Boletimj. Manual de Procedimentos. Legislação Trabalhista e Previdenciária. Trabalhismo. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Boletimj. Manual de Procedimentos. Legislação Trabalhista e Previdenciária. Trabalhismo. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas"

Transcrição

1 Boletimj Manual de Procedimentos Legislação Trabalhista e Previdenciária Fascículo N o 11/2014 // Trabalhismo Serviço militar // IOB Setorial Indústria Petroleiros // IOB Comenta Possibilidade do pedido de demissão no curso das férias Veja nos Próximos Fascículos a Faltas legais a Programa de alimentação do trabalhador a Trabalho do professor // IOB Perguntas e Respostas Serviço Militar Admissão de empregados - Documentos exigidos Aposentadoria por tempo de contribuição Férias Retorno ao trabalho Salário e FGTS

2 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Capa: Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Telefone: (11) (São Paulo) (Outras Localidades) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Legislação trabalhista e previdenciária : serviço militar : IOB setorial : petroleiros ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, (Coleção manual de procedimentos) ISBN Previdência social - Leis e legislação - Brasil 2. Trabalho - Leis e legislação - Brasil I. Série. CDU-34:368.4(81)(094) :331(81)(094) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Leis : Previdência social : Direito previdenciário 34:368.4(81)(094) 2. Leis trabalhistas : Brasil 34:331(81)(094) Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei n o 9.610, de , DOU de ). Impresso no Brasil Printed in Brazil Boletim IOB

3 Boletimj Manual de Procedimentos a Trabalhismo Serviço militar SUMÁRIO 1. Introdução 2. Obrigatoriedade 3. Duração 4. Serviço alternativo 5. Contratação de empregado - Prova de quitação com o serviço militar - Apresentação obrigatória 6. Afastamento do empregado para a prestação do serviço militar - Efeitos no contrato de trabalho 7. Estabilidade 8. Jurisprudência 1. Introdução O serviço militar consiste no exercício das atividades específicas desempenhadas nas Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) e compreenderá, na mobilização, todos os encargos relacionados com a defesa nacional. 2. Obrigatoriedade Todos os brasileiros são obrigados ao serviço militar na forma da Lei do Serviço Militar (Lei nº 4.375/1964). As mulheres ficam isentas do serviço militar em tempo de paz e, de acordo com as suas aptidões, sujeitas aos encargos de interesse da mobilização, sendo permitida a prestação do serviço militar pelas mulheres que forem voluntárias. O afastamento do empregado para a prestação do serviço militar não constitui motivo para a alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador, observando-se que a empresa fica obrigada a depositar, durante todo o período de afastamento do empregado, em conta vinculada a título de FGTS, a importância correspondente a 8% da remuneração a que o empregado faria jus caso permanecesse em atividade 3. Duração O serviço militar inicial dos incorporados terá a duração normal de 12 meses. 4. Serviço alternativo Ao Estado-Maior da Defesa compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, depois de alistados, alegarem imperativo de consciência decorrente de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar. Entende-se por serviço militar alternativo o exercício de atividades de caráter administrativo, assistencial, filantrópico ou mesmo produtivo, em substituição às atividades de caráter essencialmente militar (Lei nº 8.239/1991). 5. Contratação de empregado - Prova de quitação com o serviço militar - Apresentação obrigatória Muitas empresas, no ato da contratação de empregados do sexo masculino, têm dúvidas quanto à possibilidade legal de efetuar os registros correspondentes quando esses trabalhadores não comprovam a regularidade da sua situação com o serviço militar. A obrigação para com o serviço militar, em tempo de paz, começa no 1º dia de janeiro do ano em que o brasileiro completar 18 anos de idade e subsiste até 31 de dezembro do ano em que completar 45 anos. Em tempo de guerra, esse período poderá ser ampliado, de acordo com os interesses da defesa nacional. Ao analisarmos a legislação trabalhista, constatamos que não há qualquer dispositivo que exija expressamente que o candidato a emprego comprove a regularidade da sua situação para com o serviço militar. Portanto, no âmbito da legislação trabalhista, esse documento não integra o rol de documentos necessários à contratação. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/ Fascículo 11 CT11-01

4 As decisões judiciais acerca do assunto são escassas, impossibilitando, assim, a constatação da posição dos tribunais trabalhistas sobre o assunto. Portanto, a solução dessa questão fica na dependência das disposições constantes na legislação que rege o serviço militar (Lei nº 4.375/1964, regulamentada pelo Decreto nº /1966, o qual foi alterado pelo Decreto nº /1986 e pelo Decreto nº 1.294/1994). Embora não haja na legislação trabalhista dispositivo que exija que o candidato a emprego comprove a regularidade da sua situação para com o serviço militar, a legislação específica que dispõe sobre esse serviço estabelece que nenhum brasileiro, entre 1º de janeiro do ano em que completar 19 anos e 31 de dezembro do ano em que completar 45 anos de idade, poderá, sem fazer prova de estar em dia com as suas obrigações militares, entre outros, ingressar como funcionário, empregado ou associado em instituição, empresa ou associação oficial ou oficializada ou subvencionada ou cuja existência ou funcionamento dependa de autorização ou reconhecimento do Governo federal, estadual ou municipal. Dessa forma, considerando as determinações constantes da legislação que disciplina o serviço militar obrigatório, entendemos que as empresas públicas ou privadas não poderão contratar como empregados os candidatos do sexo masculino, a partir do ano em que completarem 18 anos de idade, sem que eles apresentem documento que comprove a sua regularidade para com o serviço militar. 5.1 Proibição de obter carteira profissional Estabelece a legislação do serviço militar que os brasileiros que não estiverem em dia com as suas obrigações militares não poderão obter carteira profissional, ficando as autoridades ou os responsáveis pelas repartições incumbidas da fiscalização do exercício profissional proibidas de conceder carteira profissional, bem como de registrar diplomas de profissões liberais a brasileiros que não comprovem a sua regularidade com o serviço militar. 5.2 Documentos que comprovam a regularidade da situação militar do cidadão Os documentos que comprovam a regularidade da situação militar do candidato a emprego são: a) Certificado de Alistamento Militar - nos limites da sua validade, comprova a apresentação para a prestação do serviço militar inicial, o que deve ocorrer no ano em que o candidato a emprego completar 18 anos de idade; b) Certificado de Reservista - comprova a inclusão do cidadão na reserva do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica; c) Certificado de Dispensa de Incorporação; d) Certificado de isenção; e) Certidão de Situação Militar; f) Carta Patente para oficial da ativa, da reserva e reformado das Forças Armadas ou de corporações consideradas suas reservas; g) Provisão de Reforma, para as praças reformadas; h) Atestado de Situação Militar, quando necessário, para aqueles que estejam prestando o serviço militar, válido apenas durante o ano em que for expedido; i) Atestado de se encontrar desobrigado do serviço militar, até a data da assinatura do termo de opção pela nacionalidade brasileira, no registro civil das pessoas naturais, para aquele que o requerer; j) Cartão ou Carteira de Identidade fornecidos para os militares da ativa, da reserva remunerada e reformados das Forças Armadas ou fornecidos por órgão legalmente competente para os componentes das corporações consideradas como reserva das Forças Armadas. Está em dia com o serviço militar o brasileiro que possuir um dos documentos mencionados nas letras de a a j e tiver sua situação militar atualizada com o atendimento das convocações e o cumprimento dos deveres determinados pela Lei do Serviço Militar. Lembra-se que, nos termos do 3º do art. 75 da Lei nº 4.375/1964, incluído pela Lei nº /2010, ficou definido que, para os concluintes de curso de ensino superior de Medicina, Farmácia, Odontologia e Veterinária, o Certificado de Dispensa de Incorporação de que trata a letra c deste subitem deverá ser revalidado pela região militar respectiva, ratificando a dispensa, ou recolhido, no caso de incorporação, a depender da necessidade das Forças Armadas, nos termos da legislação em vigor. 5.3 Responsabilidade do empregador Conforme estabelecem a Lei nº 4.375/1964, art. 66, e o Decreto nº /1966, art. 206, parágrafo único, e art. 211, as empresas, as companhias e as instituições de qualquer natureza participarão da execução da Lei do Serviço Militar e essa participação consistirá na responsabilidade de exigir, nos limites de sua competência, o cumprimento das disposições legais referentes ao serviço militar e, em especial, a CT Manual de Procedimentos - Mar/ Fascículo 11 - Boletim IOB

5 comprovação de regularidade da situação do cidadão com o serviço militar. Assim, as empresas públicas ou privadas não poderão contratar candidatos a emprego que não comprovem a sua regularidade com o serviço militar. 5.4 Penalidades Em caso de descumprimento das determinações da Lei do Serviço Militar, ficará o responsável pelo descumprimento sujeito à imposição de multa, a qual será aplicada pela autoridade militar competente, sem prejuízo da ação penal ou de punição disciplinar que couber em cada caso. 6. Afastamento do empregado para a prestação do serviço militar - Efeitos no contrato de trabalho O afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar não constitui motivo para a alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador. Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de exigências do serviço militar, é indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo máximo de 30 dias, contados da data em que se verificar a respectiva baixa. Nos contratos por prazo determinado, o tempo de afastamento, se assim acordarem as partes interessadas, não será computado na contagem do prazo para a respectiva terminação. Nota Nos termos do caput do art. 45 da Lei nº 5.292/1967, na redação dada pela Lei nº /2010, ficou definido que os médicos, farmacêuticos, dentistas e veterinários (MFDV) que sejam servidores públicos federais, estaduais, distritais ou municipais, bem como empregados, operários ou trabalhadores, qualquer que seja a natureza da entidade em que exerçam as suas atividades, quando incorporados em Organização Militar das Forças Armadas para a prestação do Estágio de Adaptação e Serviço (EAS), desde que para isso tenham sido forçados a abandonar o cargo ou emprego, terão assegurado o retorno ao cargo ou emprego respectivo, dentro dos 30 dias que se seguirem ao licenciamento, salvo se declararem, por ocasião da incorporação, não pretender a ele voltar. 6.1 Tiro de guerra Os brasileiros prestarão o serviço militar incorporados em organizações da ativa das Forças Armadas ou matriculados em órgãos de formação de reserva. O serviço militar dos matriculados em órgãos de formação de reserva terá a duração prevista nos respectivos regulamentos. O tiro de guerra constitui órgão de formação da reserva que possibilita ao cidadão prestar o serviço militar inicial no município em que se situa o órgão, sem que tal fato prejudique o seu emprego ou estudo. O empregado convocado, durante o tempo em que estiver matriculado no órgão de formação de reserva, não perceberá nenhum vencimento, salário ou remuneração da organização a que pertencia; entretanto, quando estiver obrigado a faltar a suas atividades civis, por força de exercício ou manobras, terá suas faltas abonadas para todos os efeitos. Assim sendo, se o empregado estiver prestando o tiro de guerra não receberá remuneração correspondente ao período despendido com tal atividade, ficando a empresa obrigada a remunerar-lhe apenas com base nas horas trabalhadas. Contudo, nos dias em que não puder trabalhar em decorrência de exercícios ou manobras terá a respectiva falta devidamente abonada pelo empregador. 6.2 Faltas ao serviço decorrente de exigências do serviço militar Todo convocado matriculado em órgão de formação de reserva que for obrigado a faltar às suas atividades civis, por força de exercício ou manobra, ou reservista que seja chamado para fins de exercício de apresentação das reservas ou cerimônia cívica, do Dia do Reservista, terá suas faltas abonadas para todos os efeitos. 6.3 Décimo terceiro salário No caso de convocação para prestação do serviço militar obrigatório, o empregado não faz jus ao 13º salário correspondente ao período de afastamento. O período referente à ausência só é computado para fins de indenização e estabilidade, não gerando qualquer outro direito (CLT, art. 4º, parágrafo único). WExemplos Empregado admitido em ficou afastado do trabalho em 2013 para cumprimento das exigências do serviço militar obrigatório no período de até e retornou em às atividades normais na mesma empresa em que fora admitido. Nessa hipótese, a empresa calculou e pagou o 13º salário/2013 desse empregado proporcionalmente aos períodos tidos como efetivamente trabalhados, antes e depois do lapso de tempo em que esteve afastado para cumprimento do serviço militar. De acordo com esse exemplo, a empresa computou somente 3/12 relativos ao 13º proporcional em 2013, dos quais: a) 2/12 correspondem ao período de 1º.01 a (anterior ao afastamento); e b) 1/12 é relativo ao período de 11 a (posterior ao afastamento). D Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/ Fascículo 11 CT11-03

6 6.4 Férias Reza o art. 132 da CLT que o tempo de trabalho anterior à apresentação do empregado para prestar serviço militar obrigatório é computado no período aquisitivo, desde que ele compareça ao estabelecimento dentro do prazo de 90 dias da data em que se verificar a respectiva baixa. Portanto, o período de afastamento não é computado para efeito de férias, sendo considerado o período anteriormente trabalhado e complementado o tempo que falta quando o empregado retornar ao serviço. WExemplos D a) empregado admitido em 1º se afasta para cumprimento do serviço militar obrigatório de 1º a e retorna ao trabalho em (dentro dos 90 dias após a baixa). Como trabalhou efetivamente de 1º.02 a (11 meses) e mais 1 mês de a , completou, portanto, 1 período aquisitivo de férias; b) empregado admitido em 1º se afasta para cumprimento do serviço militar obrigatório de 1º.01 a e retorna ao trabalho em (excedido o prazo de 90 dias após a baixa). Embora o empregado tenha efetivamente trabalhado de 1º.02 a (11 meses), conforme mencionado no art. 132 da CLT, não se cogitará da complementação de 1 mês do período aquisitivo de férias, pois houve perda das férias em função de o retorno ao serviço ter ocorrido em (após 90 dias da data da baixa no serviço militar), iniciando-se, portanto, a contagem de novo período aquisitivo em Importante Não obstante as disposições do mencionado art. 132 da CLT, ressaltamos que os arts. 4º e 5º da Convenção nº 132 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), aprovada pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo SF nº 47/1981, ratificada em 1997, com o depósito do instrumento de ratificação em , e, por fim, promulgada pelo Decreto nº 3.197/ DOU de , a qual, desde então, vigora no Brasil, determinam que: Artigo 4 1. Toda pessoa que tenha completado, no curso de 1 (um) ano determinado, um período de serviço de duração inferior ao período necessário à obtenção de direito à totalidade das férias prescritas no Artigo terceiro acima terá direito, nesse ano, a férias de duração proporcionalmente reduzidas. 2. Para os fins deste Artigo o termo ano significa ano civil ou qualquer outro período de igual duração fixado pela autoridade ou órgão apropriado do país interessado. Artigo 5 1. Um período mínimo de serviço poderá ser exigido para a obtenção de direito a um período de férias remuneradas anuais. 2. Cabe à autoridade competente e ao órgão apropriado do país interessado fixar a duração mínima de tal período de serviço, que não deverá em caso algum ultrapassar 6 (seis) meses. Com base em tais determinações há divergência nos entendimentos doutrinários acerca da vigência do disposto no art. 132 da CLT. 6.5 Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) Durante todo o período de afastamento do empregado para a prestação do serviço militar obrigatório a empresa fica obrigada a depositar em conta vinculada a importância correspondente a 8% da remuneração a que o empregado faria jus caso permanecesse em atividade. Havendo reajuste salarial, a base de cálculo para o depósito em questão deverá ser revista. 6.6 Reajustes salariais no curso do afastamento O empregado afastado do emprego em virtude de prestação do serviço militar obrigatório terá asseguradas, por ocasião da sua volta, todas as vantagens que, em sua ausência, tenham sido atribuídas à categoria a que pertencia na empresa. Assim sendo, quando do seu retorno terá direito à remuneração reajustada, observadas todas as correções salariais ocorridas no curso do afastamento. 6.7 Tempo de serviço - Contagem O tempo de serviço militar, inclusive o voluntário, e o alternativo previsto na Constituição Federal/1988, art. 143, 1º, ainda que anterior à filiação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), desde que não tenha sido contado para inatividade remunerada nas Forças Armadas ou aposentadoria no serviço público, será contado para efeito de aposentadoria. 6.8 Trabalhador temporário Dúvidas frequentes verificadas nas empresas de trabalho temporário dizem respeito às implicações que o afastamento do trabalhador temporário para a prestação do serviço militar obrigatório acarreta no contrato de trabalho. As questões que se impõem são: saber se o tempo correspondente ao afastamento é computado no período de duração do contrato e, ainda, se no término normal do contrato é possível proceder à rescisão, ainda que o trabalhador se encontre afastado das suas atividades. Para o esclarecimento dessas dúvidas, é forçoso analisarmos a legislação atinente ao tema. Assim, vejamos: a) conforme já vimos, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), no que tange ao serviço militar, dispõe: CT Manual de Procedimentos - Mar/ Fascículo 11 - Boletim IOB

7 - no caput do art. 472, que o afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar não constitui motivo para a alteração ou a rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador; - no 2º do mencionado art. 472, que nos contratos por prazo determinado o tempo de afastamento, se assim acordarem as partes interessadas, não será computado na contagem do prazo para a respectiva terminação; - no parágrafo único do art. 4º, que o período em que o empregado estiver afastado do trabalho, prestando o serviço militar, será computado na contagem de tempo de serviço para efeito de indenização e estabilidade; b) a Lei nº 8.036/1990 determina, no 5º do seu art. 15, que, durante todo o período de afastamento do empregado para a prestação do serviço militar obrigatório, a empresa fica obrigada a depositar em conta vinculada a importância correspondente ao FGTS, calculado sobre a remuneração a que o empregado faria jus caso permanecesse em atividade; c) o trabalho temporário é regido pela Lei nº 6.019/1974, a qual estabelece em seus arts.: - 2º e 4º - que trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços, mediante contrato escrito firmado com empresa de trabalho temporário. Portanto, a empresa de trabalho temporário coloca à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores, devidamente qualificados, por elas remunerados e assistidos, obrigando-se também a registrar na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) do trabalhador sua condição de temporário; - 9º e 10 - que a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora de serviço devem firmar contrato (obrigatoriamente escrito) em que conste, expressamente, o motivo justificador da demanda de trabalho temporário, assim como a modalidade de remuneração da prestação de serviço, com a discriminação das parcelas relativas a salários e encargos sociais. Com relação a um mesmo empregado, o contrato não poderá exceder 3 meses, salvo autorização concedida pelo órgão local do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); que o contrato de trabalho celebrado entre empresa de trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição de uma empresa tomadora ou cliente deve ser obrigatoriamente escrito e dele devem constar, expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores. Da análise dos dispositivos legais anteriormente mencionados, conclui-se que o contrato de trabalho temporário é um contrato a prazo determinado, ou seja, o seu termo final é previamente fixado quando da contratação, e que, durante o período de afastamento do trabalhador para a prestação do serviço militar obrigatório, o contrato de trabalho fica interrompido, posto que gera alguns efeitos jurídicos, conforme anteriormente relatado. Assim sendo, considerando constituir o período de afastamento para a prestação do serviço militar suspensão contratual, salvo acordo em contrário firmado pelas partes, entendemos que todo o período de afastamento é tido como de efetivo exercício da atividade para efeito de fluência do prazo contratualmente fixado. Portanto, uma vez atingido o termo final previamente avençado, o contrato estará totalmente cumprido, ainda que nesta ocasião o trabalhador temporário se encontre afastado das suas atividades na empresa, razão pela qual poderá a agência de trabalho temporário proceder à rescisão do contrato de trabalho efetuando o pagamento das verbas cabíveis, apuradas até a data da extinção do contrato. Não obstante o entendimento ora esposado, deve- -se ressaltar que, caso queiram, poderão as partes acordar que o tempo de afastamento para a prestação do serviço militar não será computado na contagem do prazo para a respectiva terminação (trata-se, portanto, de ato volitivo). Na ocorrência desta hipótese, a contagem do prazo contratual será suspensa quando do afastamento do trabalhador, devendo este completar o período restante do contrato após a baixa ou terminação do encargo com o serviço militar. Observe-se que, apesar do entendimento anteriormente descrito, considerando-se a inexistência de dispositivo legal que discipline especificamente o procedimento a ser observado na situação em comento, o empregador deverá acautelar-se diante da ocorrência concreta da situação ora retratada, sendo aconselhável, por medida preventiva, consultar o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), bem como o sindicato da respectiva categoria profissional sobre o assunto. Caberá à Justiça do Trabalho a decisão final acerca do tema, caso seja proposta ação nesse sentido. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/ Fascículo 11 CT11-05

8 7. Estabilidade A legislação trabalhista não concede estabilidade ao empregado em virtude de prestação do serviço militar, apenas determina que o afastamento em decorrência da prestação do serviço militar não constitui motivo para a rescisão do contrato de trabalho. Não obstante o exposto, alguns sindicatos representativos de categorias profissionais, por meio dos documentos coletivos de trabalho (acordo, convenção ou sentença normativa) asseguram aos seus representados garantia de emprego em decorrência de serviço militar. Alguns concedem o benefício a partir do implemento da idade para o alistamento, outros a partir de convocação para a prestação do serviço militar e outros, ainda, estendem a garantia por um determinado período após a baixa. Assim sendo, a empresa deverá verificar no documento coletivo de trabalho da categoria profissional respectiva a existência de cláusula neste sentido. 8. Jurisprudência Preliminar de nulidade - Decisão recorrida - Negativa de prestação jurisdicional - Considerando o disposto no artigo 249, 2º, do CPC, deixa-se de declarar a nulidade da decisão recorrida por negativa de prestação jurisdicional. 2. Menor aprendiz. Contrato por prazo determinado - Termo final - Estabilidade provisória - Alistamento militar - As hipóteses de validade de contrato de trabalho por prazo determinado estão previstas no artigo 443, 2º, da CLT, o qual autoriza a celebração do contrato a termo quando a natureza ou transitoriedade do trabalho o justifique (alínea a). A aprendizagem enquadra-se como espécie de contrato sujeito à pré-determinação de prazo. E assim o é porque o aprendiz ingressa na Empresa com a finalidade de obter conhecimentos específicos para sua formação profissional. Concluído o aprendizado, o empregador pode dispensar o trabalhador. No caso dos autos, o trabalhador pretende o reconhecimento da estabilidade provisória com base em norma coletiva na qual se estabeleceu garantia de emprego ao empregado em idade de prestação de serviço militar. Todavia, o termo final do contrato de aprendizagem firmado entre as partes deve ser respeitado. Ora, no ato da contratação, o reclamante tinha ciência da precariedade da relação e do prazo de duração do contrato de trabalho (artigo 4º, 1º, do Decreto nº /52). Aplicação analógica da Orientação Jurisprudencial nº 196 da SBDI-1... (TST - RR ª Turma - Rel. Min. Emmanoel Pereira - DJU ) Estabilidade do empregado em idade de prestar o serviço militar, instituída em convenção coletiva de trabalho - Eficácia - Esta c. Corte tem reiterado o entendimento, no sentido de prestigiar o pactuado entre os empregados e empregadores, por intermédio das convenções e dos acordos coletivos de trabalho, sob pena de violação ao disposto no art. 7º, inc. XXVI, da Constituição da República. A flexibilidade no Direito do Trabalho, fundada na autonomia coletiva privada, permite a obtenção de benefícios para os empregados com concessões mútuas. Portanto, é eficaz a cláusula que instituiu a estabilidade do empregado em idade de prestar o serviço militar. Arestos inespecíficos trazidos a confronto. Revista não conhecida. (TST - RR ª Turma - Rel. Min. Conv. Marcus Pina Mugnaini - DJU ) Recurso de revista - Estabilidade provisória em decorrência do serviço militar - Aprendiz - Contrato por prazo - Ao celebrar um contrato de aprendizagem o empregador se obriga a dar cumprimento a ele pelo tempo previsto em Lei para a aprendizagem, mas não se obriga a admitir o aprendiz definitivamente, e nem de outra parte está o menor aprendiz obrigado a continuar a prestar serviço a empresa, por isso o contrato de aprendizagem é um tipo especial de contrato por prazo determinado. (AC. SBDI- 3548/97 - TST ERR 60161/92 - Min. Rel. Vantuil Abdala). Recurso de revista conhecido ao qual se nega provimento. (TST - RR ª Turma - Relª Min. Conv. Dora Maria da Costa - DJU ) Alistamento militar - Alcance da lei - A norma consolidada determina a impossibilidade de alteração contratual ou de despedimento do empregado quando este estiver afastado para satisfazer as exigências do Serviço Militar, hipótese que implica em suspensão do contrato de trabalho. O alistamento estritamente considerado não se equivale ao efetivo engajamento ao serviço militar e portanto, não há amparo legal à pretensão. (TRT-2ª Região - RO ( ) - 10ª Turma - Relª Juíza Vera Marta Publio Dias - DOESP ) Estabilidade - Serviço militar - Ausência dos requisitos legais - Improcedência - Art. 472 da CLT - Prestando-se serviço militar, na modalidade tiro de guerra, em horário diverso da jornada de trabalho cumprida na reclamada, tem-se que, nessas condições, não há suspensão do contrato de trabalho, permitindo, concomitantemente, a prestação de serviços no emprego, sem qualquer prejuízo às duas atividades ou obrigações. Em suma, a estabilidade provisória prevista para o afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar (CLT, art. 472), não abrange a hipótese em que não há afastamento da reclamada para a prestação do tiro de guerra. (TRT-15ª Região - Proc. 1492/01 - (29456/02) - 5ª Turma - Relª Juíza Olga Aida Joaquim Gomieri - DOESP ) Estabilidade - Convencional por alistamento militar - Dispensa da incorporação - Improcedência da indenização - A cláusula 14ª da Convenção Coletiva do Trabalho da categoria profissional do reclamante garante estabilidade no emprego tão-somente aos empregados que efetivamente estejam prestando ou tenham prestado o serviço militar.. Entretanto, tendo sido o autor dispensado da incorporação, conforme o comprova o ofício do ministério da Defesa, não preencheu requisito essencial à obtenção da estabilidade pretendida e sua conseqüência (indenização do período respectivo) Mantida a sentença de origem. (TRT-15ª Região - Proc /00 - (27754/01) - 5ª Turma - Relª Juíza Olga Aida Joaquim Gomieri - DOESP ) (Consolidação das Leis do Trabalho, arts. 471 e 472; Lei nº 8.213/1991, art. 55, I; Lei nº 8.036/1990, art. 15, 5º; Regulamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, aprovado pelo Decreto nº /1990, art. 28; Lei nº 4.375/1964, arts 1º, 2º, 4º, 60, 74 e 75 - Lei do Serviço Militar; Decreto nº /1966, arts. 4º, 5º, 19, 195, 198, 206, 208, 209 e 210) N CT Manual de Procedimentos - Mar/ Fascículo 11 - Boletim IOB

9 a IOB Setorial Petroleiros 1. Definição Indústria São denominados petroleiros os empregados nas atividades de exploração, perfuração, produção e refinação de petróleo, industrialização do xisto, indústrias petroquímicas e transporte de petróleo e seus derivados por meio de dutos. A esta categoria de trabalhadores, além das disposições constantes da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), são aplicadas também as determinações da Lei nº 5.811/1972, a qual, visando atender às peculiaridades da atividade em questão, baixou normas especiais a serem observadas, conforme os itens a seguir. 2. Regime de revezamento Sempre que for imprescindível a continuidade operacional, o empregado será mantido em seu posto de trabalho em regime de revezamento, conforme a atividade exercida, com turnos de 8 ou 12 horas, da seguinte maneira: a) o turno de 8 horas será adotado nas atividades de exploração, perfuração, produção e refinação de petróleo, industrialização do xisto, indústrias petroquímicas e transporte de petróleo e seus derivados por meio de dutos; b) o turno de 12 horas ficará restrito às seguintes situações especiais: b.1) atividades de exploração, perfuração, produção e transferência de petróleo do mar; b.2) atividades de exploração, perfuração e produção de petróleo em áreas terrestres distantes ou de difícil acesso. 3. Intervalos para alimentação ou repouso - Disponibilidade Para garantir a normalidade das operações ou para atender a imperativos de segurança industrial, poderá ser exigida a disponibilidade do empregado no local de trabalho ou nas suas proximidades durante o intervalo destinado a repouso e alimentação. Nesse caso, o pagamento da hora correspondente (repouso e alimentação) deverá ser efetuado em dobro. 3.1 Direitos assegurados no revezamento de 8 horas Durante o período em que o empregado permanecer no regime de revezamento em turno de 8 horas, serão assegurados os seguintes direitos ao trabalhador: a) pagamento do adicional de trabalho noturno equivalente a, no mínimo, 20% sobre o valor da hora diurna; b) pagamento em dobro da hora de repouso e alimentação nas situações referidas no item 3; c) alimentação gratuita, no posto de trabalho, durante o turno em que estiver em serviço; d) transporte gratuito para o local de trabalho; e) repouso de 24 horas consecutivas para cada 3 turnos trabalhados. Observe-se que esse repouso quita a obrigação do empregador de conceder o repouso semanal remunerado. Para os empregados que já venham percebendo habitualmente da empresa pagamento à conta de horas de repouso e alimentação ou de trabalho noturno, os respectivos valores serão compensados nos direitos a que se referem as letras a e b. 3.2 Direitos assegurados no revezamento de 12 horas Ao empregado que trabalhe no regime de revezamento em turno de 12 horas, além dos direitos previstos nas letras de a a d do subtópico 3.1, ficam assegurados também os seguintes direitos: a) alojamento coletivo gratuito e adequado ao seu descanso e higiene; b) repouso de 24 horas consecutivas para cada turno trabalhado. A concessão desse repouso substitui a obrigatoriedade de concessão do repouso semanal remunerado. 4. Regime de sobreaviso Entende-se por regime de sobreaviso aquele em que o empregado permanece à disposição do empregador, por um período de 24 horas, para prestar assistência aos trabalhos normais ou atender às necessidades ocasionais de operação. Em cada jornada de sobreaviso, o trabalho efetivo não excederá 12 horas. Sempre que for imprescindível a continuidade operacional durante as 24 horas do dia, os empregados a seguir relacionados poderão ser mantidos no regime de sobreaviso: a) com responsabilidade de supervisão das operações de exploração, perfuração, produção e refinação de petróleo, industrialização do xisto, indústrias petroquímicas e transporte de petróleo e seus derivados por meio de dutos; Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/ Fascículo 11 CT11-07

10 b) engajados em trabalhos de geologia de poço ou, ainda, em trabalhos de apoio operacional às atividades de exploração, perfuração, produção e transferência de petróleo do mar e atividades de exploração, perfuração e produção de petróleo em áreas terrestres distantes ou de difícil acesso. 4.1 Direito dos empregados sob regime de sobreaviso Durante o período em que permanecer no regime de sobreaviso, serão assegurados ao empregado os seguintes direitos: a) alimentação gratuita, no posto de trabalho, durante o período em que estiver em serviço; b) transporte gratuito para o local de trabalho; c) alojamento coletivo gratuito e adequado ao seu descanso e higiene; d) repouso de 24 horas consecutivas para cada período de 24 horas em que permanecer de sobreaviso. A concessão desse repouso desobriga o empregador de conceder o repouso semanal remunerado; e) remuneração adicional correspondente a, no mínimo, 20% do respectivo salário-básico, para compensar a eventualidade de trabalho noturno ou a variação de horário para repouso e alimentação. Para esse efeito, considera-se salário-básico a importância fixa mensal correspondente à retribuição do trabalho prestado pelo empregado na jornada normal de trabalho, antes do acréscimo de vantagens, incentivos ou benefícios, a qualquer título. 5. Atividades no mar ou em áreas distantes ou de difícil acesso - Regime de revezamento e de sobreaviso - Período máximo de duração Nas atividades de exploração, perfuração, produção e transferência de petróleo do mar ou nas atividades de exploração, perfuração e produção de petróleo em áreas terrestres distantes ou de difícil acesso, o empregado não poderá permanecer em serviço, no regime de revezamento, por período superior a 15 dias consecutivos. A mesma proibição é aplicada aos casos de regime de sobreaviso mencionados no tópico 4 deste procedimento. 6. Alteração do regime de trabalho - Indenização Sempre que, por iniciativa, do empregador for alterado o regime de trabalho do empregado com redução ou supressão das vantagens inerentes aos regimes instituídos pela Lei nº 5.811/1972, objeto deste procedimento, será assegurado ao empregado o direito à percepção de uma indenização correspondente a um só pagamento igual à média das vantagens previstas na mencionada Lei, percebidas nos últimos 12 meses anteriores à mudança, para cada ano ou fração igual ou superior a 6 meses de permanência do regime de revezamento ou de sobreaviso. 6.1 Variação de horários A variação de horários, em escalas de revezamento diurno, noturno ou misto, será estabelecida pelo empregador com observância das condições constantes deste procedimento. Ressalte-se que não constituirá alteração ilícita a exclusão do empregado do regime de revezamento, cabendo-lhe exclusivamente, nessa hipótese, o pagamento da indenização mencionada no item 6. (Lei nº 5.811/1972) N a IOB Comenta Possibilidade do pedido de demissão no curso das férias Uma questão que tem causado dúvida no meio jurídico diz respeito à possibilidade de o empregado pedir demissão no curso de suas férias. Não existe na legislação trabalhista nenhum dispositivo expresso sobre o assunto, o que gera insegurança jurídica em relação à possibilidade desse pedido. Todo empregado tem direito anualmente ao gozo de férias sem prejuízo da remuneração, período em que o contrato de trabalho fica interrompido (CLT, art. 129). A Instrução Normativa SRT nº 15/2010, que estabelece procedimentos para assistência e homologação na rescisão do contrato de trabalho, preceitua em seu art. 19 que é inválida a comunicação de aviso- -prévio na fluência de garantia de emprego e de férias. Donde se conclui que, estando o empregado em gozo de férias, o empregador não poderá lhe conceder o CT Manual de Procedimentos - Mar/ Fascículo 11 - Boletim IOB

11 aviso-prévio. Entretanto, em relação à possibilidade do pedido de demissão no curso das férias, o assunto comporta divergência. Com base na interrupção do contrato de trabalho, há corrente doutrinária que defende ser incabível o pedido de demissão no curso das férias, explicando que nesse período ficariam vedadas as alterações contratuais. Corrente contrária posiciona-se no sentido de que o contrato de trabalho, ainda que interrompido, vigora durante as férias, gerando direitos e obrigações a empregados e empregadores. Para esses doutrinadores, o fato de o contrato estar em pleno vigor durante as férias do empregado torna o pedido de demissão perfeitamente possível. Ante o exposto, considerando inexistir dispositivo legal que vede o pedido de demissão em qualquer situação, entendemos, salvo melhor juízo, que tal pedido no curso das férias é perfeitamente possível, devendo ser observado, no entanto, que: a) caso o empregado seja dispensado do cumprimento do aviso-prévio, nada lhe será descontado a esse título, devendo a rescisão operar-se na data do pedido. O restante das férias, não gozadas, será convertido em férias indenizadas, observando-se que no Termo de Rescisão a compensação dos dias indenizados será efetuada com o valor que foi pago anteriormente; b) caso o empregador não dispense o empregado do cumprimento do aviso-prévio, este deverá ser cumprido após o término das férias, uma vez que férias e aviso-prévio são institutos distintos, que não se confundem. Não obstante o entendimento descrito anteriormente, considerando a ausência de dispositivo legal expresso e a controvérsia existente em relação à questão, o empregador deverá acautelar-se com a medida que adotará. Recomenda-se, inclusive, como medida preventiva, que o empregador consulte antecipadamente o órgão local do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o sindicato da categoria profissional respectiva. Importante lembrar que caberá ao Poder Judiciário a decisão final da controvérsia, caso seja proposta ação nesse sentido. N a IOB Perguntas e Respostas Serviço Militar Admissão de empregados - Documentos exigidos 1) Na admissão de empregado homem é necessário exigir a comprovação da sua situação perante o serviço militar? A legislação trabalhista não contém nenhum dispositivo que exija que o candidato a emprego comprove a regularidade da sua situação perante o serviço militar. Entretanto, a Lei nº 4.375/1964, que dispõe sobre o serviço militar, regulamentada pelo Decreto nº /1966, o qual foi alterado pelo Decreto nº /1986, estabelece que nenhum brasileiro, entre 1º de janeiro do ano em que completar 19 anos e 31 de dezembro do ano em que completar 45 anos de idade, poderá, sem fazer prova de estar em dia com as suas obrigações militares, entre outros, ingressar como funcionário, empregado ou associado em instituição, empresa ou associação oficial ou oficializada ou subvencionada ou cuja existência ou funcionamento dependa de autorização ou reconhecimento do Governo federal, estadual ou municipal. Conforme estabelecem a Lei nº 4.375/1964, art. 66, e o Decreto nº /1966, art. 206, parágrafo único, e art. 211, as empresas, companhias e instituições de qualquer natureza participarão da execução da Lei do Serviço Militar. Essa participação consistirá na responsabilidade de exigir, nos limites de sua competência, o cumprimento das disposições legais referentes ao serviço militar e, em especial, a comprovação de regularidade da situação do cidadão com o serviço militar. Assim, na admissão do empregado deve ser exigido documento que comprove a regularidade da sua situação militar, que pode ser atestada, entre outros, pelo Certificado de Reservista, de Alistamento Militar, de Dispensa de Incorporação etc. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/ Fascículo 11 CT11-09

12 Aposentadoria por tempo de contribuição 2) O tempo de serviço militar será contado como tempo de contribuição para efeito de aposentadoria? Sim. São contados como tempo de contribuição para efeito de aposentadoria, entre outros, o tempo de serviço militar obrigatório, voluntário ou alternativo, ainda que anterior à filiação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), desde que não tenha sido contado para inatividade remunerada nas Forças Armadas ou auxiliares, ou para aposentadoria no serviço público federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal. (Lei nº 8.213/1991, art. 55, caput e I; Regulamento da Previdência Social - RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999, art. 60, caput, IV, a e b ) Férias 3) Como fica o período aquisitivo de férias do empregado que for prestar o serviço militar? O tempo de trabalho anterior à apresentação do empregado para serviço militar obrigatório será computado no período aquisitivo de férias, desde que ele compareça ao estabelecimento dentro de 90 dias, a contar da data em que se verificar a respectiva baixa. O período de afastamento, portanto, não é computado, completando-se o aquisitivo interrompido quando o empregado voltar ao trabalho, observado o prazo legal mencionado. Desse modo se, por exemplo, um empregado que for prestar o serviço militar tiver trabalhado 2 meses em determinado período aquisitivo antes do seu afastamento, precisará trabalhar mais 10 meses a contar do retorno para completar os 12 meses e poder, então, ter direito ao gozo de suas férias. (CLT, arts. 130 e 132) Retorno ao trabalho 4) Que procedimento o empregado deve adotar para ter direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de licença para prestação do serviço militar ou de encargo público? Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude do serviço militar ou de encargo público, é indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo máximo de 30 dias contados da data em que se verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que estava obrigado. (CLT, art. 472, 1º) Salário e FGTS 5) O empregador deve pagar salários e depositar FGTS relativo ao empregado que se afasta em virtude do serviço militar obrigatório? O 1º do art. 60 da Lei nº 4.375/1964 (Lei do Serviço Militar) determina que, durante o tempo em que o empregado estiver incorporado em órgãos militares da ativa ou matriculado nos de formação de reserva, não terá direito ao recebimento de remuneração. Será devido o pagamento pela empresa relativo aos dias trabalhados antes do afastamento para prestação do serviço militar. Ressaltamos que, por determinação legal expressa, durante o período em que o empregado estiver prestando o serviço militar obrigatório, a empresa está obrigada a efetuar os depósitos do FGTS em sua conta vinculada. A base de cálculo dos depósitos será revista sempre que ocorrer aumento geral na empresa ou na categoria profissional a que pertencer o trabalhador. (Lei nº 8.036/1990, art. 15, 5º; Regulamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - RFGTS, aprovado pelo Decreto nº /1990, art. 28, inciso I) CT Manual de Procedimentos - Mar/ Fascículo 11 - Boletim IOB

SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO E O EMPREGADO

SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO E O EMPREGADO SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO E O EMPREGADO 1. Introdução Nos termos do art. 1º da Lei nº 4.375/64, o Serviço Militar consiste no exercício de atividades especiais desempenhadas nas Forças Armadas, ou seja

Leia mais

CONTRATO DE TRABALHO. Empregado Preso

CONTRATO DE TRABALHO. Empregado Preso CONTRATO DE TRABALHO Empregado Preso Muitas dúvidas surgem quando o empregador toma conhecimento que seu empregado encontra-se preso. As dúvidas mais comuns são no sentido de como ficará o contrato de

Leia mais

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual Lição 6. Férias Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual 6.1. FÉRIAS INDIVIDUAIS: arts. 129 a 138 da CLT. As férias correspondem

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Funcionário afastado, e no decorrer ultrapassa o período de concessão de férias, terá diretito as férias

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Funcionário afastado, e no decorrer ultrapassa o período de concessão de férias, terá diretito as férias Funcionário afastado, e no decorrer ultrapassa o período de concessão de férias, terá diretito as férias 31/03/2014 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3

Leia mais

Disciplina: Direito e Processo do Trabalho 4º Semestre - 2011 Professor Donizete Aparecido Gaeta Resumo de Aula. 15º Ponto Aviso Prévio.

Disciplina: Direito e Processo do Trabalho 4º Semestre - 2011 Professor Donizete Aparecido Gaeta Resumo de Aula. 15º Ponto Aviso Prévio. Aviso Prévio 1. Conceito 2. Cabimento 3. Prazo 4. Início da contagem do prazo 5. Ausência do aviso prévio 6. Anotação na CTPS da data do encerramento do contrato de trabalho 7. Renúncia do período de aviso

Leia mais

TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE A SEGUNDA PARCELA DO 13º. 13º Salário - Gratificação Natalina. Adiantamento do 13º Salário nas férias

TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE A SEGUNDA PARCELA DO 13º. 13º Salário - Gratificação Natalina. Adiantamento do 13º Salário nas férias 1 TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE A SEGUNDA PARCELA DO 13º - Gratificação Natalina A Gratificação de Natal, popularmente conhecida como, foi instituída pela Lei 4.090, de 13/07/1962, regulamentada pelo Decreto

Leia mais

Menor Aprendiz Perguntas Frequentes

Menor Aprendiz Perguntas Frequentes Menor Aprendiz Perguntas Frequentes A aprendizagem é regulada pela CLT e passou por um processo de modernização com a promulgação das Leis nºs. 11.180/2005, 10.097/2008 e 11.788/2008. O Estatuto da Criança

Leia mais

CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO

CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO A contratação de empregados por prazo certo e determinado (temporário) é permitida excepcionalmente por meio de legislação específica para que as empresas possam atender

Leia mais

Direitos do Empregado Doméstico

Direitos do Empregado Doméstico Direitos do Empregado Doméstico Com a aprovação da Emenda Constitucional n 72, que ocorreu em 02/04/2013, o empregado doméstico passou a ter novos direitos. Alguns deles independem de regulamentação e,

Leia mais

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 03, DE 1º DE SETEMBRO DE 1997. Art. 1º Baixar as seguintes instruções a serem observadas pela Fiscalização do Trabalho.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 03, DE 1º DE SETEMBRO DE 1997. Art. 1º Baixar as seguintes instruções a serem observadas pela Fiscalização do Trabalho. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 03, DE 1º DE SETEMBRO DE 1997 Dispõe sobre a fiscalização do trabalho nas empresas de prestação de serviços a terceiros e empresas de trabalho temporário. O MINISTRO DE ESTADO DE

Leia mais

FEVEREIRO 2015 BRASÍLIA 1ª EDIÇÃO

FEVEREIRO 2015 BRASÍLIA 1ª EDIÇÃO Secretaria de Políticas Públicas de Emprego Departamento de Emprego e Salário Coordenação-Geral do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e Identificação Profissional SEGURO-DESEMPREGO E ABONO SALARIAL NOVAS

Leia mais

A Lei 6.019/74 que trata da contratação da mão de obra temporária abrange todos os segmentos corporativos ou há exceções?

A Lei 6.019/74 que trata da contratação da mão de obra temporária abrange todos os segmentos corporativos ou há exceções? LUANA ASSUNÇÃO ALBUQUERK Especialista em Direito do Trabalho Advogada Associada de Cheim Jorge & Abelha Rodrigues - Advogados Associados O CONTRATO TEMPORÁRIO DE TRABALHO São as conhecidas contratações

Leia mais

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL E REFORMA DO ESTADO SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS PORTARIA NORMATIVA SRH Nº 2, DE 14 DE OUTUBRO DE 1998

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL E REFORMA DO ESTADO SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS PORTARIA NORMATIVA SRH Nº 2, DE 14 DE OUTUBRO DE 1998 MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL E REFORMA DO ESTADO SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS PORTARIA NORMATIVA SRH Nº 2, DE 14 DE OUTUBRO DE 1998 Dispõe sobre as regras e procedimentos a serem adotados pelos

Leia mais

SEGURO-DESEMPREGO - EMPREGADO DOMÉSTICO - Considerações

SEGURO-DESEMPREGO - EMPREGADO DOMÉSTICO - Considerações SEGURO-DESEMPREGO - EMPREGADO DOMÉSTICO - Considerações Matéria elaborada com base na legislação vigente em: 26/10/2012. Sumário: 1 - Introdução 2 - Seguro-Desemprego 3 - Finalidade 4 - Requisitos 4.1

Leia mais

Cartilha de Extensão de Benefício do Plano Empresarial aos Beneficiários.

Cartilha de Extensão de Benefício do Plano Empresarial aos Beneficiários. Cartilha de Extensão de Benefício do Plano Empresarial aos Beneficiários. Contributários demitidos ou exonerados sem justa causa e/ou aposentados. www.saolucassaude.com.br 01_ DIREITOS E DEVERES DO BENEFICIÁRIO

Leia mais

mesmo empregador recebendo

mesmo empregador recebendo AULA 6: Salário e Remuneração: a partir do art. 457, CLT Equiparação Salarial empregado que almeja ganhar um salário maior, deseja o salário de outro, que é o chamado paradigma ou modelo idêntica função

Leia mais

VERITAE PREVIDÊNCIA SOCIAL SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO ORIENTAÇÕES TRABALHO

VERITAE PREVIDÊNCIA SOCIAL SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO ORIENTAÇÕES TRABALHO TRABALHO PREVIDÊNCIA SOCIAL SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO ORIENTAÇÕES TRABALHO Orientador Empresarial OFF SHORE-REGIME DE TRABALHO-CONSIDERAÇÕES GERAIS SUMÁRIO 1.Empregados-Atividades-Legislação Aplicável

Leia mais

Novidades Trabalhistas

Novidades Trabalhistas Novidades Trabalhistas Ampliação do contrato temporário passa a valer em 1º de Julho. Lei publicada altera artigo da CLT determinando pagamento de adicional de periculosidade para motociclistas. Empresa

Leia mais

CÁLCULOS TRABALHISTAS

CÁLCULOS TRABALHISTAS CÁLCULOS TRABALHISTAS Remuneração - Salário acrescido da média das variáveis (exemplo: comissões) dos últimos 12 meses. - Média: soma das 6 maiores parcelas variáveis mês a mês, divididas por 6, dentro

Leia mais

O CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO

O CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO O CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO Thiago Leão Nepomuceno (*)1 Normalmente, todo final de ano ao se aproximar traz consigo um aumento na demanda de algumas empresas, fazendo com que a necessidade

Leia mais

FÉRIAS DEFINIÇÃO INFORMAÇÕES GERAIS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES FUNDAMENTAÇÃO LEGAL PERGUNTAS FREQUENTES

FÉRIAS DEFINIÇÃO INFORMAÇÕES GERAIS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES FUNDAMENTAÇÃO LEGAL PERGUNTAS FREQUENTES FÉRIAS DEFINIÇÃO INFORMAÇÕES GERAIS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES FUNDAMENTAÇÃO LEGAL PERGUNTAS FREQUENTES DEFINIÇÃO Período de descanso remunerado com duração prevista em lei (Lei 8.112/90 artigos 77 a 80).

Leia mais

Base Legal (Perguntas e Respostas 02.01)

Base Legal (Perguntas e Respostas 02.01) HOMOLOGNET Base Legal (Perguntas e Respostas 02.01) Portaria Nº 1.620, de 14/07/2010: Institui o sistema Homolognet; Portaria Nº 1.621, de 14/07/2010: Aprova modelos de TRCT e Termos de Homologação; Instrução

Leia mais

LAY OFF LEGISLAÇÃO encontra-se transcrito todo o texto, posto que pertinente. Ao final de cada item,

LAY OFF LEGISLAÇÃO encontra-se transcrito todo o texto, posto que pertinente. Ao final de cada item, LAY OFF LEGISLAÇÃO O Lay Off encontra-se definido por legislação específica. Seguem os três itens legislativos a serem considerados, sendo que, nos casos dos itens 1 e 3, respectivamente o artigo 476-A

Leia mais

CALENDÁRIO DE OBRIGAÇÕES MENSAIS

CALENDÁRIO DE OBRIGAÇÕES MENSAIS Data Vencimento 07 Obrigação Salário Mensal Fato Gerador e Fundamento Legal Pagamento mensal da remuneração. (ver nota 1) Salário-Mínimo Valor atual de R$ 788,00 - Decreto nº 8.381/14. Pró-labore Código

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br A doença do empregado e o contrato de trabalho Rodrigo Ribeiro Bueno*. A COMPROVAÇÃO DA DOENÇA DO EMPREGADO A justificação da ausência do empregado motivada por doença, para a percepção

Leia mais

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES RESOLUÇÃO CFC N.º 1.166/09 Dispõe sobre o Registro Cadastral das Organizações Contábeis. regimentais, O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e RESOLVE: CAPÍTULO I

Leia mais

Dispõe sobre o contrato de prestação de serviços e as relações de trabalho dele decorrentes.

Dispõe sobre o contrato de prestação de serviços e as relações de trabalho dele decorrentes. COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROMOVER ESTUDOS E PROPOSIÇÕES VOLTADAS À REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO TERCEIRIZADO NO BRASIL SUGESTÃO DE SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 4.330, DE 2004 Dispõe sobre o contrato

Leia mais

http://www.lgncontabil.com.br/

http://www.lgncontabil.com.br/ ADICIONAL NOTURNO - PROCEDIMENTOS 1. INTRODUÇÃO O adicional noturno é devido ao empregado que trabalha a noite no período biológico em que a pessoa deve dormir. É no período noturno que o organismo humano

Leia mais

ORIENTAÇÃO DE SERVIÇO SCAP N.º 010/2014

ORIENTAÇÃO DE SERVIÇO SCAP N.º 010/2014 ORIENTAÇÃO DE SERVIÇO SCAP N.º 010/2014 A SCAP, no uso das atribuições conferidas pelo art. 36 do Decreto nº 46.557, de 11 de julho de 2014, e considerando o disposto nos arts. 152 a 155 e 211, da Lei

Leia mais

Está em vigor a Medida Provisória n. 680, de 6 de julho de 2015, que institui o Programa de Proteção ao Emprego.

Está em vigor a Medida Provisória n. 680, de 6 de julho de 2015, que institui o Programa de Proteção ao Emprego. INFORMA TRABALHISTA Está em vigor a Medida Provisória n. 680, de 6 de julho de 2015, que institui o Programa de Proteção ao Emprego. Programa de Proteção ao Emprego comparado com o Lay Off ASPECTOS GERAIS

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO II SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO

DIREITO DO TRABALHO II SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DIREITO DO TRABALHO II SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO REVISÃO (OAB/FGV 2010.3) Relativamente à alteração do contrato de trabalho, é correto afirmar que (A) o empregador pode, sem a anuência do empregado

Leia mais

A NOVA LEI DE ESTÁGIO DE ESTUDANTES

A NOVA LEI DE ESTÁGIO DE ESTUDANTES A NOVA LEI DE ESTÁGIO DE ESTUDANTES (11.788, DE 25/09/2008) Definição Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 372, DE 31 DE JULHO DE 2008

RESOLUÇÃO Nº 372, DE 31 DE JULHO DE 2008 RESOLUÇÃO Nº 372, DE 31 DE JULHO DE 2008 Dispõe sobre as férias dos servidores do Supremo Tribunal Federal. O PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o art. 363,

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 555, DE 19 DE JUNHO DE 2015

RESOLUÇÃO Nº 555, DE 19 DE JUNHO DE 2015 Publicada no DJE/STF, n. 122, p. 1-2 em 24/6/2015. RESOLUÇÃO Nº 555, DE 19 DE JUNHO DE 2015 Dispõe sobre as férias dos servidores do Supremo Tribunal Federal. O PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL,

Leia mais

CARTILHA SOBRE A EMENDA CONSTITUCIONAL DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS

CARTILHA SOBRE A EMENDA CONSTITUCIONAL DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS 2 de abril de 2013 CARTILHA SOBRE A EMENDA CONSTITUCIONAL DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS Hoje foi promulgada uma Emenda Constitucional que amplia os direitos trabalhistas dos empregados domésticos. Alguns direitos

Leia mais

A expressão contrato individual de trabalho tem o mesmo significado das expressões contrato de trabalho e contrato de emprego.

A expressão contrato individual de trabalho tem o mesmo significado das expressões contrato de trabalho e contrato de emprego. 1 Aula 02 1 Contrato individual de trabalho A expressão contrato individual de trabalho tem o mesmo significado das expressões contrato de trabalho e contrato de emprego. 1.1 Conceito O art. 442, caput,

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Quando o aviso prévio termina na sexta-feira ou no sábado compensado, o empregado terá direito ao descanso

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Quando o aviso prévio termina na sexta-feira ou no sábado compensado, o empregado terá direito ao descanso Quando o aviso prévio termina na sexta-feira ou no sábado compensado, o empregado terá direito ao descanso semanal remunerado (DSR) 09/10/2015 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas

Leia mais

LEI Nº 2198/2001. A Prefeita Municipal de Ibiraçu, Estado do Espírito Santo, no uso de suas atribuições legais;

LEI Nº 2198/2001. A Prefeita Municipal de Ibiraçu, Estado do Espírito Santo, no uso de suas atribuições legais; LEI Nº 2198/2001 INSTITUI O PROGRAMA DE INCENTIVO AO DESLIGAMENTO VOLUNTÁRIO NA PREFEITURA MUNICIPAL DE IBIRAÇU PDV A Prefeita Municipal de Ibiraçu, Estado do Espírito Santo, no uso de suas atribuições

Leia mais

5. JORNADA DE TRABALHO

5. JORNADA DE TRABALHO 5. JORNADA DE TRABALHO 5.1 DURAÇÃO DA JORNADA A duração normal do trabalho não pode ser superior a oito horas diárias e 44 semanais, sendo facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante

Leia mais

ATO DO 1º SECRETÁRIO Nº 2, DE 2013.

ATO DO 1º SECRETÁRIO Nº 2, DE 2013. ATO DO 1º SECRETÁRIO Nº 2, DE 2013. Regulamenta o controle do cumprimento da jornada e do horário de trabalho pelos servidores do Senado Federal, nos termos do Ato da Comissão Diretora nº 7, de 2010. O

Leia mais

REGULAMENTO/COGEP Nº 001, DE 1º DE JUNHO DE 2012. 2ª Edição Atualizada em 29 de janeiro de 2013.

REGULAMENTO/COGEP Nº 001, DE 1º DE JUNHO DE 2012. 2ª Edição Atualizada em 29 de janeiro de 2013. REGULAMENTO/COGEP Nº 001, DE 1º DE JUNHO DE 2012. 2ª Edição Atualizada em 29 de janeiro de 2013. Dispõe acerca da Política de uso do PONTO ELETRÔNICO E DA JORNADA DE TRABALHO dos servidores do Instituto

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Funcionário Preso

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Funcionário Preso Funcionário Preso 15/04/2014 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Legislação... 3 3.1 Informação Sefip... 5 4. Conclusão... 6 5. Referências...

Leia mais

Lição 11. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS

Lição 11. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS Lição 11. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS (Lei nº 8.036, de 11/5/90, e Decreto nº 99.684, de 8/11/90). 11.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é uma conta

Leia mais

Alternativas da legislação trabalhista para o enfrentamento da crise

Alternativas da legislação trabalhista para o enfrentamento da crise Alternativas da legislação trabalhista para o enfrentamento da crise Maria Lúcia L Menezes Gadotti Telefone : (11) 3093-6600 e-mail: marialucia.gadotti@stussinevessp.com.br Constituição Federal CLT e outras

Leia mais

CONVENÇÃO COLETIVA 2015/2016

CONVENÇÃO COLETIVA 2015/2016 CONVENÇÃO COLETIVA 2015/2016 A seguir reproduzimos as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho entre o SINPROCIM e SINDPRESP, em relação a convenção anterior. REAJUSTE SALARIAL A partir de 1º de março

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Recursos Humanos Departamento de Administração de Pessoal

Universidade Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Recursos Humanos Departamento de Administração de Pessoal FÉRIAS Cód.: FER Nº: 55 Versão: 10 Data: 05/12/2014 DEFINIÇÃO Período de descanso remunerado com duração prevista em lei. REQUISITOS BÁSICOS 1. Servidor efetivo: - Possuir 12 (doze) meses de efetivo exercício

Leia mais

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 91, inciso III, da Constituição Estadual e,

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 91, inciso III, da Constituição Estadual e, DECRETO N.º 2297 R, DE 15 DE JULHO DE 2009. (Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial de 16/07/2009) Dispõe sobre procedimentos para concessão de licenças médicas para os servidores públicos

Leia mais

PROJETO DE LEI 4330 DISCUSSÃO ACERCA DA TERCEIRIZAÇÃO

PROJETO DE LEI 4330 DISCUSSÃO ACERCA DA TERCEIRIZAÇÃO PROJETO DE LEI 4330 DISCUSSÃO ACERCA DA TERCEIRIZAÇÃO Análise acerca das últimas discussões sobre o Projeto de Lei 4330, que regula o contrato de prestação de serviços terceirizados e as relações de trabalho

Leia mais

ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. PROGRAMA DE PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS - PLR EXERCÍCIOS 2014 e 2015

ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. PROGRAMA DE PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS - PLR EXERCÍCIOS 2014 e 2015 1 ACORDO COLETIVO DE TRABALHO PROGRAMA DE PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS - PLR EXERCÍCIOS 2014 e 2015 Pelo presente instrumento particular, de um lado: VALE S/A, inscrita no CNPJ (MF) sob o n.º 33.592.510/0001-54,

Leia mais

Contratos de trabalho por tempo determinado, previstos na CLT

Contratos de trabalho por tempo determinado, previstos na CLT Contratos de trabalho por tempo determinado, previstos na CLT O contrato de trabalho por prazo determinado é aquele cuja duração dependa de termo prefixado ou da execução de serviços específicos ou ainda

Leia mais

Confira a autenticidade no endereço http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/.

Confira a autenticidade no endereço http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/. ACORDO COLETIVO DE TRABALHO 2014/2015 NÚMERO DE REGISTRO NO MTE: MT000334/2014 DATA DE REGISTRO NO MTE: 08/07/2014 NÚMERO DA SOLICITAÇÃO: MR039626/2014 NÚMERO DO PROCESSO: 46210.001278/2014-33 DATA DO

Leia mais

CONTRATO DE TRABALHO DE CURTA DURAÇÃO

CONTRATO DE TRABALHO DE CURTA DURAÇÃO CONTRATO DE TRABALHO DE CURTA DURAÇÃO BSB,25.02.2014 COMO SE SABE O GOVERNO ( RE) APRESENTOU( NOVA INVESTIDA ) ANTEPROJETO DE LEI ELABORADO COM VISTAS A ESTABELECER O CONTRATO DE TRABALHO DE CURTA DURAÇÃO.

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Dispensa Registro de Marcações no Intervalo de Trabalho - Batidas Pré-Assinaladas

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Dispensa Registro de Marcações no Intervalo de Trabalho - Batidas Pré-Assinaladas Dispensa Registro de Marcações no Intervalo de Trabalho - Batidas Pré-Assinaladas 16/04/2014 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Legislação...

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Indenização por Término de Contrato para Empregado Safrista

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Indenização por Término de Contrato para Empregado Safrista Indenização por Término de Contrato para 10/03/2014 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Legislação... 3 3.1 Verbas Rescisórias... 4 3.1.1

Leia mais

ANÁLISE DO EDITAL DE AUDIÊNCIA PÚBLICA SDM Nº 15/2011 BM&FBOVESPA

ANÁLISE DO EDITAL DE AUDIÊNCIA PÚBLICA SDM Nº 15/2011 BM&FBOVESPA ANÁLISE DO EDITAL DE AUDIÊNCIA PÚBLICA SDM Nº 15/2011 MINUTA PROPOSTA CVM Art. 1º As pessoas habilitadas a atuar como integrantes do sistema de distribuição, os analistas, os consultores e os administradores

Leia mais

JORNADA DE TRABALHO SINDIREPA LUCIANA CHARBEL GERÊNCIA DE RELAÇÕES TRABALHISTAS 20 DE JUNHO DE 2013

JORNADA DE TRABALHO SINDIREPA LUCIANA CHARBEL GERÊNCIA DE RELAÇÕES TRABALHISTAS 20 DE JUNHO DE 2013 JORNADA DE TRABALHO SINDIREPA LUCIANA CHARBEL GERÊNCIA DE RELAÇÕES TRABALHISTAS 20 DE JUNHO DE 2013 DURAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO DIÁRIA: 8 HORAS SEMANAL: 44 HORAS MENSAL: 220 HORAS INTERVALOS PARA DESCANSO

Leia mais

DECRETO Nº. 1.370/2015 DE 05 DE JANEIRO DE 2015. O Prefeito Municipal de Querência - MT, no uso de suas

DECRETO Nº. 1.370/2015 DE 05 DE JANEIRO DE 2015. O Prefeito Municipal de Querência - MT, no uso de suas DECRETO Nº. 1.370/2015 DE 05 DE JANEIRO DE 2015. Dispõe acerca da Política de uso do ponto eletrônico e da jornada de trabalho dos servidores públicos do Poder Executivo município de Querência - MT. atribuições,

Leia mais

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES RESOLUÇÃO CFC N.º 1.390/12 Dispõe sobre o Registro Cadastral das Organizações Contábeis. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, RESOLVE: CAPÍTULO I

Leia mais

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, RESOLUÇÃO CFC N.º 1.389/12 Dispõe sobre o Registro Profissional dos Contadores e Técnicos em Contabilidade. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, RESOLVE:

Leia mais

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.389/12 Dispõe sobre o Registro Profissional dos Contadores e Técnicos em Contabilidade.

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.389/12 Dispõe sobre o Registro Profissional dos Contadores e Técnicos em Contabilidade. RESOLUÇÃO CFC N.º 1.389/12 Dispõe sobre o Registro Profissional dos Contadores e Técnicos em Contabilidade. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, RESOLVE:

Leia mais

13º SALARIO Posteriormente, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º,

13º SALARIO Posteriormente, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º, 13º SALARIO Trabalhadores beneficiados Farão jus ao recebimento do 13º salário os seguintes trabalhadores: a) empregado - a pessoa física que presta serviços de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter

Leia mais

Faltas Justificadas e Licenças na Aprendizagem Profissional

Faltas Justificadas e Licenças na Aprendizagem Profissional Faltas Justificadas e Licenças na Aprendizagem Profissional Matheus Florencio Rodrigues Assessor Jurídico do INAMARE www.inamare.org.br Fone: (44) 3026-4233 Juliana Patricia Sato Assessora Jurídico do

Leia mais

CONSELHO SUPERIOR (CANCELADA)

CONSELHO SUPERIOR (CANCELADA) CONSELHO SUPERIOR (CANCELADA) Resolução-CSDP nº 062, de 10 de setembro de 2010 Dispõe sobre a concessão de férias aos Defensores Públicos do Estado do Tocantins e dá outras providências. O CONSELHO SUPERIOR

Leia mais

Devem constar do Termo de Compromisso, dentre outras disposições: - qualificação da empresa concedente, do estagiário e da instituição de ensino;

Devem constar do Termo de Compromisso, dentre outras disposições: - qualificação da empresa concedente, do estagiário e da instituição de ensino; ESTÁGIO O Estágio de Estudantes é regido pela Lei nº 6.494, de 07/12/1977, regulamentada pelo Decreto nº 87.497, de 18/08/1982, com posteriores alterações do Decreto nº 89.467/84. Define-se como estagiários,

Leia mais

AS MUDANÇAS NO ESTATUTO JURÍDICO DOS DOMÉSTICOS EC 72/13 Gáudio R. de Paula e José Gervásio Meireles

AS MUDANÇAS NO ESTATUTO JURÍDICO DOS DOMÉSTICOS EC 72/13 Gáudio R. de Paula e José Gervásio Meireles AS MUDANÇAS NO ESTATUTO JURÍDICO DOS DOMÉSTICOS EC 72/13 Gáudio R. de Paula e José Gervásio Meireles A aprovação do projeto de Emenda Constitucional 66/2012, e a subsequente edição da EC 72/13, relativo

Leia mais

PROJETO DE LEI N. O CONGRESSO NACIONAL decreta:

PROJETO DE LEI N. O CONGRESSO NACIONAL decreta: PROJETO DE LEI N Institui o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego PRONATEC, altera as Leis n. 7.998, de 11 de janeiro de 1990, n. 8.121, de 24 de julho de 1991 e n. 10.260, de 12 de julho

Leia mais

PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PATRONAL 2015 (Fetquim)

PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PATRONAL 2015 (Fetquim) PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PATRONAL 2015 (Fetquim) CLÁUSULAS PARA DISCUSSÃO CLÁUSULA PRIMEIRA - VIGÊNCIA E DATA-BASE As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 1º

Leia mais

Considerando que as Faculdades Integradas Sévigné estão em plena reforma acadêmica que será implementada a partir de 2009 e;

Considerando que as Faculdades Integradas Sévigné estão em plena reforma acadêmica que será implementada a partir de 2009 e; RESOLUÇÃO CSA 02/2009 REFERENDA A PORTARIA DG 02/2008 QUE APROVOU A INSERÇÃO DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS NÃO OBRIGATÓRIOS NOS PROJETOS PEDAGÓGICOS DOS CURSOS OFERTADOS PELAS FACULDADES INTEGRADAS SÉVIGNÉ.

Leia mais

Dispensa Sem Justa Causa. Dispensa com Justa Causa. (**) Culpa Recíproca ou Força Maior. Rescisão Indireta. Pedido de Demissão

Dispensa Sem Justa Causa. Dispensa com Justa Causa. (**) Culpa Recíproca ou Força Maior. Rescisão Indireta. Pedido de Demissão RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO VERBAS RESCISÓRIAS (Antes de qualquer procedimento rescisório, importante ler os cuidados especiais ao final Verbas adicionais) Dispensa Sem Justa Causa AvisoPrévio Dispensa

Leia mais

SISTEMAS ESPECIAIS DE PREVIDÊNCIA

SISTEMAS ESPECIAIS DE PREVIDÊNCIA Seguridade Social Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 36 SISTEMAS ESPECIAIS DE PREVIDÊNCIA Congressistas deputados federais e senadores tinham até 1997 um regime próprio de Previdência Social (I.P.C.)

Leia mais

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 8, DE 6 DE JULHO DE 1993 I - DAS REGRAS GERAIS SOBRE A CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 8, DE 6 DE JULHO DE 1993 I - DAS REGRAS GERAIS SOBRE A CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 8, DE 6 DE JULHO DE 1993 O MINISTRO DE ESTADO CHEFE DA SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe conferem a Lei nº 8.490, de

Leia mais

LEI Nº 12.546/2011 (MP 540/2011) ORIENTAÇÕES PRÁTICAS - DESONERAÇÃO FOLHA DE PAGAMENTO TI/TIC

LEI Nº 12.546/2011 (MP 540/2011) ORIENTAÇÕES PRÁTICAS - DESONERAÇÃO FOLHA DE PAGAMENTO TI/TIC LEI Nº 12.546/2011 (MP 540/2011) ORIENTAÇÕES PRÁTICAS - DESONERAÇÃO FOLHA DE PAGAMENTO TI/TIC 1 INTRODUÇÃO Em 15 de dezembro de 2011 a Presidente da República SANCIONOU a Lei nº 12.546/2011 (decorrente

Leia mais

DIREITO NAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 3 OUTROS TIPOS DE CONTRATOS DE TRABALHO

DIREITO NAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 3 OUTROS TIPOS DE CONTRATOS DE TRABALHO DIREITO NAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 3 OUTROS TIPOS DE CONTRATOS DE TRABALHO Índice 1. Outros Tipos de Contratos de Trabalho...3 1.1. Trabalho Rural... 3 1.2. Estagiário... 4 1.3. Trabalho Temporário... 5 1.4.

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 Emendas Constitucionais Emendas Constitucionais de Revisão Ato das Disposições

Leia mais

ABONO DE PERMANÊNCIA

ABONO DE PERMANÊNCIA ABONO DE PERMANÊNCIA O abono de permanência foi instituído pela Emenda Constitucional nº 41/03 e consiste no pagamento do valor equivalente ao da contribuição do servidor para a previdência social, a fim

Leia mais

MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL Copia Controlada nº Código: RHP07 V05 Emissão: 30/05/2012 Folha: 1/18 MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS Registro de Ponto Copia Controlada nº Código: RHP07 V05 Emissão: 30/05/2012 Folha: 2/18 1 Conteúdo

Leia mais

APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 1- DEFINIÇÃO APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 1.1 Passagem do servidor da atividade para a inatividade, com proventos calculados de acordo com a média aritmética das maiores remunerações,

Leia mais

PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PATRONAL 2015 (Federação)

PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PATRONAL 2015 (Federação) PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PATRONAL 2015 (Federação) CLÁUSULAS PARA DISCUSSÃO CLÁUSULA PRIMEIRA - VIGÊNCIA E DATA-BASE As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 1º

Leia mais

Convenção nº 146. Convenção sobre Férias Anuais Pagas dos Marítimos

Convenção nº 146. Convenção sobre Férias Anuais Pagas dos Marítimos Convenção nº 146 Convenção sobre Férias Anuais Pagas dos Marítimos A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho: Convocada para Genebra pelo conselho administração da Repartição Internacional

Leia mais

SECRETARIA DE POLÍTICAS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 02, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2014.

SECRETARIA DE POLÍTICAS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 02, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2014. SECRETARIA DE POLÍTICAS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 02, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2014. (Publicada no D.O.U. de 17/02/2014) Estabelece instruções para o reconhecimento, pelos Regimes Próprios

Leia mais

Secretaria de Recursos Humanos

Secretaria de Recursos Humanos FÉRIAS CONCESSÃO/PAGAMENTO/INTERRUPÇÃO 1 - A cada exercício correspondente ao ano civil, os servidores fazem jus a trinta dias de férias? Resposta: sim, ressalvados os seguintes casos: I - o servidor que

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 253 DE 4 DE OUTUBRO DE 2000

RESOLUÇÃO Nº 253 DE 4 DE OUTUBRO DE 2000 RESOLUÇÃO Nº 253 DE 4 DE OUTUBRO DE 2000 Estabelece procedimentos para a concessão do benefício do Seguro-Desemprego ao Empregado Doméstico. O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador CODEFAT,

Leia mais

ADVERTÊNCIA E SUSPENSÃO DISCIPLINAR

ADVERTÊNCIA E SUSPENSÃO DISCIPLINAR ADVERTÊNCIA E SUSPENSÃO DISCIPLINAR A CLT ao estabelecer em seu artigo 2º a definição de empregador, concede a este o poder e o risco da direção da atividade, controlando e disciplinando o trabalho, aplicando,

Leia mais

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, RESOLUÇÃO CFC N.º 1.371/11 Dispõe sobre o Registro das Entidades Empresariais de Contabilidade. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, RESOLVE: CAPÍTULO

Leia mais

MATERIAL DE APOIO PROFESSOR. a.1) normal: 06 horas por dia e 30 horas por semana 224, caput e 226 CLT

MATERIAL DE APOIO PROFESSOR. a.1) normal: 06 horas por dia e 30 horas por semana 224, caput e 226 CLT TURMA EXTENSIVA SEMANAL Prof. Otavio Calvet Data: 09.11.2009 Aula nº 31 MATERIAL DE APOIO PROFESSOR Contratos de Trabalho Especiais: I. Bancário a) Duração do trabalho - art. 224 CLT a.1) normal: 06 horas

Leia mais

ACORDO COLETIVO DE TRABALHO 2012/2012

ACORDO COLETIVO DE TRABALHO 2012/2012 ACORDO COLETIVO DE TRABALHO 2012/2012 NÚMERO DE REGISTRO NO MTE: MG002058/2012 DATA DE REGISTRO NO MTE: 15/05/2012 NÚMERO DA SOLICITAÇÃO: MR018377/2012 NÚMERO DO PROCESSO: 46211.004510/2012-13 DATA DO

Leia mais

1- CONTRATO DE TRABALHO

1- CONTRATO DE TRABALHO 1- CONTRATO DE TRABALHO 1.1 - ANOTAÇÕES NA CARTEIRA DE TRABALHO Quando o empregado é admitido - mesmo em contrato de experiência -, a empresa tem obrigatoriamente que fazer as anotações na carteira de

Leia mais

COMPOSIÇÃO DO CÁLCULO DA TAXA DE ENCARGOS SOCIAIS (MEMÓRIA DE CÁLCULO)

COMPOSIÇÃO DO CÁLCULO DA TAXA DE ENCARGOS SOCIAIS (MEMÓRIA DE CÁLCULO) COMPOSIÇÃO DO CÁLCULO DA TAXA DE ENCARGOS SOCIAIS (MEMÓRIA DE CÁLCULO) ESCLARECIMENTOS PRELIMINARES Inicialmente é necessário esclarecer que este estudo permite ser moldado às características de cada empresa,

Leia mais

AVERBAÇÃO Salvador, Agosto/2010 1

AVERBAÇÃO Salvador, Agosto/2010 1 AVERBAÇÃO Salvador, Agosto/2010 1 I) AVERBAÇÃO. CONCEITO E NOÇÕES INTRODUTÓRIAS. Conceito: É o registro, nos assentamentos do servidor, de determinado tempo de serviço/contribuição. Noções genéricas, que

Leia mais

CAPÍTULO I - VIGÊNCIA E ABRANGÊNCIA CAPÍTULO II - REMUNERAÇÃO E PAGAMENTO

CAPÍTULO I - VIGÊNCIA E ABRANGÊNCIA CAPÍTULO II - REMUNERAÇÃO E PAGAMENTO CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, QUE ENTRE SI FAZEM, DE UM LADO O SINDICATO DOS CONDUTORES DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS E TRABALHADORES EM TRANSPORTES DE CARGAS EM GERAL E PASSAGEIROS NO MUNICÍPIO DO RIO DE

Leia mais

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 1ª TURMA RECURSAL JUÍZO A

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 1ª TURMA RECURSAL JUÍZO A JUIZADO ESPECIAL (PROCESSO ELETRÔNICO) Nº200870580000930/PR RELATORA : Juíza Ana Beatriz Vieira da Luz Palumbo RECORRENTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL INSS RECORRIDO : DIRCÉLIA PEREIRA 200870580000930

Leia mais

O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA

O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA 1. INTRODUÇÃO A previdência social no Brasil pode ser divida em dois grandes segmentos, a saber: Regime Geral de Previdência Social (RGPS):

Leia mais

JOVEM APRENDIZ. Resultado do Aprofundamento dos Estudos. Coordenação-Geral de Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação

JOVEM APRENDIZ. Resultado do Aprofundamento dos Estudos. Coordenação-Geral de Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação Resultado do Aprofundamento dos Estudos Coordenação-Geral de Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação Introdução A formação técnico-profissional de jovens é de grande importância para sua inserção

Leia mais

LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA

LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA AUXÍLIO-DOENÇA - PROCEDIMENTOS LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA Sumário 1. Introdução 2. Conceito Auxílio-doença 2.1 Tipos de auxílio-doença 3. pagamento 4. Carência - Conceito 4.1 Independe de carência 4.2 Depende

Leia mais

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2006 / 2007

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2006 / 2007 2006 / 2007 O SINDICATO NACIONAL DAS EMPRESAS DE AVIAÇÃO AGRÍCOLA SINDAG e o SINDICATO DOS TÉCNICOS AGRÍCOLAS DE NÍVEL MÉDIO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SINTARGS, firmam a presente CONVENÇÃO COLETIVA

Leia mais