AULA 10 MEIOS LUBRIRREFRIGERANTES

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "AULA 10 MEIOS LUBRIRREFRIGERANTES"

Transcrição

1 AULA 10 MEIOS LUBRIRREFRIGERANTES

2

3 VARIÁVEIS INDEPENDENTES DE ENTRADA: MEIOS LUBRIRREFRIGERANTES Generalidades Em se tratando de sistemas de fabricação, qualquer esforço para aumentar a produtividade e/ou reduzir custos deve ser considerado. Na usinagem, o uso de meios lubrirrefrigerantes (também chamados fluidos de corte, óleos de corte, meios de lubrificação e arrefecimento, líquidos refrigerantes etc.), quando escolhidos e aplicados apropriadamente, traz benefícios. Existem diversas formas de classificar os meios lubrirrefrigerantes, mas sem uma padronização. Embora a utilização de meios sólidos (p.ex. grafita e S 2 Mo) e gasosos (e.g. ar comprimido, CO 2, N 2 ) seja eventualmente descrita na literatura técnica, a aplicação de meios líquidos (e.g. óleos, emulsões, soluções) representa a grande maioria nas aplicações em usinagem. A seleção deve recair sobre o meio que possua composição química e propriedades corretas para lidar com as adversidades de um processo de usinagem específico. A seleção correta do fluido para uma combinação particular peça/ferramenta pode significar a diferença entre o sucesso e o fracasso em quase todos os processos. O fluido deve ser aplicado de modo que permita a sua ação o mais próximo possível da aresta de corte nas interfaces peça/ferramenta/cavaco, de modo a assegurar que suas funções sejam adequadamente exercidas. Não há um consenso em relação à melhor direção de aplicação do fluido. A Figura 10.1 mostra as direções possíveis. h A PEÇA CAVACO B FERRAMENTA C D Figura 10.1 Direções possíveis de aplicação do fluido lubrirrefrigerante Direção A é a mais tradicional, possivelmente pelo fato de os primeiros sistemas serem rígidos e possuírem poucos graus de liberdade, dificultando assim a aplicação do fluido em outras direções. Entretanto, mostra-se inadequada quando cavacos emaranhados são gerados, pois impedem o acesso do fluido à interface ferramenta/cavaco. Direção B se justifica quando o fluido é aplicado na interface ferramenta/cavaco sob elevada pressão, já que a aplicação se dá no sentido contrário ao do movimento do cavaco.

4 72 Direção C apresenta a vantagem de atingir diretamente a interface peça/ferramenta, reduzindo assim o desgaste de flanco e contribuindo para a qualidade da superfície usinada. Além disso, essa posição está relativamente protegida dos cavacos. Direção D leva em conta os canais internos de lubrificação, com a principal vantagem de se atuar diretamente no local de corte, região esta difícil de ser atingida. É indicada para as operações de furação (em especial, perfuração profunda), torneamento, fresamento, roscamento e escareamento e para máquinas com troca automática de ferramentas, em que se dispensa a intervenção manual no alinhamento de bocais. No entanto, são necessários investimentos em máquinas e ferramentas que possibilitem o fluxo nesta direção. A Figura 10.2 ilustra exemplos de aplicação do fluido lubrirrefrigerante em operações de torneamento, furação, fresamento e retificação. (a) (b) (c) (d) Figura 10.2 Aplicação do fluido lubrirrefrigerante em: (a) torneamento; (b) furação; (c) fresamento; (d) retificação centerless. A lubrificação e a refrigeração têm por finalidade: aumentar a vida da ferramenta; reduzir a força e, consequentemente, a potência de corte; melhorar o acabamento da superfície usinada; aumentar a eficiência da remoção do cavaco da região de corte; reduzir o risco de distorção da peça; proteger a máquina-ferramenta e a peça contra a oxidação. Apesar dos benefícios apresentados, a utilização do fluido lubrirrefrigerante em processos de usinagem gera custos associados a: a aquisição, o armazenamento, o preparo, o controle em serviço e o descarte. Estas despesas chegam a 16% do custo total de fabricação da peça. Além dos custos operacionais, outros fatores como impacto ecológico, exigências legais quanto à preservação do meio

5 73 ambiente, preservação da saúde do ser humano etc. passaram a justificar os esforços atuais no sentido de reduzir o consumo de fluidos lubrirrefrigerantes. Dentro da indústria, as questões ambientais envolvem danos à saúde do operador devido ao contato do fluido lubrirrefrigerante com sua pele e a respiração e/ou ingestão de poluentes derivados dos mesmos. Fora da indústria, quando do descarte ao fim de sua vida, o fluido lubrirrefrigerante afeta o solo e a água; quando da própria utilização deste fluido, afeta o ar. A aplicação de quantidade reduzida de fluido (QRF) em processos de usinagem com ferramentas de geometria definida é caracterizada por vazões inferiores a 120 litros por hora. Em operações de retificação, a QRF é marcada por vazões inferiores a 60 litros por hora. Para que a utilização do fluido seja minimizada, duas técnicas têm sido intensamente experimentadas: o corte com mínima quantidade de fluido (MQF), onde uma quantidade mínima de óleo é pulverizada em um fluxo de ar comprimido a vazões inferiores a 0,05 litros por hora; e o corte completamente sem fluido (corte a seco) Funções dos Fluidos Lubrirrefrigerantes A exigência primária feita a um fluido lubrirrefrigerante para o processo de usinagem é que ele reduza os custos de produção pela redução do desgaste da ferramenta e pela melhoria da superfície do componente usinado. O fluido deve desempenhar funções secundárias como o transporte do cavaco para fora da região de trabalho, a refrigeração da região de corte, bem como a refrigeração da peça, uma vez que para uma exigência maior de tolerância dimensional, um aquecimento demasiado leva a uma dilatação térmica do componente, e isso deve ser evitado. Em baixas velocidades de corte, caso em que as temperaturas são menores, a refrigeração tem pouca importância, enquanto a lubrificação é fundamental para reduzir o atrito peça/ferramenta e ferramenta/cavaco e evitar a formação da aresta postiça de corte (APC). A eficiência da lubrificação dependerá da habilidade de penetrar nas interfaces no curto período de tempo disponível e de formar um filme com resistência ao cisalhamento menor que a resistência do material da peça. Isto pode ser conseguido com uma mistura adequada de aditivos (antiespumantes, anticorrosivos, detergentes etc.). Em altas velocidades de corte, as temperaturas são elevadas; além disso, as condições não são favoráveis para a penetração do fluido nas interfaces para que ele exerça suas funções. Deste modo, como refrigerante, o fluido favorece a transferência de calor da região de corte, reduzindo assim a temperatura da ferramenta e da peça, ainda que a temperatura na interface ferramenta/cavaco não seja significativamente alterada. Além disso, mesmo que a concentração de óleo seja mínima, haverá redução do coeficiente de atrito e, portanto, da temperatura Redução do atrito entre ferramenta e cavaco Durante o processo de formação de cavaco, aparecem três fontes distintas de calor. A primeira, na região de cisalhamento, indicada pela Zona C na Fig. 10.3, ocorre a deformação plástica do material que está sendo usinado (transição da estrutura da peça para estrutura do cavaco). Esta fonte afeta todo o volume de cavaco formado. A segunda, indicada como Zona A, afeta uma face do cavaco e uma face da ferramenta, onde o cavaco desliza sobre a superfície de saída da ferramenta, e ocorre devido ao atrito na interface cavaco/ferramenta. A terceira, indicada como Zona B, afeta parte da superfície de folga da ferramenta e toda a superfície usinada da peça, e ocorre devido ao atrito na interface ferramenta/peça. A melhoria introduzida pelo fluido lubrirrefrigerante neste processo, especialmente do fluido onde predomine o caráter lubrificante, é a redução da intensidade das três fontes de calor:

6 74 Zona A: o lubrificante diminui o coeficiente de atrito na interface cavaco/ferramenta, e ocorre menor quantidade de calor gerado pelo atrito. Figura 10.3 Fontes de calor na formação do cavaco Zona B: o lubrificante diminui o coeficiente de atrito na interface ferramenta/peça, que também diminui a quantidade de calor gerado pelo atrito. Zona C: a diminuição do coeficiente de atrito (µ) entre o cavaco e a ferramenta promove um aumento do ângulo de cisalhamento () e, consequentemente, uma diminuição na taxa de deformação 0. A diminuição de 0 acarreta um decréscimo da energia de deformação por cisalhamento 1 e, por conseguinte, uma diminuição da quantidade de calor gerado. Outra decorrência do aumento do ângulo é o aumento da velocidade do cavaco (v ch ), que significa que o cavaco se afasta mais rapidamente da superfície de saída da ferramenta, diminuindo assim o tempo de transmissão de calor do cavaco para a ferramenta. Ao se evitar que a temperatura suba, evitam-se problemas na ferramenta, na peça e na máquinaferramenta Refrigeração da ferramenta As três fontes de calor supracitadas (Fig. 10.3) contribuem para a elevação da temperatura da ferramenta. As condições na interface cavaco/ferramenta favorecem a ocorrência de difusão metálica entre os materiais do cavaco e da ferramenta. Tal difusão ocorre sempre com prejuízo para a ferramenta, quer pelo enfraquecimento da cunha cortante, quer pelo arrancamento de partículas da mesma. O tempo de vida da ferramenta diminui exponencialmente com o aumento da temperatura de corte Refrigeração da peça Das três fontes de calor citadas anteriormente, duas (B e C da Fig. 10.3) afetam diretamente a peça em usinagem e provocam um aumento da temperatura da mesma. Este aquecimento pode conduzir a quatro fatores indesejáveis: Deformações da peça devido às tensões oriundas de grandes aquecimentos locais ou mesmo totais.

7 75 Cores de revenido 1 na superfície usinada (caso da usinagem por abrasão, em especial, em operações de acabamento por retificação). Falseamento das medidas da peça em trabalho (peça-obra) em operações de corte onde se têm tolerâncias estreitas. O que ocorre é que a peça apresenta medidas diferentes quando aquecida em relação às medidas no estado de temperatura ambiente. A refrigeração, neste caso, poderá manter a peça sempre em uma temperatura próxima à do ambiente. Dificuldade de o operador manusear a peça usinada, como retirá-la da máquina, transportá-la etc Refrigeração da máquina-ferramenta O calor gerado durante a usinagem, transferido pela ferramenta, pela peça, pelo cavaco ou pela própria irradiação para a máquina, poderá afetar as dimensões das partes da máquina-ferramenta por dilatação térmica, o que consequentemente prejudicará as medidas finais da peça usinada Expulsão dos cavacos gerados No processo de usinagem, o cavaco torna-se indesejável tão logo acabe de ser gerado. Sua presença na região de corte pode provocar danos ou deformações na peça, na ferramenta ou até na máquina. O emprego de fluido lubrirrefrigerante auxilia na quebra do cavaco e facilita a sua expulsão em alguns casos, como nos processos de torneamento, furação e fresamento Melhoria do acabamento superficial Os fluidos atuam como agentes lubrificantes e refrigerantes, contribuindo para o acabamento da peça usinada e para a diminuição dos danos térmicos causados na superfície Melhorias de caráter econômico Conforme exposto anteriormente, o menor coeficiente de atrito na interface cavaco-ferramenta propiciado pela ação lubrificante diminui o fator de recalque (R c = h /h) e, consequentemente, a força de usinagem, diminuindo a potência de usinagem e o consumo de energia elétrica. O custo da ferramenta na operação de corte está ligado à capacidade de produção durante a sua vida. Uma ferramenta terá custo menor quanto maior for a sua produção, expressa em número de peças usinadas no tempo. O desgaste, por sua vez, tem por determinantes a ação abrasiva e a difusão metálica (esta última acelerada pela temperatura). O emprego de fluidos lubrirrefrigerantes poderá diminuir a severidade da ação abrasiva (lubrificação) e a intensidade da difusão metálica (refrigeração). Como resultado, diminui-se o desgaste da ferramenta, aumenta-se o tempo de vida (T) e aumenta-se a capacidade de produção. Com isso, o custo operacional diminui. 1 Aquecendo-se em presença do ar uma peça de aço usinada por abrasão forma-se na sua superfície uma película de oxido, que no início é muito fina e decompõe a luz de modo a dar certa coloração à peça. Esta coloração, que ocorre entre mais ou menos 220 e 320 C, para os aços carbono, depende da espessura da película, a qual, por sua vez, é função de temperatura da peça. Pode-se assim avaliar aproximadamente a temperatura a que está atingindo o aço ou a que ele atingiu, pois a coloração correspondente a temperatura máxima permanece depois de esfriado.

8 76 As superfícies recém-obtidas da peça pela operação de corte em usinagem podem sofrer o ataque corrosivo dos agentes exteriores (umidade atmosférica, vapores ácidos etc.), prejudicando assim a peça. A melhoria que certos fluidos lubrirrefrigerantes propiciam se dá pela proteção através de uma película de fluido aderida à superfície usinada, diminuindo ou eliminando a corrosão na peça. Uma das desvantagens que isso pode causar é a necessidade de limpeza da superfície, o que gera custo Tipos de Meios Lubrirrefrigerantes Existem inúmeras formulações especiais para refrigerar e lubrificar as operações de corte, porém todas podem ser classificadas em um dos quatro tipos básicos discutidos nos itens subsequentes Óleos de corte Os óleos de corte são obtidos a partir de óleos minerais integrais, com ou sem adição de aditivos. Os óleos minerais são hidrocarbonetos obtidos a partir do refino do petróleo. Suas propriedades dependem do comprimento da cadeia, da estrutura molecular e do grau de refino. São indicados para usinagens pesadas (Fig. 10.4). Figura 10.4 Fresamento dos dentes da engrenagem em um centro de usinagem. O emprego desses óleos, nos últimos anos, tem perdido espaço para os óleos emulsionáveis devido ao alto custo, ao baixo ponto de fulgor (risco de incêndios), à ineficiência a altas velocidades de corte, ao baixo poder refrigerante e à formação de fumos, além de oferecer riscos à saúde do operador e contaminação do meio ambiente 2. Os fluidos de corte baseados em óleo mineral são classificados em ativos e inativos. Os óleos ativos são aqueles que atacam a superfície em usinagem, pois nestes é acrescentado cerca de 2% de enxofre (S) com a finalidade de, durante a usinagem, devido à alta temperatura, liberar parte do S para reagir quimicamente com a superfície do cavaco em formação. O cloro (Cl) também pode ser usado como aditivo formando uma película metálica clorada na interface cavaco/ferramenta. Os aditivos Cl e S são chamados agentes EP (aditivos de extrema pressão) e possuem também propriedade 2 O uso de cloro em fluidos de corte encontra restrições em alguns países em virtude dos danos que os compostos podem causar se forem descartados incorretamente. Os solventes clorados penetram no solo e acumulam-se por um longo período, podendo facilmente atingir o lençol freático e contaminá-lo totalmente. O despejo de l kg de solvente clorado pode contaminar m 3 de água.

9 77 antisoldante, características desejáveis tendo em vista que na interface têm-se pontos de alta pressão e alta temperatura associados a um pequeno movimento de deslizamento. Os aditivos inativos são aqueles que não atacam a superfície em usinagem. São compostos por óleo mineral com adição de fósforo e aditivos químicos inativos. Em geral, promovem alta lubrificação e atuam como elementos antidesgaste. Dentre estes estão os óleos minerais puros, óleos graxos, compostos de óleo mineral e óleo graxo, compostos de óleo mineral e óleos graxos-sulfurados e compostos de óleos minerais e óleos graxos sulfurados-clorados Fluidos emulsionáveis e semissintéticos Nessa categoria estão os fluidos emulsionáveis e semissintéticos. Ambos são formadores de emulsões. Os fluidos emulsionáveis (erroneamente chamados óleos solúveis ) são compostos bifásicos de óleos minerais adicionados à água na proporção de 1:10 a 1:100 enquanto que os fluidos semissintéticos caracterizam-se por apresentar entre 5 e 50% de óleo mineral no fluido concentrado. Os emulsificantes são tensoativos polares que reduzem a tensão superficial, formando uma película monomolecular semiestável na interface óleo/água. Assim, os emulsificantes promovem a formação de glóbulos de óleo menores, o que resulta em emulsões translúcidas. A presença de uma grande quantidade de emulsificantes propicia ao fluido uma coloração menos leitosa e mais transparente (Fig. 10.5). Figura 10.5 Furação em um centro de usinagem utilizando fluido semissintético. Para evitar os efeitos nocivos da água presente na emulsão empregam-se aditivos anticorrosivos, como nitrito de sódio. Usam-se ainda biocidas que inibem o crescimento de bactérias e fungos; porém, estes devem ser compatíveis com a pele humana e atóxicos. Os aditivos EP e antidesgaste usados para aumentar as propriedades de lubrificação são os mesmos empregados para óleos de corte. Além disso, corantes são acrescentados para proporcionar uma cor mais viva e aceitável pelo operador da máquina. As principais vantagens desse tipo de óleo são: grande redução do calor, permitindo altas velocidades de corte em algumas aplicações; removedor de cavaco nas condições de trabalho; mais econômico (diluído em água diminui os custos); possui melhor aceitação pelo operador; menos agressivo à saúde e mais benefícios à segurança (não-inflamável, redução de emissão de hidrocarbonetos).

10 Fluidos sintéticos (soluções) Os fluidos sintéticos são compostos monofásicos de óleo que se dissolvem completamente na água. Não há adição de emulsificantes, pois os compostos reagem quimicamente, formando fases únicas. Os fluidos sintéticos, também chamados de soluções, caracterizam-se por serem isentos de óleo mineral. Consistem de sais orgânicos e inorgânicos, aditivos de lubricidade, biocidas, inibidores de corrosão, entre outros, quando adicionados à água. Apresentam vida mais longa, uma vez que são menos atacáveis por bactérias e reduzem o número de trocas da máquina. Formam soluções transparentes, resultando em boa visibilidade durante a operação de corte (Fig. 10.6). Possuem agentes umectantes que melhoram bastante as propriedades refrigerantes da solução e são estáveis. Os mais complexos são de uso geral, com boas propriedades lubrificantes e refrigerantes. Os aditivos EP não são necessários. Figura 10.5 Furação em um centro de usinagem utilizando fluido sintético. As principais vantagens desse tipo de fluido são: boa proteção anticorrosiva e alta capacidade de refrigeração; vida útil do fluido bastante grande; filmes residuais pequenos e de fácil remoção; fáceis de misturar, necessitando de pouca agitação; relativa facilidade no controle da concentração desejada Fluidos gasosos (refrigeração) Consiste no emprego de meios gasosos como fluido de corte. O ar é o mais comum fluido gasoso utilizado, estando presente até mesmo na usinagem a seco. O ar comprimido é utilizado para melhorar a retirada de calor e expulsão do cavaco da zona de corte (Fig. 10.6). Figura 10.6 Fresamento em um centro de usinagem utilizando ar comprimido.

11 79 Os fluidos gasosos, com sua menor viscosidade, são mais efetivos do ponto de vista da penetrabilidade até a zona ativa da ferramenta. Outros gases como o argônio, hélio, nitrogénio e CO 2 também são utilizados para a proteção contra a oxidação e refrigeração, porém apenas em casos específicos, visto ser esta uma usinagem antieconômica. A aplicação de um ou de outro tipo de fluido de corte em determinada operação deve seguir, como em outros casos nos processos de usinagem, uma relação de compromisso entre certos fatores do processo (tipo de operação, tempo de usinagem, qualidade exigida, materiais da peça e da ferramenta, máquinaferramenta, etc.). De modo geral, uma das relações usualmente predominantes nos processos industriais é a relação custo-benefício Meios sólidos (lubrificação) A redução do atrito é um dos fatores que propiciam um aumento da vida útil da ferramenta de corte em usinagem, pois os efeitos dos desgastes sobre a ferramenta diminuem. Uma das formas de diminuir tais efeitos é a introdução de uma camada lubrificante líquida ou sólida com baixa taxa de cisalhamento entre as superfícies. Dependendo da aplicação, a lubrificação sólida é a que apresenta maiores vantagens em relação à diminuição do atrito, pois uma vez formada a camada de lubrificante, ele poderá permanecer entre as partes em contato. Outra vantagem do lubrificante sólido em relação ao líquido é em relação à temperatura de operação que pode estender a faixa de 1000 C, mantendo o coeficiente de atrito relativamente baixo. Dentre os lubrificantes sólidos, os mais conhecidos são a grafite, o bissulfeto de molibdênio (MoS 2 ) e o politetrafluoretileno (PTFE) comumente utilizados em mancais. A combinação de lubrificantes sólidos e líquidos, em alguns casos, podem trazer benefícios em relação ao atrito e ao desgaste, pois há possibilidade de ocorrer uma sinergia de propriedades de ambos. Embora na maioria das aplicações tribológicas sejam utilizados lubrificantes líquidos e/ou graxas para diminuir o atrito e os desgastes da ferramenta, pode-se utilizar o lubrificante sólido também em aplicações de baixas temperaturas, baixa pressão ou vácuo e pressões extremas de contatos Aplicação de Meios Lubrirrefrigerantes Até pouco tempo atrás, as indústrias tinham como objetivo principal a fabricação de produtos visando satisfazer somente aspectos tecnológicos e econômicos. Neste período, a administração industrial era dominada pelos custos. Atualmente os aspectos ecológicos tem-se tornado cada vez mais importantes dentro dos processos produtivos, somando-se aos outros dois aspectos. Num futuro bem próximo, para que uma indústria atinja o sucesso produtivo, ela deverá obrigatoriamente encontrar um estado de produção que leve em conta simultaneamente os três aspectos mostrados na Figura Hoje em dia, os aspectos tecnológicos e econômicos apresentam um significativo controle em quase todos os processos de fabricação por serem vitais à sobrevivência da empresa. Já os aspectos ecológicos apresentam-se como uma tímida preocupação por parte de alguns empresários, e um descaso pela grande maioria. Neste contexto, leis e normas de proteção ambiental estão surgindo de modo a obrigar a preocupação ambiental em todos os níveis de produção. Especialmente dentro dos processos de usinagem, entre os vários fatores existentes, os fluidos de corte se apresentam como um dos principais agentes nocivos ao homem e ao meio ambiente, e por esta razão os esforços estão sendo concentrados no sentido de reduzir e/ou eliminar esta fonte de agressão. Quase que na sua totalidade as operações de usinagem utilizam fluidos de corte, o que permite atingir

12 80 níveis de produtividade satisfatórios. Estes níveis de produção, por sua vez, devem atender os níveis de consumo e manter a eficiência da cadeia de produção. Aspectos Ecológicos Leis de Proteção Ambiental Sistema Produtivo Exigências da Sociedade Aspectos Tecnológicos Mercado Consumidor Aspectos Econômicos Figura 10.7 Fatores integrantes de um moderno sistema produtivo. Embora os fluidos de corte tenham uma importância significativa nas operações de usinagem, os aspectos nocivos impõem a necessidade de soluções alternativas. Diversos estudos comprovam o elevado grau de agressão dos fluidos de corte e apontam para a necessidade de providências tecnológicas no sentido de reduzir e/ou eliminar seu uso. Tomando esta linha como meta básica para reduzir o impacto ambiental dos processos de usinagem, pode-se analisar o uso de fluidos de corte sob os três aspectos básicos dos sistemas produtivos ilustrados na Figura 10.7 e comentados nos itens subsequentes Aspectos econômicos Uma maior atenção foi dispensada aos fluidos de corte quando os usuários perceberam que os custos relacionados à introdução e ao tratamento dos fluidos de corte podem atingir o dobro dos custos com as ferramentas. Estes custos refletem-se diretamente no custo total de produção. Embora a relação não seja direta, visto que a redução nos custos com fluido de corte não é proporcional à redução dos custos totais de produção, a redução do uso de fluidos de corte juntamente com uma otimização dos parâmetros de processo pode trazer benefícios econômicos ao ciclo produtivo Aspectos tecnológicos O emprego dos fluidos de corte tem, por vários anos, permitido atingir volumes de produção maiores, atuando de forma eficaz principalmente na refrigeração do processo de corte. Ainda como funções significativas podem ser citadas a lubrificação da interface ferramenta/peça e a expulsão do cavaco produzido da zona de corte. Com o crescente desenvolvimento de novos materiais para ferramenta, acompanhado pela melhoria das características técnicas das máquinas-ferramentas, a refrigeração e a lubrificação vêm gradativamente perdendo importância dentro dos processos de usinagem. Face a isto, o fluido de corte passa a ter uma maior importância na função de reduzir o aporte térmico para a peça, permitindo desta forma a produção de peças dentro de estreitas tolerâncias dimensionais.

13 Aspectos ecológicos O fluido de corte (visto pelo aspecto ecológico) mostra-se como um agente nocivo ao homem (operador e meio ambiente). Diversos estudos realizados mostraram que o seu contato permanente com os meios lubrirrefrigerantes pode causar vários tipos de doenças de pele, alguns tipos de câncer e doenças pulmonares. Este contato pode ser direto pelo próprio fluido, através de névoa, vapores ou subprodutos formados durante a usinagem. Por outro lado, o descarte dos fluidos deteriorados pelo uso provoca uma agressão ao meio ambiente. Pesquisas no sentido de tratar, reaproveitar ou reprocessar estes fluidos estão sendo realizadas. Porém, atualmente os custos envolvidos não são atrativos. A criação de leis cada vez mais rígidas tenta reduzir gradativamente o impacto ambiental dos processos produtivos. Neste sentido a preocupação ecológica na cadeia produtiva ganha uma evidente importância no contexto geral da produção, reforçando a necessidade de desenvolvimento de estudos e pesquisas para reduzir e/ou eliminar os fluidos de corte em operações de usinagem. O desenvolvimento de formas alternativas não nocivas de produção passa a ser de fundamental importância para a humanidade, uma vez que este procedimento ajudará a conter os atuais níveis de poluição mundial. Os itens seguintes abordam quatro alternativas ecológicas para minimizar tais problemas. a) Usinagem com MQF A MQF é aplicada nas operações de corte em que não é possível a eliminação do fluido lubrirrefrigerante. Na técnica de MQF (também chamado atomização ou névoa), o fluido é aplicado em vazões muito baixas (10 a 20 ml/h), normalmente nas direções B e C (Fig. 10.1). Isto exige adaptação das características técnicas dos fluidos. A Figura 10.8 mostra a MQF aplicada em furação comparada com a aplicação regular de fluido lubrirrefrigerante. (a) (b) Figura 10.8 Comparação das quantidades de fluido aplicado em furação: (a) normal; (b) MQF Embora os resultados encontrados sejam promissores (redução das forças de usinagem e da rugosidade da peça), eles não são consistentes, ou seja, apresentam variações de desempenho em comparação com método tradicional (jorro a baixa pressão) de acordo com as condições de corte para diferentes processos de usinagem. A elevada razão entre a área e o volume das gotículas permite a rápida evaporação do fluido, provocando a refrigeração. Portanto, fluidos com baixo ponto de fusão e alto calor latente de vaporização (i.e., com elevada concentração de água) devem apresentar melhores resultados. Considerando o uso da MQF na usinagem, o vapor, a névoa e a fumaça de óleo podem ser considerados subprodutos indesejáveis, os quais caracterizam um aumento de poluição suspensa no ar e têm se tornado fator de preocupação. Com isso, tem-se a necessidade do controle das emissões (por meio

14 82 de encapsulamento da máquina-ferramenta e de sistema de exaustão eficiente) e do ruído produzido pela linha de ar comprimido em funcionamento contínuo. b) Usinagem a seco Na usinagem a seco, não se verificam as funções primárias dos fluidos de corte: refrigeração, lubrificação e expulsão/transporte de cavacos. Assim, exige-se uma adaptação compatível de todos os fatores influentes: máquina, peça, ferramenta, processo e parâmetros de corte. Modernas ferramentas de corte têm sido desenvolvidas para suportar altas temperaturas na região de corte, sem perder a dureza e a resistência ao desgaste. Com isso, é possível aumentar a produtividade com a usinagem a seco, pois não se elimina apenas o custo com o meio lubrirrefrigerante, mas também o tempo e o custo com a manutenção. Além dos aspectos tecnológicos e econômicos citados, os aspectos ecológicos também merecem destaque (os fluidos são nocivos ao homem e agridem o meio ambiente). A Figura 10.9 esquematiza os fatores influentes na usinagem a seco. Características da peça Operação de usinagem USINAGEM A SECO Objetivo: obtenção econômica e funcional de peças Material a ser usinado Máquinaferramenta Falta funções do fluido Material da ferramenta Condições de corte Material do revestimento Figura 10.9 Fatores influentes na usinagem a seco As restrições à usinagem a seco podem ser as exigências de qualidade da peça, mas também podem resultar de diferentes materiais (peça e/ou ferramenta) e/ou combinações de processos. Percebe-se através da atual situação da usinagem a seco que muitos processos não são possíveis de serem realizados devido à atual concepção dos mesmos e ao desenvolvimento em que se encontram as ferramentas. c) Otimização da ferramenta Outra forma de encontrar uma solução adequada à redução ou eliminação dos problemas oriundos da usinagem sem fluidos de corte é a otimização das características da ferramenta empregada no processo. As otimizações do substrato, do revestimento e da geometria servem como ponto de partida para a solução dos problemas. Esta otimização deve ser conjunta entre tais características e o material a ser usinado. Entretanto, cada processo de usinagem possui características próprias e, por esta razão, devem ser desenvolvidos estudos específicos para cada um. d) Substituição do processo Para os casos em que um determinado processo não permita o emprego das opções anteriores, uma solução extrema é substituir o processo em questão por um ou mais processos alternativos que permitam atingir os mesmos resultados que o processo original. Esta solução exige, por parte do usuário, a disposição para avaliar os processos utilizados e aceitar o risco de tentar novas formas de produção.

Aula 8- Fluidos de Corte

Aula 8- Fluidos de Corte -A utilização de fluidos de corte na usinagem inicia-se em 1890,com a água e a seguir soluções água/soda ou água/sabão (evitar a oxidação - peça e ferramenta). -A água tem alto poder refrigerante, mas

Leia mais

Fundamentos da Lubrificação e Lubrificantes Aula 5

Fundamentos da Lubrificação e Lubrificantes Aula 5 Fundamentos da Lubrificação e Lubrificantes Aula 5 PROF. DENILSON J. VIANA Classificação do Tipo de Lubrificação A lubrificação pode ser classificada em três tipos básicos de acordo com a película lubrificante.

Leia mais

TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO FLUIDOS DE CORTE

TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO FLUIDOS DE CORTE TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO FLUIDOS DE CORTE Emprego de meios lubri-refrigerantes (também chamados fluidos de corte, óleos de corte, meios de lubrificação e arrefecimento, líquidos refrigerantes, etc.

Leia mais

Fundamentos de Lubrificação e Lubrificantes Aula 7 PROF. DENILSON J. VIANA

Fundamentos de Lubrificação e Lubrificantes Aula 7 PROF. DENILSON J. VIANA Fundamentos de Lubrificação e Lubrificantes Aula 7 PROF. DENILSON J. VIANA Aditivos para óleos lubrificantes Os aditivos são compostos químicos que adicionados aos óleos básicos reforçam alguma de suas

Leia mais

TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO FUNDAMENTOS DA USINAGEM: FORMAÇÃO DE CAVACOS, TIPOS E FORMAS DE CAVACOS

TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO FUNDAMENTOS DA USINAGEM: FORMAÇÃO DE CAVACOS, TIPOS E FORMAS DE CAVACOS TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO FUNDAMENTOS DA USINAGEM: FORMAÇÃO DE CAVACOS, TIPOS E FORMAS DE CAVACOS Peça Torneada Operações de Torneamento Operações de Torneamento Operações de Torneamento Operações

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SÃO PAULO Campus Presidente Epitácio

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SÃO PAULO Campus Presidente Epitácio INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SÃO PAULO Campus Presidente Epitácio TDUA2 Aula 4 Prof. Carlos Fernando Ferramentas de Corte. Fluidos de Corte. Ferramentas de Corte Tecnologia de Usinagem

Leia mais

PROCESSOS DE USINAGEM I

PROCESSOS DE USINAGEM I PROCESSOS DE USINAGEM I Prof. Arthur Bortolin Beskow AULA 04 1 MECANISMO DA FORMAÇÃO DO CAVACO O cavaco é o principal ponto em comum entre os processos de usinagem, pois é o subproduto final presente em

Leia mais

TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO GEOMETRIA DA FERRAMENTA

TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO GEOMETRIA DA FERRAMENTA TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO GEOMETRIA DA GEOMETRIA DA A geometria da ferramenta influencia na: Formação do cavaco Saída do cavaco Forças de corte Desgaste da ferramenta Qualidade final da peça GEOMETRIA

Leia mais

Processos Mecânicos de Fabricação. Conceitos introdutórios sobre usinagem dos metais

Processos Mecânicos de Fabricação. Conceitos introdutórios sobre usinagem dos metais UDESC Universidade do Estado de Santa Catarina FEJ Faculdade de Engenharia de Joinville Processos Mecânicos de Fabricação Conceitos introdutórios sobre usinagem dos metais DEPS Departamento de Engenharia

Leia mais

SEM534 Processos de Fabricação Mecânica. Aula: Materiais e Vida da Ferramenta

SEM534 Processos de Fabricação Mecânica. Aula: Materiais e Vida da Ferramenta SEM534 Processos de Fabricação Mecânica Aula: Materiais e Vida da Ferramenta Materiais para Ferramenta Propriedades desejadas: Dureza a Quente Resistência ao desgaste Tenacidade Estabilidade química Evolução

Leia mais

Acesse:

Acesse: Não esquenta, não! Acesse: http://fuvestibular.com.br/ Agora você já sabe que usinar é, basicamente, produzir peças cortando qualquer material com o auxílio de uma ferramenta. O problema é que não existe

Leia mais

Fundamentos da Lubrificação e Lubrificantes Aula 2 PROF. DENILSON J. VIANA

Fundamentos da Lubrificação e Lubrificantes Aula 2 PROF. DENILSON J. VIANA Fundamentos da Lubrificação e Lubrificantes Aula 2 PROF. DENILSON J. VIANA Teorias do Atrito Teorias de Amonton Coulomb Amonton e Coulomb determinaram que a principal contribuição a força de atrito surge

Leia mais

Fundamentos de Lubrificação e Lubrificantes Aula 6 PROF. DENILSON J. VIANA

Fundamentos de Lubrificação e Lubrificantes Aula 6 PROF. DENILSON J. VIANA Fundamentos de Lubrificação e Lubrificantes Aula 6 PROF. DENILSON J. VIANA Petróleo Embora as substancias utilizadas como lubrificantes não sejam, necessariamente, produtos derivados de petróleo, o seu

Leia mais

Página 1

Página 1 1. Analise as afirmativas a seguir sobre fluidos hidráulicos. I - É um meio de transmissão de energia, um lubrificante, um vedador e um veículo de transferência de calor. II - Quando formulado a partir

Leia mais

EXERCÍCIOS SOBRE TRATAMENTOS TÉRMICOS DAS LIGAS FERROSAS

EXERCÍCIOS SOBRE TRATAMENTOS TÉRMICOS DAS LIGAS FERROSAS EXERCÍCIOS SOBRE TRATAMENTOS TÉRMICOS DAS LIGAS FERROSAS 1. Em que consiste, de uma maneira geral, o tratamento térmico? R: Alterar as microestruturas das ligas metálicas e como conseqüência as propriedades

Leia mais

Lubrificação Industrial. Prof. Matheus Fontanelle Pereira Curso Técnico em Eletromecânica Departamento de Processos Industriais Campus Lages

Lubrificação Industrial. Prof. Matheus Fontanelle Pereira Curso Técnico em Eletromecânica Departamento de Processos Industriais Campus Lages Lubrificação Industrial Prof. Matheus Fontanelle Pereira Curso Técnico em Eletromecânica Departamento de Processos Industriais Campus Lages 1. Atrito Sempre que houver movimento relativo entre duas superfícies,

Leia mais

Tintas, Vernizes, Lacas e Esmaltes. Professora Ligia Pauline

Tintas, Vernizes, Lacas e Esmaltes. Professora Ligia Pauline Tintas, Vernizes, Lacas e Esmaltes Professora Ligia Pauline Tintas Suspensão de partículas opacas (pigmentos) em veículo fluido; Função das partículas: cobrir e decorar as superfícies; Função do veículo:

Leia mais

EM535 USINAGEM DOS MATERIAIS 1 O. SEMESTRE DE Teste 2

EM535 USINAGEM DOS MATERIAIS 1 O. SEMESTRE DE Teste 2 EM535 USINAGEM DOS MATERIAIS 1 O. SEMESTRE DE 2007 - Teste 2 1. As características desejáveis a um material de ferramenta são: a. resistência ao desgaste, tenacidade, dureza a quente e baixo coeficiente

Leia mais

Tratamentos Térmicos

Tratamentos Térmicos Tratamentos Térmicos Têmpera superficial Modifica a superfície: alta dureza superficial e núcleo mole. Aplicação: engrenagens Pode ser «indutivo» ou «por chama» Tratamentos Térmicos Têmpera superficial

Leia mais

Teoria e Prática da Usinagem

Teoria e Prática da Usinagem Teoria e Prática da Usinagem Aula 10 Seleção de Ferramentas e Torneamento Profa. Janaina Fracaro Formação do cavaco O ângulo de posição e o raio de ponta da ferramenta afetam a formação do cavaco na medida

Leia mais

Lubrificação. 8. Lubrificantes sólidos e gasosos

Lubrificação. 8. Lubrificantes sólidos e gasosos Lubrificação 8. Lubrificantes sólidos e gasosos Lubrificação a seco Requisitos: Baixo coeficiente de atrito Pequena resistência ao cisalhamento Forte aderência a metais Estabilidade a altas temperaturas

Leia mais

Fluido térmico orgânico NSF HT1, para transferência de calor é uma opção vantajosa para indústria alimentícia.

Fluido térmico orgânico NSF HT1, para transferência de calor é uma opção vantajosa para indústria alimentícia. Fluido térmico orgânico NSF HT1, para transferência de calor é uma opção vantajosa para indústria alimentícia. Por Everton Kolosque Engenheiro Consultor de Mercado da Klüber Lubrication A evolução tecnológica

Leia mais

Lubrificação de Motores e Redutores

Lubrificação de Motores e Redutores Lubrificação de Motores e Redutores Prof. Dr. João Candido Fernandes Luís Henrique Bonacordi Boccardo Vinicius Hernandes Kauê Vieira RA: 711901 611549 612261 Índice 1. Introdução 2. Tipos de óleos para

Leia mais

USINAGEM USINAGEM. Prof. M.Sc.: Anael Krelling

USINAGEM USINAGEM. Prof. M.Sc.: Anael Krelling USINAGEM Prof. M.Sc.: Anael Krelling 1 No processo de Usinagem uma quantidade de material é removido com auxílio de uma ferramenta de corte produzindo o cavaco, obtendo-se assim uma peça com formas e dimensões

Leia mais

TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO DESGASTE DE FERRAMENTAS

TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO DESGASTE DE FERRAMENTAS TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO DESGASTE DE FERRAMENTAS DESGASTE DE FERRAMENTAS Ferramenta de corte solicitada térmica, mecânica e quimicamente durante a usinagem. Série de avarias e desgastes de naturezas

Leia mais

Fundamento de Lubrificação e Lubrificantes Aula 8 PROF. DENILSON J. VIANA

Fundamento de Lubrificação e Lubrificantes Aula 8 PROF. DENILSON J. VIANA Fundamento de Lubrificação e Lubrificantes Aula 8 PROF. DENILSON J. VIANA Graxas É um material sólido a semissólido, constituindo de um agente espessante (sabão metálico) disperso num lubrificante líquido

Leia mais

TM373 Seleção de Materiais Metálicos

TM373 Seleção de Materiais Metálicos Universidade Federal do Paraná Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Mecânica TM373 Seleção de Materiais Metálicos Seleção de materiais atendendo a requisitos da superfície: Resistência ao Desgaste

Leia mais

DETERIORAÇÃO DAS FERRAMENTAS DE CORTE REF.: ISO Tool life testing in milling

DETERIORAÇÃO DAS FERRAMENTAS DE CORTE REF.: ISO Tool life testing in milling DETERIORAÇÃO DAS FERRAMENTAS DE CORTE REF.: ISO 8688 - Tool life testing in milling LASCAMENTOS AVARIAS QUEBRAS DA ARESTA QUEBRAS DO INSERTO DETERIORAÇÕES DEFORMAÇÃO PLÁSTICA FLANCO DESGASTES CRATERA ENTALHE

Leia mais

Fundamentos da Lubrificação

Fundamentos da Lubrificação Fundamentos da Lubrificação Por que Lubrificamos? Existem muitas razões que podemos enumerar, mencionaremos algumas : Reduzir o Atrito e o Desgaste. FUNÇÃO: formar uma película que impeça o contato direto

Leia mais

FACULDADE ANHANGUERA INDAIATUBA FUNDAMENTOS DE LUBRIFICAÇÃO E LUBRIFICANTES LUBRIFICAÇÃO EM INDUSTRIAS ESPECÍFICAS: USINA SIDERÚRGICA

FACULDADE ANHANGUERA INDAIATUBA FUNDAMENTOS DE LUBRIFICAÇÃO E LUBRIFICANTES LUBRIFICAÇÃO EM INDUSTRIAS ESPECÍFICAS: USINA SIDERÚRGICA FACULDADE ANHANGUERA INDAIATUBA FUNDAMENTOS DE LUBRIFICAÇÃO E LUBRIFICANTES LUBRIFICAÇÃO EM INDUSTRIAS ESPECÍFICAS: USINA SIDERÚRGICA ALUNOS: DIRLEY DOS SANTOS BRAGA RA: 1596846817 EDUARDO MARQUES LIMA

Leia mais

Meios de Têmpera: Têmpera em água

Meios de Têmpera: Têmpera em água Meios de Têmpera: Têmpera em água A água é o meio de têmpera mais antigo, mais barato e o mais empregado. O processo de têmpera em água é conduzido de diversas maneiras: por meio de imersão, jatos, imersão

Leia mais

Refrigeração e Ar Condicionado

Refrigeração e Ar Condicionado Refrigeração e Ar Condicionado Câmaras Frigoríficas Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade Federal

Leia mais

Maquinas Termicas - Fornalha

Maquinas Termicas - Fornalha Máquinas Térmicas: Fornalhas Combustão 1 Fornalha Converte energia química do combustível em energia térmica. De acordo com o tipo e a qualidade do combustível disponível, a queima pode ser em suspensão,

Leia mais

Brochamento. Nesta aula você terá uma visão geral de uma. Nossa aula. O que é brochamento. Brocha

Brochamento. Nesta aula você terá uma visão geral de uma. Nossa aula. O que é brochamento. Brocha A UU L AL A Brochamento Nesta aula você terá uma visão geral de uma operação muito utilizada em usinagem chamada brochamento. Você vai saber como é feita essa operação e quais as ferramentas e máquinas

Leia mais

Brochamento. Nesta aula você terá uma visão geral de uma. Nossa aula. O que é brochamento. Brocha

Brochamento. Nesta aula você terá uma visão geral de uma. Nossa aula. O que é brochamento. Brocha A UU L AL A Brochamento Nesta aula você terá uma visão geral de uma operação muito utilizada em usinagem chamada brochamento. Você vai saber como é feita essa operação e quais as ferramentas e máquinas

Leia mais

TRATAMENTO DA ÁGUA PARA GERADORES DE VAPOR

TRATAMENTO DA ÁGUA PARA GERADORES DE VAPOR Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS TÉRMICAS AT-056 M.Sc. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br 1 INTRODUÇÃO: A água nunca está em estado puro, livre de

Leia mais

SEM534 Processos de Fabricação Mecânica. Aula: Mecanismo de Formação do Cavaco

SEM534 Processos de Fabricação Mecânica. Aula: Mecanismo de Formação do Cavaco SEM534 Processos de Fabricação Mecânica Aula: Mecanismo de Formação do Cavaco 1 SEM-534 Processos de Fabricação Mecânica Mecanismo de Formação do Cavaco Definição: Porção de material retirada da peça no

Leia mais

AULA 11 SISTEMAS HIDRÁULICOS

AULA 11 SISTEMAS HIDRÁULICOS 19/10/16 Significado e Conceito AULA 11 SISTEMAS HIDRÁULICOS Significado: hidra = água e aulos = tubo Conceito: Estudo das característica e comportamento dos fluídos confinados sob pressão. Prof. Fabricia

Leia mais

Processos de geometria definida: Brochamento

Processos de geometria definida: Brochamento Processos de geometria definida: Brochamento Prof. Janaina Fracaro de Souza janainaf@utfpr.edu.br Aula 09 TEORIA E PRÁTICA DA USINAGEM OBJETIVOS: ENTENDER O PROCESSO DE GEOMETRIA DEFINIDA POR BROCHAMENTO;

Leia mais

Concurso Público para Cargos Técnico-Administrativos em Educação UNIFEI 30/08/2009

Concurso Público para Cargos Técnico-Administrativos em Educação UNIFEI 30/08/2009 Questão 1 Conhecimentos Específicos - Fabricação Sobre a montagem de engrenagens para abertura de roscas em um torno, é correto afirmar: Deve-se garantir que a folga entre os dentes das engrenagens seja

Leia mais

Processo de Soldagem por Difusão

Processo de Soldagem por Difusão Processo de Soldagem por Difusão Prof. Luiz Gimenes Jr. Prof. Marcos Antonio Tremonti INTRODUÇÃO O processo de Soldagem por difusão é utilizado para unir materiais : iguais, com composição química semelhante

Leia mais

Quando o fluido de usinagem se torna uma ferramenta líquida. Óleos de corte / óleos de retificação

Quando o fluido de usinagem se torna uma ferramenta líquida. Óleos de corte / óleos de retificação Quando o fluido de usinagem se torna uma ferramenta líquida. Óleos de corte / óleos de retificação Suas operações de usinagem Furação e mandrilamento Caros especialistas em usinagem, Como usuários de óleo

Leia mais

Prof. MSc. David Roza José 1/26

Prof. MSc. David Roza José 1/26 1/26 Mecanismos Físicos A condensação ocorre quando a temperatura de um vapor é reduzida para abaixo da temperatura de saturação. Em equipamentos industriais o processo normalmente decorre do contato entre

Leia mais

NOTAS DE AULAS (Práticas de Oficina)

NOTAS DE AULAS (Práticas de Oficina) Módulo: Processo de Fabricação PROCESSOS DE USINAGEM CONVENCIONAIS VI. Solicitações na cunha de corte. Conseqüência dos esforços na de Ferramenta Força de usinagem= f(condições de corte (f, vc, ap), geometria

Leia mais

Processos de corte. Figura 2. Corte via plasma e maçarico.

Processos de corte. Figura 2. Corte via plasma e maçarico. Processos de corte Mecânicos: corte por cisalhamento através de guilhotinas, tesouras ou similares e por remoção de cavacos através de serras ou usinagem. Figura 1. Guilhotina, serra automática e corte

Leia mais

Fluidos base água contendo a tecnologia anticorrosiva

Fluidos base água contendo a tecnologia anticorrosiva Fluidos base água contendo a tecnologia anticorrosiva Proteção externa, formador de filme com atividade química Proteção interna na fase líquida e na fase vapor Produtos testados para toxicidade e biodegradabilidade

Leia mais

Mecanismo de Formação: O cavaco é formado continuamente, devido a ductilidade do material e a alta velocidade de corte;

Mecanismo de Formação: O cavaco é formado continuamente, devido a ductilidade do material e a alta velocidade de corte; ESTUDO DOS CAVACOS Cavaco é o material removido do tarugo (Billet) durante o processo de usinagem, cujo objetivo é obter uma peça com forma e/ou dimensões e/ou acabamento definidas. Exemplo: -lápis é o

Leia mais

Refrigeração e Ar Condicionado

Refrigeração e Ar Condicionado Refrigeração e Ar Condicionado Sistemas de Múltiplos Estágios Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade

Leia mais

Aula 1: Aços e Ferros Fundidos Produção Feito de Elementos de Liga Ferros Fundidos. CEPEP - Escola Técnica Prof.: Kaio Hemerson Dutra

Aula 1: Aços e Ferros Fundidos Produção Feito de Elementos de Liga Ferros Fundidos. CEPEP - Escola Técnica Prof.: Kaio Hemerson Dutra Aula 1: Aços e Ferros Fundidos Produção Feito de Elementos de Liga Ferros Fundidos CEPEP - Escola Técnica Prof.: Kaio Aços e Ferros Fundidos O Ferro é o metal mais utilizado pelo homem. A abundância dos

Leia mais

MANCAIS AUTOLUBRIFICANTES

MANCAIS AUTOLUBRIFICANTES THECNOLUB LINHA DE PRODUTOS MANCAIS AUTOLUBRIFICANTES LIVRES DE MANUTENÇÃO ÍNDICE 1 THEC-AC Aço + bronze sinterizado poroso + PTFE + Pb 2 THEC-B Bronze + bronze sinterizado poroso + PTFE + Pb 3 THEC-4

Leia mais

Revestimento especial Corrotect. Proteção anticorrosiva para rolamentos

Revestimento especial Corrotect. Proteção anticorrosiva para rolamentos Revestimento especial Corrotect Proteção anticorrosiva para rolamentos Revestimento especial Corrotect A corrosão é o inimigo número 1 dos metais e o Grupo Schaeffler está sempre buscando soluções para

Leia mais

3. PROCESSO DE SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO

3. PROCESSO DE SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO 1 3. PROCESSO DE SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO O processo de soldagem com eletrodo revestido é um processo no qual a fusão do metal é produzida pelo aquecimento de um arco elétrico, mantido entre a ponta

Leia mais

Nitretação em banho de sal Durferrit TF 1 (BR) processo TENIFER. Dados relativos aos Sais e ao processo TENIFER

Nitretação em banho de sal Durferrit TF 1 (BR) processo TENIFER. Dados relativos aos Sais e ao processo TENIFER Nitretação em banho de sal Durferrit TF 1 (BR) processo TENIFER Generalidades O tratamento de nitretação (processo TENIFER) em banho de sais é uma rara opção para se obter peças e ferramentas com alta

Leia mais

Processo de Soldagem MIG/MAG. Processo MIG / MAG Prof. Vilmar Senger

Processo de Soldagem MIG/MAG. Processo MIG / MAG Prof. Vilmar Senger Processo de Soldagem MIG/MAG Gases de proteção O ar atmosférico é expulso da região de soldagem por um gás de proteção com o objetivo de evitar a contaminação da poça de fusão. A contaminação é causada

Leia mais

Maior Segurança e Produtividade em suas Operações

Maior Segurança e Produtividade em suas Operações Maior Segurança e Produtividade em suas Operações Sejam manuais ou automatizadas, operações de corte a plasma emitem radiação e gases que apresentam riscos ao meio ambiente, saúde e segurança dos trabalhadores

Leia mais

FLUÍDOS FRIGORÍFICOS

FLUÍDOS FRIGORÍFICOS FLUÍDOS FRIGORÍFICOS , Fluidos Frigoríficos ou Refrigerantes Substâncias empregadas como veículo térmico para transporte de calor nos sistemas de refrigeração Podem ser classificados nas seguintes categorias:

Leia mais

Teoria e Prática da Usinagem

Teoria e Prática da Usinagem Teoria e Prática da Usinagem Aula 03 Formação do cavaco Profa. Janaina Fracaro GEOMETRIA DA FERRAMENTA DE CORTE CAVACO GUME DE CORTE Movimento de corte 2 GEOMETRIA DA FERRAMENTA DE CORTE Influência da

Leia mais

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS TECNOLOGIA DOS MATERIAIS Aula 5: Aços e Ferros Fundidos Produção Feito de Elementos de Liga Ferros Fundidos CEPEP - Escola Técnica Prof.: Aços e Ferros Fundidos O Ferro é o metal mais utilizado pelo homem.

Leia mais

Trabalho de solidificação. Soldagem. João Carlos Pedro Henrique Gomes Carritá Tainá Itacy Zanin de Souza

Trabalho de solidificação. Soldagem. João Carlos Pedro Henrique Gomes Carritá Tainá Itacy Zanin de Souza Trabalho de solidificação Soldagem João Carlos Pedro Henrique Gomes Carritá Tainá Itacy Zanin de Souza Introdução A soldagem é um processo de fabricação, do grupo dos processos de união, que visa o revestimento,

Leia mais

EVAPORAÇÃO. Profa. Marianne Ayumi Shirai EVAPORAÇÃO

EVAPORAÇÃO. Profa. Marianne Ayumi Shirai EVAPORAÇÃO Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Londrina Operações Unitárias na Indústria de Alimentos EVAPORAÇÃO Profa. Marianne Ayumi Shirai EVAPORAÇÃO É a remoção parcial da água de mistura de líquidos,

Leia mais

Informativo Técnico Nr Nitretação a Plasma (iônica) como alternativa para cementação em Engrenagens

Informativo Técnico Nr Nitretação a Plasma (iônica) como alternativa para cementação em Engrenagens Informativo Técnico Nr. 203 Nitretação a Plasma (iônica) como alternativa para cementação em Engrenagens ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO 2. NITRETAÇÃO A PLASMA (IÔNICA) COMO PROCESSO DE REVENIMENTO 3. AS VANTAGENS

Leia mais

Catálogo de produtos

Catálogo de produtos Catálogo de produtos Galvanização a fogo (zincagem por imersão a quente) - Conforme NBR 6323 O processo de zincagem por imersão a quente é o mesmo que qualquer produto, podendo variar na espessura da camada

Leia mais

Tratamentos Termoquímicos

Tratamentos Termoquímicos Tratamentos Termoquímicos Tratamento Termoquímicos Objetivos: adição (difusão) de C, N, B e outros na superfície dos metais (maioria aços). aumento da dureza superficial ( desgaste, fadiga ) e o núcleo

Leia mais

PFA PTFE POLIAMIDA PU EVA EPOXI

PFA PTFE POLIAMIDA PU EVA EPOXI Ultra Polimeros PEEK Polimeros de Alta-Performance Polimeros de Engenharia PFA PTFE POLIAMIDA PU EVA EPOXI SEMI-CRISTALINO PEEK - Poli(éter-éter-cetona) PEEK é um termoplástico de Ultra Performance que

Leia mais

LIMPEZA QUÍMICA E PASSIVAÇÃO. Em Sistemas Críticos de Alta Pureza

LIMPEZA QUÍMICA E PASSIVAÇÃO. Em Sistemas Críticos de Alta Pureza LIMPEZA QUÍMICA E PASSIVAÇÃO Em Sistemas Críticos de Alta Pureza TIPOS DE CONTAMINAÇÃO (FONTES) Contaminação Orgânica Sujidade oriunda de resíduos dos produtos, gorduras, proteínas, óleos, etc. Contaminação

Leia mais

QUALIDADE E DESEMPENHO COMPROVADOS

QUALIDADE E DESEMPENHO COMPROVADOS Fundada em 2010 em Caxias do Sul, a partir da iniciativa de comercializar produtos tecnológicos de alto desempenho para processos industriais. Atualmente é uma instituição bem conceituada, cujos produtos

Leia mais

Aula 9- Usinabilidade dos Materiais

Aula 9- Usinabilidade dos Materiais -A usinabilidade pode ser definida como uma grandeza tecnológica que expressa, por meio de um valor numérico comparativo ( índice de usinabilidade), um conjunto de propriedades de usinagem de um material

Leia mais

Disciplina: Projeto de Ferramentais I

Disciplina: Projeto de Ferramentais I Aula 04: Processos de Fundição em Moldes Metálicos por Gravidade (Coquilhas) 01: Introdução - Características do processo - Etapas envolvidas. - Fatores econômicos e tecnológicos - Ligas empregadas 02:

Leia mais

FORNO T4 (c/ Atm. Controlada) AUTOMATIZADO

FORNO T4 (c/ Atm. Controlada) AUTOMATIZADO FORNO T4 (c/ Atm. Controlada) AUTOMATIZADO A TECNOHARD possui fornos com atmosfera controlada ideais para processos de aquecimento industrial, que exigem qualidade e consistência no aquecimento. O nosso

Leia mais

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III SOLDAGEM METALURGIA DA SOLDAGEM

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III SOLDAGEM METALURGIA DA SOLDAGEM PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III SOLDAGEM METALURGIA DA SOLDAGEM Professor: Moisés Luiz Lagares Júnior 1 METALURGIA DA SOLDAGEM A JUNTA SOLDADA Consiste: Metal de Solda, Zona Afetada pelo Calor (ZAC), Metal

Leia mais

INLUB FLUIDOS DE CORTE

INLUB FLUIDOS DE CORTE 2014 INLUB FLUIDOS DE CORTE 11 4335-1934 11 4338-6824 www.inlub.com.br inlub@inlub.com.br INLUB Indústria e Comércio Ltda Com sede em São Bernardo do Campo -SP, foi fundada em 2004 com objetivo de ter

Leia mais

Quando o fluido de usinagem se torna uma ferramenta líquida. Fluidos de usinagem miscíveis em água

Quando o fluido de usinagem se torna uma ferramenta líquida. Fluidos de usinagem miscíveis em água Quando o fluido de usinagem se torna uma ferramenta líquida. Fluidos de usinagem miscíveis em água Suas operações de usinagem Furação e mandrilamento Rosqueamento e corte de rosca Caros especialistas em

Leia mais

TRATAMENTOS TÉRMICOS: AÇOS E SUAS LIGAS. Os tratamentos térmicos em metais ou ligas metálicas, são definidos como:

TRATAMENTOS TÉRMICOS: AÇOS E SUAS LIGAS. Os tratamentos térmicos em metais ou ligas metálicas, são definidos como: TRATAMENTOS TÉRMICOS: AÇOS E SUAS LIGAS Os tratamentos térmicos em metais ou ligas metálicas, são definidos como: - Conjunto de operações de aquecimento e resfriamento; - Condições controladas de temperatura,

Leia mais

Características. Fundamentos. Histórico SOLDAGEM COM ARAME TUBULAR

Características. Fundamentos. Histórico SOLDAGEM COM ARAME TUBULAR Histórico SOLDAGEM COM ARAME TUBULAR FLUX CORED ARC WELDING (FCAW) Década de 20: Surgimento dos Processos de Soldagem com Proteção Gasosa. Década de 40: Surgimento da Soldagem GTAW Década de 50: Surgimento

Leia mais

AULA 6 USINABILIDADE DOS MATERIAIS

AULA 6 USINABILIDADE DOS MATERIAIS AULA 6 USINABILIDADE DOS MATERIAIS 39 6. VARIÁVEIS INDEPENDENTES DE ENTRADA: USINABILIDADE DOS MATERIAIS 6.1. Introdução A usinabilidade é definida como uma grandeza tecnológica que expressa, por meio

Leia mais

A108 Broca, HSS, para Aços Inoxidáveis

A108 Broca, HSS, para Aços Inoxidáveis A108 Broca, HSS, para Aços Inoxidáveis ÍNDICE Usinagem de Aços Inoxidáveis 3 Por que os Aços Inoxidáveis são considerados como difíceis de usinar? 3 Pontos Importantes na usinagem de Aços Inoxidáveis 3

Leia mais

AULA 2 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE USINAGEM

AULA 2 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE USINAGEM AULA 2 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE USINAGEM 3 2. CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE USINAGEM 2.1. Introdução Fabricar é transformar matérias-primas em produtos acabados, por uma variedade de processos.

Leia mais

Livros Grátis. Milhares de livros grátis para download.

Livros Grátis.  Milhares de livros grátis para download. Livros Grátis http://www.livrosgratis.com.br Milhares de livros grátis para download. Quando tratamos das propriedades de

Leia mais

Informações Técnicas Certified ISO 2008

Informações Técnicas Certified ISO 2008 Informações Técnicas Certified ISO 2008 MANUSEIO Os rolamentos da ZEN são produtos fabricados com a mais alta qualidade, mesmo assim pequenos desvios durante sua operação, como aqueles causados por corrosão,

Leia mais

consiste em forçar a passagem de um bloco de metal através do orifício de uma matriz mediante a aplicação de pressões elevadas

consiste em forçar a passagem de um bloco de metal através do orifício de uma matriz mediante a aplicação de pressões elevadas consiste em forçar a passagem de um bloco de metal através do orifício de uma matriz mediante a aplicação de pressões elevadas é o processo em que a peça é empurrada contra a matriz conformadora, com redução

Leia mais

DISCIPLINA AMB30093 TERMODINÂMICA - Aula 4 Capítulo 3 Propriedades de uma Substância Pura 24/10/2013

DISCIPLINA AMB30093 TERMODINÂMICA - Aula 4 Capítulo 3 Propriedades de uma Substância Pura 24/10/2013 DISCIPLINA AMB30093 TERMODINÂMICA - Aula 4 Capítulo 3 Propriedades de uma Substância Pura 24/10/2013 Prof. Robson Alves de Oliveira robson.aoliveira@gmail.com.br robson.oliveira@unir.br Ji-Paraná - 2013

Leia mais

TRIBOLOGIA. 1 Introdução

TRIBOLOGIA. 1 Introdução TRIBOLOGIA 1 Introdução Para se ter uma completa compreensão do fenômeno do desgaste, é preciso que sejam considerados outros dois aspectos, isto é, a fricção e a lubrificação. Assim, define-se a palavra

Leia mais

Motores Alternativos ENG03342 (Turma C) Porto Alegre, 27 de abril de 2018

Motores Alternativos ENG03342 (Turma C) Porto Alegre, 27 de abril de 2018 1. Sistema de lubrificação Universidade Federal do Rio Grande do Sul Motores Alternativos ENG03342 (Turma C) Porto Alegre, 27 de abril de 2018 - Nos motores, vários componentes tem movimento relativo.

Leia mais

Processo, Aplicações e Técnicas

Processo, Aplicações e Técnicas INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA Processo, Aplicações e Técnicas Professor: Anderson Luís Garcia Correia Unidade Curricular de Processos de Soldagem 27 de abril de

Leia mais

USINAGEM POR ELETROEROSÃO

USINAGEM POR ELETROEROSÃO USINAGEM POR ELETROEROSÃO Teoria e Prática da Usinagem Usinagem de geometria não definida Janaina Fracaro A eletroerosão baseia -se na destruição de partículas metálicas por meio de descargas elétricas,

Leia mais

LUBRIFICAÇÃO LUBRIFICANTES

LUBRIFICAÇÃO LUBRIFICANTES LUBRIFICAÇÃO LUBRIFICANTES FUNÇÃO: Formar uma película que impeça o contato direto entre duas superfícies que se movem relativamente entre si. Ou seja, o lubrificante reduz o atrito a níveis mínimos, quando

Leia mais

Líder mundial em lubrificantes para compressores

Líder mundial em lubrificantes para compressores Líder mundial em lubrificantes para compressores Fluid Engineering CPI Fluid Engineering, uma divisão da The Lubrizol Corporation, é líder mundial em lubrificantes sintéticos para compressores e fabricantes

Leia mais

FLUIDOS DE CORTE: UMA ABORDAGEM GERAL E NOVAS TENDÊNCIAS

FLUIDOS DE CORTE: UMA ABORDAGEM GERAL E NOVAS TENDÊNCIAS FLUIDOS DE CORTE: UMA ABORDAGEM GERAL E NOVAS TENDÊNCIAS Fabio Cordeiro de Lisboa (UFAM ) fabiodelisboa@gmail.com Jessyca Jordanna Barroso de Moraes (UFAM ) jessyca.jbmoraes@gmail.com Massako de Almeida

Leia mais

Departamento de Engenharia Mecânica Graduação em Engenharia Aeronáutica

Departamento de Engenharia Mecânica Graduação em Engenharia Aeronáutica Lista de Exercícios Departamento de Engenharia Mecânica Graduação em Engenharia Aeronáutica Disciplina SEM0534: Processos de Fabricação Mecânica 1 o semestre de 2010 Prof. Associado Renato Goulart Jasinevicius

Leia mais

SOLDAGEM COM PLASMA E FORA DA GRAVIDADE.

SOLDAGEM COM PLASMA E FORA DA GRAVIDADE. SOLDAGEM COM PLASMA E FORA DA GRAVIDADE. HISTÓRICO O processo de soldagem a Plasma (PAW) foi introduzido na indústria em 1964 como um método que possuía um melhor controle de soldagem em níveis mais baixos

Leia mais

Inspeção das conexões elétricas: A inspeção periódica das conexões elétricas nos terminais do motor, nos contatos dos dispositivos de partida e dos

Inspeção das conexões elétricas: A inspeção periódica das conexões elétricas nos terminais do motor, nos contatos dos dispositivos de partida e dos 30 Também foi verificado as áreas aonde o ambiente é agressivo e seja necessário um grau de proteção maior do motor, pois alguns motivos de queima por umidade é o motor instalado não esteja preparado para

Leia mais

CONTROLE DE CAVACO. A produção de cavacos longos pode causar os seguintes problemas principais.

CONTROLE DE CAVACO. A produção de cavacos longos pode causar os seguintes problemas principais. CONTROLE DE CAVACO Na fabricação de peças por usinagem, as principais preocupações estão voltadas para a qualidade das peças produzidas, isto é, acabamento superficial e tolerâncias obtidas, e na produtividade

Leia mais

Torneamento de aço endurecido com superfícies interrompidas usando ferramentas de CBN

Torneamento de aço endurecido com superfícies interrompidas usando ferramentas de CBN Torneamento de aço endurecido com superfícies interrompidas usando ferramentas de CBN 1 INTRODUÇÃO As principais vantagens em se tornear peças de material endurecido ao invés de retificá-las são a alta

Leia mais

POLUIÇÃO SUBSTÂNCIA CERTA + LUGAR ERRADO

POLUIÇÃO SUBSTÂNCIA CERTA + LUGAR ERRADO POLUIÇÃO SUBSTÂNCIA CERTA + LUGAR ERRADO POLUIÇÃO Formas do homem degradar o ambiente: Queimadas Desmatamento Indústria (chuva ácida, CFC, queimadas de produtos fósseis, DDT) Aterros clandestinos Derramamento

Leia mais

Profa. Márcia A. Silva Spinacé

Profa. Márcia A. Silva Spinacé 1º Quadrimestre 2017 Profa. Márcia A. Silva Spinacé AULA 05 Introdução à formulação Componentes de uma formulação Cargas Diferentes tipos de Aditivos e suas características Discussão sobre um tipo específico

Leia mais

Escrito por Administrator Qua, 06 de Outubro de :31 - Última atualização Qui, 11 de Novembro de :55

Escrito por Administrator Qua, 06 de Outubro de :31 - Última atualização Qui, 11 de Novembro de :55 Determinação de teor de água NBR 10710:2006 Água no óleo isolante, mesmo que em pequenas quantidades, é muito prejudicial, pois é atraída para as zonas de maior stress elétrico. A água acelera a degradação

Leia mais

13/10/2009. Introdução Características gerais Etapas do Processo de Fabricação Geometria Vantagens Equipamentos Produtos

13/10/2009. Introdução Características gerais Etapas do Processo de Fabricação Geometria Vantagens Equipamentos Produtos 1 Introdução Características gerais Etapas do Processo de Fabricação Geometria Vantagens Equipamentos Produtos 2 1 = PUXAMENTO 3 Introdução: A trefilação é uma operação em que a matériaprima é estirada

Leia mais

CADERNO DE ENCARGOS INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO/ CAMPUS PINHEIRAL

CADERNO DE ENCARGOS INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO/ CAMPUS PINHEIRAL CADERNO DE ENCARGOS INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO/ CAMPUS PINHEIRAL OBJETO: Contratação de Empresa para Obra de Reforma e Manutenção Predial das Edificações do Campus

Leia mais

Materiais Elétricos Isolantes Isolantes líquidos -Os isolantes líquidos têm, geralmente na prática, funções de isolamento e de refrigeração.

Materiais Elétricos Isolantes Isolantes líquidos -Os isolantes líquidos têm, geralmente na prática, funções de isolamento e de refrigeração. líquidos -Os isolantes líquidos têm, geralmente na prática, funções de isolamento e de refrigeração. -Como refrigerante, retira o calor gerado internamente ao elemento condutor, transferindo-o a radiadores,

Leia mais