Carta de diferenças topo-hidrográficas: zonas assoreadas/erodidas Entregável a

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1 CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO NO LITORAL ABRANGIDO PELA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO Estudo da Lagoa de Albufeira Carta de diferenças topo-hidrográficas: zonas assoreadas/erodidas Entregável a Junho 2013

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3 CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO NO LITORAL ABRANGIDO PELA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO Este relatório corresponde ao Entregável a do projeto Consultoria para a Criação e Implementação de um Sistema de Monitorização do Litoral abrangido pela área de Jurisdição da ARH do Tejo, realizado pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), para a Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. / Administração da Região Hidrográfica do Tejo (APA, I.P. /ARH do Tejo). AUTORES (1), (2) Maria da Conceição Freitas César Freire de Andrade Sandra Moreira (1), (2) (1), (2) Ana Rita Pires Tiago Silva (1), (2) (1), (3) Rita Matildes (1), (2) (1) Departamento de Geologia (FCUL) (2) Centro de Geologia da Universidade de Lisboa (3) Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia (FCUL)

4 REGISTO DE ALTERAÇÕES Nº Ordem Data Designação 1 Versão inicial 4 Entregável a

5 Componentes do estudo da Lagoa de Albufeira 3 Estudo da Lagoa de Albufeira 3.1 Estudo da dinâmica da barra de maré e das suas relações com a agitação marítima incidente e as marés Levantamentos topo-hidrográficos da barreira e sistema lagunar em situação de barra fechada Entregável a Batimetria de todo o sistema lagunar Levantamentos topo-hidrográficos da área mais próxima do canal de maré após a abertura da barra Entregável a Topo-hidrografia da área próxima do canal Cartografia das modificações morfológicas da secção da barra de maré Entregável a Cartas de diferenças entre levantamentos sucessivos Avaliação das características e modificações geométricas da secção da barra ao longo da sua existência Entregável a Perfis topográficos da secção da barra da Lagoa de Albufeira Estudo das relações entre morfologia da barra de maré e magnitude do prisma de maré lagunar, e Caracterização da evolução morfodinâmica da embocadura através de modelação Entregável a e 3.16.a Morfodinâmica da embocadura da Lagoa de Albufeira Caracterização da hidrodinâmica e das trocas entre a laguna e o mar Entregável a Caracterização das trocas entre a Lagoa de Albufeira e o mar com o modelo ELCIRC e cálculo dos tempos de residência para várias configurações da embocadura Medição das correntes de maré na barra Entregável a Séries temporais de dados de velocidade de corrente integrada na coluna de água, séries temporais de valores de velocidade de escoamento superficial Integração dos dados: modelo do comportamento morfodinâmico da barra de maré da Lagoa de Albufeira e estabelecimento das condições favoráveis à abertura da barra de maré Entregável a Síntese do comportamento morfodinâmico da barra de maré da Lagoa de Albufeira, incluindo relações empíricas específicas deste sistema e orientações conducentes à maximização da eficácia das trocas de água entre a laguna e o oceano em cada abertura artificial 3.2 Estudo e caracterização da qualidade da água no espaço lagunar baseada em parâmetros físico-químicos e biológicos (macroinvertebrados bentónicos, fitoplâncton, peixes, macrófitas) Monitorização dos parâmetros físico-químicos in situ e análises laboratoriais Monitorização dos parâmetros físico-químicos in situ Entregável a Parâmetros físico-químicos medidos in situ na Lagoa de Albufeira Análises laboratoriais Entregável a Análises laboratoriais da água da Lagoa de Albufeira Monitorização da qualidade da água das ribeiras Entregável a Qualidade da água das ribeiras afluentes à Lagoa de Albufeira Monitorização dos parâmetros biológicos Biomonitorização das ribeiras (qualidade da água e grau de stress) Entregável a Dados de poluentes e parâmetros fisiológicos das ribeiras afluentes à Lagoa de Albufeira Monitorização do fitoplâncton Entregável a Dados da monitorização do fitoplâncton na Lagoa de Albufeira Monitorização do estado da flora e da vegetação na Lagoa de Albufeira e zona envolvente Entregável Relatório com o estado da flora e da vegetação na Lagoa de Albufeira e zona envolvente Entregável a Lista das unidades de vegetação representativas da Lagoa de Albufeira e zona envolvente Entregável b Lista com a composição florística de cada unidade de vegetação Entregável c Lista de espécies da Diretiva Habitat ou por outros motivos relevantes para a conservação Entregável d Lista anotada das ameaças identificadas para a vegetação da Lagoa de Albufeira e zona Entregável a 5

6 envolvente Entregável e Índices QBR Entregável f Dados e gráficos de síntese de biomassa e parâmetros fisiológicos das macrófitas Caracterização da comunidade bentónica Entregável a Dados de caracterização da comunidade bentónica Caracterização da comunidade de peixes Entregável a Dados de caracterização da comunidade de peixes Integração de toda a informação obtida Entregável a Síntese das características físico-químicas do hidrossoma lagunar e das características biológicas do sistema 3.3 Estudo da capacidade de suporte do sistema lagunar face à atividade de miticultura ali instalada Monitorização da qualidade dos sedimentos do fundo lagunar Entregável a Contrastes texturais e composicionais decorrentes da atividade da miticultura e cartografia dos parâmetros analisados Monitorização do fitoplâncton Entregável a Monitorização do fitoplâncton Monitorização dos invertebrados bentónicos Entregável a Avaliação da influência das plataformas de mexilhão na comunidade bentónica Estudo da componente parasitológica Entregável a Relação entre a comunidade de macroparasitas e indicadores parasitológicos, e sua influência no sistema lagunar Integração da monitorização dos parâmetros físico-químicos do corpo aquoso Entregável a Monitorização dos parâmetros físico-químicos do corpo aquoso Definição da capacidade de carga da Lagoa de Albufeira para a miticultura Entregável a Definição da capacidade de carga da Lagoa de Albufeira para a miticultura 3.4 Definição das zonas de dragagem das áreas assoreadas Comparação de levantamentos topo-hidrográficos Entregável a Carta de diferenças topo-hidrográficas: zonas assoreadas/erodidas Definição da volumetria e da área a dragar Entregável a Relatório e mapa de perímetro de manchas de dragagem Realização de sondagens nas áreas a dragar Entregável a Localização e logs das sondagens, boletins dos resultados analíticos e interpretação quanto ao grau de contaminação dos sedimentos Caracterização e comparação da hidrodinâmica da lagoa em diferentes configurações Entregável a Contribuição para a definição das dragagens da embocadura da Lagoa de Albufeira Estudo de incidências ambientais nos fatores bióticos e abióticos Entregável a Estudo de incidências ambientais nos fatores bióticos e abióticos; matrizes de impacto 3.5 Definição dos locais de deposição dos dragados Avaliação de alternativas para a colocação de dragados de natureza vasosa Entregável a Avaliação de alternativas para a colocação de dragados de natureza vasosa; mapas de deposição dos dragados Avaliação de alternativas para a colocação dos dragados de natureza arenosa Entregável a Avaliação de alternativas para a colocação dos dragados de natureza arenosa; mapas de deposição dos dragados 6 Entregável a

7 Índice 1 INTRODUÇÃO METODOLOGIA RESULTADOS Evolução dos depósitos interiores Comparação entre levantamentos CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Entregável a 7

8 8 Entregável a

9 1 Introdução A Lagoa de Albufeira está situada na orla ocidental da Península de Setúbal, no concelho de Sesimbra, cerca de 20 km a sul de Lisboa. Ocupa atualmente em média uma superfície de aproximadamente 1.3 km 2 e apresenta uma geometria alongada com o eixo maior oblíquo relativamente à linha de costa, orientado SW-NE; tem um comprimento máximo de 3.5 km e uma largura máxima de 625 m. A laguna é formada por dois corpos contíguos - a Lagoa Pequena (assim designada na toponímia local) e o corpo lagunar principal a Lagoa Grande - ambos ligados por um canal estreito, sinuoso e pouco profundo. A Lagoa Grande é constituída por dois corpos elípticos, separados por duas cúspides arenosas aproximadamente simétricas, localizadas em margens opostas, sendo a da margem direita dupla. A Lagoa de Albufeira está separada do oceano por uma barreira arenosa soldada (na classificação de Davis e Fitzgerald, 2004) ancorada às praias adjacentes que com ela se alinham. A barreira apresenta orientação aproximada N-S, um comprimento de 1200 m e largura variável entre 610 m, a norte, e 430 m, a sul; é constituída por: (1) um cordão litoral propriamente dito, que engloba a praia formada por areias grosseiras, refletindo um nível energético elevado (Freitas et al., 1992; Freitas e Andrade, 1994; Freitas, 1995), uma duna frontal em diferentes estádios de evolução/degradação e depósitos de galgamento ativos; e (2) por depósitos arenosos interiores (ver Entregável a Topo-hidrografia da área próxima do canal) constituídos por bancos de areia amalgamados, originados pelo galgamento do cordão litoral em situação de barra fechada e por fragmentos de antigos deltas de enchente, acumulados em situação de barra aberta; os depósitos interiores, recortados por canais de maré ativos ou desativados, apresentam uma largura média de 250 m, verificando-se uma tendência para aumento significativo dessa largura e redução da profundidade, devido à captura de areias promovida pelos sucessivos episódios de reabertura/fecho da barra de maré (Freitas e Ferreira, 2004). Com o intuito de evitar a eutrofização do hidrossoma lagunar, todos os anos se abre artificialmente uma barra de maré nos meses de março/abril. Atualmente é realizada uma empreitada de abertura da lagoa ao mar, em que se utilizam retroescavadoras e pás mecânicas para rasgar na barreira um canal de ligação ao mar, de dimensões relativamente pequenas e cuja cota de rasto é pouco inferior à do espelho de água lagunar. A barra deve alinhar-se com a zona mais profunda da laguna e localizar-se onde o perfil do sistema praiaduna seja mais curto, simples e com cotas mais baixas, de modo a facilitar o rompimento. A localização tem variado ao longo do tempo: os canais desativados localizados a norte são testemunhos de antigas aberturas e os canais ativos (atuais) posicionam-se a sul. A ligação ao mar permanece durante um intervalo de tempo variável de poucos dias a vários meses, dependendo das condições oceanográficas, do estado inicial do corpo aquoso lagunar e da reorganização morfológica local do sistema barra de maré imediatamente após a operação Entregável a 9

10 de reabertura. A barra fecha naturalmente (barra efémera), e caracteristicamente divaga a favor da corrente de deriva litoral. A Lagoa de Albufeira recebe sedimentos: 1. do continente, por via fluvial e através da erosão das margens; 2. do mar, pela barra de maré em situação de barra aberta e por episódios de galgamento em situação de barra fechada. Os materiais continentais são constituídos por mistura de areias e vasas, ficando as primeiras depositadas nas margens lagunares e nos leques aluviais enquanto as segundas viajam para os depocentros lagunares, quer na Lagoa Pequena, quer na Lagoa Grande. Os materiais marinhos são constituídos apenas por areias que se depositam na zona da embocadura sob a forma de deltas de enchente e leques de galgamento. A Lagoa de Albufeira é o ambiente lagunar mais profundo do litoral português, com profundidades superiores a 10 m na Lagoa Grande; no entanto, quer a zona da embocadura, quer a Lagoa Pequena e ainda o canal de comunicação entre esta e a Lagoa Grande são zonas bastante assoreadas (ver Entregável a Batimetria de todo o sistema lagunar). O objetivo deste entregável é a caracterização da evolução dos fundos das zonas mais assoreadas, com base na comparação de levantamentos topo-hidrográficos. 2 Metodologia No âmbito deste projeto foi efetuado um levantamento topo-hidrográfico de todo o espaço lagunar em março de 2010 (Entregável a Batimetria de todo o sistema lagunar), incluindo a Lagoa Pequena e a zona da embocadura. A pesquisa documental efetuada, foi infrutífera na obtenção de levantamentos anteriores para a zona da Lagoa Pequena. No entanto, para a zona da embocadura obtiveram-se levantamentos efetuados em 1998, 2002, 2010 e 2011 (ver item 5.2 no Entregável a Topo-hidrografia da área próxima do canal); esta área foi novamente levantada pela equipa no âmbito deste projeto em 21 de março de 2013 (ver item 5.2 no Entregável a Topo-hidrografia da área próxima do canal). O levantamento de 2002 não tem informação altimétrica abaixo do nível médio do mar (NMM), pelo que os resultados obtidos da sua comparação com outras representações devem ser interpretados com muita prudência. O levantamento de 2013 não incluiu a Lagoa Pequena pois, devido às reduzidas taxas de sedimentação que caracterizam aquele espaço (cerca de 5 mm/ano - Freitas e Ferreira, 2004), a sua expressão morfológica seria inferior à incerteza do método. Assim, a área da Lagoa Pequena não foi objeto de comparação, podendo o levantamento efetuado em 2010 servir de referência para comparações futuras. 10 Entregável a

11 A comparação entre os diferentes Modelos Digitais de Elevação (MDE) foi efetuada em ambiente ArcGIS, recorrendo à função Minus, que fornece a diferença de cota entre dois MDE. 3 Resultados 3.1 Evolução dos depósitos interiores De acordo com Ângelo (2001), entre 1990/92 e 1996 a área dos depósitos interiores sofreu um assoreamento rápido em consequência (1) do rebaixamento do cordão litoral, facilitando a ocorrência de galgamentos, (2) da entrada da areia, através da barra de maré, acumulada no delta de enchente, e (3) por transporte eólico, essencialmente após a destruição do coberto vegetal das dunas da barreira arenosa. Deste modo, em 1996 (Figura 1) a superfície destes depósitos situava-se 3 a 4 m acima do zero hidrográfico (ZH), dificultando o estabelecimento de canais entre a laguna e o oceano (Ângelo, 2001). Figura 1. Excerto do levantamento topo-batimétrico relativo a 1996, reduzido da escala 1:5000, efetuado pela Direção Geral de Portos para o Instituto da Conservação e da Natureza (Ângelo, 2001). No âmbito do projeto Recuperação e Valorização da Lagoa de Albufeira foi definida uma área, correspondente a uma grande parte dos depósitos interiores, sujeita a rebaixamento de Entregável a 11

12 1 m; foi igualmente projetado um canal de ligação na parte sul do cordão litoral, desde a praia oceânica até ao fundo lagunar, atravessando a duna frontal e os depósitos interiores, com uma cota de rasto de 0.5 m (ZH) que deveria ser mantida em cada abertura nos primeiros anos após a sua criação (Ângelo, 2001). As dragagens efetuadas em 1996 foram responsáveis pela remoção de m 3 de areias provenientes dos depósitos interiores, que foram depositadas no cordão litoral para a construção de duna artificial; desde então a entrada de areia para o interior do espaço lagunar por galgamento do cordão litoral é esporádica e encontra-se associada apenas a eventos extremos. Contudo, em situação de barra aberta a maré oceânica propaga-se no interior da laguna, transportando areias a favor da enchente, que se depositam nas vizinhanças da boca da barra sob a forma de leques de enchente. Os sucessivos episódios de abertura/fecho da barra e a meandrização dos canais promovem a multiplicação, justaposição ou erosão destes leques, produzindo a longo prazo uma morfologia complexa da margem interna do cordão litoral, variável no tempo. As intervenções, efetuadas desde 1996, conduziram a uma alteração da morfologia da zona vestibular da Lagoa de Albufeira, principalmente no canal da embocadura e nos depósitos interiores. Levantamentos topo-batimétricos, efetuados após a abertura da Lagoa de Albufeira ao mar em 1996 e 1997, mostram que o canal tende a assorear ao longo do tempo, e evidenciam uma relação entre a diminuição das cotas dos bancos intermareais (e da praia lagunar) e o assoreamento do canal; e em 1998 foram identificados rebaixamentos significativos na praia lagunar, em alguns casos superiores a 1 m. Tais observações conduziram à hipótese de que parte do assoreamento do canal de maré é efetuado pelas areias provenientes dos bancos lagunares intermareais (Ângelo, 2001). De modo a compreender como os depósitos interiores evoluíram desde 1998, efetuou-se a análise dos MDE relativos a 1998, 2002, 2010, 2011 e 2013 relativamente à área definida como sendo representativa dos depósitos interiores. Com base na observação do MDE relativo ao ano de 1998 (Figura 2) constata-se que a superfície dos bancos interiores surge acima do nível médio do mar até 1 m de cota; os sedimentos depositados a cotas superiores a 1 m estão essencialmente associados a depósitos marginais, que no limite NW podem alcançar cotas de m. Dada a geometria e a distribuição espacial dos fundos que ocorrem entre 0.0 e 0.5 m, possivelmente estes correspondem a cicatrizes de antigos canais de maré resultantes da abertura da barra de maré em anos anteriores. Porém, o canal de maré ativo em 1998 alcançou profundidades máximas na ordem de 1.5 m; no entanto, junto ao limite sudeste da área em estudo as cotas são inferiores a -2.0 m. Em 14 de julho de 2002, como se pode observar através da fotografia aérea obtida pelo INAG 1, os bancos internos encontravam-se expostos, posicionando-se a superfície destes acima do NMM (Figura 3A). Apesar da cota máxima observada na área em estudo ser de 2.7 m, a 1 Ex-Instituto da Água, atual APA, I.P. 12 Entregável a

13 superfície dos bancos interiores propriamente ditos não tende a exceder 1 m, estando as cotas mais elevadas associadas a zonas marginais (Figura 3B e C). Entre estes depósitos arenosos observam-se as cicatrizes de diversos canais de maré, resultantes do estabelecimento da ligação entre o corpo lagunar e oceano ao longo dos anos; porém, a inexistência de informação topográfica abaixo do nível médio do mar não permitiu a estimativa da profundidade dessas mesmas cicatrizes. Entre as cicatrizes observáveis, as duas que se posicionam mais a sul estão associadas à abertura da barra de maré no ano em causa, verificando-se que uma dessas cicatrizes corta parcialmente o cordão litoral a sul da duna artificial. Imediatamente a norte deste conjunto de cicatrizes existe um outro par de cicatrizes, que aparentam ser decorrentes de uma abertura da barra de maré anterior a 2002 (e anteriores à implantação da duna artificial); porém, exibem uma configuração similar às cicatrizes dos canais de maré que se formaram em A cicatriz mais a norte, com uma orientação NW-SE, é visível na fotografia aérea de 1947, 1980, 1986 e 1989 (Figura 4, Figura 5) e na fotografia aérea oblíqua de 1991 (Figura 6) (e é inclusivamente detetada no MDE referente a 1998), devendo estar associada a uma abertura da barra de maré no extremo norte do cordão litoral, que no levantamento de Quintino (1988) é designada como Boca Velha (Figura 1, Entregável a Batimetria de todo o sistema lagunar). Figura 2. Informação topográfica relativa aos depósitos interiores em 1998 (A) e respetivos Modelos Digitais de Elevação (MDE) (B e C), sobre a fotografia aérea de Entregável a 13

14 Comparando as fotografias oblíquas de 1991, 2003 e 2004 (Figura 6, Figura 7, Figura 8) constata-se que, mesmo quando o plano lagunar se encontra mais elevado (Figura 7) é possível identificar a Boca Velha e o conjunto de cicatrizes imediatamente a sul, verificandose uma localização e configuração distinta da barra de maré entre 1991 e 2003/2004. Os canais ativos nas fotografias aéreas de 2007 a 2011 (Figura 9, Figura 10, Figura 11, Figura 12, Figura 13) desenvolvem-se ao longo do sector sul dos depósitos interiores e apresentam uma configuração idêntica, bifurcando ao longo dos depósitos interiores num canal norte e sul, que se encontram separados pelo delta de enchente, e que se unem junto ao cordão litoral, atravessando-o como um canal único. Por sua vez, no sector norte as cicatrizes antigas não aparentam alterações significativas da sua configuração/aspeto. Figura 3. Informação topográfica relativa aos depósitos interiores da Lagoa de Albufeira em 2002 (A) e respetivos Modelos Digitais de Elevação (MDE) (B e C), sobre a fotografia aérea do mesmo ano. 14 Entregável a

15 Figura 4. Cordão litoral e depósitos interiores da Lagoa de Albufeira em situação de barra aberta (Fotografia aérea de 1947). Figura 5. Sobreposição do levantamento topográfico de 2002 à escala 1:2000 com fotografias aéreas de anos anteriores. Entregável a 15

16 Figura 6. Vista para SE do cordão litoral e depósitos internos da Lagoa da Albufeira a 20 de abril de 1991 ( M.C. Freitas). No MDE dos depósitos interiores relativo a 2010 (Figura 14), que caracteriza a topografia desta morfologia em situação de barra fechada, destaca-se então no sector sul da área em estudo a cicatriz de um canal bifurcado, que se desenvolveu em resultado da abertura da laguna ao mar em 2009; do ponto de vista altimétrico, posiciona-se entre cotas de -0.5 a 0.5 m, enquanto a superfície dos bancos arenosos ocorre a cotas predominantemente compreendidas entre 0.5 m e 1 m de cota. Embora de um modo mais ténue, ainda é possível identificar na metade norte da área correspondente aos depósitos interiores as cicatrizes de antigas aberturas da laguna ao mar, que eram estabelecidas mais a norte. Cotas superiores a 1 m correspondem essencialmente ao delta de enchente, que é circunscrito pela cicatriz do canal de maré, e a zonas marginais que junto ao limite NW, onde se efetua a transição do plano de água/banco arenoso para a duna artificial implementada sobre o cordão litoral, podem alcançar cotas na ordem dos 3 m. Embora no MDE construído se observem cotas inferiores a -0.5 m, que podem alcançar profundidades de 1.5 m abaixo do nível médio do mar, estas não possuem uma expressão gráfica significativa e inclusive podem resultar de artefactos da construção do próprio MDE. Figura 7. Fotografia aérea de 2003 com vista para oeste da zona oeste da Lagoa de Albufeira. 16 Entregável a

17 Figura 8. Fotografia aérea de 2004 com vista para oeste da zona oeste da Lagoa de Albufeira (Google Earth). Figura 9. Fotografia aérea de 2007 com vista para oeste da zona oeste da Lagoa de Albufeira (Google Earth). Entregável a 17

18 Figura 10. Fotografia aérea de 2008 com vista para noroeste da zona oeste da Lagoa de Albufeira (Fonte: SIARL, 2012). Figura 11. Fotografia aérea de 2009 com vista para noroeste da zona oeste da Lagoa de Albufeira (Fonte: SIARL, 2012). Figura 12. Fotografia aérea de 15 de dezembro de 2010 com vista para noroeste da zona oeste da Lagoa de Albufeira (Fonte: SIARL, 2012). 18 Entregável a

19 Figura 13. Fotografia aérea de 6 de outubro de 2011 com vista para noroeste da zona oeste da Lagoa de Albufeira (Fonte: SIARL, 2012). Apesar do MDE da área em estudo relativo a 2011 ser parcial (Figura 15), é possível verificar que o canal ativo e as cicatrizes de canais pré-existentes ocorrem a cotas entre 0 e 1 m; a cotas superiores, entre 1 e 2 m, surge a superfície do delta de enchente e da barra arenosa longilitoral que se formou em resultado da ocorrência de deriva litoral para sul. As zonas marginais correspondem à faixa compreendida entre 1 e 2, mas que no bordo NW da área em estudo excedem a cota dos 2 m, devido a representarem uma zona de transição para a área dunar (artificial e natural). Entregável a 19

20 Figura 14. Informação topográfica relativa aos depósitos interiores da Lagoa de Albufeira em 2010 (A) e respetivos Modelos Digitais de Elevação (MDE) (B e C), sobre a ortofotomapa de Figura 15. Informação topográfica relativa aos depósitos interiores da Lagoa de Albufeira em 2011 (A) e respetivos Modelos Digitais de Elevação (MDE) (B e C), sobre a fotografia aérea do mesmo ano. 20 Entregável a

21 A 21 de março de 2013, a superfície dos bancos interiores desenvolvia-se essencialmente desde o nível médio do mar até 1 m cima deste; porém as cotas superiores a 0.5 m correspondiam essencialmente à transição para zonas marginais e ao topo dos bancos arenosos, como se pode observar no sector sul da área em estudo e que possivelmente representa o delta de enchente da barra de maré aberta em 2012 (Figura 16). Ao longo das margens terrestres NW e NE as cotas excediam os 2 m. As cicatrizes dos canais de maré préexistentes também surgem abaixo do nível médio do mar, sendo nítida a cicatriz do canal bifurcado resultante da última abertura da laguna ao mar, cuja ramificação norte se encontrava aparentemente mais entalhada, ou menos assoreada, exibindo profundidades que não tendem a exceder 1 m. A observação de cicatrizes de antigos canais, possivelmente ante- 1998, na zona norte da área correspondente aos depósitos interiores, é dificultada devido ao potencial assoreamento destas morfologias. O uso de uma escala altimétrica com espaçamento de 0.5 m, na representação da topografia dos depósitos interiores em 2013, conduz à obliteração destas cicatrizes mais antigas, só sendo possível diferenciar no extremo NW da área de estudo uma elipse, com um alongamento NW-SE de ~90 m, correspondente a uma depressão relativamente rasa (profundidade até 0.5 m) que coincide com a cicatriz da Boca Velha. Contudo, recorrendo a classes altimétricas com menor espaçamento, é possível delimitar esta característica morfológica, que se desenvolve essencialmente entre -0.7 e 0.3 m, mas cuja profundidade pode eventualmente alcançar -1.2 m. Figura 16. Informação topográfica relativa aos depósitos interiores da Lagoa de Albufeira em 2013 (A) e respetivos Modelos Digitais de Elevação (MDE) (B e C), sobre a fotografia aérea de Entregável a 21

22 3.2 Comparação entre levantamentos Considerando o MDE de 1998 como referência, efetua-se seguidamente a comparação da superfície topográfica dos depósitos interiores entre este ano e os anos de 2002, 2010, 2011 e Em 2002 verifica-se que o canal de ligação ao mar dragado em 1998 se encontrava totalmente colmatado, tendo a espessura de sedimentos alcançado os 2.5 m na zona de transição para o fundo lagunar (Figura 17). Apesar de ter ocorrido acreção de uma espessura até 1.5 m de sedimento nas margens norte e sul da laguna, verifica-se que a margem lagunar do cordão litoral foi erodida, tendo ocorrido um rebaixamento da sua superfície de até 2 m. Os canais de maré que se identificam na fotografia aérea de 2002 e respetivo MDE, são responsáveis pela remoção de pelo menos 1 m de espessura de sedimento; contudo, como não existe informação relativa à profundidade destes, a erosão que promoveram poderá ter sido mais acentuada. Figura 17. Comparação entre os Modelos Digitais de Elevação (MDE) dos depósitos interiores da Lagoa de Albufeira de 1998 e 2002 (A e B) e respetivas diferenças altimétricas (C). A diferença de cotas que se observa entre a superfície dos depósitos interiores em 2010 comparativamente a 1998, encontra-se maioritariamente compreendida entre -0.5 e 0.5 m (Figura 18). A ramificação norte do canal de maré foi a principal responsável pelo 22 Entregável a

23 rebaixamento da superfície topográfica em Ao estender-se para oeste, sobrepôs-se à antiga margem lagunar do cordão litoral e possivelmente promoveu a erosão da reentrância de areia que se alongava sobre o plano lagunar, gerando diferenças de cota na ordem dos 3 m. Por sua vez, os processos de acreção encontram-se essencialmente associados à colmatação do canal de ligação ao mar, embora também se verifiquem em zonas marginais, tendo sido responsáveis pela acumulação de uma espessura de sedimento até 3.3 m. A espessura máxima de sedimento acumulado, quer em 2002 quer em 2010, surge na zona de transição entre o canal de ligação e os fundos lagunares; deste modo, verifica-se que nessa área ocorreu a deposição de sedimento numa quantidade que permitiu a elevação da superfície topográfica em ~0.8 m. Figura 18. Comparação entre os Modelos Digitais de Elevação (MDE) dos depósitos interiores da Lagoa de Albufeira 1998 e 2010 (A e B) e respetivas diferenças altimétricas (C). A diferença de cotas entre a superfície dos depósitos interiores em 2011 relativamente a 1998, também se encontra maioritariamente compreendida entre o intervalo de -0.5 a 0.5m. Em 2011 (Figura 19), no local onde em 1998 se posicionava o canal de ligação entre a laguna e o oceano ocorreu a acumulação de uma espessura sedimento até ~2.5 m. As manchas mais significativas de zonas de acumulação de sedimento < 0.5 m encontram-se associadas ao delta de enchente existente aquando do levantamento aerofotogramétrico de 2011 e a zonas marginais. As principais manchas indicativas de erosão na superfície dos depósitos interiores ocorrem na cicatriz designada por Boca Velha, o que poderá estar associado a diferenças e a Entregável a 23

24 artefactos do método de aquisição de dados altimétricos, e ao longo da margem lagunar do cordão litoral. Contudo, neste último caso constata-se que a espessura erodida entre 1998 e 2011 é inferior comparativamente ao período , o que se deve à acumulação de uma língua longilitoral de areia associada à meandrização da barra de maré. Figura 19. Comparação entre os Modelos Digitais de Elevação (MDE) dos depósitos interiores da Lagoa de Albufeira 1998 e 2011 (A e B) e respetivas diferenças altimétricas (C). Entre 1998 e 2013 as áreas correspondentes a acreção encontram-se essencialmente associados a (Figura 20): (1) zonas marginais, embora tendencialmente as cotas não excedam 1 m; (2) ao canal de ligação dragado em 1998 até profundidades de -1.5, encontrando-se hoje em dia totalmente colmatado até aproximadamente à cota do nível médio do mar. Por sua vez, é possível identificar quatro áreas em que ocorreu rebaixamento da superfície: (1) na zona marginal sul, em que a diferença de cotas não excede -1.5 m; (2) ao longo dos canais de maré que se formaram e desenvolveram em função da abertura da laguna ao mar no ano 2012, e cujo entalhe relativamente à topografia de 1998 não ultrapassa 1.5 m, uma vez que a profundidade das cicatrizes desses canais tende a ser 1 m; (3) no sector norte da área em estudo, em que as diferenças de cota na ordem de -1.0 a -0.5 m poderão estar associadas à remobilização dos sedimentos que constituem os depósitos interiores, de modo a colmatar os canais de maré que se vão formando em consequência do estabelecimento de uma ligação entre a laguna e o oceano; e (4) na margem lagunar do cordão litoral, onde o rebaixamento de 24 Entregável a

25 cotas máximo é de ~3 m. Nesta última situação, embora a erosão de uma reentrância arenosa da margem lagunar do cordão litoral que se estendia sobre o plano lagunar já tivesse sido identificada através da comparação dos MDEs de 1998 e 2010, o posicionamento do canal de maré observável no MDE de 2013 é em parte coincidente com a localização dessa protuberância existente em 1998, e a erosão que promoveu enquanto esteve ativo acentuou o rebaixamento desta área. Figura 20. Comparação entre os Modelos Digitais de Elevação (MDE) os depósitos interiores da Lagoa de Albufeira 1998 e 2013 (A e B) e respetivas diferenças altimétricas (C). Em ambiente ArcGIS, recorrendo à ferramenta Cut Fill do 3D Analyst, determinou-se a diferença volumétrica entre os modelos digitais de elevação (MDE) dos depósitos interiores da Lagoa de Albufeira, tendo-se utilizado como situação de referência o MDE de 1998 que abrange uma área de aproximadamente m 2. Testou-se a qualidade dos resultados, repetindo as comparações e considerando como nulas todas as diferenças de elevações entre levantamentos sucessivos inferiores a 0.2 m. Obtiveram-se diferenças de 1 a 7 % nos balanços volumétricos residuais. Em 2002 (Figura 21, Tabela 1), de modo geral houve uma perda volumétrica de m 3 nos depósitos interiores da Lagoa de Albufeira; este saldo corresponde a m 3 de erosão (ocorrida em 74 % da área analisada), o dobro da acumulação (37000 m 3, afetando 26 % da superfície monitorizada) verificada nestes 4 anos. A omissão de informação altimétrica abaixo do NMM no levantamento de 2002 potencia os resultados obtidos para a erosão e minimiza as Entregável a 25

26 acumulações, pelo que o saldo negativo acima referido deve ser encarado com muita prudência. Em 2010 (Figura 21, Tabela 1), o balanço volumétrico é agora positivo e totaliza m 3. Este saldo resulta de erosão de ~32200 m 3 (33 % da área) e ganho de ~73100 m 3 (67 % da área) em 12 anos. Dado o MDE de 2011 não abranger toda a área correspondente aos depósitos interiores, só foi possível estimar a variação volumétrica relativamente a 1998 em 67 % da área. Ocorreram, neste domínio mais restrito, ganhos de m 3 (em 55 % da área) e perdas de m 3, contribuindo para ganho volumétrico líquido de m 3 dos depósitos internos (Figura 21, Tabela 1). A extrapolação linear destes resultados para um domínio semelhante ao dos outros levantamentos, sugere um balanço de m 3 (40400 m 3 removidos e m 3 depositados). Em 2013 (Figura 21, Tabela 1), o volume de sedimento que se acumulou em 23 % da área (26400 m 3 ) é quatro vezes inferior ao volume de sedimento erodido ( m 3, em 77 % da superfície) indicando uma perda líquida de m 3 relativamente a A esta variação corresponde um valor médio de rebaixamento de 34 cm ou seja, uma taxa de rebaixamento médio de 2 cm/ano. Figura 21. Variação volumétrica dos depósitos interiores da Lagoa de Albufeira (verde: ganho volumétrico; vermelho: perda volumétrica) em 2002, 2010, 2011 e 2013 comparativamente à situação de referência (MDE 1998). 26 Entregável a

27 Tabela 1. Volume acumulado e erodido, e respetivas áreas, nos depósitos interiores da Lagoa de Albufeira em 2002, 2010, 2011 e 2013 relativamente a Volume Área Volume Área Volume Área Volume Área Acreção Inalterado Erosão Total Acreção / Erosão Conclusões As variações morfológicas dos depósitos interiores da Lagoa de Albufeira observadas em 2002, 2010, 2011 e 2013 relativamente a 1998 correspondem a perdas e ganhos volumétricos da ordem de 10 4 m 3. Estas variações não configuram uma tendência persistente, parecendo associar-se à variabilidade interanual do forçamento oceanográfico. No entanto, as variações mais intensas ocorreram entre 2010 e 2013, quando a taxa de variação volumétrica anual rondou os m 3 /ano. Os dados obtidos sugerem que a retenção volumétrica em 2013 é inferior à observada em 1998, cerca de 1 ano após a operação de dragagem de um domínio físico semelhante ao que aqui se analisou. A esta variação corresponde um valor médio de rebaixamento de 34 cm ou seja, uma taxa de rebaixamento médio de 2 cm/ano. As principais variações morfológicas (e volumétricas) associam-se à colmatação de canais antigos e redefinição de canais novos em consequência da morfodinâmica em situação de barra aberta. Os elementos disponíveis não configuram um contexto de assoreamento persistente do domínio estudado neste intervalo de tempo. A intervenção de dragagem em 1996 pretendeu rebaixar os fundos de cotas 1 a 2 m NMM para cotas de 0 a 1 m NMM, rebaixamento que efetivamente aconteceu como se depreende do levantamento de Em 2013 a cota da generalidade dos fundos está mais baixa. Dada a elevada variabilidade do sistema, a pequena magnitude das diferenças encontradas nos últimos 15 anos e a resolução espacial dos levantamentos existentes, seria de todo conveniente estender a aquisição de dados topobatimétricos de modo a obter uma base de dados mais longa. Entregável a 27

28 5 Referências bibliográficas Ângelo, C Técnicas de protecção e de conservação da zona costeira - Uma estratégia de gestão operacional. Tese de Mestrado apresentada à Universidade de Lisboa, 168 pp. Davis, R. e Fitzgerald, D Beaches and coasts. Blackwell Science, 419 pp. Freitas, M.C A Laguna de Albufeira (Península de Setúbal) Sedimentologia, Morfologia e Morfodinâmica. Dissertação apresentada à Universidade de Lisboa para a Obtenção do grau de Doutor em Geologia, na especialidade de Geologia do Ambiente. Lisboa, 337 pp. Freitas, M.C. e Andrade, C Tidal inlet evolution and hydraulic characteristics at Albufeira lagoon. Proceedings, Littoral 94 - Eurocoast - Second International Symposium, vol. I, Freitas, M.C., Andrade, C. e Jones, F Recent evolution of Óbidos and Albufeira coastal lagoons. Proceedings, International Coastal Congress, ICC'92, Kiel, Freitas, M.C. e Ferreira, T Lagoa de Albufeira. Geologia. Instituto da Conservação da Natureza, Centro de Zonas Húmidas, Quintino, V Structure et cinétique comparées des communautés de macrofaune bentique de deux systèmes lagunaires de la côte ouest du Portugal: Obidos et Albufeira. These de Doctorat de l'université Paris VI, 333 pp. SIARL, Sistema de Administração do Recurso Litoral CustomPages/Search.aspx (acedido em março de 2012). 28 Entregável a

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