O papel do setor público no desenvolvimento do mercado de biocombustíveis avançados
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- Antônio Penha Amarante
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1 O papel do setor público no desenvolvimento do mercado de biocombustíveis avançados 17 de outubro de 2016
2 Agenda 1. O Estado e o financiamento da inovação 2. Definições 3. O mercado de Bioetanol, Biodiesel e Biogás 4. Novos desafios 3. A Finep e o setor de biocombustíveis 4. Mecanismos de apoio
3 Contextualização Importância do Apoio Público à Inovação Investimentos em P,D&I e sua relação com os ciclos Econômicos, Área OCDE, 1982 a 2012 % 12 Business-financed R&D expenditures Government-financed R&D expenditures Government R&D budgets (subset of OECD countries) GDP Fonte: OCDE Forte correlação entre Gastos Privados em P&D e Crescimento econômico: investimento empresarial em P,D&I é pró-ciclíco. Em momentos de queda no cresimento econômico, como na crise de 2008 e 2009, o Estado costuma atuar para elevar os investimentos em P,D&I
4 Contextualização Importância do Apoio Público à Inovação PIB Norte-Americano e Aplicações de Marcas Registradas no USPTO, 2003 a Health, pharma and cosmetics Leisure and education Advertising and business services ICT and audiovisual % % United States GDP (right-hand scale) Fonte: OCDE
5 Investimento Privado em P&D em relação ao PIB x Crescimento PIB - Brasil 30,0% 25,0% 20,0% 15,0% 10,0% Crescimento Dispêndio Privado em P&D - Moeda Constante Crescimento PIB 5,0% 0,0% ,0% Fonte: MCTI e IPEA Data Correlação 0,694662
6 Investimento em P&D em relação ao PIB - Brasil 1,4 1,2 1 1,04 1,06 1,01 1 0,96 1 0,99 1,08 1,13 1,12 1,16 1,14 1,15 1,24 0,8 0,6 0,57 0,54 0,5 0,5 0,52 0,51 0,52 0,49 0,49 0,48 0,49 0,48 0,49 0,56 0,57 0,56 0,52 0,59 0,59 0,6 0,57 0,53 0,54 0,63 0,71 0,52 0,52 Total Dispêndios públicos Dispêndios empresariais 0,4 0,2 Apesar do dispêndio total estar aumentando, os investimentos empresariais têm caído! Fonte: MCTI Meta Plano Brasil Maior: 0,90% do PIB em dispêndios empresariais
7 Investimento Privado em P&D em Relação ao PIB BERD, as % of GDP Contextualização Importância do Apoio Público à Inovação Investimento Privado em P&D e apoio governamental, 2011 Volume of of tax support to to business R&D, R&D, (million (million USD PPP) USD PPP) No incentive No incentive No data available USD 75 million USD 75 million USD 250 USD million 250 million USD USD million 500 million 3,5 ISR KOR 3,0 FIN JPN 2,5 SWE CHE DNK USA 2,0 AUT 1,5 1,0 0,5 LUX ITA SVK CHL ZAF DEU EST CHN PRT NZL TUR AUS NOR ESP BRA GBR IRL CZE HUN NLD CAN BEL SVN FRA RUS MEX POL 0,0 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 Fonte: OCDE Total government support (direct and tax) to business R&D, as % of GDP Apoio Público Total aos investimentos privados (% do PIB)
8 Contextualização Importância do Apoio Público à Inovação Percentual de Firmas recebendo apoio público à Inovação, por tamanho de empresa, 2006 a 2010 Percentual das firmas inovativas em produto ou processo % Large firms All firms ( ) SMEs All firms ( ) Large firms SMEs 10 0 Fonte: OCDE
9 Conceitos Biocombustíveis (Lei nº 12490/2011): Substâncias derivadas de biomassa renovável, como o biodiesel, o etanol e outras substâncias estabelecidas por regulações da ANP, que podem ser usadas diretamente ou através de adaptações em motores de combustão interna ou outros tipos de geração de energia, podendo substituir parcial ou totalmente os combustíveis fósseis. Biocombustíveis avançados (Renewable Fuel Standard - RFS, EUA): São aqueles que podem reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em até 50% em todo o ciclo de vida (em relação ao combustível fóssil equivalente) e que são produzidos de biomassas diferentes do milho, o que inclui: o bioetanol brasileiro, de forma geral, o biodiesel de diversas biomassas, o bioetanol de biomassa lignocelulósica, o biogás de resíduos agroindustriais e outros diversos (bioqav, biobutanol, biometanol, etc.). No Brasil, considerando valor de mercado, produção, consumo e potencial de expansão, destacam-se: BIOETANOL, BIODIESEL e BIOGÁS.
10 Bioetanol O Brasil é o 2º maior produtor mundial de bioetanol, depois dos EUA, seguido por China, Canadá e França. Brasil e EUA, no entanto, concentram 85,3% da produção mundial, de 97,2 bilhões de litros, base 2015 (RFA, 2016). Indústria concentrada e sofrendo rápida modernização cerca de 380 usinas operando; Setor financeiramente fragilizado Aumento projetado da oferta de bioetanol menor do que o crescimento projetado da demanda (nacional e externa); Fonte: Renewable Fuels Association, Elaboração: Finep. Departamento de Agronegócio e Biocombustíveis. Demanda brasileira por etanol crescente até 2016, graças ao aumento de participação na frota nacional de veículos flex fuel; demanda internacional por etanol tende a crescer (EUA, principalmente);
11 Bioetanol São necessárias alternativas que permitam cobrir o gap na necessidade nacional futura de combustíveis, p. ex., aumento da produtividade agrícola e industrial, da estrutura e eficiência logística, dentre outras saídas.
12 Biodiesel O Brasil é o 3º maior produtor mundial, atrás da União Europeia (Alemanha e França) e EUA, seguido pela Argentina; ao mesmo tempo, ocupa também o 3º lugar em consumo mundial, sendo sua produção quase totalmente absorvida pelo mercado interno. O maior impulso para sua utilização vem do objetivo de reduzir a poluição ambiental; União Europeia, EUA, Argentina e Brasil têm normativos fortes para utilização obrigatória do biodiesel em mistura ao diesel fóssil, bem como para desonerações tributárias na produção e distribuição desse biocombustível, com a finalidade principal de reduzir a poluição atmosférica em particulados e gases sulfídricos. Indústria pouco concentrada, estando usualmente ligada aos beneficiadores de suas matérias-primas. Setor com alguns incentivos fiscais diferenciados.
13 Biogás Na matriz energética brasileira, possui ainda uma participação incipiente, porém com enorme potencial de crescimento. Dentre 500 plantas geradoras de energia elétrica a partir de biomassa, apenas 14 são de biogás, com capacidade instalada de 83,7 MW que corresponde a 0,63% da capacidade instalada sobre biomassa (ANEEL, 2015). Geração de Energia Elétrica - Acionando motogeradores ou turbinas. Agronegócio - Biodigestão de efluentes, p.ex. vinhaça da produção de etanol; - Biodigestão de resíduos sólidos, p.ex. torta de filtro (sucroalcooleiro), camade-frango e dejetos de poedeiras (avícola), dejetos de suínos. Resíduos Urbanos - RSU: biogás de aterros sanitários e de tratamento mecânicobiológico; - Biogás de ETEs. Em São Paulo está com o setor em forte expansão, com incentivos governamentais, podendo chegar o biogás a suprir, até 2020, 30% da necessidade de gás da região.
14 21ª Conferência das Partes COP21 Compromissos brasileiros nas Intended Nationally Determined Contributions (INDCs): Reduzir em 37% até 2025, e em 43% até 2030, as emissões de gases do efeito estufa (com base nos níveis de 2005); Descarbonizar a economia até 2100 (o País não deverá mais ter emissões positivas de GEE na atmosfera); Até 2030, alcançar a participação de 18% de biocombustíveis na matriz energética (através de etanol, biocombustíveis de segunda geração e a parte de biodiesel na mistura do diesel, principalmente); Aumentar de 10% para 23% o uso de energias renováveis (solar, eólica e biomassa) na matriz elétrica.
15 Exemplos de temas apoiáveis para Inovação no setor Desenvolvimento de novas variedades de cana-de-açúcar e de cana-energia; Desenvolvimento de soluções flexíveis ( Usinas Flex ) para utilização de diferentes tipos de biomassa (milho, sorgo, etc.) em usinas sucroenergéticas Desenvolvimento nacional de todo o ciclo industrial do etanol de 2ª geração, aumentando a difusão de suas tecnologias; Desenvolvimento nacional de novas rotas tecnológicas de produção de biodiesel; Desenvolvimento agrícola e biotecnológico de biomassas alternativas para produção de óleos adequados a produção de biodiesel Desenvolvimento de novas tecnologias para processar biomassa in natura (como bagaço e palha de cana, madeira e bambus) Desenvolvimento de sistemas logísticos que permitam a produção e distribuição em larga escala do biogás
16 Pós-PAISS Pré-PAISS PAISS Industrial - Balanço Lançado em Março/2011 Principais Focos: Etanol de 2ª Geração e novos produtos provenientes da cana de maior valor agregado. Finep: R$ 1,7 Bi contratados Exemplos de empresas contratadas: Como resultado dos investimentos estimulados pelo PAISS, o Brasil se reposicionou na corrida tecnológica mundial pelos biocombustíveis 2G Expectativa de Produção de Etanol 2G em 2015 (em milhões de litros) EUA 2115 Cenário Pré-PAISS União Européia 168 Brasil 0 EUA 834 Cenário Pós-PAISS União Européia Brasil Fonte: Publicação BNDES, baseado em F.O. Licht s.
17 PAISS Agrícola e Tendências Futuras O PAISS Industrial acabou tendo como foco principal o desenvolvimento de processos produtivos para o Etanol 2G, além de novos produtos provenientes da cana de maior valor agregado. No entanto, foi diagnosticado que também era necessário o desenvolvimento de novas tecnologias para o aumento da produtividade agrícola. A Finep e o BNDES lançaram, então, o PAISS Agrícola em fevereiro de 2014, com os seguintes focos principais: Desenvolvimento de novas Variedades (foco em transgenia) Novas Máquinas e Implementos Novas técnicas de propagação de mudas Adaptação de sistemas industriais para outras culturas (Ex: milho e sorgo) Principais Tendências Tecnológicas do Setor Aumento da produtividade da cana-de-açúcar (além de 250 t/h) Maior eficiência e redução nos custos de produção do Etanol 2G Desenvolvimento de produtos de maior valor agregado.
18 A Finep A Finep é uma empresa pública vinculada ao MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) criada em 24 de julho de Seu objetivo é atuar em toda a cadeia da inovação, com foco em ações estratégicas, estruturantes e de impacto para o desenvolvimento sustentável do Brasil.
19 Apoio a todo o Ciclo da Inovação Grandes Empr. PME Startups de BT ICTs Risco Tecnológico e Prazo Subvenção Crédito Subvenção Crédito ou Investimento Subvenção Investimento Não Reembolsável
20 Portfólio de instrumentos Finep Demanda espontânea Relativa lentidão Investimento Subvenção Instabilidade de fundos Chamamento Público (Editais) Exigênc. garantias Crédito Empresas ICTs Financiamento Nãoreembolsável: ICTs-Empresas Financiamento Nãoreembolsável: Encomenda ICTs Financiamento Nãoreembolsável: Somentes ICTs Encomenda (demanda governamental)
21 Exploração sobre novos instrumentos Títulos financeiros Grande empresa Opções de compra de participação Empresas nascentes Desafios de inovação PMEs Consórcios de pesquisa pré-competitiva Empresas / ICTs
22 Ex. Desafio de Inovação
23 Pontos de Discussão 1. Adequabilidade dos instrumentos de inovação. 2. Previsivilidade de funding para inovação 3. Como a Finep pode continuar ajudando o setor?
24 Obrigado! Igor Ferreira Bueno Superintendente de Saúde, Agronegócio e Química - FINEP ibueno@finep.gov.br SAC: sac@finep.gov.br Ouvidoria: ouvidoria@finep.gov.br
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