Contrato de Empreitada de Construção de Casas de Turismo Rural em Trevões

Transcrição

1 Contrato de Empreitada de Construção de Casas de Turismo Rural em Trevões ENTRE: Primeiro: Centro Social e Paroquial de Trevões, NIPC , com sede na Rua Fonte do Concelho, , aqui representado por Pe. Amadeu da Costa e Castro, NIC , na qualidade de presidente da direção, doravante identificada simplesmente por CSPT, e Segundo: João Augusto Pinto Aveleira & Filhos, Lda., NIPC , com sede na Rua Padre Américo, Bloco 14, R/C Dto Castro Daire, neste ato representada por João Carlos Costa Pinto, portador do B. I. n.º , emitido em 12/12/2003 pelo A.I. de Viseu e válido até 12/11/2104, NIF , residente na Rua Nova, 1 Cetes Pinheiro, na qualidade de representante legal, com poderes para obrigar, doravante identificado simplesmente por JAPAF. Considerando que: a) O CSPT promoveu o procedimento por ajuste direto para a empreitada de Construção de Casas de Turismo Rural; b) O CSPT, no seguimento do Relatório Final de ordenação das propostas, em reunião de direção de 13/11/2013 deliberou adjudicar esta empreitada à proposta subscrita e apresentada pela JAPAF; c) O CSPT aprovou a minuta do presente contrato em reunião de direção de 25/11/2013 e a JAPAF aprovou a mesma minuta em 29/11/2013; d) A JAPAF entregou ao CSPT, cópia das apólices dos seguros exigidos pela lei e pelo caderno de encargos, bem como documento comprovativo da prestação da caução; É celebrado o presente contrato de empreitada, que se regerá pelos termos e condições constantes dos artigos seguintes, que os contraentes livremente estipulam e reciprocamente aceitam. Artigo 1.º Objeto do contrato 1 O objeto do contrato de empreitada consiste na execução, pela JAPAF, dos trabalhos da empreitada de Construção de Casas de Turismo Rural, nos termos e condições jurídicas e técnicas constantes dos documentos que instruem o processo do ajuste direto para a execução da dita empreitada, e que integram o âmbito do presente contrato. 2 A empreitada envolve a execução de trabalhos diversos, de acordo com o convite à apresentação de proposta, caderno de encargos e proposta apresentada pelo Empreiteiro. 1

2 3 Os trabalhos de empreitada desenrolar-se-ão de harmonia com o projeto patenteado no procedimento por ajuste direto, nos termos e condições constantes da proposta da JAPAF, e obedecerão ao prescrito no caderno de encargos e nas diferentes peças que integram o referido procedimento. 4 Consideram-se incluídos no objeto da empreitada todos os trabalhos e fornecimentos necessários, preparatórios ou complementares à execução dos trabalhos dados aqui de empreitada. 5 A natureza, espécie, quantidade, ritmo de execução e valor dos trabalhos de empreitada encontram-se definidos nos documentos que, nos termos do artigo 2.º do presente título, fazem parte integrante do contrato. Artigo 2.º Âmbito do contrato 1 Fazem parte integrante do contrato, para além do presente título contratual, os documentos seguintes, que se dão aqui por integralmente reproduzidos: a) A proposta da JAPAF, datada de 31/10/2013 e respetiva lista de preços unitários; b) O caderno de encargos; c) O projeto; d) O convite à apresentação de proposta. 2 As regras de interpretação dos documentos que integram o âmbito do contrato estão definidas na Cláusula 3.ª do Caderno de Encargos. 3 As alterações ao objeto do presente contrato, entendido nos termos previstos nos números anteriores, serão, sob pena de nulidade, lavradas em documento escrito e assinado pelo CSPT e pela JAPAF e, só então, passarão a integrar o âmbito do contrato. 4 Em caso de dúvidas prevalece em primeiro lugar o texto do presente contrato, seguidamente o caderno de encargos e em último lugar a proposta que foi apresentada pela JAPAF. Artigo 3.º Preço da empreitada 1 Pela execução dos trabalhos de empreitada, nos termos do n.º 1, artigo 1.º, do presente título contratual, a JAPAF será retribuída segundo o regime de preço global. 2 O preço total global de execução dos trabalhos de empreitada é de ,00 (duzentos e vinte e nove mil e quinhentos euros), acrescidos do valor do Imposto sobre o Valor Acrescentado à taxa legal em vigor. 3 Em todos os pagamentos a realizar à JAPAF será liquidado o Imposto sobre o Valor Acrescentado, calculado à taxa legal em vigor. Artigo 4.º Condições de pagamento 1 Pela execução da empreitada e pelo cumprimento das demais obrigações decorrentes do contrato, deve o CSPT pagar à JAPAF a quantia constante na proposta, acrescida de IVA à taxa legal em vigor. 2

3 2 Os pagamentos a efetuar pelo CSPT têm uma periodicidade mensal, sendo o seu montante determinado por medições mensais a realizar de acordo com o disposto na cláusula 18.ª do caderno de encargos. 3 Os pagamentos são efetuados no prazo máximo de 60 dias após a apresentação da respectiva fatura, conforme disposto no n.º 2 do artigo 299.º do Código dos Contratos Públicos, em anexo ao Decreto-Lei n.º 18/2008 de 29 de Janeiro e adiante designado por CCP. 4 As faturas e os respetivos autos de medição são elaborados de acordo com o modelo e respetivas instruções fornecidos pelo diretor de fiscalização da obra. 5 Cada auto de medição deve referir todos os trabalhos constantes do plano de trabalhos que tenham sido concluídos durante o mês, sendo a sua aprovação pelo diretor de fiscalização da obra condicionada à realização completa daqueles. 6 No caso de falta de aprovação de alguma factura em virtude de divergências entre o diretor de fiscalização da obra e a JAPAF quanto ao seu conteúdo, deve aquele devolver a respetiva fatura à JAPAF, para que este elabore uma fatura com os valores aceites pelo diretor de fiscalização da obra e uma outra com os valores por este não aprovados. 7 O pagamento dos trabalhos a mais é feito nos termos previstos nos números anteriores, mas com base nos preços que lhes forem, em cada caso, especificamente aplicáveis, nos termos do artigo 373.º do CCP. Artigo 5.º Prazos de execução da empreitada 1 A JAPAF obriga-se a: a) Iniciar a execução da obra na data do auto de consignação da obra ou na data em que o CSPT comunique à JAPAF a aprovação do plano de segurança e saúde, caso esta última data seja posterior; b) Cumprir todos os prazos parciais vinculativos de execução previstos no plano de trabalhos em vigor; c) Concluir a execução da obra e solicitar a realização de vistoria da obra para efeitos da sua recepção provisória no prazo de 240 dias a contar da data da sua consignação. 2 No caso de se verificarem atrasos injustificados na execução de trabalhos em relação ao plano de trabalhos em vigor, imputáveis à JAPAF, esta é obrigada, a expensas suas, a tomar todas as medidas de reforço de meios de ação e de reorganização da obra necessárias à recuperação dos atrasos e ao cumprimento do prazo de execução. 3 Em nenhum caso serão atribuídos prémios à JAPAF. Artigo 6.º Multas por violação dos prazos contratuais 1 Em caso de atraso no início ou na conclusão da execução da obra por facto imputável à JAPAF, o CSPT pode aplicar uma sanção contratual, por cada dia de atraso, em valor correspondente a 1 do preço contratual. 3

4 2 No caso de incumprimento de prazos parciais de execução da obra por facto imputável à JAPAF, é aplicável o disposto no n.º 1, sendo o montante da sanção contratual aí prevista reduzido a metade. 3 A JAPAF tem direito ao reembolso das quantias pagas a título de sanção contratual por incumprimento dos prazos parciais de execução da obra quando recupere o atraso na execução dos trabalhos e a obra seja concluída dentro do prazo de execução do contrato. Artigo 7.º Deveres de informação 1 Cada uma das partes deve informar de imediato a outra sobre quaisquer circunstâncias que cheguem ao seu conhecimento e que possam afectar os respectivos interesses na execução do contrato, de acordo com as regras gerais da boa fé. 2 Em especial, cada uma das partes deve avisar de imediato a outra de quaisquer circunstâncias, constituam ou não força maior, que previsivelmente impeçam o cumprimento ou o cumprimento tempestivo de qualquer uma das suas obrigações. 3 No prazo de dez dias após a ocorrência de tal impedimento, a parte deve informar a outra do tempo ou da medida em que previsivelmente será afetada a execução do contrato. Artigo 8.º Subcontratação e cessão da posição contratual 1 A JAPAF pode subcontratar as entidades identificadas na proposta adjudicada, desde que se encontrem cumpridos os requisitos constantes dos n.ºs 3 e 6 do artigo 318.º do CCP. 2 O CSPT apenas pode opor-se à subcontratação na fase de execução quando não estejam verificados os limites constantes do artigo 383.º do CCP, ou quando haja fundado receio de que a subcontratação envolva um aumento de risco de incumprimento das obrigações emergentes do contrato. 3 Todos os subcontratos devem ser celebrados por escrito e conter os elementos previstos no artigo 384.º do CCP, devendo ser especificados os trabalhos a realizar. 4 A JAPAF obriga-se a tomar as providências indicadas pelo director de fiscalização da obra para que este, em qualquer momento, possa distinguir o pessoal da JAPAF do pessoal dos subempreiteiros presentes na obra. 5 O disposto nos números anteriores é igualmente aplicável aos contratos celebrados entre os subcontratados e terceiros. 6 No prazo de cinco dias após a celebração de cada contrato de subempreitada, a JAPAF, nos termos do n.º 3 do artigo 385.º do CCP, deve comunicar por escrito o facto ao CSPT, remetendo-lhe cópia do contrato em causa. 7 A responsabilidade pelo exato e pontual cumprimento de todas as obrigações contratuais é da JAPAF, ainda que as mesmas sejam cumpridas por recurso a subempreiteiros. 4

5 8 A cessão da posição contratual por qualquer das partes depende da autorização da outra, sendo em qualquer caso vedada nas situações previstas no n.º 1 do artigo 317.º do CCP. Artigo 9.º Cessão de Créditos 1 Sempre que a JAPAF ceda a terceiros créditos da presente empreitada, deve dar conhecimento desse facto e por escrito ao CSPT, com a identificação do cessionário e das facturas a que respeita essa cedência, nas quais deverá sempre ser averbada essa declaração de cessão do respetivo crédito. Artigo 10.º Erros ou omissões do projecto e de outros documentos 1 A JAPAF deve comunicar ao diretor de fiscalização da obra quaisquer erros ou omissões dos elementos da solução da obra por que se rege a execução dos trabalhos, bem como das ordens, avisos e notificações recebidas. 2 A JAPAF tem a obrigação de executar todos os trabalhos de suprimento de erros e omissões que lhe sejam ordenados pelo CSPT, o qual deve entregar à JAPAF todos os elementos necessários para esse efeito. 3 Só pode ser ordenada a execução de trabalhos de suprimento de erros e omissões quando o somatório do preço atribuído a tais trabalhos com o preço de anteriores trabalhos de suprimento de erros e omissões e de anteriores trabalhos a mais não exceder 50% do preço contratual. 4 O CSPT é responsável pelos trabalhos de suprimento dos erros e omissões resultantes dos elementos que tenham sido por si elaborados ou disponibilizados ao empreiteiro. 5 A JAPAF é responsável por metade do preço dos trabalhos de suprimentos de erros ou omissões cuja detecção era exigível na fase de formação do contrato nos termos previstos nos n.ºs 1 e 2 do artigo 61.º do CCP, excepto pelos que hajam sido identificados pelos concorrentes na fase de formação do contrato mas que não tenham sido expressamente aceites pelo CSPT. 6 A JAPAF é ainda responsável pelos trabalhos de suprimento de erros e omissões que, não sendo exigível a sua detecção na fase de formação dos contratos, também não tenham sido por ele identificados no prazo de 30 dias a contar da data em que lhe fosse exigível a sua deteção. Artigo 11.º Patentes, licenças, marcas de fabrico ou de comércio e desenhos registados 1 Correm inteiramente por conta da JAPAF os encargos e responsabilidades decorrentes da utilização na execução da empreitada de materiais, de elementos de construção ou de processos de construção a que respeitem quaisquer patentes, licenças, marcas, desenhos registados e outros direitos de propriedade industrial. 5

6 2 No caso de o CSPT ser demandada por infração na execução dos trabalhos de qualquer dos direitos mencionados no número anterior, a JAPAF indemniza-a por todas as despesas que, em consequência, deva suportar e por todas as quantias que tenha de pagar, seja a que título for. Artigo 12.º Execução simultânea de outros trabalhos no local da obra 1 O CSPT reserva-se o direito de executar ele próprio ou de mandar executar por outrem, conjuntamente com os da presente empreitada e na mesma obra, quaisquer trabalhos não incluídos no contrato, ainda que sejam de natureza idêntica à dos contratados. 2 Os trabalhos referidos no número anterior são executados em colaboração com o director de fiscalização da obra, de modo a evitar atrasos na execução do contrato ou outros prejuízos. 3 Quando a JAPAF considere que a normal execução da empreitada está a ser impedida ou a sofrer atrasos em virtude da realização simultânea dos trabalhos previstos no n.º 1, deve apresentar a sua reclamação no prazo de dez dias a contar da data da ocorrência, a fim de serem adoptadas as providências adequadas à diminuição ou eliminação dos prejuízos resultantes da realização daqueles trabalhos. 4 No caso de verificação de atrasos na execução da obra ou outros prejuízos resultantes da realização dos trabalhos previstos no n.º 1, a JAPAF tem direito à reposição do equilíbrio financeiro do contrato, de acordo com os artigos 282.º e 354.º do CCP, a efectuar nos seguintes termos: a) Prorrogação do prazo do contrato por período correspondente ao do atraso eventualmente verificado na realização da obra, e; b) Indemnização pelo agravamento dos encargos previstos com a execução do contrato que demonstre ter sofrido. Artigo 13.º Caução 1 A JAPAF garante, por garantia bancária, o bom e tempestivo cumprimento das obrigações que assume com a celebração do contrato, correspondente a 5 % do valor do contrato de empreitada. 2 A JAPAF prestou caução no valor de ,00 (onze mil, quatrocentos e setenta e cinco euros), mediante garantia bancária n.º , emitida em 28/11/2013, pelo Millennium BCP. 3 O CSPT poderá recorrer à caução, independentemente de decisão judicial, nos casos em que a JAPAF não pague nem conteste, no prazo legal, as multas contratuais aplicadas ou não cumpra as obrigações líquidas e certas. 4 Verificando-se a situação prevista no número anterior, a JAPAF deve imperativamente, no prazo de 8 (oito) dias, reforçar a caução na exacta medida em que ela tiver sido quebrada. 5 Todas as despesas derivadas da prestação da caução correm por conta da JAPAF. 6

7 Artigo 14.º Seguros 1 O empreiteiro apresentou apólice de seguro de responsabilidade civil, representado pela Apólice n.º 90288, da companhia de seguros Allianz, até ao montante de ,00 (setecentos e cinquenta mil euros), cuja validade deverá ser mantida até a conclusão dos trabalhos; 2 No que se refere ao seguro de obra, previsto no caderno de encargos, a sua apresentação deverá ser efetuada até à data da consignação da obra e a sua validade deverá ser mantida até a conclusão dos trabalhos; Artigo 15.º Prazos de garantia 1 O prazo de garantia varia de acordo com os seguintes tipos de defeitos: a) 10 (dez) anos para os defeitos que incidam sobre elementos construtivos estruturais; b) 5 (cinco) anos para os defeitos que incidam sobre elementos construtivos não estruturais ou instalações; c) 2 (dois) anos para os defeitos que incidam sobre equipamentos afectos à obra, mas dela autonomizáveis. 2 Caso tenham ocorrido receções provisórias parcelares, o prazo de garantia fixado nos termos do número anterior é igualmente aplicável a cada uma das partes da obra que tenham sido recebidas pelo CSPT. 3 Excetuam-se do disposto no n.º 1 as substituições e os trabalhos de conservação que derivem do uso normal da obra ou de desgaste e depreciação normais consequentes da sua utilização para os fins a que se destina. Artigo 16.º Rescisão 1 O presente contrato poderá ser rescindido, pelo CSPT ou pela JAPAF, nos casos previstos pela lei. Artigo 17.º Foro competente 1 Para resolução de todos os litígios decorrentes do contrato fica estipulada a competência do Tribunal Administrativo de Círculo de Viseu, com expressa renúncia a qualquer outro. Artigo 18.º Regime Jurídico 1 Na execução do contrato observar-se-á o disposto no Decreto-Lei nº 18/2008, de 29 de Janeiro, bem como todas as normas que respeitem à construção, segurança, 7

8 higiene e saúde no trabalho, aprovadas pelo Decreto-Lei nº 273/2003, de 29 de Outubro, e demais legislação aplicável. Artigo 19.º Disposições finais 1 A JAPAF fez prova que tem a sua situação contributiva regularizada perante a Segurança Social, bem como a sua situação tributária regularizada perante a Autoridade Tributária e Aduaneira, conforme certidões que entregou e que ficam juntas ao processo. 2 Fazem parte do processo os seguintes documentos que se encontram arquivados na Plataforma Eletrónica a) Proposta do Empreiteiro datada de 31/10/2013; b) Projeto; c) Convite à Apresentação de Proposta; d) Caderno de Encargos; e) Declarações passadas pelo Instituto de Segurança Social, I. P., em 22/11/2013; f) Certidão passada pela Autoridade Tributária e Aduaneira, em 21/11/2013; g) Certificado de Classificação de Empreiteiro e de Obras Públicas válido até 31/01/2014; h) Registos Criminais emitidos em 26/11/ A presente empreitada resultou de um ajuste direto executado nos termos do Decreto-Lei nº 18/2008, de 29 de Janeiro e a adjudicação foi efetuada pela direção do CSPT que aprovou a minuta do presente contrato. Fica o presente contrato escrito em oito páginas que estão devidamente numeradas, rubricadas e assinadas pelos outorgantes, sendo fornecida cópia autenticada à JAPAF. Trevões, 02 de dezembro de 2013 Pelo Primeiro Outorgante, Pelo Segundo Outorgante, 8