AO SERVIÇO DE PORTUGAL

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1 AO SERVIÇO DE PORTUGAL

2 Marinha Portuguesa

3 Apresentação É necessário haver Armadas no mar, que guardem as nossas costas e paragens, e nos assegurem dos sobressaltos que podem vir pelo mar, que são mais súbitos que os da terra. Fernando Oliveira No mundo globalizado dos nossos dias, o mar é o elemento que verdadeiramente distingue Portugal das outras nações, porque anima e sustenta a mentalidade e as atitudes colectivas, que estão na nossa génese como povo e como Estado. A importância do mar para Portugal pode ser sistematizada segundo quatro expressões. Uma expressão política, ligada à extensão e delimitação dos nossos espaços marítimos, que correspondem a cerca de 19 vezes a área terrestre do País, a que acresce o expectável alargamento da plataforma continental, que mais do que duplica os fundos oceânicos sob soberania nacional. Uma expressão económica, materializada num conjunto de actividades destinadas a explorar os recursos marinhos, de forma a que possamos beneficiar das potencialidades oferecidas pelo mar. Aqui avultam, entre outros sectores, o turismo marítimo, os desportos náuticos, os portos, o transporte marítimo, as pescas e a aquicultura. Uma expressão cultural, que decorre de o mar ser a principal marca identitária da nação portuguesa, estando vincadamente impresso no código genético do povo português. Isso traduz-se num conjunto de hábitos corporais ou mentais muito associados à vivência do mar e num acervo cultural com forte pendor dos temas marítimos. Finalmente, uma expressão securitária, resultante do importante papel dos oceanos para as economias mundial e nacional. Neste contexto, é indispensável ter presente que só com segurança se desenvolve a confiança necessária à normal actividade económica. Neste enquadramento fortemente marcado pela maritimidade, Portugal necessita de uma Marinha capaz de desempenhar três funções fundamentais: defesa militar e apoio à política externa; segurança e autoridade do Estado; e desenvolvimento económico, científico e cultural. Estas funções permitem à Marinha uma actuação militar e uma actuação não militar, que dão corpo ao paradigma operacional da Marinha de duplo uso, gerador de sinergias e de economias de escala e de esforço. Para sustentar as vertentes de actuação militar e não militar, a Marinha possui um conjunto de capacidades que obedecem ao paradigma genético da Marinha equilibrada e dispõe de uma organização racionalizada que satisfaz o paradigma estrutural da Marinha optimizada. É com este modelo, fundado no equilíbrio, na optimização e no duplo uso, com unidade de comando e de acção, que cumprimos a nossa missão. O produto institucional da Marinha Portuguesa, fruto de uma actuação sóbria e discreta, normalmente para além dos olhares dos cidadãos e longe da atenção mediática, enche-nos de orgulho, ao mesmo tempo que nos motiva a prosseguir na busca da excelência. Esse produto institucional é apresentado neste folheto segundo as três funções acima referidas, evidenciando o papel da Marinha ao serviço do País e o seu contributo decisivo para que os portugueses possam usar o mar em prol do progresso e do bem-estar nacionais, mau grado algumas carências materiais e, também, restrições orçamentais. Portugal pode confiar que a sua Marinha continuará, até no limite das suas capacidades e recursos, firme na defesa dos interesses nacionais, empenhada na segurança dos nossos vastos espaços marítimos e parceira nas iniciativas e actividades de desenvolvimento centradas no mar. José Carlos Torrado Saldanha Lopes Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional

4 Espaços marítimos sob responsabilidade nacional Zona Económica Exclusiva - 1,66 milhões de km 2 Proposta de extensão dos limites da plataforma continental - 3,6 milhões de km 2 Área de busca e salvamento - 5,8 milhões de km 2

5 Portugal, uma nação marítima Os portugueses vivem há séculos em estreita e permanente comunhão com o mar. Depois de uma parte do território ter sido conquistada e povoada a partir do mar, durante dois séculos a gesta de marinheiros tornou possível a Expansão, conferindo corpo a esse marco civilizacional em que se transformou a Era dos Descobrimentos. Em resultado do esforço, já por tantos considerado assombroso, por desmesurado face à escassez de recursos e dimensão do País, Portugal afirmou-se, nos primeiros alvores do século XVI, como a primeira potência marítima à escala global. Se no mar reside boa parte da nossa génese, ao longo de nove séculos de história, este tem-se igualmente constituído como garante da independência nacional e espaço de afirmação dos nossos interesses. O mar tem, assim, para Portugal uma vincada expressão política, económica, cultural e securitária. Expressão política A História portuguesa pode resumir-se a uma série de esforços para o aproveitamento das possibilidades atlânticas do território. Jaime Cortesão A importância do mar para Portugal encontra-se intrinsecamente relacionada com a sua geografia semi-arquipelágica, mas também com a extraordinária extensão dos seus espaços marítimos. O amplo acesso ao oceano, com tudo o que isso representa em termos de oportunidades e desafios, justifica a necessidade de garantir o seu uso adequado. Portugal conta com uma superfície 2 terrestre de cerca de 92 mil km, uma linha de costa com 2188 km e 2 uma extensíssima área marítima da ordem de 1,72 milhões de km, incluindo águas interiores, mar territorial e Zona Económica Exclusiva (ZEE). Limites dos espaços marítimos, de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar Expressão económica Cerca de 90% do comércio mundial é transportado por mar. Em Portugal, as mercadorias movimentadas nos portos nacionais representam, actualmente, 60% do comércio externo e 70% das importações. É igualmente pela via marítima que nos chega a totalidade do petróleo e 2/3 do gás natural consumidos pelo país De acordo com o estudo efectuado pela Sociedade de Avaliação Estratégica e Risco (SaeR), relativamente ao hypercluster da economia do mar, em 2005 as actividades ligadas a este sector representavam um valor que se situava entre os 5% e os 6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, contabilizando os efeitos directos e indirectos. Superfície do território e dos espaços marítimos de Portugal ( km 2 ) Esta área de águas jurisdicionais representa 18,7 vezes a área do território, colocando-nos entre os maiores países do mundo, no que à dimensão dos espaços marítimos diz respeito. Além disso, Portugal, fruto dos acordos internacionais de que é signatário, assumiu a responsabilidade da busca e salvamento marítimo Search and Rescue (SAR) num espaço que se estende por 5,8 2 milhões de km, o que corresponde a 63 vezes a superfície do território nacional. Na sequência da proposta apresentada por Portugal junto da Comissão dos Limites da Plataforma Continental das Nações Unidas, este imenso espaço marítimo sob responsabilidade nacional pode ainda, dentro em breve, alargar-se substancialmente, facto que constitui um enorme desafio político. Com efeito, a nossa plataforma continental mais do que duplica, passando a haver continuidade de solo nacional entre o território do continente e as regiões autónomas da Madeira e dos Açores. Este vasto espaço marítimo representa um elevado potencial de riqueza, que pode contribuir, se convenientemente estudado, gerido e explorado, quer para o desenvolvimento do País, quer para a sua afirmação ao nível internacional. Navios de cruzeiro atracados no Porto do Funchal Além disso, os vários sectores do nosso hypercluster do mar caracterizam-se por possuírem um forte efeito multiplicador noutras actividades económicas, potenciando oportunidades de emprego e negócio. Por esta razão, as actividades baseadas no mar têm grande potencial na geração de valor acrescentado, ao mesmo tempo que funcionam como alavanca de desenvolvimento em áreas correlacionadas. 05

6 Portugal, uma nação marítima O potencial de crescimento de alguns sectores da economia do mar, como o turismo náutico, a náutica de recreio, a aquicultura, a piscicultura de alto mar, a cultura de algas e micro-algas, o transporte marítimo de curta distancia, as energias renováveis e a exploração de minerais, hidrocarbonetos e produtos de biotecnologia, levou a SaeR a estimar que, em 2025, a economia do mar pode representar 10 a 12% do PIB nacional. Expressão cultural Importância do mar para Portugal Em a 6% do PIB Em a 12% do PIB Fonte: SaeR - O Hypercluster da Economia do Mar, O mar tem, para os portugueses, uma importância cultural enorme. Facto maior é ter-se constituído, ao longo da nossa História, como um dos principais elementos forjadores da identidade nacional. De facto, mantemos com ele uma relação íntima e permanente, a qual confere à cultura do nosso povo um carácter eminentemente marítimo, que influencia directamente a mentalidade e a vontade nacionais. Além disso, o mar sempre se revelou como factor potenciador da nossa determinação colectiva. Essa força mobilizadora, associada às capacidades do País nas mais variadas valências, representa hoje um importante agente de coesão nacional, indispensável para que possamos ultrapassar, com sucesso, os crescentes e complexos desafios que nos são colocados pelo mundo em mudança. A tão propalada globalização é bom lembrar foi encetada no século XV pela acção e visão empreendedora dos portugueses, que com as suas navegações «deram novos mundos ao mundo». Expressão securitária Muito embora não se vislumbrem presentemente ameaças militares directas nos espaços sob soberania e jurisdição nacionais, os ensinamentos da História e da Geopolítica aconselham a existência de uma capacidade militar credível, com vista a dissuadir e reprimir os interesses contrários à segurança de Portugal e dos seus cidadãos. De facto, a estabilidade do mundo globalizado em que vivemos depende largamente da segurança marítima, nas vertentes de security, correspondente à protecção face a ameaças ou riscos intencionais, e de safety, correspondente à protecção face a ameaças ou riscos acidentais ou naturais. Na primeira vertente ( security), as maiores preocupações actuais prendem-se com a protecção dos espaços marítimos contra as ameaças e os actos ilícitos intencionais. Neste âmbito, adquire particular relevância a protecção do regular fluxo de tráfego marítimo, uma vez que cerca de 90% do comércio e 2/3 do petróleo mundiais são transportados por via marítima, recorrendo a mais de navios que praticam os cerca de 4000 portos dispersos pelo mundo. Todavia, a harmonia deste sistema pode facilmente ser colocada em causa por ameaças erosivas, que subsistem à margem da actual ordem internacional, como são os casos da criminalidade transnacional, da pirataria e do tráfico de armas, de drogas e de pessoas. A estas somam-se, ainda, as ameaças sistémicas, que visam a alteração da actual ordem, como o terrorismo transnacional e o tráfico de armas de destruição maciça. Fragata portuguesa em acção de protecção da navegação mercante no Golfo de Adem O respeito pelos heróis e a preservação da memória dos nossos feitos marítimos No passado, o chamamento do Atlântico não constituiu só um canto de sereia para os ouvidos dos marinheiros portugueses. Imbuídos de uma determinação férrea, as suas extraordinárias navegações fizeram com que o mar passasse a unir em vez de separar, conferindo ao português o estatuto de língua universal, hoje partilhada por oito países espalhados por quatro continentes. Ao favorecer o estabelecimento de relações políticas, económicas, culturais e de segurança com os demais países de língua oficial portuguesa, o mar constitui, actualmente, um activo do mais elevado valor estratégico para Portugal. 06 Na outra vertente ( safety), as maiores preocupações actuais prendem-se com a protecção dos espaços marítimos, do ponto de vista ambiental e da segurança da navegação. A protecção do mar tem vindo a adquirir crescente relevo, na medida em que as actividades humanas estão a afectar seriamente todos os espaços marítimos e os respectivos habitats. Sabemos hoje que a sustentabilidade das pescas exige medidas de protecção dos recursos, cada vez mais escassos. Numa perspectiva integrada, devem ser acompanhadas por acções concretas ao nível do ordenamento costeiro, da vigilância, da dissuasão, da fiscalização e do policiamento. Para preservar o valor intrínseco do mar, o Estado deve desenvolver capacidades de prevenção e de intervenção, de forma a mitigar os efeitos nocivos de eventuais acidentes ambientais que possam vir a ocorrer no decurso da sua exploração e utilização.

7 Marinha, ao serviço de Portugal Funções da Marinha A geografia de Portugal, os vastos espaços marítimos de soberania e de jurisdição nacional, a ligação entre o continente e os arquipélagos atlânticos, aliados aos interesses nacionais subjacentes, são factores que ditam o entrosamento da Marinha com a Nação que orgulhosamente serve. Neste contexto, para que Portugal disponha das condições necessárias à realização dos importantes objectivos marítimos nacionais, nomeadamente aqueles que têm em vista a sua segurança e desenvolvimento, é preciso dispor dos instrumentos necessários à concretização da acção pública no mar. O exercício dessa acção implica um profundo conhecimento do mar, acompanhado de uma presença efectiva e permanente em toda a vasta extensão do espaço marítimo sob soberania ou jurisdição nacional. Só assim é possível garantir a vigilância e fiscalização das actividades que nele se desenvolvem e, dessa forma, contribuir para a segurança de pessoas e bens, ao mesmo tempo que se exerce a dissuasão e a repressão de eventuais ameaças. Para o efeito, é indispensável a existência de meios adequados, apoiados por um sistema logístico com vista à sua sustentação. É neste contexto que a Marinha assume especial relevância, pela sua capacidade e versatilidade de actuação num vasto espectro de tarefas, que se dividem em três funções fundamentais: Defesa militar e apoio à política externa; Segurança e autoridade do Estado; Desenvolvimento económico, científico e cultural. Se no mar não fordes poderosos, tudo logo será contra nós. D. Francisco de Almeida participação da Marinha em projectos de interesse económico, de investigação científica e de preservação da nossa cultura marítima. Em virtude da extensão do seu mar e das relevantes funções de soberania que nele é imperioso exercer, Portugal precisa de uma Marinha equilibrada, optimizada e de duplo uso. Marinha equilibrada O paradigma genético radica na ideia de uma Marinha equilibrada, conceito que se sustenta numa matriz coerente e ponderada de capacidades. Engloba as medidas necessárias para edificar novos meios, tanto materiais como humanos, de acordo com capacidades diversificadas, integráveis e conjugáveis, factores essenciais para constituir uma Marinha equilibrada. As capacidades diversificadas são uma consequência dos diferentes meios se destinarem a fazer face, com agilidade, a múltiplos desafios, ditados por uma envolvente internacional muito dinâmica. As capacidades integráveis resultam da incorporação tecnológica e da adopção de uma atitude experimental e inovadora na sua edificação. As capacidades conjugáveis são proporcionadas pela possibilidade de articulação em actuações diferenciadas. O paradigma da Marinha equilibrada constitui, por opção própria, a antítese da Marinha especializada num conjunto restrito de valências e, por conseguinte, limitada a certo tipo de missões, sem capacidade de intervenção perante novas e difusas ameaças, nem aptidão para defender, mesmo fora do contexto das alianças, outros interesses que despontam. Desta forma, o paradigma genético visa manter o equilíbrio nas capacidades, evitando uma especialização excessiva, que levaria ao abandono de valências essenciais, à afirmação do interesse nacional no mar. Funções e tarefas da Marinha A função de defesa militar e apoio à política externa concretizase através de um vasto conjunto de tarefas, desde garantir a defesa militar própria e autónoma, passando por acções de defesa colectiva e expedicionária, além da protecção dos interesses nacionais e diplomacia naval. A função de segurança e autoridade do Estado engloba as tarefas de segurança marítima e salvaguarda da vida humana no mar, vigilância, fiscalização e exercício de polícia, bem como a actuação dos meios da Marinha no quadro das acções de protecção civil e em estados de excepção (sítio e emergência). A função de desenvolvimento económico, científico e cultural abarca um conjunto alargado de tarefas que cobrem o apoio e Capacidades da Marinha contributivas para o Sistema de Forças Nacional Marinha optimizada O paradigma estrutural radica no modelo da Marinha optimizada. Engloba as medidas necessárias para definir a composição, a organização e a articulação dos meios, materiais e humanos, de acordo com capacidades coerentes, interdependentes e colaborantes, essenciais para constituir uma Marinha optimizada. 07

8 Marinha, ao serviço de Portugal As capacidades coerentes estão associadas, quer à criação, eliminação e reestruturação de órgãos, quer ao recrutamento de pessoas capazes, à atribuição dos cargos adequados, às recompensas e ao reconhecimento público, à retenção e à motivação. As capacidades interdependentes resultam dos arranjos dos elementos orgânicos e humanos, das perícias obtidas pela formação e treino das pessoas e da forma como estas se encontram organizadas face ao meio envolvente. As capacidades colaborantes são uma consequência da existência de sistemas que tratam os fluxos de informação, que por sua vez estabelecem a ligação dos elementos orgânicos e integram os processos de tomada de decisão. O paradigma estrutural, com as características básicas antes descritas, visa o equilíbrio ideal entre os órgãos mais directamente empenhados no cumprimento das funções e das tarefas da Marinha Comando Naval, órgãos e serviços da Autoridade Marítima Nacional, Instituto Hidrográfico e órgãos de natureza cultural e os sistemas funcionais de âmbito essencialmente administrativo, vocacionados para a gestão dos recursos: pessoal, material, financeiros e informação. Neste contexto, o objectivo do paradigma estrutural é desenvolver uma Marinha optimizada, de forma a garantir eficácia na actuação dos meios e eficiência no emprego dos recursos. As capacidades de colaboração, comando e controlo destinam-se a consolidar a recolha, gestão e disseminação da informação, e têm em vista dar corpo ao processo decisório relativo ao emprego de forças e de meios da Marinha e de outras entidades com responsabilidades no mar. Estas capacidades materializam o contributo da Marinha para o conhecimento situacional marítimo. De facto, a Marinha assegura, em simultâneo, as funções típicas de uma Armada e as de uma Guarda Costeira, facto que permite racionalizar e optimizar o emprego dos sempre escassos recursos nacionais. Assim, a Marinha Portuguesa, cujo comandante é, simultaneamente, Chefe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional, assegura a actuação militar na função de defesa e apoio à política externa, e a actuação não militar nas funções de segurança e autoridade do Estado, e de apoio ao desenvolvimento económico, científico e cultural, dando corpo ao paradigma da Marinha de duplo uso. Este modelo de actuação privilegia uma lógica funcional de integração e de complementaridade entre capacidades, no âmbito da actuação militar e não militar. Articulação e colaboração com outros órgãos do Estado Marinha de duplo uso O paradigma operacional radica no modelo da Marinha de duplo uso. Engloba a doutrina, o treino e outras medidas necessárias ao emprego dos meios em pessoal e material, segundo capacidades de projecção de força, de protecção do mar e de colaboração, comando e controlo, essenciais para operar como uma Marinha de duplo uso. As capacidades de projecção de força destinam-se a influenciar os acontecimentos no mar e a partir do mar, e têm em vista dar corpo ao carácter expedicionário das operações, permitindo a defesa dos interesses nacionais, onde e quando necessário. Estas capacidades materializam o emprego dos meios da Marinha como Armada. As capacidades de protecção do mar destinam-se a afirmar as responsabilidades públicas nos espaços marítimos, e têm em vista dar corpo ao carácter jurisdicional das operações, garantindo a segurança e o exercício da autoridade no mar. Estas capacidades materializam o emprego dos meios da Marinha no exercício das suas funções de Guarda Costeira. O actual ambiente estratégico tem obrigado a envolver um número crescente de agências e departamentos governamentais na actuação, de forma coordenada e articulada, nos espaços marítimos sob soberania e jurisdição nacional. Compreensivelmente, nenhum órgão do Estado consegue, por si só, dar resposta aos múltiplos desafios que nos são colocados no imenso mar português. Nesta perspectiva, a Marinha adopta e preconiza uma postura proactiva de grande abertura na articulação de variadas áreas de actividade do Estado no mar, apoiando, através de protocolos operacionais, outros departamentos do Estado, como, por exemplo, a Polícia Judiciária (PJ) no combate ao tráfico de estupefacientes, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no combate à imigração clandestina, e o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM) na inspecção de navios estrangeiros. Esta articulação interdepartamental reforçou-se com a criação, em Dezembro de 2007, do Centro Nacional Coordenador Marítimo (CNCM). Este órgão, onde a Marinha é par e colabora ao mesmo nível de todas as outras entidades, utiliza as instalações e as facilidades disponíveis no Centro de Operações Marítimas (COMAR), no Comando Naval, e tem por objectivo optimizar a articulação entre os diversos intervenientes nos espaços marítimos. 08

9 Funções da Marinha: 1. Defesa militar e apoio à política externa E ao imenso e possível oceano Ensinam estas Quinas, que aqui vês, O mar sem fim é português. Fernando Pessoa A função de defesa militar e apoio à política externa concretiza-se através das seguintes tarefas: Defesa militar própria e autónoma; Defesa colectiva e expedicionária; Protecção dos interesses nacionais e diplomacia naval. Defesa militar própria e autónoma A defesa militar é por excelência a missão fundamental das Forças Armadas. Atendendo à evolução da envolvente internacional e ao quadro de actuação das marinhas actuais, os riscos para a s o b e r a n i a, p a r a a independência nacional e para a integridade territorial são hoje considerados de m e n o r g r a u, q u a n d o c o m p a r a d o s c o m a s a m e a ç a s e o s r i s c o s relacionados com o uso do mar, ou que dele tiram partido. No entanto, Portugal não pode descurar a conjuntura internacional, nem as lições retiradas da História. Com efeito, o negligenciar da defesa militar própria sempre acarretou um preço elevado, muitas vezes assumido por aliados, mas quase sempre à custa da alienação de soberania nacional. Presentemente, as relações internacionais apresentam factores de reconhecida imprevisibilidade, razão pela qual os riscos assumem expressão significativa, não devendo, por isso, ser menosprezados. Submarino Tridente Com o intuito de possibilitar a Portugal fazer face, de forma autónoma, a missões de natureza puramente militar, a Marinha dispõe de uma força-tarefa capaz de, num curto período de tempo, projectar as suas capacidades em qualquer parte do espaço estratégico de interesse nacional. Defesa colectiva e expedicionária A participação regular dos meios da Marinha em operações que decorrem no quadro das organizações internacionais que Portugal integra, designadamente as Nações Unidas, a NATO, a União Europeia e a OSCE, contribuem para a afirmação do País no mundo. Em termos navais, importa ainda relevar a participação nacional na EUROMARFOR, que reflecte a vontade de Portugal contribuir para a criação e existência de uma força naval europeia. Ao empenhar navios, unidades de fuzileiros e de mergulhadores num vasto conjunto de operações, além de colocar militares e m e s t a d o s - m a i o r e s internacionais, a Marinha contribui para o reforço da presença nacional nessas organizações internacionais. Neste âmbito, importa realçar o facto de Portugal ter exercido por três vezes o comando da força naval permanente da NATO no Atlântico Norte (ex-stanavforlant e a c t u a l S N M G - 1 ), e m / 9 6, / 0 2 e 2009/10. Destacam-se, ainda, outras operações no âmbito da prevenção e combate às ameaças terroristas e à proliferação de armas de destruição maciça, no apoio à segurança e à paz internacionais e na ajuda humanitária: Fragatas da classe Vasco da Gama Operações DESERT SHIELD, DESERT STORM e GRANBY, de libertação do Kuwait ( ); Operações de apoio à paz na ex-jugoslávia, SHARP VIGILANCE, MARITIME MONITOR, SHARP FENCE e SHARP GUARD (1991 a 1996); Operação ALLIED FORCE, de vigilância e controlo do mar Adriático, em apoio à intervenção no Kosovo (1999), destinada a pôr termo à violência e à repressão naquele território; Operações INTERFET, UNTAET e UNMISET de imposição e de manutenção da paz em Timor-Leste ( ); Operação CONSTANT FORGE, de imposição da paz na Bósnia (2000); Missão de apoio humanitário realizada por fuzileiros, em Moçambique, por ocasião das cheias no rio Save (2000); Operação ACTIVE ENDEAVOUR, desencadeada pela NATO em Novembro de 2001, no Mediterrâneo oriental, que contou com comando português, entre Dezembro de 2001 e Janeiro de 2002; Operação EUFOR Congo, na República Democrática do Congo, por ocasião das eleições presidenciais (2006); Operações ALLIED PROTECTOR e OCEAN SHIELD de combate à pirataria no Corno de África (2009 e 2010), no âmbito da força-tarefa da NATO SNMG-1, comandada por Portugal entre Janeiro de 2009 e Janeiro de

10 Funções da Marinha: 1. Defesa militar e apoio à política externa A participação de forças, unidades e destacamentos operacionais neste tipo de operações é uma das formas que o Estado tem para conferir expressão ao conceito de soberania de serviço. Por esta via, Portugal afirma-se na cena internacional, ao mesmo tempo que, na defesa dos seus interesses, influencia a definição das políticas globais e garante o acompanhamento da sua execução. Protecção dos interesses nacionais e diplomacia naval Esta tarefa inclui a protecção e evacuação de cidadãos nacionais, a diplomacia naval e as relações internacionais. Para poder realizar estas operações, a Marinha mantém, permanentemente, em prontidão de 48 horas, forças e unidades operacionais, que podem integrar o núcleo inicial de uma Força de Reacção Imediata (FRI). Diplomacia naval No âmbito da diplomacia naval, os navios da Marinha desenvolvem uma actividade muito intensa, visitando portos de países amigos e ostentando a bandeira nacional nos quatro cantos do Mundo. Em sintonia com as prioridades definidas pelo Estado, é dada preferência aos países onde existem importantes comunidades portuguesas, bem como aos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). No âmbito da diplomacia naval, importa referir a realização das conversações entre as partes a bordo da fragata Corte Real, durante o processo de mediação da paz após o conflito que teve lugar na Guiné-Bissau (1998), bem como a recente viagem de circum-navegação levada a cabo pelo navio-escola Sagres (2010). Fuzileiros portugueses na República Democrática do Congo Protecção e evacuação de cidadãos nacionais A população portuguesa e de origem portuguesa residente no estrangeiro totaliza quase 5 milhões de pessoas, razão pela qual o País necessita de capacidade para proteger ou evacuar os seus concidadãos, muitas vezes situados a longas distâncias do território nacional. Tal facto, obriga a Marinha a dispor de meios para realizar ou apoiar acções expedicionárias em que conta com reduzido apoio local, o que implica boa capacidade de sustentação. No passado recente, a Marinha foi chamada a efectuar algumas acções deste tipo, para além de outras situações em que forças navais foram activadas e posicionadas ao largo da costa oeste africana, prontas a actuar, se necessário. Nesse âmbito, destacam-se: a operação CRUZEIRO DO SUL, no Atlântico Sul (1992); a operação LEOPARDO, no Zaire (1997); a operação ELIPAC, no Congo (1998); operação CROCODILO, na Guiné-Bissau (1998) e a operação TARRAFO, na Guiné-Bissau (1999). Relações internacionais Navio-escola Sagres A Marinha desenvolve também uma intensa actividade de relações internacionais, ao nível bilateral e multilateral, em articulação com o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) e com os outros ramos, sob coordenação da Direcção- Geral de Política de Defesa Nacional (DGPDN). 10 Evacuação de cidadãos No quadro bilateral assume particular relevância o relacionamento com os países africanos lusófonos e com Timor- Leste, o qual, por se, revestir de contornos específicos, se desenvolve no quadro da Cooperação Técnico-Militar (CTM). A actividade desenvolvida nesse âmbito tem por objectivo apoiar a constituição, organização e formação de Forças Armadas, como garante da segurança daqueles países. A Marinha mantém ainda, regularmente, conversações formais com diversos estados-maiores congéneres, participando frequentemente em reuniões de comissões mistas e outras actividades de índole bilateral e multilateral.

11 Funções da Marinha: 2. Segurança e autoridade do Estado O mar é muito devasso, portanto cumpre que nele se ponha muito recato. Fernando Oliveira A função de segurança e autoridade do Estado engloba as seguintes tarefas: Segurança marítima e salvaguarda da vida humana no mar; Vigilância, fiscalização e exercício de polícia; Estados de excepção e protecção civil. Cabe aqui referir que o exercício de polícia apenas é assegurado pelos órgãos e serviços da Autoridade Marítima Nacional (que inclui, na sua estrutura operacional, a Polícia Marítima), conforme detalhado no folheto institucional «Funções e tarefas da Marinha - Enquadramento legal». Segurança marítima e salvaguarda da vida humana no mar Busca e salvamento marítimo Portugal assumiu o compromisso internacional de assegurar a busca e o salvamento marítimo numa área de responsabilidade que totaliza cerca de km 2, correspondendo a cerca de 63 vezes a superfície do território nacional. A Marinha, através dos órgãos da Autoridade Marítima Nacional e das 28 Capitanias dos Portos implantadas, num modelo desconcentrado, em todo o território nacional, apoiadas técnica e logisticamente pelo Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), também supervisiona a assistência a banhistas durante todo o ano, com particular incidência na época balnear. Neste âmbito, são realizadas anualmente largas centenas de operações de salvamento e de socorro, que se traduzem no resgate de inúmeras vidas humanas. Assinalamento marítimo Algumas das principais rotas do tráfego marítimo mundial passam ao largo da costa portuguesa. É, por isso, de vital importância garantir a sinalização imprescindível à segurança da navegação. Neste contexto, a Marinha assegura, ao longo das costas do continente, da Madeira e dos Açores, a operação e a manutenção de cerca de 50 faróis, 500 farolins e mais de 300 bóias e balizas, que alertam os navegantes para os perigos, pelo que se constituem como valiosas ajudas à navegação. Esta missão de serviço público é cumprida pelas Capitanias dos Portos e pela Direcção de Faróis, que também opera uma rede de estações de GPS Diferencial, destinada a melhorar a exactidão e a integridade de posicionamento deste sistema nas águas sob jurisdição portuguesa. Prevenção e combate à poluição do mar Acção de salvamento marítimo por helicóptero orgânico de uma fragata portuguesa Para esse efeito, a Marinha garante, em permanência, um serviço público de Busca e Salvamento Marítimo, designado por Search and Rescue (SAR), contando com a colaboração da Autoridade Nacional de Protecção Civil e da Força Aérea Portuguesa. Em média, realizam-se cerca de 1000 acções por ano, das quais resulta o salvamento de aproximadamente 1000 vidas humanas, o que se traduz numa taxa de sucesso superior a 95%. Refira-se, a título comparativo, que o valor de referência adoptado pela United States Coast Guard (USCG) é de 93% de sucesso. Prevenir e combater a poluição do mar é igualmente um imperativo nacional, pelas consequências ambientais e económicas que um sinistro desta natureza pode causar no turismo, nas pescas e nas outras actividades marítimas. Esta tarefa está, também, cometida à Marinha, que dispõe da Direcção do Combate à Poluição do Mar, integrada na Direcção- Geral da Autoridade Marítima (DGAM). Todos os anos são relatados cerca de 50 episódios de poluição do mar, cuja resposta está prevista e é concretizada, quando necessário, no âmbito do Plano Mar Limpo. Acção de combate à poluição Actividades de repartição marítima e de conservatória de registo patrimonial Lancha salva-vidas do Instituto de Socorros a Náufragos da Marinha As Capitanias dos Portos funcionam, desde 1806 e, de forma regulamentada, desde 1811, como repartições marítimas com competências técnico-administrativas próprias, atribuídas no âmbito do registo patrimonial de navios e embarcações e de inscrição marítima, assim como no apoio às comunidades piscatórias, mercantis e náutico-desportivas. 11

12 Funções da Marinha: 2. Segurança e autoridade do Estado Vigilância, fiscalização e exercício de polícia Fiscalização dos espaços marítimos e protecção dos recursos Sendo os oceanos uma enorme fonte de alimentos e de recursos minerais, obrigam a um importante esforço de fiscalização no sentido de impedir a sua exploração ilegal. Com esse objectivo, a Marinha mantém permanentemente no mar diversas unidades navais. Por outro lado, os Capitães dos Portos detêm competência em termos averiguatórios, instrutórios e decisórios, face a todos os ilícitos ocorridos neste quadro. Nas águas sob soberania ou jurisdição nacional, a Marinha efectua, em média, cerca de 8000 acções de fiscalização por ano a embarcações em actividade de pesca, das quais cerca de 80% são embarcações de pesca profissional, decorrendo as restantes 20% no âmbito da pesca lúdica ou desportiva. A Marinha também participa, em cooperação com a Direcção- Geral das Pescas e Aquicultura, na fiscalização da actividade piscatória em águas internacionais, dando cumprimento ao compromisso assumido junto da Agência Comunitária de Controlo de Pescas (ACCP). detectar fluxos migratórios ilegais, originários do Mediterrâneo e do Norte de África. Além disso, coopera activamente no projecto European Patrols Network, também sob a égide da agência FRONTEX, que corresponde a uma rede de patrulha costeira permanente para a fronteira marítima meridional da União Europeia (UE), na qual se incluem a costa sul de Portugal continental e o arquipélago da Madeira. Lancha da Polícia Marítima Estados de excepção e protecção civil Estados de excepção Através de legislação própria, em 1986 foram definidos os estados de excepção (estado de sítio e de emergência), tendo sido fixadas as normas gerais vigentes para as situações em que a Constituição e a Lei prevêem o emprego das Forças Armadas em território nacional, sem ser em estado de guerra. A Marinha está pronta a empenhar todos os seus meios, quando aqueles estados de excepção forem declarados. Protecção civil Acção de fiscalização da actividade piscatória Repressão de ilícitos marítimos Pelas suas competências, a Marinha assegura igualmente uma intervenção significativa no combate a ilícitos marítimos, como o narcotráfico, a imigração ilegal, o tráfico de seres humanos, o terrorismo, a proliferação de armas e a pirataria. Actualmente, nos espaços marítimos sob soberania ou jurisdição nacional, adquirem maior relevância o narcotráfico e a imigração ilegal, em cuja prevenção e repressão a Marinha colabora, respectivamente, com a Polícia Judiciária (PJ) e com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). No âmbito da protecção civil e da satisfação das necessidades básicas das populações, enquadram-se, entre outras: as acções relacionadas com a protecção da propriedade e do meio ambiente, em resultado de cheias de rios ou grandes inundações; as acções de vigilância destinadas a prevenir incêndios em zonas de maior risco; e o apoio de interdição de área para reabastecimento de água por aeronaves de combate a incêndios. Além deste tipo de intervenções mais comuns, a Marinha desempenha igualmente um papel de enorme relevância no apoio às populações em acidentes de grandes proporções, de que são exemplos os sismos nos Açores, em 1 de Janeiro de 1980 e em 9 de Julho de 1998, a queda da ponte Hintze Ribeiro em Entre-os- Rios, em 4 de Março de 2001, e o aluvião ocorrido na Madeira, em 20 Fevereiro de No âmbito do combate ao narcotráfico, todos os anos ocorrem várias acções com a participação de órgãos da Marinha, das quais resulta a apreensão de várias toneladas de estupefacientes, sobretudo haxixe e cocaína, e nas quais são empregues, sempre no respeito pelo princípio da legalidade, unidades navais e os seus helicópteros orgânicos, fuzileiros e, quanto ao exercício de polícia, por competência própria ou em cooperação, agentes da Polícia Marítima. O combate à imigração ilegal é feito em cooperação com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), entidade que representa Portugal junto da agência de gestão e controlo das fronteiras externas da União Europeia (UE), a FRONTEX. Neste âmbito, a Marinha participa regularmente em missões destinadas a 12 Fuzileiros em acção de apoio às populações na Madeira

13 Funções da Marinha: 3. Desenvolvimento económico, científico e cultural A f u n ç ã o d e d e s e n v o l v i m e n t o económico, científico e cultural abarca as seguintes tarefas: Fomento económico; Investigação científica; Cultura. Fomento económico O contributo primordial da Marinha para o desenvolvimento económico do País é feito de forma indirecta, ao garantir a segurança no mar. De facto, só em segurança é possível reunir c o n d i ç õ e s q u e p o s s i b i l i t e m o desenvolvimento e a actividade económica. Neste sentido, para um país como Portugal, a segurança começa no mar. Com efeito, é substancialmente mais difícil a manutenção da ordem pública em terra quando não são reprimidas as actividades criminosas no mar. De entre as actividades económicas que mais beneficiam do clima de segurança que se verifica nos espaços marítimos sob soberania ou jurisdição nacionais, importa relevar o turismo, já que cerca de 90% dos turistas que visitam Portugal procuram a faixa litoral. Nesta área em particular, são diversos os órgãos e serviços integrados na Marinha que assumem uma presença crucial nas praias, zonas portuárias e litorais, cuja intervenção é fundamental para o reconhecimento e afirmação de Portugal como destino turístico seguro e de qualidade. De forma directa, a Marinha também contribui para o desenvolvimento económico do País segundo três vertentes fundamentais: como geradora de valor nas indústrias e nos serviços; como formadora de recursos humanos; e como parceira em projectos com forte impacto económico. A Marinha desempenha um papel relevante no fomento económico das indústrias e serviços directamente ligados ao apoio logístico marítimo, estimulando um sector de actividade estruturante para o País. Com efeito, a modernização da esquadra e a sua reparação, manutenção e abastecimento, contribuem para a edificação de uma capacidade nacional própria, materializada num diversificado conjunto de competências e infra-estruturas essenciais. Os exemplos mais recentes são a construção de Lanchas de Fiscalização Rápidas (LFR), em estaleiros da Figueira da Foz, de Vila Real de Santo António e do Alfeite, bem como a construção de Navios de Patrulha Oceânicos (NPO) e de Lanchas de Fiscalização Costeiras (LFC), em Viana do Castelo. Escola Naval Escola Naval A valorização do potencial humano da Marinha depende, sobretudo, da Escola Naval, das escolas e dos centros de formação do Sistema de Formação Profissional da Marinha e do Centro Naval de Ensino a Distância. Através das actividades de formação aí desenvolvidas, a Marinha, além da valorização individual dos seus efectivos, contribui igualmente para o desenvolvimento do País, na medida em que estes se tornam cidadãos mais bem preparados e mais empreendedores. A Marinha também disponibiliza muitas das suas capacidades para a consecução de projectos, em parceria com empresas nacionais. Desde o final da década de 70, a EID é um exemplo de uma parceria duradoura e bem sucedida, tendo desenvolvido e fornecido o Sistema Integrado de Controlo de Comunicações, que também se encontra instalado em unidades navais de outras marinhas, nomeadamente a b r i t â n i c a, a h o l a n d e s a, a espanhola, a uruguaia e a brasileira. Podem ainda citar-se outros exemplos frutuosos de p a r c e r i a e n t r e a M a r i n h a Portuguesa e empresas nacionais no âmbito das tecnologias de informação e comunicação, que têm sido concretizados, entre outros, com o Instituto de Telecomunicações (pólo da Universidade de Aveiro), com a EDISOFT e com a Critical Software, bem como projectos de colocação de cabos submarinos de c o m u n i c a ç õ e s e e s t u d o s ambientais. Investigação científica Não houve forte capitão que não fosse Também douto e ciente. Luís de Camões Bastidor de comunicações, desenvolvido pela EID, instalado num submarino As águas portuguesas constituem um património e uma riqueza que importa proteger. Na medida em que só se pode proteger aquilo que se conhece, a Marinha, através do Instituto Hidrográfico (IH), tem estado, desde sempre, na vanguarda das ciências do mar, designadamente nas áreas da hidrografia, da cartografia hidrográfica, da segurança da navegação, da oceanografia e da protecção e preservação do meio marinho. Como Laboratório de Estado, o IH está envolvido em vários projectos de I&D, no âmbito da monitorização e caracterização ambiental, e desenvolve modelos de previsão ambiental, nomeadamente no que diz respeito à agitação marítima, previsão de marés e de correntes de deriva superficial e modelos litorais de ondulação e rebentação junto à costa. Construção de dois Navios de Patrulha Oceânicos nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo Através dos seus navios hidrográficos e com o apoio técnico do Instituto Hidrográfico, no âmbito da aquisição e do processamento de dados, a Marinha tem recolhido informação hidrográfica para apoio e sustentação do projecto de extensão da Plataforma Continental, projecto de grande interesse nacional, a cargo da Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar (EMAM). 13

14 Funções da Marinha: 3. Desenvolvimento económico, científico e cultural A Comissão Cultural da Marinha é o órgão de direcção neste domínio. Além disso, tem como função editar obras, literárias e artísticas, da autoria de homens do mar e de outros que, não sendo marinheiros, se dedicam, ou o fizeram no passado, ao estudo das coisas do mar e das actividades marítimas. O Aquário Vasco da Gama é um órgão de estudo e investigação nos domínios da fauna e da flora aquáticas, mas também da aquariologia, exibindo ao público espécies vivas do nosso mar e de outras áreas oceânicas. Navio hidro-oceanográfico em trabalhos científicos no mar Como responsável pela produção da cartografia hidrográfica oficial nacional, o Instituto Hidrográfico mantém um fólio constituído por 85 cartas hidrográficas em papel (i.e. náuticas, batimétricas e sedimentológicas) e por 74 cartas electrónicas de navegação, que cobrem toda a área sob responsabilidade nacional. Para que essas cartas sejam mantidas actualizadas, é realizado um esforço permanente, quer na execução de levantamentos topo-hidrográficos (com a edição, em média, de 12 cartas em papel e 20 cartas electrónicas por ano), quer na publicação mensal de Avisos aos Navegantes. Periodicamente são também editadas várias publicações náuticas, que contribuem, em conjunto com a cartografia hidrográfica, para o objectivo central do Instituto Hidrográfico, a segurança da navegação. As actividades de Investigação, Desenvolvimento e Inovação da Marinha não se restringem, porém, às áreas de competência do IH. Sendo uma instituição de cariz profundamente tecnológico e com valências e tradições em áreas tão diversas como as Engenharias, a História e a Estratégia Marítimas, ou a Saúde Naval, a Marinha tem mantido um considerável esforço de produção científica nas mais diversas áreas do conhecimento, consubstanciado num fluxo regular de publicações em conferências e revistas científicas nacionais e internacionais. Para coordenar estas actividades foi criado, em 2010, o Centro de Investigação Naval (CINAV), na dependência do Comandante da Escola Naval. O actual portfolio de projectos do CINAV, maioritariamente constituído por projectos internacionais envolvendo dezenas de parceiros (universidades, centros de investigação e indústria) e fontes de financiamento diversas, reflecte dois vectores fundamentais: a cooperação e a internacionalização, que sustentam a actualidade e o futuro da Investigação, Desenvolvimento e Inovação na Marinha. Aquário Vasco da Gama A Banda da Armada, além de participar em cerimónias militares e protocolares de âmbito nacional, realiza igualmente concertos por todo o País. A Biblioteca Central de Marinha contém, no seu espólio, obras e documentos de inestimável valor para o estudo e compreensão da nossa História passada e recente, prestando um inestimável serviço de apoio à leitura e à investigação. O Museu de Marinha é uma referência entre os seus congéneres a nível mundial. O seu acervo começou a ser reunido ainda durante o século XVIII, contando actualmente com mais de peças, da quais cerca de 2500 constituem a exposição permanente. Cultura O mar tem, para os portugueses, uma dimensão cultural muito relevante. Por conseguinte, a Marinha coloca grande empenho no fomento da cultura marítima portuguesa, tarefa que se encontra a cargo de um conjunto diversificado de órgãos. A Academia de Marinha, integrada na Marinha, goza de autonomia científica, sendo constituída por notáveis do meio cultural e académico português, que se distinguem ou distinguiram nas áreas da história, das ciências e das tecnologias navais e marítimas. Museu de Marinha O Planetário Calouste Gulbenkian promove o interesse pela astronomia, realizando sessões diárias destinadas a explicar aos visitantes o movimento dos astros e a sua harmonia, além de divulgar outros conhecimentos científicos relativos ao Universo. A Revista da Armada divulga mensalmente os acontecimentos mais relevantes relacionados com a Marinha, dedicando parte do seu espaço a artigos de carácter histórico e de teor cultural e técnico-naval. 14

15 Acção da Marinha no mar Projecção de força Influenciar acontecimentos Defesa naval Contributo para operações conjuntas Satisfação dos compromissos internacionais Emprego como Armada Duplo Uso Emprego como Guarda Costeira AÇORES ZEE ZEE ZEE MADEIRA Segurança marítima Imposição da lei Investigação científica Afirmar responsabilidades Protecção do mar

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