ESTUDO DA APLICAÇÃO DE RESÍDUO GERADO EM TRATAMENTO DE EFLUENTE COMO COGERADOR DE ENERGIA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ESTUDO DA APLICAÇÃO DE RESÍDUO GERADO EM TRATAMENTO DE EFLUENTE COMO COGERADOR DE ENERGIA"

Transcrição

1 ESTUDO DA APLICAÇÃO DE RESÍDUO GERADO EM TRATAMENTO DE EFLUENTE COMO COGERADOR DE ENERGIA Weverton Campos Nozela 1 Doutorando em química pela Unesp de Araraquara e Coordenador da Unidade de Tratamento do Departamento Autônomo de Água e Esgotos de Araraquara. Renata Lombardi Mestre em microbiologia pela Unesp de Jaboticabal e Gerente do Tratamento de Esgoto do Departamento Autônomo de Água e Esgotos de Araraquara. Ilma Rosa dos Santos Bacharel em química pela UFSCar e Coordenadora da Unidade de Laboratório de Análises do Departamento Autônomo de Água e Esgotos de Araraquara. Endereço (1) : Rua Domingos Barbieri, Fonte - Araraquara - SP - CEP: Brasil - Tel: +55 (16) ute@daaeararaquara.com.br. RESUMO Fontes não-renováveis de energia causam grandes impactos ambientais como o aquecimento global, além disso são finitas e tendem a se esgotar, entretanto, por conta deste cenário a busca por fontes renováveis de energia como solução alternativa têm sido amplamente estudadas nos últimos anos. As biomassas são matérias primas com excelente potencial para novas matrizes energéticas e os resíduos gerados nos processos de tratamento de esgoto também se apresentam como boa opção para reaproveitamento energético, impulsionados pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, que evidencia sua recuperação energética. O município de Araraquara/SP destaca-se no cenário nacional por possuir um sistema moderno de desaguamento e secagem térmica de lodo de esgoto. Nesse trabalho caracterizou-se o resíduo proveniente da Estação de Tratamento de Esgoto de Araraquara, após processo de desaguamento e secagem térmica, além de realização de testes de produção biológica de H 2 com lodo anaeróbio proveniente das lagoas de sedimentação. Os resultados obtidos com esses resíduos de elevados teores de matéria orgânica, poder calorífico e geração de H 2 abrem novas possibilidades de sua aplicação como potencial para geração de energia limpa e renovável. ASSEMAE - Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 1

2 Palavras-chave: Lodo de esgoto, Gás Hidrogênio, Poder Calorífico. INTRODUÇÃO/OBJETIVOS A instabilidade do sistema energético brasileiro vem sendo motivo de grandes discussões. A maior parte da energia elétrica gerada no país tem origem nas usinas hidrelétricas e na escassez de chuvas as usinas termelétricas são acionadas, o que proporciona um aumento no seu preço final. Neste contexto, o país mostrou ser muito dependente deste setor, sendo necessário investimento e exploração de outras matrizes energéticas, como a solar, eólica, biomassa entre outras. A Tabela 1 apresenta a repartição da oferta interna de energia no Brasil, por fontes de energia. Tabela 1. Repartição da oferta interna de energia. Renovável 42,4% Não Renovável 57,6% Biomassa de cana 15,4% Gás natural 11,5% Hidráulica e eletricidade 13,8% Petróleo e derivados 39,2% Lenha e carvão vegetal 9,1% Carvão mineral 5,4% Lixívia e outras renováveis 4,1% Urânio 1,5% FONTE: (BRASIL, 2013) Biomassa é o termo utilizado para designar todo material derivado de vegetais cuja composição se trata de uma estrutura lignocelulósica capaz de estocar a energia dos raios solares na forma de ligações químicas (McKENDRY, 2002). Tabela 2: Poder Calorífico Superior para alguns combustíveis e biomassas. Combustível/Biomassa Poder Calorífico Superior/MJkg -1 Gás Hidrogênio 141,86 Gás Metano 55,53 GLP 49,12 Briquete 18,91 Bagaço de cana 15,47 Lodo de esgoto Briquete de resíduo de madeira misturado com casca de arroz FONTE: (ANDREOLI, 2001; QUIRINO et al, 2004) ASSEMAE - Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 2

3 O poder calorífico é avaliado quando o combustível atinge a combustão completa (carbono é convertido em dióxido de carbono (CO 2 ) e hidrogênio convertido em água (H 2 O) em uma temperatura de 18ºC ou 25ºC e 760 mmhg de pressão (HILSDORF et al., 2004). O lodo de esgoto apresenta característica, quanto ao poder calorífico, compatível com o bagaço de cana, biomassa usualmente conhecida como fonte energética, conforme dados apresentados na Tabela 2, e seu reaproveitamento torna-se interessante por ser um resíduo que tende a aumentar com o crescimento populacional e com grandes impactos ambientais se mal destinado. O município de Araraquara/SP conta com um moderno sistema de secagem de lodo. Após o processo de tratamento de esgoto (lagoa de aeração seguido de lagoa de sedimentação), o resíduo gerado no sistema é dragado da lagoa de sedimentação e enviado para a etapa de desaguamento de lodo, com auxílio de soluções de cloreto férrico e poliacrilamidas, posteriormente o material sólido é recalcado a uma centrífuga à alta rotação e adição de solução de poliacrilamidas favorecendo o processo de separação sólido-líquido. Em seguida a parte sólida, ainda com umidade, denominada torta, é enviada a um secador rotativo aquecido com ar à 300 C proveniente de uma fornalha abastecida com GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) para desidratar fortemente esse material. Ao final do processo o resíduo seco, classificado segundo a NRB /2004 como classe II-A - não perigoso e não inerte - é encaminhado ao aterro sanitário do município de Guatapará/SP, licenciado para codisposição deste resíduo de acordo com a CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). O objetivo deste trabalho foi avaliar a aplicação de resíduo gerado no processo de tratamento de esgoto sanitário da cidade de Araraquara, como cogerador de energia. METODOLOGIA RETIRADA E PREPARAÇÃO DA AMOSTRA As amostras de estudo foram obtidas de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do município de Araraquara. Foi retirada uma amostra de lodo após processo de tratamento térmico (lodo inertizado) e posteriormente foi submetida a secagem em estufa a 105 C por 24 horas, triturada, peneirada em peneira ASTM/ABNT (Mesh 60) com abertura de 250 µm e quarteada, dividindo a amostra em quatro partes iguais pré-homogeneizada, sendo tomada duas partes opostas entre si para constituir uma nova amostra e descartadas as partes restantes. As partes não descartadas são totalmente misturadas e o processo de quarteamento é repetido até que se obtenha o volume desejado segundo a NBR /2004. ASSEMAE - Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 3

4 Foi retirada uma amostra de lodo in natura (anaeróbio) proveniente da lagoa de sedimentação para testar o potencial de geração de gás hidrogênio. TERMOGRAVIMETRIA (TG) E ANÁLISE TÉRMICA DIFERENCIAL (DTA) As curvas termogravimétricas (TG) e de análise térmica diferencial (DTA) foram obtidas em um módulo de análise térmica simultânea SDT-2960, Simultaneous DTA-TGA do fabricante TA Instruments, cujo equipamento é capaz de operar nas faixas de temperatura ambiente até 1500 ºC. Os termopares para amostra e referência são de Pt-Pt/Rh 13%, sensibilidade T (DTA) de 0,001ºC. A sensibilidade da balança é de 0,1 μg, precisão de ± 1 % e capacidade de massa de 200 mg (350 mg incluindo os cadinhos). Os cadinhos utilizados foram de alumina e o material de referência empregado foi α-alumina. O sistema foi calibrado com relação ao peso TGA, linha base DTA e temperatura, utilizando-se para tanto de Índio de alta pureza. Pesou-se aproximadamente 7 mg da amostra. Essa amostra foi submetida a uma razão de aquecimento de 10ºCmin -1, em atmosfera dinâmica de ar sintético, com fluxo de gás de 100 mlmin -1. As temperaturas inicial e final foram, respectivamente, 30ºC e 1000ºC. ANÁLISE ELEMENTAR Os elementos básicos de qualquer biomassa são carbono, hidrogênio, enxofre, nitrogênio e oxigênio. Para essa análise foi utilizada aproximadamente 2,0 mg da amostra em um analisador elementar da marca CE Instruments, modelo EA 1110 CHNS-O sendo a porcentagem de oxigênio determinada por diferença levando em consideração a umidade e as cinzas obtidas pelas curvas TG. CALORIMETRIA O Poder Calorífico Superior (PCS) Experimental da amostra foi medido, em duplicata, através de uma bomba calorimétrica modelo IKA C 2000 de acordo com as normas ASTM E7 e NBR Carbono, nitrogênio e oxigênio são os principais componentes dos combustíveis sólidos. Carbono e oxigênio reagem durante a combustão em uma reação exotérmica, gerando CO 2 e H 2 O. Assim C e O contribui para o PCS que é a indicação da quantidade de energia contida em um combustível, que ao ser submetido em um processo termoquímico pode ser convertida em calor. Após a determinação do PCS Experimental da amostra foi comparado com o PCS Teórico calculado de acordo com a Equação Modificada de Dulong (Equação 1) usando os valores obtidos para carbono, hidrogênio e oxigênio na Análise Elementar (HILSDORF et. al., 2004). ASSEMAE - Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 4

5 AVALIAÇÃO DA GERAÇÃO DE GÁS HIDROGÊNIO EM REATORES ANAERÓBIOS EM BATELADA À amostra (5mL) do lodo anaeróbio foi adicionada, em reatores anaeróbios em batelada, 50 ml de meio de cultivo PYG (Glicose mgl -1, Extrato de levedura mgl -1, Extrato de Carne mgl -1 e Peptona de Carne mgl -1 ), headspace preenchido com N 2 (100%), ph 5,5. O procedimento foi realizado com auxílio de seringas estéreis. As amostras foram incubadas a 37 C. Para a determinação do gás hidrogênio foram efetuadas leituras, em reatores pressurizados, por meio da retirada de 1,0 ml de amostra da fase gasosa, utilizando seringa gastight com trava. Foi utilizado cromatógrafo a gás, Thermo Trace GC Ultra, equipado com injetor split/splitess, detector de condutividade térmica (TCD) e detector de ionização por chama (FID). Foram utilizadas duas colunas analíticas Carboxen 1006 plot 30 m x 0,53 mm i.d. e Rt-MSieve 5A 30 m x 0,53 mm i.d. As condições utilizadas foram as seguintes: Injetor e detector TCD a 150 C; detector FID a 250 C. Programação de temperatura do forno: 50 C (4,5 min), seguido de aquecimento a 40 C/min até 180 C (1,5 min) e resfriamento a 50 C/min até 50 C (3,15 min). Gás de arraste: argônio a 1,5 mlmin -1 e fluxo de split a 60 mlmin -1. Foram realizadas análises da geração de gás hidrogênio, por cromatografia gasosa, no headspace dos reatores anaeróbios, após 72 h de operação. PRÉ-TRATAMENTO DO INÓCULO CHOQUE TÉRMICO No inóculo reativado foi aplicado pré-tratamento a quente, de acordo com Maintinguer et al. (2008) adaptado de Kim et al. (2006), com o objetivo de inibir o crescimento e desenvolvimento de bactérias consumidoras de gás hidrogênio e favorecer o enriquecimento celular. Alíquota de 100 ml de inóculo reativado foi colocada em Becker. O material foi levado para aquecimento a 100ºC, durante 10 minutos, em agitação constante para promover a homogeneidade térmica em todo volume aquecido. A amostra foi imersa em banho de gelo e monitorada até atingir a temperatura de 25ºC. Alíquotas dessa amostra foram reativadas em meio de cultivo PYG e ph 5,5, conforme descrito anteriormente, objetivando a reativação celular de bactérias produtoras de gás hidrogênio. O ensaio foi mantido a 37 C. Após 168 h de operação foram realizadas novas medidas no headspace dos reatores anaeróbios, por cromatografia gasosa. ASSEMAE - Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 5

6 RESULTADOS TERMOGRAVIMETRIA (TG) E ANÁLISE TÉRMICA DIFERENCIAL (DTA) A Figura 1 ilustra as curvas TG, DTG e DTA e a Tabela 3 apresenta os resultados obtidos para a amostra em atmosfera de ar sintético. Figura 1. Curvas TG, DTG e DTA. Tabela 3. Resultados obtidos pelas curvas TG/DTG e DTA. Temperatura/ºC m/% Evento de decomposição Pico DTA 121 2,8* Desidratação Endotérmico ,0 Combustão da material orgânica Exotérmico ,8 Decomposição de carbonatos Endotérmico Acima de ,4* Cinzas - * valores utilizados na Análise Elementar ANÁLISE ELEMENTAR A análise elementar mostrou que a amostra apresenta maior porcentagem de carbono (28,1%), haja visto que o carbono é a base da matéria orgânica, dado confirmado também pela TG, seguido de oxigênio (10,4%), hidrogênio (4,1%), nitrogênio (3,3%), enxofre (0,9%) além de cinzas (50,4%) e umidade (2,8%). ASSEMAE - Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 6

7 *dados obtidos na TG Figura 2 Resultados obtidos na Análise Elementar CALORIMETRIA Os resultados do PCS Teórico, obtidos a partir da Equação modificada de Dulong (Equação 1) e PCS Experimental são 13,65 MJkg -1 e 12,12 ± 0,1061 MJkg -1, respectivamente. AVALIAÇÃO DA GERAÇÃO DE GÁS HIDROGÊNIO EM REATORES ANAERÓBIOS EM BATELADA Foi verificado geração de H 2 (96% de headspace) e CH 4 (0,80% de headspace) após 72 h de operação nos reatores anaeróbios incubados em ph 5,5. A Figura 3 apresenta os dados referentes as porcentagens de headspace para a geração de gás hidrogênio e metano antes e após o tratamento térmico. DISCUSSÃO Figura 3. Geração de Gás Hidrogênio. TERMOGRAVIMETRIA (TG) E ANÁLISE TÉRMICA DIFERENCIAL (DTA) ASSEMAE - Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 7

8 As curvas TG, DTG e DTA (Figura 1) apresentam uma perda de massa de 2,8% referente à desidratação em 121 C, confirmada pelo primeiro pico endotérmico da curva DTA. Após essa temperatura observa-se a ocorrência de três eventos sucessivos até 554 C com uma perda de massa de 45% atribuído a degradação da matéria orgânica, na seguinte sequência: moléculas orgânicas menores como monômeros de lignina (BOTERO, 2008), compostos fenólicos e carboidratos (SHEPPARD; FORGERON, 1987), por fim compostos lignocelulósicos presentes na matéria orgânica (ALMEIDA et al., 2008). Estes eventos foram acompanhados por picos exotérmicos da curva DTA, o que comprova a combustão da matéria orgânica presente na amostra. A partir de 554ºC, pode-se observar a ocorrência de um pequeno evento, provavelmente, referente à decomposição de carbonatos existentes na amostra, cuja perda de massa corresponde a 1,8 %. Capana (2009) obteve em suas pesquisas comportamento térmico semelhante, porém, com algumas variações nas porcentagens de perdas de massas, indicando semelhança na composição de umidade, matéria orgânica, carbonatos e cinzas. Na hipótese de se reutilizar este resíduo seco e inerte para geração de energia, uma redução na granulométrica do mesmo é prevista, gerando uma economia financeira com transporte até um aterro sanitário proporcional a redução da perda de massa. ANÁLISE ELEMENTAR A Figura 2 apresenta a composição elementar. Os teores de umidade e cinzas foram retirados da TG. A maior porcentagem de carbono está associada ao elevado teor de matéria orgânica. Borges et.al. (2008) em seu trabalho com lodo sanitário da cidade de São Bento do Sul/SC encontraram teor de carbono de 27,5%, Pedroza et. al. (2011) determinaram teores de carbono, hidrogênio, nitrogênio de 27%, 4,4% e 3,6%, respectivamente, porém com amostras provenientes de tratamento anaeróbio de efluente. Segundo Malta (2001), o teor de nitrogênio deve ser de 0,5 a 7,6% para lodos sanitários gerados a partir de digestão aeróbia. O teor de enxofre de 0,9% é pouco superior ao encontrado por Vieira Neto (2012) que foi de 0,68% para lodo sanitário aeróbio. CALORIMETRIA O PCS Experimental foi 12,12 MJkg -1, relativamente próximo ao PCS Teórico e compatível com a literatura. O PCS encontrado por Borges et. al.(2008) foi de 20,1 MJkg -1, esta diferença pode estar ASSEMAE - Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 8

9 relacionada com degradação do lodo do presente estudo, pois o mesmo já possui um tempo de vida mais avançado. O reaproveitamento do lodo, seco e inerte, como fonte de energia, pode gerar uma economia financeira no consumo de GLP, da ordem de 25% comparando-se os PCS s da amostra (12,12MJkg -1 ) com do GLP (48 MJkg -1 de amostra). AVALIAÇÃO DA GERAÇÃO DE GÁS HIDROGÊNIO EM REATORES ANAERÓBIOS EM BATELADA As gerações de H 2 foram elevadas para a amostra analisada, entretanto, verificou-se também geração de gás metano, para essa condição. A geração de CH 4 está associada ao crescimento de microrganismos metanogênicos que podem utilizar H 2 para a formação de metano. Após o tratamento térmico verificou-se a ausência de CH 4 e presença de H 2 (90% de headspace). Kim e Kim (2011) obtiveram gerações de H 2 (v/v) inferiores ao presente trabalho, com culturas de bactérias anaeróbias provenientes de águas residuais do processamento de tofu. Esse inóculo foi pré-tratado a quente (90ºC, durante 15 minutos) para inativar os consumidores de H 2. Foi realizada a operação de reator CSTR (5L) contendo glicose (10g DQOL -1 ), ph 5.5, a 60ºC e tempo de retenção hidráulica (TRH) de 12 h. A geração de H 2 foi de 46±2%; não sendo detectado metano (CH 4 ). Sá et al. (2013) estudaram a produção biológica de hidrogênio com lodo anaeróbio (10440,0 mg SSVL -1 ) do Sistema de tratamento de esgoto do município do Rio de Janeiro, Brasil. Primeiramente, os autores (op. cit.) efetuaram pré-tratamentos do inóculo: ácido (ph 2,0 durante 1 h), alcalino (ph 12 por 1 h) e a quente (120ºC por 1 h). Triplicatas de reatores anaeróbios em batelada foram incubados com os inóculos pré-tratados, alimentados com sacarose (10 gl -1 ) e solução traço de metais, a 35ºC, ph 5,5 durante 120 h, sob agitação de 100 rpm. Todos os pré-tratamentos foram eficazes para geração de H 2 e inibição da metanogênese. Entretanto os melhores resultados foram verificados para o inóculo pré-tratado a quente (4,62 mol H 2 /mol sacarose), em 72 h de operação, como verificado no presente trabalho. O gás hidrogênio pode ser usado como combustível, substituindo o GLP usado no processo local, visto que é quase 3 vezes mais energético, conforme Tabela 1, além de ser considerado uma fonte de energia limpa, pois deixa como resíduo a água. ASSEMAE - Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 9

10 CONCLUSÃO O resíduo gerado no processo de tratamento da ETE Araraquara é formado principalmente por matéria orgânica (45%) e apresenta uma estabilidade térmica até 121ºC. Com um potencial energético de 12,12 MJkg -1, mostra-se compatível com as principais biomassas já usada para esta finalidade, sendo possível sua utilização preferencialmente no processo de secagem térmica na própria ETE reduzindo o consumo de combustível fóssil, além de reduzir o tamanho granulométrico, importando em menor custo com transporte. O lodo de esgoto (in natura) pode ser usado como uma fonte alternativa de energia, pois possui consórcio de bactérias geradoras de gás hidrogênio, uma vez que este gás é mais energético que combustíveis provenientes de hidrocarbonetos, além de ser considerada uma fonte de energia limpa, podendo abrir novas possibilidades de sua aplicação em pesquisas futuras. As análises de TG e Análise Elementar ajudaram na obtenção do PCS Teórico e está de acordo com o PCS Experimental. A amostra apresenta um potencial energético o qual possibilita sua utilização como fonte de energia na própria ETE Araraquara no processo de desaguamento e secagem térmica do lodo. O uso do recurso energético ajudará na redução do consumo do combustível fóssil usado no sistema de aquecimento do secador rotativo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, S.; CRESPI, M. S.; LIMA, E. N.; SCHALCH, V. Determination of organic matter present in urban waste residue from a sanitary landfill using thermogravimetric curves: the case of São Carlos. HOLOS Environment, v. 8, n. 1, p , EROL, M.; HAYKIRI-ACIMA, H.; KÜCÜKBAYRAK, S. Calorific value estimation of biomass from their proximate analyses. Renewable Energy, v. 35, n. 1, p , MAINTINGUER, S. I.; FERNANDES, B. S.; DUARTE, I. C.; SAAVEDRA, N. K.; ADORNO, M. T.; VARESCHE. M. B. Fermentative hydrogen production by microbial consortium. International Journal of Hydrogen Energy, v. 33, p , QUIRINO, W. F.; VALE, A. T.; ANDRADE, A. P. A.; ABREU, V. L. S.; AZEVEDO, A. C. S. Calorific value of wood and wood residues. Biomassa & Energia, v. 1, n. 2, p , SÁ L R V, CAMMAROTA M C, OLIVEIRA T C, OLIVEIRA E M M, MATOS A, FERREIRA-LEITÃO V S. Pentoses, hexoses and glycerin as substrates for biohydrogen production: an approach for Brazilian biofuel integration. Int J Hydrogen Energy. 2013; 38: ASSEMAE - Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento 10

14 COMBUSTÍVEIS E TEMPERATURA DE CHAMA

14 COMBUSTÍVEIS E TEMPERATURA DE CHAMA 14 COMBUSTÍVEIS E TEMPERATURA DE CHAMA O calor gerado pela reação de combustão é muito usado industrialmente. Entre inúmeros empregos podemos citar três aplicações mais importantes e frequentes: = Geração

Leia mais

Departamento de Engenharia Elétrica Disciplina: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica. Biomassa

Departamento de Engenharia Elétrica Disciplina: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica. Biomassa Universidade Federal do Ceará Departamento de Engenharia Elétrica Disciplina: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica Universidade Federal do Ceará Biomassa Professora: Ruth Pastôra Saraiva

Leia mais

Tipos e fontes de energias alternativas e convencionais.

Tipos e fontes de energias alternativas e convencionais. Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Agrárias Departamento de Engenharia Agrícola Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola Tipos e fontes de energias alternativas e convencionais. Robson

Leia mais

Aspectos Tecnológicos das Fontes de Energia Renováveis (Biomassa)

Aspectos Tecnológicos das Fontes de Energia Renováveis (Biomassa) Aspectos Tecnológicos das Fontes de Energia Renováveis (Biomassa) Aymoré de Castro Alvim Filho Eng. Eletricista, Dr. Especialista em Regulação, SRG/ANEEL 10/02/2009 Cartagena de Indias, Colombia Caracterização

Leia mais

USO DE BIOMASSA NA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NA INDÚSTRIA DE CELULOSE

USO DE BIOMASSA NA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NA INDÚSTRIA DE CELULOSE USO DE BIOMASSA NA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NA INDÚSTRIA DE CELULOSE 1 Wanderlei David Pereira, 2 João Lages Neto 1 Gerente de Recuperação e Utilidades Fibria Unidade Aracruz. 2 Especialista de Meio

Leia mais

Exploração sustentada de recursos geológicos Recursos energéticos

Exploração sustentada de recursos geológicos Recursos energéticos Exploração sustentada de recursos geológicos Recursos energéticos Aula nº85 22 Maio 09 Prof. Ana Reis Recursos energéticos Vivemos numa época em que os recursos energéticos afectam a vida de todas as pessoas.

Leia mais

IX Congresso Brasileiro de Análise Térmica e Calorimetria 09 a 12 de novembro de 2014 Serra Negra SP - Brasil

IX Congresso Brasileiro de Análise Térmica e Calorimetria 09 a 12 de novembro de 2014 Serra Negra SP - Brasil ESTUDO TERMOANALÍTICO DE COMPÓSITOS DE POLI(ETILENO-CO-ACETATO DE VINILA) COM BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR Carla R. de Araujo, Igor B. de O. Lima, Cheila G. Mothé Departamento de Processos Orgânicos - Escola

Leia mais

Biogás. Eletroeletrônica 2º Modulo Noturno Alunos: Bianca Graziela de Oliveira Guilherme AlbertoOhf LucasPegoraroEinhardt

Biogás. Eletroeletrônica 2º Modulo Noturno Alunos: Bianca Graziela de Oliveira Guilherme AlbertoOhf LucasPegoraroEinhardt Biogás Eletroeletrônica 2º Modulo Noturno Alunos: Bianca Graziela de Oliveira Guilherme AlbertoOhf LucasPegoraroEinhardt O que é o Biogás? É um gás produzido através de resíduos orgânicos que estão em

Leia mais

DZ-1314.R-0 - DIRETRIZ PARA LICENCIAMENTO DE PROCESSOS DE DESTRUIÇÃO TÉRMICA DE RESÍDUOS

DZ-1314.R-0 - DIRETRIZ PARA LICENCIAMENTO DE PROCESSOS DE DESTRUIÇÃO TÉRMICA DE RESÍDUOS DZ-1314.R-0 - DIRETRIZ PARA LICENCIAMENTO DE PROCESSOS DE DESTRUIÇÃO TÉRMICA DE RESÍDUOS Notas: Aprovada pela Deliberação CECA nº 2 968, de 14 de setembro de 1993 Publicada no DOERJ de 05 de outubro de

Leia mais

MEIOS DE CULTURA DESENVOLVIMENTO OU PRODUÇÃO DE MEIOS DE CULTURA. Necessidade Bactérias Leveduras

MEIOS DE CULTURA DESENVOLVIMENTO OU PRODUÇÃO DE MEIOS DE CULTURA. Necessidade Bactérias Leveduras MEIOS DE CULTURA Associação equilibrada de agentes químicos (nutrientes, ph, etc.) e físicos (temperatura, viscosidade, atmosfera, etc) que permitem o cultivo de microorganismos fora de seu habitat natural.

Leia mais

Análise Termogravimétrica da Bioespuma Poliuretana do Projeto de Produto Gasolimp como Agente Cogerador de Energia

Análise Termogravimétrica da Bioespuma Poliuretana do Projeto de Produto Gasolimp como Agente Cogerador de Energia Análise Termogravimétrica da Bioespuma Poliuretana do Projeto de Produto Gasolimp como Agente Cogerador de Energia J. C. V. Cortez Msc. em Meio ambiente Universidade Federal da Paraíba, cortez.juancarlos@gmail.com

Leia mais

ENERGIA Fontes e formas de energia Impactos ambientais. Prof. Dra. Carmen Luisa Barbosa Guedes

ENERGIA Fontes e formas de energia Impactos ambientais. Prof. Dra. Carmen Luisa Barbosa Guedes ENERGIA Fontes e formas de energia Impactos ambientais Prof. Dra. Carmen Luisa Barbosa Guedes Disciplina: - 2014 A energia esta envolvida em todas as ações que ocorrem no UNIVERSO FONTES DE ENERGIA FONTES

Leia mais

JUSTIFICATIVAS PROPOSTA de LIMITES DE EMISSÕES FONTES EXISTENTES REFINARIAS

JUSTIFICATIVAS PROPOSTA de LIMITES DE EMISSÕES FONTES EXISTENTES REFINARIAS JUSTIFICATIVAS PROPOSTA de LIMITES DE EMISSÕES FONTES EXISTENTES REFINARIAS 1. Objetivo: Considerando os limites estabelecidos pela CONAMA 382 como referências para as fontes existentes, este documento

Leia mais

Análise Térmica. Universidade Federal de Juiz de Fora. Instituto de Ciências Exatas Departamento de Química. Metodologia Analítica

Análise Térmica. Universidade Federal de Juiz de Fora. Instituto de Ciências Exatas Departamento de Química. Metodologia Analítica Universidade Federal de Juiz de Fora Instituto de Ciências Exatas Departamento de Química Metodologia Analítica Caracterização térmica do Oxalato de Cálcio monoidratado (CaC 2 O 4.H 2 O) por TG / DTA e

Leia mais

ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS PARA O TRATAMENTO DOS EFLUENTES DO TRANSPORTE HIDRÁULICO DAS CINZAS PESADAS DA USINA TERMELÉTRICA CHARQUEADAS

ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS PARA O TRATAMENTO DOS EFLUENTES DO TRANSPORTE HIDRÁULICO DAS CINZAS PESADAS DA USINA TERMELÉTRICA CHARQUEADAS GIA / 10 17 a 22 de Outubro de 1999 Foz do Iguaçu Paraná - Brasil GRUPO XI GRUPO DE ESTUDOS DE IMPACTOS AMBIENTAIS (GIA) ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS PARA O TRATAMENTO DOS EFLUENTES DO TRANSPORTE HIDRÁULICO

Leia mais

2. (Ifsc 2014) A reação abaixo representa este processo: CO 3H H COH H O ΔH 12 kcal/mol

2. (Ifsc 2014) A reação abaixo representa este processo: CO 3H H COH H O ΔH 12 kcal/mol 1. (Uel 2014) A gasolina é uma mistura de vários compostos. Sua qualidade é medida em octanas, que definem sua capacidade de ser comprimida com o ar, sem detonar, apenas em contato com uma faísca elétrica

Leia mais

Energia Primária da Biomassa e Reconversão do CO₂ em Energia. Autor: Eng. Raymond Guyomarc h Palestrante: Eng. Hely de Andrade SEE BRASIL

Energia Primária da Biomassa e Reconversão do CO₂ em Energia. Autor: Eng. Raymond Guyomarc h Palestrante: Eng. Hely de Andrade SEE BRASIL Energia Primária da Biomassa e Reconversão do CO₂ em Energia Autor: Eng. Raymond Guyomarc h Palestrante: Eng. Hely de Andrade 1 Índice : 1. Matérias combustíveis utilizáveis 2. A secagem com CO₂ - SEE

Leia mais

Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC)

Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC) TIPO III - OUTRAS ATIVIDADES DE PROJETO Os participantes do projeto devem levar em conta a orientação geral relativa às metodologias, as informações sobre adicionalidade, as abreviaturas e a orientação

Leia mais

Valorização dos resíduos de biomassa. Produção de energia renovável (elétrica e térmica).

Valorização dos resíduos de biomassa. Produção de energia renovável (elétrica e térmica). Valorização dos resíduos de biomassa. Produção de energia renovável (elétrica e térmica). 1 Biomassa é uma substância orgânica, produzida pelo processo de acumulação de energia solar. O seu maior potencial

Leia mais

Fração. Página 2 de 6

Fração. Página 2 de 6 1. (Fgv 2014) De acordo com dados da Agência Internacional de Energia (AIE), aproximadamente 87% de todo o combustível consumido no mundo são de origem fóssil. Essas substâncias são encontradas em diversas

Leia mais

Obtenção de benzeno a partir do gás natural utilizando catalisadores Fe-Mo/ZSM-5

Obtenção de benzeno a partir do gás natural utilizando catalisadores Fe-Mo/ZSM-5 Obtenção de benzeno a partir do gás natural utilizando catalisadores Fe-Mo/ZSM-5 L. P. MALLMANN 1 e O. W. P. LOPEZ 1 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Engenharia Química E-mail

Leia mais

Energias Renováveis Tecnologias Integradas com o Sistema Nacional

Energias Renováveis Tecnologias Integradas com o Sistema Nacional Energias Renováveis Tecnologias Integradas com o Sistema Nacional Fimai/Simai/ Câmara Ítalo - Brasileira Elaborada por: Eng. Marcio Takata Novembro/ 2010 Contexto Fonte: Apresentação Solvis Energia - Tendências

Leia mais

ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSAS

ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSAS ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSAS O que é biomassa? - É toda matéria orgânica proveniente das plantas e animais. Como se forma a biomassa? - A biomassa é obtida através da fotossíntese realizada pelas plantas.

Leia mais

Nesse sistema de aquecimento,

Nesse sistema de aquecimento, Enem 2007 1- Ao beber uma solução de glicose (C 6 H 12 O 6 ), um corta-cana ingere uma substância: (A) que, ao ser degradada pelo organismo, produz energia que pode ser usada para movimentar o corpo. (B)

Leia mais

ETAPAS DE UM TRATAMENTO DE EFLUENTE

ETAPAS DE UM TRATAMENTO DE EFLUENTE ETAPAS DE UM TRATAMENTO DE EFLUENTE Estação de Tratamento de Efluente (ETE) compreende basicamente as seguintes etapas: Pré-tratamento (gradeamento e desarenação), Tratamento primário (floculação e sedimentação),

Leia mais

USO DO GÁS NATURAL DE PETRÓLEO NA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

USO DO GÁS NATURAL DE PETRÓLEO NA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA PÓS - GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA ADP8088 - SEMINÁRIOS EM ENGENHARIA AGRÍCOLA II USO DO GÁS NATURAL DE

Leia mais

4027 Síntese de 11-cloroundec-1-eno a partir de 10-undecen-1-ol

4027 Síntese de 11-cloroundec-1-eno a partir de 10-undecen-1-ol 4027 Síntese de 11-cloroundec-1-eno a partir de 10-undecen-1-ol OH SOCl 2 Cl + HCl + SO 2 C 11 H 22 O C 11 H 21 Cl (170.3) (119.0) (188.7) (36.5) (64.1) Classificação Tipos de reações e classes das substâncias

Leia mais

TERMOGRAVIMETRIA A análise termogravimétrica (TG) é uma técnica térmica onde a massa da amostra é registada em função da temperatura ou do tempo.

TERMOGRAVIMETRIA A análise termogravimétrica (TG) é uma técnica térmica onde a massa da amostra é registada em função da temperatura ou do tempo. TERMOGRAVIMETRIA A análise termogravimétrica (TG) é uma técnica térmica onde a massa da amostra é registada em função da temperatura ou do tempo. TERMOGRAVIMETRIA São frequentemente usados três modos distintos

Leia mais

Energia, Riqueza e População

Energia, Riqueza e População Energia, Riqueza e População Legenda - Colunas à Esquerda: Crescimento relativo da oferta total de energia - Colunas Centrais: Crescimento relativo do Produto Interno Bruto (PIB) - Colunas à Direita: :

Leia mais

I. INTRODUÇÃO III. MATERIAL E MÉTODOS. A. Amostras Utilizadas no Processo de Conversão a Baixa Temperatura

I. INTRODUÇÃO III. MATERIAL E MÉTODOS. A. Amostras Utilizadas no Processo de Conversão a Baixa Temperatura Geração de Energia Elétrica a partir de Combustível Inovador Proveniente da Conversão a Baixa Temperatura de Biomassas e Resíduos e Análise de Desempenho em Motores R.G. Pereira 1 ; G. A. Romeiro 2 ; R.

Leia mais

MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101

MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101 Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101 M.Sc. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br INTRODUÇÃO: Uma das formas mais empregadas para produção

Leia mais

Apoiada nestes 3 pilares buscamos oferecer uma completa linha de produtos e serviços (de???), oferecendo aos nosso clientes o mais elevado nível de

Apoiada nestes 3 pilares buscamos oferecer uma completa linha de produtos e serviços (de???), oferecendo aos nosso clientes o mais elevado nível de Apoiada nestes 3 pilares buscamos oferecer uma completa linha de produtos e serviços (de???), oferecendo aos nosso clientes o mais elevado nível de satisfação, de forma sustentável. Solução analítica para

Leia mais

Disciplina: Fontes Alternativas de Energia

Disciplina: Fontes Alternativas de Energia Disciplina: Fontes Alternativas de Parte 1 Fontes Renováveis de 1 Cronograma 1. Fontes renováveis 2. Fontes limpas 3. Fontes alternativas de energia 4. Exemplos de fontes renováveis 1. hidrelétrica 2.

Leia mais

Estudo de Caso de Sistemas de Tratamento de Efluentes Domésticos com o Uso de Indicadores Ambientais

Estudo de Caso de Sistemas de Tratamento de Efluentes Domésticos com o Uso de Indicadores Ambientais Carlos C. Silva Cecília M. V. B. Almeida Silvia H. Bonilla Tópicos abordados nesta apresentação Descrição do sistema de Biodigestão Descrição do sistema de Lodo Ativado Comparação entre os sistemas utilizando

Leia mais

U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E M I N A S G E R A I S SÓ ABRA QUANDO AUTORIZADO.

U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E M I N A S G E R A I S SÓ ABRA QUANDO AUTORIZADO. U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E M I N A S G E R A I S QUÍMICA Prova de 2 a Etapa SÓ ABRA QUANDO AUTORIZADO. Leia atentamente as instruções que se seguem. 1 - Este Caderno de Prova contém cinco

Leia mais

III-109 CO-DIGESTÃO ANAERÓBIA DE RESÍDUOS SÓLIDOS ORGÂNICOS

III-109 CO-DIGESTÃO ANAERÓBIA DE RESÍDUOS SÓLIDOS ORGÂNICOS III-109 CO-DIGESTÃO ANAERÓBIA DE RESÍDUOS SÓLIDOS ORGÂNICOS Valderi Duarte Leite (1) Engenheiro Químico: DEQ/CCT/UFPB.Mestre em Saneamento: DEC/CCT/UFPB. Doutor em Saneamento : DHS/EESC/USP. Prof. do DQ/CCT/UEPB

Leia mais

O Manejo de Residuos, a Gestão Ambiental e a Sustentabilidade

O Manejo de Residuos, a Gestão Ambiental e a Sustentabilidade O Manejo de Residuos, a Gestão Ambiental e a Sustentabilidade Profa. Dra. Anelise Leal Vieira Cubas Unisul Universidade do Sul de Santa Catarina Unisul Virtual RESÍDUOS Resíduo: Qualquer material ou substância

Leia mais

Biodigestão da vinhaça: maior sustentabilidade à cadeia produtiva do etanol

Biodigestão da vinhaça: maior sustentabilidade à cadeia produtiva do etanol Congresso Internacional sobre Geração Distribuída e Energia no Meio Rural da vinhaça: maior sustentabilidade à cadeia produtiva do etanol Priscila Alves Carneiro Heleno Quevedo de Lima Universidade Federal

Leia mais

BIOEN Workshop on Process for Ethanol Production - FAPESP. Optinal Industrial Fermentation. Silvio Roberto Andrietta

BIOEN Workshop on Process for Ethanol Production - FAPESP. Optinal Industrial Fermentation. Silvio Roberto Andrietta BIOEN Workshop on Process for Ethanol Production - FAPESP Optinal Industrial Fermentation Silvio Roberto Andrietta Plantas de produção de etanol Etapas Preparo da matéria prima Preparo da cana (abertura

Leia mais

De onde vêm as lágrimas?

De onde vêm as lágrimas? De onde vêm as lágrimas? É toda substância que, em solução aquosa, sofre dissociação, liberado pelo menos um cátion diferente de H + e um ânion diferente de OH -. a) Presença de oxigênio b) Sal não oxigenado

Leia mais

Elaborado pelos alunos do 8º A da Escola Secundária Infante D. Henrique:

Elaborado pelos alunos do 8º A da Escola Secundária Infante D. Henrique: Elaborado pelos alunos do 8º A da Escola Secundária Infante D. Henrique: - Joana Moreira Lima nº16 - José Fernando nº17 - Sandra oliveira nº23 O carvão, o petróleo e o gás natural são combustíveis fósseis.

Leia mais

MANUSEIO E ARMAZENAMENTO DE ÓLEO DIESEL B ORIENTAÇÕES E PROCEDIMENTOS

MANUSEIO E ARMAZENAMENTO DE ÓLEO DIESEL B ORIENTAÇÕES E PROCEDIMENTOS MANUSEIO E ARMAZENAMENTO DE ÓLEO DIESEL B ORIENTAÇÕES E PROCEDIMENTOS Com a criação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, em 2004, e a aprovação da Lei nº 11.097, de 13 de janeiro de 2005,

Leia mais

ETENE. Energias Renováveis

ETENE. Energias Renováveis Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste ETENE Fonte: http://www.noticiasagronegocios.com.br/portal/outros/1390-america-latina-reforca-lideranca-mundial-em-energias-renovaveis- 1. Conceito

Leia mais

TRATAMENTO DA ÁGUA. Professora: Raquel Malta Química 3ª série - Ensino Médio

TRATAMENTO DA ÁGUA. Professora: Raquel Malta Química 3ª série - Ensino Médio TRATAMENTO DA ÁGUA Professora: Raquel Malta Química 3ª série - Ensino Médio Água poluída: água inadequada para beber ou para fazer nossa higiene. Diversas substâncias naturalmente presentes na água são

Leia mais

1. DETERMINAÇÃO DE UMIDADE PELO MÉTODO DO AQUECIMENTO DIRETO- TÉCNICA GRAVIMÉTRICA COM EMPREGO DO CALOR

1. DETERMINAÇÃO DE UMIDADE PELO MÉTODO DO AQUECIMENTO DIRETO- TÉCNICA GRAVIMÉTRICA COM EMPREGO DO CALOR UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - UNIC FACULDADE DE NUTRIÇÃO DISCIPLINA: BROMATOLOGIA 2º/ 4 O PROFA. IVETE ARAKAKI FUJII. DETERMINAÇÃO DE UMIDADE PELO MÉTODO DO AQUECIMENTO DIRETO- TÉCNICA GRAVIMÉTRICA COM EMPREGO

Leia mais

Desenvolvimento dos projetos de ações ambientais pelos alunos do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da UNIPAC Bom Despacho

Desenvolvimento dos projetos de ações ambientais pelos alunos do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da UNIPAC Bom Despacho Desenvolvimento dos projetos de ações ambientais pelos alunos do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da UNIPAC Bom Despacho Engenharia Ambiental e Sanitária Coordenador do Curso: Prof. Marcelo Drummond

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2008

PROJETO DE LEI Nº, DE 2008 PROJETO DE LEI Nº, DE 2008 (Do Sr. Lelo Coimbra) Institui o Programa Nacional de Geração de Energia Elétrica a partir do Lixo (Progel) e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica

Leia mais

Reciclagem polímeros

Reciclagem polímeros Reciclagem polímeros Reciclagem Química A reciclagem química reprocessa plásticos transformando-os em petroquímicos básicos: monômeros ou misturas de hidrocarbonetos que servem como matéria-prima, em refinarias

Leia mais

5. Resultados e Análises

5. Resultados e Análises 66 5. Resultados e Análises Neste capítulo é importante ressaltar que as medições foram feitas com uma velocidade constante de 1800 RPM, para uma freqüência de 60 Hz e uma voltagem de 220 V, entre as linhas

Leia mais

O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa.

O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa. O que é o Aquecimento Global? O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa. O efeito estufa é um fenômeno natural e consiste na retenção de calor irradiado pela

Leia mais

nome de Química do C1. De uma maneira geral é possível dividir estes produtos em três categorias:

nome de Química do C1. De uma maneira geral é possível dividir estes produtos em três categorias: ,1752'8d 2 O gás natural é composto, principalmente, de metano (até 98%) e por alguns hidrocarbonetos de maior peso molecular (de C 2 a C 6 ) além dos diluentes N 2 e CO 2. Com o uso crescente de petróleo

Leia mais

o hectare Nesta edição, você vai descobrir o que é um biodigestor, como ele funciona e também O que é o biodigestor? 1 ha

o hectare Nesta edição, você vai descobrir o que é um biodigestor, como ele funciona e também O que é o biodigestor? 1 ha o hectare Publicação do Ecocentro IPEC Ano 1, nº 3 Pirenópolis GO Nesta edição, você vai descobrir o que é um biodigestor, como ele funciona e também vai conhecer um pouco mais sobre a suinocultura. Na

Leia mais

USO DE SUBPRODUTOS PARA GERAÇÃO DE CALOR E ENERGIA. Lisandra C. Kaminski

USO DE SUBPRODUTOS PARA GERAÇÃO DE CALOR E ENERGIA. Lisandra C. Kaminski USO DE SUBPRODUTOS PARA GERAÇÃO DE CALOR E ENERGIA Lisandra C. Kaminski Casca de café Estudo realizado em 2008, pelo agrônomo Luiz Vicente Gentil, da UnB. Pode ser uma excelente opção como substituição

Leia mais

CORRELAÇÃO ENTRE OS VALORES DE DBO E DQO NO AFLUENTE E EFLUENTE DE DUAS ETEs DA CIDADE DE ARARAQUARA

CORRELAÇÃO ENTRE OS VALORES DE DBO E DQO NO AFLUENTE E EFLUENTE DE DUAS ETEs DA CIDADE DE ARARAQUARA CORRELAÇÃO ENTRE OS VALORES DE DBO E DQO NO AFLUENTE E EFLUENTE DE DUAS ETEs DA CIDADE DE ARARAQUARA Paulo Sergio Scalize (1) Biomédico formado pela Faculdade Barão de Mauá. Graduando em Engenharia Civil

Leia mais

FONTES RENOVÁVEIS E NÃO RENOVÁVEIS GERADORAS DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL

FONTES RENOVÁVEIS E NÃO RENOVÁVEIS GERADORAS DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL FONTES RENOVÁVEIS E NÃO RENOVÁVEIS GERADORAS DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL Paola Ribas Gonçalves dos SANTOS, Maria Caroliny Camargo FLORENTINO, Jhennyfer Lopes Cerqueira BASTOS, Giselle Vanessa TREVISAN.

Leia mais

Aula 5 A energia não é o começo de tudo, mas já é um início

Aula 5 A energia não é o começo de tudo, mas já é um início Aula 5 A energia não é o começo de tudo, mas já é um início Itens do capítulo 5 A energia não é o começo de tudo, mas já é o início 5. A energia não é o começo de tudo, mas já é o início 5.1 O consumo

Leia mais

Profa. Dra. Vivian C. C. Hyodo

Profa. Dra. Vivian C. C. Hyodo Profa. Dra. Vivian C. C. Hyodo A Energia e suas Fontes Fontes de Energia Renováveis Fontes de Energia Não-Renováveis Conclusões Energia: Capacidade de realizar trabalho Primeira Lei da Termodinâmica: No

Leia mais

LODOS ATIVADOS. Profa. Margarita María Dueñas O.

LODOS ATIVADOS. Profa. Margarita María Dueñas O. LODOS ATIVADOS Profa. Margarita María Dueñas O. LODOS ATIVADOS São os flocos produzidos num esgoto bruto o decantado pelo crescimento de bactérias ou outros microorganismos, na presença de oxigênio dissolvido

Leia mais

Orientações e Procedimentos para o Manuseio e Armazenagem de Óleo Diesel B

Orientações e Procedimentos para o Manuseio e Armazenagem de Óleo Diesel B Setembro, 2010. Orientações e Procedimentos para o Manuseio e Armazenagem de Óleo Diesel B Com a criação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, em 2004, e a aprovação da Lei 11.097, de 13

Leia mais

Bebida constituída de frutos de açaí e café: Uma alternativa viável

Bebida constituída de frutos de açaí e café: Uma alternativa viável Bebida constituída de frutos de açaí e café: Uma alternativa viável O açaí constitui-se a base da alimentação cotidiana de diversas famílias da região Norte do Brasil e oferece grande disponibilidade de

Leia mais

e sua Adequação como Projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo Eduardo A. Ananias Instituto de Biociências USP

e sua Adequação como Projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo Eduardo A. Ananias Instituto de Biociências USP Tecnologias Ambientais para Curtumes e sua Adequação como Projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo Eduardo A. Ananias Instituto de Biociências USP Sérgio Almeida Pacca EACH USP Panorama geral do

Leia mais

AEROTEC SANEAMENTO BÁSICO LTDA.

AEROTEC SANEAMENTO BÁSICO LTDA. INTRODUÇÃO Todo e qualquer sistema de captação e tratamento de efluente doméstico tem como destino final de descarte desse material, direta ou indiretamente, corpos d água como seus receptores. A qualidade

Leia mais

I Simpósio dos Pós Graduandos em Engenharia Civil e Ambiental da UNESP

I Simpósio dos Pós Graduandos em Engenharia Civil e Ambiental da UNESP ANÁLISE TERMOGRAVIMÉTRICA DE RESÍDUOS DE EVA PROVENIENTES DA INDÚSTRIA CALÇADISTA VISANDO A RECICLAGEM QUÍMICA Raquel Martins Montagnoli¹, Sabrina Moretto Darbello Prestes 1, Sandro Donnini Mancini 1,

Leia mais

Estudo da emissão veicular de Gases de Efeito Estufa (GEE) em veículos movidos à DIESEL. Prof. Dr. Ariston da Silva Melo Júnior

Estudo da emissão veicular de Gases de Efeito Estufa (GEE) em veículos movidos à DIESEL. Prof. Dr. Ariston da Silva Melo Júnior Estudo da emissão veicular de Gases de Efeito Estufa (GEE) em veículos movidos à DIESEL Prof. Dr. Ariston da Silva Melo Júnior INTRODUÇÃO Durante milhões de anos a Terra passou por ciclos naturais de aquecimento

Leia mais

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 148 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 5.1 CONCLUSÕES A partir dos resultados apresentados e analisados anteriormente, foi possível chegar às conclusões abordadas neste item. A adição tanto de cinza volante, como

Leia mais

MANUSEIO DE ÓLEO DIESEL B ORIENTAÇÕES E PROCEDIMENTOS

MANUSEIO DE ÓLEO DIESEL B ORIENTAÇÕES E PROCEDIMENTOS MANUSEIO E ARMAZENAMENTO DE ÓLEO DIESEL B ORIENTAÇÕES E PROCEDIMENTOS Com a criação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, em 2004, e a aprovação da Lei 11.097, de 13 de janeiro de 2005,

Leia mais

EFETIVIDADE DO PODER CALORÍFICO DE DOIS TIPOS DISTINTOS DE BIOMASSA UTILIZADA PARA GERAÇÃO DE ENERGIA

EFETIVIDADE DO PODER CALORÍFICO DE DOIS TIPOS DISTINTOS DE BIOMASSA UTILIZADA PARA GERAÇÃO DE ENERGIA EFETIVIDADE DO PODER CALORÍFICO DE DOIS TIPOS DISTINTOS DE BIOMASSA UTILIZADA PARA GERAÇÃO DE ENERGIA Andrica de Faria Mendonça 1 Prof. Dr. Cristiano P. da Silva 2 Prof. Esp. Alberto Antonio Resende de

Leia mais

Quanto maior o desenvolvimento econômico de um país

Quanto maior o desenvolvimento econômico de um país Capítulo 8 Quanto maior o desenvolvimento econômico de um país Maior é o consumo de energia: -Economia dinâmica; - Elevado padrão de consumo da população Aumento da capacidade produtiva Aumento do consumo

Leia mais

ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil. EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates

ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil. EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates QUESTÕES PARA REFLEXÃO 1 2 Qual o padrão atual da oferta de eletricidade no Brasil? Qual o padrão

Leia mais

PRODUÇÃO DE ENERGIA ATRAVÉS DA BIOMASSA: PROCESSOS E PANORAMA NACIONAL E MUNDIAL

PRODUÇÃO DE ENERGIA ATRAVÉS DA BIOMASSA: PROCESSOS E PANORAMA NACIONAL E MUNDIAL 1º SEMINÁRIO PARANAENSE DE ENERGIA DE BIOMASSA RESIDUAL AGRÍCOLA 06 DE DEZEMBRO DE 2013 LOCAL: SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS PRODUÇÃO DE ENERGIA ATRAVÉS DA BIOMASSA: PROCESSOS E PANORAMA NACIONAL E MUNDIAL

Leia mais

Área Departamental de Engenharia Química Laboratório de Tecnologia Química Processo eletroquímico de produção de combustíveis sintéticos renováveis

Área Departamental de Engenharia Química Laboratório de Tecnologia Química Processo eletroquímico de produção de combustíveis sintéticos renováveis Área Departamental de Engenharia Química Laboratório de Tecnologia Química Processo eletroquímico de produção de combustíveis sintéticos renováveis Green Synthetic Fuel / Luís Guerra Conteúdos Conceito

Leia mais

PROCESSO DE FERMENTAÇÃO CONTÍNUA ENGENHO NOVO - FERCEN

PROCESSO DE FERMENTAÇÃO CONTÍNUA ENGENHO NOVO - FERCEN PROCESSO DE FERMENTAÇÃO CONTÍNUA ENGENHO NOVO - FERCEN A ENGENHO NOVO, sempre atenta ao desenvolvimento de novas tecnologias para produção de etanol, pesquisou e desenvolveu um processo simples e eficiente

Leia mais

Reciclar, Transformar, Valorizar Lixo Urbano

Reciclar, Transformar, Valorizar Lixo Urbano Reciclar, Transformar, Valorizar Lixo Urbano Kuttner do Brasil Patrick Pottie 10-08-2009 Produção de Energia Ecologicamente Limpa pela Biometanização Anaeróbica do Lixo Orgânico e Poda Verde... pela...

Leia mais

Aproveitamento da Biomassa para a Geração de Energia Elétrica

Aproveitamento da Biomassa para a Geração de Energia Elétrica Geração de Energia Elétrica 1º Seminário sobre a Utilização de Energias Renováveis veis para Eletrificação Rural do Norte e Nordeste do Brasil Dr. Osvaldo Stella Martins Centro Nacional de Referência em

Leia mais

PROVA DE QUÍMICA - 1998 Segunda Etapa

PROVA DE QUÍMICA - 1998 Segunda Etapa PROVA DE QUÍMICA - 1998 Segunda Etapa QUESTÃO 01 Num laboratório químico, havia três frascos que continham, respectivamente, um alcano, um álcool e um alqueno. Foram realizados experimentos que envolviam

Leia mais

RECUPERAÇÃO TÉRMICA DE AREIA DESCARTADA DE FUNDIÇÃO (ADF)

RECUPERAÇÃO TÉRMICA DE AREIA DESCARTADA DE FUNDIÇÃO (ADF) RECUPERAÇÃO TÉRMICA DE AREIA DESCARTADA DE FUNDIÇÃO (ADF) Luís Renato de Souza Resumo Este documento tem como principal objetivo apresentar e detalhar aos leitores uma solução para o reaproveitamento da

Leia mais

PRÊMIO ESTANDE SUSTENTÁVEL ABF EXPO 2014

PRÊMIO ESTANDE SUSTENTÁVEL ABF EXPO 2014 PRÊMIO ESTANDE SUSTENTÁVEL ABF EXPO 2014 1. APRESENTAÇÃO Com o intuito de disseminar práticas de responsabilidade socioambiental entre as empresas do sistema de franchising, a Associação Brasileira de

Leia mais

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO COMPARAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TIJOLO DE SOLO-CIMENTO INCORPORADO COM RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL PROVENIENTES DE CATAGUASES - MG E O RESÍDUO DE BORRA DE TINTA PROVENIENTE DAS INDÚSTRIAS PERTENCENTES

Leia mais

VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA PARA IMPLANTAÇÃO DO SES AJURICABA-RS

VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA PARA IMPLANTAÇÃO DO SES AJURICABA-RS VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA PARA IMPLANTAÇÃO DO SES AJURICABA-RS Giuliano Crauss Daronco (1) Doutor em Recursos Hídricos e Saneamento. Departamento de Ciências Exatas e Engenhariais. (DCEEng). Universidade

Leia mais

Apague velhos. Acenda uma grande. hábitos. idéia.

Apague velhos. Acenda uma grande. hábitos. idéia. Apague velhos hábitos. Acenda uma grande idéia. Crise Energética Por que todos falam em crise energética? Porque a crise energética sul-americana deixou de ser um cenário hipotético para se transformar

Leia mais

Introdução à Química Inorgânica

Introdução à Química Inorgânica Introdução à Química Inorgânica Orientadora: Drª Karla Vieira Professor Monitor: Gabriel Silveira Química A Química é uma ciência que está diretamente ligada à nossa vida cotidiana. A produção do pão,

Leia mais

UEM FACULDADE DE ENGENHARA DEMA

UEM FACULDADE DE ENGENHARA DEMA UEM FACULDADE DE ENGENHARA DEMA PROJECTO DE CURSO TEMA: projecção de um gerador de vapor para aquecer água de uma piscina AUTOR: Kapella Maria SUPREVISOR: Prof. Dr eng Jorge Nhambiu Kapella,Maria 1 EXTRUTURA

Leia mais

APROVEITAMENTO DO POTENCIAL HIDRELÉTRICO NACIONAL : Alternativas Após o Seu Esgotamento

APROVEITAMENTO DO POTENCIAL HIDRELÉTRICO NACIONAL : Alternativas Após o Seu Esgotamento Altino Ventura Filho Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético - Ministério de Minas e Energia APROVEITAMENTO DO POTENCIAL HIDRELÉTRICO NACIONAL : Alternativas Após o Seu Esgotamento Sumário

Leia mais

Apresentação Geral W2E Bioenergia. Empresa Produtos Soluções Tecnologia Diferenciais Meio Ambiente. www.w2ebioenergia.com.br

Apresentação Geral W2E Bioenergia. Empresa Produtos Soluções Tecnologia Diferenciais Meio Ambiente. www.w2ebioenergia.com.br Apresentação Geral W2E Bioenergia Empresa Produtos Soluções Tecnologia Diferenciais Meio Ambiente 1 www.w2ebioenergia.com.br 1 - A Empresa A W2E Bioenergia foi criada em 2010 tendo como base um desafio

Leia mais

WORKSHOP PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA ENERGIA NUCLEAR NA MATRIZ ELÉTRICA DO BRASIL

WORKSHOP PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA ENERGIA NUCLEAR NA MATRIZ ELÉTRICA DO BRASIL WORKSHOP PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA ENERGIA NUCLEAR NA MATRIZ ELÉTRICA DO BRASIL GESEL / SINERGIA / EDF A OPÇÃO NUCLEAR PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL Altino Ventura Filho Secretário de Planejamento

Leia mais

Os combustíveis fósseis e as energias alternativas

Os combustíveis fósseis e as energias alternativas Os combustíveis fósseis e as energias alternativas O que são combustíveis fósseis: Os combustíveis fósseis são compostos por hidrocarbonetos e são usados por exemplo como combustível. São alguns exemplos

Leia mais

rotulagem de energia eléctrica

rotulagem de energia eléctrica rotulagem de energia eléctrica ROTULAGEM DE ENERGIA ELÉCTRICA A produção e a distribuição de energia eléctrica são fundamentais para o desenvolvimento das sociedades. A rotulagem de energia eléctrica pretende

Leia mais

Recursos Energéticos e Meio Ambiente. Professor Sandro Donnini Mancini. 10 - Gás Natural. Sorocaba, Abril de 2015.

Recursos Energéticos e Meio Ambiente. Professor Sandro Donnini Mancini. 10 - Gás Natural. Sorocaba, Abril de 2015. Campus Experimental de Sorocaba Recursos Energéticos e Meio Ambiente Professor Sandro Donnini Mancini 10 - Gás Natural Sorocaba, Abril de 2015. Terminologia Líquidos de Gás Natural LGN - Hidrocarbonetos

Leia mais

QUESTÕES DE CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE AMBIENTAL. O 2(g) O 2(aq)

QUESTÕES DE CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE AMBIENTAL. O 2(g) O 2(aq) QUESTÕES DE CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE AMBIENTAL Questão 01 O agente oxidante mais importante em águas naturais é, sem a menor dúvida, o oxigênio molecular dissolvido, O 2. O equilíbrio entre o oxigênio

Leia mais

Apresentação Grupo Solví

Apresentação Grupo Solví Apresentação Grupo Solví Mesa redonda Mercado de Metano Experiência Brasileira do Grupo Solvi com Gás G s Metano O Grupo Solví Resíduos Valorização Energética Saneamento O Grupo Solví Grupo Solví Valorização

Leia mais

Química das Águas - parte 3

Química das Águas - parte 3 QUÍMICA AMBIENTAL Química das Águas - parte 3 Aula S07 - Purificação de águas poluídas (Tratamento de esgoto) Prof. Rafael Arromba de Sousa Departamento de Química UFJF 2º período de 2013 Recapitulando...

Leia mais

Aplicação de Reúso na Indústria Têxtil

Aplicação de Reúso na Indústria Têxtil Aplicação de Reúso na Indústria Têxtil 1. Indústria Têxtil Uma Abordagem Geral: Indústria têxtil tem como objetivo a transformação de fibras em fios, de fios em tecidos e de tecidos em peças de vestuário,

Leia mais

Autoclavagem. Microondas. Manejo de Resíduos Sólidos e de Serviços de Saúde Tratamento preliminar e destinação

Autoclavagem. Microondas. Manejo de Resíduos Sólidos e de Serviços de Saúde Tratamento preliminar e destinação USP Incineração Manejo de Resíduos Sólidos e de Serviços de Saúde Profa. Dra. Vera Letticie de Azevedo Ruiz 2014 1 Deve seguir a Resolução CONAMA nº 316 de 2002 Processo cuja operação seja realizada acima

Leia mais

Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Química Disciplina: Físico-Química II Professora: Claudia

Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Química Disciplina: Físico-Química II Professora: Claudia Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Química Disciplina: Físico-Química II Professora: Claudia Aluno: Julys Pablo Atayde Fernandes Células a Combustível:

Leia mais

Viagem Técnica Ecocitrus

Viagem Técnica Ecocitrus Resíduos INTERESSE ALTO Viagem Técnica Ecocitrus Central de tratamento de resíduos Compostagem e Biogás Objeto: Conhecer a central de tratamento de resíduos e o modelo de produção de biometano da Cooperativa

Leia mais

Tecnologia 100% Nacional Transformação e Recuperação Energética de Resíduos Orgânicos

Tecnologia 100% Nacional Transformação e Recuperação Energética de Resíduos Orgânicos Tecnologia 100% Nacional Transformação e Recuperação Energética de Resíduos Orgânicos Pirólise Convencional (400 C x 60 minutos x pressão atmosférica) Quantidade ano 2011 (1.000 t) Motivação (exemplo)

Leia mais

Prova de Química Resolvida Segunda Etapa Vestibular UFMG 2011 Professor Rondinelle Gomes Pereira

Prova de Química Resolvida Segunda Etapa Vestibular UFMG 2011 Professor Rondinelle Gomes Pereira QUESTÃO 01 Neste quadro, apresentam-se as concentrações aproximadas dos íons mais abundantes em uma amostra de água típica dos oceanos e em uma amostra de água do Mar Morto: 1. Assinalando com um X a quadrícula

Leia mais

Emissão Veicular de Gases de Efeito Estufa (GEE) Em Automotivos Movidos a Diesel

Emissão Veicular de Gases de Efeito Estufa (GEE) Em Automotivos Movidos a Diesel Emissão Veicular de Gases de Efeito Estufa (GEE) Em Automotivos Movidos a Diesel *MELO JUNIOR, A. S a.;gatti, L. b.; FERREIRA, P. G c.; FRUGOLLI, A. d a.universidade de São Paulo (USP)/Universidade Paulista,

Leia mais

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA. PROJETO DE LEI N o 3.986, DE 2008 I - RELATÓRIO

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA. PROJETO DE LEI N o 3.986, DE 2008 I - RELATÓRIO COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA PROJETO DE LEI N o 3.986, DE 2008 Altera dispositivos da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, e da Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, para promover a geração e o consumo

Leia mais