INTERVENÇÃO DO DR. PAULO VISTAS NO ACTO DE TOMADA DE POSSE COMO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE OEIRAS. 15 de Outubro de 2013

Transcrição

1 INTERVENÇÃO DO DR. PAULO VISTAS NO ACTO DE TOMADA DE POSSE COMO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE OEIRAS 15 de Outubro de 2013 Auditório Municipal Ruy de Carvalho 1

2 Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal, Exmas. Senhoras e Senhores Deputados Municipais, Exmas. Senhoras e Senhores Vereadores, Exmos. Senhores Presidentes de Junta de Freguesia, Exmo. Senhor Comandante da PSP e demais responsáveis das Forças de Segurança Presentes Exmos. Senhores Presidentes e Comandantes das Corporações de Bombeiros do Concelho Exmas. Senhoras e Senhores convidados, Minhas Senhoras e Meus Senhores, As eleições autárquicas do passado dia 29 de Setembro marcariam, em qualquer circunstância e independentemente do seu resultado, a abertura de um novo ciclo político no Município de Oeiras. 2

3 Por isso, a minha primeira palavra vai para todos aqueles que hoje cessam funções e em especial para o Presidente da Câmara que me antecedeu, Dr. Isaltino Morais. Os Oeirenses e eu próprio nunca esqueceremos o papel que cada um de vós teve no desenvolvimento e no progresso da nossa terra. É com muita honra que continuaremos o vosso trabalho. No essencial os Oeirenses decidiram Continuar Oeiras. E isto significa Continuar a Fazer tudo aquilo que permita manter a obra realizada, lançar as bases do desenvolvimento da próxima década e garantir o bem-estar de que todos possam usufruir. O mandato foi claro. Sei bem o que queremos para o nosso futuro e sei bem o caminho que escolhi percorrer para alcançar os objetivos e as metas que os Oeirenses querem ver alcançados. Hoje começa, de facto, um novo ciclo de governação em Oeiras. Os desafios que temos pela frente são difíceis mas estamos em vantagem! Fizemos no tempo certo as obras certas e os 3

4 investimentos necessários. Soubemos aproveitar as oportunidades para combatermos as ameaças. Fizemos das fraquezas a nossa força. Pusemos Oeiras no quadro de honra dos municípios e essa é a nossa herança. O legado de desenvolvimento que hoje nos é transmitido, e no qual tive também um papel ativo nos últimos 8 anos, tem tanto de orgulho como de responsabilidade. Orgulho porque em si mesmo representa um notável trabalho de visão, planeamento e materialização de um projeto de desenvolvimento local. Responsabilidade porque sabemos que os patamares de desenvolvimento que Oeiras alcançou, numa aceleração histórica de apenas uma geração, implicam muito trabalho para manter e continuar. Continuar a Fazer foi o compromisso que assumi e que vou cumprir. Fazer mais, fazer melhor, fazer diferente. Depois de uma longa campanha eleitoral, o Povo de Oeiras expressou livremente a sua vontade e expressou-a de modo claro. 4

5 Todos devemos saber tirar as nossas ilações do resultado destas eleições e todos devemos saber honrar o mandato que o Povo nos conferiu. Nada é mais importante em Democracia do que a vontade popular! No dia 29 de setembro, os oeirenses decidiram dar a vitória ao programa e às propostas do movimento independente cuja lista a esta Câmara Municipal encabecei. Consequentemente será esse programa e serão essas propostas que marcarão a linha da governação deste Município. Saberemos honrar o compromisso que consideramos sagrado entre eleitores e eleitos. O tempo da campanha eleitoral terminou no dia do sufrágio, este é o tempo da governação ao serviço da comunidade. A cada um de nós foi dado um mandato. Foi dada a responsabilidade de governar. 5

6 A experiência de governo em Oeiras nas últimas décadas é um bom exemplo das vantagens do pluralismo democrático e da mais-valia que representa para o dia-a-dia da governação a contribuição de outras ideias provenientes de distintas correntes ideológicas. É meu desejo que neste mandato não seja diferente. Minhas Senhoras e Meus Senhores, A crise em Portugal já deixou há muito de ser uma questão de conjuntura. A crise na sociedade portuguesa é uma questão estrutural. Mais importante do que amaldiçoarmos a escuridão que nos rodeia é termos a iniciativa de acendermos uma vela! Só assim podemos acreditar que temos futuro. Só assim seremos capazes de ver o caminho que queremos percorrer. A identidade da comunidade oeirense e as bases que há muito foram sendo lançadas e postas em prática no nosso Concelho permitem-nos enfrentar a tormenta atual com perspetiva de futuro. 6

7 Porque o nosso modelo de desenvolvimento é de continuidade estratégica, muitas das debilidades da iniciativa empresarial e da estrutura produtiva nacional não se reproduzem em Oeiras. Os pilares do nosso modelo de desenvolvimento local, sejam a dignificação e formação das pessoas, a qualificação do território ou o reforço do tecido empresarial com forte enfoque na promoção do empreendedorismo e na captação de empresas de base tecnológica são hoje mais atuais do que nunca e mantêm-se como as referências do nosso futuro comum. Mantendo o modelo de desenvolvimento sustentável que julgamos ser o apropriado ao nosso Município, continuaremos a captar para Oeiras as instituições de conhecimento intensivo, criando emprego e ajudando a cimentar a comunidade justa e solidária que aqui reside. Continuaremos também a dotar o nosso Concelho dos equipamentos que consideramos essenciais para o nosso 7

8 desenvolvimento e para a qualidade de vida e bem-estar dos nossos munícipes. Apesar de ser mais percetível a obra que se vê, a verdadeira obra é aquela que se sente, a que tem por base e por destino as pessoas. Essa obra está presente na política de habitação. Se, no passado, Oeiras fez vanguarda no processo de realojamento, no presente e no futuro continuaremos a procurar as melhores soluções que nos permitam enfrentar os problemas de habitação. Se não fosse o apoio da Câmara Municipal, muitos oeirenses não saberiam o que era ter casa. A obra que se sente está também nas políticas sociais municipais, como a política do medicamento, que serve já milhares de munícipes seniores de Oeiras. Também neste caso, sem a intervenção desta Câmara Municipal, muitos dos nossos munícipes de mais idade não teriam acesso aos medicamentos de que necessitam para sobreviver ou para ter uma vida digna. 8

9 Esta dimensão da obra está também presente nas diferentes dimensões da segurança. De que nos valeria construir equipamentos públicos como o parque urbano de Miraflores, o Parque dos Poetas, o Passeio Marítimo ou o Parque das Perdizes se os nossos munícipes não se sentissem seguros para fruir desses equipamentos? A mais baixa taxa de criminalidade da região de Lisboa sente-se e é resultado do êxito das nossas políticas municipais em múltiplas áreas. Minhas Senhoras e Meus Senhores, Nos momentos de crise, como os que atualmente vivemos na sociedade portuguesa, é natural que a contestação e a instabilidade grassem. Para além das fragilidades tradicionais da sociedade portuguesa, como o hiato entre os que mais têm e os que menos têm, a crise que tudo abala faz com que os portugueses vivam hoje um tempo de descrença. Descrença em si próprios, nos políticos, no País e no regime. 9

10 Não podemos permitir que esta descrença vingue na nossa sociedade. Temos de ser capazes de acreditar que temos em nós próprios o que é necessário para mudar a nossa terra. É obrigação dos titulares de cargos públicos demonstrarem que a causa pública continua a ser a mais nobre das funções! Numa época em que tão mal se fala do poder local, em que ao poder local se assacam as maiores responsabilidades no défice público é nossa obrigação dizer: NÃO É VERDADE! Quando todos fomos chamados a reduzir, a administração local foi a única que respondeu. A titulo de exemplo, em 2011 Oeiras contribuiu em sete milhões e meio de euros para a redução do défice nacional. Infelizmente e apesar de toda a austeridade, de todos os cortes, de todos os sacrifícios, a dívida continua a subir. Estará talvez na hora de se procurar os culpados noutro lado. Já afirmei por diversas vezes a inexplicável incapacidade do Governo da República, cuja prática da sua Administração, impreparada e desconhecedora das realidades locais, ignora 10

11 lesivamente as potencialidades dos municípios e regiões no combate à crise. O salto qualitativo do nosso regime democrático será dado pelo aprofundamento do poder local, o nível de decisão mais aberto à sociedade civil e aquele que é mais próximo do cidadão. Estou profundamente convencido que esse impulso, que tem faltado a muitos concelhos do nosso país, é justamente o diálogo sério e o planeamento supramunicipal integrado, que vá para além dos lixos, do abastecimento de água e saneamento ou das vaidades internas. Os desafios económicos, culturais, sociais e ambientais estão em contínua mudança, o que significa uma necessidade constante de adaptar as estruturas urbanas existentes. Não basta, todavia, o reconhecimento dos decisores de que existe necessidade de se estimular os sistemas urbanos a par com uma crescente aposta na qualidade do espaço público. As suas políticas carecem de ser sedimentadas e sobretudo direcionadas numa lógica de reabilitação que dê suporte económico a esta realidade. 11

12 No entanto isto só poderá de ser feito não a partir de uma perspetiva única e com os modelos tradicionais de governação lineares, mas com o envolvimento dos atores e criadores que representam a cidade. Oeiras é rio! Oeiras é mar! Oeiras também é capital! Minhas Senhoras e Meus Senhores, O legado que nos é entregue nesta mudança de ciclo governativo, não apenas na obra que referi, mas também e sobretudo nos elevados indicadores de desenvolvimento que todos conhecemos, implica, para a sua manutenção, uma elevada dose de trabalho e dedicação. É essa dose suplementar de esforço, trabalho e dedicação que ofereço aos nossos munícipes. Fiz, como é sabido pelos oeirenses, da causa da nossa terra a principal causa da minha vida política. Oeiras é e será o meu motivo. Oeiras é e será a minha causa! 12

13 Porque comigo o caminho do desenvolvimento de Oeiras terá sempre uma perspetiva humanista. As pessoas estarão sempre em primeiro lugar. Governaremos sem complexos ideológicos e colocaremos o desenvolvimento de Oeiras e o bem-estar dos nossos munícipes em primeiro lugar. Aliás, outra coisa não seria de esperar, ou não fosse este executivo liderado por um movimento independente que sai do coração das forças vivas do nosso Concelho. E outra coisa não espero dos restantes eleitos. Sei que todos, sem exceção, colocarão Oeiras e os Oeirenses acima de qualquer interesse partidário. Respeitaremos o que recebemos do passado, mas olharemos em primeiro lugar para o que queremos fazer no futuro. Não estamos acomodados ao bem-estar de que usufruímos. O nosso desígnio é exatamente o do aprofundamento e promoção desse bem-estar. Minhas Senhoras e Meus Senhores, Quero terminar desejando um bom mandato para todos os eleitos para os órgãos municipais de Oeiras. Que todos sejamos capazes 13

14 de construir as pontes para o entendimento e que a democracia no nosso Concelho seja, como sempre foi, plural e livre, com espaço para intervenção de todas as correntes políticas. Independentemente do ponto de vista de partida, com tolerância, boa vontade e respeito comum todos podemos fazer parte do futuro da nossa terra. Desejar também um bom mandato para os colaboradores municipais. Num tempo no qual a recompensa para os servidores públicos não pode ser outra que não o nosso reconhecimento pela qualidade do trabalho desenvolvido, os funcionários públicos são tantas e tantas vezes os heróis anónimos que realizam a obra mas cujos louros não lhes são atribuídos. Conheço essa circunstância como poucos políticos porque também eu sou funcionário público, pelo que conheço bem as dificuldades da função e a injustiça do tratamento. Sei que todos juntos continuaremos a fazer de Oeiras o melhor Concelho para trabalhar em Portugal; o melhor Concelho para estudar, o melhor Concelho para viver, o Concelho em que as pessoas são mais felizes. 14

15 No fundo, tudo faremos para que Oeiras seja sempre o melhor Concelho de Portugal. Porque para nós, é em Oeiras que a vida faz sentido. É em Oeiras que deve morar a felicidade! Viva Oeiras. Muito obrigado! 15