NOBAS DI SAUDI - N 03/09
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- Ana Carolina Palhares Caiado
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1 NOBAS DI SAUDI - N 03/09 PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL REPRESENTAÇÃO DA OMS NA GUINÉ BISSAU Um fidju na tempu de Sarampu i ca fidju - Um filho no surto de sarampo não é filho.
2 A taxa de cobertura da campanha nacional de vacinação integrada contra o Sarampo foi de 101% Mesa que presidiu a cerimónia de abertura da esquerda para direita: o Director Geral da Prevenção e Promoção da Saúde, o Representante da OMS, o Ministro da Saúde, a Represen tante do UNICEF e a Presidente do Instituto de Mulher e Criança O sarampo é uma das doenças infantis que deixou marcas inesquecíveis no seio das famílias guineenses. Citando o provérbio popular, Um fidjo na tempo di sarampo i ca fidjo ou seja ter um filho numa epidemia de sarampo é como não têlo. Este provérbio ilustra o medo que as familias têm desta doença e durante o inquérito sobre a cobertura vacinal levado a cabo em 2004, as mães tinham medo de citar o sarampo como uma das doenças infantis que podem ser evitadas pela vacinação, porque muitos acreditam que o simples facto de falar dessa doença, pode traze-la de volta. Com base nesses factos e no quadro, da implementação das estratégias de luta acelerada contra o sarampo na Guiné Bissau, foi levada a cabo em 2006 uma campanha nacional de vacinação que teve como população alvo, todas as crianças dos 6 meses aos 14 anos de idade ( ). O objectivo é baixar a incidência e mortalidade associadas ao sarampo, reduzindo significativamente a população, dos sujeitos vulneráveis à esta doença. Durante a campanha, foram vacinadas 93% da população alvo. Nos últimos dois anos ( ), a vigilância baseada no caso, permitiu notificar apenas 12 casos suspeitos cujos exames laboratoriais não confirmaram a existência do sarampo e entre eles, não se verificou nenhum óbito. No quadro da iniciativa acima mencionada, a Guiné Bissau organizou de 3 à 7 de Julho ultimo, a primeira campanha nacional de seguimento destinada à
3 O Representante da OMS durante a sua intervenção crianças da idade entre os 9 meses aos 5 anos. Tratando-se duma campanha integrada levou-se a cabo a suplementação em Vitamina A as crianças dos 6 aos 59 meses e a distribuição do Mebendazole as crianças dos 12 meses aos 5 anos Resultados da campanha Durante a campanha nacional integrada de vacinação contra o sarampo, a suplementação em vitamina A e administração do Mebendazol, foram vacinadas crianças de idade entre O Ministro da Saúde Publica vacinando uma criança 9 aos 59 meses, foram suplementadas em Vitamina A e foi administrado o Mebendazol. Estas crianças são das faixas etárias dos 6 aos 59 e 12 aos 59 meses respectivamente. Isto equivale a coberturas de 101% antisarampo, 93% vitamina A e 92% Mebendazol. ( ver gráfico n 1) Por outro lado, todas as regiões atingiram a meta estabelecida excepto o sector autónomo de Bissau, que teve 81% de cobertura global não obstante ter sido alvo de uma campanha regional de recuperação, um mês depois da campanha nacional. As possíveis causas desta fraca cobertura prendem-se com o seguinte: Sobre estimação da população alvo da capital uma vez que de acordo com os dados estatísticos do recenseamento geral da população, é inferior as estimativas aplicadas para a campanha; Mobilidade constante das populações de Bissau à região vizinha de Biombo ; O Representante da OMS vacinando uma criança A região de Biombo foi aquela que teve a maior taxa de cobertura das três intervenções e este facto pode ser parte da explicação da baixa cobertura do Sector autónomo de Bissau.
4 Cobertura Bafata Bijagos Biombo Bolama Cacheu Gabu Oio Quinara S Domingos SAB Tombali Nacional Cobertura Vitamina A Mebendazol 20 0 Bafata Bijagos Biombo Bolama Cacheu Gabu Oio Quinara S Domingos SAB Tombali Nacional
5 O Programa Nacional de Vigilância e Controlo da Qualidade de Agua para o Consumo A equipa do Ministério da Saúde Publica avaliando o estado da conservação de um dos poços melhorados financiados pela OMS na comunidade de Tite região de Quinara Apesar da abundância de água em todo o território nacional, a Guiné Bissau continua a debater-se com problemas de abastecimento em agua. Dados do inquérito de avaliação da pobreza na Guiné Bissau realizado em 2006, revelam que apenas 54% da população tem acesso a água. Isto quer dizer que o aprovisionamento em água, atinge 34% nas zonas urbanas; 36% nas zonas semiurbanas e 68% nas zonas rurais. Este estado de situação, tem a ver com o seguinte: 1. As tradicionais infraestruturas de abastecimento, poços tradicionais, furtos profundos e nascentes protegidos, continuam aquém das necessidades das populações, elas são factores imprescindíveis para a prevenção dos riscos à saude e a melhoria de qualidade de vida das populações. 2. O crescimento desordenado das cidades; 3. O deficiente sistema de saneamento básico; 4. O fraco sistema de educação ambiental. Estes factores têm impacto na qualidade dos recursos hídricos de que abastece a população. Por isso, é necessário identificar e avaliar as situações de risco para a saúde, controlar a captação e distribuição da água destinada ao consumo e a adopção de medidas necessárias para a adequação das diferentes formas de abastecimento no sentido de impedir ou reduzir a disseminação de doenças de origem hidrica.
6 Materiais e equipamentos doados pela OMS ao Laboratório Nacional de Saúde Publica para análise da qualidade de água Por estes motivos, o sector de saúde deve assumir um papel activo na vigilância e controlo da qualidade de agua produzida no pais. Neste contexto, a Representação da OMS em estreita colaboração com o Ministério da Saúde Publica e outros parceiros, desenvolveu um conjunto de directrizes técnicas para a vigilância e o controle de qualidade de agua para o consumo na Guiné Bissau a saber: Registo dos sistemas de abastecimento de água no país: Avaliação de riscos das diversas formas de abastecimento por meio de: a) Analises e informação ambiental e recursos hídricos; b) avaliação do processo de produção e distribuição de água; Directrizes Técnicas Nacionais para a Vigilância e o Controlo de Qualidade de Agua do consumo; análise do perfil epidemiológico da população, relacionando a ocorrência de agravos com o consumo de água; Norma de qualidade de agua para o consumo Estes dois importantes documentos contém um conjunto de directrizes e normas que visam avaliar o cumprimento dos padrões de potabilidade de água e dos riscos que diversas formas de abastecimento representam para a saúde humana Essas acções desenvolvem-se nos seguintes eixos: Controlo de qualidade da água para o consumo humano por meio dos parâmetros de básicos rotina ( bacterologico e físco-químico) Tendo em conta o papel do Laboratório Nacional de Saúde na vigilância e o controlo de qualidade de água, foi equipado com os materiais e reagentes e beneficiou de curso de formação de 10 técnicos na vigilância e controlo laboratorial da qualidade de água para o consumo humano com o apoio da Representação da OMS.
7 A Estratégia de Cooperação com os Países desta forma, o perfil epidemiológico do país continua a registar índices menos favoráveis. Para a elaboração desta 2a Estratégia de Cooperação Técnica , estes factores foram tomadas em consideração e uma avaliação rigorosa do contexto, foi levada a cabo por isso, esta nova Estratégica de Cooperação Técnica comporta 3 eixos principais: O reforço de parceria a favor de saúde com vista a uma coordenação eficaz das intervenções;; A melhoria do desempenho do Sistema de Saúde; A Estratégia de Cooperação Técnica com os países é um documento que orienta a cooperação técnica da OMS com os Estados membros. Com base nela, são concebidos e executados os programas bienais de Cooperação Técnica da OMS com os países. Durante a execução da Estratégia de Cooperação 1a. geração, a Representação da OMS assistiu ao Governo na elaboração de vários documentos e na implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário com destaque para a Organização do Serviço de Saúde com ênfase na formação de quadros e na participação comunitária na melhoria da sua própria saúde. A luta contra as doenças prioritárias. A implementação destes eixos far-se-ão com a participação de todos os parceiros na base de uma abordagem global e multisectorial, com o envolvimento das comunidades, onde os planos anuais de actividades serão feitos na base desta Estratégia de Cooperação. As carências organizacionais das estruturas de estado e a incapacidade de financiamento do sector de saúde, não permitiu a execução plena dos objectivos preconizados.
8 O controlo do Paludismo na Guiné Bissau A equipa técnica nacional e o consultor numa das sessões de trabalho O paludismo é um problema de Saúde Publica na Guiné Bissau, pois,é a principal causa de morbilidade e mortalidade no pais. Em 2008, foram registados casos que resultaram em 487 óbitos. As condições climáticas e geográficas favorecem a multiplicação do vector do paludismo e toda a população guineense corre o risco de ser infectada. Por isso, o combate ao paludismo constitui uma prioridade para o governo, devido ao impacto negativo que este causa no rendimento das famílias e, consequentemente na economia do país. Para melhorar a situação, a Guiné Bissau aderiu a iniciativa Fazer Recuar o Paludismo (FRP) e outras iniciativas mundiais para a redução da morbilidade e mortalidade devido ao paludismo. Neste quadro, foram elaborados os Planos Estratégicos Nacionais de luta contra o paludismo e Este último plano, reflectia as alterações mundiais das estratégias de luta contra o paludismo, adaptadas ao contexto do país como o tratamento a base de derivados de artimisinina e os testes de diagnóstico rápido. Porém, com vista a intensificar a luta contra o paludismo no quadro do movimento de parceria mundial, foi recomendado aos países de reverem os seus planos a fim de introduzirem as coberturas universais e foi nessa base que, com o apoio uma vez mais da OMS um novo Plano Estratégico foi elaborado. O objectivo geral deste plano é de contribuir para a melhoria do estado de saúde da população através da redução da morbilidade e mortalidade ligadas ao paludismo e os objectivos específicos são os seguintes: Assegurar a cobertura em 100% de Mosquiteiro Impregnado para a população; Assegurar que 95% a população utiliza o Mosquiteiro Impregnado de Insecticida sobretudo as crianças menores de 5 anos e grávidas; Assegurar a protecção de 95%% das grávidas pelo Tratamento Preventivo Intermitente conforme as directrizes nacionais; Assegurar o manejo correcto de pelo menos 95% dos casos de paludismo simples com Tratamento Combinado a base de Artimisinina nas estruturas sanitárias do país Assegurar o manejo correcto de pelo menos 95% de casos grave de paludismo a nível hospitalar; Tratar correctamente pelo menos 80% de casos simples de paludismo com os Tratamento Combinado a base de Artimisinina a nível das áreas sanitárias. O Plano Estratégico foi orçado em 19 biliões de FCFA, aproximadamente 41 milhões de dólares. Cerca de 63% do montante total orçado é atribuído ao reforço da luta anti-vectorial; 15% ao reforço do manejo de casos e 13% ao seguimento e avaliação.
9 Boletim Informativo da Representação da OMS na Guiné Bissau Número 03 Setembro 2009 «A saúde um estado de completo bem estar físico, mental e social, que não consiste apenas na ausência de doenças e enfermidades» Chefe de Publicação: Dr. Allarangar Yokouidé Representante da OMS Redactor Principal: Agostinho Sadjá Mané HIP Comité de Redacção: Dr. Inácio Alvarenga DPC Sr. Malam Dramé HEC Sra. Augusta Biai HRH Dra. Fernanda Alves MAL Dr. Sidu Biai IVD Dr. Júlio Sá Nogueira EHA Sr. Armindo Ferreira PHE Sra. Manuela Ribeiro AFA Representação da OMS na Guiné Bissau, AV. Pansau Na Isna Cx P. 177 GPN:31411 Faxe: Bissau, Guiné Bissau
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