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1 FACULDADE DE CASTANHAL FCAT EDSON CÉSAR EDUARDO QUADROS HERMES NETO JOANNE FERREIRA CERÂMICA MARACÁ CASTANHAL 2013

2 Introdução à Cerâmica: a cerâmica como material arqueológico "A cerâmica é uma das mais antigas e expressivas tradições culturais brasileiras. Particularmente na Amazônia, essa tradição se manifesta com uma beleza plástica extraordinária e múltipla, fruto da diversidade cultural e do grau de desenvolvimento dos povos que habitaram a região em tempos do prédescobrimento, como são os casos das cerâmicas marajoara, tapajônica, maracá, cunani e konduri, entre outras. (LOPES, Daniel F. Tecnólogo Sênior do Museu Emílio Goeldi-Belém PA) Material Arqueológico "Quando se observa um conjunto de objetos algumas perguntas são imediatas: Quem fabricou? Onde foram fabricados? Em que época? Como o conjunto se formou? Na verdade, estas são as principais perguntas que devemos responder, sendo que algumas destas respostas podem ser encontradas nas próprias peças". (Maria Cristina Mineiro Scatamacchia, Célia Maria Cristina Demartini e Alejandra Bustamente) Cerâmica arqueológica Deve ser considerado primeiramente, que minha pesquisa é fundamentada nas sociedades indígenas que ocupavam o Brasil Pré-Colonial, como define Eduardo Góes Neves, no Guia Temático da exposição Formas de Humanidade : módulo: Origens e Expansão das Sociedades Indígenas. O conceito Pré-Colonial utiliza-se de um fato, o Descobrimento do Brasil para marcar uma data que permite dividir o passado. O período Pré-Colonial que antecede um acontecimento, à chegada de Colombo (Pré- Colombiano) ou de Cabral (Pré-Cabraliano), transformando 1492 e 1500, como datas limites para compreender melhor e determinar melhor o período. O período pré-colonial compreende o passado do ameríndio, que está subdividido em: Paleoíndio ( a A. P.2), Arcaico ( a A.P.) e Formativo (3.000 a 500 A. P.). O Período Pré-Colonial possui dois tipos de sociedades indígenas: Grupos caçadores coletores: sítios líticos (só pedra lascada e polida) e sítios sambaquis (colinas artificiais de conchas) sem cerâmica.

3 Grupos ceramistas agricultores : sítios cerâmicos (cacos e vasos de cerâmica) e lito-cerâmicos (cacos, vasos e pedras lascadas e polidas). Para estudos arqueológicos, são utilizados os vestígios encontrados e suas características permitem associá-lo a um tipo particular de cultura Pré-Colonial ou Tradição. Além disso, duas características marcantes determinam esse período précolonial: A agricultura começa a desenvolver e torna-se principal atividade produtiva; Ocorre a redução do nomadismo; As populações agricultoras são também ceramistas e os restos de cerâmica são referências da presença de sociedades agrícolas. Na região da Amazônia, nos sambaquis do litoral paraense (5.000 anos) e na região de Santarém (7.000 anos) encontra-se os mais antigos vestígios de cerâmica e indícios do surgimento da cerâmica na América. Esses indícios sugerem que a Amazônia teria sido um centro de inovação cultural durante o Arcaico e o início do Formativo, o foco inicial da domesticação de tubérculos e da fabricação da cerâmica. Mas as evidências existentes mostram que houve mais de um centro de criação e difusão da agricultura/cerâmica no continente americano como é relatado, no Guia Temático da Exposição Formas de Humanidade: módulo Origens e Expansão das Sociedades Indígenas (2000). As culturas ceramistas são agrupadas em Tradições e diferenciadas a partir de dados relativos às formas da cerâmica, que indicam a sua função, e das diversas decorações, pinturas, excisões e apêndices. Fatores que determinam a cerâmica como material arqueológico para análise A cerâmica e os seus vestígios são considerados materiais para análise por terem feito parte de todas as civilizações. Baseando no livro: Como interpretar a linguagem da cerâmica, manual para arqueólogos de Betty J. Meggers e Clifford Evans (1970:09,10,11) descrevo esses fatores: 1. As pessoas que fizeram os artefatos de cerâmica viveram em acampamentos ou aldeias, de forma que os seus restos se encontravam em áreas restritas; esses objetos gastos ou quebrados no local em que viviam, formaram registros do que era feito e usado no tempo em que o sítio arqueológico era habitado; 2. A cerâmica é um artefato não perecível.

4 3. Apresenta durabilidade e preservação no registro arqueológico (formas de cacos). A partir dos cacos que é possível a tentativa de reconstruir forma e função dos artefatos; 4. Os diferentes tipos cerâmicos fornecem a base para construção de uma escala relativa de tempo, que pode ser usada para estabelecer a relação cronológica de qualquer sítio com todos os outros que apresentam o mesmo conjunto de tipos cerâmicos; 5. A cerâmica por ser um material frágil, exigia produção em larga escala. Os cacos são suficientemente resistentes para aguentar as condições climáticas; 6. Características da produção e o uso dos artefatos cerâmicos a plasticidade da argila determina as diferentes formas de cerâmicas de uma produção, que podem indicar a sua função e as grandes variedades de decoração, pintura, incisões, excisões e apêndices. 7. A cerâmica é um indicador de sensibilidade única para construir cronologias relativas; e cronologia é um pré-requisito para todas as outras espécies de reconstrução e interpretação arqueológica. Classificação das cerâmicas em geral Os artefatos encontrados são avaliados segundo alguns critérios. Primeiro analisa-os de acordo com a sua forma. Dentro desse quadro avalia-se o apêndice, que são proeminências adicionadas externamente ao corpo da vasilha; a base, que é a sua parte inferior; a boca, que é a abertura do vaso; a borda, que é parte que termina a parede, junto à boca; as cariátides, que são figuras zoomorfas ou antropomorfas utilizadas como sustento; o colo, que é localizado entre a boca e o corpo ou entre o corpo e o gargalo, sendo determinado pela existência de um ponto angular, situado acima do ponto de tangencia vertical; o corpo, que é situado entre a base e a boca, entre a base e o colo ou entre a base e o gargalo; a flange, que é a proeminência acrescentada externamente à vasilha; e o gargalo, que é uma forma de boca afunilada, que inicia acima do ponto de diâmetro máximo do vaso, sendo determinado por um ponto angular ou um ponto de inflexão. Esses pontos acima citados, como o ponto de inflexão, são usados para estabelecer a estrutura, contorno do corpo e a sua proporção, e estão divididos em: ponto terminal (PT), que é o ponto de tangência horizontal tomado sobre o lábio ou sobre a base onde assenta a vasilha; ponto de tangência vertical (PVT), que é o ponto de

5 tangência vertical ao corpo das vasilhas e que determina o diâmetro máximo ou diâmetro mínimo; ponto angular (PA), que é o ponto onde a direção da tangente muda abruptamente, por ter sido alterado o contorno da vasilha, introduzindo um ângulo; e ponto de inflexão (PI), que é o ponto onde a curvatura da vasilha muda de côncava a convexa e vice-versa. De acordo com a sua estrutura, as vasilhas podem ser abertas, quando o diâmetro da vasilha coincide com o da boca, ou fechadas, quando possuem diâmetro da boca menor do que o diâmetro máximo da vasilha. De acordo com suas proporções, podem ser classificadas como: prato, quando a altura da peça for menor do que 1/5 do diâmetro máximo; tigela rasa, quando a altura da peça for maior do que 1/5 do diâmetro máximo, mas menor do que 1/3 do diâmetro máximo; tigela média, quando a altura da peça for maior ou igual 1/3 do diâmetro máximo, mas menor do que 1/2 do diâmetro máximo; vasilha, quando a altura da peça for maior ou igual a 1/2 do diâmetro máximo; e vaso, quando a altura da peça for maior ou igual ao diâmetro máximo. Depois, analisa-os de acordo com a sua decoração e a presença ou não de cores. As técnicas decorativas são, assim, divididas em acromáticas e cromáticas. Dentro das acromáticas, temos a aplicação, que é a ação de aplicar porções modeladas de argila sobre a superfície ainda modelável de um artefato; o entalhe, que é a ação de criar pequenos cortes em partes das vasilhas; a excisão, que é a ação de retirar com um instrumento áreas da superfície antes da queima; a incisão, que é a ação de apertar um instrumento na argila ainda moldável, criando um baixo-relevo; a modelagem, que é a ação de modelar formas na argila à mão livre; o repuxado, que é a ação de fazer uma pressão de um lado da parede ainda moldável; o ponteado, que é a ação de um instrumento tipo palito aplicado perpendicularmente ou obliquamente na superfície da peça ainda moldável criando marcas parecidas a pontos de vários tamanhos; e o polimento, que é a ação de esfregar, na peça ainda num ponto de não seca e não úmida, criando um brilho de intensa variedade. Dentro das cromáticas, temos o engobo, que é uma camada de argila aplicada à superfície com camadas variáveis, com ou sem pigmento; e a pintura, que é a ação de aplicar pigmentos minerais ou vegetais à superfície da cerâmica ou sobre a área de engobo, pode ser antes ou depois da queima; tanto na parte externa ou interna.

6 A respeito dos motivos de decoração, temos os componentes dos desenhos, que são denominados motivos e a sua complexidade varia de acordo com o nível tecnológico da cerâmica. Podem ser simples como uma linha ao redor do pescoço de um vaso ou da borda de uma tigela; ou apresentar combinações bastante complexas de elementos geométricos, zoomorfos ou antropomorfos. Por fim, analisa-se os materiais empregados para a confecção dos artefatos de cerâmica e as técnicas para confecção dos artefatos de cerâmica. Esses materiais são a argila e os antiplásticos ou tempero, como concha esfarelada, pedra moída (granito, quartzo, esteativa), areia, cacos de cerâmica moídos e substâncias orgânicas como casca queimada de árvores ricas em sílica (cariapé), esponja de água doce queimadas (cauixí) e palha, tendo como função diminuir o encolhimento normal da argila que acontece no processo de secagem e da queima, auxiliando a diminuição de rachaduras. Já as técnicas para confecção dos artefatos de cerâmica, são divididas em acordelado, que é a técnica de cordéis ou roletes de argila que sobreposto dão a forma pretendida; e modelado, que é a técnica de confecção que se utiliza de uma porção de argila e com os dedos modela-se a peça pretendida. A Arqueologia no Estado do Amapá As culturas antropológicas do Amapá surgiram no tempo de Cristo e se extinguiram pouco depois do descobrimento do Brasil. Esse estado possui uma vasta herança cultural que, desde os meados do século XIX, vem sendo pesquisada por arqueólogos renomeados, como Lima Guedes, Emílio Goeldi, Ferreira Pena, entre outros. A localização oficial do primeiro sítio arqueológico no Amapá, em 1872, estava na margem esquerda do Rio Maracá e esse local ficou conhecido como Central do Amapá. Hoje, existe mais de 70 sítios arqueológicos cadastrados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que se encontram nas seguintes regiões: Calçoene, Rio Jari, Macapá, Mazagão e Aristé. E também tem quatro tradições principais que são: Aruã, Maracá, Mazagão e Aristé. Sítios Arqueológicos Maracás

7 A maior parte dos sítios arqueológicos eram encontrados na margem esquerda do Rio Amazonas, localizado no município de Mazagão, onde foi encontrado o maior numero de artefatos maracás em toda a região do Amapá. A maior parte desses sítios era do tipo cemitério, onde as urnas foram colocadas diretamente sobre o solo, permanecendo expostas. No interior delas, haviam ossos e fragmentos de ossos, sendo utilizados para enterramento secundário, já que as partes moles do corpo já teriam sido descartadas num funeral primário. Cem anos depois do primeiro sítio encontrado, por volta de 1995/6, foi realizada uma pesquisa na região Maracá por um grupo de pesquisadores do Museu Emílio Goeldi (sendo realizada primeiramente por Vera Guapindaia, pesquisadora do Museu Emílio Goeldi), que enriqueceu muito a pesquisa sobre os achados maracás. Nela, encontraram seis novos sítios que possuíam as mesmas características dos sítios arqueológicos do século XVIII e mais de cem urnas funerárias. Urnas funerárias Maracá Um dos principais acervos encontra-se no museu Paraense Emílio Goeldi, oriundos de pesquisas realizadas na região do Amapá, tornando-se conhecidas por volta de 1871, quando o explorador Soares Ferreira Penna, explorando a região sudeste do estado do Amapá, localizou grandes quantidades de urnas funerárias e fez a coleta de alguns desses objetos.

8 Figura 1, Foto:

9 Figura 2 As urnas Maracá chamam atenção por apresentar características diferentes das urnas funerárias conhecidas anteriormente, como, por exemplo, as encontradas na ilha do Marajó. A maioria das urnas Maracá são antropomorfas, representado uma figura humana como se estivesse sentada em um banco (figura 3) com pernas e braços flexionados com as mãos no joelho. Existem também urnas zoomorfas, representando animais quadrúpedes (figura 4) e muitas delas foram encontradas com restos mortais humanos.

10 Tais vestígios puderam fornecer características incríveis desse posso que viveu nessa região, como, por exemplo, os pesquisadores observaram que a decoração da urna corresponde ao sexo do corpo que ocupa o interior da urna. Pode-se observar também que esse grupo étnico tinha muitas marcas de fratura nos ossos e lesões causadas ainda em vida, o que nos indica que eram um grupo ativo que tinha como base a caça ou mesmo que mudava de lugar de acordo com a necessidade de deslocamento, em busca de comida e abrigo. Figura 3 Figura 4

11 REFERÊNCIAS BARBOZA, Carlos Augusto. As iconografias das urnas funerárias antropomorfas Maracá CAPUCCI, Victor Zappi. Fragmentos da cerâmica brasileira. DANTAS, Alessandra Pires. Formas e decoração dos artefatos de cerâmica arqueológica das tradições indígenas Tapajônica e Marajoara. FERRETE, Rodrigo Bozi. Práticas Etnomatemáticas no Liceu do Parcuri: a propósito dos ornamentos geométricos da cerâmica. Natal, SANJAD, Nelson. "Ciência de potes quebrados": nação e região na arqueologia brasileira do século XIX. An. mus. paul., São Paulo, v. 19, n. 1, June Disponível em < Acessado em 21 Nov SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. SEBRAE-AP. O legado das civilizações Maracá e Cunani: o Amapá revelando sua identidade. 2006

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