Leis: /03 e /08
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- Nelson Brandt Marques
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1 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ Leis: /03 e /08 1 Prof.ª Doutoranda Márcia Cristiane da Silva Galindo
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3 África/Brasil EM QUE ESPELHO FICOU PERDIDA A MINHA FACE (Cecília Meireles) 3
4 Amnésia Brasileira 4
5 REFLEXÃO 5
6 LEI No , DE 9 DE JANEIRO DE Mensagem de veto Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro- Brasileira", e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o A Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B: "Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro- Brasileira. 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras. 3o (VETADO)" "Art. 79-A. (VETADO)" "Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra." Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 9 de janeiro de 2003; 182o da Independência e 115o da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque
7 Lei / Os 10 anos da Lei /2003: perspectivas e desafios da implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana e para Educação Escolar Quilombola na educação profissional e tecnológica
8 Lei nº /03 10 anos 8 Assinada para atender as reivindicações do movimento negro da década de 70 e que a partir da década de 80 tem as ações intensificadas para: - retratação - reconhecimento - valorização
9 A Lei /03 coloca-nos um dilema, traduzido nas seguintes questões: Qual é o seu perfil cultural? Que referências culturais são efetivamente utilizadas para seu delineamento? Dentre dos moldes democráticos, entende-se que a história de um povo não pode ser silenciada. Que elementos Etnicorraciais estruturam a sociedade brasileira em termos culturais? E como a escola se vê refletida neste contexto, em relação ao seu currículo, expectativas, expressão curricular da diversidade existente? É preciso que a sociedade como um todo se organize para recontar/refalar sobre o nosso povo.
10 10 OBS: ATÉ 2008, AS PALAVRAS ÉTNICO-RACIAL e AFRO-BRASILEIRA TINHAM HÍFEN; HOJE ESCREVE-SE ETNICORRACIAL E AFROBRASILEIRA (NOVO ACORDO).
11 As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana 11 Apontam para: Práticas pedagógicas permanentes e cotidianas, não se limitando as datas comemorativas como: 13 de maio e 20 de novembro.
12 12 MARCOS LEGAIS 2003 Lei nº que inclui nos currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-brasileira; Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana; Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana; Lei Estatuto da Igualdade Racial; 2012 Lei que institui cotas sociais e raciais para ingresso nas universidades federais em todos os cursos e turnos e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio; 2013 Lei que altera o artigo 3º da LDB, para inserir o inciso XII: consideração com a diversidade etnicorracial.
13 Tema: Educação para as Relações Etnicorraciais Descrição: Referenciais sobre a educação para as relações etnicorraciais, contemplando a história e diversidade cultural Afrobrasileira e africana; trajetórias do povo negro no espaço geográfico; identidade racial, relações sociais e diversidade; autoestima e identidade Etnicorracial; História e cultura dos povos ciganos no Brasil e a superação do racismo na escola. Parecer CNE/CP n.º 3, de 10 de março de 2004 Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico- Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana. Resolução CNE/CP n.º 1, de 17 de junho de 2004 Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana. Parecer CNE/CEB nº 2/2007, aprovado em 31 de janeiro de 2007 Parecer quanto à abrangência das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana. 13
14 Educação como ponte estratégica Brasil-África
15 ESCLARECIMENTO 15 Objetivo Afirmar o direito à diversidade etnicorracial na Educação Escolar. Alvo - Formação de educadores, mudanças da qualidade social da educação. A quem se destina? Como foi construído?
16 O QUE DETERMINA AS DIRETRIZES? 16 Ativas Ampliação do foco do currículo escolar; Consciência histórica e política da diversidade; Fortalecimento de identidades e direitos; Ações educativas de promoção da Igualdade Etnicorracial.
17 COMO DAR VISIBIDADE ÁS 17 DIRETRIZES? Disponibilizar o parecer; Construir uma bibliografia Etinocorracial; Realização de atividade e projetos; Estabecimento de Parcerias; Exigir compromissos dos governantes; Efetivação da Resolução 01/2004; Compromisso dos educadores.
18 O SUCESSO DAS DIRETRIZES 18 DEPENDE DE: As condições para ensino e aprendizagem; De trabalho conjunto; De políticas públicas; Dos movimentos sociais; Da concepção do país referenciando na diversidade; Reeducar para as Relações Etnicorraciais; Não se trata de atribuir ao presente a culpa ao passado; Não podemos improvisar; Compreender que o racismo atinge a todos ; A superação do racismo é tarefa de todos.
19 Do bom selvagem ao herói sem escrúpulos 19
20 20
21 LEI Nº , DE 10 DE MARÇO DE 2008 Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no , de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro- Brasileira e Indígena". O P R E S I D E N T E D A R E P Ú B L I C A Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o. O art. 26-A da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. 1o. O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. 2o. Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras." (NR) Art. 2o. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 10 de março de 2008; 187o. da Independência e 120o. da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
22 Tema: Educação Indígena Descrição: Referenciais para a compreensão da história e da cultura indígena, contemplando a história dos povos indígenas no Brasil; a interculturalidade e territorialidade indígena; as línguas indígenas; a afirmação cultural indígena e específica dos diferentes povos indígenas. Parecer CNE/CEB nº 13/2012, aprovado em 10 de maio de 2012 e Resolução - Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena. 22
23 23 Educação das Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana (Indígena) Resolução CNE/CP nº 01/04 - Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais; Lei Federal nº , de 10/03/08 - Altera a Lei 9.394/96, modificada pela Lei /03; Orientações curriculares: expectativas de aprendizagem para educação Etnicorracial. São Paulo 2008.
24 24 Lei Federal nº , de 10/03/08 - Altera a Lei 9.394/96, modificada pela Lei /03, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 03/1999 Fixa Diretrizes Nacionais para o funcionamento das escolas indígenas e dá outras providências
25 25 Universalização da Educação Básica/Acesso Permanência Conclusão Construção da qualidade social da Educação Democratização do Acesso à Educação Superior
26 26 Construção da qualidade social da Educação: acesso universalizante, com permanência pertinente à idade/nível/etapas do aprendiz; conclusão qualidade social com relevância social
27 27 IGUALDADE JUSTIÇA SOCIAL
28 Formação 28 28
29 A Educação Escolar Brasileira compõe-se de dois níveis (art 21 da LDB): I Educação Básica: formada pela Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio; II Educação Superior. (0 a 5 anos de idade) Creche Pré - Escola. Ensino Superior Tem como finalidades o estímulo a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo, desenvolver o ser humano no meio em que vive. O Ensino Fundamental é dividido em ciclos: - Ciclo I do primeiro ao quinto ano (de 6 a 10 anos de idade); - Ciclo II do sexto ao nono ano (11 a 14 anos de idade). Como última etapa da Educação Básica e com três anos no mínimo de duração, esse nível de ensino perdeu a obrigatoriedade de habilitar para o trabalho, formando profissionais.
30 A interligação de saberes O saber escolar é produto de uma multiplicidade de determinações históricas, políticas, sociais, psicológicas É contraditório, sobretudo, quando observamos as demandas relativas à prática docente, como criatividade, atualização, qualidade e, por outro lado, uma prática massacrada por uma burocracia aprisionadora
31 História e Cultura Afrobrasileira Diretrizes Curriculares Garantir o conhecimento e reconhecimento da participação em segmento negro na história brasileira; Referenciar a identidade cultural e histórico para os negros brasileiros; Ensinar e aprender a história da África deve ser uma possibilidade metodológica assegurada dentro do currículo das disciplinas; Reconhecer o fundamento das matrizes africanas na formação do povo brasileiro; Conhecer a história da África é um campo de excelência e uma forma de reparação e afirmação dos direitos dos negros na sociedade e na reconstrução da autoestima na imagem brasileira.
32 CULTURA AFROBRASILEIRA Africanos no Brasil conviveram com diversos grupos sociaisportugueses,crioulos, indígenas e africanos de diversos lugares da áfrica; Integração com a irmandade católicas,praticaram o candomblé, batuque e capoeira; Matrizes africanas Culinária; Língua Portuguesa; Capoeira,maracatu e hip hop; Oralidade; Conhecer a África.
33 Reeducação das Relações Etnicorraciais Respeito mútuo pelas diferenças culturais; Desconstrução do imaginário negativo do negro; Aceitação e respeito das diferenças Etnicorraciais e Culturais dos outros; Construção da identidade dos alunos negros positiva; Reflexão e discussão sobre a diversidade; Reeducação sobre o olhar de si mesmo e dos outros; Projetos que conduzam a aprendizagem para negros, brancos e indígenas; Excluir os estereótipos em relação aos negros e os índios veiculados nas piadas racistas e preconceituosas; Valorizar a contribuição negra, a língua brasileira buscando palavras de reminiscência africana usada no cotidiano; Curso de Formação Continuada, lato senso e stricto senso.
34 propõe-se uma educação antirracista, inclusiva e que contemple com dignidade a diversidade etnicorracial. CURRÍCULO É fundamental a participação de toda a comunidade escolar na escolha, seleção e organização dos assuntos que possam integrar um planejamento curricular. explícito, sistematizado, que está presente nos planos de ensino, cursos e aulas, mas capilarmente articulado com um outro submerso, oculto, mas atual e presente, representando um corpus ideológico que acaba se imbricando no cotidiano das pessoas.
35 PARECER DO CNE/2004 ENSINO SUPERIOR 35 REGISTRO DA HISTÓRIA DOS REMANESCENTE DE QUILOMBO; APOIO AO DOCENTE (PROJETO, PLANO, CONTEÚDO COM FOCO NA HISTÓRIA DE CULTURA AFROBRASILEIRA E INDÍGENA); MAPEAMENTO E DIVULGAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS; PARCERIAS (ÓRGÃOS PÚBLICOS E PRIVADAS); FORMAÇÃO CONTINUADAS (LEITURAS E PRODUÇÕES); INCLUSÃO NO CURRÍCULO (AS RELAÇÕES ETNORRACIAIS); EXEMPLOS DE DISCIPLINAS: MEDICINA ANEMIA FALCIFORME, MATEMÁTICA RAIS AFRICANA (ETNOMATEMÁTICA),FILOSOFIA FILÓSOFOS AFRICANOS, EDUCAÇÃO FÍSICA CAPOEIRA, HIP HOP, FREO DENTRE OUTROS; MANISFESTAÇÕES CULTURAIS; BIBLIOTECA.
36 Onde Estamos? 36 Alteração da LDB pela Lei n /2003; Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana; Lei /2008; Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana; Estatuto de Igualdade Racial.
37 37 A negação tem sido um elemento central para fazer o mito da democracia racial funcionar. Pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo mostrou que grande parte dos brasileiros - 87% - admite que há discriminação racial no país, mas apenas 4% da população se considera racista.
38 Como docentes ficamos no movimento pendular de um lado marcados pela pedagogia da falta, da carência, da cópia, da repetição que objetiva, em última instância, a construção de uma alma submissa e um corpo docilizado, corpos e almas disciplinados e controláveis por outro lado, ficamos motivados pela pedagogia da potência, da afetividade, das diferenças, que nos impulsiona a viver a nossa paradoxal condição humana, na qual transitamos pelo imponderável fluxo da vida: amor/ódio, emoção/razão, saúde/loucura, economia/consumo, prosa/poesia, trabalho/ludicidade, carência/potência.
39 ALGUNS EXEMPLOS DE RACISMO 39 Cabelos de piaçava! Com medo de ser rechaçada em público, não contei à professora, a tal ponto que a raiva fazia com que a violência física fosse inevitável. Parti para cima do menino e desferi golpes de raiva em cima dele. As professoras não eram amigas, não entendiam que tal ofensa me era prejudicial. Deformavam-me por dentro, tinha raiva até do choro que não conseguia controlar (Ensino Médio). Cheguei a ouvir na escola que as famílias negras são desestruturadas, que as famílias negras não tem sentimento de família, deixam as crianças soltas, desgarradas das responsabilidades de pertencer a uma estrutura familiar. E por isso são trombadinhas, ladras, por isso todos eles são negros (Ensino Superior).
40 ALGUNS EXEMPLOS DE RACISMO 40 Crianças negras vivenciam cotidianamente nas escolas duas formas de violência: o silêncio sob as práticas racistas, não responder a xingamentos, não ter a quem contar os atos sofridos; e os atos de violência direta, no momento em que a reação se dá na esfera da luta física. As diretoras de escolas e professoras chamavam as mães das meninas e diziam: Trancem os cabelos da menina, façam alguma coisa! (Ensino Básico Infantil). Não conseguia entender por que meu cabelo era ruim ou por que meu nariz era feio, principalmente porque na escola onde estudei sempre era o único aluno negro ou um dos únicos alunos negros da sala. Ironicamente, minhas notas sempre foram boas, talvez porque nesse sentido eu conseguia perceber que meu sucesso só dependeria de meus esforços e não do que os outros pensavam de mim, em todos os outros aspectos da minha vida, eu me considerava um jovem frustrado, era tímido, tinha poucos amigos, não tinha namorada e não me destacava nos esportes como os outros meninos. (Ensino Básico Fundamental)
41 41 ALGUNS EXEMPLOS DE PRECONCEITO COM OS ÍNDIOS Um jornalista no Brasil foi condenado por discriminação contra indígenas, os quais ele descreveu como sendo ignorantes e sujos. Em um artigo publicado pelo site de notícias Jornal NH, Ivar Paulo Hartmann afirmou: No Brasil de hoje, as tribos remanescentes são compostas por indivíduos semicivilizados, sujos, ignorantes e vagabundos, vivendo das benesses do poder branco ( ). Hartmann foi condenado a cumprir dois anos de serviços comunitários, e pagar uma multa para os índios Kaingang do sul do Brasil.
42 CONHECENDO A ÁFRICA PARA RELAXAR 42 A ÁRVORE DA SABEDORIA
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44 Preconceito Quero respeito pelos meus cabelos brancos e enrolados Pelas marcar dos meus ancestrais Quero viver o momento e tentar esquecer o passado Passado, cruel... cruel..., cruel com a pele, com as vesti, com o amor E hoje vejo você reparando no que visto, no que falo e represento Reparando o meu cabelo branco e enrolado Respeite-me seu moço Sou índia, sou negra, sou branca, sou gente, sou povo brasileiro Como o Governador, o advogado, o professor, o agricultor e o servente Gente que fez e faz a nossa história Respeite-me seu moço Pare de julga-me, de acha-se melhor do que todos Somos iguais, perante a lei da natureza e diferente pelas leis dos homens Que isso seu moço, que olhar é esse Sou gente, tenho história e faço a minha história Todos os dias, todos os anos e todas essas décadas de cegueira diante do meu povo E você,que me ouvi e não me vê Que olha e não me enxerga Que sabe a verdade, mas se esconde diante da hipocresia social Eu estou aqui, com os meus cabelos brancos e enrolados Esperando o trem na estação para continua fazendo a minha história E com a esperança seu moço que você pare de olha-me, e que não haja, como se não me enxergasse. Márcia Cristiane da Silva Galindo 09/10/2009
45 A SABEDORIA É COMO O TRONCO DE UM BAOBÁ. UMA PESSOA SOZINHA NÃO CONSEGUI ABRAÇÁ-LO. MÁRIO LEMOS Muito obrigada! Obaobraços marcia_crispt@hotmail.com 45
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