AÇÃO URGENTE AÇÃO URGENTE AÇÃO Programa de Língua Portuguesa ***************************************************************************
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- Thereza Eduarda Macedo Bugalho
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1 AÇÃO URGENTE AÇÃO URGENTE AÇÃO Programa de Língua Portuguesa *************************************************************************** EXTERNO (Para distribuição geral) Índice AI: AMR 34/03/95/s AU 35/95 14 de fevereiro de Distr: AU/SC TEMOR PELA SEGURANÇA GUATEMALA: SENAYDA CANA CHANAY, 36 anos, ativista dos direitos humanos ============================================================================= Senayda Cana Chanay, hospitalizada depois de um atentado contra sua vida, denunciou que foi visitada e interrogada de forma intimidatória por um membro das forças de segurança, além de ser hostilizada pelos agentes policiais encarregados da sua proteção. A Anistia Internacional teme pela segurança de Senayda, acreditando que ela foi vítima de uma tentativa de execução extrajudicial. Senayda é, há muitos anos, membro do Grupo de Apoio Mútuo pelo Aparecimento com Vida dos Nossos Familiares (GAM). No dia 6 de fevereiro de 1995, às quatro horas da madrugada, Senayda recebeu quatro tiros ao sair da sua casa, na localidade de Parajo, Buena Esperanza, município de San Martín Jilotepeque. Ela disse que o agressor estava fortemente armado e que encobria o rosto, acreditando haver outros; todavia, em virtude da pouca luz não pode ver quantos eram. Dada como morta pelo pistoleiro, Senayda foi transportada para o hospital de San Martín Jilotepeque, departamento de Chimaltenango, onde encontra-se fora de perigo. Na noite do dia do crime, alguns homens não identificados bateram na porta do domicílio de Senayda, quando seus quatro filhos estavam em casa. Os meninos não responderam porque já era muito tarde. Atualmente, as crianças estão sob a custódia de membros das Brigadas Internacionais da Paz. No hospital, um homem que se apresentou como membro das forças de segurança da base militar de Chimaltenango, visitou Senayda e a interrogou sobre suas atividades no GAM. Senayda considerou que a atitude e o comportamento dessa pessoa foram intimidatórios. Também denunciou que foi hostilizada pelos agentes da Polícia Nacional encarregados da sua proteção, os quais disseram-lhe que ela seria transferida do hospital diretamente para o estabelecimento penal de Pavón. No dia anterior ao do atentado, quando retornava de San Martín Jilotepeque, onde tinha ido fazer compras, Senayda foi seguida por um homem dirigindo uma bicicleta. Esse homem, que é conhecido na comunidade como membro do G-2, uma unidade de inteligência militar lotada na base de Chimaltenango, ficou esperando que Senayda subisse no ônibus em San Martín Jilotepeque e a seguiu até que descesse do coletivo. Ao se aproximarem da sua casa, o homem perguntou-lhe qual o motivo da sua visita ao escritório central do GAM, na Cidade da Guatemala, em 7 de fevereiro.
2 INFORMAÇÃO GERAL Senayda Cana Chanay é, desde 1984, membro e representante do GAM na sua comunidade. Ela vem participando de trabalhos de educação em direitos humanos. Três dias antes do crime, em 3 de fevereiro, Senayda assistiu uma reunião do GAM na sua localidade. Até a data do atentado, ela não havia sido ameaçada de morte. O GAM, fundado em junho de 1984, é constituido por parentes de pessoas «desaparecidas», que tentam apurar o paradeiro dos seus familiares. Dois dos seus membros-fundadores foram mortos em 1985, muito provavelmente por membros das próprias forças de segurança. Ainda hoje essas forças continuam violando os direitos humanos de dirigentes e membros do GAM, que são vítimas de execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados e ameaças. AÇÕES RECOMENDADAS Enviem telegramas, fax, telex ou cartas por via aérea, em espanhol ou em português: - expressando preocupação pelo atentado contra a vida de Senayda Cana Chanay, membro do GAM, cometido no dia 6 de fevereiro de 1995, em circunstâncias que indicam uma tentativa de execução extrajudicial; - pedindo que seja garantida a integridade física de Senayda Cana Chanay e dos seus filhos; - manifestando preocupação com as denúncias de que, no hospital, um membro das forças de segurança a intimidou e agentes da Polícia Nacional, encarregados da sua proteção, a hostilizaram; - solicitando que tais incidentes sejam investigados imediata e exaustivamente e que seus responsáveis sejam processados. APELOS PARA S.E. Ramiro de León Carpio Presidente de la República de Guatemala Palacio Nacional, Guatemala, GUATEMALA Telegramas: Presidente de León Carpio, Guatemala Fax : / Tratamento: Excelentíssimo Sr. Presidente Lic. Carlos Enrique Reynoso Ministro de Gobernación, Ministerio de Gobernación Despacho Ministerial, Of. No. 8 Palacio Nacional, Guatemala, GUATEMALA Telegramas: Ministro de Gobernación, Guatemala Fax : Tratamento: Sr. Ministro Gral. Mario Enríquez Morales Ministro de Defensa Ministerio de Defensa Palacio Nacional, Guatemala, GUATEMALA Telegramas: Ministro de Defensa, Guatemala
3 Fax : Tratamento: Sr. Ministro
4 Lic. Ramses Cuestas Gómez Fiscal General de la Nación Ministerio Público 18 Calle 10-36, Zona 1 Guatemala, GUATEMALA Telegramas: Fiscal General, Guatemala Fax : ; Tratamento: Sr. Fiscal General CÓPIAS PARA Sr. Comandante Base Militar No. 3 Chimaltenango, Chimaltenango El Quiché, Guatemala Lic. Jorge García Laguardia Procurador de los Derechos Humanos 12 Avenida Zona 1, Guatemala, GUATEMALA Grupo de Apoyo Mutuo por el Aparecimiento con Vida de Nuestros Familiares (GAM) 8a. Calle 7-46, Zona 1 Pasaje Fénix Apartamento 15, Ofic. 5 Ciudad de Guatemala, GUATEMALA
5 e para a representação diplomática da Guatemala no país do remetente. ENVIEM OS APELOS IMEDIATAMENTE! Consultem o Secretariado Internacional, ou os escritórios das seções brasileira ou portuguesa, caso queiram remeter apelos depois do dia 29 de março de (traduzido no Brasil)
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