CONCURSO PÚBLICO SEM PUBLICIDADE INTERNACIONAL PARA ATRIBUIÇÃO DO DIREITO DE EXPLORAÇÃO DE ESPAÇOS NA FORTALEZA DE SANTA CATARINA

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1 CONCURSO PÚBLICO SEM PUBLICIDADE INTERNACIONAL PARA ATRIBUIÇÃO DO DIREITO DE EXPLORAÇÃO DE ESPAÇOS NA FORTALEZA DE SANTA CATARINA 1

2 CADERNO DE ENCARGOS ÍNDICE Artigo 1.º - Objeto Artigo 2.º - Contrato Artigo 3.º - Uso das Instalações Artigo 4.º - Obras Artigo 5.º - Equipamentos e fardamento do pessoal Artigo 6.º - Encargos Artigo 7.º - Período e horário de funcionamento Artigo 8.º - Limpeza e conservação das instalações Artigo 9.º - Cessão da posição contratual Artigo 10.º - Condições de pagamento Artigo 11.º - Duração Artigo 12.º - Prorrogação do Contrato Artigo 13.º - Penalidades Artigo 14.º - Fiscalização e rescisão do contrato Artigo 15.º - Reversão/entrega das instalações Artigo 16.º - Licenças Artigo 17.º - Foro competente Artigo 18.º - Comunicações e notificações Artigo 19.º - Legislação aplicável 2

3 CADERNO DE ENCARGOS Artigo 1.º Objeto O presente caderno de encargos compreende as cláusulas a incluir no contrato a celebrar na sequência do presente concurso público, que tem por objeto a atribuição do direito de exploração temporária de um espaço, com uma área coberta de 31,50 m 2, acrescido de esplanada a implantar numa área de 460 m 2 (sujeita a aprovação da entidade competente) e instalações sanitárias (áreas de 5,55 m 2 e 5 m 2 ), localizados na Fortaleza de Santa Catarina, sita na Praia da Rocha, Concelho de Portimão, melhor identificados no levantamento topográfico, em anexo. Artigo 2.º Contrato 1. O contrato é composto pelo respetivo clausulado contratual e os seus anexos. 2. O contrato a celebrar integra ainda os seguintes elementos: a) O presente caderno de encargos; b) A proposta adjudicada; c) Os esclarecimentos sobre a proposta adjudicada prestados pelo adjudicatário. 3. Em caso de divergência entre os documentos referidos no número anterior, a respetiva prevalência é determinada pela ordem pela qual aí são indicados. Artigo 3.º Uso das Instalações 1. O espaço identificado por Estabelecimento destina-se, exclusivamente, à instalação e funcionamento de um estabelecimento de bebidas, não podendo ser utilizado para restauração ou outros fins, nem sendo permitida, nos termos da lei, qualquer confeção. 2. O funcionamento da esplanada é indissociável ao do estabelecimento, funcionando em simultâneo, sendo que, em caso algum, será permitido o seu funcionamento independente. 3. O serviço a prestar deverá obedecer a elevados padrões de qualidade, de modo a ser preservada a imagem do turismo no Algarve. 4. O ramo de comércio e o tipo de artigos ou produtos comercializados não poderão ser alterados sem prévia autorização do TA. 3

4 5. As instalações sanitárias destinam-se a assegurar, para além do apoio aos utentes do estabelecimento, o serviço de apoio a todos os visitantes da Fortaleza, sendo o adjudicatário obrigado a permitir o livre acesso às mesmas, devendo sempre que solicitado nesse sentido, ceder a respetiva chave, não podendo impor restrições, nomeadamente condicionando-o ao consumo de quaisquer produtos, salvo o disposto no n.º seguinte. 6. O adjudicatário poderá cobrar aos utilizadores das instalações sanitárias exteriores, uma importância não superior a 0,50 (cinquenta cêntimos). Artigo 4.º Obras 1. O adjudicatário não poderá fazer obras de conservação e limpeza, bem como benfeitorias, designadamente de adaptação do mesmo aos fins a que se destina, que alterem as condições aprovadas, sem que para tal obtenha previamente e por escrito autorização do TA. 2. As obras realizadas, depois de devidamente autorizadas, correrão por conta exclusiva do adjudicatário, e ficarão a pertencer ao TA, não podendo aquele invocar o direito de retenção, levantamento, demolição ou reembolso, quaisquer que sejam as circunstâncias ou o momento em que o contrato de concessão a celebrar venha a findar. 3. As obras a realizar nos espaços, deverão estar integralmente concluídas no prazo máximo de 30 dias seguidos após aprovação do TA, podendo este prazo ser prorrogado, mediante pedido fundamentado do adjudicatário. 4. Em caso de não cumprimento de qualquer do prazo previsto, o adjudicatário perderá o direito à exploração dos espaços. Artigo 5.º Equipamentos e fardamento do pessoal 1. O adjudicatário obriga-se a mobilar e equipar à sua inteira e exclusiva custa, o ESTABELECIMENTO, com a qualidade aprovada e a manter, através das necessárias aquisições, reparações ou substituições, todos esses equipamentos em bom estado de funcionamento e suficiência, durante todo o tempo de duração da concessão. 2. O adjudicatário obriga-se ainda a providenciar o fardamento adequado e suficiente para todo o pessoal afeto ao serviço decorrente da concessão. 3. O mobiliário, equipamento e fardamento do pessoal a que aludem os números anteriores, ficarão a pertencer, findo o contrato, ao adjudicatário. 4

5 4. Serão igualmente sujeitos a aprovação prévia do TA, o Lay-out do estabelecimento e todos os equipamentos a colocar pelo adjudicatário, os quais deverão integrar-se harmoniosamente no património arquitetónico envolvente. Artigo 6.º Encargos 1. A exploração corre por inteira conta e risco do adjudicatário, nomeadamente no que respeita a despesas de água e esgotos, energia elétrica, comunicações, licenciamentos, encargos com o pessoal (incluindo fardamento), limpeza e conservação das instalações e da zona envolvente, aquisição de material de apoio necessário ao bom funcionamento dos Instalações Sanitárias (toalhas de papel, sabão, papel higiénico e produtos de limpeza), contribuições e impostos, taxas e multas devidas a qualquer entidade e outras de idêntica natureza. 2. Não poderão transitar para a responsabilidade do TA, quando o contrato findar, ou em qualquer altura, quaisquer trabalhadores ou qualquer pessoal admitido, pelo adjudicatário, para assegurar o serviço a efetuar no âmbito do presente concurso, devendo esta cláusula constar expressamente dos contratos de trabalho que o adjudicatário venha a celebrar. 3. São da responsabilidade do adjudicatário todos os prejuízos causados a terceiros durante o funcionamento ou por acidentes ocorridos no Estabelecimento, ou com as suas instalações. 4. O adjudicatário é responsável por quaisquer danos causados a terceiros, pessoas ou bens, decorrentes da exploração, bem como danos causados pelo pessoal ao seu serviço, e ainda, danos que os seus fornecedores provoquem nas instalações objeto do presente concurso. 5. Sem prejuízo do disposto no número anterior, o adjudicatário efetuará, antes do início da exploração, os seguros exigidos pela lei em vigor à data do contrato, designadamente: a) Seguro de acidentes de trabalho do respetivo pessoal; b) Seguro de responsabilidade civil de exploração, cujas garantias devem abranger danos patrimoniais e não patrimoniais causados a terceiros por atos ou omissões decorrentes da atividade inerente à exploração. Artigo 7.º Período e horário de funcionamento 1. O adjudicatário deverá obriga-se a ter as instalações abertas ao público, devidamente preparadas e equipadas, permanentemente durante todo o período de duração do contrato escrito a celebrar. 5

6 2. O horário de funcionamento do ESTABELECIMENTO será definido, de acordo com a regulamentação existente, pela entidade com competência na matéria. 3. O adjudicatário deverá assegurar o funcionamento diário e permanente das I. S., ininterruptamente, durante o mesmo horário aplicável ao ESTABELECIMENTO. Artigo 8.º Limpeza e conservação das instalações O adjudicatário fica obrigado a assegurar a limpeza permanente do ESTABELECIMENTO e I. S., assim como das zonas envolventes, bem como a proceder, nos termos do artigo 4.º, a todas as obras de reparação e conservação dos espaços, durante todo o tempo de vigência do contrato, devendo ainda assegurar a qualidade do ambiente e exploração, com particular destaque no que se refere à dignidade moral e cívica. Artigo 9.º Cessão da posição contratual O adjudicatário não poderá ceder a sua posição contratual ou qualquer dos direitos e obrigações decorrentes do contrato, salvo em casos devidamente justificados e aceites pelo TA. Artigo 10.º Preço e condições de pagamento i. Em contrapartida pela atribuição do direito de exploração dos espaços, o adjudicatário deve pagar, ao TA, o preço constante da proposta adjudicada, o qual não pode ser inferior ao preço base (preço mínimo anual) de (Dezanove mil, quinhentos e quinze euros), acrescido de I.V.A. à taxa legal. 2. O pagamento será efetuado em duas prestações semestrais, de igual valor, através de cheque endossado ao TA ou depósito bancário na conta da CGD com o NIB , devendo neste último caso ser apresentado, dentro dos prazos estabelecidos, comprovativo da operação efetuada, de acordo com as seguintes condições: a) 1.ª prestação - Com a assinatura do contrato; b) Prestações subsequentes - Até ao dia 8 do semestre a que diz respeito. 3. Caso o adjudicatário não cumpra o plano de pagamentos estabelecido, perderá o direito à exploração dos espaços, bem como o valor dos pagamentos já vencidos e vincendos previstos no contrato. 6

7 Artigo 11.º Duração 1. O direito de exploração é atribuído pelo prazo de 1 ano, prorrogável por iguais períodos. 2. Considerando que está em fase de desenvolvimento, pelas entidades competentes, um projeto integrado de valências para o turismo, na área da restauração e lazer, destinado à recuperação da Fortaleza de Santa Catarina, o TA reserva-se o direito de, a qualquer momento e verificando-se a necessidade dos espaços estarem desocupados para o referido fim, rescindir o contrato celebrado com o adjudicatário, devendo para o efeito comunicar, por escrito, a sua pretensão com a antecedência mínima de 60 dias seguidos, sendo que tal cessação não poderá ocorrer antes de cumpridos 180 dias do início do contrato. 3. Verificando-se a situação prevista no n.º anterior, o TA procederá à devolução do valor correspondente ao período contratual em curso, não executado, que já tenha sido pago pelo adjudicatário. Artigo 12.º Prorrogação do Contrato 1. O contrato considera-se automaticamente prorrogado por sucessivos e iguais períodos se não for denunciado, por qualquer das partes, mediante carta registada, com uma antecedência mínima de 60 dias seguidos do seu termo ou de qualquer das suas prorrogações, mantendo-se as condições estabelecidas no contrato originário. 2. A contrapartida financeira a pagar pelo adjudicatário será atualizada anualmente, de acordo com o índice de preços ao consumidor dos últimos 12 meses, indicado pelo Instituto Nacional de Estatística, mediante comunicação do TA. 3. A prorrogação do contrato está condicionada à manutenção da caução prestada até ao termo do período. 4. A exploração dos espaços é feita a título temporário e precário, podendo o TA, em qualquer momento após o primeiro ano de vigência de contrato, e com aviso prévio de 30 dias, cessar a respetiva duração, verificando-se a necessidade dos espaços estarem desocupados no âmbito do projeto para a recuperação da Fortaleza de Santa Catarina. 7

8 Artigo 13.º Penalidades Por cada dia de encerramento, até vinte dias seguidos ou trinta dias interpolados, poderá ser aplicada uma penalidade correspondente a 1% do valor do contrato, por cada dia de atraso. Artigo 14.º Fiscalização e rescisão do contrato 1. O TA reserva-se o direito de proceder às inspeções dos espaços, diretamente ou através de representante, sem aviso prévio, a fim de verificar o cumprimento do contrato. 2. O incumprimento definitivo, por parte do adjudicatário, dos deveres resultantes do contrato confere, nos termos gerais de direito, à entidade adjudicante o direito de rescindir o contrato, sem prejuízo das correspondentes indemnizações legais. 3. Considera-se, designadamente, incumprimento definitivo quando se verificar o encerramento por mais de vinte dias seguidos ou por mais de trinta dias interpolados. Artigo 15.º Reversão/entrega das instalações 1. Em caso de desistência ou não cumprimento das condições de ocupação do espaço submetido a concurso, haverá reversão para o TA, sem direito a qualquer indemnização, devolução ou compensação de despesas já suportadas pelo adjudicatário. 2. Findo o contrato por qualquer motivo, o adjudicatário deverá imediatamente cessar a exploração do estabelecimento e deverá, no prazo de 10 dias seguidos, proceder à retirada dos bens móveis que lhe pertençam, deixando todos os espaços livres e sem quaisquer ónus ou encargos para do TA, nomeadamente relativos a fornecimentos ou a pessoal. Artigo 16.º Licenças É obrigação do adjudicatário diligenciar e obter, junto das entidades administrativas competentes, as licenças inerentes ao estabelecimento, obrigando-se o TA a assinar todos os documentos necessários para o efeito. 8

9 Artigo 17.º Foro competente Para a resolução de todos os litígios decorrentes do contrato fica estipulado a competência do tribunal administrativo de Loulé, com expressa renúncia a qualquer outro. Artigo 18.º Comunicações e notificações 1. Sem prejuízo de poderem ser acordadas outras regras quanto às notificações e comunicações entre as partes do contrato, estas devem ser dirigidas, nos termos do CCP, para a sede da cada uma, identificadas no contrato. 2. Qualquer alteração das informações de contacto constantes do contrato deve ser comunicada à outra parte. Artigo 19.º Legislação aplicável O contrato é regulado pela legislação portuguesa. 9