Catalogação na fonte: Bibliotecária Samanta do Nascimento CRB-10/2380
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2 C899 Cultura da mandioca / Jana Koefender... [et. al.]. - Cruz Alta: UNICRUZ, p.: il. (Boletim Técnico, n. 1) 393 Inclui bibliografia ISSN Mandioca 2. Cultura agrícola I. Koefender, Jana II. Título. CDU Catalogação na fonte: Bibliotecária Samanta do Nascimento CRB-10/2380
3 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca 3 BOLETIM TÉCNICO CULTURA DA MANDIOCA Pertencente à Família Euphorbiaceae (LIMA, 2001) a mandioca pertence ao gênero Manihot, que apresenta cerca de 180 espécies descritas, muitas destas nativas do Brasil. Na espécie Manihot esculenta Crantz encontram-se grupos de mandiocas mansas, doces ou de mesa e mandiocas bravas, amargas ou venenosas, enquadradas em centenas de variedades. O sistema radicular da mandioca tem uma baixa densidade de raízes, porém tem uma penetração profunda, o que dá à planta parte da capacidade para resistir a longos períodos de déficit hídrico, suportar o clima quente e tolerar à seca (TAKAHASHI e GONÇALO, 2001), podendo ser cultivada em várias regiões do país. A mandioca é utilizada principalmente para a alimentação humana e pode ser consumida na forma de farinha, de derivados de amido e, as raízes, cozidas ou fritas (MEZETTE et al., 2009). Em 2013, a produção brasileira de mandioca foi superior a 21 milhões de toneladas e a produção mundial foi de ,99 milhões de toneladas (FAO, 2013). Segundo o IBGE (2015), a produção brasileira diminuiu em 2014 para toneladas ha -1, sendo que o uso de variedades selecionadas é uma maneira de elevar a produção.
4 4 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca Metodologia para produção de mudas de mandioca tradicional do Alto Jacuí por meio da propagação rápida O Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT) na Colômbia desenvolveu a metodologia da propagação rápida, que permite em até 100 vezes a taxa de multiplicação da mandioca e pode ser implementada pelos próprios agricultores (SILVA et al., 2002). Além disso, este método de propagação oferece algumas vantagens, dentre as quais se pode destacar o fato de manter as características agronômicas originais da planta (FUKUDA; CARVALHO, 2006). O objetivo do método é disponibilizar maior quantidade de mudas de mandioca vigorosas e sadias em um curto espaço de tempo, através do enraizamento com água. 1. Seleção das manivas As manivas devem ser selecionadas a partir de plantas sadias e vigorosas com idade entre 10 a 12 meses. Deve ser utilizado o terço médio das plantas. 2. Corte das manivas As manivas devem ser cortadas com 4 a 6 cm de comprimento mantendo-se duas 2 a 3 gemas, variando de acordo com a distância e número de entrenós das variedades. O corte das manivas pode ser efetuado com serra manual, tendo-se o cuidado de não danificar as gemas.
5 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca 5 3. Plantio das manivas As manivas devem ser plantadas em sacos plásticos ou em canteiros, com as duas gemas, voltadas para, de onde vão sair as brotações para os cortes. Após o plantio, o ambiente deve ser coberto com plástico transparente para uniformizar e acelerar a brotação das gemas pela manutenção da umidade e temperatura mais elevada. 4. Corte dos brotos Decorridos 15 a 20 dias do plantio, quando os primeiros brotos tiverem atingido uma altura de 10 a 12 cm, pode-se efetuar o primeiro corte a uma altura de 1 cm a partir da gema da maniva. O corte deve ser realizado com lâmina previamente desinfetada com álcool ou hipoclorito de sódio (alvejante comum, utilizando uma parte de água e outra de alvejante), e podem ser repetidos até três vezes consecutivas em cada gema. O tempo entre um corte e outro varia de 10 a 15 dias e depende da variedade e das condições de climáticas.
6 6 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca 5. Enraizamento Para enraizamento das estacas, os brotos devem ser colocados em copos plásticos transparentes (preferencialmente) com água esterilizada ou fervida a qual deve ser trocada a cada dois dias. No período de 10 a 12 dias as estacas começam a formar calos e aos 20 dias já apresentam a formação de raízes de absorção bem desenvolvidas, prontas para o transplante. 6. Adaptação das mudas Após o enraizamento, as mudas são plantadas em sacos de polietileno com substrato comercial e deixadas por um período de 15 dias ou mais em estufa agrícola para aclimatação. Após isso podem ser transplantadas definitivamente para o campo e mantidas em regime de irrigação, até o estabelecimento da planta.
7 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca 7 Caracterização morfológica da parte aérea de acessos de mandioca do noroeste do Rio Grande do Sul Foram realizados resgates de variedades tradicionais de mandioca em oito municípios da região do Alto Jacuí RS, no ano de 2013, totalizando 47 variedades (Tabela 6- Anexo). Consideraram-se variedades tradicionais aquele material genético obtido num sistema de troca-troca, ou mantido on farm por mais de dez anos pelo agricultor. Após o resgate e seleção do material genético, instalou-se no ano agrícola de 2014/2015 um experimento no Polo de Inovação Tecnológica do Alto Jacuí- Campus da Universidade de Cruz Alta, com o objetivo de avaliar as características morfológicas de acessos de variedades tradicionais de mandioca coletadas na região, conforme pode-se observar na Figura 1a a Forma do lóbulo, na Figura 1b Hábito de ramificação e na Figura 1c Cor da polpa da raiz. Entre as 47 variedades de mandioca avaliadas, verificou-se grande variabilidade genética entre as variedades quanto à coloração externa do caule, do córtex, da epiderme e dos ramos (Tabela 1), bem como quanto ao hábito de ramificação, posição e coloração do pecíolo, coloração do broto terminal (Tabela 2) da pubescência da folha jovem, da forma do lóbulo, da distância entrenós e o florescimento (Tabela 3), caracterização morfológica da parte radicular, referente à coloração da película, coloração do córtex, coloração da polpa (Tabela 4) e valores de massa, diâmetro da maior raiz, comprimento médio da maior raiz e comprimento médio da menor raiz nas safras de 2013/14 e de 2014/15 (Tabela 5).
8 8 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca a) b) c) Figura 1 a) Forma do lóbulo, b) Hábito de ramificação c) Cor da polpa da raiz.
9 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca 9 Tabela 1. Caracterização morfológica da parte aérea, referente à coloração externa do caule, coloração do córtex, coloração da epiderme e coloração dos ramos de acessos de mandioca da região do Alto Jacuí, RS. UNICRUZ, Cruz Alta-RS Descritores Variedades Coloração Coloração do externa do caule córtex Coloração da epiderme Coloração dos ramos CA02 Cinza escuro Marrom claro CA03 Marrom claro escuro Marrom claro CA04 Prateado claro Creme CA05 Marrom claro claro Marrom claro CA07 Cinza claro Marrom escura CA08 Cinza escuro Marrom claro Roxo CA09 Marrom claro claro Marrom claro FV01 Dourado escuro Marrom claro FV03 amarelada claro Creme FV05 Cinza claro Marrom claro FV06 amarelada claro Creme FV07 Cinza escuro Marrom escura FV09 Marrom escura escuro Marrom escura FV10 Prateado claro Creme FV11 Dourado claro Marrom claro FV12 Cinza escuro Marrom escura FV13 amarelada claro Creme IB02 Prateado escuro Marrom escura IB03 Marrom claro claro Marrom escura LC01 Prateado claro Marrom claro Roxo LC02 Marrom escura escuro Marrom claro LC03 Cinza escuro Marrom claro
10 10 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca Tabela 1. Continuação. Variedades Coloração externa do caule Descritores Coloração do córtex Coloração da epiderme Coloração dos ramos LC06 Dourado claro Marrom claro SE06 Cinza escuro Marrom claro SJ01 Marrom claro escuro Marrom claro SJ02 Cinza escuro Marrom escura SJ03 amarelada claro Creme SJ04 Marrom claro claro Marrom claro SJ06 Prateado escuro Laranja SJ07 Marrom claro claro Marrom claro SJ08 Cinza escuro Marrom claro SJ10 amarelada claro Creme TP01 Dourado claro Creme TP02 amarelada claro Creme TP03 Prateado claro Creme TP04 Cinza claro Marrom claro Roxo TP05 Cinza claro Marrom claro Roxo TP06 Dourado escuro Marrom claro XV01 Cinza escuro Marrom claro XV02 Prateado claro Creme XV03 Prateado escuro Marrom escura XV04 Marrom claro escuro Marrom claro XV05 Marrom claro claro Marrom claro XV08 Prateado claro Creme XV09 Marrom escura claro Marrom escura
11 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca 11 Tabela 1. Continuação. Variedades Coloração externa do caule Descritores Coloração do córtex Coloração da epiderme XV10 Cinza claro Marrom claro XV11 Cinza escuro Marrom escura Testemunhas Coloração dos ramos RS 13 Prateado escuro Marrom claro RS14 Prateado escuro Creme Tabela 2. Caracterização morfológica da parte aérea, referente à hábito de ramificação, posição do pecíolo, coloração do pecíolo e coloração do broto terminal de acessos de mandioca da região do Alto Jacuí, RS. UNICRUZ, Cruz Alta-RS Variedades Hábito de ramificação Posição do pecíolo Descritores Coloração do pecíolo Coloração do broto terminal CA02 Dicotômico Irregular Vermelho claro CA03 Dicotômico avermelhado CA04 Tricotômico Irregular avermelhado CA05 Tricotômico Irregular avermelhado claro CA07 Ereto amarelado CA08 Tricotômico Horizontal Vermelho esverdeado CA09 Dicotômico avermelhado FV01 Tricotômico Irregular amarelado Roxo FV03 Tricotômico Irregular avermelhado
12 12 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca Tabela2. Continuação. Variedades FV05 Hábito de ramificação Tricotômico Posição do pecíolo Descritores Coloração do pecíolo avermelhado Coloração do broto terminal FV06 Dicotômico Irregular avermelhado claro FV07 Tricotômico Vermelho FV09 Tricotômico Vermelho esverdeado FV10 Tricotômico avermelhado FV11 Tricotômico Irregular avermelhado FV12 Tricotômico Vermelho FV13 Tricotômico amarelado IB02 Tricotômico amarelado IB03 Tricotômico amarelado LC01 Ereto Horizontal Vermelho LC02 Tricotômico Vermelho LC03 Tricotômico Horizontal Vermelho esverdeado LC06 Tricotômico avermelhado claro SE06 Tricotômico Vermelho SJ01 Tricotômico amarelado SJ02 Tricotômico Vermelho claro SJ03 Tricotômico Irregular avermelhado SJ04 Tricotômico Irregular Vermelho esverdeado
13 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca 13 Tabela2. Continuação. Variedades SJ06 SJ07 Hábito de ramificação Tricotômico Tricotômico Posição do pecíolo Descritores Coloração do pecíolo Vermelho esverdeado avermelhado SJ08 Tricotômico Horizontal avermelhado Coloração do broto terminal SJ10 Tricotômico avermelhado TP01 Dicotômico avermelhado TP02 Dicotômico TP03 Tricotômico amarelado TP04 Dicotômico Vermelho claro TP05 Ereto Horizontal Vermelho Roxo TP06 Tricotômico avermelhado XV01 Dicotômico Vermelho claro XV02 Tricotômico Horizontal amarelado claro XV03 Ereto amarelado XV04 Tricotômico XV05 Ereto Horizontal Roxo XV08 Tricotômico amarelado XV09 Tricotômico Horizontal Vermelho claro XV10 Tricotômico Vermelho esverdeado XV11 Tricotômico Vermelho
14 14 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca Tabela2. Continuação. Variedades Testemunhas RS 13 RS14 Hábito de ramificação Tricotômico Tricotômico Posição do pecíolo Descritores Coloração do pecíolo Coloração do broto terminal Tabela 3. Caracterização morfológica da parte aérea, referente à pubescência da folha jovem, forma do lóbulo, distância entrenós e florescimento de acessos de mandioca da região do Alto Jacuí, RS. UNICRUZ, Cruz Alta-RS Variedades Pubescência da folha jovem Descritores Forma do lóbulo Distância entrenós Florescimento CA02 Ausente Eliptica lanceolada Média Presente CA03 Ausente Oblongo lanceolada Média Presente CA04 Ausente Lanceolada Longo Presente CA05 Ausente Lanceolada Longo Presente CA07 Ausente Reta ou linear Média Presente CA08 Ausente Reta ou linear Média Presente CA09 Ausente Linear pandurada Média Presente FV01 Ausente Lanceolada Média Presente FV03 Ausente Lanceolada Longo Presente FV05 Ausente Oblongo lanceolada Longo Presente FV06 Ausente Reta ou linear Média Presente FV07 Ausente Linear pandurada Média Presente FV09 Ausente Oblongo lanceolada Longo Presente FV10 Ausente Lanceolada Longo Presente
15 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca 15 Tabela 3. Continuação. Variedades Pubescência da folha jovem Descritores Forma do lóbulo Distância entrenós Florescimento FV11 Ausente Reta ou linear Média Presente FV12 Ausente Oblongo lanceolada Longo Presente FV13 Ausente Oblongo lanceolada Longo Presente IB02 Ausente Lanceolada Longo Presente IB03 Ausente Oblongo lanceolada Média Presente LC01 Ausente Lanceolada Média Presente LC02 Ausente Oblongo lanceolada Longo Presente LC03 Ausente Oblongo lanceolada Longo Presente LC06 Ausente Lanceolada Média Presente SE06 Ausente Oblongo lanceolada Longo Presente SJ01 Ausente Reta ou linear Média Presente SJ02 Ausente Eliptica lanceolada Longo Presente SJ03 Ausente Lanceolada Média Presente SJ04 Ausente Oblongo lanceolada Longo Presente SJ06 Ausente Oblongo lanceolada Longo Presente SJ07 Ausente Linear pandurada Média Presente SJ08 Ausente Linear pandurada Média Presente SJ10 Ausente Lanceolada Média Presente TP01 Ausente Reta ou linear Longo Presente TP02 Ausente Lanceolada Média Presente TP03 Ausente Linear pandurada Média Presente TP04 Ausente Eliptica lanceolada Média Presente TP05 Ausente Lanceolada Longo Presente TP06 Ausente Reta ou linear Média Presente XV01 Ausente Lanceolada Longo Presente XV02 Ausente Reta ou linear Média Presente
16 16 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca Tabela 3. Continuação. Variedades Pubescência da folha jovem Descritores Forma do lóbulo Distância entrenós Florescimento XV03 Ausente Reta ou linear Média Presente XV04 Ausente Lanceolada Média Presente XV05 Ausente Lanceolada Longo Presente XV08 Ausente Reta ou linear Média Presente XV09 Ausente Lanceolada Longo Presente XV10 Ausente Linear pandurada Média Presente XV11 Ausente Eliptica lanceolada Longo Presente Testemunhas Presente RS 13 Ausente Lanceolada Longa Presente RS14 Ausente Lanceolada Média Presente Tabela 4. Caracterização morfológica da parte radicular, referente à coloração da película, coloração do córtex, coloração da polpa de acessos de mandioca da região do Alto Jacuí, RS. UNICRUZ, Cruz Alta-RS Descritores 2014/15 Variedades Coloração da película Coloração do córtex Coloração da polpa CA02 Marrom escuro Rosado Creme CA03 Marrom claro Branco ou creme Branca CA04 Marrom claro Branco ou creme Creme CA05 Marrom claro Branco ou creme Creme CA07 Marrom escuro Branco ou creme Creme CA08 Marrom escuro Amarelo Amarela CA09 Marrom claro Branco ou creme Branca FV01 Marrom claro Branco ou creme Branca
17 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca 17 Tabela 4. Continuação. Descritores 2014/15 Variedades Coloração da película Coloração do córtex Coloração da polpa FV03 Amarelo Amarelo Branca FV05 Marrom escuro Amarelo Amarela FV06 Branco ou creme Branco ou creme Creme FV07 Marrom escuro Branco ou creme Creme FV09 Marrom escuro Branco ou creme Amarela FV10 Marrom claro Branco ou creme Branca FV11 Marrom escuro Branco ou creme Creme FV12 Marrom escuro Branco ou creme Creme FV13 Branco ou creme Branco ou creme Creme IB02 Marrom claro Amarelo Creme IB03 Marrom escuro Amarelo Creme LC LC02 Marrom escuro Amarelo Creme LC03 Marrom escuro Amarelo Amarela LC06 Marrom escuro Branco ou creme Branca SE06 Marrom escuro Amarelo Amarela SJ01 Marrom escuro Branco ou creme Creme SJ02 Marrom claro Rosado Branca SJ03 Amarelo Branco ou creme Creme SJ04 Marrom escuro Branco ou creme Branca SJ06 Marrom escuro Amarelo Amarela SJ07 Marrom claro Branco ou creme Branca SJ08 Marrom claro Branco ou creme Creme SJ10 Branco ou creme Branco ou creme Branca TP01 Branco ou creme Branco ou creme Branca TP02 Branco ou creme Amarelo Amarela TP03 Branco ou creme Branco ou creme Creme
18 18 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca Tabela 4. Continuação. Descritores 2014/15 Variedades Coloração da película Coloração do córtex Coloração da polpa TP04 Marrom escuro Rosado Branca TP05 Marrom escuro Branco ou creme Creme TP06 Marrom escuro Branco ou creme Creme XV01 Branco ou creme Rosado Branca XV XV03 Marrom escuro Branco ou creme Creme XV04 Marrom escuro Branco ou creme Amarela XV05 Marrom escuro Branco ou creme Creme XV08 Branco ou creme Branco ou creme Branca XV09 Marrom escuro Branco ou creme Creme XV10 Marrom escuro Branco ou creme Branca XV11 Marrom claro Rosado Branca Testemunhas RS 13 Marrom claro Branco ou creme Creme RS 14 Marrom escuro Branco ou creme Creme
19 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca 19 Tabela 5. Valores de Massa (kg.ha -1 ), diâmetro da maior raiz (cm), comprimento médio da maior raiz e comprimento médio da menor raiz (cm) na safra 2013/14 e 2014/15 de acessos de mandioca da região do Alto Jacuí, RS. UNICRUZ, Cruz Alta-RS Variedades Massa (kg.ha -1 ) 2013/ /15 Diâmetro da maior raiz (cm) 2013/ /15 Comprimento médio da maior raiz (cm) 2013/ /15 Comprimento médio da menor raiz (cm) 2013/ /15 CA , ,4 12,6 10,2 CA ,75 2,98 36,9 49 9,6 17,75 CA ,6 2,02 24,3 54,4 11,5 11 CA ,62 51, ,2 CA ,8 4,47 31, ,4 12 CA ,4 5,22 44,6 47,6 17,1 42,6 CA , ,6 9,9 22,6 FV ,2 5,22 42, ,1 16,6 FV , ,2 30,2 FV ,2 1,92 22,6 39,4 6,4 12,2 FV ,8 5,15 40,1 33,4 10,4 11,6 FV ,6 4, ,8 11,4 20,4 FV ,1 4,22 42,2 63,67 14,1 12,33 FV ,17 47,2 44, ,8 FV ,6 3,63 28,1 49 8,9 14,6 FV ,67 1,47 8,7 48,67 5,1 17,33 FV ,4 4,32 40, ,1 9,8 IB ,07 47, ,25 IB ,8 4,76 48, ,6 14,4 LC ,12 25,1-7,8 - LC ,6 2,92 20,9 54,4 5,7 14,2 LC ,2 22,7 27,33 12,6 20
20 20 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca Tabela 5. Continuação. Variedades Massa (kg.ha -1 ) 2013/ /15 Diâmetro da maior raiz (cm) 2013/ /15 Comprimento médio da maior raiz (cm) 2013/ /15 Comprimento médio da menor raiz (cm) 2013/ /15 LC ,5 50, ,1 19 SE ,33 44,1 41, ,5 SJ ,43 31,6 40,6 10,5 11,6 SJ ,2 5,47 52,6 57,2 12,8 12,6 SJ ,2 4,49 55, ,3 16,6 SJ ,2 4,53 55,2 47,8 14,9 15,6 SJ ,6 4,64 33,8 46,8 10,6 12 SJ ,2 4,79 35,4 42,4 15,2 16,2 SJ ,2 4, ,8 13,8 19,2 SJ ,89 45, ,2 15,2 TP ,91 45, ,4 12,4 TP ,4 3,62 42,4 37,8 25,8 15,6 TP ,4 3,93 35,1 43,2 14,8 18,4 TP ,6 5, ,3 28,6 TP ,6 5,42 41,9 49, ,8 TP ,6 4,97 38, ,8 XV ,6 4,93 49, ,3 14,6 XV ,95 37,4-15,1 - XV ,6 9,3 13,4 XV ,5 3,99 54, ,2 15 XV ,8 5,64 45,9 48,4 16,3 13,3 XV ,6 4,45 37,9 40,6 18,3 17 XV ,6 5,66 39,6 49,2 13,4 11,2 XV ,5 2,04 26,9 50,5 4,6 22 XV ,8 3, ,4 10,7 15,8
21 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca 21 Tabela 5. Continuação. Variedades Massa (kg.ha -1 ) Testemunhas 2013/ /15 Diâmetro da maior raiz (cm) 2013/ /15 Comprimento médio da maior raiz (cm) 2013/ /15 Comprimento médio da menor raiz (cm) 2013/ /15 RS ,3 4,89 51,1 52,4 15,2 11 RS ,3 5,7 47,3 50,6 13,2 16 Outros trabalhos como a utilização de marcadores moleculares e a elaboração de um software estão sendo desenvolvidos com o objetivo de caracterizar os acessos de mandioca fornecidos pelos agricultores. Novas pesquisas serão desenvolvidas, estudando a produção das variedades mais produtivas através do uso de biorreatores, e a identificação da resistência a bacterioses como a Xanthomonas axonopodis pv. manihotis, uma das principais doenças ocorrentes na cultura. O banco de germoplasma é mantido no campo e em laboratório in vitro, para preservar as variedades coletadas e disponibilizando material genético para futuras pesquisas.
22 22 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca Referências ALVES-PEREIRA, A.; PERONI, N.; ABREU, A. G.; GRIBEL, R.; CLEMENT, C. R. Genetic structure of traditional varieties of bitter manioc in three soils in central Amazonia. Genetica, v. 139, p , DOI: /s FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS. FAOSTAT Disponível em: < Acessado em 13 de agosto de FUKUDA, W.M.G.; CARVALHO, H.W.L. Propagação Rápida de Mandioca no Nordeste Brasileiro. Circular Técnica 45. (ISSN ). Embrapa Tabuleiros Costeiros: Aracaju, p. Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias - GCEA/IBGE, DPE, COAGRO - Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, Julho Disponível em: < lspa/lspa_201507_6.shtm> Acessado em 18 de agosto de LIMA, J. W. C. Análise ambiental: Processo produtivo de polvilho em indústrias do extremo sul de Santa Catarina. Dissertação de mestrado. Departamento de Engenharia de Produção. Universidade Federal de Santa Catarina, 149 p, MEZETTE, T.F.; CARVALHO C.R.L.; FELTRAN J.C.; YERGANI J.M.S.; VALLE T.L.; Produtividade e tempo de cocção de clones de mandioca de mesa em processo de seleção. Revista Raízes e Amidos Tropicais, São Paulo, v. 3, SILVA, M.N.; CERDA, M.P.; FIORINI, R.A. Multiplicação rápida de mandioca. In: CEREDA, M.P. Agricultura: tuberosas amiláceas latino Americanas. Fundação Cargil, p TAKAHASHI, M.; GONÇALO, S. A cultura da Mandioca. Paranavaí: Indemil, 2001.
23 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca 23 ANEXOS: Tabela 6. Identificação das variedades de mandioca coletadas na região do Alto Jacuí - RS. Variedade Município Produtor Nome popular da variedade CA02 Cruz Alta Firmino Casca Rosa CA03 Cruz Alta Firmino Desconhecida CA04 Cruz Alta Firmino Paraná CA05 Cruz Alta Firmino Pronta Mesa CA07 Cruz Alta Paulo Ceasa CA08 Cruz Alta Paulo Amarela CA09 Cruz Alta Paulo Paraná FV01 Fortaleza dos Valos Edith Pinheiro FV03 Fortaleza dos Valos Edith Branca FV05 Fortaleza dos Valos Antônio Amarela FV06 Fortaleza dos Valos Leonir Branca FV07 Fortaleza dos Valos Leonir Amarela FV09 Fortaleza dos Valos Celson Amarela FV10 Fortaleza dos Valos Celson Branca FV11 Fortaleza dos Valos Celson Celson 1 FV12 Fortaleza dos Valos Vanderley Amarela FV13 Fortaleza dos Valos Vanderley Branca IB02 Ibirubá Neuri Rama dura IB03 Ibirubá Neuri Amarela LC01 Lagoa dos 3 Cantos Delmar Pitiço LC02 Lagoa dos 3 Cantos Elenio Tipo do Pai LC03 Lagoa dos 3 Cantos Elenio Amarela LC06 Lagoa dos 3 Cantos Ingo Amarga SE06 Selbach Valdir Amarela SJ01 Salto do Jacuí João Vassourinha
24 24 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca Tabela6. Continuação. Variedade Município Produtor Nome popular da variedade SJ02 Salto do Jacuí João Rabanete SJ03 Salto do Jacuí João Manteiga SJ04 Salto do Jacuí João Cascuda SJ06 Salto do Jacuí Ana e Flávio Amarela SJ07 Salto do Jacuí Ana e Flávio Mandioca do seu Carlos SJ08 Salto do Jacuí Ana e Flávio Verdinha SJ09 Salto do Jacuí Ana e Flávio Casca Roxa TP01 Tapera Paulo Branca TP02 Tapera Paulo Amarela TP03 Tapera Paulo Branca 2 TP04 Tapera Édio Casca roxa TP05 Tapera Édio Pronta mesa TP06 Tapera Édio Pessegueiro XV01 XV de Novembro Orlando Casca Roxa XV02 XV de Novembro Orlando Branca XV03 XV de Novembro Orlando Pessegueiro XV04 XV de Novembro Antônio Pitiço de Verão XV05 XV de Novembro Antônio Desconhecida XV08 XV de Novembro Elmário Elmário 3 XV09 XV de Novembro Airton Pronta-mesa XV10 XV de Novembro Airton 3 passos XV11 XV de Novembro Airton Casca amarela Testemunhas Fepagro - RS 13 Fepagro - RS14
25 Boletim Técnico - Cultura da Mandioca 25 Agradecimentos A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia SDECT-RS e Banco Mundial pelo financiamento do projeto, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, a Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do Rio Grande do Sul - FAPERGS e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, pelas bolsas de pesquisa e a EMATER RS pelo auxílio na coleta do material genético.
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