C Â M A R A M U N I C I P A L D E M O U R A 7860 MOURA

Transcrição

1 CONCURSO PÚBLICO PARA A CONCESSÃO DO DIREITO DE EXPLORAÇÃO DO QUIOSQUE (BAR) DO JARDIM DOUTOR SANTIAGO, EM MOURA CADERNO DE ENCARGOS 1. DISPOSIÇÕES GERAIS: 1.1. ENTIDADE CONCEDENTE: A entidade concedente é o Município de Moura, pessoa coletiva com o NIPC , com sede na Praça Sacadura Cabral, Moura, telefone e endereço de correio eletrónico cmmoura@cm moura.pt 1.2. OBJETO DO PROCEDIMENTO: O presente Caderno de Encargos compreende as cláusulas a incluir no contrato a celebrar na sequência do procedimento pré contratual que tem por objeto a concessão do direito de exploração de um quiosque (bar e esplanada) no Jardim Doutor Santiago, em Moura DISPOSIÇÕES E CLÁUSULAS POR QUE SE REGE A EXECUÇÃO DO CONTRATO: Na execução do contrato abrangida pelo presente concurso observar se ão: a) As cláusulas do contrato e o estabelecido em todos os documentos que dele fazem parte integrante; b) O Código dos Contratos Públicos e a restante legislação aplicável com ele conexo ou complementar; c) A legislação aplicável, nomeadamente a que respeita ao regime jurídico das atividades da concessão Para os efeitos estabelecidos na alínea a) consideram se integrados no contrato os suprimentos dos erros e omissões do caderno de encargos expressamente aceites pelo órgão competente para a decisão de contratar, os esclarecimentos e retificações relativos ao caderno de encargos e os restantes elementos patenteados em concurso, a proposta do adjudicatário bem como os esclarecimentos sobre a proposta adjudicada prestados pelo adjudicatário.

2 2. PRAZO RESGATE E TRANSMISSÃO: 2.1. A concessão terá o prazo de cinco anos com início no dia 1 de Junho de 2015 e término em 30 de Setembro de A partir do terceiro ano, por motivos de força maior ou decorrentes do interesse público devidamente fundamentados, o Município de Moura terá o direito de resgate contra o pagamento de indemnização ao concessionário, calculada nos termos legais Por morte do ocupante e com dispensa de quaisquer formalidades ou encargos será feito o averbamento da transmissão da concessão ao cônjuge sobrevivo não separado judicialmente de pessoas e bens e, na sua falta ou desinteresse, aos descendentes, se aquele ou estes ou os seus legais representantes assim o requererem nos sessenta dias seguintes ao óbito, juntando para o efeito os documentos legalmente exigidos. 3. INÍCIO DE TERMO DA EXPLORAÇÃO: 3.1. O início e termo da exploração ocorrem de 1 de Junho a 30 de Setembro durante os cinco anos da concessão do quiosque A concessão cessa uma vez verificada todas as condições contratuais que presidiram à sua execução Com o termo da concessão, o concessionário entregará ao Município de Moura as instalações concessionadas no mínimo nas condições em que o conjunto lhe foi entregue na data da celebração do contrato escrito, incluindo todas as benfeitorias entretanto ali efetuadas, sem direito a qualquer indemnização. 4. PAGAMENTOS:

3 4.1. Pela exploração do quiosque, objeto do presente concurso, será efetuado o pagamento ao Município de Moura de um valor mensal de 750,00 (setecentos e cinquenta euros) O valor base da proposta é de 1250,00 (mil duzentos e cinquenta euros) devendo o interessado, na proposta que apresentar, propor um valor superior a pagar pelo direito de exploração do espaço O pagamento mensal referido no ponto 4.1. será atualizado, anualmente, com efeitos a partir de Janeiro, em função do valor da inflação verificada pelo Instituto Nacional de Estatística no ano anterior Os pagamentos deverão ser efetuados até ao oitavo dia do mês seguinte àquele a que diz respeito O pagamento deve ser efetuado mediante transferência bancária ou pagamento na Tesouraria da Câmara Municipal de Moura Por cada dia de atraso no pagamento nos termos referidos no número supra, são aplicados, sobre o valor em dívida, juros de mora a uma taxa igual à taxa Euribor acrescida de 3,5 pontos percentuais. A partir do 18º dia de atraso o Município de Moura pode optar pela cessação da concessão. 5. OBRIGAÇÕES PRINCIPAIS DO CONCESSIONÁRIO: 5.1. Sem prejuízo de outras obrigações previstas na legislação aplicável, no presente caderno de encargos ou nas cláusulas contratuais, da celebração do contrato decorrem para o concessionário as seguintes obrigações: a) As licenças, contribuições devidas ao Estado, ao Município de Moura ou a outras entidades; b) As obrigações legais perante o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social e as relativas à legislação do trabalho; c) Efetuar o pagamento do consumo de energia elétrica; d) Adquirir o mobiliário e equipamentos para o quiosque; e) Manter a limpeza e a segurança do espaço da exploração; f) Respeitar os horários de funcionamento que devem conformar se com o horário de funcionamento do Jardim Doutor Santiago; g) Ter patente ao público a tabela de preços;

4 h) Fornecer talão ou fatura dos produtos fornecidos; i) Ter afixado a indicação de que o estabelecimento possui Livro de Reclamações No desenvolvimento da atividade não poderão os concessionários proceder à adulteração dos elementos tal como aprovados. 6. SEGUROS: Para além dos seguros obrigatórios nos termos da legislação em vigor, o concessionário deve celebrar e manter em vigor, sem qualquer encargo para o Município de Moura, os seguintes seguros, válidos até ao fim da concessão: a) Acidentes de trabalho, conforme legislação em vigor, cobrindo todo o pessoal ao seu serviço na execução da concessão. b) Responsabilidade civil automóvel, conforme legislação em vigor, para todas as viaturas automóveis que sejam utilizadas no âmbito da exploração. c) Responsabilidade civil de exploração, cujas garantias devem abranger danos patrimoniais causados a terceiros e/ou equipamentos e outros danos causados pelo pessoal ou pelas pessoas sob a sua direção. d) Seguro de acidentes pessoais. 7. PESSOAL: 7.1. São da exclusiva responsabilidade do concessionário todas as obrigações relativas ao pessoal empregado na exploração, à sua aptidão profissional e à sua disciplina, bem como ao cumprimento da legislação laboral O concessionário compromete se a respeitar e fazer respeitar todas as normas vigentes em matéria de entrada, permanência e trabalho, permanente ou eventual e ainda que não remunerado, os trabalhadores estrangeiros em território nacional.

5 7.3. O concessionário é responsável por todos os encargos sociais e descontos estabelecidos na legislação em vigor, relativa ao pessoal que tiver ao seu serviço O concessionário obriga se a ter patente, nas instalações da exploração, o horário de trabalho em vigor O concessionário deve ter sempre nas instalações da exploração, à disposição dos interessados, o texto dos contratos coletivos de trabalho aplicáveis O concessionário é obrigado a pagar ao pessoal empregado na exploração, salários não inferiores à tabela de salários mínimos em vigor O concessionário é obrigado a manter a boa ordem no local da exploração O concessionário é obrigado a cumprir e fazer cumprir a legislação relativa à segurança, higiene e saúde no trabalho. 8. ATOS E DIREITOS DE TERCEIROS. PERDAS E DANOS O concessionário é o único responsável pelas indemnizações por perdas e danos e despesas resultantes de prejuízos pessoais, de doenças, de impedimentos permanentes e temporários ou morte, decorrentes ou relacionados com a execução da exploração; estas indemnizações e despesas abrangerão obrigatoriamente terceiros em atuação no local da exploração, incluindo o próprio Município de Moura O concessionário é o único responsável pela reparação e indemnização de todos os prejuízos sofridos por terceiros, incluindo o próprio Município de Moura, até à receção da exploração, designadamente os prejuízos materiais resultantes: a) Da atuação do pessoal do concessionário; b) Do deficiente comportamento dos equipamentos; c) Do impedimento de utilização O concessionário é o único responsável pela cobertura dos riscos resultantes de circunstâncias fortuitas e/ou imprevisíveis.

6 9. EQUIPAMENTOS: 9.1. Constituem encargos do concessionário os custos com a utilização de máquinas, aparelhos, utensílios, ferramentas, bem como todos os encargos com a manutenção e/ou substituição dos equipamentos existentes, manutenção e/ou melhoria nas instalações concessionadas, em tudo indispensável à boa execução da exploração O equipamento afeto à exploração e referido na cláusula anterior deve satisfazer, quer quanto às suas características quer quanto ao seu funcionamento, o estabelecido nas leis e regulamentos de segurança em vigor No ato de entrega do espaço da exploração, será feito um inventário de todo o património existente, propriedade do Município, ficando o concessionário responsável pela sua conservação, manutenção e substituição e como seu fiel depositário. 10. FISCALIZAÇÃO: O Município de Moura tem o direito de exercer a fiscalização da exploração, nomeadamente para verificar se o adjudicatário está a cumprir as condições da concessão O concessionário fica obrigado a facultar a entrada no quiosque a todos os representantes da Câmara Municipal de Moura em serviço de fiscalização e a proporcionar lhe todos os elementos que solicitem para que se documentem sobre a forma como o contrato está a ser cumprido Para o efeito dos números anteriores, o Município de Moura dará instruções ao concessionário, far lhe á avisos e notificações e praticará os demais atos necessários A exploração e o concessionário ficam também sujeitos à fiscalização que, em virtude de legislação especial, incumba a outras entidades. 11. SUSPENSÃO DA EXPLORAÇÃO: O adjudicatário apenas pode suspender a exploração quando tal resulte de:

7 a) Ordem ou autorização escrita do Município de Moura ou dos seus agentes ou de facto que lhe seja imputável; b) Caso de força maior No caso de suspensão nos termos da cláusula anterior, o concessionário deve comunicar ao Município de Moura, com a devida antecedência e mediante carta registada, indicando expressamente a alínea invocada O Município de Moura poderá suspender temporariamente a exploração, no todo ou em parte, sempre que circunstâncias especiais a impeçam em condições satisfatórias O Município de Moura poderá ordenar, sob sua responsabilidade, a imediata suspensão da exploração, sempre que houver perigo iminente ou prejuízos graves para o interesse público, mediante carta registada com aviso de receção, podendo o concessionário reclamar por escrito no prazo de oito dias A exploração será reiniciada logo que cessem as causas que determinaram a sua suspensão temporária, devendo o concessionário ser notificado por carta registada com aviso de receção. 12. RESCISÃO DO CONTRATO: Para além das situações previstas na legislação geral subsidiariamente aplicável, para efeitos da alínea e) do artigo 423º do Código dos Contratos Públicos, considera se ocorrência de deficiência grave, designadamente: a) O funcionamento do quiosque, no todo ou em parte, sem as respetivas licenças, certificados ou autorizações; b) A utilização de equipamentos não adequados ao espaço; c) O encerramento injustificado do quiosque por um período superior a 8 dias seguidos ou 15 interpolados, no mesmo ano civil; d) O incumprimento das regras aplicáveis nas relações laborais com os trabalhadores, nos termos previstos no Caderno de Encargos. e) A realização de quaisquer alterações ao quiosque ou espaço envolvente sem a autorização do Município.

8 13.TRANSMISSIBILIDADE DE DIREITOS: Por morte do ocupante e com dispensa de quaisquer formalidades ou encargos será feito o averbamento da transmissão da concessão ao cônjuge sobrevivo não separado judicialmente de pessoas e bens, e, na sua falta ou desinteresse, aos descendentes, se aquele ou estes ou os seus legais representantes assim o requererem nos sessenta dias seguintes ao óbito, juntando para o efeito os documentos legalmente exigidos Em caso de concurso de interessados a preferência defere se pela ordem indicada no número anterior Concorrendo apenas descendentes, observar se ão as seguintes regras: a) Entre descendentes de grau diferente preferem os mais próximos em grau; b) Entre descendentes do mesmo grau, abrir se á licitação.