PERFIL, FORMAÇÃO, ATUAÇÃO E OPORTUNIDADES DE TRABALHO DO PROFISSIONAL DE ADMINISTRAÇÃO. Pesquisa Nacional. Relatório Final
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- Maria da Assunção Mascarenhas Borba
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1 PERFIL, FORMAÇÃO, ATUAÇÃO E OPORTUNIDADES DE TRABALHO DO PROFISSIONAL DE ADMINISTRAÇÃO Pesquisa Nacional Relatório Final Relatório Técnico - Volume II Novembro/ 2015
2 Contrato: CFA 05/2015 PERFIL, FORMAÇÃO, ATUAÇÃO E OPORTUNIDADES DE TRABALHO DO PROFISSIONAL DE ADMINISTRAÇÃO Presidente do CFA: Adm. Sebastião Luiz de Mello Pesquisa Nacional Projeto de Responsabilidade da Câmara de Formação Profissional do CFA: Prof. Adm. Mauro Kreuz, Dr. Profª Tânia Maria da Cunha Dias, Ms. Profª Adm. Sônia Ferreira Ferraz, Ms. Equipe do Projeto pelo CFA: Coordenador: Prof. Adm. Mauro Kreuz, Dr. Acompanhamento e fiscalização: Adm. Sueli Cristina Rodrigues de Moraes Alves, Esp. Tecnologia da informação: Tecnol. José Carlos de Araújo Ferreira Equipe do Projeto pela FIA: Coordenador: Prof. Adm. Fauze Najib Mattar, Dr. Consultores de Pesquisa Seniores: Prof. Adm. Antonio Alfredo Mello Fortuna Tecnol. Maria Madalena Macedo Vicente Consultores de Informática Plenos: Prof. Adm. Rodrigo Castelo Branco Fortuna, Ms. Tecnol. Victor Hugo Barreto Alves Coordenador Administrativo e Financeiro: Prof. Michel Fauze Mattar, Ms. Assistente Administrativo: Izis Morais Leite Colaboração: Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração - ANGRAD Prof. Adm. Mário César Barreto Moraes, Dr. Prof. Alexander Berndt, Dr. 2
3 Agradecimentos Para conseguir obter resultados e oferecer uma análise completa sobre uma categoria profissional, um projeto da magnitude do presente, necessita da proatividade de todos os atores envolvidos. Sua complexidade quanto aos dados coletados, seja de forma qualitativa ou quantitativa, e sua abrangência em nível nacional, ouvindo empresários e grupos de discussão, necessitam de um planejamento e execução de alta confiabilidade. Assim, não poderíamos iniciar a apresentação de dados deste Relatório, sem a menção de empresas, órgãos públicos e pessoas que colaboraram de forma inestimável para o sucesso da pesquisa. Os Conselhos Regionais de Administração CRAs da grande maioria dos estados tiveram um papel decisivo, apoiando as reuniões de grupo, divulgando o projeto e, na medida do possível, disponibilizando o acesso aos cadastros de Administradores, Tecnólogos e Empresas registradas. A Associação Nacional de Cursos de Graduação em Administração - ANGRAD colaborou na divulgação e adesão à pesquisa. As Instituições de Ensino Superior - IESs, especialmente os coordenadores do curso de graduação em Administração e do Curso Superior de Tecnologia em áreas da Administração, deram efetivo apoio às atividades de coleta de dados. As empresas que participaram da fase qualitativa da pesquisa, na forma de entrevistas em profundidade, Banco do Brasil, AMBEV e Carrefour, além da Secretaria de Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, pelos subsídios que permitiram a elaboração dos roteiros para as reuniões regionais de grupos. Agradecimentos especiais cabem, sobretudo, aos Administradores, Tecnólogos, Coordenadores/ Professores e Empresários/ Empregadores que participaram das reuniões de grupo visando à elaboração dos questionários da fase quantitativa da coleta de dados e que, posteriormente, juntamente com milhares de outros colegas responderam os instrumentos da pesquisa. 3
4 Apresentação O Conselho Federal de Administração CFA, órgão máximo representativo da categoria dos Profissionais de Administração no país, tem como missão o desenvolvimento de ações voltadas para a valorização da classe, colaborando para situá-la no dinâmico contexto socioeconômico do país. Por meio do Contrato CFA 05/2015, o Conselho Federal de Administração - CFA contratou a Fundação Instituto de Administração FIA para realizar a 6ª pesquisa nacional relativa aos Profissionais de Administração 1, por meio de levantamento, diagnóstico e análise da situação existente, comparando-a com dados de trabalhos anteriores e projetando cenários para a atuação daquele profissional. Foram já realizadas e publicadas cinco pesquisas: A primeira, em 1994, divulgada em 1995, com o título Perfil do Administrador e as Perspectivas do Mercado de Trabalho. A segunda, em 1998, divulgada em 1999, com o título Perfil, Formação e Oportunidades de Trabalho do Administrador Profissional. A terceira, em 2003, divulgada em 2004, com o título Perfil, Formação, Atuação e Oportunidades de Trabalho do Administrador. A quarta, em 2006, divulgada no mesmo ano, com o título Perfil, Formação, Atuação e Oportunidades de Trabalho do Administrador. A quinta, em 2011, divulgada no mesmo ano, com o título Perfil, Formação, Atuação e Oportunidades de Trabalho do Administrador. A cada edição, dados relevantes permitiram acompanhar a evolução da atuação e do conceito daqueles profissionais junto à sociedade, bem como, forneceram subsídios para o desenvolvimento dos trabalhos do CFA, dos CRAs, das IESs e das empresas empregadoras, além dos próprios Administradores. Nesta edição, os Tecnólogos têm pela primeira vez, informações sobre a sua profissão e poderão, doravante, acompanhar a evolução de sua categoria em todas as regiões do país. Na pesquisa atual, foram enviados s para os quatro públicos-alvo da pesquisa. Durante toda a fase de coleta de dados, à medida que o controle de frequência real time indicava a evolução do preenchimento de cada questionário, questão a questão, foram criadas cinco ondas de envio. Essa providência permitiu que fossem superados, em parte, alguns óbices como anti spans e outros bloqueios. Descritas na proposta técnica da Consultoria, a pesquisa foi desenvolvida em etapas encadeadas que permitiram a obtenção dos resultados finais. Ao encerrar os trabalhos, a FIA emite o presente Relatório Final, apresentado em três volumes, a saber: 1 Nesta 6ª versão da pesquisa, além dos Administradores e Bacharéis em Administração (Administrador é o Bacharel em Administração com registro no CRA) foram incluídos os Tecnólogos em determinada área de Administração, razão da mudança do nome da pesquisa para Perfil, Formação, Atuação e Oportunidades de Trabalho do Profissional de Administração. 4
5 Sumário Executivo - Volume I Contém a síntese das fases da pesquisa, os resultados mais relevantes para os objetivos do projeto e as conclusões mais expressivas. Relatório Técnico - Volume II Relaciona os resultados alcançados aos objetivos do projeto, descreve a metodologia, apresenta os segmentos trabalhados, comenta os resultados das pesquisas qualitativa e quantitativa, mostra correlações de opinião entre os públicos envolvidos, expõe conclusões a respeito das questões mais polêmicas e recomenda ações de acordo com as dimensões consideradas. Anexos - Volume III Apresenta os documentos gerados em todas as fases da pesquisa a saber: Anexo Documento Parte I I Roteiros utilizados nas Entrevistas em Profundidade, 4 II Resumos das Entrevistas em Profundidade, 16 III Transcrições das Entrevistas em Profundidade, 32 IV Critério para a formação de grupos nas Reuniões de Grupo, 82 Cartas-convite enviadas para Administradores, Tecnólogos, Coordenadores/ V Professores e Empresários/ Empregadores para as Reuniões de Grupo, 86 VI Roteiros utilizados nas Reuniões de Grupo nos CRAs, 91 VII Relação dos CRAs onde foram realizadas as Reuniões de Grupo, 100 VIII Resumos das Reuniões de Grupo, 102 Parte II IX Transcrições das Reuniões de Grupo, 151 HD externo com as gravações de áudios das Entrevistas em Profundidade e X gravações de áudios e vídeos das Reuniões de Grupo, 661 Parte III XI Relação de s utilizados nos pré-testes interno e externo (final), 665 XII Instrumentos de coleta de dados: questionário do Administrador, do Tecnólogo, do Coordenador/ Professor e do Empresário/ Empregador, 670 XIII Hospedagem e divulgação da pesquisa, 671 XIV Texto de abertura da pesquisa, 674 XV Texto de orientação para preenchimento da pesquisa, 676 XVI Modelo de relatório de evolução da expedição de s, 678 XVII Distribuição das respostas por público e estado em 31/8/2015, 679 XVIII Número de questionários finais válidos resultante da coleta de dados, 681 XIX Plano de processamentos e análises da pesquisa quantitativa, 684 XX XXI XXII XXIII Listagens (verbatim) das respostas abertas do questionário do Administrador, 692 Listagens (verbatim) das respostas abertas do questionário do Tecnólogo, 793 Listagens (verbatim) das respostas abertas do questionário do Coordenador/ Professor, 805 Listagens (verbatim) das respostas abertas do questionário do Empresário/ Empregador, 925 XXIV Atas de reuniões entre FIA e CFA, 929 XXV s sobre ocorrências no servidor da pesquisa, 942 XXVI Histórico das pesquisas anteriores, 949 5
6 Cursos de Administração e Cursos de Tecnologia em determinada área da XXVII Administração no Brasil / Legislação e Normas,1010 XXVIII Proposta técnica da pesquisa (FIA), 1088 XXIX Contrato e Proposta técnica da pesquisa (CFA), 1089 HD externo contendo: Volume I do Relatório Final: Sumário Executivo, XXX Volume II do Relatório Final: Relatório Técnico e Volume III do Relatório Final: Anexos Partes I, II, III e IV, 1090 Parte IV XXXI Guia do Usuário, 1094 XXXII Manual de Transferência Tecnológica, 1106 Este documento constitui o Relatório Técnico - Volume II. 6
7 PERFIL, FORMAÇÃO, ATUAÇÃO E OPORTUNIDADES DE TRABALHO DO PROFISSIONAL DE ADMINISTRAÇÃO Sumário Relatório Técnico - Volume II Agradecimentos... 3 Apresentação INTRODUÇÃO OBJETIVOS METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS Levantamento e análise de dados secundários Levantamento e análise de dados primários das pesquisas quantitativas 13 anteriores Entrevistas em Profundidade Reuniões de Grupo Pesquisa conclusiva descritiva quantitativa Procedimentos metodológicos Questionários Tamanho da amostra, nível de confiabilidade e erro amostral Números finais de questionários da coleta de dados Processamentos e análises SOFTWARE E BANCO DE DADOS Desenvolvimento do sistema da pesquisa Interface do sistema de pesquisa Manutenção do banco de dados PERFIL DOS RESPONDENTES Perfil dos Administradores Perfil dos Tecnólogos Perfil dos Coordenadores/ Professores Perfil dos Empresários/ Empregadores RESULTADOS DA PESQUISA Distribuição regional Análise vertical por Unidade da Federação Análise horizontal por Unidade da Federação entre públicos (ou segmentos) 35 pesquisados Resultados do questionário do Administrador Resultados do questionário do Tecnólogo em determinada área da 84 Administração Resultados do questionário do Coordenador/ Professor Resultados do questionário do Empresário/ Empregador Análise comparativa de questões sobre o mesmo tema nos questionários CRUZAMENTOS Cruzamento de variáveis de Administradores - Total Brasil IES Pública ou Privada X Percepção ao final do curso de Administração Gênero X Renda individual mensal Gênero X Setor público ou privado em que trabalha Gênero X Considerando apenas a ocupação principal (a qual dedica a maior 266 parte do tempo), em que posição funcional se encontra atualmente nessa organização IES Pública ou Privada X Renda individual mensal Conclusão de outro curso de Graduação, Especialização, Mestrado etc. X 268 Renda individual mensal... 7
8 7.1.7 Projeto de aperfeiçoamento acadêmico X Curso que pretende realizar Cruzamento de variáveis de Tecnólogos - Total Brasil IES Pública ou Privada X Percepção ao final do curso de Administração Gênero X Renda individual mensal dos Tecnólogos Gênero X Setor público ou privado em que trabalha Gênero X Considerando apenas a ocupação principal (a qual dedica a maior parte do tempo), em que posição funcional se encontra atualmente nessa organização IES Pública ou Privada X Renda individual mensal Conclusão de outro curso de Graduação, Especialização, Mestrado etc. X Renda individual mensal Projeto de aperfeiçoamento acadêmico de Tecnólogos X Curso que pretende realizar Cruzamento de variáveis de Coordenadores/ Professores - Total Brasil Tipo de IES Pública ou Privada X Curso de Graduação realizado Tipo de IES Pública ou Privada que leciona X Número de disciplinas que leciona em curso de graduação bacharelado em Administração Tipo de IES Pública ou Privada que leciona X Número de disciplinas que leciona em curso superior de Tecnologia em determinada área da Administração Tipo de IES Pública ou Privada que leciona X Total de horas semanais que leciona Tipo de IES Pública ou Privada que leciona X Como avalia a formação dos egressos dos cursos Bacharelado em Administração Disciplina que mais leciona X Se tem prática profissional nessa disciplina Cruzamento de variáveis de Empresários/ Empregadores - Total Brasil Porte da empresa X Remuneração média do Administrador Porte da empresa X Remuneração média do Tecnólogo Porte da empresa X Porcentagem de Bacharéis em Administração Porte da empresa X Porcentagem de Tecnólogos Nível Hierárquico X Avaliação dos Bacharéis em Administração Nível Hierárquico X Avaliação dos Tecnólogos CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Conclusões Recomendações
9 1. INTRODUÇÃO A pesquisa realizada em 2015 foi uma extensão das anteriores, com manutenção de questões de suma importância para os Profissionais de Administração e inclusão de novos temas de interesse da categoria, procurando situá-la no contexto atual e proporcionar maior utilidade para os públicos-alvo envolvidos. Nas pesquisas anteriores de 1994, 1999, 2003, 2006 e 2011, os segmentos convidados a participar dos trabalhos foram, além dos Administradores, foco principal da pesquisa, os Coordenadores/ Professores de cursos de Administração com o objetivo de analisar a formação daqueles profissionais e os Empresários/ Empregadores visando ao atendimento de suas necessidades quanto a terem bons e eficientes profissionais para o desenvolvimento de seus negócios. Nesta 6ª edição da pesquisa, pela primeira vez, foi incluído o Tecnólogo em determinada área da Administração, objetivando situá-lo no contexto no qual sua profissão se situa e conhecer todas as especialidades em que atua. O ambiente político, econômico e social a que está submetido o país, desde meados do ano anterior, e que o leva a uma crise sem precedentes, não influenciou seus resultados, visto que não foram incluídas questões que pudessem distorcer seus dados. Com efeito, a pesquisa permite analisar com relativa profundidade, sem qualquer influência daquele ambiente, além dos perfis de seus quatro públicos-alvo, os motivos que levaram os Administradores e Tecnólogos à escolha da atual profissão, à avaliação da qualidade dos cursos que frequentaram e às dificuldades do recémformado diante dos desafios do mercado de trabalho; a opinião dos Coordenadores/ Professores sobre os conteúdos e metodologias que utilizam nas aulas e sugestões de aprimoramentos; a expectativa dos Empresários/ Empregadores quanto ao desempenho dos Administradores e Tecnólogos para o sucesso de suas empresas e a análise comparativa entre eles e os demais profissionais de sua organização; e, finalmente, a avaliação de cada um daqueles públicos quanto à questão da empregabilidade, o que permitiu a elaboração, pela FIA, de cenários para os próximos quatro anos. Seus resultados permitem observar que a identidade do Administrador está definitivamente consolidada; seu espaço de trabalho cada vez mais bem definido, embora consciente de que a competência será o diferencial em qualquer competição entre profissionais, principalmente para o exercício de funções gerenciais, e que o seu contínuo desenvolvimento está diretamente ligado à realização de cursos e treinamentos que lhe agreguem mais conhecimentos. Da mesma forma, os Tecnólogos têm cada vez mais espaço em áreas específicas da Administração, embora por constituírem uma categoria relativamente nova, necessitem de maior tempo para que sejam reconhecidos e solicitados pelas empresas. Importante salientar que, nesta pesquisa, surgiu a oportunidade de se avaliar o desempenho conjunto ou separado das atividades desses dois profissionais de 9
10 Administração e o nível de relacionamento entre ambos. Constatou-se tanto na fase qualitativa (por ocasião das reuniões de grupo), como na fase quantitativa (com questões de avaliação um do outro) que esse relacionamento é de respeito e colaboração e que suas áreas de atuação estão sendo bem definidas: nas empresas nas quais os dois coexistem o TECNOL desenvolve suas atividades em áreas focadas em atividades específicas e o ADM em todas as áreas (tanto as generalistas quanto as específicas); nas empresas nas quais existe apenas uma categoria, ADM ou TECNOL, percebe-se que este, é utilizado de forma a suprir a ausência daquele, tendo surgido nas reuniões de grupo o fato de que, em alguns casos relatados, a maximização da utilização do TECNOL, em detrimento do ADM, poderia significar economia nos custos de pessoal da organização. Além dos resultados que serão exibidos neste relatório, vários outros poderão ser obtidos por meio do reprocessamento e do cruzamento das variáveis da pesquisa que poderão ser acessadas pelo link específico no site do CFA, bastando apenas que o solicitante se cadastre no site. Cabe lembrar que seus resultados poderão ser acessados, além do âmbito nacional, também em âmbitos regionais e estaduais. Eles deverão se constituir em inestimável campo de estudos e desenvolvimentos de inúmeros projetos pessoais, acadêmicos e corporativos. Os instrumentos da pesquisa foram elaborados de acordo com os anteriores e incorporaram temas discutidos na fase qualitativa desta pesquisa, por ocasião das entrevistas em profundidade e das reuniões de grupo. Avanços tecnológicos e a utilização de recursos e instrumentos avançados para a coleta de dados, contribuíram para os resultados obtidos. A pesquisa que ora tem seus dados publicados, foi realizada no período de abril/2015 a novembro/2015. A Fundação Instituto de Administração FIA sente-se orgulhosa de ter participado deste trabalho e de poder contribuir para o aprimoramento de tudo o que se refere ao exercício das profissões do Administrador e do Tecnólogo em determinada área da Administração. 10
11 2. OBJETIVOS O Conselho Federal de Administração CFA contratou a Fundação Instituto de Administração FIA, no dia 13/4/2015, para realizar a pesquisa nacional visando à atualização e o aprimoramento de dados com relação ao perfil, formação, atuação e oportunidades de trabalho do profissional de Administração, conforme o Contrato 05/2015 e seus anexos Projeto Básico (CFA) e Proposta de Trabalho (FIA). O objetivo principal desta pesquisa foi o de analisar e reanalisar cenários e identificar tendências para a profissão do Administrador e do Tecnólogo em determinada área da Administração no país, por meio de levantamento e diagnóstico da situação existente, envolvendo como públicos-alvo os Administradores, Tecnólogos, Coordenadores/ Professores de cursos de graduação em Administração e Empresários/ Empregadores. Os objetivos específicos foram a obtenção e análise de conhecimentos atualizados e representativos sobre: Estágio de desenvolvimento dos Administradores. Estágio de desenvolvimento dos Tecnólogos. Necessidades dos Empresários/ Empregadores em termos de conhecimentos, habilidades e atitudes dos Administradores e dos Tecnólogos. Interesse do mercado em áreas de atuação específicas. Melhorias sugeridas (conteúdo e forma) na graduação e pós-graduação dos Administradores. Melhorias sugeridas (conteúdo e forma) na graduação e pós-graduação dos Tecnólogos. Percepções sobre o papel e a atuação do CFA/ CRAs. Definição da identidade do Administrador. Definição da identidade do Tecnólogo. Avaliação da regulamentação profissional do Administrador. Avaliação da regulamentação profissional do Tecnólogo. Comparação dos resultados atuais desta pesquisa com os das pesquisas anteriores. 11
12 3. METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS A metodologia utilizada pela FIA no projeto requereu a utilização de conhecimentos e experiência para a consolidação do domínio técnico e gerencial necessários para a realização de todas as fases do trabalho. O planejamento, a análise, a instrumentalização e a utilização de sistemas informatizados constituíram recursos facilitadores para os resultados alcançados. Na etapa referente a levantamentos e diagnósticos, as principais capacitações requeridas foram conceituais e de relacionamento humano, pois envolveu interações da consultoria com responsáveis e executores de atividades dos CRAs e outras entidades envolvidas. Com relação à etapa referente ao processamento das informações e atualização e/ou manutenção de banco de dados, a capacitação requerida foi a do domínio instrumental para a viabilização dos trabalhos. Para a etapa final, foi necessário especial empenho, apuro e sensibilidade para a análise e realização de prognósticos e antevisões para a elaboração do relatório final com recomendações ao CFA no que se refere às ações a serem desenvolvidas visando contribuir para a inserção e permanência do Administrador e do Tecnólogo no mercado de trabalho. Um resumo das etapas e fases da metodologia utilizada está na figura a seguir. 12
13 Passos metodológicos seguidos no processo de desenvolvimento da pesquisa 3.1 Levantamento e análise de dados secundários Levantamento e análise da documentação existente no CFA, nos CRAs, nos relatórios de pesquisas anteriores e das informações obtidas junto ao MEC e a ANGRAD, além de pesquisas realizadas na internet. 3.2 Levantamento e análise de dados primários das pesquisas qualitativas Entrevistas em Profundidade Foram realizadas e analisadas quatro entrevistas em profundidade com pessoas que detém o conhecimento e a visão estratégica da área de Recursos Humanos das organizações selecionadas, a fim de situar o cargo de Administrador e do Tecnólogo no mercado de trabalho. Foi utilizado um roteiro preestabelecido para as entrevistas com as três empresas relacionadas a seguir, e um roteiro diferenciado para o órgão de governo, também relacionado no conjunto a seguir. Esses roteiros encontram-se no Anexo I no Volume III Parte I deste Relatório. A escolha das empresas entrevistadas, representativas dos setores econômicos (industrial, comercial e de serviços), foi feita em comum acordo com o CFA com base nos seguintes critérios: Que cada uma representasse um setor da economia. Que fosse de médio/ grande porte, preferivelmente com atuação nacional. Que se dispusesse a contribuir para a elaboração do cenário no qual as atuações do Administrador e do Tecnólogo estão inseridas. Assim, as seguintes empresas foram convidadas e aceitaram participar desta fase do trabalho: AMBEV (representando o setor industrial). Banco do Brasil (representando o setor de serviços). Carrefour (representando o setor comercial). Além dessas, a FIA ampliou o universo dos entrevistados com o seguinte órgão do governo, visando conhecer as políticas e diretrizes para as organizações de menor porte e que representam mais de 80% do cenário nacional: Secretaria de Micro e Pequena Empresa da Presidência da República - SMPE- PR. As datas em que foram realizadas as entrevistas em profundidade estão no quadro a seguir. Empresa Data Carrefour 15/5/2015 Banco do Brasil 15/5/2015 AMBEV 18/5/2015 SMPE-PR 24/7/
14 O registro dos temas discutidos nessas entrevistas foi feito a partir das anotações do Consultor e de gravações em áudio. Posteriormente foram transcritas por profissionais da equipe da FIA. A análise de todos os dados coletados foi realizada por Consultores que estabeleceram comparações entre dados qualitativos e quantitativos com relação à sua consistência. As transcrições de todas as entrevistas em profundidade estão no Anexo III do Volume III Parte 1 deste Relatório e as gravações em áudio e vídeo, realizadas com a devida autorização dos entrevistados, estão no Anexo X do Volume III Parte II deste Relatório (copiadas em HD externo) Reuniões de Grupo A exemplo das pesquisas anteriores, foram escolhidos cinco CRAs, um de cada região do país, para fórum de discussões sobre o tema do trabalho e as particularidades regionais de cada público-alvo. Assim, foram realizadas 18 reuniões de grupo, cada uma composta por pessoas distribuídas pelos segmentos: Administradores (8 a 12 participantes), Tecnólogos (8 a 12 participantes), Coordenadores/ Professores (5 a 8 participantes) e Empresários/ Empregadores (4 a 6 participantes). Cada grupo foi convidado a refletir/ debater questões constantes de roteiro previamente elaborado e aprovado pelo CFA, que atualmente impactam a atuação do Administrador e do Tecnólogo em todas as áreas em que desenvolvem suas atividades, inclusive como agente social. A formação daqueles profissionais, com avaliação da grade curricular das IESs, atualmente em vigor, necessidade de maior capacitação para atuar em um mercado de trabalho competitivo e sua inserção no ambiente político e social, estiveram presentes nas discussões. O papel do Coordenador/ Professor foi também analisado em profundidade, face à importância da disseminação do saber e do apuro da qualidade na formação dos Profissionais de Administração, buscando explorar como se sente desenvolvendo os atuais conteúdos da grade curricular, os métodos que utiliza para obtenção de maior eficácia nos resultados e com que sugestões poderia contribuir para o aprimoramento dos cursos de Administração. O papel do Empresário/ Empregador mereceu especial atenção, visto que, pelas pesquisas anteriores, haviam manifestado restrições quanto ao conhecimento incompleto dos ADMs e TECNOLs face à realidade do mercado e seu desafio no dia a dia, sinalizando que a visão acadêmica era insuficiente para a solução dos problemas empresariais. As reuniões foram organizadas pelos CRAs escolhidos e realizadas em suas dependências ou em locais por eles determinados. Em cada um dos CRAs, foram reunidos em grupos específicos da região: Administradores - Profissionais formados em Administração e devidamente registrados nos CRAs. Tecnólogos em determinadas áreas da Administração Profissionais formados em Cursos Superiores de Tecnologia, registrados nos CRAs. Coordenadores/ Professores de cursos de Administração - Docentes dos cursos de graduação em Administração das Instituições de Ensino Superior das regiões abrangidas nesta etapa dos trabalhos. 14
15 Empresários/ Empregadores - Dirigentes de empresas e entidades dos diferentes setores de atividade (empresas privadas, mistas e públicas, administração direta e indireta, organizações não governamentais e outros). Dados da realização dessas reuniões encontram-se no quadro seguir. Nº Grupo CRA Data Horário Público h Administradores 10/6/ h30-18h30 Tecnólogos AP h Coordenadores/ Professores 11/6/ h30-18h30 Empresários/ Empregadores h Administradores 17/6/ Não realizada Tecnólogos DF h Coordenadores/ Professores 18/6/ h Empresários/ Empregadores h Administradores 11/6/ h Tecnólogos PI h Coordenadores/ Professores 12/6/ h Empresários/ Empregadores h Administradores 15/6/ h Tecnólogos RS h Coordenadores/ Professores 16/6/ h Empresários/ Empregadores h Administradores 18/6/ h Tecnólogos SP h Coordenadores/ Professores 19/6/ Não realizada Empresários/ Empregadores Apesar de terem sido programadas 20 reuniões, foram realizadas 18. A não realização dessas duas reuniões foi devido à ausência de participantes em número suficiente que justificasse suas realizações. Vale ressaltar o esforço dos responsáveis pela pesquisa nesses CRAs para convidar participantes que, apesar de confirmarem a participação, não compareceram. Escolha dos CRAs Os critérios para a escolha dos CRAs para a realização dessas reuniões compreenderam: Que não tivessem participado das pesquisas anteriores. Que fossem representativos de uma região do país. A fim de atender às especificidades de cada segmento, foram elaborados quatro roteiros para as reuniões de grupo, um para cada grupo a ser pesquisado, os quais estão apresentados no Anexo VI do Volume III Parte I deste Relatório. Desta forma, foram escolhidos: CRA-AP (representando a Região Norte); CRA-RS (representando a Região Sul) e CRA-PI (representando a Região Nordeste). Além desses CRAs também fizeram parte: CRA-DF (representando a Região Centro-Oeste) e CRA-SP (representando a Região Sudeste), sendo que estes dois últimos CRAs sempre fazem parte da pesquisa devido as suas importâncias (maior concentração de ADM no Serviço Público e maior mercado de trabalho, respectivamente). A relação 15
16 dos CRAs onde foram realizadas as reuniões em grupo encontra-se no Anexo VII do Volume III Parte I deste Relatório. Escolha dos Administradores Os critérios de escolha dos Administradores para participarem dessas reuniões seguiu o exemplo de trabalhos semelhantes, inclusive o relativo à pesquisa anterior. A FIA sugeriu aos CRAs que aplicassem uma fórmula de escolha dos participantes da reunião, objetivando convidar Administradores distribuídos ao longo da série de registros em cada CRA. Levou-se em consideração a matrícula do último Administrador registrado, sorteou-se um número único para todos os CRAs e, com a quantidade de participantes por grupo estimada em 12 pessoas, procedeu-se à escolha dos 12 Administradores, conforme a aplicação dos seguintes procedimentos: a. Número do último registro de Administrador no CRA, por exemplo, b. Número aleatório sorteado para a pesquisa de 2015: 137. c. Número de participantes por grupo: 12. d. Intervalo: (a - b) / c, ou seja, ( ) / 12 = 191. Desta forma, os Administradores convidados a participar da reunião deveriam ser: 1º convidado - Administrador cujo número do registro correspondia ao número º convidado - Administrador cujo número do registro correspondia ao número 328 ( ). 3º convidado - Administrador cujo número do registro correspondia ao número 519 ( ). 4º convidado - Administrador cujo número do registro correspondia ao número 710 ( ). Apesar do critério sugerido ter sido o mesmo que o da pesquisa anterior, os resultados finais da escolha dos ADMs não seriam idênticos, visto que o número de profissionais registrados nos últimos quatro anos deveria alterar o último número de registro no respectivo CRA e, com isso, seria produzida uma nova série de sorteados. Foi orientado também que, quando um Administrador convidado não pudesse participar da reunião, o CRA convidasse o seguinte na ordem crescente de registro, assim procedendo, sucessivamente, até obter a confirmação de um Administrador para substituir o inicialmente assinalado. Ao final, o CRA foi orientado a obter a confirmação de, pelo menos, dez Administradores, com o objetivo de tornar a reunião a mais produtiva possível. Escolha dos Tecnólogos Os critérios de escolha dos Tecnólogos foi o mesmo adotado para a escolha dos Administradores. Escolha dos Coordenadores/ Professores Os CRAs foram orientados a convidar de cinco a oito Coordenadores dos Cursos de Administração das IESs mais importantes da região. Em alguns casos houve a 16
17 necessidade de complementar o grupo com o convite a Professores de Cursos de Administração, indicados pela direção das IES. Escolha dos Empresários/ Empregadores Orientados pela FIA, os CRAs convidaram de quatro a seis Empresários/ Empregadores de cada setor da economia regional: indústria, comércio e serviço. Foi-lhes solicitado para que fosse realizado especial trabalho com o objetivo de confirmar a presença de mais empresários a fim de que a reunião produzisse os resultados esperados. A tabela a seguir mostra uma aplicação prática do critério. Cálculo para o grupo dos Administradores Atenção: Preencher somente campo em vermelho Inserir último nº CRA (a) (b) (a-b) Intervalo (a-b): O Anexo IV do Volume III Parte I deste Relatório apresenta os Critérios para a formação de grupos, encaminhado aos CRAs pela FIA, com o objetivo de facilitar a formação dos grupos a serem pesquisados. Para auxiliar os CRAs escolhidos a agilizar e padronizar o processo de aproximação com os públicos-alvo das reuniões de grupo a FIA encaminhou a todos uma sugestão de carta-convite, as quais encontram-se no Anexo V do Volume III Parte I deste Relatório. Os grupos foram dispostos de forma a permitir a interlocução entre os participantes. No início dos trabalhos foi realizada uma etapa de aquecimento em que, cada participante apresentava-se ao grupo, informando: nome, IES e ano em que se formou, empresa e local onde trabalha, conhecimento ou não da pesquisa anterior e sua expectativa quanto aos resultados da reunião. A Consultoria permitiu, em alguns casos, a narrativa de fatos correlatos com o interesse em obter a sua aproximação com os temas propostos. 17
18 Foi informado aos presentes da necessidade de se gravar as discussões em áudio e vídeo, a fim de que nenhum detalhe fosse esquecido na fase posterior de análise dos dados. Em todos os casos foi pedida a concordância dos presentes, não tendo havido discordância em qualquer das reuniões realizadas. As reuniões tiveram duração de 1h30 a 2h, conforme o caso. Como acontece em reuniões desse tipo, o clima de cortesia e informalidade prevaleceu entre os presentes. Mais de uma vez, foi sugerido que os CRAs realizassem reuniões para a troca de informações entre os seus registrados objetivando a contínua avaliação da presença de ADMs e TECNOLs na comunidade e fatores positivos e negativos dessa interação, além de permitir o congraçamento da classe. O registro dos temas discutidos nessas reuniões foi feito a partir das anotações do coordenador e de gravações em áudio e vídeo. Posteriormente foram transcritas por profissionais da equipe da FIA. A análise de todos os dados coletados foi realizada por Consultores que estabeleceram comparações entre dados qualitativos e quantitativos com relação à sua consistência. As transcrições de todas as reuniões de grupo estão no Anexo IX do Volume III Parte II deste Relatório. 3.3 Pesquisa conclusiva descritiva quantitativa Foi realizada a pesquisa conclusiva descritiva quantitativa em todo o Brasil, com a utilização de instrumentos específicos e acesso aos públicos-alvo por meio da internet. Para esta etapa, o CFA e os CRAs forneceram à FIA a relação de todos os seus associados ativos, pessoas físicas e jurídicas, com os respectivos endereços eletrônicos atualizados. Os CRAs do Pará, Pernambuco e Rio de Janeiro não disponibilizaram seus bancos de dados. Nesses casos, a FIA utilizou o banco de dados que lhe foi fornecido pelo CFA, com provável defasagem de, no mínimo, 4 anos (utilizados na última pesquisa). Para a realização da pesquisa quantitativa foram utilizados os seguintes bancos de dados: Administradores: os dos Conselhos Regionais de Administração CRAs. Tecnólogos: os dos Conselhos Regionais de Administração CRAs. Coordenadores/ Professores: o da Associação Nacional de Cursos de Graduação em Administração ANGRAD. Empresários/ Empregadores: os dos Conselhos Regionais de Administração CRAs. Além do acesso via banco de dados, foram utilizados vários recursos envolvendo redes sociais do CFA e outros sites de compartilhamento Procedimentos metodológicos A pesquisa foi do tipo censitária, ou seja, todos os componentes dos quatro públicos-alvo da pesquisa foram convidados ou tiveram oportunidade de respondê-la. A amostra resultante não foi probabilística, o que impede que os resultados sejam inferidos para a população. 18
19 Questionários Como já mencionado anteriormente, quatro tipos de questionários foram aplicados para cada público. Foram elaborados de forma a manter coerência com os questionários das pesquisas anteriores para possibilitar comparações e manter séries históricas com as pesquisas anteriores (1994, 1998, 2003, 2006 e 2011); no entanto, algumas alterações foram necessárias em função da inclusão/ exclusão de assuntos e/ou opções de respostas para determinadas perguntas. Dessa forma, os questionários utilizados nesta pesquisa são semelhantes aos da pesquisa anterior, porém com avanços tecnológicos e inclusão de novas questões advindas da etapa qualitativa da pesquisa. Os instrumentos de coleta de dados para Administradores, Tecnólogos, Coordenadores/ Professores e Empresários/ Empregadores utilizados na Pesquisa 2015 estão no Anexo XII do Volume III Parte III deste Relatório. No caso dos Tecnólogos que, pela primeira vez participam da pesquisa, o questionário aplicado manteve semelhança com o dos Administradores, porém com questões próprias à sua área de trabalho. Todos os questionários foram devidamente discutidos e aprovados pelo CFA. Antes de serem aplicados, foram pré-testados 57 vezes em pré-teste interno e 72 vezes em pré-teste externo (em s expedidos) e todos os erros, dúvidas, dificuldades de compreensão, ausências de opções de respostas etc., foram devidamente corrigidos antes do início da coleta de dados. No Anexo XI do Volume III Parte III deste Relatório estão as relações dos s dos pré-testes realizados Tamanho da amostra, nível de confiabilidade e erro amostral - Considerando as três populações estudadas como infinitas, tendo em vista seus tamanhos e, se as respectivas amostras dos questionários processados houvessem sido obtidas de forma probabilística, os erros amostrais que poderiam estar contidos nesta pesquisa, aos níveis de confiabilidade de 95% e 99,7%, são os constantes do quadro a seguir, calculados pelas seguintes fórmulas (MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de marketing: metodologia, planejamento, execução e análise. 7. ed. atualizada, p Rio de Janeiro: Elsevier, 2014): Para o nível de confiabilidade de 95%: n = 4 PQ / e 2 e95% = 2 PQ/n Para o nível de confiabilidade de 99,7%: n = 9 PQ / e 2 e99,7% = 3 PQ/n Sendo: Dados apresentados em %. Populações consideradas infinitas. e = Erro amostral máximo para + ou -. P = Probabilidade de ocorrência e Q = Probabilidade de não ocorrência (ambas consideradas aqui como máximas pelo desconhecimento da ocorrência na população: 50%). n = Número de elementos da amostra. 19
20 Aplicando essas definições aos dados da pesquisa, são obtidos os possíveis erros amostrais constantes na tabela a seguir, se as amostras tivessem sido probabilísticas. Segmento ou público n = tamanho da amostra Administradores Tecnólogos 923 Coordenadores/ Professores Empresários/ Empregadores e = erro amostral máximo para + ou ao nível de confiabilidade de 95% e 95% = 2 PQ/n e95% = 2 (50 x 50)/17124 = 2 x 0,38209 e 95% = 0,764% e95% = 2 (50 x 50)/923 = 2 X 1,6434 e 95% = 2,287% e95% = 2 (50 x 50)/1270 = 2 x 1,4030 e 95% = 2,806% e95% = 2 (50 x 50)/1259 = 2 x 1,4091 e 95% =2,818% e = erro amostral máximo para + ou ao nível de confiabilidade de 99,7% e 99,7% = 3 PQ/n e99,7% = 3 (50 x 50)/17124 =3 x 0,38209 e 99,7% = 1,146% e99,7% = 3 (50 x 50)/923 = 3 X 1,6434 e 99,7% = 4,930% e99,7% = 3 (50 x 50)/1270 = 3 x 1,4030 e 99,7% = 4,309% e99,7% = 3 (50 x 50)/1259 = 3 x 1,409 e 99,7% = 4,227% Números finais de questionários da coleta de dados Antes do processamento dos dados coletados e das análises, foi feita uma consistência no banco de dados para validar questionários completos e invalidar questionários incompletos ou que apresentaram outros problemas. A tabela a seguir apresenta o fluxo da remessa e recebimento dos questionários, ou seja, os resultados finais da pesquisa com o número de s enviados, inacessíveis e acessíveis e o número de questionários respondidos, excluídos e processados. População/ Segmento s Questionários Enviados Inacessíveis Acessíveis Respondidos Excluídos Processados Administradores Tecnólogos Coordenadores/ Professores Empresários/ Empregadores Totais Os dados constantes da tabela mostram o esforço desenvolvido para a realização da parte quantitativa desta pesquisa. Foram expedidos s solicitando resposta à pesquisa, envolvendo os quatro públicos-alvo. Houve grandes problemas de acesso a s enviados. Conseguiu-se que, dos s acessíveis, respondessem aos questionários, destes, foram excluídos devido a diversos problemas relatados a seguir. O resultado final da pesquisa foi conseguido por meio de questionários respondidos e processados. 20
21 As razões de exclusão de questionários estão listadas a seguir: Questionários incompletos Grande esforço foi realizado pela equipe da FIA para completar esses questionários enviando novos s e fazendo essa solicitação. Questionários com poucos dados incompletos foram completados contatando diretamente o respondente via e/ou telefonema durante a checagem. Questionários com s inválidos ( s fictícios acusados pelo sistema). Mais de um questionário respondido por pessoas de uma mesma empresa. Neste caso, foi mantido apenas o questionário respondido pela pessoa de cargo mais elevado na empresa e os demais foram excluídos. Questionários inconsistentes, cujas inconsistências não foram possíveis de serem resolvidas durante a checagem. Questionários com dados corrompidos em função de interrupções no sistema da pesquisa por indisponibilidade do link fornecido e/ou do servidor do CFA Processamentos e análises Foram realizados os seguintes procedimentos para os processamentos e análises: Ponderações das respostas - Nesta pesquisa foi introduzida a ponderação das respostas de cada estado (UF) para compor os processamentos por região e para o Total Brasil. Como as amostras obtidas por estado (UF) foram desproporcionais aos tamanhos de suas respectivas populações de Administradores, Tecnólogos, Coordenadores/ Professores e Empresários/ Empregadores, no processamento das regiões e no processamento para o Total Brasil, os resultados de cada estado foram ponderados por pesos segundo a sua representatividade na composição do PIB do Brasil (PIB de 2012), conforme a seguinte fórmula (MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de marketing: metodologia, planejamento, execução e análise. 7. ed. atualizada, p Rio de Janeiro: Elsevier, 2014): Pn = An / an Onde: Pn = Peso a ser atribuído aos resultados do CRA para compor os resultados. An = Proporção (ou %) de PIB do Estado do CRA no PIB do Brasil de an = Proporção (ou %) de respondentes do CRA na população de pesquisa do Brasil. Para melhor elucidar a aplicação da ponderação, é apresentado um exemplo no quadro a seguir, para os dados de CRAs de algumas Unidades da Federação. 21
22 PIB das Unidades da Federação - UF Administradores UF PIB 2012 PIB % n real Prop. Ind. pond. n pond RR R$ 7.313,84 0, ,01 0,31 29 RS R$ ,67 0, ,14 0, SC R$ ,69 0, ,06 0, SE R$ ,19 0, ,01 0, SP R$ ,87 0, ,18 1, TO R$ ,69 0, ,01 0, Brasil R$ ,76 1, , Nas tabelas a seguir, estão os cálculos dos índices de ponderação dos resultados dos CRAs de cada Unidade da Federação, segundo a forma apresentada, para serem aplicados para gerar os resultados para cada Região do Brasil e para o Total Brasil. 22
23 Cálculo dos índices de ponderações de cada estado para serem aplicados ao n real para o cálculo do n ponderado para o processamento do Total Brasil PIB das Unidades da Federação - UF RESULTADOS FINAIS DE QUESTIONÁRIOS COMPLETOS Administradores Tecnólogos Coordenadores/ Professores Empresários/ Empregadores Totais UF PIB 2012 PIB % n real Prop. Ind. pond. n pond. n real Prop. Ind. pond. n pond. n real Prop. Ind. pond. n pond. n real Prop. Ind. pond. n pond. Total n real Total n pond. AC R$ 9.629,24 0, ,01 0, ,0022 1, ,0094 0, ,002 0, AL R$ ,71 0, ,01 0, ,0065 1, ,0157 0, ,008 0, AM R$ ,84 0, ,03 0, ,0228 0, ,0228 0, ,019 0, AP R$ ,54 0, ,00 0, ,0054 0, ,0024 1, ,005 0, BA R$ ,38 0, ,07 0, ,0488 0, ,1063 0, ,050 0, CE R$ ,72 0, ,02 0, ,0119 1, ,0260 0, ,019 1, DF R$ ,53 0, ,06 0, ,0260 1, ,0126 3, ,025 1, ES R$ ,77 0, ,06 0, ,0650 0, ,0591 0, ,037 0, GO R$ ,30 0, ,03 0, ,0336 0, ,0150 1, ,031 0, MA R$ ,68 0, ,00 3, ,0033 4, ,0165 0, ,002 5, MG R$ ,32 0, ,11 0, ,0910 1, ,1315 0, ,115 0, MS R$ ,45 0, ,01 0, ,0217 0, ,0087 1, ,020 0, MT R$ ,11 0, ,02 1, ,0130 1, ,0157 1, ,025 0, PA R$ ,01 0, ,02 1, ,0141 1, ,0024 8, ,010 2, PB R$ ,15 0, ,01 0, ,0076 1, ,0173 0, ,017 0, PE R$ ,09 0, ,01 4, ,0033 8, ,0031 8, ,011 2, PI R$ ,63 0, ,01 0, ,0043 1, ,0039 1, ,014 0, PR R$ ,61 0, ,03 2, ,0347 1, ,0102 5, ,048 1, RJ R$ ,37 0, ,06 1, ,0466 2, ,0118 9, ,066 1, RN R$ ,68 0, ,02 0, ,0108 0, ,0126 0, ,016 0, RO R$ ,94 0, ,01 0, ,0087 0, ,0094 0, ,011 0, RR R$ 7.313,84 0, ,01 0, ,0065 0, ,0079 0, ,004 0, RS R$ ,67 0, ,14 0, ,1365 0, ,1976 0, ,144 0, SC R$ ,69 0, ,06 0, ,0834 0, ,0567 0, ,067 0, SE R$ ,19 0, ,01 0, ,0043 1, ,0150 0, ,010 0, SP R$ ,87 0, ,18 1, ,2839 1, ,1937 1, ,214 1, TO R$ ,69 0, ,01 0, ,0043 1, ,0165 0, ,009 0, Brasil R$ ,76 1, , , , ,
24 Cálculo dos índices de ponderações de cada estado para serem aplicados ao n real para o cálculo do n ponderado para o processamento de cada Região do Brasil Região Norte Norte - PIB das UFs RESULTADOS FINAIS DE QUESTIONÁRIOS COMPLETOS Administradores Tecnólogos Coordenadores/ Professores Empresários/ Empregadores Totais UF PIB 2012 PIB % n real Prop. Ind. pond. n pond. n real Prop. Ind. pond. n pond. n real Prop. Ind. pond. n pond. n real Prop. Ind. pond. n pond. Total n real Total n pond AC R$ 9.629,24 0, ,10 0, ,04 1, ,13 0, ,04 1, AP R$ ,54 0, ,06 0, ,05 1, ,03 1, ,08 0, AM R$ ,84 0, ,33 0, ,28 1, ,32 0, ,32 0, PA R$ ,01 0, ,20 2, ,39 1, ,03 11, ,17 2, RO R$ ,94 0, ,11 1, ,13 1, ,13 0, ,18 0, RR R$ 7.313,84 0, ,06 0, ,03 1, ,11 0, ,07 0, TO R$ ,69 0, ,15 0, ,08 1, ,23 0, ,14 0, Total N R$ ,09 1, , , , Região Nordeste Nordeste - PIB das UFs RESULTADOS FINAIS DE QUESTIONÁRIOS COMPLETOS Administradores Tecnólogos Coordenadores/ Professores Empresários/ Empregadores Totais UF PIB 2012 PIB % n real Prop. Ind. pond. n pond. n real Prop. Ind. pond. n pond. n real Prop. Ind. pond. n pond. n real Prop. Ind. pond. n pond. Total n real Total n pond AL R$ ,71 0, ,07 0, ,06 0, ,07 0, ,05 0, BA R$ ,38 0, ,44 0, ,48 0, ,49 0, ,34 0, CE R$ ,72 0, ,15 0, ,12 1, ,12 1, ,13 1, MA R$ ,68 0, ,03 3, ,03 3, ,08 1, ,02 6, PB R$ ,15 0, ,07 0, ,08 0, ,08 0, ,11 0, PE R$ ,09 0, ,04 5, ,03 6, ,01 13, ,08 2, PI R$ ,63 0, ,06 0, ,04 1, ,02 2, ,09 0, RN R$ ,68 0, ,09 0, ,11 0, ,06 1, ,11 0, SE R$ ,19 0, ,05 0, ,04 1, ,07 0, ,07 0, Totais R$ ,23 1, , , , ,
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