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Paralaxe Solar e a Escala de distâncias astronômicas. Arthur P. O. Bastos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Paralaxe Solar e a Escala de distâncias astronômicas. Arthur P. O. Bastos UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Astronomia Fundamental 2011/01 Profª.: Daniela Paralaxe Solar e a Escala de distâncias astronômicas Arthur P. O. Bastos Determinação de distâncias Em astronomia,

Leia mais

1 C ; 2 D, 3 B, 4 G ; 5 A ; 6 F ; 7 - E

1 C ; 2 D, 3 B, 4 G ; 5 A ; 6 F ; 7 - E Escola Secundária de Lagoa Físico - Química 7º Ano Paula Melo Silva Correção Ficha de Trabalho 2 O universo 1. O Universo é constituído principalmente por espaço vazio no qual estão distribuídos vários

Leia mais

A LUZ PRECIOSO BEM PARA OS ASTRÔNOMOS

A LUZ PRECIOSO BEM PARA OS ASTRÔNOMOS A LUZ PRECIOSO BEM PARA OS ASTRÔNOMOS A Astronomia vive quase que exclusivamente da luz captada dos objetos celestes. É através da luz por eles emitida, refletida ou absorvida que tiramos informações sobre

Leia mais

Imagens de galáxias estrelas. estrela. Algumas são espirais como a nossa Galáxia e Andrômeda, outras não.

Imagens de galáxias estrelas. estrela. Algumas são espirais como a nossa Galáxia e Andrômeda, outras não. estrela Imagens de galáxias estrelas imagens das galáxias são mais difusas Algumas são espirais como a nossa Galáxia e Andrômeda, outras não. Aglomerado de Coma ( 100 Mpc de distância da Terra) MORFOLOGIA:

Leia mais

Estrelas J O NAT HAN T. QUARTUCCIO I N S T I T U T O D E P E S Q U I S A S C I E N T Í F I C A S A S T R O L A B

Estrelas J O NAT HAN T. QUARTUCCIO I N S T I T U T O D E P E S Q U I S A S C I E N T Í F I C A S A S T R O L A B Estrelas J O NAT HAN T. QUARTUCCIO I N S T I T U T O D E P E S Q U I S A S C I E N T Í F I C A S A S T R O L A B Em uma noite escura, em um lugar afastado da poluição luminosa, olhamos para o céu e vemos

Leia mais

Telescópios Daniel F. Matsukura João Paulo Muniz Rodrigo Tonon

Telescópios Daniel F. Matsukura João Paulo Muniz Rodrigo Tonon Telescópios Daniel F. Matsukura João Paulo Muniz Rodrigo Tonon Capacidade Coletora A capacidade de captar fótons é diretamente proporcional à área, ou seja, ao quadrado do raio. Instrumento Diâmetro Comparação

Leia mais

Subcomissão de Posição do Brasil no cenário internacional da Comissão Especial de Astronomia. Composição. Objetivos

Subcomissão de Posição do Brasil no cenário internacional da Comissão Especial de Astronomia. Composição. Objetivos Subcomissão de Posição do Brasil no cenário internacional da Comissão Especial de Astronomia Documento resumido para 19 de março de 2010 Composição Beatriz Barbuy Relatora Luiz Alberto Nicolaci da Costa

Leia mais

Evolução Final das Estrelas

Evolução Final das Estrelas Introdução à Astrofísica Evolução Final das Estrelas Rogemar A. Riffel Destino das estrelas O destino final das estrelas, depois de consumir todo o seu combustível nuclear, depende de duas coisas: 1) Se

Leia mais

Astronomia para Todos Buracos Negros

Astronomia para Todos Buracos Negros Astronomia para Todos Buracos Negros Oswaldo Duarte Miranda mailto: oswaldo@das.inpe.br INPE 27 de novembro de 2008 Oswaldo Duarte Miranda Buracos Negros Um pouco de História pré Einstein 1687: Isaac Newton

Leia mais

10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 18 de março de 2015 15:00 (Continente e Madeira) / 14:00 (Açores) Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões.

Leia mais

Nome: Turma: Data: / /

Nome: Turma: Data: / / ATIVIDADE DE LABORATÓRIO Nome: Turma: Data: / / Medir distâncias no Universo INTRODUÇÃO Medir distâncias a objetos astronômicos é um problema fundamental em Astronomia e um grande desafio aos astrônomos.

Leia mais

4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 15 de Abril de :00

4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 15 de Abril de :00 4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 15 de Abril de 2009 15:00 Duração máxima 120 minutos Nota: Ler atentamente todas as questões. Existe uma tabela com dados no final

Leia mais

A Via LácteaMassa da Galáxia

A Via LácteaMassa da Galáxia Fundamentos de Astronomia e Astrofísica A Via LácteaMassa da Galáxia Tibério B. Vale http://astro.if.ufrgs.br Meio Interestelar O meio entre as estrelas não é completamente vazio. Tem gás: principalmente

Leia mais

Augusto Damineli - IAGUSP

Augusto Damineli - IAGUSP Ferramentas do Astrônomo Augusto Damineli - IAGUSP Magnitude = -2.5 log (fluxo) + Cte Magnitude = -2.5 log (L/4pd 2 ) + Cte Cte => Vega tem magnitude zero Razão fluxos = 100 => Dm = 5 Astro mv Sol -27

Leia mais

A Mitsubishi Electric desenvolve robô para gerir 492 espelhos de segmento de um telescópio de trinta metros em Mauna Kea

A Mitsubishi Electric desenvolve robô para gerir 492 espelhos de segmento de um telescópio de trinta metros em Mauna Kea MITSUBISHI ELECTRIC CORPORATION PUBLIC RELATIONS DIVISION 7-3, Marunouchi 2-chome, Chiyoda-ku, Tokyo, 100-8310 Japan PARA LANÇAMENTO IMEDIATO N.º 3003 Este texto é uma tradução da versão em inglês oficial

Leia mais

Grandes telescópios da próxima década e Astronomia Espacial: a necessidade de participação em consórcios internacionais

Grandes telescópios da próxima década e Astronomia Espacial: a necessidade de participação em consórcios internacionais Grandes telescópios da próxima década e Astronomia Espacial: a necessidade de participação em consórcios internacionais Beatriz Barbuy 1 Albert Bruch 2 Eduardo Janot Pacheco 3 A astronomia brasileira no

Leia mais

A Temperatura do Universo

A Temperatura do Universo A Temperatura do Universo Thyrso Villela Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE Divisão de Astrofísica São José dos Campos, SP T ρ T ρ T: flutuação de temperatura do céu ρ: flutuação de densidade

Leia mais

O Sistema Solar é um conjunto de planetas, asteroides. e cometas que giram ao redor do Sol.

O Sistema Solar é um conjunto de planetas, asteroides. e cometas que giram ao redor do Sol. Leandro e João O Sistema Solar é um conjunto de planetas, asteroides e cometas que giram ao redor do Sol. O Sistema Solar é composto por 8 planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano

Leia mais

BRASIL PARTICIPA DE EXPERIMENTO INTERNACIONAL PARA CAÇAR NO CÉU FONTES EMISSORAS DE RAIOS GAMA

BRASIL PARTICIPA DE EXPERIMENTO INTERNACIONAL PARA CAÇAR NO CÉU FONTES EMISSORAS DE RAIOS GAMA COMUNICADO DE IMPRENSA No 3 Núcleo de Comunicação Social / CBPF [Para publicação imediata] O quê: Palestras irão apresentar detalhes de experimento internacional do qual o Brasil participa para localizar,

Leia mais

Planetas fora do Sistema Solar

Planetas fora do Sistema Solar Planetas fora do Sistema Solar José Eduardo Costa Dep. Astronomia Instituto de Física UFRGS (2016-2) O Sistema Solar Massa do Sol = 2 x 1030 Kg (333 000x a massa da Terra; 1 000x a massa de Júpiter) Diâmetro

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 11: A vida das estrelas

Astrofísica Geral. Tema 11: A vida das estrelas da das estrelas Índice 1 Nascimento estelar 2 Propriedades fundamentais 3 Estrutura Estelar 4 Diagrama HR 5 Bibliografia 2 / 25 Índice 1 Nascimento estelar 2 Propriedades fundamentais 3 Estrutura Estelar

Leia mais

SOCIEDADE ASTRONÔMICA DO RECIFE Rua Francisco Lacerda, 455. Várzea. Recife - PE. CEP.:

SOCIEDADE ASTRONÔMICA DO RECIFE Rua Francisco Lacerda, 455. Várzea. Recife - PE. CEP.: OBJETIVOS: O objetivo do curso é familiarizar os conceitos e terminologia da Astronomia moderna. No final deste curso o formando terá uma visão geral sobre o Universo em que vivemos e a informação necessária

Leia mais

Planetas fora do Sistema Solar

Planetas fora do Sistema Solar Planetas fora do Sistema Solar Dep. Astronomia Instituto de Física UFRGS (2018-1) O Sistema Solar Massa do Sol = 2 x 1030 Kg (333 000x a massa da Terra; 1 000 x a massa de Júpiter) Diâmetro do Sol = 1

Leia mais

AGA0299 INFORMAÇÕES GERAIS 06/MAR/2018

AGA0299 INFORMAÇÕES GERAIS 06/MAR/2018 AGA0299 INFORMAÇÕES GERAIS 06/MAR/2018 Paula R. T. Coelho http://www.astro.iag.usp.br/~pcoelho Monitor: nenhum :( Terças e quintas, 16:00 na sala 02, e às vezes na A304 (Lab. de informática)

Leia mais

CURSO AVANÇADO EM ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA AS ORIGENS DAS GALÁXIAS. José Afonso. Maio de 2014 MÓDULO: CAOAL OG

CURSO AVANÇADO EM ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA AS ORIGENS DAS GALÁXIAS. José Afonso. Maio de 2014 MÓDULO: CAOAL OG CURSO AVANÇADO EM ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA NO OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA AS ORIGENS DAS GALÁXIAS MÓDULO: CAOAL OG José Afonso Maio de 2014 Conteúdo Objectivos e Estrutura do Curso..............................

Leia mais

O referencial ligado a A, S', tem velocidade v = u em relação a S. O que queremos saber é o valor de u B, a transformada de u B

O referencial ligado a A, S', tem velocidade v = u em relação a S. O que queremos saber é o valor de u B, a transformada de u B Exercícios da 6 a aula Velocidades 1. Um objeto A se desloca com velocidade u em relação a um observador O, caminhando para leste. Um objeto B se desloca com velocidade u, caminhando para oeste. Qual a

Leia mais

Cœlum Australe. Jornal Pessoal de Astronomia, Física e Matemática - Produzido por Irineu Gomes Varella

Cœlum Australe. Jornal Pessoal de Astronomia, Física e Matemática - Produzido por Irineu Gomes Varella Cœlum Australe Jornal Pessoal de Astronomia, Física e Matemática - Produzido por Irineu Gomes Varella Criado em 1995 Retomado em Junho de 2012 Ano V Nº 36 - Dezembro de 2014 UNIDADES DE DISTÂNCIA EM ASTRONOMIA

Leia mais

A stro no mia de Raio s. María Victoria del Valle

A stro no mia de Raio s. María Victoria del Valle A stro no mia de Raio s María Victoria del Valle A stro no mia ao Meio -dia, IAG 14 de Março de 2019 Astronomia (Credit: Observatory images from NASA, ESA (Herschel and Planck), Lavochkin Association (Specktr-R),

Leia mais

1.2.1 Espetros contínuos e descontínuos

1.2.1 Espetros contínuos e descontínuos 1.2.1 Espetros contínuos e descontínuos Adaptado pelo Prof. Luís Perna Luz: Radiação Eletromagnética A luz das estrelas, é radiação eletromagnética ou seja são ondas eletromagnéticas que se propagam pelo

Leia mais

Evolução Estelar. Introdução à Astronomia Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF

Evolução Estelar. Introdução à Astronomia Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF Evolução Estelar Introdução à Astronomia 2015.2 Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF http://www.univasf.edu.br/~ccinat.bonfim http://www.univasf.edu.br/~alessandro.moises

Leia mais